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MENSAGEM DA PROFA VIRGINIA FONTES (UFF)
Caros companheiros,
Não pude responder antes às perguntas, pois estava viajando por diversas regiões e sem a calma
necessária para enfrentar questões tão inquietantes. Agora estou em casa. Infelizmente, ainda não sinto a
calma que gostaria frente a essas questões, pois o que nos acalmaria seria ver imensas reações
populares, o que nos transtornaria o cotidiano e abriria futuros muitos mais interessantes.
Preliminarmente, há que considerar dois planos: o que já estamos vendo, até aqui, aponta para
pouquíssima transformação no processo de concentração internacional de capitais que já vinha ocorrendo. A
única diferença é o comprometimento dos recursos públicos de forma ainda mais escancarada com tal
concentração. É nesse quadro que respondi às questões. Mas há um segundo plano, que pode ser disparado
no momento em que a crise que atinge parcela do capital abater-se em cheio sobre as populações, tanto nos
países centrais quanto nos demais. Até aqui, o intervalo de tempo entre o disparo da crise e seus efeitos mais
rigorosos no plano social atua "silenciando" as massas populares.
1. Qual é a natureza da crise (profundidade, período, duração,e tc)?
Esta é mais uma das crises cíclicas do capital. Marx apontou suas características fundamentais:
sobreacumulação e, portanto, desequilíbrio entre os diferentes setores do capital, levando-o a queimar
parcela do trabalho morto acumulado, a destruir forças produtivas e, sobretudo, a subordinar de maneira
ainda mais feroz os trabalhadores, desta feita de forma planetária. Muitos a consideram apenas uma crise do
"capital especulativo", mas isso parece-me, em todos os casos, uma temeridade. Em primeiro lugar, pois o
capital especulativo (que existe) não é uma excrescência do capital produtivo (de mais-valor), mas dele faz
parte como ponta de lança. Assim, destruição (mesmo se fosse apenas de especuladores) atingiria o capital
como um todo. Em segundo lugar, pois se a imagem difundida pela mídia parece ser de destruição apenas de
"papéis podres", ela envolve gastos públicos internacionais brutais, comprometendo ainda mais solidamente
os Estados com o mega-capital-concentrado.
Há questões novas que nos colocam novos desafios. A profunda interconexão entre os setores
produtivos e bancários no plano internacional precisa ser analisada com cautela. Desde 1974 as crises
passaram a ter perfil mundializado, ainda que em alguns casos mais ou menos contidas em certas
fronteiras regionais. O caso atual sugere longo tempo de tensão e de concorrência entre países (e mega-
conglomerados) para assegurar concentração de capitais capazes de se manter como "players" no cenário
internacional. Não parece estar ocorrendo nenhum recuo para o âmbito nacional e, sim, um aprofundamento
da escala mundial de monopolização e concentração, redesenhando as formas de extração de mais-valor ao
redor do mundo.
Se for este o caso, a tendência é para um aprofundamento das formas de subalternização do trabalho
em escala internacional, correspondendo ao novo patamar de concentração que vem sendo oferecido pelos
Estados a seus capitais concentrados e aos grupos "dóceis". Não esquecer que os EUA e a Europa
admitiram "auxiliar" também capitais de procedência exterior.
2. O que pode acontecer com a economia dos Estados Unidos, sua hegemonia
política, ideológica?
Está aberto um período de tensão no cenário internacional, do qual deve emergir nova reconfiguração
da hegemonia no cenário internacional. Os EUA seguirão durante bastante tempo - caso não haja revoltas
populares internas e internacionais - como ponto central de contenção militar para o capital,
embora possam perder pólos de predomínio econômico e monetário, com uma maior difusão de centros e de
polaridades (especialmente China e Russia). Assim, seguirão como país dominante, embora talvez não sejam
mais dirigentes na mesma proporção que o fizeram até aqui.
Do ponto de vista cultural, deve abrir-se um período de maior diversidade de influências
internacionais, mas isso ainda não é claro, pois as agências de mídia prosseguem altamente concentradas e
com forte base estadunidense.
3. O que pode acontecer com o sistema capitalista mundial a partir da crise?
Há duas direções imediatas, embora apenas a primeira esteja sendo encaminhada. A) garantir a
concentração de capitais em escala ainda superior (permitir fusões e aquisições baratas aos grandes
monopolizadores) e prosseguir com a mesma dinâmica de extração de mais-valor sob formatos
diversificados (tendência ainda maior á redução de direitos associados ao trabalho), com
manutenção e, talvez, aprofundamento das expropriações primárias (de camponeses) através do mundo.
