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BULLYING: TEXTO PARA A PROVA
Você já foi alvo de gozação ou vê, ou viu alguém sendo ofendido constantemente? Não era brincadeira. Era o bullying. Bullying é uma
situação caracterizada por agressões intencionais, verbais, físicas ou psicológicas, feitas de maneira repetitiva. O termo bullying tem
origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como
ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.
Bullying é uma característica de quem gosta de ofender, humilhar, discriminar, intimidar, de quem se diverte fazendo alguém sofrer.
O comportamento dos praticantes do bullying são variados, mas em geral, incluem a intimidação física, psicológica, relacional e até
sexual. O bullying pode ser mais visível, mas pode também passar despercebido pelo tipo de comportamentos envolvidos (por exemplo,
espalhar rumores sobre alguém);
BULLYING E O PODER: O bullying está associado a uma relação de poder e de submissão, onde alguém ou um grupo detém poder
físico e psicológico por longo tempo sobre outra pessoa, provocando-lhe intenso sofrimento.
Bullying é violência e é crime. Já existem leis contra essa crueldade. Em Pernambuco há duas leis: LEI Nº 13.995 DE 22/12/2009:
Combate ao Bullying;LEI Nº 14.376 DE 02/09/2011: Combate ao Cyberbullying
Detalhes da Lei 13.995: Art. 1º AS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DEVERÃO INCLUIR EM SEU PROJETO PEDAGÓGICO,
MEDIDAS DE CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO, DIAGNOSE E COMBATE AO BULLYING.
PRINCIPAIS VÍTIMAS DO BULLYING: Em geral, as pessoas consideradas por um grupo como diferentes das demais. Dessa maneira,
o Bullying faz parte da tirania intolerante, a qual não admite pessoas que agem ou pensam de maneira diferente. Os principais alvos do
Bullying são:
1 - os “nerds” (estudiosos, interessados). Muitas vezes, motivados por inveja ou por incapacidade, alguns colegas passam a perseguir
os que gostam de estudar ou que são esforçados.
2 - Os que têm alguma característica visual pela qual passam a ser motivo de gozação, incluindo os obesos, os baixinhos e os franzinos.
Incluem-se também os que possuem alguma deficiência física ou psicológica, os tímidos e retraídos. São pessoas que não escolheram
nascer dessa ou daquela maneira, com esse ou aquele aspecto ou comportamento, os quais merecem todo o respeito por parte dos
demais, pois ninguém pediu para vir ao mundo com determinada incapacidade física ou psicológica, ou determinado comportamento
tímido, etc. Ninguém escolhe nascer com algum problema de ordem física ou psicológica. Todos merecem o devido respeito. Se fosse
você, ia querer ser respeitado? Mesmo as pessoas que escolhem ser “diferentes”, devem ser respeitadas.
3 – Mesmo as escolhas que as pessoas fazem, devem ser respeitadas. Nesse caso, são vítimas aquelas pessoas religiosas que se
diferenciam pelo seu comportamento e modo de vestirem-se, além dos gays, lésbicas, travestis, etc. Essas pessoas escolheram ou
gostam de ser assim e nem por isso devem ser desrespeitadas em suas escolhas e modo de viver.
A DESUMANIDADE DO BULLYING: Bullying é antidemocrático, intolerante, autoritário, violento, discriminador, preconceituoso,
racista, cruel e desumano. O Bullying desumaniza a humanização do ser humano. O Bullying assemelha-se em sua
desumanidade ao nazismo, o qual perseguia os que possuíam ideologia, comportamento e herança biológica diferente das
suas. O Bullying é uma violência contra os direitos humanos, os direitos básicos do ser humano ("...Nenhum ser humano será
submetido a um tratamento cruel, desumano e degradante...", artigo que está na Declaração Universal dos Direitos Humanos).
