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Cimento de
ionômero de vidro
CIV
Introdução
• Wilson Kent ( 1971)
• teve por objetivo combinar as propriedades do cimento de silicato (
anticariogênica -> liberação de flúor ) e de policarboxilato de zinco (adesão a
estrutura dentária e biocompatibilidade)
• Indicações nas áreas de Dentística, Endodontia, Cirurgias
periapicais, como agente cimentante de prótese e ortodontia, dentre
outros
• Tem sido cada vez mais empregado em Odontopediatria e Saúde
Pública, pois está diretamente relacionado à promoção de saúde
pelas suas características de liberação de flúor
Características
• curto tempo de trabalho
• sensibilidade a variações de umidade
• longo tempo de presa (8 min)
• baixa resistência mecânica
• não pode ser considerado um material estético
Composição
• Pó
• formado pela fusão de seus componentes principais:
• sílica (Si02 )
• alumina (Al 2 0 3 )
• fluoreto de cálcio (CaF2 )
• Líquido
• ácido poliacrílico é o mais usado
• mas existem materiais no mercado à base de outros ácidos (maléico ou tartárico)
Resistência
Reação de presa e liberação de flúor
• A adição do ácido tartárico tem a função de reduzir a viscosidade da
massa, aumentando o tempo de trabalho.
• Os primeiros líquidos dos ionômeros de vidro possuíam um tempo de vida
muito curto, devido à formação de ligações entre as moléculas de ácido
poliacrílico.
• Com a inclusão de copolímeros do ácido itacônico, essas ligações
passaram a ser evitadas pela menor reatividade desse ácido, aumentando
a vida útil do material
• A água não é considerada por alguns autores um dos constituintes do
material, porém sua presença é imprescindível para que ocorra ionização
do ácido poliacrílico.
Reação de presa
• Exotérmica (± 5ºC)
• Inicia a partir da aglutinação (mistura) do pó com o líquido
• É uma reação entre um ácido e uma base para formar um sal
• 3 fases:
• (1) deslocamento de íons e ionização do ácido poliacrílico (brilho úmido
)
• (2) formação da matriz de polissais (perda de brilho – borrachóide)
• (3) formação do gel de sílica e presa final (gelificação) – até 48h fica
sensível a água
Barreiras para a adesão
• é preciso que o material possua bom molhamento (brilho
úmido) e entre em íntimo contato com a superfície dentária
• O ácido poliacrílico deve ser aplicado por 10-20s, lavado
abundantemente pelo mesmo tempo da aplicação, e a dentina
deve ser mantida úmida
Atenção
• A perda de brilho que ocorre após 4 minutos da aglutinação do
pó com o líquido significa que a maioria das cadeias
poliacrílicas disponíveis já reagiu com os íons provenientes das
partículas de pó
• Se o material for inserido na cavidade nessa fase não será
capaz de se unir quimicamente aos substratos dentais
Fatores que afetam o tempo de presa
• ácido tartárico influencia na reação de presa dos cimentos
• Esse ácido melhora as características de manipulação, pois aumenta o
tempo de trabalho devido à redução da viscosidade, mas diminui o tempo de
presa
• A composição e o tamanho das partículas do pó
• Quanto maior o tamanho da partícula, mais longo o tempo de presa
• Proporção pó/líquido e a temperatura da mistura
• Quanto maior a quantidade de pó e menor a de líquido, mais rápido o
material geleificará -> menor o seu tempo de trabalho
• Aumento da temperatura também acelera a reação de presa pelo fato de
aumentar a energia cinética das moléculas.
