Este documento descreve as características temáticas e estilísticas da poesia de Fernando Pessoa como ortônimo. A poesia explora temas como a identidade perdida, a consciência do absurdo da existência, e a tensão entre pensamento e emoção. Estilisticamente, a poesia se caracteriza pela simplicidade formal, sensibilidade musical, e economia de meios.
O poema descreve um encontro entre Ricardo Reis e Lídia à beira de um rio. Reis reflete sobre a fugacidade da vida e do amor diante da certeza da morte, levando-o a uma atitude de indiferença estoica. No final, antevê a própria morte e a de Lídia, encontrando na lembrança pacífica dela após a morte um consolo para o sofrimento causado pela brevidade da vida.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºE (Escola Básica 2,3/ de Vale de Cambra 2009/2010), a propósito do estudo de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa.
O documento descreve o heterónimo Álvaro de Campos criado por Fernando Pessoa, incluindo sua biografia fictícia, as diferentes fases da sua escrita caracterizadas por sentimentos como tédio, revolta e desejo de morte, e traços estilísticos como enumerações e repetições. É analisado o poema "Lisbon Revisited" que expressa solidão, nostalgia e certeza da morte.
Este documento fornece um resumo sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos. Apresenta brevemente Pessoa ortónimo e seus temas como fragmentação, angústia existencial e nostalgia. Também descreve sumariamente os principais heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos e suas respectivas visões do mundo.
O poema descreve o encontro de Ricardo Reis e Lídia à beira do rio. Reis defende uma filosofia epicurista de fruição do momento presente, mas reconhece que a vida é fugaz e a morte inevitável. Propõe, então, uma atitude passiva de aceitação do destino em vez de paixões intensas, para evitar o sofrimento face à brevidade da vida.
Este documento resume as características e ideias fundamentais da poesia de Alberto Caeiro, o heterónimo de Fernando Pessoa. Caeiro pregava um objetivismo, sensacionismo e panteísmo naturalista, vendo o mundo de forma simples e sem necessidade de explicações metafísicas. Sua poesia celebrava a beleza da natureza e o ato de viver no presente.
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
O documento descreve as características temáticas e estilísticas da obra do poeta português Álvaro de Campos. Tematicamente, explora o decadentismo, futurismo e sensacionismo, abordando temas como tédio, busca de sensações, evasão e pessimismo. Estilisticamente, utiliza versos livres longos, figuras de som e de linguagem ousadas, mistura de níveis de linguagem e estrutura não aristotélica.
O poema descreve um encontro entre Ricardo Reis e Lídia à beira de um rio. Reis reflete sobre a fugacidade da vida e do amor diante da certeza da morte, levando-o a uma atitude de indiferença estoica. No final, antevê a própria morte e a de Lídia, encontrando na lembrança pacífica dela após a morte um consolo para o sofrimento causado pela brevidade da vida.
O documento fornece informações sobre o heterónimo Alberto Caeiro de Fernando Pessoa. Apresenta sua biografia, características poéticas, filosofia anti-metafísica e objetivista e ideias fundamentais como a importância das sensações e a harmonia com a natureza.
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºE (Escola Básica 2,3/ de Vale de Cambra 2009/2010), a propósito do estudo de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa.
O documento descreve o heterónimo Álvaro de Campos criado por Fernando Pessoa, incluindo sua biografia fictícia, as diferentes fases da sua escrita caracterizadas por sentimentos como tédio, revolta e desejo de morte, e traços estilísticos como enumerações e repetições. É analisado o poema "Lisbon Revisited" que expressa solidão, nostalgia e certeza da morte.
Este documento fornece um resumo sobre Fernando Pessoa e seus heterônimos. Apresenta brevemente Pessoa ortónimo e seus temas como fragmentação, angústia existencial e nostalgia. Também descreve sumariamente os principais heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos e suas respectivas visões do mundo.
O poema descreve o encontro de Ricardo Reis e Lídia à beira do rio. Reis defende uma filosofia epicurista de fruição do momento presente, mas reconhece que a vida é fugaz e a morte inevitável. Propõe, então, uma atitude passiva de aceitação do destino em vez de paixões intensas, para evitar o sofrimento face à brevidade da vida.
Este documento resume as características e ideias fundamentais da poesia de Alberto Caeiro, o heterónimo de Fernando Pessoa. Caeiro pregava um objetivismo, sensacionismo e panteísmo naturalista, vendo o mundo de forma simples e sem necessidade de explicações metafísicas. Sua poesia celebrava a beleza da natureza e o ato de viver no presente.
Características Poéticas de Álvaro de CamposDina Baptista
O documento descreve as características temáticas e estilísticas da obra do poeta português Álvaro de Campos. Tematicamente, explora o decadentismo, futurismo e sensacionismo, abordando temas como tédio, busca de sensações, evasão e pessimismo. Estilisticamente, utiliza versos livres longos, figuras de som e de linguagem ousadas, mistura de níveis de linguagem e estrutura não aristotélica.
Este documento fornece informações biográficas e características estilísticas sobre o poeta português Alberto Caeiro. Apresenta detalhes sobre sua vida, como ter nascido órfão em Lisboa e ter se mudado para o campo, e sobre suas características físicas. Também descreve traços linguísticos e estruturais de sua poesia, como o uso de versos livres e ausência de rima, assim como suas visões filosóficas incentivando viver no presente e identificar-se com a natureza.
