SlideShare uma empresa Scribd logo
Dor Abdominal em
Lactentes
Cólica do Lactente - Diagnóstico
Cólica do lactente se refere ao choro
súbito, inexplicado e inconsolável (não
responde às medidas habituais de
conforto). Tipicamente se manifesta
como um ataque paroxístico de choro
forte, agudo, estridente, “em
crescendo”.
Murahovschi, Jaime. Cólicas do lactente. J Pediatr 2003
Cólica do Lactente - Diagnóstico
O lactente se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os
lados, as mãos ficam crispadas, as coxas fletidas sobre
o abdome; a eliminação de gases parece trazer um alívio
temporário. Com breves pausas, o choro pode se
prolongar por horas; é inconsolável - o que traz aos pais
sentimentos de frustração e impotência.
Murahovschi, Jaime. Cólicas do lactente. J Pediatr 2003
Cólicas do Lactente - Causas
... cólicas são devidas à incoordenação do sistema
nervoso autônomo ou constituição neuropática ou
hipertônica…
“nenhum fator isolado explica sistematicamente a cólica”
e “um médico solidário é importante para a resolução do
problema”
Penna HAO. Choro. In: Marcondes E, Costa Vaz, FA, Araujo Ramos, JL, Okay Y, editores. Pediatria Básica.
9ª ed. São Paulo: Sarvier; 2002.p.189. citado por Murahovschi, Jaime. Cólicas do lactente. J Pediatr 2003
Cólicas do Lactente - Causas
"O entendimento atual é que as cólicas dos bebês são
uma variação da normalidade ao invés de uma entidade
patológica e são um fenômeno que ainda carece de
melhor entendimento que afeta 20% a 30% dos bebês
até 3 meses."
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Cólicas do Lactente - Causas
Sobre a alimentação materna: os diversos estudos
sugerem uma participação insignificante como causa
de choro excessivo em bebês saudáveis e dividem as
opiniões entre os gastroenterologistas pediátricos."
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Cólicas do Lactente - Critérios Diagnósticos
Para fechar o diagnóstico de Cólica do Lactente é necessário
todos os critérios abaixo (em menores de 4 meses):
● crises de irritabilidade, inquietação ou choro que surgem e
desaparecem sem causa aparente;
● duração dos episódios maior que 3 horas por dia, pelo
menos 3 vezes por semana, no mínimo por 1 semana;
● ausência de atraso no desenvolvimento ponderoestatural.
Duarte, Marco Antônio, Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Cap. 8, p.752
Cólicas do Lactente - Critério de Alerta
Vale a pena enfatizar: Quando o lactente apresenta
intolerância à lactose ou alergia ao leite de vaca, além do
choro o bebê apresentará outras manifestações clínicas.
Dessa forma, os critérios de ‘‘cólicas’’ deixarão de ser válidos,
uma vez que esses bebês não estão saudáveis.
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Causas mais comum de choro excessivo agudo em bebês pequenos
Cólicas do Lactente - Diagnóstico Diferencial
Cólica do Lactente Sem causa aparente, bebê saudável, ganha peso, "regra dos três"
Infecções Otite média; infecção urinária; meningite
Gastrointestinais
Refluxo gastroesofágico; esofagite de refluxo; constipação; invaginação
intestinal, intolerância a lactose ou alergia ao leite de vaca
Trauma Abrasão de córnea; corpo estranho ocular, ‘‘torniquete’’ de extremidades;
Comportamental /
Interacional
Estimulação excessiva, falta de rotina, distúrbio do vínculo
Reações a Drogas Reações a vacinas; a drogas que foram usadas na gestação (narcóticos)
Violência / Abuso Fraturas de ossos longos; hemorragia ocular; hemorragia intracraniana
Hematológico /
Cardiovascular
Crise hemolítica - Anemia falciforme; Taquiarritmia; insuficiência cardíaca
congestiva
Grover G. Crying and colic. In: Berkowitz CD, editor. Pediatrics: a primary care approach. 1 ed. Philadelphia (PA): Saunders Company; 1996. p.
102---4.
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
A conduta médica na Cólica do Lactente tem três objetivos:
1) deixar claro que ‘‘cólica de lactente’’ não é uma doença;
2) nada acontecerá com o bebê em virtude da cólica
(desfazer mitos);
3) enfatizar que a cólica passa sozinha e ‘‘é um problema
que o bebê irá saber conduzir’’ (explicar a história natural
desse tipo de problema alivia os pais da responsabilidade
de ‘‘resolver’’ o choro).
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
"O pediatra educa os cuidadores para a condução de crises,
esclarece os significados dos choros do bebê, desfaz mitos,
alivia sentimentos de culpa e a necessidade de dividir as
tarefas, enquanto o outro descansa."
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Um pano morno ou um saquinho de
alpiste morno sobre o abdome transmite
conforto ao bebê e atenua os
movimentos intestinais exagerados
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um
‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em
contato com o abdômen da criança e massagens
abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do
choro.
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um
‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em
contato com o abdômen da criança e massagens
abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do
choro.
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Faça massagens no sentido horário
exercendo uma compressão abdominal
leve - especialmente quando a criança
estiver fora da crise
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um
‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em
contato com o abdômen da criança e massagens
abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do
choro.
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Pegue as pernas do bebê e faça
