SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
CONTEXTUALIZANDO A GESTÃO
E PRESERVAÇÃO DA
INFORMAÇÃO: DA “EXPLOSÃO
INFORMACIONAL” AO BIG DATA
ROBERTO LOPES DOS SANTOS JUNIOR
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
V ENCONTRO DE HISTÓRIA E ARQUIVOS
15 DE ABRIL DE 2016
E NO INICIO
• A partir de 1945, após a segunda guerra mundial, uma nova realidade tomava
forma no cenário internacional. Uma característica marcante desse período
foi a produção maciça de documentos e o rápido e vertiginoso
desenvolvimento de serviços de acumulação e armazenamento da
informação, onde pesquisadores e cientistas das mais variadas áreas de
estudo repensaram suas práticas de produção e gestão informacional.
• Consolidava-se o que viria a ser conhecido como “era da informação”, que
continua com diferentes desdobramentos até os dias atuais.
• Essa breve apresentação irá identificar os principais conceitos que nortearam
a sociedade no pós segunda guerra, contextualizando a realidade onde a
gestão, acesso e preservação da informação estão inseridas.
• Separada em quatro principais eixos:
1. Explosão da informação
2. Sociedade da informação
3. Gestão de documentos, da informação e do conhecimento
4. Big data
APÓS A SEGUNDA GUERRA
• Aparecimento de novas tecnologias, muitas delas relacionadas aos computadores. Apesar de modelos
analógicos como, por exemplo, os norte-americanos Analisador Diferencial (1931) e Harvard Mark I
(1944), o alemão Z3 (1943), e o inglês Colossus (1943), terem sido importantes marcos de consolidação
dessas tecnologias, a primeira geração computacional, marcada por equipamentos de grande porte e
com considerável capacidade de processamento de operações, surgiu somente em 1946, obtendo
considerável, e por vezes exagerada e confusa, recepção por parte do público, organismos
governamentais, imprensa e escritores de ficção científica.
ENIAC (1946) ; UNIVAC-1 (1951) ; 7090 (1958);
360/370 MAINFRAMES (1964)
• Nos EUA, as novas tecnologias de informação progressivamente tiveram sua produção e utilização
afastadas do contexto estritamente militar, sendo gradativamente inseridos nos ambientes das
empresas privadas (na década de 1960) e no âmbito de uso pessoal durante as décadas de 1970 e 1980.
Esse fato permitiu o papel de vanguarda e liderança do país na chamada “terceira revolução industrial” .
• Um dos primeiros questionamentos, a partir da evolução desses novos horizontes tecnológicos, foi a de
quais vantagens ou problemas poderiam advir na inserção desses novos equipamentos na produção,
organização e armazenamento da informação.
EXPLOSÃO DA INFORMAÇÃO
• As we may think”, de Vannevar Bush (1890-1974), líder de projetos e órgãos de pesquisa no EUA
durante a segunda guerra, publicado em meados de 1945 no periódico The Atlantic Monthly, como um
dos trabalhos pioneiros na busca de respostas ou direcionamentos para essas questões.
• O autor afirma a iminência de uma realidade denominada de “explosão da informação”, relacionada a
produção maciça de material científico e tecnológico, criando dificuldade para a sociedade e
pesquisadores de localizarem e identificarem informações ou pesquisas de seu interesse.
• Ao idealizar uma solução para esse problema, Bush sugere o desenvolvimento de uma máquina (ou
computador analógico) denominado Memex, equipamento que seria “(...) capaz de ampliar a
capacidade da memória humana, permitindo ao usuário guardar e recuperar documentos interligados
por associação” que seria constituído por um “(...) teclado, botões e alavancas de seleção, e
armazenamento de microfilme e serviria como uma extensão da memória humana e das suas
associações” .
EXPLOSÃO DA INFORMAÇÃO
• Alguns autores indicam esse texto como um importante ponto de discussão dos principais tópicos
relacionados à informação no pós-guerra e, talvez, o primeiro grande artigo a resumir essas
problemáticas, inspirando décadas mais tarde, conceitos como, por exemplo, de hipertexto. Trabalhos
mais recentes, apresentam também que o mesmo possui certa “indefinição epistemológica”, onde o
autor não identifica claramente as áreas onde essas ideias, além do próprio Memex, poderiam ser
assimiladas ou utilizadas.
• Outras ideias importantes: Cibernética – Norbert Weiner (1948); Teoria matemática da informação –
Claude Shannon (1949) e recuperação da informação.
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
• Os campos da administração, Comunicação e Sociologia, a partir do inicio dos anos 1960,
apresentaram influentes abordagens, análises e avaliações sobre a consolidação de uma nova
realidade, sugerindo uma possível obsolescência de antigos paradigmas ligados à produção
industrial, científica e tecnológica nos Estados Unidos e Europa ocidental.
• Muitos trabalhos desses campos buscavam classificar esse novo e complexo cenário, onde a
informação, o conhecimento, a inovação, o capital imaterial e as novas tecnologias
substituíam ou interagiam com a então dominante forma de produção taylorista-fordista
nesses países.
SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
• “Aldeia Global” (Marshall Macluhan)
• ”sociedade do conhecimento” (Fritz Machlup, Peter Drucker)
• “sociedade pós-industrial” (Daniel Bell)
• “sociedade da informação” (Marc Porat)
• “terceira onda” (Alvin Toffler)
• “Sociedade em Rede” (Manuel Castells)
• “cibercultura” (Pierre Levy)
• “capitalismo cognitivo” (Antonio Negri)
• política da informação (Sandra Braman)
• Regime de informação (B. Frohmann )
GESTÃO DE DOCUMENTOS / INFORMAÇÃO/
CONHECIMENTO
• Além do surgimento das novas tecnologias, outra consequência do pós-guerra nos Estados Unidos foi a
produção maciça de documentos, em diferentes suportes, que precisavam ser organizados e
armazenados. Uma preocupação sobre como gerenciar essa massa documental gerou novos horizontes
para a arquivologia e Biblioteconomia norte-americana, além de oferecer diferentes alternativas
teóricas e práticas para o campo da Documentação no país.
GESTÃO DE DOCUMENTOS/ INFORMAÇÃO