B) Proteger certos grupos de trabalhadores, tanto em âmbitos nacionais quanto em alguns setores
estratégicos, impedindo uma aproximação de luta entre os diversos segmentos de trabalhadores, já bastante
fracionados pelas políticas impostas nos últimos 20 anos. Essa última opção depende da resistência imposta
por trabalhadores dos países centrais à utilização sem contrapartidas dos recursos públicos como doação
para o capital. Nenhuma dessas duas opções aponta direções revolucionárias, embora a segunda possa
figurar como uma espécie de "exemplo" a ser seguido pelos países periféricos. Essa seria a forma mais
próxima de uma caricatura de "welfare state".
Nessa vertente, não é impossível imaginar um sucesso internacional de políticas como "bolsa-
família", asseguradas diretamente por parcerias entre empresas concentradas e governos. Elas, entretanto,
somente são viáveis como "apassivadoras" das reivindicações populares se aplicadas em larga
escala e, para tanto, é preciso capitais de grande porte concentrados. Não é este o caso para a maioria dos
países, que terão de defrontar-se com escassez de recursos e com a voracidade das mega-concentrações.
É de imaginar que, uma vez deslanchadas as políticas de subordinação dos trabalhadores que a atual
sangria de recursos públicos para o grande capital monopolista-imperialista-mega-concentrado supõe, haja
reações populares de novo tipo. Mas ainda não temos como prevê-las. Somente elas permitem um
impulso efetivamente revolucionário. Por exemplo, exigir direitos iguais para todos os trabalhadores em
cada território nacional (e não apenas para os nacionais ou aos "contratuais") colocaria a questão em novo
patamar.
4. O que os governos progressistas dos países do sul, deveriam fazer diante dessa crise?
Apoiar os povos, e não bancos ou conglomerados. Socializar o sistema financeiro (bancos diversos) e
as parcelas dos setores industriais que estarão demandando recursos para novas fusões e aquisições (para
capacitar sua manutenção na concorrência internacional). Intensificar as formas da
socialização do processo produtivo não proprietário - recusar patentes e formas de extorsão, construindo
formas internacionais não-proprietárias. Estatizações e nacionalizações devem ocorrer juntamente com a
formação de conselhos populares para seu controle. A experiência boliviana da gestão da
água é ilustrativa e precisa ser aprofundada para todos os setores. Mas não basta um segmento, é preciso
expandi-la para todos os setores socialmente sensíveis (e não sensíveis para o grande capital). Estabelecer
políticas internacionais não-proprietárias e tendencialmente socializantes.
5. O que as forças populares deveriam fazer diante dessa situação?
Não perder a clareza de que serão convocadas por fragmentos e por frações do capital para apoiá-los
contra outras frações do mesmo capital. As tensões intercapitalistas - e este é um momento em que elas se
exacerbam - se caracterizam por convocar setores populares de maneira "sedutora" e, em
muitos casos, também através da utilização da violência paga (milícias e outros). Parece-me ser o momento
e elaborar um plano de emergência social e de impor as medidas que consideramos fundamentais, dentre
elas:
- suspensão das expropriações populares (terra, casa, saúde, educação e
direitos do trabalho)
- garantia de alimentação, habitação, saúde e educação (dos 2 aos 18) anos
para todos SEM MERCADO, sob gestão popular
- introdução de políticas de pesquisa, desenvolvimento e utilização de todas
as formas não-proprietárias já existentes;
- controle de exportação de capitais - somente seriam admitidas as saídas como
socialização (entre políticas populares)
- expropriação e socialização imediata (com punição dos responsáveis) de
empresas, propriedades e bancos com problemas.
Os impactos da crise na América Latina
(de Altamiro Borges – PC do B, 03/11/08)
Ninguém mais duvida que a atual crise capitalista, deflagrada nos EUA, já é a mais destrutiva da
história deste sistema desde o crash da Bolsa de Nova York em 1929. Seus efeitos estilhaçam por todos os
lados. Bancos e “agências de risco”, que antes ditavam as regras neoliberais para o mundo, estão
definhando; os adoradores do “deus-mercado” e os mentores da desregulamentação financeira pedem, com
urgência, a intervenção do “estado leviatã”; George Bush, o prepotente imperador, está morto antes mesmo
do pleito presidencial. Este é o lado bom da crise. O lixo vai para o lixo!
