1. Conselho Nacional do Café – CNC
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CLIPPING – 20/05/2014
Acesse: www.cncafe.com.br
Endividamento preocupa produtores de café do sul de Minas Gerais
Globo Rural
20/05/2014
Do Globo Rural
Produtores de café do sul de Minas Gerais estão
preocupados com a quebra na safra. Muitos começaram o
ano endividados e agora que o preço do café subiu, estão
com poucas sacas para vender.
Na fazenda de 50 hectares, no município de Andradas, sul
de Minas, o agricultor Paulo Teixeira calcula que só vai
conseguir uma produção de mil sacas, 500 a menos que o
previsto.
A forte estiagem nos primeiros meses do ano prejudicou o desenvolvimento dos grãos, por isso,
mesmo com o valor da saca acima dos R$ 400, ele acredita que não deve conseguir fazer grandes
investimentos na lavoura.
Quem acumulou dívidas com a safra de 2013, esperava um resultado melhor com a colheita deste
ano, mas como o clima não ajudou, o produtor já calcula o prejuízo.
No sítio de oito hectares, João Melquíades deve colher, no máximo, 200 sacas, 30% a menos. Ele
conta que já teve um prejuízo de R$ 30 mil com a safra passada, quando o valor pago pelo café, em
torno de R$ 270 a saca, não cobria os custos. Agora, com a expectativa de quebra na produção, ele
acredita que não deve conseguir recuperar nem parte do dinheiro gasto na manutenção da lavoura e
nem pagar a colheita desta safra. “Se hoje eu precisar contratar pessoas para trabalhar aqui, eu não
tenho dinheiro”, diz.
O último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica uma redução de
15,8% na produção nacional de café arábica. Entre os principais fatores que contribuíram para a
queda estão a diminuição da área plantada em 5,6%, o reflexo do preço da cultura para o produtor e
a forte estiagem dos primeiros meses do ano.
Assista à reportagem no site do CNC: http://www.cncafe.com.br/site/capa.asp?id=17559
Incaper pesquisa tecnologia inovadora de poda para o café arábica
Assessoria de Comunicação – Incaper
20/05/2014
Luciana Silvestre
Uma nova tecnologia de poda do café arábica está sendo
desenvolvida há seis anos pelo Instituto Capixaba de
Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper),
instituição participantes do Consórcio Pesquisa Café,
coordenado pela Embrapa Café. Os resultados de
experimentos em uma propriedade do município capixaba
de Baixo Guandu demonstraram aumento na produtividade
em cerca de 35% e aumento do rendimento de colheita em
até 50%.
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A partir de agora, serão implantadas por técnicos do Incaper unidades de observações em cerca de
30 municípios produtores de arábica do Espírito Santo, visando à validação dessa nova tecnologia,
cujos resultados experimentais a uma altitude de 640 metros demonstraram-se muito satisfatórios. No
entanto, como a altitude dos municípios capixabas produtores de café arábica varia entre 500 e 1200
metros, é necessário validar essa tecnologia considerando as especificidades locais.
“O Incaper tem a satisfação de apresentar os resultados parciais de mais uma ação de pesquisa do
Instituto na área de cafeicultura, que irá beneficiar diversos agricultores familiares capixabas. Por
meio da integração com os extensionistas do Instituto, essa tecnologia será validada em campo, nos
municípios produtores de café arábica. Entendemos que o Incaper está cumprindo sua missão de
promover soluções tecnológicas e sociais por meio de ações integradas de pesquisa, assistência
técnica e extensão rural, visando ao desenvolvimento do Espírito Santo”, afirmou o diretor-presidente
do Incaper, Maxwel Assis de Souza.
Inovação na poda do café arábica – A pesquisa sobre a Poda Programada do Café Arábica foi
desenvolvida por uma equipe de pesquisadores do Incaper, sob a coordenação de Abraão Carlos
Verdin Filho, lotado na Fazenda Experimental do Incaper de Marilândia. A base da tecnologia, em
linhas gerais, foi adaptar a técnica da Poda Programada de Ciclo do Café Conilon, que tem sido muito
eficiente e aplicada pelos produtores, para o café arábica.