• Gestão de documentos emerge, em meados do século XX, com um forte referencial estatal. No entanto,
a gestão de documentos pode ser também compreendida fora das dinâmicas e reestruturações do
Estado norte-americano, no cenário da organização capitalista no pós-guerra e da influencia da
administração como campo cientifico.
• As primeiras reflexões sobre a gestão da informação incidiram, pois, sobre sua natureza física: reduzir o
excesso, otimizar a circulação, identificar com precisão as necessárias e descartar as inúteis ou
redundantes.
• estudos empíricos para se determinar os tipos e a importância estratégica das diversas fontes de
informação utilizadas no ambiente organizacional, tanto no ambiente interno quanto no externo,
mediante determinados critérios estabelecidos acerca de sua qualidade, tomando como referência os
objetivos organizacionais.
GESTÃO DO CONHECIMENTO
• Não bastava gerir os recursos informacionais, era preciso também gerir o conhecimento, criando as
condições propícias para transformá-lo em informação. Seguiram-se, ao longo dos anos, diversos
modelos definindo as ações necessárias para a execução deste processo.
• Algumas correntes importantes
Conhecimento tácito e explicito de Polanyi
Nonaka e Takeuchi : espiral do conhecimento (externalização, combinação, internalização e socialização ) e
práticas de “ba”
Anos 1970 a 1990: capital intelectual , valor agregado , questão da aprendizagem , aspectos interacionais
Choo: reflexões sobre as organizações que aprendem, isto é, que são capazes de gerenciar os contextos
nos quais o conhecimento acontece
A partir dos anos 1990: “cultura informacional” , inteligência competitiva , comunidades de prática,
serviços de inteligência e segurança , orientação informacional e gestão de informações pessoais
•
BIG DATA
• Apesar de Big Data ser uma expressão criada para ter impacto mercadológico, acabou definindo uma
nova área de pesquisa.
• Descreve um conjunto de problemas e suas soluções tecnológicas em computação aplicada com
características que tornam seus dados difíceis de tratar.
• um dos desafios é a enorme quantidade de dados, ou seja, seu volume. Os sistemas tradicionais atuais
não estão preparados para tratar certas coleções de dados que já temos ou vamos obter nos próximos
anos.
• Celulares, redes sociais (facebook, Linkedin, twitter, Tumblr), aplicativos (whatsapp, entre outros), smart
TV, jogos online...
• Passamos da faixa de muitos gigabytes (bilhões de bytes) ou poucos terabytes (trilhões) para a faixa de
petabytes (milhares de trilhões) ou até mesmo exabytes (milhões de trilhões)
• Com a diminuição do custo de armazenamento de dados causada pela redução do preço dos discos
rígidos, guarda-se tudo que é possível e, mais tarde, descobre-se como usar. Porém, nem sempre isso é
possível.
BIG DATA
Dilemas e polêmicas do big data (Ekbia et al. 2015):
• Epistemológico
• Estético / artístico
• Tecnológico
• Ético
• legais
• Político
• econômico
BIG DATA
• Segundo Simon Szykman, diretor de informática do Departamento de Comércio Norte-americano, os desafios
em relação aos dados podem ser divididos em:
i) como adquirir;
ii) armazenar;
iii) processar;
iv) transmitir e disseminar;
v) gerenciar e manter;
vi) arquivar por longo prazo;
vii) garantir a segurança;
viii) treinar pessoas para usá-los;
ix) pagar por tudo isso.
CONCLUINDO...
• Estamos inseridos em uma nova realidade tecnológica, onde a mesma, em diferentes maneiras, está
presente em nosso dia a dia. Sejam nos países desenvolvidos ou em grande parte dos
subdesenvolvidos, a influência dessa nova era informacional não deve ser ignorada.
• Cabe ao arquivista, e profissionais ligados a informação, não somente se “adaptar” a essa nova era
informacional, mas ter consciência da constante e permanente atualização de seus conhecimentos e
práticas, como também em possuir sensibilidade sobre diferentes questões que permeiam o
funcionamento das instituições contemporâneas (arquivística pós-moderna e arquivística pós-
custodial).
• Muita informação gerida, em circulação e perdida. O que preservar ou descartar numa era de produção
em exabytes? (instituições públicas, privadas, acervos pessoais, produção da informação em ambiente
digital, nuvem, diferentes suportes). Como adaptar a classificação, avaliação e descrição nessa nova
realidade tecnológica?
• Mas não nos esqueçamos, na defesa de qualquer modelo logico
ou conceitual, que é preciso haver algum espaço para serendipity,
acaso, emoção, paixão, individualidade e idiossincrasia. Um
modelo deve apontar – e ser usado – não para produzir
autômatos, todos marchando juntos como robôs, mas para
abranger a diversidade dentro de uma ampla unidade de visão e
proposito (Terry Cook, 2000).
REFERÊNCIAS
• ARAUJO, C. A. A.. Fundamentos da ciência da informação: correntes teóricas e o conceito de informação.
Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v. 4, p. 57-79, 2014.
• Ekbia, H., Matiolli, M., Kouper, I., Arave, G., Ghazinejad, A. Bowman, T., Suri, R., Tsou, A., Weingart, S., & Sugimoto, C.
(2015). Big Data, Bigger Dilemmas: A Critical Review. Journal of American Society for Information Science and
Technology, v. 66, n.8, p. 1523-1746, 2015.
• JARDIM, J. M.. Caminhos e perspectivas da Gestão de Documentos em cenários de transformações. Acervo, v. 28, p.
19-50, 2015.
• SANTOS JUNIOR, R. L.. Análise sobre o desenvolvimento do campo de estudo em informação científica e técnica nos
Estados Unidos e na antiga União Soviética durante a guerra fria (1945-1991). RBBD. Revista Brasileira de
Biblioteconomia e Documentação (Online), v. 8, p. 130-157, 2012.
• SANTOS JUNIOR, R. L.. Nos primórdios da informática: estudo sobre a construção dos primeiros computadores
eletrônicos digitais nos Estados Unidos e União Soviética. In: X Semana de História Política: Minorias étnicas, de
gênero e religiosas, 2015, Rio de Janeiro: UERJ / PPGH, 2015. v. 1. p. 2566-2575.
• Xexéo, G. Os desafios do Big Data. Ciência Hoje, v. 52, n.306, p.18-23, 2013.
Obrigado!