Este documento resume as principais temáticas e características formais associadas aos heterónimos e ao ortónimo de Fernando Pessoa, incluindo a recusa do pensamento metafísico por Caeiro, o estoicismo de Reis e o sensacionismo de Campos na sua fase inicial.
O documento descreve o Modernismo português no início do século XX. As vanguardas européias antecederam e originaram o Modernismo literário em Portugal, caracterizado por uma atitude irreverente e reação contra o passado. O principal poeta modernista foi Fernando Pessoa, que criou heterônimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Caeiro valorizava a simplicidade e a visão não filosófica da natureza.
Este poema descreve uma ceifeira cantando enquanto trabalha e a reação do poeta à sua canção. A canção da ceifeira é alegre mas o poeta vê a triste realidade por detrás da sua inconsciência. Ele apela à ceifeira para continuar cantando e pede aos elementos da natureza que o transformem para que possa ter a mesma alegria inconsciente.
Resumos de Português: Fernando Pessoa OrtónimoRaffaella Ergün
O documento discute a obra do poeta Fernando Pessoa, descrevendo sua poesia como expressão da insatisfação humana, limitações e desejo de transcendência. Pessoa usava técnicas como a heteronímia e o fingimento artístico para intelectualizar sentimentos e dramatizar diferentes personalidades, visando entender melhor a condição humana. Sua poesia mistura tradição e modernismo, sendo marcada por temas como tédio, solidão e busca por evasão através do sonho.
Álvaro de Campos passou por três fases literárias distintas: inicialmente decadentista e à procura de novas sensações através do ópio, depois futurista exaltando a máquina e o progresso moderno, e finalmente pessimista e introspetivo questionando o sentido da vida. A sua escrita é caracterizada por uma linguagem excessiva com abundância de exclamações e enumerações caóticas.
1. Fernando Pessoa era considerado o maior poeta simbolista português que explorava temas como a angústia existencial, a despersonalização e a fragmentação do eu através de heterónimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
2. Caeiro pregava a recusa do pensamento em favor das sensações e da comunhão com a natureza, Campos passou por fases decadentista, futurista sensacionista e abúlica, e Reis seguia o estoicismo e epicurismo cláss
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºD (Escola Básica 2,3/ de Vale de Cambra 2009/2010), a propósito do estudo de alguns poemas da 3ª fase literária de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa.
1) O documento discute a poesia de Antero de Quental e a Geração de 70, um movimento literário e intelectual português que criticou o nacionalismo e defendeu a modernização.
2) A poesia de Antero tinha uma função de promover a mudança social, substituindo Deus pelo povo.
3) Seus poemas variavam entre uma visão otimista e racional da sociedade e uma visão pessimista de desengano e angústia existencial.
Este documento fornece informações biográficas e estilísticas sobre o heterônimo de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos. Ele celebra a modernidade industrial e a força da máquina, expressando as sensações de forma caótica e explosiva em versos livres que misturam níveis de linguagem. Sua poesia transgressora rompe com a subjetividade lírica tradicional em busca de uma totalização das sensações do mundo moderno.
Este documento fornece informações sobre o poeta português Fernando Pessoa e seus heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Apresenta detalhes biográficos sobre cada um deles e descreve suas principais características temáticas e estilísticas, incluindo trechos de poemas representativos de cada heterônimo.
O documento descreve o surgimento do Modernismo entre o final do século XIX e a Primeira Guerra Mundial, como uma reação contra os valores estabelecidos da época. Apresenta os principais movimentos do Modernismo como o Futurismo, Cubismo, Intersecionismo, Sensacionismo, Paulismo e Abstracionismo. Destaca a importância da revista Orpheu e da geração de poetas por ela representada, incluindo Fernando Pessoa e seus heterônimos, para a introdução do Modernismo em Portugal.
A poesia de Fernando Pessoa como ortónimo aborda temas como a angústia existencial, a nostalgia e a fragmentação do eu. O fingimento poético é inerente à sua obra, visto que a composição resulta de uma intelectualização das emoções, fruto de uma construção mental através da imaginação. Poemas como "Autopsicografia" e "Isto" refletem esta ideia de que a arte poética surge de algo pensado, não sendo mero desabafo sentimental.
O documento apresenta quatro poemas de Fernando Pessoa que exploram a dor resultante do seu processo de racionalização permanente. Nos poemas, o sujeito lírico expressa a sua incapacidade de conciliar o sentir e o pensar, vivendo assim em solidão e indefinição, sem conseguir experienciar a felicidade instintiva de outros seres.
Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoavestibular
Este documento resume a obra e o pensamento do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Caeiro pregava um paganismo e sensacionismo, rejeitando especulações metafísicas e valorizando a simplicidade da natureza. Sua poesia descreve o mundo de forma objetiva através das sensações, sem buscar significados ocultos nas coisas. Ele acreditava que pensar é errar, e que as coisas apenas existem, sem precisar de interpretações.
Análise do poema Nao sei quantas almas tenhoRicardo Santos
O poema "Não sei quantas almas tenho", de Fernando Pessoa, retrata o sujeito lírico questionando sua própria identidade. Ele sente que muda constantemente e não consegue se reconhecer, como se tivesse múltiplas "almas" dentro de si. Ao longo do poema, o sujeito explora essa sensação de despersonalização e estranhamento em relação a si mesmo.
