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Jornal Estado de sao paulo 24 de outu
Nestlé busca Paises emergentes para se proteger da crise
Empresa pretende conquistar 1 bilhão de novos consumidores nesses países em 10 anos
Jamil Chade, VEVEY, SUÍÇA
A maior empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, aposta nos mercados emergentes, como o Brasil, para
evitar que a recessão mundial afete seus lucros. A Nestlé admite que seu objetivo é conquistar 1 bilhão de
novos clientes nos países emergentes em dez anos.
A multinacional teve vendas recordes no mundo em nove meses e 17% de alta nas vendas no Brasil,
prometendo agora lançar uma série de produtos, até mesmo uma feijoada pronta. Outra meta é comprar uma
empresa de águas no País. Mas sua cúpula alerta: o Brasil precisa manter a estabilidade econômica e garantir
uma maior distribuição de renda.
No acumulado de janeiro a setembro, a empresa vendeu US$ 70,1 bilhões, 3,4% acima do que havia
registrado em 2007. Nas Américas, as vendas chegaram a US$ 20 bilhões. Nos países emergentes, o
crescimento orgânico das vendas foi de 17%, ante 6% na Europa. No mundo, o crescimento orgânico da
Nestlé foi de 8,9%. E a venda de comida para animais superou a de chocolates, calculada em US$ 8 bilhões.
Hoje, um terço das vendas da Nestlé ocorre nos mercados emergentes. Em dez anos, a estimativa é que
os países ricos representem 55% das vendas da multinacional.
Para o presidente da Nestlé, Paul Bulcke, o Brasil é um mercado chave. “E vemos que continuará crescendo.
Não vamos falar em crise. O que temos são ventos. Vamos acelerar nossas atividades no Brasil.”
Pensando nisso, a empresa quer expandir sua linha de produtos fabricados em Feira de Santana (BA), que
são destinados a uma classe de renda mais baixa. As embalagens são menores e os produtos, mais baratos.
Trata-se de uma estratégia mundial, adaptando os produtos ao nível de renda e garantindo um número maior
de consumidores. Mas há outros projetos para o País. “Queremos criar uma linha de produtos locais,
congelados ou em latas”, disse Marc Caira, vice-presidente da Nestlé.
Outro objetivo da empresa é adquirir uma empresa de águas no Brasil. “O País tem potencial de ser
um dos maiores mercados para água engarrafada no mundo”, afirmou o diretor de águas da Nestlé,
John Harris.
Hoje, a Nestlé tem 19,2% do mercado mundial de águas, ante 9,4% da Coca-Cola. Mas suas vendas
vêm caindo, principalmente por causa da retração dos mercados ricos. Só na Europa, a queda de vendas
nesses nove meses foi de 7%. Harris diz que consumidores cortam a água engarrafada diante da alta nos
preços de alimentos e optam pela água de torneira. Nos países emergentes, porém, essa opção não existe.
No Brasil, a Nestlé enfrenta a resistência de ativistas ambientais para a exploração das águas da região de
São Lourenço, em Minas Gerais. Harris admite que está de olho nas eleições municipais, insinuando que
uma mudança política pode ter impacto em seus investimentos. Outra opção que ele não descarta é a
formação de uma joint venture com a InBev para distribuir água pelo Brasil.
Jornal estado de sao paulo 25 de outubro
Dilma acena com socorro a usineiros em dificuldades
Setor de açúcar e álcool reclama que está altamente endividado e sem crédito
Gustavo Porto, Ribeirão Preto
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sinalizou ontem que o governo poderá socorrer o setor de açúcar e
álcool, altamente endividado e sem crédito para conseguir refinanciamento, após um boom de expansão iniciado em
2003. A junção das crises de liquidez mundial e de preços não remuneradores obrigou muitas companhias do setor a
adiar projetos, o que ameaça o investimento de US$ 33 bilhões estimado para novas usinas até 2012.
“Se ele (setor sucroalcooleiro) procurar (o governo) e mostrar onde está o problema de crédito, seguramente (poderá
receber ajuda)”, disse Dilma após palestra para empresários em São José do Rio Preto (SP). Ela avisou, no entanto,
que o governo será criterioso na ajuda aos usineiros. Disse que eles precisam, antes, tentar resolver seus problemas
com os bancos privados - para que liberem o dinheiro da redução dos depósitos compulsórios no Banco Central
(BC).
