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Política Nacional de Resíduos Sólidos




                    Agora
                                     é lei
                       Novos desafios para
                       poder público,
                     empresas, catadores
                         e população

                   Marco histórico da gestão ambiental no Brasil, a lei
                   que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sóli-
                   dos lança uma visão moderna na luta contra um dos
                   maiores problemas do planeta: o lixo urbano. Tendo
                   como princípio a responsabilidade compartilhada en-
                   tre governo, empresas e população, a nova legislação
                   impulsiona o retorno dos produtos às indústrias após
                   o consumo e obriga o poder público a realizar planos
                   para o gerenciamento do lixo. Entre as novidades, a
                   lei consagra o viés social da reciclagem, com partici-
                   pação formal dos catadores organizados em coope-
                   rativas. Promulgada no dia 2 de agosto de 2010, após
                   amplo debate com governo, universidades, setor
                   produtivo e entidades civis, a Política Nacional pro-
                   moverá mudanças no cenário dos resíduos.
Poder público   “O poder público, o setor empresarial e a coletividade são                                                         “No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
                responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar                                                    produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana (...)
                a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos (...)”                                                      adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e
                (Cap. III, Seção I, art. 25)                                                                                       recicláveis (...), estabelecer sistema de coleta seletiva, (...) dar disposição
                                                                                                                                   final ambientalmente adequada aos rejeitos (...)”. (Cap. III, Seção II, art. 33)

                             Mais coleta seletiva
                              e menos lixões                                                                                         As providências tomadas pelos municípios fazem parte de um
                                                                                                                                   novo conceito: o gerenciamento integrado do lixo, que envolve
                                                                                                                                   diferentes soluções, como a reciclagem e a disposição dos rejeitos
                                                                                                                                                                                                                   Número de municípios
                                                                                                                                                                                                                   que fazem coleta seletiva
                                                                                                                                   em aterros que seguem critérios ambientais.                                                                               443
                                                                                                                                                                                                                                                   405
                                                                                                                                     Pela nova lei, os governos municipais e estaduais têm prazo
                                                                                                                                   de dois anos para elaborar um plano de resíduos sólidos, com




                                                                                                                                                                                                                 n° de municípios
                                                                                                                                   diagnóstico da situação lixo e metas para redução e reciclagem,
                                                                                                                                   além de dar um fim aos lixões e buscar soluções consorciadas com
                                                                                                                                   outros municípios. Devem também identificar os principais gera-
                                                                                                                                   dores de resíduos, calcular melhor os custos e criar indicadores                                 81
                                                                                                                                   para medir o desempenho do serviço público nesse campo.
                                                                                                                                                                                                                                    1994       2008         2010
                                                                                                                                     A existência desse plano, que será simplificado nas cidades com
                                                                                                                                   menos de 20 mil habitantes, é condição para o acesso a recursos
                                                                                                                                   da União. Terão prioridade às fontes financeiras do governo fede-               Destinação final do lixo
                                                                                                                                   ral os municípios que implantarem coleta seletiva com participa-
                                                                                                                                   ção de cooperativas de catadores.
                                                                                                                                                                                                                   13%
                                                                                                                                                                                                                   Compostagem
                                                                                                                                                                                                                   ou reciclagem
                                                                                                                                     No caso do governo federal, a lei obriga a elaboração de um
                                                                                                                                   plano nacional com horizonte de duas décadas, atualizado a cada
                                                                                                                                   quatro anos, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente.
                                                                                                                                   O trabalho, previsto para ser executado a partir da mobilização e
                                                                                                                                   participação popular em audiências públicas, inclui metas para
                                                                                                                                   melhorar o cenário dos resíduos no país, normas para acesso a                    87%
                   A partir de agora os municípios são obrigados a tratar os resíduos                                              recursos federais e meios de fiscalização.                                      Aterros ou lixões           Fonte: Cempre, 2010
                  de forma mais criteriosa e responsável. E o cidadão deve estar atento
                        ao que diz a nova lei para cobrar medidas dos governantes