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Conceitos de Sistemas de Informação
Conceitos de Sistemas de InformaçãoConceitos de Sistemas de Informação
Conceitos de Sistemas de Informaçãoluanrjesus
 
Segurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de Sistemas
Segurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de SistemasSegurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de Sistemas
Segurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de SistemasCleber Fonseca
 
Aula 10 Noções de Arquivologia
Aula 10   Noções de Arquivologia Aula 10   Noções de Arquivologia
Aula 10 Noções de Arquivologia Luiz Siles
 
Aula 4 adm administração clássica
Aula 4 adm   administração clássicaAula 4 adm   administração clássica
Aula 4 adm administração clássicaPMY TECNOLOGIA LTDA
 
Sistema de Informação Gerencial – SIG
Sistema de Informação Gerencial – SIGSistema de Informação Gerencial – SIG
Sistema de Informação Gerencial – SIGMúsicaParaense.Org
 
Aula - Sistemas de Informação Gerencial
Aula - Sistemas de Informação GerencialAula - Sistemas de Informação Gerencial
Aula - Sistemas de Informação GerencialAnderson Simão
 
A importância dos sistemas de informações nas organizações
A importância dos sistemas de informações nas organizaçõesA importância dos sistemas de informações nas organizações
A importância dos sistemas de informações nas organizaçõesIsraelCunha
 
Lecture 3: The Role of Enterprise Architecture Practice
Lecture 3: The Role of Enterprise Architecture PracticeLecture 3: The Role of Enterprise Architecture Practice
Lecture 3: The Role of Enterprise Architecture PracticeSvyatoslav Kotusev
 
Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.
Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.
Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.André Curvello
 
Livro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdf
Livro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdfLivro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdf
Livro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdfLuizFelipe925640
 