A CRIANÇA É UM SER VIOLENTO? As crianças são naturalmente más (infelizmente, a maldade faz parte da natureza humana, com
exceções, claro). Criada sem regras ou punições, a criança torna-se uma tirana, achando-se superior as demais pessoas. São elas que
agridem os menores, pisam em formiguinhas, tocam fogo no rabo do gato, são egoístas ao extremo, querem tudo para si, judiam dos
mais fracos e participam do fenômeno conhecido por Bullying.
TIPOS DE BULLYING:
1 - BULLYING VERBAL (BULLYNG DIRETO): apelidar, xingar, ridicularizar, insultar a pessoa ou seus familiares.
2 - BULLYING FÍSICO (BULLYING DIRETO): Bater, morder, beliscar, derrubar, puxar a cadeira, trancar a vítima em algum lugar, chutar,
cuspir, empurrar, ferir, roubar pertences, etc.
3 - BULLYING MORAL E PSICOLÓGICO (GERALMENTE É INDIRETO): difamar, fofocar, caluniar, discriminar, enganar, provocar,
humilhar, isolar, ignorar, excluir, discriminar, oprimir, perseguir, intimidar, ameaçar, aterrorizar, etc. Em geral, o Bullying psicológico é
considerado pior que o físico, pois deixa marcas na personalidade e no caráter da vítima, a qual poderá levar para o resto da
vida os traumas.
4 - BULLYING VIRTUAL (BULLYING INDIRETO): difamar através da internet e celular.
CAUSAS DO BULLYING: O bullying geralmente começa em casa, através da educação (ou da sua falta) dada a determinada criança,
onde a mesma é criada com regras frouxas, com ampla liberdade para a maldade e o desrespeito até com seus próprios pais e irmãos.
Essa criança, em geral acha-se superior as demais, é arrogante, não é estudiosa, é irritadiça, quer resolver os problemas através da
violência, é mal-educada, preguiçosa, etc., ou seja, ninguém nasce com um "gene do bullying". Normalmente, o agressor começa com
atitudes ruins desde criança... Exemplo: a criança que fala palavrão ou agride...todos em casa acham bonitinho e ninguém impõe
limites. A omissão dos pais na educação é uma das causas do bullying. Quando vai a escola, essa criança leva consigo suas
"brincadeiras" e passa a atingir outros... "O agressor impõe o seu comportamento dentro do grupo e, com isso, atrai seguidores,
motivados pelo fato de pertencer ao grupo que "detém o poder" ou para evitar serem vítimas. Nesse caso, os seguidores erram duas
vezes: por associarem-se para o mal e por serem omissos. Além disso, o líder do grupo leva vantagem, pois se o caso for descoberto,
não levará sozinho a culpa: jogará também sobre os demais.
ENVOLVIDOS NO BULLYING:
1 – AGRESSOR (BULLIE)
2 – AUXILIARES / INCENTIVADORES/SEGUIDORES: participam ativamente da agressão, muitas vezes por temer represálias.
3 – OBSERVADORES OU TESTEMUNHAS OMISSAS: sabem de tudo, mas não denunciam e preferem mentir, ou seja, também são
omissas e mentirosas.
4 – DEFENSORES: São as que passam a proteger a vítima e denunciam. Pode ser qualquer pessoa: colegas de classe, funcionários,
professores, pais, vizinhos, amigos, etc.
5 – A VÍTIMA OU ALVO.
CONSEQUENCIAS DO BULLYING:
A vítima pode levar o trauma para a vida adulta. Os efeitos mais comuns: depressão, insegurança, fraco desempenho escolar, síndrome
do pânico. Em casos mais extremos, a vítima pode vir a vingar-se dos agressores ou vir a suicidar-se. Há vários casos no Brasil e no
mundo de tragédias provocadas pelo Bullying.
