SlideShare uma empresa Scribd logo
ELEMENTOS PARA A ANÁLISE DA NARRATIVA Maria Eneida Matos da Rosa
1. O ESPAÇO Osman Lins (1924-1978), em um trecho teórico de seu livro Lima Barreto e o espaço romanesco distingue duas noções: espaço e ambientação.  Para Lins, o espaço é denotado (cenário); a ambientação é conotada. Osman Lins reconhece ainda três tipos de ambientação: franca, reflexa e dissimulada.
1. O ESPAÇO Por ambientação franca, Lins entende aquela que se distingue pela introdução pura e simples do narrador – DESCRITIVISMO; A ambientação reflexiva É aquela em que “as coisas, sem engano possível, são percebidas através da personagem (p. 82)”. A ambientação dissimulada oblíqua se verifica nos “atos da personagem (...) vão fazendo surgir o que a cerca, como se o espaço nascesse dos seus próprios gestos (p. 83-84) – é a mais difícil de ser observada.
Foco narrativo Autor onisciente intruso – esse tipo de narrador tem a liberdade de narrar à vontade, de colocar-se acima, ou, segundo Jean Pouillon, por trás, adotando um PONTO DE VISTA divino. Seu traço característico é a intrusão
FOCO NARRATIVO Narrador onisciente neutro – o narrador onisciente, ou narrador onisciente neutro fala em terceira pessoa. A caracterização dos personagens é feita pelo narrador que as descreve e explica para o leitor. “O rosto de Spade estava calmo. Quando seu olhar encontrou o dela, seus olhos, amarelo-pardos, brilhavam por um instante com malícia, e depois tornaram-se de novo inexpressivos – Foi você que fez isso – perguntou Dundy à moça, mostrando a com a cabeça a testa ferida de Cairo” (DashielHammet).
Foco narrativo Eu como testemunha – “ele narra em primeira pessoa, mas é um “eu” já interno à narrativa, que vive os acontecimentos aí descritos, como personagem secundária que pode observar, desde dentro”(p. 37)
Foco narrativo No caso do “eu” como testemunha, o ângulo de visão é mais limitado. Como personagem secundário, ele narra da periferia dos acontecimentos
Foco narrativo Narrador-protagonista – o narrador, personagem central, não tem acesso ao estado mental das demais personagens. Narra de um centro fixo, limitado quase que exclusivamente às suas percepções, pensamentos e sentimentos.
FOCO NARRATIVO Onisciência seletiva múltipla – o quinto tipo, chamado por Friedman de ONISCIÊNCIA SELETIVA MÚLTIPLA, ou MULTISSELETIVA, é o próximo passo, nessa progressão rumo à maior objetivação do material da HISTÓRIA.
FOCO NARRATIVO Câmera – a última categoria de Friedman significa o máximo em matéria de “exclusão do autor”. Esta categoria serve àquelas narrativas que tentam transmitir flashes da realidade como se apanhados por uma câmera, arbitrária e mecanicamente.  	Todavia, a câmera não nos parece neutra, uma vez que existe alguém por trás dela que seleciona e combina, pela montagem de imagens a mostrar. E, também, através da câmera cinematográfica, podemos ter um PONTO DE VISTA onisciente, dominando tudo, ou o PONTO DE VISTA centrado numa ou várias personagens
O TEMPO – G. genette Entre o tempo da história e o tempo da narração instauram-se relações, determinando uma velocidade da narração. As anisocronias, que dividem as formas da velocidade narrativa em sumário, pausa, elipse e cena são: sumário, pausa, elipse e cena. SUMÁRIO – é a narração em alguns parágrafos, de vários dias, meses ou anos de existência, sem pormenores de ação ou palavras. Trata-se, portanto, de uma narração breve de um tempo mais longa da história. PAUSA – é o momento de distensão da narrativa, alongada pelas descrições. Trata-se, portanto, de pausas descritivas que retardam a narração.