O lado negativo são os seus efeitos no mundo real, na vida dos trabalhadores. Segundo estudo da
Organização Internacional dos Trabalhadores (OIT), a crise deverá acrescentar mais 20 milhões de
desempregados nas frias estatísticas mundiais. O desemprego saltará dos atuais 190 milhões para 210
milhões até fins de 2009, “um recorde histórico”, segundo Juan Somavia, diretor-geral da OIT. O número de
“trabalhadores pobres”, com renda inferior a dois dólares por dia, crescerá em 140 milhões de pessoas.
Infelizmente, as projeções da OIT não têm nada de alarmista.
Marola ou tsunami?
De fato, as demissões já começaram. Nos EUA, 159 mil vagas foram eliminadas em setembro, o
maior número desde 2003. Quando Bush Jr. tomou posse, em 2001, a taxa de desemprego era de 3,9%;
agora, atinge 6,1%. Até o mês passado, foram extintos 760 mil postos de trabalho e várias pesquisas indicam
que o ano terminará com mais de 1 milhão de demitidos, algo raro na história dos EUA. Já na Europa, as
notícias sobre demissões também são alarmantes. E na pobre América Latina? E no Brasil? Quais serão os
impactos da crise capitalista na vida dos trabalhadores?
Durante o fugaz ciclo expansivo da economia capitalista, os países da região foram beneficiados pela
forte liquidez do mercado mundial e pela alta dos preços das commodities, como petróleo e produtos
agrícolas. Isto permitiu que boa parte dos países do continente tivesse um crescimento da economia acima
de 5%, o que resultou na geração de empregos e na tímida melhoria da renda. Agora, porém, com o brusco
breque no crédito externo e a queda na demanda por commodities, é ilusório pensar que economia latino-
americana ficará “descolada” da crise mundial. Lula, como qualquer outro presidente, pode até falar em
“marola”, mas a tendência é mesmo de um tsunami.
Tendência de graves confrontos
O Fundo Monetário Internacional (FMI) inclusive reduziu as projeções de crescimento na região para
menos de 3,2% em 2009. “Dado o que acontece no restante do mundo, nossa previsão é que o crescimento
da economia na América Latina vai se reduzir de maneiro notável”, afirmou David Robinson, diretor do
FMI. Alguns sintomas preocupantes já começam a aparecer. Duas unidades da GM no Brasil já concederam
férias coletivas aos metalúrgicos, o que sempre é prenúncio de demissões; na Argentina, a crise global
aterroriza os agricultores, já que é o país é dependente ao extremo do mercado externo; na Venezuela,
Chávez garante que a redução do preço do barril de petróleo não afetará as missiones, os vários programas
sociais do governo.
Diante destas ameaças, os trabalhadores e a sociedade devem se preparar para duros confrontos. O
capital tentará despejar todo o ônus da crise nas costas dos assalariados. Na fase da bonança, ele embolsou
os lucros; agora, tentará socializar os prejuízos; antes, pregou o desmonte neoliberal do Estado; agora,
sugará os recursos públicos para se salvar da crise. Sem pressão organizada, a crise do capitalismo não
conduz automaticamente para a superação deste sistema aviltante. Pelo contrário, ela somente agrava a
barbárie capitalista. Mesmo as modestas conquistas obtidas pelos povos latino-americanos, a partir da vitória
de vários governos progressistas, correrão sério risco.
Socorro aos bancos e miséria social
(de Altamiro Borges – PC do B, 04/11/08)
Num curtíssimo espaço de tempo, com o agravamento da crise mundial do sistema capitalista, os
bancos centrais dos chamados países desenvolvidos já desembolsaram mais de US$ 2,8 trilhões para
socorrer o sistema financeiro, segundo recente relatório do governo inglês. Este montante equivale a 6% do
Produto Interno Bruto (PIB) global, a toda riqueza produzida no planeta. Esta generosa operação de
salvamento, feita com recursos públicos, com o dinheiro arrecadado dos tributos da sociedade, evidencia
todo o cinismo dos banqueiros e dos magnatas capitalistas.
Os mesmos agiotas que impuseram as teses neoliberais do “estado mínimo” e da libertinagem
financeira, agora exigem o socorro dos cofres públicos. Eles chantageiam os estados, afirmando que se não
obtiveram ajuda imediata e trilionária afundarão a economia mundial numa longa e prolongada recessão.