O documento descreve a vida e obra do heterónimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Apresenta-se como um simples guardador de rebanhos que vê o mundo de forma objetiva e natural, sem pensar sobre ele. A sua poesia foca-se nas sensações em detrimento do pensamento, que vê como prejudicial. Caeiro é descrito como o mestre dos outros heterónimos e o poeta da natureza, que rejeita filosofias e doutrinas em favor de uma visão pagã e sensacionista da realidade.
Bernardo Soares era um guarda-livros em Lisboa que escrevia fragmentos poéticos durante os intervalos de trabalho. Fernando Pessoa e Bernardo Soares compartilhavam semelhanças biográficas e Pessoa via Soares como um semi-heterônimo. O Livro do Desassossego de Soares descreve reflexões sobre a vida na Baixa de Lisboa através de uma prosa fragmentada.
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
O poema de Ricardo Reis revela um estilo neoclássico rigoroso com precisão verbal e uso de formas como odes e métricas da Antiguidade. Seu neoclassicismo aborda temas greco-latinos e conceitos pagãos, fazendo os poemas recuarem à Grécia Clássica. Reis aceita o neopaganismo e a brevidade da vida, vendo os deuses como ideal humano e o destino como acima deles.
O documento fornece um resumo das principais características temáticas e estilísticas da poesia de Fernando Pessoa Ortónimo. A poesia aborda temas como a angústia existencial, a solidão, o tédio e a dor de viver, e explora oposições como pensar vs sentir. Estilisticamente, utiliza figuras de som como aliterações, e figuras de sentido como metáforas. Busca superar os estados negativos através da evocação da infância e do ocultismo.
O documento descreve as características e estilos poéticos dos principais heterônimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Caeiro é retratado como um poeta da natureza que valoriza os sentidos acima do pensamento. Reis adota uma postura estoica e cética sobre a vida e a morte. Campos passa por diferentes fases poéticas, desde o decadentismo até o futurismo e o intimismo.
Este documento fornece informações biográficas e características estilísticas sobre o poeta português Alberto Caeiro. Apresenta detalhes sobre sua vida, como ter nascido órfão em Lisboa e ter se mudado para o campo, e sobre suas características físicas. Também descreve traços linguísticos e estruturais de sua poesia, como o uso de versos livres e ausência de rima, assim como suas visões filosóficas incentivando viver no presente e identificar-se com a natureza.
Este documento resume as principais temáticas e características formais associadas aos heterónimos e ao ortónimo de Fernando Pessoa, incluindo a recusa do pensamento metafísico por Caeiro, o estoicismo de Reis e o sensacionismo de Campos na sua fase inicial.
O documento descreve o Modernismo português no início do século XX. As vanguardas européias antecederam e originaram o Modernismo literário em Portugal, caracterizado por uma atitude irreverente e reação contra o passado. O principal poeta modernista foi Fernando Pessoa, que criou heterônimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Caeiro valorizava a simplicidade e a visão não filosófica da natureza.
Este poema descreve uma ceifeira cantando enquanto trabalha e a reação do poeta à sua canção. A canção da ceifeira é alegre mas o poeta vê a triste realidade por detrás da sua inconsciência. Ele apela à ceifeira para continuar cantando e pede aos elementos da natureza que o transformem para que possa ter a mesma alegria inconsciente.
Resumos de Português: Fernando Pessoa OrtónimoRaffaella Ergün
O documento discute a obra do poeta Fernando Pessoa, descrevendo sua poesia como expressão da insatisfação humana, limitações e desejo de transcendência. Pessoa usava técnicas como a heteronímia e o fingimento artístico para intelectualizar sentimentos e dramatizar diferentes personalidades, visando entender melhor a condição humana. Sua poesia mistura tradição e modernismo, sendo marcada por temas como tédio, solidão e busca por evasão através do sonho.
Álvaro de Campos passou por três fases literárias distintas: inicialmente decadentista e à procura de novas sensações através do ópio, depois futurista exaltando a máquina e o progresso moderno, e finalmente pessimista e introspetivo questionando o sentido da vida. A sua escrita é caracterizada por uma linguagem excessiva com abundância de exclamações e enumerações caóticas.
1. Fernando Pessoa era considerado o maior poeta simbolista português que explorava temas como a angústia existencial, a despersonalização e a fragmentação do eu através de heterónimos como Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
2. Caeiro pregava a recusa do pensamento em favor das sensações e da comunhão com a natureza, Campos passou por fases decadentista, futurista sensacionista e abúlica, e Reis seguia o estoicismo e epicurismo cláss
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Português 12ºD (Escola Básica 2,3/ de Vale de Cambra 2009/2010), a propósito do estudo de alguns poemas da 3ª fase literária de Álvaro de Campos - heterónimo de Fernando Pessoa.
1) O documento discute a poesia de Antero de Quental e a Geração de 70, um movimento literário e intelectual português que criticou o nacionalismo e defendeu a modernização.
2) A poesia de Antero tinha uma função de promover a mudança social, substituindo Deus pelo povo.
3) Seus poemas variavam entre uma visão otimista e racional da sociedade e uma visão pessimista de desengano e angústia existencial.