De acordo com o pesquisador Abraão Carlos Verdin Filho, o trabalho iniciou-se entre os anos de
2007 e 2008, em Baixo Guandu, quando o produtor Ademar Luiz Fransskoviak demonstrou bastante
interesse pela forma da poda programada do café conilon e começou a indagar sobre a possibilidade
de aplicar essa mesma forma no café arábica.
“Em 2008, iniciamos o experimento com seis tratamentos de poda nas lavouras de arábica da
propriedade do senhor Ademar. Como a poda no café conilon pode proporcionar aumento de cerca
de 35% na produção de café, buscamos saber, por meio dessa pesquisa, de que maneira o café
arábica se comportaria diante desse manejo, adaptado a suas peculiaridades. Dessa forma, levantou-
se a seguinte hipótese: será que essa técnica aplicada no conilon também teria bons resultados no
arábica? Foi justamente o que pesquisamos e, posteriormente comprovamos, após o
acompanhamento da lavoura e realização das avaliações experimentais na propriedade de Baixo
Guandu”, informou Verdin.
Resultados alcançados – "Entre os principais resultados obtidos com a Poda Programada do Café
Arábica estão o aumento de produtividade em até 35% e a redução da mão de obra em até 50% na
colheita”, informou o pesquisador Abraão Carlos Verdin Filho. Ele disse que em um hectare de café
arábica no qual se utiliza a poda tradicional o rendimento da colheita costuma ser de 5 a 7 sacos por
dia. Já com a utilização da Poda Programada, um trabalhador colhe de 12 a 14 sacos diários.
Além disso, essa tecnologia contribui para a maior uniformidade na maturação dos frutos, facilita o
manejo da poda e o entendimento do procedimento e diminui a bienalidade, característica do café
arábica de produzir mais em um ano e menos em outro ano, levando assim a uma maior estabilidade
de produção todos os anos.
Outro aspecto importante apresentado por essa tecnologia é a sustentabilidade ambiental, econômica
e social. “Com a aplicação da técnica, a lavoura fica mais limpa e arejada, levando, assim, a menores
incidências de pragas e doenças, como exemplo, a ferrugem. Dessa forma, o custo de produção é
menor. Além disso, existe uma melhoria da qualidade do café, o que gera mais renda para o produtor
rural”, disse Verdin.
Satisfação do produtor rural – A primeira unidade de implantação da tecnologia da Poda
Programada do Café Arábica foi realizada na propriedade do senhor Ademar Luiz Fransskoviak, em
Alto Mutum, município de Baixo Guandu, a uma altitude de 640 metros. Ele possui 15 hectares
plantados de café arábica e há seis anos adotou a tecnologia da poda em sua lavoura.
“Nós começamos a utilizar a tecnologia recomendada da poda do conilon no café arábica. No início,
fizemos isso em parte da lavoura e depois ampliamos para toda a área plantada de arábica. Muitos
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técnicos e profissionais do café visitavam nossa lavoura para conhecer a técnica, mas preferiram
inicialmente manter as tecnologias tradicionais da poda do arábica. O Incaper foi a única instituição
que acreditou na nossa maneira de inovar a poda e iniciou uma experiência científica em nossa
propriedade”, relatou o senhor Ademar.
De acordo com Ademar, ele tinha muita dificuldade na colheita do café arábica. Com a nova
tecnologia, esse processo foi facilitado. “Houve maior uniformidade na maturação dos frutos e
aumento da produção, com talhões chegando a 100 sacas por hectare. Antes da utilização da Poda
Programada, a produção era menor”, disse Ademar.
O desenvolvimento da nova tecnologia de poda para o café arábica é visto com bastante otimismo
pelo produtor rural, que disse que, com o tempo, seus vizinhos também têm utilizado gradualmente
essa técnica. “Para o café de montanhas, que tem que ser colhido manualmente, a Poda Programada
será uma grande revolução”, falou Ademar.