O TEMPO ELIPSES – são as lacunas da narração, os “vazios narrativos”, explicitados (“Aqui, pedimos permissão para passar, sem uma palavra, sobre um espaço de três anos”... Stendhal) ou não. As elipses implícitas “são aquelas cuja presença não está declarada no texto, e que o leitor pode inferir apenas de alguma lacuna cronológica ou de soluções de continuidade de narrativa”. CENA – define-se como uma representação dramática, em que a ação se apaga em proveito da caracterização psicológica e social. Na maioria das vezes dialogada, a cena corresponde a um tempo forte da ação.
O Tempo da aventura A primeira dimensão temporal percebida pelo leitor é a da história. Em que época se situa a aventura contada? Nos primeiros tempos da humanidade, no presente (o romance em primeira pessoa) ou no futuro (ficção científica)? A obra abrange quase um século de história de uma família, através de várias gerações (O tempo e o Vento, de Érico Veríssimo), desenrola-se em apenas um ano (Vidas secas, de Graciliano Ramos), no decorrer de uma breve conversa entre pai e filho (Teoria do Medalhão, de Machado de Assis)?
Tal duração, mais ou menos considerável, pode ser puramente exterior, cronológica: “Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava” (O cortiço, de Aluízio de Azevedo); “Era nos tempos do reino do Sr. D. Pedro II” (A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães); “No dia 25 de abril de 1859 morreu o Conselheiro Vale” (Helena,  de Machado de Assis).
Pode revelar também uma duração psicológica, não mensurável pelo relógio ou pelo calendário: “ora, comecemos a evocação por uma célebre tarde de novembro que nunca me esqueceu. Tive outras muitas, melhores, e piores, mas aquela nunca se me apagou do espírito. É o que vais entender, lendo”.  Este final do capítulo II de Dom Casmurro, de Machado de Assis, anuncia todo um livro em tempo psicológico.
Tempo daescrita Se tomarmos como exemplos as inúmeras formas de coloquialismo que o narrador machadiano estabelece com o leitor, veremos o seu cuidado em marcar o momento da escrita com precisão, para situar face a outros acontecimentos do passado e assim dar ao romance uma atualidade e uma dimensão histórica indissociável. O momento da escrita é importante neste sentido de que o autor representa menos o tempo da aventura que o de sua época. Vejamos:
CAPÍTULO XV MARCELA  Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dous meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, como o touro de Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânae, três inventos do padre Zeus que, por estarem fora de modo, aí ficam trocados no cavalo e no asno. Não direi as traças que urdi, nem as peitas, nem as alternativas, nem nenhuma outra dessas cousas preliminares. Afirmo-lhes que o asno foi digno do corcel, - um asno de Sancho deveras filosófico, que me levou à casa dela, no fim do citado período; apeei-me, bati-lhe na anca e mandei-o pastar. Primeira comoção da minha juventude, que doce que me foste! (...)” 	Nesse trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador revela muito mais a sua maturidade filosófica, sua capacidade de análise atual dos fatos passados, que a aventura romântica de seus dezoito anos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Miniconto ou microconto
Miniconto ou microcontoMiniconto ou microconto
Miniconto ou microconto
Otávia Vieira
 