Este documento fornece informações biográficas e estilísticas sobre o heterônimo de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos. Ele celebra a modernidade industrial e a força da máquina, expressando as sensações de forma caótica e explosiva em versos livres que misturam níveis de linguagem. Sua poesia transgressora rompe com a subjetividade lírica tradicional em busca de uma totalização das sensações do mundo moderno.
Este documento fornece informações sobre o poeta português Fernando Pessoa e seus heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Apresenta detalhes biográficos sobre cada um deles e descreve suas principais características temáticas e estilísticas, incluindo trechos de poemas representativos de cada heterônimo.
O documento descreve o surgimento do Modernismo entre o final do século XIX e a Primeira Guerra Mundial, como uma reação contra os valores estabelecidos da época. Apresenta os principais movimentos do Modernismo como o Futurismo, Cubismo, Intersecionismo, Sensacionismo, Paulismo e Abstracionismo. Destaca a importância da revista Orpheu e da geração de poetas por ela representada, incluindo Fernando Pessoa e seus heterônimos, para a introdução do Modernismo em Portugal.
A poesia de Fernando Pessoa como ortónimo aborda temas como a angústia existencial, a nostalgia e a fragmentação do eu. O fingimento poético é inerente à sua obra, visto que a composição resulta de uma intelectualização das emoções, fruto de uma construção mental através da imaginação. Poemas como "Autopsicografia" e "Isto" refletem esta ideia de que a arte poética surge de algo pensado, não sendo mero desabafo sentimental.
O documento apresenta quatro poemas de Fernando Pessoa que exploram a dor resultante do seu processo de racionalização permanente. Nos poemas, o sujeito lírico expressa a sua incapacidade de conciliar o sentir e o pensar, vivendo assim em solidão e indefinição, sem conseguir experienciar a felicidade instintiva de outros seres.
Poemas Completos de Alberto Caeiro - Fernando Pessoavestibular
Este documento resume a obra e o pensamento do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Caeiro pregava um paganismo e sensacionismo, rejeitando especulações metafísicas e valorizando a simplicidade da natureza. Sua poesia descreve o mundo de forma objetiva através das sensações, sem buscar significados ocultos nas coisas. Ele acreditava que pensar é errar, e que as coisas apenas existem, sem precisar de interpretações.
Análise do poema Nao sei quantas almas tenhoRicardo Santos
O poema "Não sei quantas almas tenho", de Fernando Pessoa, retrata o sujeito lírico questionando sua própria identidade. Ele sente que muda constantemente e não consegue se reconhecer, como se tivesse múltiplas "almas" dentro de si. Ao longo do poema, o sujeito explora essa sensação de despersonalização e estranhamento em relação a si mesmo.
O documento descreve a vida e obra do heterónimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. Apresenta-se como um simples guardador de rebanhos que vê o mundo de forma objetiva e natural, sem pensar sobre ele. A sua poesia foca-se nas sensações em detrimento do pensamento, que vê como prejudicial. Caeiro é descrito como o mestre dos outros heterónimos e o poeta da natureza, que rejeita filosofias e doutrinas em favor de uma visão pagã e sensacionista da realidade.
Bernardo Soares era um guarda-livros em Lisboa que escrevia fragmentos poéticos durante os intervalos de trabalho. Fernando Pessoa e Bernardo Soares compartilhavam semelhanças biográficas e Pessoa via Soares como um semi-heterônimo. O Livro do Desassossego de Soares descreve reflexões sobre a vida na Baixa de Lisboa através de uma prosa fragmentada.
Ricardo Reis- Classicismo e Paganismo/NeopaganismoTelma Carvalho
O poema de Ricardo Reis revela um estilo neoclássico rigoroso com precisão verbal e uso de formas como odes e métricas da Antiguidade. Seu neoclassicismo aborda temas greco-latinos e conceitos pagãos, fazendo os poemas recuarem à Grécia Clássica. Reis aceita o neopaganismo e a brevidade da vida, vendo os deuses como ideal humano e o destino como acima deles.
O documento fornece um resumo das principais características temáticas e estilísticas da poesia de Fernando Pessoa Ortónimo. A poesia aborda temas como a angústia existencial, a solidão, o tédio e a dor de viver, e explora oposições como pensar vs sentir. Estilisticamente, utiliza figuras de som como aliterações, e figuras de sentido como metáforas. Busca superar os estados negativos através da evocação da infância e do ocultismo.
O documento descreve as características e estilos poéticos dos principais heterônimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Caeiro é retratado como um poeta da natureza que valoriza os sentidos acima do pensamento. Reis adota uma postura estoica e cética sobre a vida e a morte. Campos passa por diferentes fases poéticas, desde o decadentismo até o futurismo e o intimismo.
O documento descreve Fernando Pessoa e seus heterônimos Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Caeiro é apresentado como um poeta da natureza que valoriza os sentidos e recusa o pensamento, enquanto Reis é um poeta clássico e estoico que aceita o destino. Campos é o mais moderno e passa por diferentes fases como decadentismo e futurismo. Pessoa escreve sobre temas como a dor de pensar, a nostalgia da infância e a fragmentação do eu.
1. O documento analisa a poesia do autor Fernando Pessoa sob a perspectiva do seu heterónimo ortónimo. A poesia deste heterónimo é marcada por inquietações existenciais e uma negação da realidade sensível em favor do mundo inteligível.
2. Na poesia do ortónimo coexistem influências tradicionais e modernistas. Há poemas mais convencionais e outros com experimentações estilísticas modernistas como a intelectualização das emoções.