O CASO WELLINGTON: um dos mais famosos foi o massacre em Realengo, na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro:
o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira matou 12 estudantes e depois se matou. Wellington, que tinha problemas mentais, estudou
na referida escola entre 1999 e 2002. Sua aparência e comportamento foram motivos do Bullying que sofreu: usava calças com cós
acima da cintura e meias até os joelhos. A menina mais bonita da turma se jogava em cima dele, fingindo assediá-lo, só pra sacanear.
Ganhou fama de homossexual e recebeu os apelidos de Sherman e depois Suingue, já que mancava, por ter uma perna menor que a
outra. Seus "colegas" de classe chegaram a joga-lo em uma lixeira da escola.
Wellington era muito tímido; “Mal ouvíamos a voz dele, vivia no mundo dele”contou uma vizinha. ”Era muito calado, muito fechado”.
Além disso, tirava notas baixas. No emprego, também repetia seu comportamento introvertido, confirmou o gerente da fábrica de
alimentos onde Wellington trabalhou durante dois anos como auxiliar de almoxarifado. A empresa considerou baixa a produtividade dele
e acabou por demiti-lo em agosto de 2010. Ficou desempregado. Depois da morte da mãe adotiva, passou a morar sozinho mergulhado
na mais extrema solidão.
O Bullying sofrido por Wellington agravou seu problema mental. O Bullying não foi a causa da tragédia, mas uma das causas, pois sofrer
Bullying não implica necessariamente em recorrer a violência contra seus algozes. Talvez, se não tivesse sofrido Bullying, a tragédia
não tivesse ocorrido.
COMO IDENTIFICAR CASOS DE BULLYING:
NA ESCOLA É fundamental que os colegas, pais, professores coordenadores e demais funcionários da escola atentem especialmente
para os seguintes sinais: alunos que no intervalo encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las;
na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram- se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos
ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades
e tarefas escolares; em outros casos, tem seus livros, cadernos e objetos pessoais roubados ou danificados, apresentam hematomas,
arranhões, cortes, roupas danificadas, etc.
EM CASA: frequentemente, as vítimas se queixam de dores de cabeça ou estômago, enjoo, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia,
etc. Mudanças de estado de humor, com explosões repentinas de irritação, ou estado depressivo. Geralmente, as vítimas não têm
amigos ou, quando têm são poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens
com o grupo escolar. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas, ou deixam de frequenta-las.
COMBATENDO O BULLYING: Quem quer ser respeitado, deve respeitar; não siga o grupo que quer fazer o mal; siga os que querem
fazer o bem. O mal só atrai desvalores: violência, sofrimento, exclusão, vingança, ódio, etc...o caminho do mal é cada vez pior; o mundo
já está muito violento: não o torne pior ainda.
A família é a base de tudo, tanto para que a criança não se torne uma agressora ou uma vítima. Pesquisas revelam que crianças
criadas “sem limites” (onde os pais não punem a violência, nem dão exemplo) tendem a reproduzir esse comportamento agressivo na
escola. Por outro lado, a criança vítima de Bullying deve ter nos pais a confiança necessária para se abrir e denunciar. Os pais devem
dar o exemplo e usar palavras positivas e de motivação, para fortalecer os laços de amizade dos filhos. Os pais devem criar uma
SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E SINCERIDADE para que os filhos tenham ampla liberdade de relacionamento.
A escola tem responsabilidade de combater o Bullying através de campanhas educativas, aulas de conscientização, inclusão no projeto
político pedagógico, tratamento de casos, etc. Todos os que fazem parte da escola são responsáveis: alunos, professores, funcionários
e diretoria.
A OMISSÃO E O SILÊNCIO são os maiores aliados do Bullying, tanto por parte da vítima como das testemunhas. Quem não
denuncia o bullying está transigindo (aceitando, pactuando, combinando, agindo em prol da continuação da violência) com o
agressor.
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons".
"O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos".
