O documento discute os processos de fabricação e aplicação de fibra de vidro e resinas epóxi. Detalha os métodos de produção de fibra de vidro, resinas e suas aplicações em revestimentos, tubulações e peças moldadas. Fornece instruções sobre preparo de resinas, identificação de defeitos e técnicas de reparo.
2. • A fibra de vidro é um compóstio filamentoso de finíssimos fios de vidro, agregados através de
resinas, silicones, fenóis e outros compostos solúveis em solventes orgânicos. A fibra de vidro pode
ainda conter em sua formulação alguns componentes como óxidos de potássio, ferro, cálcio
e aluminio.
• A fibra de vidro é obtida industrialmente através do vidro ainda em estado líquido, ou seja, momento
em que a sílica (areia), está derretida sob uma temperatura de 1600 ºC. Esse líquido é submetido
ao resfriamento sob alta velocidade, onde o controle cinético e térmico favorece a obtenção de fios
em tamanhos e diâmetro desejados através da passagem do líquido por finíssimos e reguláveis
orifícios de platina, que chegam a produzir cerca de 3000 m de fibra por minuto.
• A fibra de vidro começou a ser fabricada e comercializada pela primeira vez na Europa em meados
dos anos 30, com a patente de uma empresa européia sob o processo de obtenção de vidro
maleável. Mas somente na década de 40 que este material expandiu-se pelo mundo sendo
amplamente utilizado nos mais diversos segmentos industriais, provavelmente em função
da segunda guerra mundial, visto que este compósito e amplamente utilizado na fabricação de
aviões. Em virtude de sua baixa densidade, alta resistência mecânica e facilidade no manuseio,
tanto na fabricação de peças acabadas quanto no transporte destas, em virtude de ser um material
leve.
• A fibra de vidro é comumente encontrada na forma de lã de vidro, malhas, placas e fios em
pequenos pacotes utilizados em reparos de objetos fabricados com o material e danificado com o
passar do tempo. Esse material é resistente a ação de agentes químicos, a corrosão e ação de
gases corrosivos presentes no ar, porém não é resistente a ação do ácido fluorídrico que é capaz
de atacar o vidro em função de este composto, apresentar o mais eletronegativo dos elementos
químicos em sua composição.
2
Introdução sobre fibra de vidro
3. • Definições:
• Resinas epóxi éster vinílicas DERAKANE são produtos termofixos resultantes de modificações
químicas a partir de estruturas iniciais de epóxi, às quais são adicionadas duplas ligações (vinílicas)
e grupamentos éster, daí seu nome químico: resinas epóxi éster vinílicas. As resinas DERAKANE
assim fabricadas apresentam qualidade “premium” e são usados em uma ampla variedade de
aplicações de PRFV resistentes a corrosão, fabricadas por todas as técnicas convencionais.
• Estruturas, tubulações, equipamentos e revestimentos feitos com resinas
• DERAKANE resultam em um produto final com inúmeras vantagens sobre aqueles feitos com
metais convencionais ou resinas poliésteres.
• Entre eles:
• Insuperável resistência à corrosão aos mais diferentes ambientes químicos - incluindo ácidos, bases
e solventes orgânicos - à temperatura ambiente ou elevada.
• Alta resistência ao impacto.
• Alta resistência à fadiga.
• Alta resistência mecânica aliada a baixo peso.
• Excelentes propriedades de isolamento térmico e elétrico.
3
Laminação com resina derakene-470
4. • Resinas DERAKANE* 411
• Produtos de viscosidade média amplamente utilizados em processos de contato (manual)
pultrusão, pistola, enrolamento contínuo e moldagem à quente.
• Resinas DERAKANE* 470
• Essas resinas combinam resistência à corrosão com superior retenção de propriedades à
temperaturas elevadas, superior resistência a oxidação e à misturas de produtos químicos,
incluindo solventes. misturas de produtos químicos, incluindo solventes. Esses produtos são ideais
para fabricar equipamentos usados onde deve-se concentrar e combinar produtos corrosivos tais
como as unidades de controle de poluição.
4
Linha Derakene utilizada em nossas plantas
5. • As resinas epóxi éster vinílicas DERAKANE são forjadas para processos comerciais de fabricação
de PRF de contato (manual), pistola, filamento contínuo e muitos outros.As tabelas a seguir
apresentam dados das propriedades à temperatura ambiente de resina curada sem reforço com
espessura de 3.2 mm (1/ 8 polegadas) para diversas resinas epóxi éster vinílicas DERAKANE*.
• A combinação entre a alta resistência mecânica e o alto alongamento da resina pura é uma boa
indicação da flexibilidade das resinas DERAKANE.
• As tabelas mostram dados de engenharia para contração na cura, condutividade térmica, expansão
térmica, isolamento elétrico e adesão à metais.
• A tabela 11 compara as propriedades físicas de diversos laminados feitos com resinas epóxi éster
• vinílicas DERAKANE segundo as especificações da norma ASTM D 3299.