3. As principais temáticas incluem a perda de identidade,
1) O documento discute as vertentes tradicional e modernista presentes no ortónimo Fernando Pessoa e como ele explora dicotomias como sinceridade vs fingimento. 2) Descreve os principais heterónimos de Pessoa - Alberto Caeiro, um poeta sensacionista da natureza; Ricardo Reis, que prega a filosofia estoica e epicurista; e Álvaro de Campos, que busca totalizar as sensações. 3) Explica como cada heterónimo representa visões de mundo distintas que permitem a Pessoa expressar diversas perspectivas po
Pessoa ortónimo proposta para análise de poemas 14_15quintaldasletras
1) A poesia ortónima de Fernando Pessoa é caracterizada por temas como o fingimento poético, a dor de pensar associada à tensão entre consciência e inconsciência, e a transitoriedade da vida. 2) Outros temas incluem a nostalgia da infância, a tensão entre sonho e realidade, e a angústia existencial perante o absurdo da existência. 3) Pessoa procurava a felicidade através do pensamento, mas a inteligência só lhe trouxe a certeza de que "tudo é oculto", levando-
O documento discute a poesia de Fernando Pessoa, destacando: 1) a tensão entre sinceridade e fingimento poético; 2) a dor de intelectualizar os sentimentos levando à angústia existencial; 3) o Eu fragmentado expressando tédio e resignação diante da vida.
1) Fernando Pessoa defendia que a poesia resulta da intelectualização das emoções, sendo um produto intelectual e não diretamente da emoção. Isto significa que a criação poética envolve fingimento.
2) A "dor de pensar" refere-se à ideia de que o pensamento provoca sofrimento, impedindo a felicidade. Pessoa invejava aqueles que viviam de forma inconsciente e irracional.
3) Pessoa sentia nostalgia da infância, o único momento de felicidade plena segundo ele, devido à brevidade da vida
O documento discute três heterónimos de Fernando Pessoa:
1) Alberto Caeiro privilegia a percepção sensorial da natureza e rejeita o pensamento metafísico.
2) Álvaro de Campos celebra a modernidade e a tecnologia, mas depois cai no tédio existencial.
3) Todos sentem nostalgia da infância como tempo de felicidade perdida.
Álvaro de Campos foi um engenheiro português e heterônimo de Fernando Pessoa. Passou por diferentes fases poéticas marcadas pelo decadentismo, futurismo e pessimismo, exaltando temas como a modernidade, sensações e cansaço. Sua obra mais conhecida é a "Ode Triunfal".
Fernando Pessoa criou vários heterónimos como Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Bernardo Soares para explorar diferentes perspectivas sobre a existência e a identidade. Através destes heterónimos, Pessoa conduziu uma profunda reflexão sobre a relação entre verdade, existência e identidade de forma dramática, despersonalizando-se e assumindo diferentes personalidades literárias. Bernardo Soares é apresentado como o grau zero da heteronímia, sendo considerado uma "personalidade literária" ou "semi-heterón
Este documento fornece um resumo das características e temáticas principais da obra do poeta português Fernando Pessoa. Apresenta detalhes biográficos, discute seus temas recorrentes como a identidade perdida e a dor de existir, e analisa aspectos estilísticos como o verso curto e a linguagem nobre em suas poesias. Finalmente, lista algumas de suas principais obras.
Este documento descreve o estilo poético de Fernando Pessoa, fornecendo detalhes sobre suas características temáticas e estilísticas, assim como sobre as figuras de linguagem utilizadas. Apresenta também uma análise detalhada de seu poema "Autopsicografia", destacando como Pessoa intelectualizava suas emoções através da poesia e como fingia a dor para comunicá-la de forma mais eficaz aos leitores.
O documento apresenta uma análise da poesia de Fernando Pessoa através dos seus heterónimos - Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Apresenta as principais temáticas e características de cada heterónimo, desde o primado das sensações em Caeiro, à reflexão sobre mortalidade em Reis, até à exaltação da modernidade em Campos. Explora também os diferentes estilos, formas e recursos expressivos utilizados por cada um.
Monografia A eterna busca do Ideal em Florbela espanca Fernanda Pantoja
1. O documento é uma monografia sobre a busca do ideal na vida e obra da poetisa portuguesa Florbela Espanca.
2. A monografia aborda como Florbela sempre esteve em busca de um lugar ideal no mundo, na sua escrita poética e em seu amor, mas nunca encontrou o que procurava.
3. O trabalho analisa a influência do idealismo no trabalho de Florbela e como ela se via como uma "pária" que não pertencia ao mundo real.
Fernando Pessoa nasceu em 1888 em Lisboa. Suas obras exploram temas como a perda de identidade, o absurdo da existência humana e a recusa da realidade. Seus poemas se caracterizam por um estilo musical, uso de adjetivos expressivos e linguagem sóbria.
Este documento descreve os principais autores e características do Modernismo em Portugal no início do século XX. A primeira geração, conhecida como Geração Orpheu, incluiu Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e Almada Negreiros. Mário de Sá-Carneiro destacou-se por sua poesia pessimista e angustiada que refletia sua crise existencial, culminando em seu suicídio aos 26 anos. Fernando Pessoa criou vários heterônimos, incluindo o mestre bucólico Al
Este documento descreve os principais heterónimos de Fernando Pessoa: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Caeiro é apresentado como o "Mestre", poeta da natureza que sente sem pensar. Reis busca a serenidade através da filosofia estoica e epicurista. Campos passa por fases decadentista, futurista e intimista, sempre em busca de novas sensações.