                D     e acordo com a Constituição Federal, cabe ao
                      poder público municipal o trabalho de zelar
                                                                            A lei passa a exigir a colocação dos rejeitos em
                                                                          aterros que seguem normas ambientais, sendo proi-
                                                                                                                                                                     O que muda com a lei
                pela limpeza urbana e pela coleta e destinação            bida a catação, a criação de animais e a instalação de
                final do lixo. Com a lei da Política Nacional de Re-      moradias nessas áreas.                                   Antes                                                            Depois
                síduos Sólidos, a tarefa das prefeituras ganha uma
                base mais sólida com princípios e diretrizes, dentro        As prefeituras devem implantar a coleta sele-           •	Falta de prioridade para o lixo urbano                            •	Municípios farão plano de metas sobre
                de um conjunto de responsabilidades que tem o             tiva de lixo reciclável nas residências, além de                                                                                resíduos com participação dos catadores
                potencial de mudar o panorama do lixo no Brasil.          sistemas de compostagem para resíduos orgâ-               •	Existência de lixões na maioria dos
                                                                                                                                      municípios                                                        •	Os lixões precisam ser erradicados em 4 anos
                                                                          nicos, como restos de alimentos – o que reduz
                  A cena comum no Brasil dos lixões a céu aberto fre-     a quantidade levada para os aterros, com be-                                                                                  •	Prefeituras passam a fazer a compostagem
                quentado por urubus, com riscos ao meio ambiente          nefícios ambientais e econômicos. A utilização            •	Resíduo orgânico sem aproveitamento
                e à saúde, está com os dias contados. Os municípios       do composto como adubo, por exemplo, será                                                                                     •	É obrigatório controlar custos e medir a
                têm hoje obrigação legal de erradicar essas áreas insa-   definida mediante articulação com setores so-             •	Coleta seletiva cara e ineficiente                                  qualidade do serviço
                lubres no prazo de quatro anos (até agosto de 2014).      ciais e empresariais.
Catadores   “São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: (...)              “(...) o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de
            integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas        resíduos sólidos priorizará a organização e o funcionamento de cooperativas
            ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo               ou de outras formas de associação de catadores (...) formadas por pessoas
            de vida dos produtos” (Cap. II, art. 6º, XII)                                físicas de baixa renda, bem como sua contratação” (Cap. III, art. 36, VI)




                                    Reciclagem com
                                                                                                  A lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos re-             O desafio agora é mobilizar os catadores e ca-
                                                                                                força o viés social da reciclagem com a participação          pacitar e aparelhar as cooperativas para exer-
                                                                                                dos catadores, organizados em cooperativas ou as-             cer esse importante papel, definido pela nova


                                     inclusão social
                                                                                                sociações – um modelo que está sendo exportado                lei. Ao fazer a separação dos resíduos, seguindo as
                                                                                                pelo Brasil para outros países em desenvolvimento.            especificações dos diferentes materiais, e prensá-
                                                                                                                                                              los para montar fardos, as cooperativas funcio-
                                                                                                   A parceria com essa força de trabalho de baixa ren-        nam como fontes para a máquina da reciclagem
                                                                                                da, que pode ser contratada pelos municípios sem li-          com suas várias engrenagens.
                                                                                                citação pública, passa a ser critério de prioridade para
                 Organizados em cooperativas, catadores têm o trabalho valorizado como          acesso a recursos da União. Hoje as cooperativas pro-           São elementos-chave para viabilizar, em parceria
                 agentes formais na gestão dos resíduos urbanos, com benefícios para a          cessam uma pequena parte do total de materiais en-            com as empresas, o retorno de embalagens e ou-
                                                                                                caminhados para reciclagem no Brasil. Com as diretri-         tros materiais à produção industrial após o consu-
                  geração de renda e para a qualidade dos materiais separados do lixo
                                                                                                zes da legislação, a tendência é esse quadro se inverter.     mo pela população.