Alguns financistas até tripudiam da cara da sociedade. Após conduzirem a economia ao precipício, jogando
no desespero milhares de trabalhadores demitidos e desalojados de suas casas, os chefões destes bancos são
“penalizados” com prêmios e festas nababescas.
Farra macabra dos banqueiros
“Os menos aflitos com a crise parecem ser os executivos das instituições falidas ou em apuros. A
recém-estatizada seguradora AIG deu folga de uma semana para seus executivos no balneário St. Regis, na
Califórnia, menos de uma semana depois do Tio Sam evitar sua falência. Pagou US$ 400 mil pela semana de
férias... Joseph Cassano, o seu administrador de produtos financeiros, vai receber 1 milhão de dólares pelo
serviço de consultoria, e o seu ex-presidente, Martin J. Sullivan, recebeu um premio de desempenho de US$
5 milhões”, relata, indignada, a revista Carta Capital.
“Richard Fuld, ex-presidente do primeiro grande banco de investimento a falir sem possibilidade de
resgate ou aquisição, o Lehman Brothers, foi remunerado em 300 milhões de dólares de 2000 a 2007,
enquanto os funcionários perderam US$ 10 bilhões com a falência. Os executivos do Wachovia fizeram com
o Wells Fargo, que se ofereceu para adquirir o banco, um acordo para embolsar US$ 225 milhões. Depois de
levar à beira da falência o sexto maior banco dos EUA, o ex-presidente do Washington Mutual, Kerry
Killinger, recebeu 22 milhões em indenização”.
A farra macabra dos banqueiros, que parecem festejar diante das vítimas da crise, também virou
notícia no jornal Valor. “A indecência de diretores dos grupos financeiros salvos pelo dinheiro público
provoca revolta das autoridades na Europa e EUA. A direção do grupo belga Fortis fez um banquete de US$
200 mil para 50 corretores alguns dias depois do banco ter sido salvo da falência graças à intervenção
pública”. No rega-bofe num palácio gastronômico do principado de Monte Carlos, “somente um prato de 50
gramas de caviar real do Irã custou US$ 650”.
Cadê o socorro aos famintos?
Os banqueiros realmente não têm do que se preocupar. Na fase da bonança, da orgia financeira, eles
privatizaram os lucros e acumularam fortunas; agora, eles socializam os prejuízos, jogando nas costas da
sociedade o ônus da crise. Totalmente impunes pelos crimes cometidos, eles ainda recebem generosos
prêmios e tiram férias. Bem diferente é a situação dos trabalhadores, que são lançados no desemprego e no
desespero. A contradição no mundo capitalista é revoltante. Para os tubarões das finanças, o socorro
imediato do estado; para os trabalhadores, nem as migalhas.
A atual crise mundial evidencia que não há falta de recursos para resolver as mazelas sociais no
planeta. Em curto espaço de tempo, os estados capitalistas desembolsaram trilhões para socorrer os bancos.
Já para salvar a humanidade da barbárie, o dinheiro nunca existe. Quando os governos investem em
raquíticos programas sociais, logo aparecem os ricaços exigindo o “corte dos gastos públicos”. A própria
ONU estimou que, para suavizar o drama de dois bilhões de seres humanos que vegetam abaixo da linha da
pobreza, seriam necessários US$ 150 bilhões anuais.
