Este documento resume dois artigos sobre ambientes pessoais de aprendizagem (PLEs). O primeiro artigo discute como os PLEs promovem uma aprendizagem ativa, construtiva e colaborativa baseada na teoria conectivista. O segundo artigo analisa como o projeto Sapo Campus na Universidade de Aveiro utiliza serviços da Web 2.0 para apoiar PLEs e melhorar os resultados educacionais. Ambos os artigos enfatizam a importância de os processos educacionais se adaptarem aos PLEs para desenvolver aprendizagens significativas.
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Introdução
Este documento integra-se na tarefa número dois da unidade curricular de Processos Pedagógicos
em Elearning, do mestrado em Pedagogia do Elearning, pela Universidade Aberta, Portugal.
Neste sentido, e respondendo ao desafio lançado, segue-se a bibliografia anotada de dois
artigos científicos relativos à temática dos PLE’s (Personal Learning Environments).
A escolha destes artigos foi baseada na importância dos autores apresentados para a
comunidade científica da temática em estudo, bem como as suas perspetivas de referência para
um estudo aprofundado sobre os ambientes pessoais de aprendizagem.
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Artigo 1
ADELL, J. & CASTAÑEDA, L. (2013). El ecosistema pedagógico de
los PLEs. In L. Castañeda y J. Adell (Eds.), Entornos Personales de
Aprendizaje: Claves para el ecosistema educativo en red (pp. 29-
51). Alcoy: Marfil. Recuperado de
https://digitum.um.es/jspui/bitstream/10201/30409/1/capitulo2.pdf Acesso a
17 de abril de 2015.
Comentário
Jordi Adell e Linda Castañeda são nomes de referência quando nos debruçamos sobre a
questão dos PLE’s. O primeiro nome surge ligado à Universidade Jaume I e o segundo à
Universidade de Múrcia, ambos têm desenvolvido trabalhos e investigações cientificamente
valorizados nesta temática.
Neste capítulo, os autores focam a sua visão na mudança de paradigma educativo e sobre a
necessidade de adaptação da Educação à sociedade de informação e comunicação na qual
vivemos. Desta forma, partem de reflexões sobre a teoria conectivista, que promove o
conhecimento na rede, demonstrando a complexidade da aprendizagem, que emerge na
atualidade. A heutagogia eleva-se, então, como estudo autónomo e autodeterminado, que
promove a maturidade do aluno e direciona a aprendizagem para a teoria LAAN (Learning as
a Network), segundo a qual os PLE’s surgem como base do processo de aprendizagem, que o
explica e fundamenta, numa perspetiva de co-construção do conhecimento. Os PLE’s são,
portanto, promotores de uma aprendizagem ativa, construtiva, intencional, autêntica e colaborativa.
Esta feita, o foco incide sobre a reflexão dos PLE’s enquanto processo pedagógico aglutinador
e que não pode ser ignorado pelas instituições educativas. Através da sua compreensão, o
processo educativo deve redesenhar-se num traçado ajustado à sociedade atual e centrado no
aluno, promovendo a sua autonomia e a sua responsabilidade.
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Artigo 2
SANTOS, C., PEDRO, L., & ALMEIDA, S. (2012). Sapo Campus:
promoção da utilização de serviços da Web social em
contexto educativo. Educação, Formação & Tecnologias-
ISSN 1646-933X, 4(2), 76-88. Recuperado de
http://www.eft.educom.pt/index.php/eft/article/view/257/147 Acesso
a 17 de abril de 2015.
Comentário
No palco nacional, torna-se pertinente referir Carlos Santos, professor da Universidade de
Aveiro, como referência no estudo e reflexão sobre a importância dos PLE’s.
Neste artigo, os autores relacionam o avanço tecnológico a uma revolução ideológica e
educativa. A utilização da Web 2.0 desenvolveu a necessidade de uma nova postura do aluno
e um potencial educativo acrescido e inovador, nomeadamente no que concerne às práticas e
às metodologias utilizadas e a utilizar. Apresentando e caracterizando o projeto Sapo Campus
e a plataforma desenvolvida na Universidade de Aveiro, os autores procuram comprovar a
utilização destas tecnologias no Ensino Superior, refletindo sobre os resultados obtidos. Neste
sentido, aos autores analisaram as exigências atuais e a necessidade em se adaptar o processo
educativo. É destacada a importância dos PLE’s para a construção do conhecimento dos
alunos, quer durante o período de educação formal, quer não formal e informal. Desta forma,
é evidenciada a necessidade de abertura da plataforma e da sua flexibilização, no intuito de,
considerando os PLE’s, se atingirem níveis de partilha e de interação essenciais para o
desenvolvimento da aprendizagem.
O estudo apresentado é extremamente enriquecedor e bem estruturado, permitindo-nos retirar
ilações importantes no que respeita à importância dos PLE’s para o desenvolvimento de
processos educativos de qualidade.
Hélder Pereira
17 de abril de 2015