movimentos como se estivesse
"pedalando". A perna direita deve pedalar
um pouquinho antes da esquerda (para
imitar o sentido horário)
Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um
‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em
contato com o abdômen da criança e massagens
abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do
choro.
Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
Segurar de bruços exercendo apoio
sobre o abdome também ajuda a
amenizar o processo
Cólicas do Lactente - Manejo Clínico
As técnicas que simulam a posição fetal
tendem a tranquilizar o bebê e ajudam muito
no tratamento das Cólicas do Lactente.
São medidas não-farmacológicas e
de fácil implementação
Causas mais comum de choro excessivo agudo em bebês pequenos
Cólicas do Lactente - Diagnóstico Diferencial
Cólica do Lactente Sem causa aparente, bebê saudável, ganha peso, "regra dos três"
Infecções Otite média; infecção urinária; meningite
Gastrointestinais
Refluxo gastroesofágico; esofagite de refluxo; constipação; invaginação
intestinal, intolerância a lactose ou alergia ao leite de vaca
Trauma Abrasão de córnea; corpo estranho ocular, ‘‘torniquete’’ de extremidades;
Comportamental /
Interacional
Estimulação excessiva, falta de rotina, distúrbio do vínculo
Reações a Drogas Reações a vacinas; a drogas que foram usadas na gestação (narcóticos)
Violência / Abuso Fraturas de ossos longos; hemorragia ocular; hemorragia intracraniana
Hematológico /
Cardiovascular
Crise hemolítica - Anemia falciforme; Taquiarritmia; insuficiência cardíaca
congestiva
Grover G. Crying and colic. In: Berkowitz CD, editor. Pediatrics: a primary care approach. 1 ed. Philadelphia (PA): Saunders Company; 1996. p.
102---4.
Alergia a Proteína do Leite - Definição
Alergia alimentar consiste numa resposta anormal
desencadeada pela ingestão de um alimento, sendo
classificada como alérgica, tóxica ou por intolerância.
Qualquer alimento pode ser o alérgeno alimentar mas ovo,
leite, amendoim, nozes, peixe, soja e trigo representam até
90% dos casos de alergia alimentar durante a infância.
Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em
Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 20ª Edição. Elsevier.
2017.
Histórico natural de alergia alimentar
ALIMENTOS IDADE DE INÍCIO REATIVIDADE CRUZADA IDADE DE RESOLUÇÃO
Clara de ovo de
galinha
6-24 meses Ovos de outras aves 7 anos (75%)
Leite de vaca 6-12 meses Leite de cabra, leite de ovelha,
leite de búfala
5 anos (76%)
Amendoim 6-24 meses Outras leguminosas, ervilhas,
lentilhas e nozes
Persistente (20% resolve até 5 anos)
Nozes 1-2 anos Outras nozes Persistente (20% resolve até 7 anos)
Peixes Final da infância e da idade adulta Outros peixes Persistente
Mariscos Adulto (60%) Outros crustáceos Persistente
Trigo 6-24 meses Outros grãos que contem glúten 5 anos (80%)
Soja 6-24 meses Outras leguminosas 2 anos (67%)
NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 20ª Edição. Elsevier.
2017.
Alergia a Proteína do Leite - Definição
Alergia a Proteína do Leite é uma reação alérgica às
proteínas presentes no leite de vaca ou em seus
derivados (queijo, iogurte ou outros alimentos que
contêm leite).
O Leite de Vaca tem mais de 20 componentes proteicos.
As mais comuns são: α-lactoalbumina, β-lactoalbumina,
caseína e a seroalbumina.
Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em
Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
Predisposição genética (cerca de dois terços das
crianças com APL têm casos de alergia em familiares do
primeiro grau);
Contato com o alérgeno alimentar - pela introdução
precoce do Leite de Vaca nos lactentes ou mesmo pela
dieta materna rica em laticínios;
Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em
Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
Alergia a Proteína do Leite - Causas
Por que lactentes em aleitamento materno exclusivo
desenvolvem Alergia a proteína do Leite? O sistema
imune da glândula mamária permite a passagem destas
proteínas do sangue para o leite materno. Estas
proteínas sensibilizam o RN e lactente. Alguns autores
apontam para a ocorrência deste processo em
aproximadamente 0,5% dos lactentes em regime de
aleitamento materno exclusivo.
Pessoa, José Hugo Lins. Puericultura Conquista da Saúde da Criança e Adolescente, Atheneu 2013
Alergia a Proteína do Leite - Manifestações
Alergia a Proteína do Leite - Manifestações
Os sintomas da doença são inespecíficos, como dor
abdominal, vômitos, diarreia/constipação intestinal,
baixo ganho de peso e crescimento, fissura anal,
sangramento nas fezes;
Pessoa, José Hugo Lins. Puericultura Conquista da Saúde da Criança e Adolescente, Atheneu 2013
Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em
Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
Dermatite atópica moderada a grave (descamação e
ressecamento da pele, com ou sem formação de feridas).
Asma (as vezes diagnosticada erradamente como 'bronquiolite'
em lactentes jovens)
Refluxo Gastroesofágico
Inflamação do esôfago (esofagite eosinofílica)
Inflamação do estômago (gastrite eosinofílica)
Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em
Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
Alergia a Proteína do Leite - Manifestações
Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico
Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico
Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico
Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico
Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
Dor Abdominal em
Lactentes

