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EDUCAÇÃO ESPECIAL E
INCLUSIVA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA / SURDEZ
Concurso Secretaria da Educação de SP Edital nº01/23
Candidata: Alessandra Fernella
Estudo de Caso 3 – Deficiência Auditiva /
Surdez
Estudante: José Pedro de 13 anos do 8º ano do ensino fundamental
Dificuldade do aluno: na escrita com produção de texto curtos e palavras soltas
SUJEITO SURDO E SEU PROCESSO DE
APREDIZAGEM
O surdo possui privação auditiva e por essa razão sofre um processo diferenciado na sua aquisição e
desenvolvimento da fala e linguagem oral.
A linguagem é um processo necessário para a comunicação e inerente a todo ser humano e é a
partir do uso da língua que se estabelecerá e solidificará os vínculos sociais entre o sujeito e o seu
meio.
O sujeito surdo entretanto tem considerações a serem feitas frente a essa abordagem uma vez que
tratando-se a língua de sinais (Libras), sua língua maternal, visual, gestual espacial, diferente da
língua portuguesa, oral auditiva, teremos então canais de recepção e de emissão diferentes da
pessoa ouvinte.
Sinais de aprendizado na leitura e escrita do surdos são diferentes do ouvinte, visto que a
aprendizagem da escrita se dá através da linguagem oral enquanto para o sujeito surdo na forma
visual e gestual.
L2 – Língua Portuguesa – Escrita- 2º Língua do
Surdo e suas dificuldades
Partindo do contexto que a 1º língua do sujeito surdo (língua maternal) é sua língua de sinais
(Libras), entendemos que a sua 2º língua passa a ser quando adquiri a escrita da língua
portuguesa.
O objeto é apontar a principal diferença e dificuldade do processo aprendizagem do sujeito
surdo na aquisição da escrita como sua 2º língua.
Identificar como esse aluno surdo falante da sua língua de sinais entende a 2º língua
(Português) através de suas produções textuais e assim poder aplicar metodologias de ensino
aprendizagem eficazes e eficientes.
Como então esse aluno surdo adquire esse processo de
aprendizagem na aquisição da escrita língua portuguesa?
Se a capacidade para linguagem é específica da espécie humana, a habilidade para aquisição da
língua independe por sua vez da inteligência, pois é uniforme e todas as crianças com
habilidades normais possuem o mesmo padrão na aquisição de uma língua, que acontece de
forma rápida, sem esforço e logicamente sem necessidade de um programa específico para a
aprendizagem de uma língua.
Ambas crianças ouvinte e surda, teriam as mesmas condições para a aquisição da língua desde
que para isso estejam inseridas em ambientes que as proporcionem situações significativas, isto
é, se para a criança ouvinte a língua oral está relacionada através de sons em palavras e frases
permitindo a comunicação, para a criança surda, filho de pais surdos, seria relativamente
imbuída às regras gramaticais de sua língua materna, língua esta de sinais, que trata-se de uma
língua visual, gestual espacial.
FACULDADE LINGUÍSTICA DO SUJEITO
Estudos apontam que para que ocorra a faculdade linguística do sujeito, há uma base
estrutural sentencial com princípios e regras, ou seja, o conhecimento linguístico do ser
humano denominado gramática universal.
Ora se o sujeito trás consigo o conhecimento linguístico desde o seu princípio inato, como no
caso do aluno Pedro a língua de sinais (Libras – Língua Brasileira de Sinais), para que haja a
aquisição da linguagem, da língua portuguesa para esse aluno, será necessário primeiramente
nos comunicarmos com esse aluno em sua própria língua de sinais (Libras) para a partir de
então aplicar abordagens que o aluno entenda a língua portuguesa escrita na sua estrutura e
regras do idioma.
Por essa razão é frequente encontrarmos na escrita dos surdos características próprias da sua
língua de sinais, como o exemplo do aluno Pedro nas criações textuais com palavras soltas,
pois os surdos ao escreverem fazem hipóteses sobre a língua escrita usando seus
conhecimentos de língua nata para formular sentenças gramaticais
CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA DA MODALIDADE DA FRASE
Elucidando melhor o exemplo de Pedro na construção de seus textos escritos, visualizaremos
como são empregadas as ordens de frase comparando-as entre a Libras e o português para o
aluno surdo visto que as sentenças se organizam em duas estruturas de modalidades
distintas com o seguinte parâmetro: o sujeito, verbo e objeto – SVO – estabelecidos tanto na
língua portuguesa como em Libras porém de formas diferentes.
