O documento resume o contexto histórico e cultural do período Barroco em Portugal, mencionando acontecimentos políticos que levaram ao declínio do país e influenciaram a arte da época. Também apresenta alguns dos principais pensadores e obras do Barroco português, como Padre Antônio Vieira, D. Francisco Manuel de Melo, Manuel Bernardes e Matias Aires.
3. • 1580 - Portugal em decadência
• Contra Reforma
• “Mau gosto”, “Feio”
• Maneirismo
• Pe. Antônio Vieira, D. Francisco Manuel de
Melo, Padre Manuel Bernardes, Francisco
Xavier de Oliveira, Francisco Rodrigues Lobo,
Frei Luís de Sousa, Sóror Mariana Alcoforado,
dentre outros.
• Contradição:Antropocentrismo X Teocentrismo
• Cultismo e Conceptismo
4. Barroco: Contexto sócio-
histórico
†Período de fortes tensões e grandes
mudanças para Portugal.
†Dois acontecimentos importantes.
†Política e cultura sofrem perdas
5. † Desaparecimento de D. Sebastião em
1578.
† Mito do Sebastianismo.
† Cardeal D.Henrique rege por dois
anos.
† Tensão sobre a sucessão.
† Felipe II da Espanha assume em 1580.
† Morte de Camões também em 1580.
6. † Atravessa grave crise
financeira.
† Transferência do centro
político para Madrid.
† A cultura volta-se para si
mesma, baixa de tom.
† A palavra vira sinônimo de
mau gosto.
† Filosofia escolástica:
silogismos
7. † Maneirismo.
† Francisco Rodrigues Lobo.
† União entre o magistério
camoniano e o Barroco.
† Livro: Corte na Aldeia.
† Influência castelhana enfrenta
resistência.
† Linha tradicional + prestígio
camoniano.
† Barroco com características
singulares.
9. características
† Conciliar idéias medievais
com clássicas.
† Dualidade.
† Teocentrismo X
Atropocentrismo.
† Rebuscamento.
† Exagero das formas.
† Contrastes.
† Mundo dos sentimentos
explorado em detalhes.
† Riqueza de imagens.
† Dramaticidade.
10. tendências
• Gongorismo(cultismo) X
Conceptismo.
Gongorismo:
† Malabarismo verbal,
descrição.
† Sinestesia.
† Metáforas.
† Figuras de sintaxe.
12. † Combinação entre as duas tendências.
† Cultismo:poesia
† Conceptismo:prosa.
13. † Artes plásticas.
† Pintura.
† Arquitetura.
† Escultura.
14.
15. Do maneirismo ao Barroco
Maneirismo Barroco
Busca por certos Busca pela
princípios completude e
afastamento
medievais; completo da mimese
e harmonia;
Mescla da estética
O tamanho,
renascentista com abundancia e
traços marcados vivacidade são traços
barrocos; marcantes desse
estilo;
A arte ainda está
A s artes plásticas
levemente vinculada trazem figuras
a mimese, porém dinâmicas e um
representa uma esbanjamento de
complexidade mais cores, apresentado
um contraste entre o
subjetiva e claro e o escuro.
espiritualizada.
17. Sua vida
• Nasceu em Lisboa no
dia 6 de fevereiro de
1608
• Iniciou os seus estudos
no colégio Jesuítas
• Formou-se noviço, e
além de teologia
estudou lógica, física,
metafísica, matemática
e economia
• E morreu aos 89 anos
18. • Destacou-se como
pregador
• Sua obra é dividida
em 2 partes:
1. As profecias
2. As cartas
19. Sua obra
.Considera-se que o melhor • Seus temas preferidos
de sua obra encontra-se foram: a valorização da
nos sermões vida humana, para
reaproximá-la de Deus, e a
exaltação do sofrimento
• O Sermão da Sexagésima,
pregado em 1655
20. Sermão da
Sexagésima são muito
“...As estrelas
distintas e muito claras. Assim
há de ser o estilo da pregação;
muito distinto e muito claro. E
nem por isso temais que
pareça o estilo baixo; as
estrelas são muito distintas e
muito claras, e altíssimas. O
estilo pode ser muito claro e
muito alto; tão claro que o
entendam os que não sabem e
tão alto que tenham muito que
entender os que sabem...”