O poema discute a relação entre sentimento e criação poética. O poeta argumenta que não finge ou mente, mas sim sente através da imaginação em vez de usar o coração. Ao escrever, ele se distancia da realidade para criar uma obra de arte que expressa algo mais belo do que o mundo real.
O poeta português Fernando Pessoa era introvertido e questionava os limites da realidade através de sua poesia. Embora seguisse modelos tradicionais portugueses, explorava temas como identidade perdida e tensão entre sinceridade e fingimento. Sua obra também se caracterizava por musicalidade, uso de símbolos e exploração de estados negativos como solidão e angústia.
Semelhante a Fernando pessoa ortónimos e heterónimos (20)
1. FERNANDO PESSOA ORTÓNIMO
Fernando Pessoa conta e chora a insatisfação da alma humana. A sua precaridade, a sua
limitação, a dor de pensar, a fome de se ultrapassar, a tristeza, a dor da alma humana que
se sente incapaz de construir e que, comparando as possibilidades miseráveis com a
ambição desmedida, desiste, adormece “num mar de sargaço” e dissipa a vida no tédio.
Os remédios para esse mal são o sonho, a evasão pela viagem, o refúgio na infância, a
crença num mundo ideal e oculto, situado no passado, a aventura do Sebastianismo
messiânico, o estoicismo de Ricardo Reis, etc.. Todos estes remédios são tentativas
frustradas porque o mal é a própria natureza humana e o tempo a sua condição fatal. É uma
poesia cheia de desesperos e de entusiasmos febris, de náusea, tédios e angústias
iluminados por uma inteligência lúcida – febre de absoluto e insatisfação do relativo.
A poesia está não na dor experimentada ou sentida mas no fingimento dela, apesar do poeta
partir da dor real “a dor que deveras sente”. Não há arte sem imaginação, sem que o real
seja imaginado de maneira a exprimir-se artisticamente e ser concretizado em arte. Esta
concretização opera na memória a dor inicial fazendo parecer a dor imaginada mais
autêntica do que a dor real. Podemos chegar à conclusão de que há 4 dores: a real (inicial), a
que o poeta imagina (finge), a dor real do leitor e a dor lida, ou seja, intelectualizada, que
provém da interpretação do leitor.
Características temáticas
Identidade perdida (“Quem me dirá sou?”) e incapacidade de autodefinição (“Gato
que brincas na rua (...)/ Todo o nada que és é teu./ Eu vejo-me e estou sem mim./
Conhece-me e não sou eu.”)
Consciência do absurdo da existência
Recusa da realidade, enquanto aparência (“Há entre mim e o real um véu/à própria
conceção impenetrável”)
Tensão sinceridade/fingimento, consciência/inconsciência
Oposição sentir/pensar, pensamento/vontade, esperança/desilusão
Anti sentimentalismo: intelectualização da emoção (“Eu simplesmente sinto/ Com a
imaginação./ Não uso o coração.” – Isto)
Estados negativos: egotismo, solidão, ceticismo, tédio, angústia, cansaço, náusea,
desespero
Inquietação metafísica, dor de viver
Neoplatonismo
Tentativa de superação da dor, do presente, através de:
evocação da infância, idade de ouro, onde a felicidade ficou perdida e onde não
existia o doloroso sentir: “Com que ânsia tão raiva/ Quero aquele outrora!” –
“Pobre velha música”
refúgio no sonho, na música e na noite
ocultismo (correspondência entre o visível e o invisível)
2. criação dos heterónimos (“Sê plural como o Universo!”)
Intuição de um destino coletivo e épico para o seu País (Mensagem)
Renovador de mitos
Parte de uma perceção da realidade exterior para uma atitude reflexiva
(constrói uma analogia entre as duas realidades transmitidas: a visão do mundo
exterior é fabricada em função do sentimento interior)
Reflexão sobre o problema do tempo como vivência e como fator de
fragmentação do “eu”
A vida é sentida como uma cadeia de instantes que uns aos outros se vão
sucedendo, sem qualquer relação entre eles, provocando no poeta o sentimento
da fragmentação e da falta de identidade
O presente é o único tempo por ele experimentado (em cada momento se é
diferente do que se foi)
O passado não existe numa relação de continuidade com o presente
Tem uma visão negativa e pessimista da existência; o futuro aumentará a sua
angústia porque é o resultado de sucessivos presentes carregados de negatividade
O sonho, a intersecção entre o sonho e a realidade (exemplo: Chuva oblíqua – “E os
navios passam por dentro dos troncos das árvores”);
A angustia existencial e a nostalgia da infância (exemplo: Pobre velha música –
“Recordo outro ouvir-te./Não sei se te ouvi/Nessa minha infância/Que me lembra
em ti.” ;
Distância entre o idealizado e o realizado – e a consequente frustração (“Tudo o
que faço ou medito”);
A máscara e o fingimento como elaboração mental dos conceitos que exprimem as
emoções ou o que quer comunicar (“Autopsicografia”, verso “O poeta é um fingidor”)
A intelectualização das emoções e dos sentimentos para a elaboração da arte
(exemplo: Não sei quantas almas tenho – “O que julguei que senti”)
Tradução dos sentimentos nas linguagem do leitor, pois o que se sente é
incomunicável.