Categorias da narrativa
Categorias da narrativaCategorias da narrativa
Categorias da narrativaLuis Martins
 
Tudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMASTudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMAS
Jaicinha
 
O que é o texto dissertativo
O que é o texto dissertativoO que é o texto dissertativo
O que é o texto dissertativo
Bernadete Carrijo Oliveira
 
Generos e tipos textuais considerações necessárias marcushi
Generos e tipos textuais considerações necessárias marcushiGeneros e tipos textuais considerações necessárias marcushi
Generos e tipos textuais considerações necessárias marcushiofpedagogica
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativaAna Castro
 
Gênero Textual: histórias em quadrinhos
Gênero Textual: histórias em quadrinhosGênero Textual: histórias em quadrinhos
Gênero Textual: histórias em quadrinhos
Alice Nogueira
 
Redação: Relato Pessoal
Redação: Relato PessoalRedação: Relato Pessoal
Redação: Relato Pessoal7 de Setembro
 
Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativoA. Simoes
 
Elementos da narracao
Elementos da narracaoElementos da narracao
Elementos da narracao
Flávio Ferreira
 
Texto Argumentativo Ppt
Texto Argumentativo PptTexto Argumentativo Ppt
Texto Argumentativo Ppt
nelsramos
 
Tipologia textual - Professor Jason Lima
Tipologia textual - Professor Jason LimaTipologia textual - Professor Jason Lima
Tipologia textual - Professor Jason Lima
jasonrplima
 
Interjeição aula 2014
Interjeição aula 2014Interjeição aula 2014
Interjeição aula 2014
crisgoes
 
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃOTipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Sônia Maciel Alves
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
Andriane Cursino
 
Coesão e coerencia
Coesão e coerenciaCoesão e coerencia
Coesão e coerenciasilnog
 
Textos narrativos contos e crônicas
Textos narrativos contos e crônicasTextos narrativos contos e crônicas
Textos narrativos contos e crônicasMarcia Oliveira
 
Português: Interjeições e Locuções Interjetivas
Português: Interjeições e Locuções InterjetivasPortuguês: Interjeições e Locuções Interjetivas
Português: Interjeições e Locuções InterjetivasA. Simoes
 
Artigo de opinião slides
Artigo de opinião slidesArtigo de opinião slides
Artigo de opinião slidesIsis Barros
 

Mais procurados (20)

Miniconto ou microconto
Miniconto ou microcontoMiniconto ou microconto
Miniconto ou microconto
 
Categorias da narrativa
Categorias da narrativaCategorias da narrativa
Categorias da narrativa
 
Tudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMASTudo sobre POEMAS
Tudo sobre POEMAS
 
O que é o texto dissertativo
O que é o texto dissertativoO que é o texto dissertativo
O que é o texto dissertativo
 
Generos e tipos textuais considerações necessárias marcushi
Generos e tipos textuais considerações necessárias marcushiGeneros e tipos textuais considerações necessárias marcushi
Generos e tipos textuais considerações necessárias marcushi
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
 
Gênero Textual: histórias em quadrinhos
Gênero Textual: histórias em quadrinhosGênero Textual: histórias em quadrinhos
Gênero Textual: histórias em quadrinhos
 
Redação: Relato Pessoal
Redação: Relato PessoalRedação: Relato Pessoal
Redação: Relato Pessoal
 
Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativo
 
Elementos da narracao
Elementos da narracaoElementos da narracao
Elementos da narracao
 
Texto Argumentativo Ppt
Texto Argumentativo PptTexto Argumentativo Ppt
Texto Argumentativo Ppt
 
Tipologia textual - Professor Jason Lima
Tipologia textual - Professor Jason LimaTipologia textual - Professor Jason Lima
Tipologia textual - Professor Jason Lima
 
Interjeição aula 2014
Interjeição aula 2014Interjeição aula 2014
Interjeição aula 2014
 
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃOTipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
Tipologia textual: DESCRIÇÃO, NARRAÇÃO, DISSERTAÇÃO
 
Novela
NovelaNovela
Novela
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Coesão e coerencia
Coesão e coerenciaCoesão e coerencia
Coesão e coerencia
 
Textos narrativos contos e crônicas
Textos narrativos contos e crônicasTextos narrativos contos e crônicas
Textos narrativos contos e crônicas
 
Português: Interjeições e Locuções Interjetivas
Português: Interjeições e Locuções InterjetivasPortuguês: Interjeições e Locuções Interjetivas
Português: Interjeições e Locuções Interjetivas
 
Artigo de opinião slides
Artigo de opinião slidesArtigo de opinião slides
Artigo de opinião slides
 

Semelhante a Elementos para a análise da narrativa

Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco NarrativoLigia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Jessiely Soares
 
Micro ficção apresentação
Micro ficção apresentaçãoMicro ficção apresentação
Micro ficção apresentação
bibliotecas escolas
 
Era uma vez - O Conto e a Oralidade
Era uma vez - O Conto e a OralidadeEra uma vez - O Conto e a Oralidade
Era uma vez - O Conto e a Oralidade
Denise Oliveira
 
Micro ficção apresentação (2)
Micro ficção apresentação (2)Micro ficção apresentação (2)
Micro ficção apresentação (2)Isabel Rosa
 
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino Médio
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino MédioGêneros literários - 1º Ano do Ensino Médio
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino Médio
Elaine Chiullo
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Tamara Amaral
 