                                                                                                Catadores em ascensão no País*
            A   força de trabalho que faz a separação dos
                materiais recicláveis atinge aproximadamente
            1 milhão de pessoas no Brasil, incluindo aqueles                                                                                                          800.000
                                                                                                                                                                                               1.000.000


            que percorrem as ruas das cidades para a coleta
            com suas carrocinhas.
                                                                                                                                                  500.000

              Essenciais para reciclagem, estão divididos
            em diferentes categorias, conforme o grau de                                                                      200.000
                                                                                                              150.000
            organização – desde pequenos núcleos que ope-
            ram sem condições de segurança ou higiene até
                                                                                                              1999                2001                 2004               2006                    2009
            grandes cooperativas com gestão de negócios,
            maquinário, veículos e controle da produção.                                                     * Autônomos e cooperativados                                            Fonte: Cempre, 2010



               Na base da pirâmide, situam-se os catadores
            autônomos e informais, sujeitos à exploração por
            atravessadores que revendem os materiais reciclá-
                                                                                                                          O que muda com a lei
            veis para sucateiros de maior porte ou para a indús-
            tria. No final dessa cadeia, o preço pode ser quatro                         Antes                                                                Depois
            vezes superior ao inicialmente pago aos carroceiros.
                                                                                         •	Exploração por atravessadores e riscos                              •	Catadores reduzem riscos à saúde e
              Apenas 10% dos catadores estão melhor organi-                                à saúde                                                               aumentam renda em cooperativas
            zados, sem a dependência dos intermediários. São
                                                                                                                                                               •	Cooperativas são contratadas pelos
            aqueles que trabalham em galpões de reciclagem,                              •	Informalidade
                                                                                                                                                                 municípios para coleta e reciclagem
            mais equipados e com melhor infraestrutura, prin-
            cipalmente sob a forma de cooperativas. Nesses                                                                                                     •	Aumenta a quantidade e melhora a qualidade
                                                                                         •	Problemas de qualidade e quantidade
            locais, unem forças para melhorar a qualidade,                                                                                                       da matéria prima reciclada
            aumentar a quantidade e agregar valores aos ma-
                                                                                           dos materiais
            teriais separados do lixo. Dessa maneira, conseguem                                                                                                •	Trabalhadores são treinados e capacitados
            preços mais atraentes no mercado e renda mais ele-                           •	Falta de qualificação e visão de mercado                              para ampliar produção
            vada, com ganhos sociais.
Empresas    “(...) os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm                                         “As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a
            responsabilidade que abrange (...) recolhimento dos produtos e dos                                             reutilização ou a reciclagem” (Cap. III, Seção II, art. 32)
            resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente
            destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos
            objeto de sistema de logística reversa (...)” (Cap. III, Seção II, Art. 31, IV)
                                                                                                                                  que vale em todo o país e dá segurança às empresas,      O setor produtivo deverá informar o consumidor
                                                                                                                                  a logística reversa avançará mais rapidamente.         sobre as formas de evitar, reciclar e eliminar resíduos,


                        Tudo se transforma
                                                                                                                                                                                         além de promover a logística reversa dos eletroele­
                                                                                                                                    Como resultado, a expectativa é de uma maior         trônicos e outras ações previstas no Artigo 33 da
                                                                                                                                  absorção dos materiais separados do lixo, com me-      nova legislação.
                                                                                                                                  nor pressão sobre os aterros sanitários e mais gera-
                                                                                                                                  ção de emprego e renda.                                   Nesse cenário surgem novos e importantes desa-
                                                                                                                                                                                         fios, como a maior conscientização dos consumi-
                                                                                                                                    Atualmente, 13% dos resíduos urbanos são re-         dores para o descarte adequado de computadores,
                                                                                                                                  ciclados. Mas o potencial para reciclagem é muito      celulares, eletrodomésticos e outros aparelhos, com
                                                                                                                                  maior. Recente estudo do Instituto de Pesquisa Eco-    apoio dos lojistas e fabricantes.
                                                                                                                                  nômica e Aplicada (Ipea), do governo federal, indi-
                                                                                                                                  ca que o país perde anualmente R$ 8 bilhões por
                                                                                                                                  enterrar materiais recicláveis que podem voltar à
                                                                                                                                  produção industrial. Além dos aspectos econômi-
                                                                                                                                  cos, a reciclagem economiza recursos naturais,
                                                                                                                                  como a água, além proporcionar o uso racional de            O crescimento da
                                                                                                                                  energia e menor emissão de gases do efeito estufa.          reciclagem no Brasil*
                                                                                                                                                                                                                                                               13
                                                                                                                                    A partir desses desafios ambientais, aliados às                                                                 12
                                                                                                                                                                                                                          11             11
                                                                                                                                                                                                                                 10
                                                                                                                                  questões sociais, a nova legislação aponta a respon-                             8
                                                                                                                                  sabilidade das empresas na fabricação de embala-                   5
                                                                                                                                                                                                            6
                                                                                                                                  gens e produtos mais facilmente recicláveis ou que          4