Características estilísticas
A simplicidade formal; rimas externas e internas; redondilha maior (gosto pelo
popular) que dá uma ideia de simplicidade e espontaneidade
Grande sensibilidade musical:
eufonia – harmonia de sons
aliterações, encavalgamentos, transportes, rimas, ritmo
verso geralmente curto (2 a 7 sílabas)
predomínio da quadra e da quintilha
Adjetivação expressiva
Economia de meios:
Linguagem sóbria e nobre – equilíbrio clássico
Pontuação emotiva
Uso frequente de frases nominais.
Associações inesperadas [por vezes desvios sintáticos – enálage (“Pobre velha
música”)]
Comparações, metáforas originais, oximoros
Uso de símbolos
Reaproveitamento de símbolos tradicionais (água, rio, mar...)
3. Na poesia de Fernando Pessoa como ortónimo coexistem duas vertentes: a tradicional e a
modernista.
Alguns dos seus poemas seguem na continuidade do lirismo português outras iniciam o
processo de rutura, que se concretiza nos heterónimos ou nas experiências modernistas.
A poesia, a cujo conjunto Pessoa queria dar o título Cancioneiro, é marcada pelo
conflito entre o pensar e o sentir, ou entre a ambição da felicidade pura e a frustração que
a consciência de si implica (como por exemplo no poema Ela canta, pobre ceifeira nos versos
“O que em mim sente ‘stá pensando./Derrama no meu coração”).
Fernando Pessoa procura através da fragmentação do “eu” a totalidade que lhe
permita conciliar o pensar e o sentir. A fragmentação está evidente por exemplo, em Meu
coração é um pórtico partido, ou nos poemas intersecionistas Hora absurda , Chuva oblíqua
e Não sei quantas almas tenho (verso “Continuamente me estranho”). O interseccionismo
entre o material e o sonho, a realidade e a idealidade, surge como tentativa para encontrar
a unidade entre a experiência sensível e a inteligência.
A poesia do ortónimo revela a despersonalização do poeta fingidor que fala e que se
identifica com a própria criação poética, como impõe a modernidade. O poeta recorre à
ironia para pôr tudo em causa, inclusive a própria sinceridade que com o fingimento,
possibilita a construção da arte.
Sinceridade/fingimento
Intelectualização do sentir = fingimento poético, a única forma de criação artística
(Autopsicografia, Isto)
Despersonalização do poeta fingidor que fala e que se identifica com a própria criação
poética
Uso da ironia para pôr tudo em causa, inclusive a própria sinceridade
Crítica de sinceridade ou teoria do fingimento está bem patente na união de contrários
Mentira: linguagem ideal da alma, pois usamos as palavras para traduzir emoções e
pensamentos (incomunicável)
Consciência/inconsciência
Aumento da autoconsciência humana
Tédio, náusea, desencontro com os outros (tudo o que faço ou medito)
Tentativa de resposta a várias inquietações que perturbam o poeta
Sentir/pensar
4. Concilia o pensar e o sentir
Obsessão da análise, extrema lucidez, a dor de pensar (ceifeira)
Solidão interior, angústia existencial, melancolia
Inquietação perante o enigma indecifrável do mundo
Nega o que as suas perceções lhe transmitem - recusa o mundo sensível, privilegiando o
mundo inteligível
Fragmentação do eu, perda de identidade – sou muitos e não sou ninguém
interseccionismo entre o material e o sonho; a realidade e a idealidade; realidades psíquicas
e físicas; interiores e exteriores; sonhos e paisagens reais; espiritual e material; tempos e
espaços; horizontalidade e verticalidade.
O tempo e a degradação: o regresso à infância
Desencanto e angústia acompanham o sentido da brevidade da vida e da passagem dos dias
Busca múltiplas emoções e abraça sonhos impossíveis, mas acaba “sem alegria nem
aspirações”, inquieto, só e ansioso.
O passado pesa “como a realidade de nada” e o futuro “como a possibilidade de tudo”. O
tempo é para ele um fator de desagregação na medida em que tudo é breve e efémero.
Procura superar a angústia existencial através da evocação da infância e de saudade desse
tempo feliz - nostalgia do bem perdido, do mundo fantástico da infância.