Propriedades
• Adesão
• A adesão aos tecidos duros do dente e a diversos metais deve ser a
mais importante propriedade desse material
• Adesão química
• O ácido poliacrílico ionizado condiciona a superfície da estrutura
dentária, removendo íons cálcio e fosfato
• A adesão ao esmalte é maior que à dentina
Liberação de flúor
• O flúor liberado pelo ionômero de vidro é incorporado aos tecidos mineralizas do dente,
tornando-os mais resistentes aos ciclos de des-remineralização
• atua também remineralizando lesões incipientes de cárie em esmalte
• Como flúor também é antibacteriano, há diminuição ou da flora bacteriana
• O contato com a água é responsável pela liberação de flúor para o meio externo
• Se o material for empregado como base, a liberação de flúor ocorrerá para a dentina
subjacente em função do contato com os fluidos dentinários
• A liberação de flúor é alta nas primeiras 24-48h e permanece constante durante períodos
prolongado
• Um fator que reduz a liberação imediata de flúor é a realização da proteção final com
adesivos ou vernizes -> deve ser evitado em pacientes com alto risco de cárie, onde se
deseja alta liberação de flúor imediata
• O CIV também pode ser "recarregado", desde que outras fontes de flúor entrem em
contato com a superfície do material
Biocompatibílidade
• Extremamente biocompatível com as estruturas dentais
Propriedades mecânicas
• fracos mecanicamente quando comparados com as resinas
compostas
• baixa resistência à compressão e à flexão reduzida
• o material apresenta tendência à melhoria das suas
propriedades mecânicas ao longo do tempo -> contínua reação
de presa do material
Alteracões dimensionais e absorção de água
• Na reação de presa temos contração e isso gera tensões que
podem causar a fratura de corpo do material e fendas na
interface entre o dente e a restauração
• as propriedades mecânicas e estéticas podem ser
comprometidas pelo contato precoce com a água
Classificação
• Em relação à natureza do material
• Com o objetivo de aumentar a resistência mecânica desse material,
adicionaram ao pó dos cimentos de ionômero de vidro limalhas de
amálgama e, também partículas de prata -> cimentos de ionômero
de vidro reforçados por metais
• Pouca melhoria mecânica
• Piorou a estética
• Diminuiu a liberação de flúor
Clique para adicionar
texto
• Cimentos ionoméricos com adição de material resinoso
• reação ácido-base foi mantida, mas um segundo processo de presa
ativado pela luz foi incluído -> cimento de ionômero de vidro
modificados por resina
• maior tempo de trabalho,
• diminuição do tempo de presa e da sensibilidade à umidade
• melhorias das propriedades mecânicas do material em relação aos ionômeros
convencionais
• melhoria das características estéticas
• cimento de ionômero de vidro condensável ou de alta
viscosidade
• Muito usado no ART
Em relação à indicação do material
• Tipo 1 - indicados para a cimentação de quaisquer artefatos
ortodônticos ou protéticos
• Tipo lI - indicados para a restauração. Esse tipo é subdividido
em:
• A - materiais indicados para baixos esforços mastigatórios
• B - materiais sujeitos a esforços mastigatórios mais intensos, como os
reforçados por prata
• Tipo IlI - indicados para o selamento de cicatrículas e fissuras,
como base e "forramento"
Manipulação e Inserção na Cavidade
dentária
• O CIV é apresentado em dois frascos, um de pó e outro de líquido, mas pode
também ser encontrado na forma de cápsulas
• Como o material é sensível à umidade, os frascos devem sempre ficar fechados,
e especialmente o líquido não deve ser mantido em geladeira, pois poderá
ocorrer geleificação com a baixa temperatura
• Agite o pó antes de fazer a dosagem
• deve-se sempre seguir a recomendação do fabricante em relação à proporção
pó/ líquido
• utilize a concha dosadora fornecida pelo fabricante
• pode-se utilizar uma placa de vidro ou um bloco de papel fornecido pelo
fabricante
• pode-se empregar espátula plástica ou metálica
• A inserção do material na cavidade dentária deve ser feita
enquanto o material possui brilho úmido, para que haja a união
química com os substratos dentários
• seringa Centrix
• espátula de inserção
Proteção
• O CIV possui alta sensibilidade ao ganho e perda de água
• É fundamental que o material seja protegido para que haja formação
da matriz de polissais, sem prejudicar as propriedades mecânicas
do material
• A melhor forma de evitar a embebição durante a realização de uma
restauração é usando-se o isolamento absoluto
• Após a perda do brilho úmido, cerca de 4 min após o início da
manipulação, o material deve ser protegido contra a sinérese