5
Desempenho
8. • Construções em PRFV são amplamente utilizadas em indústrias onde os ambientes são altamente
corrosivos. Esses laminados são altamente corrosivos e, quando são feitos com as resinas éster-
vinílicas formam uma barreira altamente resistente à corrosão entre o ambiente químico e o
substrato.
• A tecnologia de aplicação é altamente especializada, o que exige uma larga experiência para a
obtenção de laminados de qualidade. Assim sendo, para que os laminados possam apresentar
excelente desempenho, é de extrema importância corrigir ou até mesmo prevenir possíveis defeitos
na hora de aplicação. É importante observar que a grande maioria dos defeitos ocorre durante a
mistura e a aplicação da resina, e são visíveis de alguma forma.
• A lista de defeitos apresentada a seguir pode ser usada como auxílio na identificação de problemas
e técnicas corretas de fabricação.
8
Reconhecimento de defeitos em PRFV
13. • Se é necessário ou não o reparo destes defeitos, dependerá fundamentalmente de quanto
• eles afetem a resistência mecânica ou química do laminado.
• 1. Bolhas e bolsas, se puderem ser quebradas facilmente, devem ser reparadas por
• lixamento, preenchendo-se os vazios com composto de enchimento e aplicando-se véu de
superfície rico em resina.
• 2. Lascas, trincas superficiais, "olhos de peixe" ou riscos, muitas vezes irão permitir a penetração
de umidade ou produtos químicos no vidro. Neste caso, eles devem ser lixados e cobertos com véu
de superfície rico em resina.
• 3. Rachaduras, delaminações, grandes áreas secas e fraturadas são defeitos mais sérios, tanto na
diminuição das resistências mecânica como química. Neste caso, deve ser efetuado um remendo
através de uma laminação adicional ou remoção completa da área afetada.
• 4. Defeitos no laminado no lado em contato com o ambiente químico corrosivo são mais críticos.
Pequenos defeitos nesta área, com exposição de fios de vidro, proporcionam, ao longo do tempo,
propagação do agente químico através do vidro, causando problemas mais sérios.
• A distância de observação da superfície deve ser tal que permita a visualização dos defeitos
anteriormente mencionados. Essa inspeção deverá ser feita contra a luz, utilizando-se uma
lâmpada de 200 a 300 watts.
13
14. • A resina derakene-470 , é utilizada em equipamento e tubulações que exista grande ação de
produtos químicos Exemplos: Tubulações de água acidulada , Caixa, fundo e pá do Kulmam ,
Dutos de sucção de gases, Tanques de armazenamento de produtos químicos, Coroas dos
lavadores , lavadores , dutos de sucção dos ventiladores
14
Formas de preparação e locais de utilização
15. • Preparar a resina Derakene -470 da seguinte maneira
• Colocar a quantidade necessária para a utilização .
• -Colocar primeiramente 6% do volume de acelerador cobalto , misturar homogeneamente.
• Colocar o catalizador apropriado para a resina Derakene-470 , na quantidade de 2% do volume e
misturar homogeneamente.
• Aplicação da resina -470.
• -Realizar a preparação da peça onde será aplicado o revestimento , com a retirada de impurezas e
gorduras.
• -Passar um pano úmido com solvente Thinner.
• -Aplicar no máximo três camadas subsequentes , sendo uma manta de fibra de vidro ,um tecido de
resistência do tipo rowing e mais uma manta de fibra de vidro , sendo e após a secagem do
revestimento , a temperatura ambiente e a temperatura do local aplicado estiver sensível ao tato ,
pode-se continuar com a aplicação.
15
Preparação
16. • Para a realização de emendas em tubulações de PRFV , deve-se realizar o bizelamento nas pontas
a serem emendadas.
• Realizar a limpeza das pontas onde será aplicado o revestimento.
• Preparar a resina conforme descrito no 4.1
• Colocar a primeira camada nas seguintes medidas;
• 1º-70mm(manta)
• 2º-100mm(rowing)
• 3º-130mm(manta)
• 4º-160mm(manta)
• 5º-200mm(manta)
• Por ultimo colocar uma camada de véu de superfície e realizar a pintura na coloração adequada
para o destino da tubulação. Ex: Tubulação verde: Água industrial.
16
Realização de emendas em tubulações.
Manta de Fibra de vidro Tecido tipo Rowing Véu de superfície
17. 17
Exemplo de emenda em tubulação
**O VEU NÃO PODERÁ FICAR COM
IMPERFEIÇÕES(RUGAS)*
18. • Definições:
• Resina pronta para utilização, pré-acelerada e pré- cargueada para a fabricação de moldes,
utilizando PERÓXIDO DE MEK CONVENCIONAL
• Local de Utilização
• A resina Polylite-10316 , é utilizada na confecção de peças em geral , tais como calhas , tampas ,
caixas de extintores de incêndio , fabricação de cumeeiras , coifas , caixas d’água e acessórios
reforçados com fibras de vidro, moldados em processo aberto (laminação manual ou a pistola)
• Forma de preparação.