Com base neste cálculo, a ONU fixou os chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que
estabelece metas para reduzir a pobreza e a fome, diminuir a mortalidade infantil, garantir acesso a água e
esgoto, entre outras medidas. Nem a metade destes recursos foi arrecadada até agora e as metas já foram
proteladas. Até 2015, prazo do programa da ONU, seriam necessários US$ 1,2 trilhão. Os estados
capitalistas alegam falta de recursos. Mas, diante da crise do sistema financeiro, gastaram US$ 2,8 trilhões
em poucos dias para salvar os banqueiros e especuladores
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Crise virginia e altamiro

  • 1. MENSAGEM DA PROFA VIRGINIA FONTES (UFF) Caros companheiros, Não pude responder antes às perguntas, pois estava viajando por diversas regiões e sem a calma necessária para enfrentar questões tão inquietantes. Agora estou em casa. Infelizmente, ainda não sinto a calma que gostaria frente a essas questões, pois o que nos acalmaria seria ver imensas reações populares, o que nos transtornaria o cotidiano e abriria futuros muitos mais interessantes. Preliminarmente, há que considerar dois planos: o que já estamos vendo, até aqui, aponta para pouquíssima transformação no processo de concentração internacional de capitais que já vinha ocorrendo. A única diferença é o comprometimento dos recursos públicos de forma ainda mais escancarada com tal concentração. É nesse quadro que respondi às questões. Mas há um segundo plano, que pode ser disparado no momento em que a crise que atinge parcela do capital abater-se em cheio sobre as populações, tanto nos países centrais quanto nos demais. Até aqui, o intervalo de tempo entre o disparo da crise e seus efeitos mais rigorosos no plano social atua "silenciando" as massas populares. 1. Qual é a natureza da crise (profundidade, período, duração,e tc)? Esta é mais uma das crises cíclicas do capital. Marx apontou suas características fundamentais: sobreacumulação e, portanto, desequilíbrio entre os diferentes setores do capital, levando-o a queimar parcela do trabalho morto acumulado, a destruir forças produtivas e, sobretudo, a subordinar de maneira ainda mais feroz os trabalhadores, desta feita de forma planetária. Muitos a consideram apenas uma crise do "capital especulativo", mas isso parece-me, em todos os casos, uma temeridade. Em primeiro lugar, pois o capital especulativo (que existe) não é uma excrescência do capital produtivo (de mais-valor), mas dele faz parte como ponta de lança. Assim, destruição (mesmo se fosse apenas de especuladores) atingiria o capital como um todo. Em segundo lugar, pois se a imagem difundida pela mídia parece ser de destruição apenas de "papéis podres", ela envolve gastos públicos internacionais brutais, comprometendo ainda mais solidamente os Estados com o mega-capital-concentrado. Há questões novas que nos colocam novos desafios. A profunda interconexão entre os setores produtivos e bancários no plano internacional precisa ser analisada com cautela. Desde 1974 as crises passaram a ter perfil mundializado, ainda que em alguns casos mais ou menos contidas em certas fronteiras regionais. O caso atual sugere longo tempo de tensão e de concorrência entre países (e mega- conglomerados) para assegurar concentração de capitais capazes de se manter como "players" no cenário internacional. Não parece estar ocorrendo nenhum recuo para o âmbito nacional e, sim, um aprofundamento da escala mundial de monopolização e concentração, redesenhando as formas de extração de mais-valor ao redor do mundo. Se for este o caso, a tendência é para um aprofundamento das formas de subalternização do trabalho em escala internacional, correspondendo ao novo patamar de concentração que vem sendo oferecido pelos Estados a seus capitais concentrados e aos grupos "dóceis". Não esquecer que os EUA e a Europa admitiram "auxiliar" também capitais de procedência exterior. 2. O que pode acontecer com a economia dos Estados Unidos, sua hegemonia política, ideológica? Está aberto um período de tensão no cenário internacional, do qual deve emergir nova reconfiguração da hegemonia no cenário internacional. Os EUA seguirão durante bastante tempo - caso não haja revoltas populares internas e internacionais - como ponto central de contenção militar para o capital, embora possam perder pólos de predomínio econômico e monetário, com uma maior difusão de centros e de polaridades (especialmente China e Russia). Assim, seguirão como país dominante, embora talvez não sejam mais dirigentes na mesma proporção que o fizeram até aqui.