Unidades de Observação – Os extensionistas e técnicos do Incaper, que atuam em 30 municípios
das regiões Sul, Serrana e Noroeste do Espírito Santo, irão levar essa nova tecnologia de poda do
café arábica para seus locais de atuação. A proposta do Instituto é validar essa tecnologia, na prática,
por meio de Unidades de Observação implantadas em propriedades rurais de diversos municípios
capixabas.
Para o extensionista do Incaper do município de Castelo, Marcos Vinco, essa tecnologia está sendo
desenvolvida em um momento importante para os produtores de café arábica. “Por meio da Poda
Programada do Café Arábica, percebemos que o produtor terá mais ganhos, mais produção e
qualidade, o que contribui para animar os cafeicultores”, falou Marcos. Ele disse que já está
articulando duas Unidades de Observação em Castelo, sendo uma na comunidade de Caxixe e outra
no Córrego da Prata. De acordo com o extensionista, 40% da produção de café de Castelo é de
arábica.
No município de Mantenópolis, cuja produção de arábica gira em torno de 90% da produção total de
café, também está sendo organizada uma Unidade de Observação na comunidade do Córrego São
José. “Essa tecnologia tende a ser bem aceita pelos produtores, pois ela é viável, facilita a colheita e
os tratos culturais, além de melhorar a produtividade”, afirmou o extensionista do Incaper em
Mantenópolis, Claudinei Sales.
“É necessário que os extensionistas do Incaper validem essa tecnologia em seus municípios,
conforme suas especificidades topográficas, altitudes, condições climáticas e condições das lavouras
em produção e a serem implantadas. Somente depois dos resultados dessa análise prática e de
outros trabalhos de pesquisa, a Poda Programa do Café Arábica será, de fato, recomendada aos
produtores rurais das diferentes regiões do Espírito Santo”, afirmou o pesquisador do Incaper e
coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura, Romário Gava Ferrão. Ele também disse que o
café, como muitas outras plantas perenes, necessita de ser podada com planejamento anual. “Essa
tecnologia inovadora, uma vez validada, irá contribuir muito para o Programa Renovar Café Arábica,
implantado pelo Incaper desde 2008, e para a sustentabilidade da cafeicultura de Montanhas do
Espírito Santo”, finalizou.
Chuvas nos próximos 6 a 10 dias devem atrapalhar colheita do café
Agência Safras
20/05/2014
Estão previstas chuvas acima do normal para os próximos 6 a 10 dias no Paraná, Rio de Janeiro e
sul de Minas Gerais, o que pode atrapalhar um melhor andamento da colheita da safra nova do café
nestas regiões, aponta o Instituto de Meteorologia MDA Weather Services, noticiou a Bloomberg.
Segundo fontes do MDA, o aumento das chuvas certamente irá atrasar a colheita. (LC)
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Café: receita diária com exportação soma US$ 25,910 milhões na 3ª semana de maio
Agência Safras
20/05/2014
Lessandro Carvalho
A receita média diária obtida com as exportações totais brasileiras de café foi de
US$ 25,910 milhões na terceira semana de maio, contando 5 dias úteis. A média
diária até aqui no acumulado do mês nas três primeiras semanas (1º a 18 de maio)
é de US$ 25,910 milhões, volume 19,7% superior no comparativo com a média
diária de maio de 2013, que foi de US$ 21,551 milhões.
Em relação a abril/2014, quando a média diária dos embarques totais de café atingira US$ 27,520
milhões, a receita média de exportações de café de maio/2014 é 6,3% menor, conforme os dados
acumulados até o dia 18.
Até o dia 18 de maio, com 11 dias úteis contabilizados, foram exportadas 1,384 milhão de sacas de
60 quilos de café em grão, com receita de US$ 262,9 milhões e um preço médio de US$ 189,90 por
saca.
Em abril de 2014, as exportações brasileiras de café em grão totalizaram 2,863 milhões de sacas, e
alcançaram 2,296 milhões de sacas em maio de 2013.