• A resina polylite 10-316 , dever sempre preparada na quantidade estimada para a aplicação de três
em três camadas de fibra de vidro , composta da seguinte maneira;
18
Laminação com Resina Polylite 10-316.
Fonte:www. Reichhold.com.br
19. • Colocar a quantidade necessária para a utilização .
• Colocar o catalizador apropriado para a resina Polilyte 10-316 , na quantidade 100,0 g de Resina +
1,0 ml de calalisador.
• -QUANDO NECESSARIO A ADIÇÃO DE COBALTO EM DIAS COM ALTA UMIDADE RELATIVA
DO AR OU DIAS CHUVOSOS , COLOCAR A PORCENTAGEM DE 0,5% DO TOTAL DO
VOLUME DE RESINA POLYLITE 10-316.
• -ATENÇÃO:NUNCA MISTURAR O COBALTO DIRETAMENTE COM O CATALIZADOR,POIS
OCORRE UMA GRANDE REAÇÃO QUÍMICA,PODENDO ACONTECER UMA EXPLOSÃO DO
RECIPIENTE,DEVE-SE MISTURAR DA SEGUINTE MANEIRA ;
19
Preparação da Resina Polylite 10-316.
20. • Realizar a preparação da peça onde será aplicado o revestimento , com a retirada de impurezas e
gorduras.
• Passar um pano úmido com solvente Thinner.
• Aplicar no máximo três camadas subsequentes, após a secagem do revestimento , a temperatura
ambiente e a temperatura do local aplicado estiver sensível ao tato , pode-se continuar com a
aplicação.
• ESTE TIPO DE RESINA NÃO DEVE SER UTILIZADA EM LOCAL COM REAÇÃO QUIMICA..
20
Aplicação da Polilyte 10-316.
21. • Para a fabricação de peças em moldes abertos(madeira , pvc , metal) , primeiro deve-de preparar o
molde onde será realizado o molde da peça da seguinte maneira.
• Realizar a limpeza do molde.
• Aplicar quantas de mão forem necessário de cera desmoldante
• Após a secagem da cera desmoldante , aplicar uma de mão de resina Polylite 10-316 ou resina
Derakene, com a adição de Talco industrual para obter um melhor acabamento na peça , à qual
será laminada.
• Após a cura da aplicação desta resina com talco industrial , pode-se então começar a aplicação da
laminação da fibra de vidro.,
• Realizar a aplicação da mesma forma de três em três camadas até chegar a espessura necessária.
• Para a realização do acabamento deve-se lixar toda a peça , com uma lixa grão 60.
• Após realizar o lixamento completo da peça , aplicar uma de mão de massa plástica para reparar
onde for necessário.
• Após realizado este processo e a peça estiver com o acabamento necessário , pode-se realizar a
pintura da mesma.
21
Fabricações em peças com molde aberto
23. • Para a aplicação em locais com extremo ataque químico e reação , tais como caixa ,pás, e fundos
do kullman(110RR01 E 110AA01) , é necessário a colocação de uma carga mineral juntamente da
resina Derakene-470 , ex:pó ebonite.
• Para a preparação para a utilização neste caso primeiramente coloca-se a resina na quantidade de
aplicação conforme item 4.2.
• ATENÇÃO:NESTE CASO ANTES DE REALIZAR A COLOCAÇÃO DO COBALTO E DO
CATALIZADOR COLOCA-SE A CARGA MINERAL(PÓ EBONITE) NA QUANTIDADE EM QUE A
CARGA MINERAL SE MISTURE COM A RESINA SEM QUE A RESINA FIQUE MUITO
CONSISTENTE PARA A APLICAÇÃO.
23
Aplicação para materiais em especial.
24. • As ferramentas necessárias para a aplicação , são ferramentas do tipo manual e ferramentas
elétricas , utilizar EPI , correto como máscara semi-facial para vapores orgânicos , óculos de
segurança , capacete , luvas látex ou luva nitrílicas .
• Ex.: Esmerilhadeira(para realizar a limpeza) , Urinol (para a preparação da resina) , rolo e pincel
para a aplicação.
• Ferramentas: Esmerilhadeira 4¹/²” , rolo de lã de carneiro , pincel 2”, urinol, solvente thinner , disco
de desbaste , resina Derakene-470 , acelerador cobalto ,catalizador para resina, Manta de fibra de
vidro , Tecido tipo Roving , Mascará semi- facial com filtro de vapores orgânicos , Luva látex , luva
nitrílica.
24
Ferramentas e Acessórios para a realização da
laminação:
25. • Para garantia de estabilidade e manutenção das propriedades, este produto deve ser armazenado
• em local coberto e seco, longe de fontes de calor e da exposição ao sol, em temperatura ambiente
de 25°C ou menor. A embalagem deve ser mantida fechada. A inobservância destas condições
poderá modificar as características originais do produto e a redução do tempo de vida útil.
25
Condições para armazenagem.