Gêneros Literários 2.0
Gêneros Literários 2.0Gêneros Literários 2.0
Gêneros Literários 2.0
José Ricardo Lima
 
Noções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográficaNoções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográfica
designuna
 
O tesouro análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)
O tesouro   análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)O tesouro   análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)
O tesouro análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)Benedita Jorge
 
Gêneros Literários (2023).pptx
Gêneros Literários (2023).pptxGêneros Literários (2023).pptx
Gêneros Literários (2023).pptx
Gustavo Paz
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
Cirlene Katia
 
Imaginário e matérias
Imaginário e matériasImaginário e matérias
Imaginário e matérias
joaquim Araújo
 
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoLiteratura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
Carolina Matuck
 
O caso qorpo santo - escrita e loucura
O caso qorpo santo -  escrita e loucuraO caso qorpo santo -  escrita e loucura
O caso qorpo santo - escrita e loucuraGladis Maia
 
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
José Galvão
 

Semelhante a Elementos para a análise da narrativa (20)

Texto narrativo
Texto narrativoTexto narrativo
Texto narrativo
 
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco NarrativoLigia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
Ligia Chiappini Moraes Leite – O Foco Narrativo
 
Os Maias
Os MaiasOs Maias
Os Maias
 
Micro ficção apresentação
Micro ficção apresentaçãoMicro ficção apresentação
Micro ficção apresentação
 
Era uma vez - O Conto e a Oralidade
Era uma vez - O Conto e a OralidadeEra uma vez - O Conto e a Oralidade
Era uma vez - O Conto e a Oralidade
 
Micro ficção apresentação (2)
Micro ficção apresentação (2)Micro ficção apresentação (2)
Micro ficção apresentação (2)
 
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino Médio
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino MédioGêneros literários - 1º Ano do Ensino Médio
Gêneros literários - 1º Ano do Ensino Médio
 
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães RosaModernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
Modernismo geração de 45: Clarice Lispector e Guimarães Rosa
 
Gêneros Literários 2.0
Gêneros Literários 2.0Gêneros Literários 2.0
Gêneros Literários 2.0
 
Noções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográficaNoções básicas de linguagem cinematográfica
Noções básicas de linguagem cinematográfica
 
O tesouro análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)
O tesouro   análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)O tesouro   análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)
O tesouro análise das categorias da narrativa (blog9 09-10)
 
Gêneros Literários (2023).pptx
Gêneros Literários (2023).pptxGêneros Literários (2023).pptx
Gêneros Literários (2023).pptx
 
Elementos da narrativa
Elementos da narrativaElementos da narrativa
Elementos da narrativa
 
Narração
NarraçãoNarração
Narração
 
Imaginário e matérias
Imaginário e matériasImaginário e matérias
Imaginário e matérias
 
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introduçãoLiteratura e Movimentos Literários - uma introdução
Literatura e Movimentos Literários - uma introdução
 
O caso qorpo santo - escrita e loucura
O caso qorpo santo -  escrita e loucuraO caso qorpo santo -  escrita e loucura
O caso qorpo santo - escrita e loucura
 
4180 13908-1-pb
4180 13908-1-pb4180 13908-1-pb
4180 13908-1-pb
 
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
Felizmente há luar! o paralelismo histórico (1)
 
Novela Literária
Novela LiteráriaNovela Literária
Novela Literária
 

Mais de Eneida da Rosa

C:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da NarrativaC:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da NarrativaEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De LiteraturaC:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De LiteraturaEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFico
C:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFicoC:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFico
C:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFicoEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa Portuguesa
C:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa PortuguesaC:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa Portuguesa
C:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa PortuguesaEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\FunçõEs Da Linguagem
C:\Fakepath\FunçõEs Da LinguagemC:\Fakepath\FunçõEs Da Linguagem
C:\Fakepath\FunçõEs Da LinguagemEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,
C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,
C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,Eneida da Rosa
 
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaC:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\AscensãO Do Romance
C:\Fakepath\AscensãO Do RomanceC:\Fakepath\AscensãO Do Romance
C:\Fakepath\AscensãO Do RomanceEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaC:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da NarrativaC:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da NarrativaEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No BrasilC:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No BrasilEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No BrasilC:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No BrasilEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Gil Vicente Humanismo
C:\Fakepath\Gil Vicente   HumanismoC:\Fakepath\Gil Vicente   Humanismo
C:\Fakepath\Gil Vicente HumanismoEneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­  C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­ Eneida da Rosa
 