“Nós achamos importantíssima a presença dos bancos privados neste momento. Achamos que os bancos privados,
com a liberação do compulsório, têm de emprestar. Não há porque o Brasil assumir um risco de crédito que não é
dele e não pode haver esse contágio por efeito de demonstração”, disse Dilma.
Além do risco para os novos projetos, a crise financeira mundial fez com que muitas companhias chegassem a
situações críticas, com falta de capital de giro para os compromissos diários, atraso no pagamento de fornecedores
de cana e, ainda, a impossibilidade renegociação das dívidas de curto prazo.
A indústria de base do segmento de açúcar, álcool e energia fala em 30% de inadimplência ou adiamento de
entregas de encomendas contratadas, o que motivou um encontro, ontem, em Sertãozinho (SP), principal pólo das
“fábricas de usinas” do País.
Desse encontro deve sair uma carta elaborada por representantes de toda a cadeia produtiva do setor de açúcar,
álcool e energia, a ser entregue ao governo na próxima semana, em Brasília.
De acordo com a ministra, o governo federal acaba de dar aos bancos públicos as mesmas condições oferecidas aos
bancos privados ao editar, ontem, a Medida Provisória (MP) 443, que regulamenta a compra de participação do
Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em instituições financeiras privadas.
“É, de fato, aumentar a transparência desse segmento e não deixar os bancos médios só nas mãos dos grandes
bancos privados, para que esses imponham preços ao adquirirem esses bancos (menores)”, disse Dilma. “O banco
público hoje tem todas as condições dos grandes privados para atuar no mercado.
RECESSÃO IMPROVÁVEL
Dilma Roussef afirmou, ainda, que não há motivo para desespero diante do cenário negativo da crise internacional de
liquidez. Ela também garantiu que “é quase impossível” que o Brasil enfrente uma recessão diante das recentes
medidas tomadas pelo governo federal.
“Não vamos deixar ninguém especular a favor da crise, mas acho que tem gente querendo o quanto pior, melhor”,
concluiu a ministra, após o evento, que se configurou em ato de apoio ao candidato a prefeito do PT no segundo
turno Na cidade paulista, João Paulo Rillo.
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Nestlé busca emergentes e Dilma acena com ajuda a usineiros

  • 1. Jornal Estado de sao paulo 24 de outu Nestlé busca Paises emergentes para se proteger da crise Empresa pretende conquistar 1 bilhão de novos consumidores nesses países em 10 anos Jamil Chade, VEVEY, SUÍÇA A maior empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, aposta nos mercados emergentes, como o Brasil, para evitar que a recessão mundial afete seus lucros. A Nestlé admite que seu objetivo é conquistar 1 bilhão de novos clientes nos países emergentes em dez anos. A multinacional teve vendas recordes no mundo em nove meses e 17% de alta nas vendas no Brasil, prometendo agora lançar uma série de produtos, até mesmo uma feijoada pronta. Outra meta é comprar uma empresa de águas no País. Mas sua cúpula alerta: o Brasil precisa manter a estabilidade econômica e garantir uma maior distribuição de renda. No acumulado de janeiro a setembro, a empresa vendeu US$ 70,1 bilhões, 3,4% acima do que havia registrado em 2007. Nas Américas, as vendas chegaram a US$ 20 bilhões. Nos países emergentes, o crescimento orgânico das vendas foi de 17%, ante 6% na Europa. No mundo, o crescimento orgânico da Nestlé foi de 8,9%. E a venda de comida para animais superou a de chocolates, calculada em US$ 8 bilhões. Hoje, um terço das vendas da Nestlé ocorre nos mercados emergentes. Em dez anos, a estimativa é que os países ricos representem 55% das vendas da multinacional. Para o presidente da Nestlé, Paul Bulcke, o Brasil é um mercado chave. “E vemos que continuará crescendo. Não vamos falar em crise. O que temos são ventos. Vamos acelerar nossas atividades no Brasil.” Pensando nisso, a empresa quer expandir sua linha de produtos fabricados em Feira de Santana (BA), que são destinados a uma classe de renda mais baixa. As embalagens são menores e os produtos, mais baratos. Trata-se de uma estratégia mundial, adaptando os produtos ao nível de renda e garantindo um número maior de consumidores. Mas há outros projetos para o País. “Queremos criar uma linha de produtos locais, congelados ou em latas”, disse Marc