As informações partem do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e
foram divulgadas nesta segunda-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Produtor de café do Brasil limita vendas futuras
Thomson Reuters
20/05/2014
Reese Ewing
Reuters - A seca e as oscilações de preço desaceleraram a venda do café
brasileiro que será colhido nos próximos meses, disse o especialista em
café Gil Barabach (foto: Agrimoney), da consultoria Safras e Mercado, nesta
segunda-feira.
Barabach estimou que 18 por cento da safra (...) de café foi vendida pelos
produtores.
Em média, os produtores vendem cerca de 20 por cento de café da nova safra até o final de abril,
disse ele.
"Os preços ainda estavam bastante ruins em dezembro e no começo de janeiro, então os produtores
não estavam tão interessados em vender nessa época. Depois que a seca passou e os preços
subiram, eles aproveitaram a oportunidade para vender os estoques remanescentes, ao invés de
vender no mercado futuro", afirmou Barabach.
Ele afirmou que os produtores estavam desestimulados a fazer vendas antecipadas da nova safra
pela volatilidade nos preços nos últimos meses.
A incerteza dos produtores sobre o impacto do clima seco no resultado da colheita também deixou os
cafeicultores relutantes em vender a nova safra para entrega nos próximos meses.
Barabach disse que os produtores aproveitaram para se desfazer do café remanescente da safra de
2013 depois da escalada nos preços em fevereiro, diante das preocupações do mercado com o clima
seco.
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Ele estimou que 90 por cento da safra antiga foi comercializada, em comparação com 91 por cento
em média no final de abril.
A colheita brasileira de café arábica ainda não ganhou impulso. A maior parte do café deve ser
colhido entre junho e agosto, apesar de o tempo quente e seco entre janeiro e meados de março ter
acelerado a maturação da safra.
"O clima deve acelerar a colheita nas áreas afetadas em cerca de duas semanas, mais ou menos",
afirmou Barabach.
Ele disse que é muito cedo para deduzir qualquer sinal sobre o efeito do clima neste período inicial da
colheita em algumas áreas isoladas, mas afirmou que os resultados do sul de Minas Gerais devem
ser acompanhados.
"A seca atingiu mais fortemente o sul de Minas. É lá que, no próximo mês ou dois, vai se saber o
quão grave a seca realmente foi. Esse tipo de seca não acontecia há 50 anos, então ainda não
sabemos no que vai dar."
Indústria e agronegócio querem mais briga na OMC
Valor Econômico
20/05/2014
Daniel Rittner
O setor privado identificou 18 violações de regras internacionais que têm prejudicado a venda de
produtos brasileiros no exterior e podem ser contestadas na Organização Mundial do Comércio
(OMC). A lista de travas comerciais passíveis de questionamento inclui restrições sanitárias a carnes,
barreiras técnicas à madeira e ao etanol, subsídios à agricultura que distorcem preços de
commodities no mercado global e a exigência de declarações juradas de importação na Argentina.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que fez o levantamento com base em diagnósticos
de associações setoriais e pesquisa da própria equipe técnica, está na hora de o governo brasileiro
adotar uma postura mais agressiva nos tribunais da OMC e partir para o ataque contra países que
têm abusado de práticas desleais de comércio.
O gerente-executivo da unidade de comércio exterior da CNI, Diego Bonomo, afirma que boa parte
das barreiras não é nova e nem pode ser atribuída à onda de protecionismo causada pela crise
mundial. Mas antes, segundo ele, muitos obstáculos eram tolerados pelos empresários porque as
commodities estavam em alta e os mercados - interno e externo - se mantinham aquecidos. "Como
não há mais crescimento forte da economia global, as barreiras ficaram mais salientes, passaram a
incomodar mais", afirma.
Desde 1995, quando a OMC ganhou seu formato atual, o Brasil já levou 26 disputas ao órgão de
soluções de controvérsias em Genebra e tornou-se o quarto maior usuário do mecanismo. Bonomo
nota que na última década, entretanto, houve uma pisada no freio e apenas cinco casos foram
denunciados à entidade. A CNI cobra a retomada de uma postura mais ofensiva. "Para abrir
mercados aos nossos produtos, os contenciosos têm que andar lado a lado com negociações de
acordos comerciais. A estratégia de sucesso é fazer um mix entre essas duas ações. Nós já temos
tradição e experiência na OMC. Só precisamos usá-las novamente a nosso favor."