  • 2. Do ponto de vista cultural, deve abrir-se um período de maior diversidade de influências internacionais, mas isso ainda não é claro, pois as agências de mídia prosseguem altamente concentradas e com forte base estadunidense. 3. O que pode acontecer com o sistema capitalista mundial a partir da crise? Há duas direções imediatas, embora apenas a primeira esteja sendo encaminhada. A) garantir a concentração de capitais em escala ainda superior (permitir fusões e aquisições baratas aos grandes monopolizadores) e prosseguir com a mesma dinâmica de extração de mais-valor sob formatos diversificados (tendência ainda maior á redução de direitos associados ao trabalho), com manutenção e, talvez, aprofundamento das expropriações primárias (de camponeses) através do mundo. B) Proteger certos grupos de trabalhadores, tanto em âmbitos nacionais quanto em alguns setores estratégicos, impedindo uma aproximação de luta entre os diversos segmentos de trabalhadores, já bastante fracionados pelas políticas impostas nos últimos 20 anos. Essa última opção depende da resistência imposta por trabalhadores dos países centrais à utilização sem contrapartidas dos recursos públicos como doação para o capital. Nenhuma dessas duas opções aponta direções revolucionárias, embora a segunda possa figurar como uma espécie de "exemplo" a ser seguido pelos países periféricos. Essa seria a forma mais próxima de uma caricatura de "welfare state". Nessa vertente, não é impossível imaginar um sucesso internacional de políticas como "bolsa- família", asseguradas diretamente por parcerias entre empresas concentradas e governos. Elas, entretanto, somente são viáveis como "apassivadoras" das reivindicações populares se aplicadas em larga escala e, para tanto, é preciso capitais de grande porte concentrados. Não é este o caso para a maioria dos países, que terão de defrontar-se com escassez de recursos e com a voracidade das mega-concentrações. É de imaginar que, uma vez deslanchadas as políticas de subordinação dos trabalhadores que a atual sangria de recursos públicos para o grande capital monopolista-imperialista-mega-concentrado supõe, haja reações populares de novo tipo. Mas ainda não temos como prevê-las. Somente elas permitem um impulso efetivamente revolucionário. Por exemplo, exigir direitos iguais para todos os trabalhadores em cada território nacional (e não apenas para os nacionais ou aos "contratuais") colocaria a questão em novo patamar. 4. O que os governos progressistas dos países do sul, deveriam fazer diante dessa crise? Apoiar os povos, e não bancos ou conglomerados. Socializar o sistema financeiro (bancos diversos) e as parcelas dos setores industriais que estarão demandando recursos para novas fusões e aquisições (para capacitar sua manutenção na concorrência internacional). Intensificar as formas da socialização do processo produtivo não proprietário - recusar patentes e formas de extorsão, construindo formas internacionais não-proprietárias. Estatizações e nacionalizações devem ocorrer juntamente com a formação de conselhos populares para seu controle. A experiência boliviana da gestão da água é ilustrativa e precisa ser aprofundada para todos os setores. Mas não basta um segmento, é preciso expandi-la para todos os setores socialmente sensíveis (e não sensíveis para o grande capital). Estabelecer políticas internacionais não-proprietárias e tendencialmente socializantes. 5. O que as forças populares deveriam fazer diante dessa situação? Não perder a clareza de que serão convocadas por fragmentos e por frações do capital para apoiá-los contra outras frações do mesmo capital. As tensões intercapitalistas - e este é um momento em que elas se exacerbam - se caracterizam por convocar setores populares de maneira "sedutora" e, em muitos casos, também através da utilização da violência paga (milícias e outros). Parece-me ser o momento e elaborar um plano de emergência social e de impor as medidas que consideramos fundamentais, dentre elas:
  • 3. - suspensão das expropriações populares (terra, casa, saúde, educação e direitos do trabalho) - garantia de alimentação, habitação, saúde e educação (dos 2 aos 18) anos para todos SEM MERCADO, sob gestão popular - introdução de políticas de pesquisa, desenvolvimento e utilização de todas as formas não-proprietárias já existentes; - controle de exportação de capitais - somente seriam admitidas as saídas como socialização (entre políticas populares) - expropriação e socialização imediata (com punição dos responsáveis) de empresas, propriedades e bancos com problemas. Os impactos da crise na América Latina (de Altamiro Borges – PC do B, 03/11/08) Ninguém mais duvida que a atual crise capitalista, deflagrada nos EUA, já é a mais destrutiva da história deste sistema desde o crash da Bolsa de Nova York em 1929. Seus efeitos estilhaçam por todos os lados. Bancos e “agências