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaRuth Milhomem
 
Pse - Programa Saúde na Escola
Pse - Programa Saúde na EscolaPse - Programa Saúde na Escola
Pse - Programa Saúde na EscolaAna Luzia
 
Slide Aleitamento materno
Slide Aleitamento materno Slide Aleitamento materno
Slide Aleitamento materno Juliana Maciel
 
Saúde e qualidade de vida
Saúde e qualidade de vidaSaúde e qualidade de vida
Saúde e qualidade de vidamainamgar
 
PRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionais
PRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionaisPRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionais
PRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionaisProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Puericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de ConsultaPuericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de Consultablogped1
 
Pnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básicaPnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básicaJarquineide Silva
 
SLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptx
SLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptxSLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptx
SLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptxAteliAryPersonalizad
 
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimentoSaúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimentoCentro Universitário Ages
 
Pse cronograma anual de atividades - sugestão de temas
Pse  cronograma anual de atividades  - sugestão de temasPse  cronograma anual de atividades  - sugestão de temas
Pse cronograma anual de atividades - sugestão de temasCre Educação
 
Aula 3 indicadores de saúde
Aula 3   indicadores de saúdeAula 3   indicadores de saúde
Aula 3 indicadores de saúdeRicardo Alexandre
 

Mais procurados (20)

Estratégia saúde da família
Estratégia saúde da famíliaEstratégia saúde da família
Estratégia saúde da família
 
Indicadores de Saúde
Indicadores de SaúdeIndicadores de Saúde
Indicadores de Saúde
 
A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZA
A ORGANIZAÇÃO  DA  ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE:  A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZAA ORGANIZAÇÃO  DA  ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE:  A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZA
A ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE: A EXPERIÊNCIA DE FORTALEZA
 
Pse - Programa Saúde na Escola
Pse - Programa Saúde na EscolaPse - Programa Saúde na Escola
Pse - Programa Saúde na Escola
 
Slide Aleitamento materno
Slide Aleitamento materno Slide Aleitamento materno
Slide Aleitamento materno
 
Controle social no Sistema Único de Saúde
Controle social no Sistema Único de SaúdeControle social no Sistema Único de Saúde
Controle social no Sistema Único de Saúde
 
AGOSTO DOURADO.pptx
AGOSTO DOURADO.pptxAGOSTO DOURADO.pptx
AGOSTO DOURADO.pptx
 
Saúde e qualidade de vida
Saúde e qualidade de vidaSaúde e qualidade de vida
Saúde e qualidade de vida
 
PRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionais
PRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionaisPRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionais
PRÉ-NATAL do PARCEIRO - Guia do Ministério da Saúde para profissionais
 
Puericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de ConsultaPuericultura - Roteiro de Consulta
Puericultura - Roteiro de Consulta
 
Aleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEF
Aleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEFAleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEF
Aleitamento Materno - album seriado do MS/UNICEF
 
Pnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básicaPnab -programa nacional da Atenção básica
Pnab -programa nacional da Atenção básica
 
Aleitamento
AleitamentoAleitamento
Aleitamento
 
Pnab
PnabPnab
Pnab
 
Financiamento do SUS 2010
Financiamento do SUS 2010Financiamento do SUS 2010
Financiamento do SUS 2010
 
SLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptx
SLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptxSLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptx
SLIDE PLANO DE AÇÃO UBS 2023.pptx
 
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimentoSaúde da criança, crescimento e desenvolvimento
Saúde da criança, crescimento e desenvolvimento
 
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC)
 
Pse cronograma anual de atividades - sugestão de temas
Pse  cronograma anual de atividades  - sugestão de temasPse  cronograma anual de atividades  - sugestão de temas
Pse cronograma anual de atividades - sugestão de temas
 
Aula 3 indicadores de saúde
Aula 3   indicadores de saúdeAula 3   indicadores de saúde
Aula 3 indicadores de saúde
 

Semelhante a Dor abdominal em lactentes

cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdfcuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdfJssicaBizinoto
 
Aleitamento materno
Aleitamento materno Aleitamento materno
Aleitamento materno lipernnatal
 
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)Neto Pontes
 
A criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosA criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosPatriciaccunha
 
A criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosA criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosPatriciaccunha
 
A criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosA criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosPatriciaccunha
 
Apostila gestante 2010[1]
Apostila gestante 2010[1]Apostila gestante 2010[1]
Apostila gestante 2010[1]Paula Sandes
 
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptxAula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptxIgrejaBblica1
 
Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02
Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02
Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02Larissa Lemos
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAmanda Corrêa
 
Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...
Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...
Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...Caroline Reis Gonçalves
 
Cuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoCuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoAmanda Thomé
 
Folheto Gestantes
Folheto GestantesFolheto Gestantes
Folheto GestantesDessa Reis
 

Semelhante a Dor abdominal em lactentes (20)

Puerpério
PuerpérioPuerpério
Puerpério
 
Puerpério
PuerpérioPuerpério
Puerpério
 
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdfcuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
cuidadoscomorn-120107211228-phpapp02.pdf
 
Aleitamento materno
Aleitamento materno Aleitamento materno
Aleitamento materno
 
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
Informações Básicas (Cuidados com o RN e Amamentação)
 
A criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosA criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anos
 
A criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosA criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anos
 
A criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anosA criança que viverá 100 anos
A criança que viverá 100 anos
 
Condutas no pré natal 5
Condutas no pré natal 5Condutas no pré natal 5
Condutas no pré natal 5
 
Apostila gestante 2010[1]
Apostila gestante 2010[1]Apostila gestante 2010[1]
Apostila gestante 2010[1]
 
Manual Aleitamento
Manual AleitamentoManual Aleitamento
Manual Aleitamento
 
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptxAula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
Aula Saúde da Criança e do Adolescente.pptx
 
Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02
Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02
Assistnciadeenfermagememneonatologia 110324125323-phpapp02
 
curso-de-maes
curso-de-maescurso-de-maes
curso-de-maes
 
curso-de-maes
curso-de-maescurso-de-maes
curso-de-maes
 
Atresia do Esôfago
Atresia do Esôfago Atresia do Esôfago
Atresia do Esôfago
 
Assistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologiaAssistência de enfermagem em neonatologia
Assistência de enfermagem em neonatologia
 
Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...
Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...
Atendimento pré hospitalar de urgências obstétricas - Treinamento SAMU BH e D...
 
Cuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-partoCuidados com o recém-nascido no pós-parto
Cuidados com o recém-nascido no pós-parto
 
Folheto Gestantes
Folheto GestantesFolheto Gestantes
Folheto Gestantes
 

Mais de Fabricio Batistoni (20)

Lavagem Nasal
Lavagem NasalLavagem Nasal
Lavagem Nasal
 
Lavagem Nasal 2
Lavagem Nasal 2Lavagem Nasal 2
Lavagem Nasal 2
 
Febre
FebreFebre
Febre
 
Tosse
TosseTosse
Tosse
 
Lavagem Nasal
Lavagem NasalLavagem Nasal
Lavagem Nasal
 
Prevenção de Acidentes
Prevenção de AcidentesPrevenção de Acidentes
Prevenção de Acidentes
 
ASMA na infância
ASMA na infânciaASMA na infância
ASMA na infância
 
Vacinação contra Covid-19
Vacinação contra Covid-19Vacinação contra Covid-19
Vacinação contra Covid-19
 
Saltos de desenvolvimento
Saltos de desenvolvimentoSaltos de desenvolvimento
Saltos de desenvolvimento
 
Consumo de Mel em Crianças
Consumo de Mel em CriançasConsumo de Mel em Crianças
Consumo de Mel em Crianças
 
Dislalia 2020
Dislalia 2020Dislalia 2020
Dislalia 2020
 
Introdução alimentar
Introdução alimentarIntrodução alimentar
Introdução alimentar
 
Dor de crescimento
Dor de crescimentoDor de crescimento
Dor de crescimento
 
Fica muito doente
Fica muito doenteFica muito doente
Fica muito doente
 
TDAH, Dislexia e Discalculia
TDAH, Dislexia e DiscalculiaTDAH, Dislexia e Discalculia
TDAH, Dislexia e Discalculia
 
TDAH para Educadores
TDAH para EducadoresTDAH para Educadores
TDAH para Educadores
 
TDAN mitos e verdades
TDAN mitos e verdadesTDAN mitos e verdades
TDAN mitos e verdades
 
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagemDesenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento da linguagem
 
