O Encontro Nacional de Ética no Agronegócio – AgroÉtica - foi palco para o lançamento da 6ª edição da Pesquisa Código de Ética que neste ano teve duas grandes novidades: a análise das TOP 100 do agronegócio nacional e a identificação daquelas empresas que possuem no web site corporativo um canal especifico e exclusivo para que os Stakeholders, especialmente os funcionários, possam reportar preocupações pessoais e com a empresa. Além destas novidades foram analisadas as 1000 empresas e os 50 bancos mais éticos em atuação no país.
“A partir de agora, este estudo dará a devida importância à figura do ‘whistleblower’, que deixou de ser rotulado como o tal ‘dedo duro’, mas agora o mercado dá àquele que ‘toca o apito’, o que ‘dá o alarme’, um caráter mais nobre, louvável e exemplar para a preservação e perenidade do nome, da imagem, da reputação e do patrimônio da empresa”, diz Douglas Flinto, Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios.
“Os resultados desta 6ª edição demonstram uma tendência empresarial positiva na elaboração, adoção e divulgação do Código de Ética, em nossa visão, o principal instrumento da Governança Corporativa e o fundamento essencial para que empresários, executivos, gestores e colaboradores possam conduzir seus negócios de maneira ética, socialmente responsável e ecologicamente correta, proporcionando assim, as condições necessárias para se trilhar o caminho do tão sonhado e perseguido Desenvolvimento Sustentável” finaliza Flinto.
A perspectiva para a 7ª edição, prevista para ser lançada no início de 2014, é fazer um comparativo com os resultados deste ano.
Os resultados da Pesquisa Código de Ética Corporativo 2013 foram publicados na Revista Ética nos Negócios e poderão ser conferidos nos sites: www.pesquisacodigodeetica.org.br ou www.revistaeticanosnegocios.org.br.
Em comemoração ao 10º aniverisário de fundaçao do Instituto Brasileiro de Ética nos Negócios, o fundador e diretor-presidente, Douglas Flinto, apresentou no AgroÉtica um CASE da instituição.
Apresentação realizada por Luciano D'Andrea (Gerente de Relações Internacionais e Comércio Exterior da FIERGS), na palestra "Os Desafios do RS na era dos emergentes", realizada no dia 02 de setembro de 2015 na FEE.
Mercado De Ti Em Natal, No Brasil E No Mundo E A PolíTica Industrial
Economia Ética: A “Nova Economia” para enfrentar os desafios deste novo século.
1. São Paulo, 22 de Maio de 2013.
Prof. Dr. Antonio Corrêa de Lacerda
Departamento de Economia e
Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC-SP
A nova economia – o que a crise tem a ver com ética ?
Agroética
Encontro Nacional de Ética no Agronegócio
2. Fonte: ACLacerda
Expansão dos Fluxos de Capitais
Liquidez
Volatilidade
FINANCEIRA
Globalização Econômica
Disseminação de Novas Tecnologias
Investimentos Externos e Comércio
Exterior
Mudança no Paradigma Produtivo
Diminuição dos Custos de Transação
Aumento da Competitividade
PRODUTIVA
Economia Internacional
Características pós anos 1980
3. Fonte: FMI / McKinsey / Elaboração: ACLacerda /1 preços correntes
(*) Não incluem aplicações financeiras (derivativos, swaps, garantias etc.)
Valor global dos ativos financeiros e o
PIB Mundial (em US$ trilhões)/1
10,0
21,5
29,4 32,2 32,0 33,3
37,4
42,1
45,6
49,4
55,7
61,2 58,0
62,0
71,9
12,0
54,0
72,0
114,0
92,0
96,0
117,0
134,0
155,0
179,0
202,0
175,0
201,0
212,0
200,0
1980 1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
PIB Mundial Depósitos bancários, títulos e ações(*)