Enterprise Architecture - TOGAF Overview
Enterprise Architecture - TOGAF OverviewEnterprise Architecture - TOGAF Overview
Enterprise Architecture - TOGAF OverviewMohamed Sami El-Tahawy
 
Datacenter - Apresentação
Datacenter - ApresentaçãoDatacenter - Apresentação
Datacenter - ApresentaçãoRuy Mendonça
 
Questionário de quinta
Questionário de quintaQuestionário de quinta
Questionário de quintaMoises Ribeiro
 
Critical Review of Open Group IT4IT Reference Architecture
Critical Review of Open Group IT4IT Reference ArchitectureCritical Review of Open Group IT4IT Reference Architecture
Critical Review of Open Group IT4IT Reference ArchitectureAlan McSweeney
 
BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )
BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )
BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )Marco Garcia
 
Introdução aos conceitos de Business Intelligence
Introdução aos conceitos de Business IntelligenceIntrodução aos conceitos de Business Intelligence
Introdução aos conceitos de Business IntelligenceEmerson Henrique
 
Fundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informaçãoFundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informaçãoLeonardo Melo Santos
 
resume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdf
resume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdfresume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdf
resume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdfFootballLovers9
 

Mais procurados (20)

Conceitos de Sistemas de Informação
Conceitos de Sistemas de InformaçãoConceitos de Sistemas de Informação
Conceitos de Sistemas de Informação
 
Governança de TI - Aula8 - introdução ao ITIL
Governança de TI - Aula8 - introdução ao  ITILGovernança de TI - Aula8 - introdução ao  ITIL
Governança de TI - Aula8 - introdução ao ITIL
 
Segurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de Sistemas
Segurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de SistemasSegurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de Sistemas
Segurança da Informação - Aula 9 - Introdução a Auditoria de Sistemas
 
Aula 10 Noções de Arquivologia
Aula 10   Noções de Arquivologia Aula 10   Noções de Arquivologia
Aula 10 Noções de Arquivologia
 
Aula 4 adm administração clássica
Aula 4 adm   administração clássicaAula 4 adm   administração clássica
Aula 4 adm administração clássica
 
Sistema de Informação Gerencial – SIG
Sistema de Informação Gerencial – SIGSistema de Informação Gerencial – SIG
Sistema de Informação Gerencial – SIG
 
Aula - Sistemas de Informação Gerencial
Aula - Sistemas de Informação GerencialAula - Sistemas de Informação Gerencial
Aula - Sistemas de Informação Gerencial
 
A importância dos sistemas de informações nas organizações
A importância dos sistemas de informações nas organizaçõesA importância dos sistemas de informações nas organizações
A importância dos sistemas de informações nas organizações
 
Lecture 3: The Role of Enterprise Architecture Practice
Lecture 3: The Role of Enterprise Architecture PracticeLecture 3: The Role of Enterprise Architecture Practice
Lecture 3: The Role of Enterprise Architecture Practice
 
Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.
Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.
Indústria 4.0 - Do chão de fábrica à sua casa por um clique.
 
Livro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdf
Livro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdfLivro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdf
Livro Administração de Materiais - Idalberto Chiavenato 2005.pdf
 
Enterprise Architecture - TOGAF Overview
Enterprise Architecture - TOGAF OverviewEnterprise Architecture - TOGAF Overview
Enterprise Architecture - TOGAF Overview
 
Datacenter - Apresentação
Datacenter - ApresentaçãoDatacenter - Apresentação
Datacenter - Apresentação
 
Questionário de quinta
Questionário de quintaQuestionário de quinta
Questionário de quinta
 
Critical Review of Open Group IT4IT Reference Architecture
Critical Review of Open Group IT4IT Reference ArchitectureCritical Review of Open Group IT4IT Reference Architecture
Critical Review of Open Group IT4IT Reference Architecture
 
BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )
BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )
BI - Uso e Benefícios ( Business Intelligence )
 
Introdução aos conceitos de Business Intelligence
Introdução aos conceitos de Business IntelligenceIntrodução aos conceitos de Business Intelligence
Introdução aos conceitos de Business Intelligence
 
Fundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informaçãoFundamentos de sistemas de informação
Fundamentos de sistemas de informação
 
Peter Drucker
Peter DruckerPeter Drucker
Peter Drucker
 
resume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdf
resume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdfresume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdf
resume-theorique-m205-v2-0-6315ee954ea50 (5).pdf
 

Destaque

Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafiosComunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafiosRoberto Lopes
 
A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica
A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica
A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica Roberto Lopes
 
Oficina preservação digital Introdução
Oficina preservação digital IntroduçãoOficina preservação digital Introdução
Oficina preservação digital IntroduçãoRoberto Lopes
 
Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2Roberto Lopes
 
Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.
Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.
Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.Roberto Lopes
 
Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3Roberto Lopes
 
Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1Roberto Lopes
 
Oficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentosOficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentosRoberto Lopes
 
Oficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografiaOficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografiaRoberto Lopes
 
Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...
Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...
Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...Roberto Lopes
 
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...Roberto Lopes
 
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...Roberto Lopes
 
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...Roberto Lopes
 
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...Roberto Lopes
 
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...Roberto Lopes
 

Destaque (16)

Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafiosComunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
Comunicação e divulgação científica: perspectivas e desafios
 
A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica
A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica
A Arquivologia e a jornada pela sua identidade acadêmica
 
Oficina preservação digital Introdução
Oficina preservação digital IntroduçãoOficina preservação digital Introdução
Oficina preservação digital Introdução
 
Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2Oficina preservação digital Módulo 2
Oficina preservação digital Módulo 2
 
Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.
Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.
Preservação digital dos videogames: primeiras aproximações com a Arquivologia.
 
Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3Oficina preservação digital Módulo 3
Oficina preservação digital Módulo 3
 
Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1Oficina preservação digital Módulo 1
Oficina preservação digital Módulo 1
 
Oficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentosOficina gestão eletrônica de documentos
Oficina gestão eletrônica de documentos
 
Oficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografiaOficina preservação digital bibliografia
Oficina preservação digital bibliografia
 
Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...
Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...
Metrias da comunicação e informação científicas e a contribuição dos pesquisa...
 
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
Analise da terminologia soviética "informatika" e da sua utilização nas décad...
 
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
A contribuição teórica de Alexander Ivanovich Mikhailov para a Ciência da Inf...
 
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
Uma relação distante: análise sobre a utilização de métodos bibliométricos / ...
 
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
Fator de Impacto e índice H : o antes e o agora da medição da produtividade c...
 
Bob Marley
Bob MarleyBob Marley
Bob Marley
 
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
A filosofia de michel foucault e sua apropriação pela arquivística contempora...
 

Semelhante a Contextualizando a gestão e preservação da informação

Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...
Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...
Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...Ricardo Pimenta
 
comunicação em rede. e nós com isso
 comunicação em rede. e nós com isso comunicação em rede. e nós com isso
comunicação em rede. e nós com issoMárcia Marques
 
Ciencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).pptCiencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).pptAnaPaulaVillalobos
 
Ciencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).pptCiencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).pptAnaPaulaVillalobos
 
O impacto das novas tecnologias na sociedade
O impacto das novas tecnologias na sociedadeO impacto das novas tecnologias na sociedade
O impacto das novas tecnologias na sociedadeCeli Jandy Moraes Gomes
 
Aula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Aula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptxAula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Aula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptxVINICIUSLUIZDESOUZAG
 
7 Ciência e Tecnologia.pptx
7 Ciência e Tecnologia.pptx7 Ciência e Tecnologia.pptx
7 Ciência e Tecnologia.pptxAndrea Silva
 
Aula 02 evolução historica sistemas de informação - db
Aula 02   evolução historica sistemas de informação - dbAula 02   evolução historica sistemas de informação - db
Aula 02 evolução historica sistemas de informação - dbDaniela Brauner
 
A atuação do profissional bibliotecário na era digital
A atuação do profissional bibliotecário na era digitalA atuação do profissional bibliotecário na era digital
A atuação do profissional bibliotecário na era digitalLygia Canelas
 
História da Internet
História da InternetHistória da Internet
História da Internetmiltonafonso
 
Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptxSociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptxPaulalsilveira Silveira
 
A comunicação e tecnologias na era digital
A comunicação  e tecnologias na era digitalA comunicação  e tecnologias na era digital
A comunicação e tecnologias na era digitalmarluiz31
 
O futuro da biblioteconomia no brasil texto da profa. vania lima
O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania limaO futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima
O futuro da biblioteconomia no brasil texto da profa. vania limaMonitor Científico FaBCI
 

Semelhante a Contextualizando a gestão e preservação da informação (20)

Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...
Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...
Aula/curso realizada na disciplina de Humanidades Digitais e Ciência da Infor...
 
comunicação em rede. e nós com isso
 comunicação em rede. e nós com isso comunicação em rede. e nós com isso
comunicação em rede. e nós com isso
 
Ciencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).pptCiencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).ppt
 
Ciencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).pptCiencia_da_Informacao (Aula2).ppt
Ciencia_da_Informacao (Aula2).ppt
 
Origens e evolução da Ciência da Informação
Origens e evolução da Ciência da InformaçãoOrigens e evolução da Ciência da Informação
Origens e evolução da Ciência da Informação
 
Redes Digitais
Redes DigitaisRedes Digitais
Redes Digitais
 
Jornalismo e mídias sociais
Jornalismo e mídias sociaisJornalismo e mídias sociais
Jornalismo e mídias sociais
 