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­  C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­ Eneida da Rosa
 

Mais de Eneida da Rosa (20)

C:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da NarrativaC:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\CóPia (3) De Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
 
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De LiteraturaC:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
C:\Fakepath\O CâNone LiteráRio E O Ensino De Literatura
 
C:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFico
C:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFicoC:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFico
C:\Fakepath\Como Elaborar Um Artigo CientíFico
 
C:\Fakepath\O Teatro
C:\Fakepath\O TeatroC:\Fakepath\O Teatro
C:\Fakepath\O Teatro
 
C:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa Portuguesa
C:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa PortuguesaC:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa Portuguesa
C:\Fakepath\Romantismo – O EspaçO Urbano Na Prosa Portuguesa
 
C:\Fakepath\FunçõEs Da Linguagem
C:\Fakepath\FunçõEs Da LinguagemC:\Fakepath\FunçõEs Da Linguagem
C:\Fakepath\FunçõEs Da Linguagem
 
C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,
C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,
C:\Fakepath\Alguns Apontamentos Sobre A Narrativa A Cartomante,
 
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaC:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
 
C:\Fakepath\AscensãO Do Romance
C:\Fakepath\AscensãO Do RomanceC:\Fakepath\AscensãO Do Romance
C:\Fakepath\AscensãO Do Romance
 
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma RomanescaC:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
C:\Fakepath\ObservaçõEs Sobre A Forma Romanesca
 
C:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da NarrativaC:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
C:\Fakepath\Elementos Para A AnáLise Da Narrativa
 
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No BrasilC:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
 
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No BrasilC:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
C:\Fakepath\O Barroco Em Portugal E No Brasil
 
C:\Fakepath\Gil Vicente Humanismo
C:\Fakepath\Gil Vicente   HumanismoC:\Fakepath\Gil Vicente   Humanismo
C:\Fakepath\Gil Vicente Humanismo
 
C:\Fakepath\Slides
C:\Fakepath\SlidesC:\Fakepath\Slides
C:\Fakepath\Slides
 
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­  C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
 
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­  C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
C:\Fakepath\Utf8 Caracterã­
 
C:\Fakepath\AntíGona
C:\Fakepath\AntíGonaC:\Fakepath\AntíGona
C:\Fakepath\AntíGona
 
C:\Fakepath\AntíGona
C:\Fakepath\AntíGonaC:\Fakepath\AntíGona
C:\Fakepath\AntíGona
 
C:\Fakepath\AntíGona
C:\Fakepath\AntíGonaC:\Fakepath\AntíGona
C:\Fakepath\AntíGona
 

Último

ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultosptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
Escola Municipal Jesus Cristo
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
CarinaSoto12
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Luana Neres
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
WelidaFreitas1
 
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptxA nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
juserpa07
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Mary Alvarenga
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Hidráulica Industrial, conceito e definição
Hidráulica Industrial, conceito e definiçãoHidráulica Industrial, conceito e definição
Hidráulica Industrial, conceito e definição
lucasbalacostaalves1
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
profesfrancleite
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Mary Alvarenga
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
ValdineyRodriguesBez1
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
DeuzinhaAzevedo
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
JulianeMelo17
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
kdn15710
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
Mary Alvarenga
 

Último (20)

ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultosptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
ptoposta curricular de geografia.da educação de jovens a e adultos
 
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdfthe_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
the_story_garden_5_SB_with_activities.pdf
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
 
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
Aula 2 - 6º HIS - Formas de registro da história e da produção do conheciment...
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
 
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptxA nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
A nossa mini semana 2706 2906 Juliana.pptx
 
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e MateusAtividade - Letra da música "Tem Que Sorrir"  - Jorge e Mateus
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdfEJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
EJA -livro para professor -dos anos iniciais letramento e alfabetização.pdf
 
Hidráulica Industrial, conceito e definição
Hidráulica Industrial, conceito e definiçãoHidráulica Industrial, conceito e definição
Hidráulica Industrial, conceito e definição
 