4. Impactos da crise internacional
Ciclo vicioso da crise
Crise na Europa
• Recessão
• Desemprego
• Queda nos salários
Turbulência
• Queda commodities
• Aversão ao risco/
Fuga para a qualidade
Volatilidade
• Câmbio
• Bolsas e outros ativos
• Nível de atividades
Demanda
• Queda nas exportações
• Menor ingresso de capitais
• Adiamento de investimentos
Fonte: ACLacerda
6. Fonte e Prognósticos (*): FMI / Elaboração: ACLacerda Atualizado: Março/2013.
Região / País
Efetivo Prognósticos*
2009 2010 2011 2012 2013 2014
Mundo -0,7 +5,1 +3,9 +3,2 +3,5 +4,1
Países Desenvolvidos -3,7 +3,0 +1,6 +1,3 +1,4 +2,2
EUA -3,5 +2,4 +1,8 +2,3 +2,0 +3,0
Zona do Euro -4,3 +2,0 +1,4 -0,4 -0,2 +1,0
Alemanha -5,1 +4,0 +3,1 +0,9 +0,6 +1,4
Espanha -3,7 -0,3 +0,4 -1,4 -1,5 +0,8
Japão -6,3 +4,5 -0,6 +2,0 +1,2 +0,7
Países em Desenvolvimento +2,8 +7,4 +6,3 +5,1 +5,5 +5,9
Brasil -0,3 +7,5 +2,7 +0,9 +3,5 +4,0
Rússia -7,8 +4,3 +4,3 +3,6 +3,7 +3,8
Índia +6,8 +10,1 +7,9 +4,5 +5,9 +6,4
China +9,2 +10,4 +9,3 +7,8 +8,2 +8,5
África do Sul -1,5 +2,9 +3,5 +2,3 +2,8 +4,1
Argentina +0,8 +9,2 +8,9 +2,6 +3,0 +3,8
Chile -0,9 +6,1 +5,9 +5,0 +4,4 +4,6
México -6,2 +5,6 +3,9 +3,8 +3,5 +3,5
Um novo ciclo de crescimento deve se iniciar a partir de 2013 …
7. Economia mundial: perspectivas, a partir da crise
Fonte: ACLacerda
• Países desenvolvidos: recessão na Europa, baixo crescimento nos
EUA (que se reindustrializa):
• Políticas anticíclicas contra os efeitos da crise;
• Relativamente longo período de taxas de juros reais
baixas/negativas.
• Volatilidade dos preços das commodities;
• Guerra cambial, guerra comercial e disputas:
• Papel do FMI, Banco Mundial, G-20 e OMC;
• US$ segue sendo a referência mundial.
• Emergentes, especialmente BRICS, ganham relevância para a
recuperação da economia internacional;
• Ética como um valor em si, na nova economia !
8. Fonte: International Business Report – Grant Thornton / Elaboração: ACLacerda
Planos de expansão das empresas multinacionais apontam
para uma grande importância dos países emergentes em 2013.
- Expectativas das empresas multinacionais para os países emergentes em 2013:
• 79% esperam crescimento do faturamento (35% - países avançados).
• 68% preveem maiores lucros (19% - países avançados).
• 41% pretendem aumentar os gastos em P&D.
Principais destinos dos investimentos planejados por país/região (%)
Rússia: 18%
China: 31%
Índia: 24%
Brasil: 21%
México: 15%
9. Brasil: vendas totais do varejo* e produção industrial** (Índice Média 2004 = 100)
Brasil: o comércio continua a se expandir de forma mais
acelerada do que a produção industrial
* inclui o comércio varejista e as vendas de automóveis e de materiais de construção.