Martin Luther King

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  • 1. BULLYING: TEXTO PARA A PROVA Você já foi alvo de gozação ou vê, ou viu alguém sendo ofendido constantemente? Não era brincadeira. Era o bullying. Bullying é uma situação caracterizada por agressões intencionais, verbais, físicas ou psicológicas, feitas de maneira repetitiva. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Bullying é uma característica de quem gosta de ofender, humilhar, discriminar, intimidar, de quem se diverte fazendo alguém sofrer. O comportamento dos praticantes do bullying são variados, mas em geral, incluem a intimidação física, psicológica, relacional e até sexual. O bullying pode ser mais visível, mas pode também passar despercebido pelo tipo de comportamentos envolvidos (por exemplo, espalhar rumores sobre alguém); BULLYING E O PODER: O bullying está associado a uma relação de poder e de submissão, onde alguém ou um grupo detém poder físico e psicológico por longo tempo sobre outra pessoa, provocando-lhe intenso sofrimento. Bullying é violência e é crime. Já existem leis contra essa crueldade. Em Pernambuco há duas leis: LEI Nº 13.995 DE 22/12/2009: Combate ao Bullying;LEI Nº 14.376 DE 02/09/2011: Combate ao Cyberbullying Detalhes da Lei 13.995: Art. 1º AS ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DEVERÃO INCLUIR EM SEU PROJETO PEDAGÓGICO, MEDIDAS DE CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO, DIAGNOSE E COMBATE AO BULLYING. PRINCIPAIS VÍTIMAS DO BULLYING: Em geral, as pessoas consideradas por um grupo como diferentes das demais. Dessa maneira, o Bullying faz parte da tirania intolerante, a qual não admite pessoas que agem ou pensam de maneira diferente. Os principais alvos do Bullying são: 1 - os “nerds” (estudiosos, interessados). Muitas vezes, motivados por inveja ou por incapacidade, alguns colegas passam a perseguir os que gostam de estudar ou que são esforçados. 2 - Os que têm alguma característica visual pela qual passam a ser motivo de gozação, incluindo os obesos, os baixinhos e os franzinos. Incluem-se também os que possuem alguma deficiência física ou psicológica, os tímidos e retraídos. São pessoas que não escolheram nascer dessa ou daquela maneira, com esse ou aquele aspecto ou comportamento, os quais merecem todo o respeito por parte dos demais, pois ninguém pediu para vir ao mundo com determinada incapacidade física ou psicológica, ou determinado comportamento tímido, etc. Ninguém escolhe nascer com algum problema de ordem física ou psicológica. Todos merecem o devido respeito. Se fosse você, ia querer ser respeitado? Mesmo as pessoas que escolhem ser “diferentes”, devem ser respeitadas. 3 – Mesmo as escolhas que as pessoas fazem, devem ser respeitadas. Nesse caso, são vítimas aquelas pessoas religiosas que se diferenciam pelo seu comportamento e modo de vestirem-se, além dos gays, lésbicas, travestis, etc. Essas pessoas escolheram ou gostam de ser assim e nem por isso devem ser desrespeitadas em suas escolhas e modo de viver. A DESUMANIDADE DO BULLYING: Bullying é antidemocrático, intolerante, autoritário, violento, discriminador, preconceituoso, racista, cruel e desumano. O Bullying desumaniza a humanização do ser humano. O Bullying assemelha-se em sua desumanidade ao