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco LeiteHistória Do Assaré - Prof. Francisco Leite
História Do Assaré - Prof. Francisco Leite
 
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e ZCaça-palavras - ortografia  S, SS, X, C e Z
Caça-palavras - ortografia S, SS, X, C e Z
 
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxSlides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptx
 
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
05-os-pre-socraticos sociologia-28-slides.pptx
 
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmenteeducação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
educação inclusiva na atualidade como ela se estabelece atualmente
 
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptxApresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
Apresentação_Primeira_Guerra_Mundial 9 ANO-1.pptx
 
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptxAula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
Aula01 - ensino médio - (Filosofia).pptx
 
Acróstico - Reciclar é preciso
Acróstico   -  Reciclar é preciso Acróstico   -  Reciclar é preciso
Acróstico - Reciclar é preciso
 

Elementos para a análise da narrativa

  • 1. ELEMENTOS PARA A ANÁLISE DA NARRATIVA Maria Eneida Matos da Rosa
  • 2. 1. O ESPAÇO Osman Lins (1924-1978), em um trecho teórico de seu livro Lima Barreto e o espaço romanesco distingue duas noções: espaço e ambientação. Para Lins, o espaço é denotado (cenário); a ambientação é conotada. Osman Lins reconhece ainda três tipos de ambientação: franca, reflexa e dissimulada.
  • 3. 1. O ESPAÇO Por ambientação franca, Lins entende aquela que se distingue pela introdução pura e simples do narrador – DESCRITIVISMO; A ambientação reflexiva É aquela em que “as coisas, sem engano possível, são percebidas através da personagem (p. 82)”. A ambientação dissimulada oblíqua se verifica nos “atos da personagem (...) vão fazendo surgir o que a cerca, como se o espaço nascesse dos seus próprios gestos (p. 83-84) – é a mais difícil de ser observada.
  • 4. Foco narrativo Autor onisciente intruso – esse tipo de narrador tem a liberdade de narrar à vontade, de colocar-se acima, ou, segundo Jean Pouillon, por trás, adotando um PONTO DE VISTA divino. Seu traço característico é a intrusão
  • 5. FOCO NARRATIVO Narrador onisciente neutro – o narrador onisciente, ou narrador onisciente neutro fala em terceira pessoa. A caracterização dos personagens é feita pelo narrador que as descreve e explica para o leitor. “O rosto de Spade estava calmo. Quando seu olhar encontrou o dela, seus olhos, amarelo-pardos, brilhavam por um instante com malícia, e depois tornaram-se de novo inexpressivos – Foi você que fez isso – perguntou Dundy à moça, mostrando a com a cabeça a testa ferida de Cairo” (DashielHammet).
  • 6. Foco narrativo Eu como testemunha – “ele narra em primeira pessoa, mas é um “eu” já interno à narrativa, que vive os acontecimentos aí descritos, como personagem secundária que pode observar, desde dentro”(p. 37)
  • 7. Foco narrativo No caso do “eu” como testemunha, o ângulo de visão é mais limitado. Como personagem secundário, ele narra da periferia dos acontecimentos
  • 8. Foco narrativo Narrador-protagonista – o narrador, personagem central, não tem acesso ao estado mental das demais personagens. Narra de um centro fixo, limitado quase que exclusivamente às suas percepções, pensamentos e sentimentos.
  • 9. FOCO NARRATIVO Onisciência seletiva múltipla – o quinto tipo, chamado por Friedman de ONISCIÊNCIA SELETIVA MÚLTIPLA, ou MULTISSELETIVA, é o próximo passo, nessa progressão rumo à maior objetivação do material da HISTÓRIA.
  • 10. FOCO NARRATIVO Câmera – a última categoria de Friedman significa o máximo em matéria de “exclusão do autor”. Esta categoria serve àquelas narrativas que tentam transmitir flashes da realidade como se apanhados por uma câmera, arbitrária e mecanicamente. Todavia, a câmera não nos parece neutra, uma vez que existe alguém por trás dela que seleciona e combina, pela montagem de imagens a mostrar. E, também, através da câmera cinematográfica, podemos ter um PONTO DE VISTA onisciente, dominando tudo, ou o PONTO DE VISTA centrado numa ou várias personagens