                                                                                                                                  gerem menos impactos ambientais. As medidas            %
                                                                                                                                  para reduzir resíduos começam desde o projeto dos
                                                                                                                                                                                              1999   2000   2001   2002   2003   2004    2005     2006       2008
                                                                                                                                  produtos e pemeiam todo o seu ciclo de vida, in-
                                                                                                                                  cluindo também o transporte e o descarte final.             * Porcentagem do lixo gerado no País              Fonte: Cempre, 2010


                 Avançam as ações de logística reversa, nas quais embalagens
           e produtos eletroeletrônicos são recolhidos após o consumo pela população
                    para o retorno como matéria prima à produção industrial
                                                                                                                                                          O que muda com a lei
            D    entro do conceito de responsabilidade com-
                 partilhada, a lei da Política Nacional de Resí­
                                                                   agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrifi-
                                                                   cantes, lâmpadas, embalagens em geral e produtos
            duos Sólidos estabelece as bases de uma prática
            que promete marcar a ação das empresas e a ges-
                                                                   eletroeletrônicos e seus componentes, a exemplo
                                                                   de geladeiras, televisores, celulares, computadores
                                                                                                                           Antes                                                         Depois
            tão do lixo no Brasil: a logística reversa. O termo    e impressoras.                                          •	Inexistência de lei nacional para nortear os                    •	Marco legal estimulará ações empresariais
            está cada vez mais presente no vocabulário da                                                                    investimentos das empresas
            reciclagem. Significa a recuperação de materiais          As medidas para o retorno dos produtos via re-                                                                         •	Novos instrumentos financeiros
            após o consumo, dando continuidade ao seu ci-          ciclagem serão implementadas progressivamente.          •	Falta de incentivos financeiros                                   impulsionarão a reciclagem
            clo de vida como insumo para a fabricação de           E serão criados mecanismos econômicos e financei-
            novos produtos.                                        ros com objetivo de incentivar a atividade e con-                                                                         •	Mais produtos retornarão à indústria após o
                                                                   tribuir para que a nova lei seja aplicada na prática.   •	Baixo retorno de produtos eletroeletrônicos                       uso pelo consumidor
              Tanto indústrias como lojas, supermercados,                                                                    pós-consumo
            distri­ uidores, importadores e comércio em geral
                  b                                                  São instrumentos que tornam o mercado da reci-                                                                          •	Reciclagem avançará e gerará mais negócios
            estão obrigados a implementar sistemas de lo-          clagem mais estável e vigoroso, atraindo novas tecno-   •	Desperdício econômico sem a reciclagem                            com impacto na geração de renda
            gística reversa – inicialmente para produtos como      logias e investimentos privados. Com o marco legal
População          “Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano
                   municipal (...), os consumidores são obrigados a (...) acondicionar
                   adequadamente e de forma diferenciada os resíduos (...) O poder
                   público municipal pode instituir incentivos econômicos aos
                   consumidores que participam (...)” (Cap. III, Seção II, art. 35)


                                Mudança de hábitos
                  Os consumidores precisam fazer a sua parte para que o lixo deixe de ser
                  um problema e induza novas atitudes que melhoram a vida nas cidades


                  S     eparar os resíduos gerados nas residências e no
                        ambiente de trabalho é uma rotina que se torna
                  comum nas cidades com o aumento da consciência
                  ambiental. Essa tarefa, quando realizada corretamen-
                  te, é decisiva para aumentar a quantidade e qualida-
                  de dos materiais recicláveis que retornam para as in-
                  dústrias – o que, por consequencia, eleva os ganhos
                  dos catadores e reduz ameaças à saúde e à natureza.