Enquanto no português temos a ordem básica por sujeito – verbo – objeto (SVO)na
construção de uma frase, exemplo: Eu comprei a casa; em Libras teremos o inverso, isto é,
são permitidas as ordens objeto – sujeito – verbo (OSV) e sujeito – objeto – verbo (SOV),
exemplo: Eu casa comprei, ou seja, em Libras o verbo, a ação do sujeito, sempre vêm no final
da frase.
COMPLEXIDADE DO SURDO NA AQUISIÇÃO DA LÍNGUA
ESCRITA
Nesse cenário de complexidade na aquisição da segunda língua (língua portuguesa escrita)
para o aluno com surdez, encontramos também outros fatores importantes a considerar
nessa dificuldade para seu processo aprendizagem tais como: idade; gênero; interesse;
aptidão; elementos sócio psicológicos como motivação; personalidade; atitude; estilo
cognitivo e estratégias.
Vale ressaltar que é fundamental para o surdo aprender a língua escrita, português, ter o
domínio da estrutura de sua língua, Libras, que também é constituída por várias
propriedades estruturais como: gramática , palavras, sentenças, que por sua vez estão
situadas num contexto.
O aluno surdo para atingir sua competência e desempenho, precisará saber fazer escolhas
gramaticais adequadas para gerar sentenças claras, compreensíveis e que fazem sentido em
uma frase.
IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES USAREM LIBRAS
Conclui-se que para que o aluno surdo atinja o esperado em seu processo de ensino
aprendizagem na escrita de língua portuguesa, é essencial que os professores utilizem a
Libras como ferramenta metodológica para o ensino.
Não obstante, trabalhar com esse aluno surdo métodos a estimulá-lo em suas habilidades
de compreensão no que diz respeito à estrutura gramatical da língua de sinais às escolhas
linguísticas adequadas aos diferentes gêneros, para a leitura de sinais e consequentemente
à atenção aos sinais do outro e a necessidade de comportar-se adequadamente frente a
situações.
Com o aluno Pedro utilizaria a didática de conversar em Libras assuntos relacionados a
tema que ele mais aprecia, como carros (automóveis), artes marciais que é um de seus
esportes, estimulando-o através da fala na língua de sinais para posteriormente leva-lo à
escrita em sua própria língua de sinais e a partir deste apresentar a ele as regras
gramaticais da escrita língua portuguesa.

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  • 1. EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA DEFICIÊNCIA AUDITIVA / SURDEZ Concurso Secretaria da Educação de SP Edital nº01/23 Candidata: Alessandra Fernella
  • 2. Estudo de Caso 3 – Deficiência Auditiva / Surdez Estudante: José Pedro de 13 anos do 8º ano do ensino fundamental Dificuldade do aluno: na escrita com produção de texto curtos e palavras soltas
  • 3. SUJEITO SURDO E SEU PROCESSO DE APREDIZAGEM O surdo possui privação auditiva e por essa razão sofre um processo diferenciado na sua aquisição e desenvolvimento da fala e linguagem oral. A linguagem é um processo necessário para a comunicação e inerente a todo ser humano e é a partir do uso da língua que se estabelecerá e solidificará os vínculos sociais entre o sujeito e o seu meio. O sujeito surdo entretanto tem considerações a serem feitas frente a essa abordagem uma vez que tratando-se a língua de sinais (Libras), sua língua maternal, visual, gestual espacial, diferente da língua portuguesa, oral auditiva, teremos então canais de recepção e de emissão diferentes da pessoa ouvinte. Sinais de aprendizado na leitura e escrita do surdos são diferentes do ouvinte, visto que a aprendizagem da escrita se dá através da linguagem oral enquanto para o sujeito surdo na forma visual e gestual.
  • 4. L2 – Língua Portuguesa – Escrita- 2º Língua do Surdo e suas dificuldades Partindo do contexto que a 1º língua do sujeito surdo (língua maternal) é sua língua de sinais (Libras), entendemos que a sua 2º língua passa a ser quando adquiri a escrita da língua portuguesa. O objeto é apontar a principal diferença e dificuldade do processo aprendizagem do sujeito surdo na aquisição da escrita como sua 2º língua. Identificar como esse aluno surdo falante da sua língua de sinais entende a 2º língua (Português) através de suas produções textuais e assim poder aplicar metodologias de ensino aprendizagem eficazes e eficientes.