nazismo, o qual perseguia os que possuíam ideologia, comportamento e herança biológica diferente das suas. O Bullying é uma violência contra os direitos humanos, os direitos básicos do ser humano ("...Nenhum ser humano será submetido a um tratamento cruel, desumano e degradante...", artigo que está na Declaração Universal dos Direitos Humanos). A CRIANÇA É UM SER VIOLENTO? As crianças são naturalmente más (infelizmente, a maldade faz parte da natureza humana, com exceções, claro). Criada sem regras ou punições, a criança torna-se uma tirana, achando-se superior as demais pessoas. São elas que agridem os menores, pisam em formiguinhas, tocam fogo no rabo do gato, são egoístas ao extremo, querem tudo para si, judiam dos mais fracos e participam do fenômeno conhecido por Bullying. TIPOS DE BULLYING: 1 - BULLYING VERBAL (BULLYNG DIRETO): apelidar, xingar, ridicularizar, insultar a pessoa ou seus familiares. 2 - BULLYING FÍSICO (BULLYING DIRETO): Bater, morder, beliscar, derrubar, puxar a cadeira, trancar a vítima em algum lugar, chutar, cuspir, empurrar, ferir, roubar pertences, etc. 3 - BULLYING MORAL E PSICOLÓGICO (GERALMENTE É INDIRETO): difamar, fofocar, caluniar, discriminar, enganar, provocar, humilhar, isolar, ignorar, excluir, discriminar, oprimir, perseguir, intimidar, ameaçar, aterrorizar, etc. Em geral, o Bullying psicológico é considerado pior que o físico, pois deixa marcas na personalidade e no caráter da vítima, a qual poderá levar para o resto da vida os traumas. 4 - BULLYING VIRTUAL (BULLYING INDIRETO): difamar através da internet e celular. CAUSAS DO BULLYING: O bullying geralmente começa em casa, através da educação (ou da sua falta) dada a determinada criança, onde a mesma é criada com regras frouxas, com ampla liberdade para a maldade e o desrespeito até com seus próprios pais e irmãos. Essa criança, em geral acha-se superior as demais, é arrogante, não é estudiosa, é irritadiça, quer resolver os problemas através da violência, é mal-educada, preguiçosa, etc., ou seja, ninguém nasce com um "gene do bullying". Normalmente, o agressor começa com atitudes ruins desde criança... Exemplo: a criança que fala palavrão ou agride...todos em casa acham bonitinho e ninguém impõe limites. A omissão dos pais na educação é uma das causas do bullying. Quando vai a escola, essa criança leva consigo suas "brincadeiras" e passa a atingir outros... "O agressor impõe o seu comportamento dentro do grupo e, com isso, atrai seguidores, motivados pelo fato de pertencer ao grupo que "detém o poder" ou para evitar serem vítimas. Nesse caso, os seguidores erram duas vezes: por associarem-se para o mal e por serem omissos. Além disso, o líder do grupo leva vantagem, pois se o caso for descoberto, não levará sozinho a culpa: jogará também sobre os demais. ENVOLVIDOS NO BULLYING: 1 – AGRESSOR (BULLIE) 2 – AUXILIARES / INCENTIVADORES/SEGUIDORES: participam ativamente da agressão, muitas vezes por temer represálias. 3 – OBSERVADORES OU TESTEMUNHAS OMISSAS: sabem de tudo, mas não denunciam e preferem mentir, ou seja, também são omissas e mentirosas. 4 – DEFENSORES: São as que passam a proteger a vítima e denunciam. Pode ser qualquer pessoa: colegas de classe, funcionários, professores, pais, vizinhos, amigos, etc. 5 – A VÍTIMA OU ALVO.