O último foi apresentado contra o Japão, na última semana de abril, por subsídios dados pelo
governo asiático à fabricação e à exportação de jatos que concorrem com aeronaves da Embraer.
Por enquanto, ainda é um pedido de consultas, de esclarecimentos. Para tornar-se um "painel", o
país precisa declarar-se insatisfeito e pedir arbitragem da OMC, a fim de resolver a disputa.
Outros 17 casos estão na mira dos empresários. Um deles envolve barreiras sanitárias da Indonésia
à carne de frango brasileira sem amparo, na visão dos produtores, de estudos científicos ou análises
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de riscos consistentes. O vice-presidente de aves da Associação Brasileira de Proteína Animal
(ABPA), Ricardo Santin, acusa a Indonésia de fazer exigências além das previstas no Codex
Alimentarius (código internacional de padrão dos alimentos) e tem a expectativa de que essas
barreiras possam ser contestadas pelo governo brasileiro na OMC ainda neste ano.
Segundo o executivo, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) já deu aval à ofensiva e o setor
privado contratou a consultoria Barral MJorge para formular "mais de 200 questionamentos e pedidos
de explicações" ao governo asiático. "Os trabalhos devem ser finalizados até o fim de junho", diz
Santin, garantindo que o Itamaraty tem atuado em parceria com a ABPA no assunto.
Outro caso bem encaminhado é o que pretende contestar subsídios anunciados pela Índia a seus
produtores de açúcar. No fim de 2013, Nova Déli prometeu ajuda de US$ 0,54 por tonelada para a
exportação de até dois milhões de toneladas por ano. A União da Agroindústria Canavieira do Estado
de São Paulo (Unica) fez estudos para avaliar o impacto desse apoio no mercado internacional.
Concluiu que a subvenção pode gerar acréscimo de 3,5% na oferta mundial de açúcar. "Isso pode
representar de 7% a 12% de redução dos preços praticados hoje", argumenta o diretor-executivo da
Unica, Eduardo Leão.
Segundo ele, a commodity já vive um momento complicado e sua cotação caiu a quase metade dos
preços recordes alcançados em 2011. Embora haja previsão legal, o subsídio indiano ainda não foi
aplicado, mas o temor dos produtores brasileiros é que isso possa ocorrer a partir do segundo
semestre. "Temos observado a situação muito de perto. É uma medida distorsiva e as nossas
margens já estão bastante apertadas."
Um processo na OMC custa, no mínimo, entre US$ 1 milhão e US$ 2 milhões em despesas com
consultorias e escritórios de advocacia. Casos mais simples levam de dois a três anos. E todo esse
roteiro só começa se o governo "compra" a reclamação da iniciativa privada e aceita o eventual
desgaste político de chamar um parceiro comercial para a briga.
É por causa desse desgaste que um questionamento brasileiro às barreiras protecionistas à
Argentina, por exemplo, parece fora de cogitação. Mas Bonomo, da CNI, acredita que isso é excesso
de zelo com o sócio do Mercosul. Ele e sua equipe mapearam 35 disputas na OMC envolvendo os
membros do Nafta - Estados Unidos, Canadá e México. "E olha que o Nafta tem um mecanismo
interno de solução de controvérsias muito mais robusto do que o do Mercosul."
Leia mais em: http://www.valor.com.br/brasil/3554258/industria-e-agronegocio-querem-mais-briga-na-
omc#ixzz32GWPpPPN
Café: produção da Colômbia deve crescer 10% em 2014/15
Agência Estado
20/05/2014
A produção de café da Colômbia deve alcançar 11,9 milhões de sacas de 60 kg em 2014/15,
representando elevação de 10,2% em comparação com o período anterior (10,8 milhões de sacas). A
estimativa é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês).