** inclui produção da indústria extrativa e da manufatura.
Fonte: IBGE / Elaboração: ACLacerda
147
190
108
116
90
100
110
120
130
140
150
160
170
180
190
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Vendas Totais do Varejo
Produção Industrial Total
10. País
Ranking
2010-
2011
2011-
2012
2012-
2013
Coréia do
Sul
22 24 19
China 27 26 29
Turquia 61 59 43
Brasil 58 53 48
Indonésia 44 46 50
África do
Sul
54 50 52
México 66 58 53
Índia 51 56 59
Rússia 63 66 67
Competitividade Global - WEF*
Tamanho Mercado
Solidez dos Bancos
Custos Agrícolas
Serviços Financeiros
Sofisticação-Produtos
Vantagens Brasileiras*
Ambiente de Negócios
(Instituições***)
Infraestrutura
Educação
Eficiência-Trabalho
Inovação
Principais Desafios – Brasil**
# 79
# 70
# 66
# 69
# 49
# 9
# 14
# 17
# 26
# 33
* Posição brasileira por cada fator do ranking mundial, cujo fator ultrapassa outros países em desenvolvimento.
** Posição brasileira por cada fator do ranking mundial.
*** especialmente burocracia.
Fonte: WEF – The Global Competitiveness Report 2012-2013 / Elaboração: ACLacerda.
Atratividade: Brasil tem melhorado sua posição relativa,
mas ainda está distante das melhores posições no ranking mundial
11. Emergentes x Brasil: indústria de transformação (% PIB)Mundo x Brasil: produção industrial total (Var. % a.a.)
Indicadores da indústria brasileira denotam um
enfraquecimento do setor em comparação internacional
Fonte: FIESP, Banco Mundial, BEA, IBGE e LCA / Prognósticos (p): McKinsey / Elaboração: ACLacerda
6,1
2,7
9,6
5,8
2,7
6,0
3,1
10,5
0,4
2007 2008 2009 2010 2011 2012
-10,0
-5,0
0,0
5,0
10,0
15,0
-7,7 -7,4
-2,5
Mundo (média) Brasil
Brasil
Coréia
do Sul
China
Índia
Alemanha
30,5
39,0
37,0
32,0
33,9 34,5
14,0
20,5
25,5 26,0
27,9 28,0
12,0
13,0 13,4 13,3
15,9
15,0
27,0
33,2
32,4
16,1
14,6 14,0
45,0
41,0
38,0
35,0
30,0
25,0
1960* 1970* 1980* 1990* 2011 2012
* Considera o último ano de cada década.
12. Brasil: saldo da balança comercial, total e por setores (US$ bi., a.a.)
A balança comercial de produtos manufaturados tem
apresentado crescente déficit.
Fonte: Funcex, MDIC, LCA / Elaboração e Prognósticos (p): ACLacerda
20,3
55,2
31,5
-66,4
29,8
90,4
31,9
-92,5
19,4
74,3
45,1
-100,0
25,0
80,0
50,0
-105,0
Total Básicos Semimanufaturados Manufaturados
2010 2011 2012 2013(p)
14. Balança Comercial por intensidade tecnológica (em US$ bi)*
Balança comercial brasileira de produtos de maior
valor agregado fortemente deficitária…..
Fonte: SECEX/MDIC/ABINEE/IBGE / Elaboração e estimativa (e): ACLacerda * preços correntes
-1
3 13
25
34
45 46
40
25 20
30
19,4
25
-25
-51
-41
-65
-90
-95
50
44
34
45 42,4 50
26
51
65 67 70
-100
-90
-80
-70
-60
-50
-40
-30
-20
-10
0
10
20
30
40
50
60
70
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012(e) 2013(p)
Total Industria de alta e média -alta tecnologia (II)
Industria de média -baixa e baixa tecnologia (I) Produtos não industriais
-80
15. …com isso, há uma tendência para um déficit crônico
em transações correntes que precisa ser revertido.