                     Para a nova lei sair do papel, um hábito importante
                  é a devolução dos produtos eletrônicos fora de uso,
                  com base nas informações prestadas pelas empresas.
                  Além disso, condomínios, escolas, associações, lojas e
                  empresas adotam cada vez mais as lixeiras diferencia-    do lixo comum para os aterros sanitários, mas – conforme in-
                  das por cores para receber materiais recicláveis.        dicação da nova le­­
                                                                                             gislação – a partir de agora as prefeituras de-
                                                                           verão transformar esses resíduos em adubo pela compostagem.
                     Nas residências, é importante a separação dos
                  materiais secos (plásticos, papéis, latas, vidros) dos     O papel do consumidor na responsabilidade compartilhada
                  úmidos (restos de comida e sujeiras contendo maté-       pelos resíduos urbanos inclui o exercício de seus direitos como
                  ria orgânica em geral). A parte seca é recolhida pelos   cidadão. Isso significa estar bem informado e reivindicar junto
                  catadores ou pelos serviços de coleta seletiva munici-   às autoridades o cumprimento da nova lei, garantindo entre
                  pal. A úmida é normalmente levada pelos caminhões        outros pontos a coleta seletiva assídua e abrangente.


                                           O que muda com a lei
       Antes                                                               Depois
            •	Não separação do lixo reciclável nas                          •	Consumidor fará separação mais criteriosa
              residências                                                     nas residências
                                                                            •	Campanhas educativas mobilizarão moradores
            •	Falta de informação                                           •	Coleta seletiva melhorará para recolher mais
            •	Falhas no atendimento da coleta municipal                       resíduos
                                                                            •	Cidadão exercerá seus direitos junto aos
            •	Pouca reivindicação junto às autoridades                        governantes


                                 “Política Nacional de Resíduos Sólidos - Agora é lei” é uma publicação do Compromisso Empresarial
                                 para Reciclagem (CEMPRE). Rua Bento de Andrade, 126, Jd. Paulista, São Paulo-SP - 04503-000.
                                 Tel.: (11) 3889-7806 / 8564 - www.cempre.org.br

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Política Nacional de Resíduos Sólidos