(perda de água)
• Verniz cavitário, esmalte de unha ou adesivo dentinário
Técnica do sanduíche
Acabamento e polimento
• devem ser evitados durante os
períodos iniciais de presa
• "pressionar" com uma matriz de
poliéster diminui necessidades de
acabamentos
• apenas os excessos grosseiros
devem ser removidos com o auxílio
de lâminas de bisturi
• Após a remoção dos excessos, é
fundamental refazer a proteção, pois
durante o procedimento de
acabamento, a proteção pode ser
removida ou tornar-se porosa
lndicacões Clínicas
• selamento de cicatrículas e fissuras em dentes permanentes e
decíduos
• técnicas de restaurações atraumáticas
• como material de forramento/base na técnica do sanduíche, em
qualquer tipo de cavidade, em dentes permanentes e decíduos
• núcleos de preenchimento
• cimentação de coroas parciais, totais e próteses parciais fixas
• procedimentos ortodônticos para a cimentação de bandas e
bráquetes
Contra-indicacões
• O material não deve ser indicado em:
• Restaurações extensas de dentes
permanentes
• Restaurações da crista marginal em dentes
permanentes
• Classe IV em dentes permanentes e decíduos

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  • 2. Introdução • Wilson Kent ( 1971) • teve por objetivo combinar as propriedades do cimento de silicato ( anticariogênica -> liberação de flúor ) e de policarboxilato de zinco (adesão a estrutura dentária e biocompatibilidade) • Indicações nas áreas de Dentística, Endodontia, Cirurgias periapicais, como agente cimentante de prótese e ortodontia, dentre outros • Tem sido cada vez mais empregado em Odontopediatria e Saúde Pública, pois está diretamente relacionado à promoção de saúde pelas suas características de liberação de flúor
  • 3. Características • curto tempo de trabalho • sensibilidade a variações de umidade • longo tempo de presa (8 min) • baixa resistência mecânica • não pode ser considerado um material estético
  • 4. Composição • Pó • formado pela fusão de seus componentes principais: • sílica (Si02 ) • alumina (Al 2 0 3 ) • fluoreto de cálcio (CaF2 ) • Líquido • ácido poliacrílico é o mais usado • mas existem materiais no mercado à base de outros ácidos (maléico ou tartárico) Resistência Reação de presa e liberação de flúor
  • 5. • A adição do ácido tartárico tem a função de reduzir a viscosidade da massa, aumentando o tempo de trabalho. • Os primeiros líquidos dos ionômeros de vidro possuíam um tempo de vida muito curto, devido à formação de ligações entre as moléculas de ácido poliacrílico. • Com a inclusão de copolímeros do ácido itacônico, essas ligações passaram a ser evitadas pela menor reatividade desse ácido, aumentando a vida útil do material • A água não é considerada por alguns autores um dos constituintes do material, porém sua presença é imprescindível para que ocorra ionização do ácido poliacrílico.
  • 6. Reação de presa • Exotérmica (± 5ºC) • Inicia a partir da aglutinação (mistura) do pó com o líquido • É uma reação entre um ácido e uma base para formar um sal • 3 fases: • (1) deslocamento de íons e ionização do ácido poliacrílico (brilho úmido ) • (2) formação da matriz de polissais (perda de brilho – borrachóide) • (3) formação do gel de sílica e presa final (gelificação) – até 48h fica sensível a água
  • 7. Barreiras para a adesão • é preciso que o material possua bom molhamento (brilho úmido) e entre em íntimo contato com a superfície dentária • O ácido poliacrílico deve ser aplicado por 10-20s, lavado abundantemente pelo mesmo tempo da aplicação, e a dentina deve ser mantida úmida
  • 8.
  • 9. Atenção • A perda de brilho que ocorre após 4 minutos da aglutinação do pó com o líquido significa que a maioria das cadeias poliacrílicas disponíveis já reagiu com os íons provenientes das partículas de pó • Se o material for inserido na cavidade nessa fase não será capaz de se unir quimicamente aos substratos dentais
  • 10. Fatores que afetam o tempo de presa • ácido tartárico influencia na reação de presa dos cimentos • Esse ácido melhora as características de manipulação, pois aumenta o tempo de trabalho devido à redução da viscosidade, mas diminui o tempo de presa • A composição e o tamanho das partículas do pó • Quanto maior o tamanho da partícula, mais longo o tempo de presa • Proporção pó/líquido e a temperatura da mistura • Quanto maior a quantidade de pó e menor a de líquido, mais rápido o material geleificará -> menor o seu tempo de trabalho • Aumento da temperatura também acelera a reação de presa pelo fato de aumentar a energia cinética das moléculas.