O impacto das novas tecnologias na sociedade
O impacto das novas tecnologias na sociedadeO impacto das novas tecnologias na sociedade
O impacto das novas tecnologias na sociedade
 
Aula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Aula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptxAula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Aula5 _ Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
 
7 Ciência e Tecnologia.pptx
7 Ciência e Tecnologia.pptx7 Ciência e Tecnologia.pptx
7 Ciência e Tecnologia.pptx
 
Palestra
PalestraPalestra
Palestra
 
Cbc e documentos
Cbc e documentosCbc e documentos
Cbc e documentos
 
Aula 02 evolução historica sistemas de informação - db
Aula 02   evolução historica sistemas de informação - dbAula 02   evolução historica sistemas de informação - db
Aula 02 evolução historica sistemas de informação - db
 
Documento de qualificação Nepomuceno Tese
Documento de qualificação Nepomuceno TeseDocumento de qualificação Nepomuceno Tese
Documento de qualificação Nepomuceno Tese
 
A atuação do profissional bibliotecário na era digital
A atuação do profissional bibliotecário na era digitalA atuação do profissional bibliotecário na era digital
A atuação do profissional bibliotecário na era digital
 
Aula 1
Aula 1Aula 1
Aula 1
 
História da Internet
História da InternetHistória da Internet
História da Internet
 
Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptxSociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
Sociedade da informação e do conhecimento (2).pptx
 
A comunicação e tecnologias na era digital
A comunicação  e tecnologias na era digitalA comunicação  e tecnologias na era digital
A comunicação e tecnologias na era digital
 
O futuro da biblioteconomia no brasil texto da profa. vania lima
O futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania limaO futuro da biblioteconomia no brasil   texto da profa. vania lima
O futuro da biblioteconomia no brasil texto da profa. vania lima
 