  • 1. Política Nacional de Resíduos Sólidos Agora é lei Novos desafios para poder público, empresas, catadores e população Marco histórico da gestão ambiental no Brasil, a lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sóli- dos lança uma visão moderna na luta contra um dos maiores problemas do planeta: o lixo urbano. Tendo como princípio a responsabilidade compartilhada en- tre governo, empresas e população, a nova legislação impulsiona o retorno dos produtos às indústrias após o consumo e obriga o poder público a realizar planos para o gerenciamento do lixo. Entre as novidades, a lei consagra o viés social da reciclagem, com partici- pação formal dos catadores organizados em coope- rativas. Promulgada no dia 2 de agosto de 2010, após amplo debate com governo, universidades, setor produtivo e entidades civis, a Política Nacional pro- moverá mudanças no cenário dos resíduos.
  • 2. Poder público “O poder público, o setor empresarial e a coletividade são “No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza urbana (...) a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos (...)” adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizáveis e (Cap. III, Seção I, art. 25) recicláveis (...), estabelecer sistema de coleta seletiva, (...) dar disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos (...)”. (Cap. III, Seção II, art. 33) Mais coleta seletiva e menos lixões As providências tomadas pelos municípios fazem parte de um novo conceito: o gerenciamento integrado do lixo, que envolve diferentes soluções, como a reciclagem e a disposição dos rejeitos Número de municípios que fazem coleta seletiva em aterros que seguem critérios ambientais. 443 405 Pela nova lei, os governos municipais e estaduais têm prazo de dois anos para elaborar um plano de resíduos sólidos, com n° de municípios diagnóstico da situação lixo e metas para redução e reciclagem, além de dar um fim aos lixões e buscar soluções consorciadas com outros municípios. Devem também identificar os principais gera- dores de resíduos, calcular melhor os custos e criar indicadores 81 para medir o desempenho do serviço público nesse campo. 1994 2008 2010 A existência desse plano, que será simplificado nas cidades com menos de 20 mil habitantes, é condição para o acesso a recursos da União. Terão prioridade às fontes financeiras do governo fede- Destinação final do lixo ral os municípios que implantarem coleta seletiva com participa- ção de cooperativas de catadores. 13% Compostagem ou reciclagem No caso do governo federal, a lei obriga a elaboração de um plano nacional com horizonte de duas décadas, atualizado a cada quatro anos, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente. O trabalho, previsto para ser executado a partir da mobilização e participação popular em audiências públicas, inclui metas para melhorar o cenário dos resíduos no país, normas para acesso a 87% A partir de agora os municípios são obrigados a tratar os resíduos recursos federais e meios de fiscalização. Aterros ou lixões Fonte: Cempre, 2010 de forma mais criteriosa e responsável. E o cidadão deve estar atento ao que diz a nova lei para cobrar medidas dos governantes D e acordo com a Constituição Federal, cabe ao poder público municipal o trabalho de zelar A lei passa a exigir a colocação dos rejeitos em aterros que seguem normas ambientais, sendo proi- O que muda com a lei pela limpeza urbana e pela coleta e destinação bida a catação, a criação de animais e a instalação de final do lixo. Com a lei da Política Nacional de Re- moradias nessas áreas. Antes Depois síduos Sólidos, a tarefa das prefeituras ganha uma base mais sólida com princípios e diretrizes, dentro As prefeituras devem implantar a coleta sele- • Falta de prioridade para o lixo urbano • Municípios farão plano de metas sobre de um conjunto de responsabilidades que tem o tiva de lixo reciclável nas residências, além de resíduos com participação dos catadores potencial de mudar o panorama do lixo no Brasil. sistemas de compostagem para resíduos orgâ- • Existência de lixões na maioria dos municípios • Os lixões precisam ser erradicados em 4 anos nicos, como restos de alimentos – o que reduz A cena comum no Brasil dos lixões a céu aberto fre- a quantidade levada para os aterros, com be- • Prefeituras passam a fazer a compostagem quentado por urubus, com riscos ao meio ambiente nefícios ambientais e econômicos. A utilização • Resíduo orgânico sem aproveitamento e à saúde, está com os dias contados. Os municípios do composto como adubo, por exemplo, será • É obrigatório controlar custos e medir a têm hoje obrigação legal de erradicar essas áreas insa- definida mediante articulação com setores so- • Coleta seletiva cara e ineficiente qualidade do serviço lubres no prazo de quatro anos (até agosto de 2014). ciais e empresariais.