de risco”, que antes ditavam as regras neoliberais para o mundo, estão definhando; os adoradores do “deus-mercado” e os mentores da desregulamentação financeira pedem, com urgência, a intervenção do “estado leviatã”; George Bush, o prepotente imperador, está morto antes mesmo do pleito presidencial. Este é o lado bom da crise. O lixo vai para o lixo! O lado negativo são os seus efeitos no mundo real, na vida dos trabalhadores. Segundo estudo da Organização Internacional dos Trabalhadores (OIT), a crise deverá acrescentar mais 20 milhões de desempregados nas frias estatísticas mundiais. O desemprego saltará dos atuais 190 milhões para 210 milhões até fins de 2009, “um recorde histórico”, segundo Juan Somavia, diretor-geral da OIT. O número de “trabalhadores pobres”, com renda inferior a dois dólares por dia, crescerá em 140 milhões de pessoas. Infelizmente, as projeções da OIT não têm nada de alarmista. Marola ou tsunami? De fato, as demissões já começaram. Nos EUA, 159 mil vagas foram eliminadas em setembro, o maior número desde 2003. Quando Bush Jr. tomou posse, em 2001, a taxa de desemprego era de 3,9%; agora, atinge 6,1%. Até o mês passado, foram extintos 760 mil postos de trabalho e várias pesquisas indicam que o ano terminará com mais de 1 milhão de demitidos, algo raro na história dos EUA. Já na Europa, as notícias sobre demissões também são alarmantes. E na pobre América Latina? E no Brasil? Quais serão os impactos da crise capitalista na vida dos trabalhadores? Durante o fugaz ciclo expansivo da economia capitalista, os países da região foram beneficiados pela forte liquidez do mercado mundial e pela alta dos preços das commodities, como petróleo e produtos agrícolas. Isto permitiu que boa parte dos países do continente tivesse um crescimento da economia acima de 5%, o que resultou na geração de empregos e na tímida melhoria da renda. Agora, porém, com o brusco breque no crédito externo e a queda na demanda por commodities, é ilusório pensar que economia latino- americana ficará “descolada” da crise mundial. Lula, como qualquer outro presidente, pode até falar em “marola”, mas a tendência é mesmo de um tsunami. Tendência de graves confrontos O Fundo Monetário Internacional (FMI) inclusive reduziu as projeções de crescimento na região para menos de 3,2% em 2009. “Dado o que acontece no restante do mundo, nossa previsão é que o crescimento da economia na América Latina vai se reduzir de maneiro notável”, afirmou David Robinson, diretor do
  • 4. FMI. Alguns sintomas preocupantes já começam a aparecer. Duas unidades da GM no Brasil já concederam férias coletivas aos metalúrgicos, o que sempre é prenúncio de demissões; na Argentina, a crise global aterroriza os agricultores, já que é o país é dependente ao extremo do mercado externo; na Venezuela, Chávez garante que a redução do preço do barril de petróleo não afetará as missiones, os vários programas sociais do governo. Diante destas ameaças, os trabalhadores e a sociedade devem se preparar para duros confrontos. O capital tentará despejar todo o ônus da crise nas costas dos assalariados. Na fase da bonança, ele embolsou os lucros; agora, tentará socializar os prejuízos; antes, pregou o desmonte neoliberal do Estado; agora, sugará os recursos públicos para se salvar da crise. Sem pressão organizada, a crise do capitalismo não conduz automaticamente para a superação deste sistema aviltante. Pelo contrário, ela somente agrava a barbárie capitalista. Mesmo as modestas conquistas obtidas pelos povos latino-americanos, a partir da vitória de vários governos progressistas, correrão sério risco. Socorro aos bancos e miséria social (de Altamiro Borges – PC do B, 04/11/08) Num curtíssimo espaço de tempo, com o agravamento da crise mundial do sistema capitalista, os bancos centrais dos chamados países desenvolvidos já desembolsaram mais de US$ 2,8 trilhões para socorrer o sistema financeiro, segundo recente relatório do governo inglês. Este montante equivale a 6% do Produto Interno Bruto (PIB) global, a toda riqueza produzida no planeta. Esta generosa operação de salvamento, feita com recursos públicos, com o dinheiro arrecadado dos tributos da sociedade, evidencia todo o cinismo dos banqueiros e dos magnatas capitalistas. Os mesmos agiotas que impuseram as teses neoliberais do “estado mínimo” e da libertinagem financeira, agora exigem o socorro dos cofres públicos. Eles chantageiam os estados, afirmando que se não obtiveram ajuda imediata e trilionária afundarão a economia mundial numa longa e prolongada recessão. Alguns financistas até tripudiam da cara da sociedade. Após conduzirem a economia ao precipício, jogando no desespero milhares de trabalhadores demitidos e desalojados de suas casas, os chefões destes bancos são “penalizados” com prêmios e festas nababescas. Farra macabra dos banqueiros “Os menos aflitos com a crise parecem ser os