Os técnicos do USDA ponderam, no entanto, que o desempenho depende da manutenção das
condições climáticas favoráveis. "Desde 2013 os padrões climáticos retornaram às condições
normais, estimulando a recuperação da produção", informa o USDA.
Dados meteorológicos indicam, no entanto, que o fenômeno El Niño está no horizonte e pode criar
condições de seca no segundo semestre de 2014. O fenômeno de aquecimento das águas do
Oceano Pacífico "poderia conter a recuperação da produção em curso, além de trazer impacto para a
qualidade do grão e para a exportação", afirmam os técnicos.
Cerca de 300 mil hectares com café foram replantados na Colômbia desde 2010 (pouco menos da
metade da área total cultivada com o produto), com variedades resistentes à ferrugem e perto de
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metade dessa área já está em fase produtiva. De acordo com o USDA, os esforços dos produtores
colombianos no replantio da cultura começam a mostrar resultados. A produção de café em março de
2014 alcançou 6 milhões de sacas, um aumento de 34% em relação ao mesmo período do ano
passado. A produção nacional voltou aos níveis históricos de 10 milhões de sacas, mas ainda está
abaixo do pico de 2008, quando foram colhidas 12,5 milhões de sacas.
O USDA estima que a Colômbia deve exportar em 2013/14 cerca de 10 milhões de sacas. O volume
pode subir para 11 milhões de sacas em 2014/15. O consumo interno deve ter crescimento marginal
de 100 mil sacas entre 2013/14 e 2014/15, para cerca de 1,3 milhão de sacas. De acordo com o
USDA, o consumo é impulsionado por um número crescente de cafeterias da marca 'Juan Valdez', ou
por lojas criadas por meio de um consórcio privado com a Federação Nacional de Cafeicultores da
Colômbia (Fedecafe).
Apesar dos subsídios do governo, os baixos preços do café, em particular entre 2012 e 2013,
trouxeram desafios para os produtores da Colômbia, cujas dívidas cresceram com encargos. Os
cafeicultores diminuíram investimentos em fertilizantes e controle de pragas. "A falta de investimentos
pode provocar no curto prazo impacto negativo sobre o potencial produtivo do café replantado",
conclui o USDA.
Ferrugem do café já causou prejuízo de mais de US$ 1 bilhão na América Latina
Notícias Agrícolas
20/05/2014
Fonte: USA Today / Tradução: Fernanda Bellei
O governo dos Estados Unidos está mobilizando esforços para ajudar produtores da América Central
a combater uma doença devastadora nos cafezais – a ferrugem. De acordo com a agência AP
(Associated Press), os EUA já se preocupam com a alta nos preços do café, diante da quebra de
safra no Brasil e a redução da produção pela ferrugem.
Estima-se que a ferrugem já tenha causado um prejuízo superior a US$ 1 bilhão nos países
produtores da América Latina. O fungo causa maiores estragos no café arábica, variedade mais
valorizada e usada na produção de cafés especiais. As perdas de produção já estão afetando os
preços nas cafeterias norte-americanas. De acordo com a OIC (Organização Internacional do Café)
esta é a pior epidemia da doença em 40 anos. “Estamos preocupados porque sabemos que a
ferrugem já está causando grande devastação”, afirmou Raj Shah, chefe da USAID (Agência dos
Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional).
Nesta segunda-feira, Shah deve anunciar uma parceria de US$ 5 milhões com o Centro Mundial de
Pesquisas do Café da Universidade do Texas A&M, para tentar eliminar a doença.
Mas o governo americano não está fazendo isso apenas para proteger os cafés especiais. A principal
preocupação é com a segurança econômica desses pequenos produtores. Se eles perderem seus
empregos, a região terá aumento de fome e pobreza, o que pode acarretar no aumento da violência e
do tráfico de drogas.
Quebra de até 40% - Os EUA estimam que a produção de café na América Latina poderá ter
redução entre 15% e 40% nos próximos anos e que essas perdas poderão causar o desemprego de
mais de 500 mil pessoas. Embora alguns países já conseguiram colocar a situação sob controle,
muitos dos países produtores mais pobres não vêem solução para o problema. Guatemala, El
Salvador, Honduras, Panamá e Costa Rica são alguns dos mais afetados.