Caira, vice-presidente da Nestlé. Outro objetivo da empresa é adquirir uma empresa de águas no Brasil. “O País tem potencial de ser um dos maiores mercados para água engarrafada no mundo”, afirmou o diretor de águas da Nestlé, John Harris. Hoje, a Nestlé tem 19,2% do mercado mundial de águas, ante 9,4% da Coca-Cola. Mas suas vendas vêm caindo, principalmente por causa da retração dos mercados ricos. Só na Europa, a queda de vendas nesses nove meses foi de 7%. Harris diz que consumidores cortam a água engarrafada diante da alta nos preços de alimentos e optam pela água de torneira. Nos países emergentes, porém, essa opção não existe. No Brasil, a Nestlé enfrenta a resistência de ativistas ambientais para a exploração das águas da região de São Lourenço, em Minas Gerais. Harris admite que está de olho nas eleições municipais, insinuando que uma mudança política pode ter impacto em seus investimentos. Outra opção que ele não descarta é a formação de uma joint venture com a InBev para distribuir água pelo Brasil. Jornal estado de sao paulo 25 de outubro Dilma acena com socorro a usineiros em dificuldades Setor de açúcar e álcool reclama que está altamente endividado e sem crédito
  • 2. Gustavo Porto, Ribeirão Preto A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, sinalizou ontem que o governo poderá socorrer o setor de açúcar e álcool, altamente endividado e sem crédito para conseguir refinanciamento, após um boom de expansão iniciado em 2003. A junção das crises de liquidez mundial e de preços não remuneradores obrigou muitas companhias do setor a adiar projetos, o que ameaça o investimento de US$ 33 bilhões estimado para novas usinas até 2012. “Se ele (setor sucroalcooleiro) procurar (o governo) e mostrar onde está o problema de crédito, seguramente (poderá receber ajuda)”, disse Dilma após palestra para empresários em São José do Rio Preto (SP). Ela avisou, no entanto, que o governo será criterioso na ajuda aos usineiros. Disse que eles precisam, antes, tentar resolver seus problemas com os bancos privados - para que liberem o dinheiro da redução dos depósitos compulsórios no Banco Central (BC). “Nós achamos importantíssima a presença dos bancos privados neste momento. Achamos que os bancos privados, com a liberação do compulsório, têm de emprestar. Não há porque o Brasil assumir um risco de crédito que não é dele e não pode haver esse contágio por efeito de demonstração”, disse Dilma. Além do risco para os novos projetos, a crise financeira mundial fez com que muitas companhias chegassem a situações críticas, com falta de capital de giro para os compromissos diários, atraso no pagamento de fornecedores de cana e, ainda, a impossibilidade renegociação das dívidas de curto prazo. A indústria de base do segmento de açúcar, álcool e energia fala em 30% de inadimplência ou adiamento de entregas de encomendas contratadas, o que motivou um encontro, ontem, em Sertãozinho (SP), principal pólo das “fábricas de usinas” do País. Desse encontro deve sair uma carta elaborada por representantes de toda a cadeia produtiva do setor de açúcar, álcool e energia, a ser entregue ao governo na próxima semana, em Brasília. De acordo com a ministra, o governo federal acaba de dar aos bancos públicos as mesmas condições oferecidas aos bancos privados ao editar, ontem, a Medida Provisória (MP) 443, que regulamenta a compra de participação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em instituições financeiras privadas. “É, de fato, aumentar a transparência desse segmento e não deixar os bancos médios só nas mãos dos grandes bancos privados, para que esses imponham preços ao adquirirem esses bancos (menores)”, disse Dilma. “O banco público hoje tem todas as condições dos grandes privados para atuar no mercado. RECESSÃO IMPROVÁVEL Dilma Roussef afirmou, ainda, que não há motivo para desespero diante do cenário negativo da crise internacional de liquidez. Ela também garantiu que “é quase impossível” que o Brasil enfrente uma recessão diante das recentes medidas tomadas pelo governo federal. “Não vamos deixar ninguém especular a favor da crise, mas acho que tem gente querendo o quanto pior, melhor”, concluiu a ministra, após o evento, que se configurou em ato de apoio ao candidato a prefeito do PT no segundo turno Na cidade paulista, João Paulo Rillo. -----Anexo incorporado-----