executivos das instituições falidas ou em apuros. A recém-estatizada seguradora AIG deu folga de uma semana para seus executivos no balneário St. Regis, na Califórnia, menos de uma semana depois do Tio Sam evitar sua falência. Pagou US$ 400 mil pela semana de férias... Joseph Cassano, o seu administrador de produtos financeiros, vai receber 1 milhão de dólares pelo serviço de consultoria, e o seu ex-presidente, Martin J. Sullivan, recebeu um premio de desempenho de US$ 5 milhões”, relata, indignada, a revista Carta Capital. “Richard Fuld, ex-presidente do primeiro grande banco de investimento a falir sem possibilidade de resgate ou aquisição, o Lehman Brothers, foi remunerado em 300 milhões de dólares de 2000 a 2007, enquanto os funcionários perderam US$ 10 bilhões com a falência. Os executivos do Wachovia fizeram com o Wells Fargo, que se ofereceu para adquirir o banco, um acordo para embolsar US$ 225 milhões. Depois de levar à beira da falência o sexto maior banco dos EUA, o ex-presidente do Washington Mutual, Kerry Killinger, recebeu 22 milhões em indenização”. A farra macabra dos banqueiros, que parecem festejar diante das vítimas da crise, também virou notícia no jornal Valor. “A indecência de diretores dos grupos financeiros salvos pelo dinheiro público provoca revolta das autoridades na Europa e EUA. A direção do grupo belga Fortis fez um banquete de US$ 200 mil para 50 corretores alguns dias depois do banco ter sido salvo da falência graças à intervenção pública”. No rega-bofe num palácio gastronômico do principado de Monte Carlos, “somente um prato de 50 gramas de caviar real do Irã custou US$ 650”. Cadê o socorro aos famintos? Os banqueiros realmente não têm do que se preocupar. Na fase da bonança, da orgia financeira, eles privatizaram os lucros e acumularam fortunas; agora, eles socializam os prejuízos, jogando nas costas da
  • 5. sociedade o ônus da crise. Totalmente impunes pelos crimes cometidos, eles ainda recebem generosos prêmios e tiram férias. Bem diferente é a situação dos trabalhadores, que são lançados no desemprego e no desespero. A contradição no mundo capitalista é revoltante. Para os tubarões das finanças, o socorro imediato do estado; para os trabalhadores, nem as migalhas. A atual crise mundial evidencia que não há falta de recursos para resolver as mazelas sociais no planeta. Em curto espaço de tempo, os estados capitalistas desembolsaram trilhões para socorrer os bancos. Já para salvar a humanidade da barbárie, o dinheiro nunca existe. Quando os governos investem em raquíticos programas sociais, logo aparecem os ricaços exigindo o “corte dos gastos públicos”. A própria ONU estimou que, para suavizar o drama de dois bilhões de seres humanos que vegetam abaixo da linha da pobreza, seriam necessários US$ 150 bilhões anuais. Com base neste cálculo, a ONU fixou os chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que estabelece metas para reduzir a pobreza e a fome, diminuir a mortalidade infantil, garantir acesso a água e esgoto, entre outras medidas. Nem a metade destes recursos foi arrecadada até agora e as metas já foram proteladas. Até 2015, prazo do programa da ONU, seriam necessários US$ 1,2 trilhão. Os estados capitalistas alegam falta de recursos. Mas, diante da crise do sistema financeiro, gastaram US$ 2,8 trilhões em poucos dias para salvar os banqueiros e especuladores
  • 6. sociedade o ônus da crise. Totalmente impunes pelos crimes cometidos, eles ainda recebem generosos prêmios e tiram férias. Bem diferente é a situação dos trabalhadores, que são lançados no desemprego e no desespero. A contradição no mundo capitalista é revoltante. Para os tubarões das finanças, o socorro imediato do estado; para os trabalhadores, nem as migalhas. A atual crise mundial evidencia que não há falta de recursos para resolver as mazelas sociais no planeta. Em curto espaço de tempo, os estados capitalistas desembolsaram trilhões para socorrer os bancos. Já para salvar a humanidade da barbárie, o dinheiro nunca existe. Quando os governos investem em raquíticos programas sociais, logo aparecem os ricaços exigindo o “corte dos gastos públicos”. A própria ONU estimou que, para suavizar o drama de dois bilhões de seres humanos que vegetam abaixo da linha da pobreza, seriam necessários US$ 150 bilhões anuais. Com base neste cálculo, a ONU fixou os chamados Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que estabelece metas para reduzir a pobreza e a fome, diminuir a mortalidade infantil, garantir acesso a água e esgoto, entre outras medidas. Nem a metade destes recursos foi arrecadada até agora e as metas já foram proteladas. Até 2015, prazo do programa da ONU, seriam necessários US$ 1,2 trilhão. Os estados capitalistas alegam falta de recursos. Mas, diante da crise do sistema financeiro, gastaram US$ 2,8 trilhões em poucos dias para salvar os banqueiros e especuladores