  • 3. Catadores “São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos: (...) “(...) o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas resíduos sólidos priorizará a organização e o funcionamento de cooperativas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo ou de outras formas de associação de catadores (...) formadas por pessoas de vida dos produtos” (Cap. II, art. 6º, XII) físicas de baixa renda, bem como sua contratação” (Cap. III, art. 36, VI) Reciclagem com A lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos re- O desafio agora é mobilizar os catadores e ca- força o viés social da reciclagem com a participação pacitar e aparelhar as cooperativas para exer- dos catadores, organizados em cooperativas ou as- cer esse importante papel, definido pela nova inclusão social sociações – um modelo que está sendo exportado lei. Ao fazer a separação dos resíduos, seguindo as pelo Brasil para outros países em desenvolvimento. especificações dos diferentes materiais, e prensá- los para montar fardos, as cooperativas funcio- A parceria com essa força de trabalho de baixa ren- nam como fontes para a máquina da reciclagem da, que pode ser contratada pelos municípios sem li- com suas várias engrenagens. citação pública, passa a ser critério de prioridade para Organizados em cooperativas, catadores têm o trabalho valorizado como acesso a recursos da União. Hoje as cooperativas pro- São elementos-chave para viabilizar, em parceria agentes formais na gestão dos resíduos urbanos, com benefícios para a cessam uma pequena parte do total de materiais en- com as empresas, o retorno de embalagens e ou- caminhados para reciclagem no Brasil. Com as diretri- tros materiais à produção industrial após o consu- geração de renda e para a qualidade dos materiais separados do lixo zes da legislação, a tendência é esse quadro se inverter. mo pela população. Catadores em ascensão no País* A força de trabalho que faz a separação dos materiais recicláveis atinge aproximadamente 1 milhão de pessoas no Brasil, incluindo aqueles 800.000 1.000.000 que percorrem as ruas das cidades para a coleta com suas carrocinhas. 500.000 Essenciais para reciclagem, estão divididos em diferentes categorias, conforme o grau de 200.000 150.000 organização – desde pequenos núcleos que ope- ram sem condições de segurança ou higiene até 1999 2001 2004 2006 2009 grandes cooperativas com gestão de negócios, maquinário, veículos e controle da produção. * Autônomos e cooperativados Fonte: Cempre, 2010 Na base da pirâmide, situam-se os catadores autônomos e informais, sujeitos à exploração por atravessadores que revendem os materiais reciclá- O que muda com a lei veis para sucateiros de maior porte ou para a indús- tria. No final dessa cadeia, o preço pode ser quatro Antes Depois vezes superior ao inicialmente pago aos carroceiros. • Exploração por atravessadores e riscos • Catadores reduzem riscos à saúde e Apenas 10% dos catadores estão melhor organi- à saúde aumentam renda em cooperativas zados, sem a dependência dos intermediários. São • Cooperativas são contratadas pelos aqueles que trabalham em galpões de reciclagem, • Informalidade municípios para coleta e reciclagem mais equipados e com melhor infraestrutura, prin- cipalmente sob a forma de cooperativas. Nesses • Aumenta a quantidade e melhora a qualidade • Problemas de qualidade e quantidade locais, unem forças para melhorar a qualidade, da matéria prima reciclada aumentar a quantidade e agregar valores aos ma- dos materiais teriais separados do lixo. Dessa maneira, conseguem • Trabalhadores são treinados e capacitados preços mais atraentes no mercado e renda mais ele- • Falta de qualificação e visão de mercado para ampliar produção vada, com ganhos sociais.
  • 4. Empresas “(...) os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes têm “As embalagens devem ser fabricadas com materiais que propiciem a responsabilidade que abrange (...) recolhimento dos produtos e dos reutilização ou a reciclagem” (Cap. III, Seção II, art. 32) resíduos remanescentes após o uso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversa (...)” (Cap. III, Seção II, Art. 31, IV) que vale em todo o país e dá segurança às empresas, O setor produtivo deverá informar o consumidor a logística reversa avançará mais rapidamente. sobre as formas de evitar, reciclar e eliminar resíduos, Tudo se transforma além de promover a logística reversa dos eletroele­ Como resultado, a expectativa é de uma maior trônicos e outras ações previstas no Artigo 33 da absorção dos materiais separados do lixo, com me- nova legislação. nor pressão sobre os aterros sanitários e mais gera- ção de emprego e renda. Nesse cenário surgem novos e importantes desa- fios, como a maior conscientização dos consumi- Atualmente, 13% dos resíduos urbanos são re- dores para o descarte adequado de computadores, ciclados. Mas o potencial para reciclagem é muito celulares, eletrodomésticos e outros aparelhos, com maior. Recente estudo do Instituto de Pesquisa Eco- apoio dos lojistas e fabricantes. nômica e Aplicada (Ipea), do governo federal, indi- ca que o país perde anualmente R$ 8 bilhões por enterrar materiais recicláveis que podem voltar à produção industrial. Além dos aspectos econômi- cos, a reciclagem economiza recursos naturais, como a água, além proporcionar o uso racional de O crescimento da energia e menor emissão de gases do efeito estufa. reciclagem no Brasil* 