O café industrial, produzido em massa nos Estados Unidos, vem principalmente da Ásia. Já os cafés
mais nobres e caros são de pequenos produtores de fazendas de altitudes elevadas na América
Central. Por terem produções pequenas, esses cafeicultores geralmente não têm dinheiro suficiente
para comprar fungicidas e não possuem treinamento para cultivar de maneiras que podem evitar a
contaminação.
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A ferrugem, chamada de “roya” em espanhol, é um fungo altamente contagioso. O clima chuvoso
costuma intensificar o problema. “Não vemos uma solução final para o problema em curto prazo”,
informou Leonardo Lombardini da universidade Texas A&M.
Até agora, grandes empresas de café dos Estados Unidos têm estoques suficientes para evitar altas
nos preços, mas algumas empresas menores já estão repassando as altas nos preços, de acordo
com Ric Rhinehart, representante da Associação de Café Especial da América.
Rhinehart afirma que, no pior cenário, os consumidores terão que pagar preços “extraordinariamente
altos” pelos cafés de qualidade, isso se conseguir encontrá-los.
Ele explica que algumas variedades bastante especiais, de uma origem específica – como o café
antigua, da Guatemala, por exemplo – serão mais difíceis de encontrar. Se o problema continuar, as
pequenas torrefadoras terão que elevar os preços ou usar blends mais acessíveis, o que irá reduzir a
qualidade do café.
Grandes empresas como a Starbucks e a Keurig Green Mountain Inc. (esta última mais popular nos
Estados Unidos) tem diversos fornecedores em toda a região e afirmam que até agora têm
conseguido se abastecer de café sem maiores problemas. “É um pouco cedo para dizer qual será o
impacto no abastecimento e na qualidade, a longo prazo”, afirmou Lindsey Bolger, que comanda o
abastecimento de café para a Keurig Green Mountain.
Para garantir que não haja falta de café, algumas empresas estão trabalhando diretamente com os
produtores na aplicação de melhores práticas para evitar a contaminação e garantir que não haverá
problemas na produção.
"Apoiar o produtor no acesso à informação, prover a tecnologia e recursos, permite que eles
consigam adaptar-se a estas incertezas e garantam a longevidade da cadeia de suprimentos da
nossa indústria", disse Craig Russell, vice-presidente da Starbucks Coffee global. A Starbucks até
comprou uma fazenda de Costa Rica para fins de pesquisa.
Os EUA já estão colaborando com algumas empresas de café e com organizações internacionais
para financiar o replantio de diferentes variedades de plantas.
O esforço é para do programa ‘Feed the Future’ – Alimente o Futuro – desenvolvido pela
administração Obama, que tem como foco a eliminação da pobreza extrema no mundo através do
desenvolvimento da agricultura e da nutrição.
Exportações de café de Uganda sobem 14% com maiores preços domésticos
Agência Safras
20/05/2014
As exportações de café da Uganda, referentes aos primeiros sete meses do ciclo 2013/14,
aumentaram em pelo menos 14%, à medida que agricultores continuam a disponibilizar estoques
para realizar lucros frente a maiores preços domésticos. As informações foram divulgadas hoje pela
Autoridade de Desenvolvimento do Café de Uganda (UCDA, na sigla em inglês).
Em um relatório, a UCDA disse que um total de 2,2 milhões de sacas de 60 quilos foram embarcadas
nos primeiros sete meses da temporada, em comparação com 1,9 milhão de sacas no mesmo
período do ano passado. O ano-safra ugandense vai de outubro até setembro do ano seguinte. O
país é o maior exportador de café da África.
Somente em abril, as exportações cresceram 45%, para 336.676 toneladas. Mesmo assim, foram
levemente menores do que as 348.423 sacas embarcadas em março. As exportações do grão
arábica foram elevadas em 16% e totalizaram 510.863 sacas, enquanto as de robusta subiram 14% e
atingiram 1,65 milhão de sacas. As informações são de agências internacionais. (CS)