Contextualizando a gestão e preservação da informação

  • 1. CONTEXTUALIZANDO A GESTÃO E PRESERVAÇÃO DA INFORMAÇÃO: DA “EXPLOSÃO INFORMACIONAL” AO BIG DATA ROBERTO LOPES DOS SANTOS JUNIOR ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ V ENCONTRO DE HISTÓRIA E ARQUIVOS 15 DE ABRIL DE 2016
  • 2. E NO INICIO • A partir de 1945, após a segunda guerra mundial, uma nova realidade tomava forma no cenário internacional. Uma característica marcante desse período foi a produção maciça de documentos e o rápido e vertiginoso desenvolvimento de serviços de acumulação e armazenamento da informação, onde pesquisadores e cientistas das mais variadas áreas de estudo repensaram suas práticas de produção e gestão informacional. • Consolidava-se o que viria a ser conhecido como “era da informação”, que continua com diferentes desdobramentos até os dias atuais.
  • 3. • Essa breve apresentação irá identificar os principais conceitos que nortearam a sociedade no pós segunda guerra, contextualizando a realidade onde a gestão, acesso e preservação da informação estão inseridas. • Separada em quatro principais eixos: 1. Explosão da informação 2. Sociedade da informação 3. Gestão de documentos, da informação e do conhecimento 4. Big data
  • 4. APÓS A SEGUNDA GUERRA • Aparecimento de novas tecnologias, muitas delas relacionadas aos computadores. Apesar de modelos analógicos como, por exemplo, os norte-americanos Analisador Diferencial (1931) e Harvard Mark I (1944), o alemão Z3 (1943), e o inglês Colossus (1943), terem sido importantes marcos de consolidação dessas tecnologias, a primeira geração computacional, marcada por equipamentos de grande porte e com considerável capacidade de processamento de operações, surgiu somente em 1946, obtendo considerável, e por vezes exagerada e confusa, recepção por parte do público, organismos governamentais, imprensa e escritores de ficção científica.
  • 5. ENIAC (1946) ; UNIVAC-1 (1951) ; 7090 (1958); 360/370 MAINFRAMES (1964)
  • 6.
  • 7. • Nos EUA, as novas tecnologias de informação progressivamente tiveram sua produção e utilização afastadas do contexto estritamente militar, sendo gradativamente inseridos nos ambientes das empresas privadas (na década de 1960) e no âmbito de uso pessoal durante as décadas de 1970 e 1980. Esse fato permitiu o papel de vanguarda e liderança do país na chamada “terceira revolução industrial” . • Um dos primeiros questionamentos, a partir da evolução desses novos horizontes tecnológicos, foi a de quais vantagens ou problemas poderiam advir na inserção desses novos equipamentos na produção, organização e armazenamento da informação.
  • 8. EXPLOSÃO DA INFORMAÇÃO • As we may think”, de Vannevar Bush (1890-1974), líder de projetos e órgãos de pesquisa no EUA durante a segunda guerra, publicado em meados de 1945 no periódico The Atlantic Monthly, como um dos trabalhos pioneiros na busca de respostas ou direcionamentos para essas questões. • O autor afirma a iminência de uma realidade denominada de “explosão da informação”, relacionada a produção maciça de material científico e tecnológico, criando dificuldade para a sociedade e pesquisadores de localizarem e identificarem informações ou pesquisas de seu interesse. • Ao idealizar uma solução para esse problema, Bush sugere o desenvolvimento de uma máquina (ou computador analógico) denominado Memex, equipamento que seria “(...) capaz de ampliar a capacidade da memória humana, permitindo ao usuário guardar e recuperar documentos interligados por associação” que seria constituído por um “(...) teclado, botões e alavancas de seleção, e armazenamento de microfilme e serviria como uma extensão da memória humana e das suas associações” .
  • 9. EXPLOSÃO DA INFORMAÇÃO • Alguns autores indicam esse texto como um importante ponto de discussão dos principais tópicos relacionados à informação no pós-guerra e, talvez, o primeiro grande artigo a resumir essas problemáticas, inspirando décadas mais tarde, conceitos como, por exemplo, de hipertexto. Trabalhos mais recentes, apresentam também que o mesmo possui certa “indefinição epistemológica”, onde o autor não identifica claramente as áreas onde essas ideias, além do próprio Memex, poderiam ser assimiladas ou utilizadas. • Outras ideias importantes: Cibernética – Norbert Weiner (1948); Teoria matemática da informação – Claude Shannon (1949) e recuperação da informação.
  • 10.
  • 11. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • Os campos da administração, Comunicação e Sociologia, a partir do inicio dos anos 1960, apresentaram influentes abordagens, análises e avaliações sobre a consolidação de uma nova realidade, sugerindo uma possível obsolescência de antigos paradigmas ligados à produção industrial, científica e tecnológica nos Estados Unidos e Europa ocidental. • Muitos trabalhos desses campos buscavam classificar esse novo e complexo cenário, onde a informação, o conhecimento, a inovação, o capital imaterial e as novas tecnologias substituíam ou interagiam com a então dominante forma de produção taylorista-fordista nesses países.
  • 12. SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO • “Aldeia Global” (Marshall Macluhan) • ”sociedade do conhecimento” (Fritz Machlup, Peter Drucker) • “sociedade pós-industrial” (Daniel Bell) • “sociedade da informação” (Marc Porat) • “terceira onda” (Alvin Toffler) • “Sociedade em Rede” (Manuel Castells) • “cibercultura” (Pierre Levy) • “capitalismo cognitivo” (Antonio Negri) • política da informação (Sandra Braman) • Regime de informação (B. Frohmann )
  • 13. GESTÃO DE DOCUMENTOS / INFORMAÇÃO/ CONHECIMENTO • Além do surgimento das novas tecnologias, outra consequência do pós-guerra nos Estados Unidos foi a produção maciça de documentos, em diferentes suportes, que precisavam ser organizados e armazenados. Uma preocupação sobre como gerenciar essa massa documental gerou novos horizontes para a arquivologia e Biblioteconomia norte-americana, além de oferecer diferentes alternativas teóricas e práticas para o campo da Documentação no país.