  • 11. O TEMPO – G. genette Entre o tempo da história e o tempo da narração instauram-se relações, determinando uma velocidade da narração. As anisocronias, que dividem as formas da velocidade narrativa em sumário, pausa, elipse e cena são: sumário, pausa, elipse e cena. SUMÁRIO – é a narração em alguns parágrafos, de vários dias, meses ou anos de existência, sem pormenores de ação ou palavras. Trata-se, portanto, de uma narração breve de um tempo mais longa da história. PAUSA – é o momento de distensão da narrativa, alongada pelas descrições. Trata-se, portanto, de pausas descritivas que retardam a narração.
  • 12. O TEMPO ELIPSES – são as lacunas da narração, os “vazios narrativos”, explicitados (“Aqui, pedimos permissão para passar, sem uma palavra, sobre um espaço de três anos”... Stendhal) ou não. As elipses implícitas “são aquelas cuja presença não está declarada no texto, e que o leitor pode inferir apenas de alguma lacuna cronológica ou de soluções de continuidade de narrativa”. CENA – define-se como uma representação dramática, em que a ação se apaga em proveito da caracterização psicológica e social. Na maioria das vezes dialogada, a cena corresponde a um tempo forte da ação.
  • 13. O Tempo da aventura A primeira dimensão temporal percebida pelo leitor é a da história. Em que época se situa a aventura contada? Nos primeiros tempos da humanidade, no presente (o romance em primeira pessoa) ou no futuro (ficção científica)? A obra abrange quase um século de história de uma família, através de várias gerações (O tempo e o Vento, de Érico Veríssimo), desenrola-se em apenas um ano (Vidas secas, de Graciliano Ramos), no decorrer de uma breve conversa entre pai e filho (Teoria do Medalhão, de Machado de Assis)?
  • 14. Tal duração, mais ou menos considerável, pode ser puramente exterior, cronológica: “Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava” (O cortiço, de Aluízio de Azevedo); “Era nos tempos do reino do Sr. D. Pedro II” (A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães); “No dia 25 de abril de 1859 morreu o Conselheiro Vale” (Helena, de Machado de Assis).
  • 15. Pode revelar também uma duração psicológica, não mensurável pelo relógio ou pelo calendário: “ora, comecemos a evocação por uma célebre tarde de novembro que nunca me esqueceu. Tive outras muitas, melhores, e piores, mas aquela nunca se me apagou do espírito. É o que vais entender, lendo”. Este final do capítulo II de Dom Casmurro, de Machado de Assis, anuncia todo um livro em tempo psicológico.
  • 16. Tempo daescrita Se tomarmos como exemplos as inúmeras formas de coloquialismo que o narrador machadiano estabelece com o leitor, veremos o seu cuidado em marcar o momento da escrita com precisão, para situar face a outros acontecimentos do passado e assim dar ao romance uma atualidade e uma dimensão histórica indissociável. O momento da escrita é importante neste sentido de que o autor representa menos o tempo da aventura que o de sua época. Vejamos:
  • 17. CAPÍTULO XV MARCELA Gastei trinta dias para ir do Rossio Grande ao coração de Marcela, não já cavalgando o corcel do cego desejo, mas o asno da paciência, a um tempo manhoso e teimoso. Que, em verdade, há dous meios de granjear a vontade das mulheres: o violento, como o touro de Europa, e o insinuativo, como o cisne de Leda e a chuva de ouro de Dânae, três inventos do padre Zeus que, por estarem fora de modo, aí ficam trocados no cavalo e no asno. Não direi as traças que urdi, nem as peitas, nem as alternativas, nem nenhuma outra dessas cousas preliminares. Afirmo-lhes que o asno foi digno do corcel, - um asno de Sancho deveras filosófico, que me levou à casa dela, no fim do citado período; apeei-me, bati-lhe na anca e mandei-o pastar. Primeira comoção da minha juventude, que doce que me foste! (...)” Nesse trecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas, o narrador revela muito mais a sua maturidade filosófica, sua capacidade de análise atual dos fatos passados, que a aventura romântica de seus dezoito anos.