  • 5. Como então esse aluno surdo adquire esse processo de aprendizagem na aquisição da escrita língua portuguesa? Se a capacidade para linguagem é específica da espécie humana, a habilidade para aquisição da língua independe por sua vez da inteligência, pois é uniforme e todas as crianças com habilidades normais possuem o mesmo padrão na aquisição de uma língua, que acontece de forma rápida, sem esforço e logicamente sem necessidade de um programa específico para a aprendizagem de uma língua. Ambas crianças ouvinte e surda, teriam as mesmas condições para a aquisição da língua desde que para isso estejam inseridas em ambientes que as proporcionem situações significativas, isto é, se para a criança ouvinte a língua oral está relacionada através de sons em palavras e frases permitindo a comunicação, para a criança surda, filho de pais surdos, seria relativamente imbuída às regras gramaticais de sua língua materna, língua esta de sinais, que trata-se de uma língua visual, gestual espacial.
  • 6. FACULDADE LINGUÍSTICA DO SUJEITO Estudos apontam que para que ocorra a faculdade linguística do sujeito, há uma base estrutural sentencial com princípios e regras, ou seja, o conhecimento linguístico do ser humano denominado gramática universal. Ora se o sujeito trás consigo o conhecimento linguístico desde o seu princípio inato, como no caso do aluno Pedro a língua de sinais (Libras – Língua Brasileira de Sinais), para que haja a aquisição da linguagem, da língua portuguesa para esse aluno, será necessário primeiramente nos comunicarmos com esse aluno em sua própria língua de sinais (Libras) para a partir de então aplicar abordagens que o aluno entenda a língua portuguesa escrita na sua estrutura e regras do idioma. Por essa razão é frequente encontrarmos na escrita dos surdos características próprias da sua língua de sinais, como o exemplo do aluno Pedro nas criações textuais com palavras soltas, pois os surdos ao escreverem fazem hipóteses sobre a língua escrita usando seus conhecimentos de língua nata para formular sentenças gramaticais
  • 7. CONSTRUÇÃO DA ESTRUTURA DA MODALIDADE DA FRASE Elucidando melhor o exemplo de Pedro na construção de seus textos escritos, visualizaremos como são empregadas as ordens de frase comparando-as entre a Libras e o português para o aluno surdo visto que as sentenças se organizam em duas estruturas de modalidades distintas com o seguinte parâmetro: o sujeito, verbo e objeto – SVO – estabelecidos tanto na língua portuguesa como em Libras porém de formas diferentes. Enquanto no português temos a ordem básica por sujeito – verbo – objeto (SVO)na construção de uma frase, exemplo: Eu comprei a casa; em Libras teremos o inverso, isto é, são permitidas as ordens objeto – sujeito – verbo (OSV) e sujeito – objeto – verbo (SOV), exemplo: Eu casa comprei, ou seja, em Libras o verbo, a ação do sujeito, sempre vêm no final da frase.
  • 8. COMPLEXIDADE DO SURDO NA AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA Nesse cenário de complexidade na aquisição da segunda língua (língua portuguesa escrita) para o aluno com surdez, encontramos também outros fatores importantes a considerar nessa dificuldade para seu processo aprendizagem tais como: idade; gênero; interesse; aptidão; elementos sócio psicológicos como motivação; personalidade; atitude; estilo cognitivo e estratégias. Vale ressaltar que é fundamental para o surdo aprender a língua escrita, português, ter o domínio da estrutura de sua língua, Libras, que também é constituída por várias propriedades estruturais como: gramática , palavras, sentenças, que por sua vez estão situadas num contexto. O aluno surdo para atingir sua competência e desempenho, precisará saber fazer escolhas gramaticais adequadas para gerar sentenças claras, compreensíveis e que fazem sentido em uma frase.
  • 9. IMPORTÂNCIA DOS PROFESSORES USAREM LIBRAS Conclui-se que para que o aluno surdo atinja o esperado em seu processo de ensino aprendizagem na escrita de língua portuguesa, é essencial que os professores utilizem a Libras como ferramenta metodológica para o ensino. Não obstante, trabalhar com esse aluno surdo métodos a estimulá-lo em suas habilidades de compreensão no que diz respeito à estrutura gramatical da língua de sinais às escolhas linguísticas adequadas aos diferentes gêneros, para a leitura de sinais e consequentemente à atenção aos sinais do outro e a necessidade de comportar-se adequadamente frente a situações. Com o aluno Pedro utilizaria a didática de conversar em Libras assuntos relacionados a tema que ele mais aprecia, como carros (automóveis), artes marciais que é um de seus esportes, estimulando-o através da fala na língua de sinais para posteriormente leva-lo à escrita em sua própria língua de sinais e a partir deste apresentar a ele as regras gramaticais da escrita língua portuguesa.