Fernando Pessoa Ortónimo e a Heteronímia
Biografia
Fernando Pessoa Álvaro de Campos Ricardo Reis Alberto Caeiro
Nasceu em Lisboa,
em 13 de Junho de
1888
Foi, em 1896, com a
mãe para Durban,
África do Sul e fez
lá os seus estudos
primários e
secundários
Regressou a
Portugal em 1905 e
ingressa no Curso
Superior de Letras,
do qual desiste mais
Nasceu em Tavira,
em 15 de Outubro
de 1890
Fez o Liceu em
Portugal e o curso
de engenharia na
Escócia
Engenheiro naval
(por Glasgow), vive
em Lisboa
Viajou pelo Oriente
(de onde resultou o
Opiário)
Nasceu no Porto, em
19 de Setembro de
1887
Educado num colégio
jesuíta (latinista
por educação alheia
e semi-helenista por
educação própria),
formou-se em
Medicina
Por ser monárquico,
partiu para o Brasil
em 1919
Nasceu em Lisboa,
em 16 de Abril de
1889
Viveu quase toda a
vida no campo; órfão
de pai e mãe desde
muito cedo, viveu de
pequenos
rendimentos, com
uma tia-avó; não
teve profissão nem
educação literária
para além da 4ª
classe
5. tarde
Morre em 30 de
Novembro de 1935
Alto, magro e com
tendência a curvar-
se
Era moreno, mais
baixo e mais forte
que Caeiro
De estatura média,
era louro e tinha os
olhos azuis
Motivos poéticos e caracterização do poeta
expressão musical
do frio, do tédio e
dos anseios de alma
resignação dorida
de quem sofre a
vida sendo incapaz
de viver
egotismo
exacerbado
ceticismo
náusea
gosto pelo que é
popular
intelectualização do
sentir
obsessão da análise
solidão interior,
angústia existencial,
melancolia,
resignação
inquietação perante
o enigma
indecifrável do
mundo
fragmentação do
Eu, perda de
identidade
procura, absurdo,
ansiedade
nostalgia do bem
perdido, do mundo
amor à vida
masoquismo
triunfalismo
modernista
abulia, tédio,
cansaço e náusea
civilização
poeta futurista,
sensacionista e por
vezes escandaloso
(segundo Pessoa)
recusa a expressão
em termos de
sentimentos
defende a
existência antes do
pensamento; o corpo
antes do espírito
poeta
sensacionalista, por
vezes escandaloso
poeta intelectual
embora mais
evolutivo dos
heterónimos
predomínio da
emoção espontânea
e torrencial
elogio da civilização
industrial, moderna,
paganismo
busca de um prazer
relativo
aceitação calma da
ordem das coisas
discípulo de Caeiro,
como o Mestre,
aconselha a
aceitação calma da
ordem das coisas e
faz o elogio da vida
campestre,
indiferente ao social
opõe a moral pagã à
moral cristã,
considerando a
primeira uma moral
de orientação e
disciplina e a
segunda uma moral
de renúncia e
desapego
faz o elogio do
epicurismo
(tendência para a
felicidade pela
harmonização de
todas as faculdades
através da
disciplina)
a sabedoria consiste
em gizar a vida
(mais como
tentativa) através
de um exercício da
razão
variedade da
Natureza
panteísmo sensual
aceitação calma do
Mundo tal como é
"atenção
maravilhosa ao
mundo exterior
sempre múltiplo"
deambulismo
misticismo
naturalista
é o Mestre que
Pessoa opõe a si
mesmo, com o qual
tem que aprender: a
viver sem dor; a
envelhecer sem
angústia; a morrer
sem desespero; a
fazer coincidir o ser
com o estar; a
combater o vício de
pensar; a ser uno
(não fragmentado)
vive de impressões,
sobretudo visuais.
Ver, exclusivamente
ver
não quer saber do
passado nem do
futuro. Vive no
Presente
identifica-se com a
Natureza, vive
segundo o seu ritmo,
6. fantástico da
infância
não inculca normas
de comportamento
vive pela
inteligência intuitiva
e pela imaginação
da velocidade e das
máquinas, da energia
e da força, do
progresso
virado para o
exterior, tenta
banir o vício de
pensar e acolhe
todas as sensações
ansiedade e
confusão emocional.
Angústia existencial
tédio, náusea,
desencontro com os
outros
presença terrível e
labiríntica do Eu de
que o poeta se tenta
libertar
fragmentação do
Eu, perda de
identidade
sentido do absurdo
excitação da
procura, da busca
incessante
tem consciência da
dor provocada pela
natureza precária
do homem. Medo da
velhice e da morte.
Crença no Fado
é austero (no
sentido clássico do
termo), contudo,
disciplinado,
inteligente É o
poeta da razão
é um homem
civilizado, de boas e
elegantes maneiras,
culto, pagão (de um
paganismo
decadente)
moralista
deseja nela se
diluir, integrando-se
nas leis do Universo,
como se fosse um
rio ou um planta
lírico, instintivo,
espontâneo, ingénuo,
inculto (em relação
à sabedoria escolar)
recusa a
introspeção e a
subjetividade, abre-
se ao mundo
exterior com
passividade e
alegria. É o poeta do
real objetivo
vive de impressões,
sobretudo visuais
(sensacionismo)
goza em cada
impressão o seu
conteúdo original
(epicurismo)
homem ingénuo
poeta do real
objetivo
Estilo
eufonia dos versos
linguagem fina
expressão límpida
associações inesperadas
(interseccionismo)
preferência pela
verso livre
longos versos de 2 ou
3 linhas
apóstrofes repetidas
oximoros
onomatopeias
constrói
laboriosamente o
seu estilo
revela formação
clássica
poesia de 2ª
pessoa
expressões
familiares
imagens e
comparações
bem conseguidas
pobreza lexical
verso livre
7. métrica curta
linguagem simples,
espontânea mas sóbria
reticências
gosto pelo popular (uso
frequente da quadra)
versos leves em que
recorre
frequentemente à
interrogação
estilo esfuziante,
torrencial, dinâmico
exclamações,
interjeições
dramatização do
pensamento que
condensa na Ode
monólogos
estáticos
fazer poesia é
uma atitude
involuntária
transformação
do abstrato no
concreto