13 A partir desses desafios ambientais, aliados às 12 11 11 10 questões sociais, a nova legislação aponta a respon- 8 sabilidade das empresas na fabricação de embala- 5 6 gens e produtos mais facilmente recicláveis ou que 4 gerem menos impactos ambientais. As medidas % para reduzir resíduos começam desde o projeto dos 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2008 produtos e pemeiam todo o seu ciclo de vida, in- cluindo também o transporte e o descarte final. * Porcentagem do lixo gerado no País Fonte: Cempre, 2010 Avançam as ações de logística reversa, nas quais embalagens e produtos eletroeletrônicos são recolhidos após o consumo pela população para o retorno como matéria prima à produção industrial O que muda com a lei D entro do conceito de responsabilidade com- partilhada, a lei da Política Nacional de Resí­ agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrifi- cantes, lâmpadas, embalagens em geral e produtos duos Sólidos estabelece as bases de uma prática que promete marcar a ação das empresas e a ges- eletroeletrônicos e seus componentes, a exemplo de geladeiras, televisores, celulares, computadores Antes Depois tão do lixo no Brasil: a logística reversa. O termo e impressoras. • Inexistência de lei nacional para nortear os • Marco legal estimulará ações empresariais está cada vez mais presente no vocabulário da investimentos das empresas reciclagem. Significa a recuperação de materiais As medidas para o retorno dos produtos via re- • Novos instrumentos financeiros após o consumo, dando continuidade ao seu ci- ciclagem serão implementadas progressivamente. • Falta de incentivos financeiros impulsionarão a reciclagem clo de vida como insumo para a fabricação de E serão criados mecanismos econômicos e financei- novos produtos. ros com objetivo de incentivar a atividade e con- • Mais produtos retornarão à indústria após o tribuir para que a nova lei seja aplicada na prática. • Baixo retorno de produtos eletroeletrônicos uso pelo consumidor Tanto indústrias como lojas, supermercados, pós-consumo distri­ uidores, importadores e comércio em geral b São instrumentos que tornam o mercado da reci- • Reciclagem avançará e gerará mais negócios estão obrigados a implementar sistemas de lo- clagem mais estável e vigoroso, atraindo novas tecno- • Desperdício econômico sem a reciclagem com impacto na geração de renda gística reversa – inicialmente para produtos como logias e investimentos privados. Com o marco legal
  • 5. População “Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano municipal (...), os consumidores são obrigados a (...) acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos (...) O poder público municipal pode instituir incentivos econômicos aos consumidores que participam (...)” (Cap. III, Seção II, art. 35) Mudança de hábitos Os consumidores precisam fazer a sua parte para que o lixo deixe de ser um problema e induza novas atitudes que melhoram a vida nas cidades S eparar os resíduos gerados nas residências e no ambiente de trabalho é uma rotina que se torna comum nas cidades com o aumento da consciência ambiental. Essa tarefa, quando realizada corretamen- te, é decisiva para aumentar a quantidade e qualida- de dos materiais recicláveis que retornam para as in- dústrias – o que, por consequencia, eleva os ganhos dos catadores e reduz ameaças à saúde e à natureza. Para a nova lei sair do papel, um hábito importante é a devolução dos produtos eletrônicos fora de uso, com base nas informações prestadas pelas empresas. Além disso, condomínios, escolas, associações, lojas e empresas adotam cada vez mais as lixeiras diferencia- do lixo comum para os aterros sanitários, mas – conforme in- das por cores para receber materiais recicláveis. dicação da nova le­­ gislação – a partir de agora as prefeituras de- verão transformar esses resíduos em adubo pela compostagem. Nas residências, é importante a separação dos materiais secos (plásticos, papéis, latas, vidros) dos O papel do consumidor na responsabilidade compartilhada úmidos (restos de comida e sujeiras contendo maté- pelos resíduos urbanos inclui o exercício de seus direitos como ria orgânica em geral). A parte seca é recolhida pelos cidadão. Isso significa estar bem informado e reivindicar junto catadores ou pelos serviços de coleta seletiva munici- às autoridades o cumprimento da nova lei, garantindo entre pal. A úmida é normalmente levada pelos caminhões outros pontos a coleta seletiva assídua e abrangente. O que muda com a lei Antes Depois • Não separação do lixo reciclável nas • Consumidor fará separação mais criteriosa residências nas residências • Campanhas educativas mobilizarão moradores • Falta de informação • Coleta seletiva melhorará para recolher mais • Falhas no atendimento da coleta municipal resíduos • Cidadão exercerá seus direitos junto aos • Pouca reivindicação junto às autoridades governantes “Política Nacional de Resíduos Sólidos - Agora é lei” é uma publicação do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE). Rua Bento de Andrade, 126, Jd. Paulista, São Paulo-SP - 04503-000. Tel.: (11) 3889-7806 / 8564 - www.cempre.org.br