Imunoterapia
ImunoterapiaImunoterapia
Imunoterapia
 
Melatonina e sono
Melatonina e sonoMelatonina e sono
Melatonina e sono
 

Dor abdominal em lactentes

  • 2. Cólica do Lactente - Diagnóstico Cólica do lactente se refere ao choro súbito, inexplicado e inconsolável (não responde às medidas habituais de conforto). Tipicamente se manifesta como um ataque paroxístico de choro forte, agudo, estridente, “em crescendo”. Murahovschi, Jaime. Cólicas do lactente. J Pediatr 2003
  • 3. Cólica do Lactente - Diagnóstico O lactente se estica, fica vermelho, vira a cabeça para os lados, as mãos ficam crispadas, as coxas fletidas sobre o abdome; a eliminação de gases parece trazer um alívio temporário. Com breves pausas, o choro pode se prolongar por horas; é inconsolável - o que traz aos pais sentimentos de frustração e impotência. Murahovschi, Jaime. Cólicas do lactente. J Pediatr 2003
  • 4. Cólicas do Lactente - Causas ... cólicas são devidas à incoordenação do sistema nervoso autônomo ou constituição neuropática ou hipertônica… “nenhum fator isolado explica sistematicamente a cólica” e “um médico solidário é importante para a resolução do problema” Penna HAO. Choro. In: Marcondes E, Costa Vaz, FA, Araujo Ramos, JL, Okay Y, editores. Pediatria Básica. 9ª ed. São Paulo: Sarvier; 2002.p.189. citado por Murahovschi, Jaime. Cólicas do lactente. J Pediatr 2003
  • 5. Cólicas do Lactente - Causas "O entendimento atual é que as cólicas dos bebês são uma variação da normalidade ao invés de uma entidade patológica e são um fenômeno que ainda carece de melhor entendimento que afeta 20% a 30% dos bebês até 3 meses." Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
  • 6. Cólicas do Lactente - Causas Sobre a alimentação materna: os diversos estudos sugerem uma participação insignificante como causa de choro excessivo em bebês saudáveis e dividem as opiniões entre os gastroenterologistas pediátricos." Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
  • 7. Cólicas do Lactente - Critérios Diagnósticos Para fechar o diagnóstico de Cólica do Lactente é necessário todos os critérios abaixo (em menores de 4 meses): ● crises de irritabilidade, inquietação ou choro que surgem e desaparecem sem causa aparente; ● duração dos episódios maior que 3 horas por dia, pelo menos 3 vezes por semana, no mínimo por 1 semana; ● ausência de atraso no desenvolvimento ponderoestatural. Duarte, Marco Antônio, Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Cap. 8, p.752
  • 8. Cólicas do Lactente - Critério de Alerta Vale a pena enfatizar: Quando o lactente apresenta intolerância à lactose ou alergia ao leite de vaca, além do choro o bebê apresentará outras manifestações clínicas. Dessa forma, os critérios de ‘‘cólicas’’ deixarão de ser válidos, uma vez que esses bebês não estão saudáveis. Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
  • 9. Causas mais comum de choro excessivo agudo em bebês pequenos Cólicas do Lactente - Diagnóstico Diferencial Cólica do Lactente Sem causa aparente, bebê saudável, ganha peso, "regra dos três" Infecções Otite média; infecção urinária; meningite Gastrointestinais Refluxo gastroesofágico; esofagite de refluxo; constipação; invaginação intestinal, intolerância a lactose ou alergia ao leite de vaca Trauma Abrasão de córnea; corpo estranho ocular, ‘‘torniquete’’ de extremidades; Comportamental / Interacional Estimulação excessiva, falta de rotina, distúrbio do vínculo Reações a Drogas Reações a vacinas; a drogas que foram usadas na gestação (narcóticos) Violência / Abuso Fraturas de ossos longos; hemorragia ocular; hemorragia intracraniana Hematológico / Cardiovascular Crise hemolítica - Anemia falciforme; Taquiarritmia; insuficiência cardíaca congestiva Grover G. Crying and colic. In: Berkowitz CD, editor. Pediatrics: a primary care approach. 1 ed. Philadelphia (PA): Saunders Company; 1996. p. 102---4.
  • 10. Cólicas do Lactente - Manejo Clínico A conduta médica na Cólica do Lactente tem três objetivos: 1) deixar claro que ‘‘cólica de lactente’’ não é uma doença; 2) nada acontecerá com o bebê em virtude da cólica (desfazer mitos); 3) enfatizar que a cólica passa sozinha e ‘‘é um problema que o bebê irá saber conduzir’’ (explicar a história natural desse tipo de problema alivia os pais da responsabilidade de ‘‘resolver’’ o choro). Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
  • 11. Cólicas do Lactente - Manejo Clínico "O pediatra educa os cuidadores para a condução de crises, esclarece os significados dos choros do bebê, desfaz mitos, alivia sentimentos de culpa e a necessidade de dividir as tarefas, enquanto o outro descansa." Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
  • 12. Um pano morno ou um saquinho de alpiste morno sobre o abdome transmite conforto ao bebê e atenua os movimentos intestinais exagerados Cólicas do Lactente - Manejo Clínico Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um ‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em contato com o abdômen da criança e massagens abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do choro. Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5.
  • 13. Cólicas do Lactente - Manejo Clínico Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um ‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em contato com o abdômen da criança e massagens abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do choro. Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5. Faça massagens no sentido horário exercendo uma compressão abdominal leve - especialmente quando a criança estiver fora da crise