  • 2. CONSEQUENCIAS DO BULLYING: A vítima pode levar o trauma para a vida adulta. Os efeitos mais comuns: depressão, insegurança, fraco desempenho escolar, síndrome do pânico. Em casos mais extremos, a vítima pode vir a vingar-se dos agressores ou vir a suicidar-se. Há vários casos no Brasil e no mundo de tragédias provocadas pelo Bullying. O CASO WELLINGTON: um dos mais famosos foi o massacre em Realengo, na escola municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro: o ex-aluno Wellington Menezes de Oliveira matou 12 estudantes e depois se matou. Wellington, que tinha problemas mentais, estudou na referida escola entre 1999 e 2002. Sua aparência e comportamento foram motivos do Bullying que sofreu: usava calças com cós acima da cintura e meias até os joelhos. A menina mais bonita da turma se jogava em cima dele, fingindo assediá-lo, só pra sacanear. Ganhou fama de homossexual e recebeu os apelidos de Sherman e depois Suingue, já que mancava, por ter uma perna menor que a outra. Seus "colegas" de classe chegaram a joga-lo em uma lixeira da escola. Wellington era muito tímido; “Mal ouvíamos a voz dele, vivia no mundo dele”contou uma vizinha. ”Era muito calado, muito fechado”. Além disso, tirava notas baixas. No emprego, também repetia seu comportamento introvertido, confirmou o gerente da fábrica de alimentos onde Wellington trabalhou durante dois anos como auxiliar de almoxarifado. A empresa considerou baixa a produtividade dele e acabou por demiti-lo em agosto de 2010. Ficou desempregado. Depois da morte da mãe adotiva, passou a morar sozinho mergulhado na mais extrema solidão. O Bullying sofrido por Wellington agravou seu problema mental. O Bullying não foi a causa da tragédia, mas uma das causas, pois sofrer Bullying não implica necessariamente em recorrer a violência contra seus algozes. Talvez, se não tivesse sofrido Bullying, a tragédia não tivesse ocorrido. COMO IDENTIFICAR CASOS DE BULLYING: NA ESCOLA É fundamental que os colegas, pais, professores coordenadores e demais funcionários da escola atentem especialmente para os seguintes sinais: alunos que no intervalo encontram-se isoladas do grupo, ou perto de alguns adultos que possam protegê-las; na sala de aula apresentam postura retraída, faltas frequentes às aulas, mostram- se comumente tristes, deprimidas ou aflitas; nos jogos ou atividades em grupo sempre são as últimas a serem escolhidas ou são excluídas; aos poucos vão se desinteressando das atividades e tarefas escolares; em outros casos, tem seus livros, cadernos e objetos pessoais roubados ou danificados, apresentam hematomas, arranhões, cortes, roupas danificadas, etc. EM CASA: frequentemente, as vítimas se queixam de dores de cabeça ou estômago, enjoo, tonturas, vômitos, perda de apetite, insônia, etc. Mudanças de estado de humor, com explosões repentinas de irritação, ou estado depressivo. Geralmente, as vítimas não têm amigos ou, quando têm são poucos; existe uma escassez de telefonemas, e-mails, torpedos, convites para festas, passeios ou viagens com o grupo escolar. Apresentam diversas desculpas (inclusive doenças físicas) para faltar às aulas, ou deixam de frequenta-las. COMBATENDO O BULLYING: Quem quer ser respeitado, deve respeitar; não siga o grupo que quer fazer o mal; siga os que querem fazer o bem. O mal só atrai desvalores: violência, sofrimento, exclusão, vingança, ódio, etc...o caminho do mal é cada vez pior; o mundo já está muito violento: não o torne pior ainda. A família é a base de tudo, tanto para que a criança não se torne uma agressora ou uma vítima. Pesquisas revelam que crianças criadas “sem limites” (onde os pais não punem a violência, nem dão exemplo) tendem a reproduzir esse comportamento agressivo na escola. Por outro lado, a criança vítima de Bullying deve ter nos pais a confiança necessária para se abrir e denunciar. Os pais devem dar o exemplo e usar palavras positivas e de motivação, para fortalecer os laços de amizade dos filhos. Os pais devem criar uma SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E SINCERIDADE para que os filhos tenham ampla liberdade de relacionamento. A escola tem responsabilidade de combater o Bullying através de campanhas educativas, aulas de conscientização, inclusão no projeto político pedagógico, tratamento de casos, etc. Todos os que fazem parte da escola são responsáveis: alunos, professores, funcionários e diretoria. A OMISSÃO E O SILÊNCIO são os maiores aliados do Bullying, tanto por parte da vítima como das testemunhas. Quem não denuncia o bullying está transigindo (aceitando, pactuando, combinando, agindo em prol da continuação da violência) com o agressor. "O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons". "O que me assusta não é a violência de poucos, mas a omissão de muitos". Martin Luther King