Brasil: transações correntes (US$ bi* e % PIB)
Fonte e estimativa (e): BCB / Elaboração e Prognóstico (p): ACLacerda * preços correntes
-24,2 -23,2
-7,6
4,2
11,7
14,0 13,6
1,6
-28,2
-24,3
-47,3
-52,6
-54,2
-65,0
-80,0
-70,0
-60,0
-50,0
-40,0
-30,0
-20,0
-10,0
0,0
10,0
20,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013(p)
País
Transações Correntes:
2013p (% PIB)
Brasil -2,7%
México -1,5%
Chile -3,0%
Índia -3,2%
China -2,5%
EUA -3,2%
Japão -2,5%
Alemanha -4,5%
Grécia -3,0%
-2,7%
+1,8%
-3,8%
16. - desvalorização cambial;
- tributação sobre fluxos de capitais externos de curto prazo (IOF);
- redução de juros;
- ampliação de linhas de financiamento a custos reduzidos;
- elevação de alíquotas de importações;
- desoneração tributária;
- desoneração de encargos sobre folha de pagamentos;
- incentivos à inovação e P&D;
- preferência nas compras governamentais.
Fonte: ACLacerda
Brasil: principais medidas adotadas pelo governo
Todas as medidas visam fomentar a localização de produção e
inovação para gerar emprego e renda, além
de receita tributária.
17. 25,0
16,5
17,8 18,0
13,3
11,3
13,8
8,8
10,8 11,0
7,3 7,3
12,5
9,3
7,6
5,7
3,1
4,5
5,9
4,3
5,9
6,5
5,8 6,0
11,1
6,6
9,4
11,6
9,8
6,5
7,4
4,3 4,6 4,2
1,4 1,2
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013(p)
Juros Nominal Inflação Juros Reais
Brasil: a taxa de juros real atingiu o nível histórico
mais baixo (%, p.a.)*
Fonte: BCB / Elaboração e Prognóstico (p): ACLacerda
* Taxa de juros real = taxa nominal de juros, descontada a inflação (ex-post até 2012, 2013 ex-ante).
18. Maior taxa de crescimento do PIB nos próximos anos (Var. % a.a.) …
… com melhor distribuição de renda*
Fonte e Prognósticos (p) ACLacerda * % da renda total, em milhões
1,7
4,0
2,7
0,9
2011 2012 2013-2018(p)1999-2002 2003-2010
E
D
C
A/B
17% (33)
20% (39)
54% (105)
9% (18)
12% (24)
18% (37)
58% (119)
12% (24)
28% (49)
27% (47)
38% (66)
7% (13)
175’ 195’ 205’
ClassesdeRenda
2003 2011 2018(p)
População
Brasil: crescimento do PIB e distribuição de renda no
longo prazo
4,0
20. BIBLIOGRAFIA - ALGUMAS REFERÊNCIAS:
Material de responsabilidade do professor Antonio Corrêa de Lacerda
LIVROS E ARTIGOS
Do autor:
LACERDA, A.C. Globalização e investimento estrangeiro no Brasil. 2a Edição. São
Paulo: Saraiva, 2005.
LACERDA, A.C. (org.) Desnacionalização: mitos riscos e desafios. São Paulo:
Contexto, 2000. (Prêmio Jabuti 2001 – Economia)
LACERDA, A.C. (org.) Crise e oportunidade: o Brasil e o cenário internacional. São
Paulo: Lazuli, 2000.
LACERDA, A.C. et. al. Economia brasileira. 4a Edição. São Paulo: Saraiva, 2010.
LACERDA, A.C. O Estado de S. Paulo – Caderno Economia e Negócios (Opinião).
De outros autores:
CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: a estratégia de desenvolvimento em perspectiva.
São Paulo: Editora da Unesp, 2004.
EICHENGREEN, B. Privilégio exorbitante: a ascensão e queda do dólar e o futuro do
sistema monetário internacional. Rio de Janeiro: Campus/Elsevier, 2011.
STIGLITZ, J. Globalização: como fazer dar certo. São Paulo: Cia das Letras, 2008.
UNCTAD. World investment report. New York: United Nations, Vários números.
UNCTAD. Trade and development report. Genebra: United Nations Conference on Trade
and Development, Vários números.
21. A nova economia – o que a crise tem a ver com ética ?
Obrigado !
Prof. Dr. Antonio Corrêa de Lacerda
Departamento de Economia e
Programa de Estudos Pós-graduados em Economia Política da PUC-SP
e-mail: aclacerda@pucsp.br