  • 14. Cólicas do Lactente - Manejo Clínico Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um ‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em contato com o abdômen da criança e massagens abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do choro. Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5. Pegue as pernas do bebê e faça movimentos como se estivesse "pedalando". A perna direita deve pedalar um pouquinho antes da esquerda (para imitar o sentido horário)
  • 15. Acalmar o bebê no colo, ou em decúbito ventral, com um ‘‘pano morno’’ ou com o uso de ‘‘bolsas térmicas mornas’’ em contato com o abdômen da criança e massagens abdominais apresentam alguma evidência de melhoria do choro. Halpern R, Coelho R. Excessive crying in infants. J Pediatr (Rio J). 2016;92(3 Suppl 1):S40---5. Cólicas do Lactente - Manejo Clínico Segurar de bruços exercendo apoio sobre o abdome também ajuda a amenizar o processo
  • 16. Cólicas do Lactente - Manejo Clínico As técnicas que simulam a posição fetal tendem a tranquilizar o bebê e ajudam muito no tratamento das Cólicas do Lactente. São medidas não-farmacológicas e de fácil implementação
  • 17. Causas mais comum de choro excessivo agudo em bebês pequenos Cólicas do Lactente - Diagnóstico Diferencial Cólica do Lactente Sem causa aparente, bebê saudável, ganha peso, "regra dos três" Infecções Otite média; infecção urinária; meningite Gastrointestinais Refluxo gastroesofágico; esofagite de refluxo; constipação; invaginação intestinal, intolerância a lactose ou alergia ao leite de vaca Trauma Abrasão de córnea; corpo estranho ocular, ‘‘torniquete’’ de extremidades; Comportamental / Interacional Estimulação excessiva, falta de rotina, distúrbio do vínculo Reações a Drogas Reações a vacinas; a drogas que foram usadas na gestação (narcóticos) Violência / Abuso Fraturas de ossos longos; hemorragia ocular; hemorragia intracraniana Hematológico / Cardiovascular Crise hemolítica - Anemia falciforme; Taquiarritmia; insuficiência cardíaca congestiva Grover G. Crying and colic. In: Berkowitz CD, editor. Pediatrics: a primary care approach. 1 ed. Philadelphia (PA): Saunders Company; 1996. p. 102---4.
  • 18. Alergia a Proteína do Leite - Definição Alergia alimentar consiste numa resposta anormal desencadeada pela ingestão de um alimento, sendo classificada como alérgica, tóxica ou por intolerância. Qualquer alimento pode ser o alérgeno alimentar mas ovo, leite, amendoim, nozes, peixe, soja e trigo representam até 90% dos casos de alergia alimentar durante a infância. Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018 NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 20ª Edição. Elsevier. 2017.
  • 19. Histórico natural de alergia alimentar ALIMENTOS IDADE DE INÍCIO REATIVIDADE CRUZADA IDADE DE RESOLUÇÃO Clara de ovo de galinha 6-24 meses Ovos de outras aves 7 anos (75%) Leite de vaca 6-12 meses Leite de cabra, leite de ovelha, leite de búfala 5 anos (76%) Amendoim 6-24 meses Outras leguminosas, ervilhas, lentilhas e nozes Persistente (20% resolve até 5 anos) Nozes 1-2 anos Outras nozes Persistente (20% resolve até 7 anos) Peixes Final da infância e da idade adulta Outros peixes Persistente Mariscos Adulto (60%) Outros crustáceos Persistente Trigo 6-24 meses Outros grãos que contem glúten 5 anos (80%) Soja 6-24 meses Outras leguminosas 2 anos (67%) NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. Jenson, Robert Kliegman. 20ª Edição. Elsevier. 2017.
  • 20. Alergia a Proteína do Leite - Definição Alergia a Proteína do Leite é uma reação alérgica às proteínas presentes no leite de vaca ou em seus derivados (queijo, iogurte ou outros alimentos que contêm leite). O Leite de Vaca tem mais de 20 componentes proteicos. As mais comuns são: α-lactoalbumina, β-lactoalbumina, caseína e a seroalbumina. Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
  • 21. Predisposição genética (cerca de dois terços das crianças com APL têm casos de alergia em familiares do primeiro grau); Contato com o alérgeno alimentar - pela introdução precoce do Leite de Vaca nos lactentes ou mesmo pela dieta materna rica em laticínios; Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018 Alergia a Proteína do Leite - Causas
  • 22. Por que lactentes em aleitamento materno exclusivo desenvolvem Alergia a proteína do Leite? O sistema imune da glândula mamária permite a passagem destas proteínas do sangue para o leite materno. Estas proteínas sensibilizam o RN e lactente. Alguns autores apontam para a ocorrência deste processo em aproximadamente 0,5% dos lactentes em regime de aleitamento materno exclusivo. Pessoa, José Hugo Lins. Puericultura Conquista da Saúde da Criança e Adolescente, Atheneu 2013 Alergia a Proteína do Leite - Manifestações
  • 23. Alergia a Proteína do Leite - Manifestações Os sintomas da doença são inespecíficos, como dor abdominal, vômitos, diarreia/constipação intestinal, baixo ganho de peso e crescimento, fissura anal, sangramento nas fezes; Pessoa, José Hugo Lins. Puericultura Conquista da Saúde da Criança e Adolescente, Atheneu 2013 Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018
  • 24. Dermatite atópica moderada a grave (descamação e ressecamento da pele, com ou sem formação de feridas). Asma (as vezes diagnosticada erradamente como 'bronquiolite' em lactentes jovens) Refluxo Gastroesofágico Inflamação do esôfago (esofagite eosinofílica) Inflamação do estômago (gastrite eosinofílica) Carvalho, Elisa de; Ferreira, Cristina Targa; Silva, Luciana Rodrigues. Manual de Residência em Gastroenterologia Pediátrica, Manole, 2018 Alergia a Proteína do Leite - Manifestações
  • 25. Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
  • 26. Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
  • 27. Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783
  • 28. Alergia a Proteína do Leite - Diagnóstico Carvalho, Elisa de, Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria, Ed.4, 2017; Capítulo 13, p.783