  • 14. GESTÃO DE DOCUMENTOS/ INFORMAÇÃO • Gestão de documentos emerge, em meados do século XX, com um forte referencial estatal. No entanto, a gestão de documentos pode ser também compreendida fora das dinâmicas e reestruturações do Estado norte-americano, no cenário da organização capitalista no pós-guerra e da influencia da administração como campo cientifico. • As primeiras reflexões sobre a gestão da informação incidiram, pois, sobre sua natureza física: reduzir o excesso, otimizar a circulação, identificar com precisão as necessárias e descartar as inúteis ou redundantes. • estudos empíricos para se determinar os tipos e a importância estratégica das diversas fontes de informação utilizadas no ambiente organizacional, tanto no ambiente interno quanto no externo, mediante determinados critérios estabelecidos acerca de sua qualidade, tomando como referência os objetivos organizacionais.
  • 15. GESTÃO DO CONHECIMENTO • Não bastava gerir os recursos informacionais, era preciso também gerir o conhecimento, criando as condições propícias para transformá-lo em informação. Seguiram-se, ao longo dos anos, diversos modelos definindo as ações necessárias para a execução deste processo. • Algumas correntes importantes Conhecimento tácito e explicito de Polanyi Nonaka e Takeuchi : espiral do conhecimento (externalização, combinação, internalização e socialização ) e práticas de “ba” Anos 1970 a 1990: capital intelectual , valor agregado , questão da aprendizagem , aspectos interacionais Choo: reflexões sobre as organizações que aprendem, isto é, que são capazes de gerenciar os contextos nos quais o conhecimento acontece A partir dos anos 1990: “cultura informacional” , inteligência competitiva , comunidades de prática, serviços de inteligência e segurança , orientação informacional e gestão de informações pessoais •
  • 16. BIG DATA • Apesar de Big Data ser uma expressão criada para ter impacto mercadológico, acabou definindo uma nova área de pesquisa. • Descreve um conjunto de problemas e suas soluções tecnológicas em computação aplicada com características que tornam seus dados difíceis de tratar. • um dos desafios é a enorme quantidade de dados, ou seja, seu volume. Os sistemas tradicionais atuais não estão preparados para tratar certas coleções de dados que já temos ou vamos obter nos próximos anos. • Celulares, redes sociais (facebook, Linkedin, twitter, Tumblr), aplicativos (whatsapp, entre outros), smart TV, jogos online... • Passamos da faixa de muitos gigabytes (bilhões de bytes) ou poucos terabytes (trilhões) para a faixa de petabytes (milhares de trilhões) ou até mesmo exabytes (milhões de trilhões) • Com a diminuição do custo de armazenamento de dados causada pela redução do preço dos discos rígidos, guarda-se tudo que é possível e, mais tarde, descobre-se como usar. Porém, nem sempre isso é possível.
  • 17. BIG DATA Dilemas e polêmicas do big data (Ekbia et al. 2015): • Epistemológico • Estético / artístico • Tecnológico • Ético • legais • Político • econômico
  • 18. BIG DATA • Segundo Simon Szykman, diretor de informática do Departamento de Comércio Norte-americano, os desafios em relação aos dados podem ser divididos em: i) como adquirir; ii) armazenar; iii) processar; iv) transmitir e disseminar; v) gerenciar e manter; vi) arquivar por longo prazo; vii) garantir a segurança; viii) treinar pessoas para usá-los; ix) pagar por tudo isso.
  • 19. CONCLUINDO... • Estamos inseridos em uma nova realidade tecnológica, onde a mesma, em diferentes maneiras, está presente em nosso dia a dia. Sejam nos países desenvolvidos ou em grande parte dos subdesenvolvidos, a influência dessa nova era informacional não deve ser ignorada. • Cabe ao arquivista, e profissionais ligados a informação, não somente se “adaptar” a essa nova era informacional, mas ter consciência da constante e permanente atualização de seus conhecimentos e práticas, como também em possuir sensibilidade sobre diferentes questões que permeiam o funcionamento das instituições contemporâneas (arquivística pós-moderna e arquivística pós- custodial). • Muita informação gerida, em circulação e perdida. O que preservar ou descartar numa era de produção em exabytes? (instituições públicas, privadas, acervos pessoais, produção da informação em ambiente digital, nuvem, diferentes suportes). Como adaptar a classificação, avaliação e descrição nessa nova realidade tecnológica?
  • 20. • Mas não nos esqueçamos, na defesa de qualquer modelo logico ou conceitual, que é preciso haver algum espaço para serendipity, acaso, emoção, paixão, individualidade e idiossincrasia. Um modelo deve apontar – e ser usado – não para produzir autômatos, todos marchando juntos como robôs, mas para abranger a diversidade dentro de uma ampla unidade de visão e proposito (Terry Cook, 2000).
  • 21. REFERÊNCIAS • ARAUJO, C. A. A.. Fundamentos da ciência da informação: correntes teóricas e o conceito de informação. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v. 4, p. 57-79, 2014. • Ekbia, H., Matiolli, M., Kouper, I., Arave, G., Ghazinejad, A. Bowman, T., Suri, R., Tsou, A., Weingart, S., & Sugimoto, C. (2015). Big Data, Bigger Dilemmas: A Critical Review. Journal of American Society for Information Science and Technology, v. 66, n.8, p. 1523-1746, 2015. • JARDIM, J. M.. Caminhos e perspectivas da Gestão de Documentos em cenários de transformações. Acervo, v. 28, p. 19-50, 2015. • SANTOS JUNIOR, R. L.. Análise sobre o desenvolvimento do campo de estudo em informação científica e técnica nos Estados Unidos e na antiga União Soviética durante a guerra fria (1945-1991). RBBD. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação (Online), v. 8, p. 130-157, 2012. • SANTOS JUNIOR, R. L.. Nos primórdios da informática: estudo sobre a construção dos primeiros computadores eletrônicos digitais nos Estados Unidos e União Soviética. In: X Semana de História Política: Minorias étnicas, de gênero e religiosas, 2015, Rio de Janeiro: UERJ / PPGH, 2015. v. 1. p. 2566-2575. • Xexéo, G. Os desafios do Big Data. Ciência Hoje, v. 52, n.306, p.18-23, 2013.