21. Francisco
Manuel de D. Francisco Manuel de
Melo (Lisboa, 23 de
Melo Novembro de 1608 – 24 de
Agosto de 1666)
Historiador, pedagogo, moralista,
autor teatral, epistológrafo e
poeta, foi representante máximo
da literatura barroca peninsular.
Entre suas obras mais
importantes, pode-se destacar o
texto moralista da “Carta de Guia
de Casados” ou a peça de teatro
“Fidalgo Aprendiz”
22. Em 1644, em Portugal, depois de receber a comenda da
Ordem de Cristo, foi preso por envolvimento num caso que
acarreta muitas dúvidas e conjecturas.
Manteve-se na prisão até 1655, onde escreveu muitas das
suas mais celebradas obras.
Foi condenado ao degredo em África, conseguindo, depois,
que a pena lhe fosse comutada para o exílio no Brasil, e viveu
por três anos na Bahia
Em 1658, morto D. João IV, regressou a Portugal.
O novo rei voltou a demonstrar-lhe confiança, ao encarregá-lo
de missões diplomáticas. Foi nomeado deputado da Junta dos
Três Estados em 1666, ano em que morreu.
23. Em 1628, publicou um
conjunto de sonetos. É,
contudo, nas suas “Obras
Métricas” (Lyon,1665), que
o autor se mostra digno
representante do estilo
barroco, espelhando
igualmente a influência
do renascimento e maneiris
mo português.
O tema do desconcerto do
mundo predomina na sua
poesia, tal como na
generalidade da poesia e
artebarroca.
24. Carta de Guia de Casados - 1651
“André quer mulher fermosa,
Mas que não tenha ceitil;
Gil não quer mulher fermosa:
Quer-la feia e bondosa.
Isto quer o André e o Gil.”
25. Formosura, e Morte, advertidas
por um corpo belíssimo, junto à
sepultura
Armas do amor, planetas da ventura,
Olhos, adonde sempre era alto dia,
Perfeição, que não cabe em fantasia,
Formosura maior que a formosura.
Cova profunda, triste, horrenda, escura,
Funesta alcova de morada fria,
Confusa solidão, só companhia,
Cujo nome melhor é sepultura:
Quem tantas maravillhas diferentes
Pode fazer unir, senão a morte?
A morte foi em sem-razões mais rara.
Tu, que vives triunfante sobre as gentes,
Nota(pois te ameaça uma igual sorte)
Donde pára a beleza, e no que pára.
Francisco Manuel de Melo
26. Manuel Bernardes
Foi um presbítero da Congregação do Oratório de S. Felipe
Neri, em cuja tranquilidade claustral se recolheu até o fim de
seus dias.
(Lisboa 1644-1710)
27. OBRAS:
Nova Floresta (5 vols.,1706,1708,1711,1728).
Pão partido em Pequeninos (1694).
Luz e Calor (1696).
Exercícios espirituais (1707).
Últimos Fins do homem (1726),
Armas da Castidade (1737).
Sermões e Práticas (2 vols.,1711)
Estímulo prático para seguir o bem e fugir do mal (1730).
28. CAVALEIRO DE OLIVEIRA
Francisco Xavier de Oliveira (Lisboa, 21 de Março de 1702 - Hackney, Inglaterra, 18
de Outubro de 1783)
• Aos 14 anos admitido no tribunal de contos do rei
•Em Dezembro de 1729, com 27 anos, é feito Cavaleiro da Ordem de Cristo.
•Casou-se 3 vezes (1730, 1739,1746 )
•Teve 4 filhos dos quais três do primeiro casamento e uma do ultimo casamento.
•Com a morte do pai é nomeado secretario do embaixador de Portugal
•Em 1746 renega o catolicismo e converte-se ao protestantismo.
•Sua obra é dividida em dois períodos :
29. • HAIA =Mémoires de Portugal" (1741),
"Memórias das Viagens" (1741), "Mille et
Une Observations" (1741) e as "Cartas
Familiares" (1741-1742).
• As obras deste período são especialmente destinadas a esclarecer
portugueses e estrangeiros sobre alguns valores nacionais geralmente
menosprezados.