  • 11. Propriedades • Adesão • A adesão aos tecidos duros do dente e a diversos metais deve ser a mais importante propriedade desse material • Adesão química • O ácido poliacrílico ionizado condiciona a superfície da estrutura dentária, removendo íons cálcio e fosfato • A adesão ao esmalte é maior que à dentina
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  • 14. Liberação de flúor • O flúor liberado pelo ionômero de vidro é incorporado aos tecidos mineralizas do dente, tornando-os mais resistentes aos ciclos de des-remineralização • atua também remineralizando lesões incipientes de cárie em esmalte • Como flúor também é antibacteriano, há diminuição ou da flora bacteriana • O contato com a água é responsável pela liberação de flúor para o meio externo • Se o material for empregado como base, a liberação de flúor ocorrerá para a dentina subjacente em função do contato com os fluidos dentinários • A liberação de flúor é alta nas primeiras 24-48h e permanece constante durante períodos prolongado • Um fator que reduz a liberação imediata de flúor é a realização da proteção final com adesivos ou vernizes -> deve ser evitado em pacientes com alto risco de cárie, onde se deseja alta liberação de flúor imediata • O CIV também pode ser "recarregado", desde que outras fontes de flúor entrem em contato com a superfície do material
  • 16. Propriedades mecânicas • fracos mecanicamente quando comparados com as resinas compostas • baixa resistência à compressão e à flexão reduzida • o material apresenta tendência à melhoria das suas propriedades mecânicas ao longo do tempo -> contínua reação de presa do material
  • 17. Alteracões dimensionais e absorção de água • Na reação de presa temos contração e isso gera tensões que podem causar a fratura de corpo do material e fendas na interface entre o dente e a restauração • as propriedades mecânicas e estéticas podem ser comprometidas pelo contato precoce com a água
  • 18. Classificação • Em relação à natureza do material • Com o objetivo de aumentar a resistência mecânica desse material, adicionaram ao pó dos cimentos de ionômero de vidro limalhas de amálgama e, também partículas de prata -> cimentos de ionômero de vidro reforçados por metais • Pouca melhoria mecânica • Piorou a estética • Diminuiu a liberação de flúor Clique para adicionar texto
  • 19. • Cimentos ionoméricos com adição de material resinoso • reação ácido-base foi mantida, mas um segundo processo de presa ativado pela luz foi incluído -> cimento de ionômero de vidro modificados por resina • maior tempo de trabalho, • diminuição do tempo de presa e da sensibilidade à umidade • melhorias das propriedades mecânicas do material em relação aos ionômeros convencionais • melhoria das características estéticas
  • 20. • cimento de ionômero de vidro condensável ou de alta viscosidade • Muito usado no ART
  • 21. Em relação à indicação do material • Tipo 1 - indicados para a cimentação de quaisquer artefatos ortodônticos ou protéticos • Tipo lI - indicados para a restauração. Esse tipo é subdividido em: • A - materiais indicados para baixos esforços mastigatórios • B - materiais sujeitos a esforços mastigatórios mais intensos, como os reforçados por prata • Tipo IlI - indicados para o selamento de cicatrículas e fissuras, como base e "forramento"
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  • 25. Manipulação e Inserção na Cavidade dentária • O CIV é apresentado em dois frascos, um de pó e outro de líquido, mas pode também ser encontrado na forma de cápsulas • Como o material é sensível à umidade, os frascos devem sempre ficar fechados, e especialmente o líquido não deve ser mantido em geladeira, pois poderá ocorrer geleificação com a baixa temperatura • Agite o pó antes de fazer a dosagem • deve-se sempre seguir a recomendação do fabricante em relação à proporção pó/ líquido • utilize a concha dosadora fornecida pelo fabricante • pode-se utilizar uma placa de vidro ou um bloco de papel fornecido pelo fabricante • pode-se empregar espátula plástica ou metálica
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  • 27. • A inserção do material na cavidade dentária deve ser feita enquanto o material possui brilho úmido, para que haja a união química com os substratos dentários • seringa Centrix • espátula de inserção
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  • 29. Proteção • O CIV possui alta sensibilidade ao ganho e perda de água • É fundamental que o material seja protegido para que haja formação da matriz de polissais, sem prejudicar as propriedades mecânicas do material • A melhor forma de evitar a embebição durante a realização de uma restauração é usando-se o isolamento absoluto • Após a perda do brilho úmido, cerca de 4 min após o início da manipulação, o material deve ser protegido contra a sinérese (perda de água) • Verniz cavitário, esmalte de unha ou adesivo dentinário
  • 31. Acabamento e polimento • devem ser evitados durante os períodos iniciais de presa • "pressionar" com uma matriz de poliéster diminui necessidades de acabamentos • apenas os excessos grosseiros devem ser removidos com o auxílio de lâminas de bisturi • Após a remoção dos excessos, é fundamental refazer a proteção, pois durante o procedimento de acabamento, a proteção pode ser removida ou tornar-se porosa
  • 32. lndicacões Clínicas • selamento de cicatrículas e fissuras em dentes permanentes e decíduos • técnicas de restaurações atraumáticas • como material de forramento/base na técnica do sanduíche, em qualquer tipo de cavidade, em dentes permanentes e decíduos • núcleos de preenchimento • cimentação de coroas parciais, totais e próteses parciais fixas • procedimentos ortodônticos para a cimentação de bandas e bráquetes
  • 33. Contra-indicacões • O material não deve ser indicado em: • Restaurações extensas de dentes permanentes • Restaurações da crista marginal em dentes permanentes • Classe IV em dentes permanentes e decíduos