30. • Londres =
• Do segundo período temos , "Discours
Pathétique" (1756), "Suite" (1757), "Le Chevalier
d'Oliveyra Brulé en Effigie" (1762) "As Reflexões
de Félix Vieyra Corvina de Arcos" (1767), e
"Amusement Périodique" (1751), cuja versão em
português chamou-se Recreação Periódica
(1751)
• Estas obras caracterizam-se, sobretudo.
pela exposição das suas ideias em
matéria religiosa
31. MATIAS AIRES
• Matias Aires Ramos da Silva (São Paulo, 27 de março de 1705 -Portugal 1763)
• Mudou-se para Portugal aos 11 anos
• Estudou Direito em Coimbra
• Cursou ciências naturais, hebraico e matemática na França
• Primeiro filósofo Brasileiro
32. • Principais obras:
• " Reflexões sobre a Vaidade dos
Homens",
• ‘Carta sobre a Fortuna’
33. • “Sendo o termo da vida limitada, não tem limite a nossa
vaidade; porque dura mais, do que nós mesmos e se introduz
nos aparatos últimos da morte. Que maior prova, do que a
fábrica de um elevado mausoléu? No silêncio de uma,
depositam os homens as suas memórias, para com a fé dos
mármores fazerem seus nomes imortais, querem que a
suntuosidade do túmulo sirva de inspirar veneração, como se
fossem relíquias as suas cinzas, e que corra por conta dos
jaspes a continuação do respeito. Que frívolo cuidado! Esse
triste resto daquilo que foi homem, já parece um ídolo
colocado em um breve, mas soberbo domicílio, que a vaidade
edificou para habitação de uma cinza fria, e desta, declara a
inscrição o nome e a grandeza. A vaidade até se estende a
enriquecer de adornos o mesmo pobre horror da sepultura.”
• (AIRES, 1752)
34. • CARTA SOBRE A FORTUNA
[...] De que serve, pois, a fortuna humana
de fazer a vida excessivamente amável?
Oh, que infausto amor, e que infausta
felicidade! Pois toda me leva e arrebata
para um bem, que há de deixar-me; e a
quem eu também hei deixar; não é melhor
ser desgraçado, do que feliz, com aquela
condição de que serve uma ventura tão
veloz, em que nem um instante só tenho
certeza de a ter segura; e em que quando
a abra, apertadamente, e com mais fineza,
ela então me desampara, deixando
iludidos do meus braços, e enganados os
meus olhos [...] E se vim ao mundo, para
ser precisamente louco, seja de uma
loucura minha, e não de todas; direi para
mostrar-me delirante, que as ondas do
mar nunca se movem, que posso
esconder no seio um fogo ardente, e que
sei suspender do amor o ardo violento.
Matias Aires
35. Arte de furtar
1ª Publicação-1652;
Prosa satírica barroca ;
Autor anônimo;
Obra de grande valor crítico;
Conteúdo literário alternativo, pois
exclui ao uso excessivo de antíteses,
hipérbatos, entre outros recursos
típicos do estilo barroco.
36. A poesia Barroca
A poesia barroca teve
inicio em Portugal ,
entre o séc. XVII e
XVIII limitou-se a
poesia escrita ;
Tornou-se poesia
para entreter, valia
pelo caráter lúdico e
pelo divertimento
verbal;
Valorizava a forma
dos versos;
Raras composições
37. Foi publicado entre 1716 e 1728
Matias Pereira da Silva.
Foi publicado entre 1761 e
1762
D. José Ângelo de Morais
42. Autores que praticaram a arte da
EPISTOLOGRAFIA:
• Padre Antônio Vieira
• Sóror Mariana Alcoforado
• D. Francisco Manuel de Melo
• Frei Antônio das Chagas
• Cavaleiro de Oliveira
43. PADRE ANTÔNIO VIEIRA
Com seu pensamento barroco,
ele dizia que uma carta é uma
produção artística, mas sem
nenhuma arte, isso em relação
ao seu aspecto estético,
característico desse gênero
de escritura, ao qual também
se dedicou e no qual deixou
registrada a sua eloqüência.
44.
45. Sóror Mariana Alcoforado
• O livro é dividido em duas partes: A primeira é
chamada de CARTAS DE AMOR, com 5 cartas.
Já a segunda, CARTA DE GUIA DE CASADOS,
apresenta 55 cartas.
46. Universidade de Pernambuco
Letras IV
Equipe:
Andreza ,Daniele
Douglas, Marilia
Milena, Paula
Suelza, Tamires