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AVALIAÇÃO
GERIÁTRICA AMPLA
Diego Rezende
Enfermeiro Coren-PE 1209721
2
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
• Reino Unido - Dra Marjory Warren - “mãe da
geriatria”: – Em 1936 assume a chefia do hospital
londrino de doentes crônicos, – cria a avaliação
geriátrica especializada e – introduz a reabilitação,
objetivando melhora da qualidade de vida.
• Atualmente e estabelecida como: – Avaliação
Multidimensional e frequentemente interdisciplinar
que utiliza escalas e testes
3
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
• DEFINICÃO: – Método multidimensional de
avaliação do idoso. – Aborda os aspectos clínico,
funcional, psicológico
• OBJETIVO – Planejamento do cuidado –
Acompanhamento a longo-prazo
• AGA ≠ Exame Clinico Padrão – Enfatizar a
avaliação da capacidade funcional e da qualidade
de vida – Baseia-se em escalas e testes
quantitativos
4
BENEFÍCIOS E UTILIDADES DA AGA:
NÍVEL POPULACIONAL
 serve como uma medida precisa em
estudos clínicos onde se avalia a
capacidade funcional e a qualidade de
vida;
 identifica populações de risco;
 permite um investimento em saúde,
qualidade de vida e bem-estar;
 serve para planejamento de ações e
políticas de saúde.
NÍVEL INDIVIDUAL
 complementa o ex. clinico tradicional e
melhora a precisão diagnostica;
 determina o grau e a extensão da
incapacidade;
 identifica risco de declínio funcional;
 permite avaliação de riscos no estado
nutricional;
 serve de guia para a escolha de medidas
que visam restaurar e preservar a saúde
(farmacoterapia, fisioterapia,
TO,psicoterapia);
 identifica fatores que predispõem a
iatrogenia e permite estabelecer medidas
para sua prevenção;
 serve de orientação para mudanças e
adaptações no ambiente em que o
paciente vive para preservar sua
independência;
 estabelece critérios para a indicação de
internação hospitalar ou em ILP
5
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
Cognição
Humor Comunicação
Mobilidade
6
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
Cognição:
Memória – Função Executiva
Linguagem – Praxia
Gnoxia – Função Visuoespacial
Humor: Motivação
Mobilidade:
Postura/Marcha
Capacidade Aeróbica
Comunicação: Visão, Audição e Fala
ncapacidade cognitiva
nstabilidade postural mobilidade
ncapacidade Comunicativa
ncontinência urinaria atrogênia
nsuficiência familiar
7
OS “IS” DA GERIATRIA
• Equilíbrio e mobilidade
• Função cognitiva
• Deficiências sensoriais
• Condições emocionais/sintomas depressivos
• Disponibilidade e adequação de suporte familiar e social
• Condições ambientais
• Capacidade funcional – AVD
• Estado e risco nutricional
8
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
9
EQUILIBRIO E MOBILIDADE
O envelhecimento altera equilíbrio e mobilidade
provocando instabilidade postural, alterações
da marcha e risco aumentado de quedas.
• Instrumento: – “Timed up and go test”
(levantar e andar 3metros). – ≥20 segundos
indica instabilidade postural e alto risco de
quedas.
10
FUNÇÃO COGNITIVA
POR QUE RASTREAR DEFICIT COGNITIVO?
• Alta Prevalência de Doença de Alzheimer - 10%
daqueles com 65 anos ou mais e quase 50% daqueles
com 85 anos ou mais
• A maioria das pessoas com demência não apresenta
queixa de perda de memória
• Déficit cognitivo aumenta o risco de acidentes, não
aderência ao tratamento e incapacidade
11
FUNÇÃO COGNITIVA
Mini-Exame do Estado Mental (Folstein et al., 1975)
 usado largamente
 avalia orientação, fixação, evocação, atenção,
calculo, linguagem, habilidades visuo-espaciais
Testes de funções executivas
 teste do relógio
 fluência verbal
12
TESTE DO RELÓGIO
Avalia melhor a função visuo-espacial e a função executiva, mas sofre
influência de todas as funções cognitivas. Outra grande vantagem é a
menor influência do grau de alfabetização na realização do teste,
aumentando a fidedignidade do teste em pacientes com baixo nível de
escolaridade. É um teste eminentemente qualitativo e, portanto, não
necessita de score.
Consiste em solicitar ao paciente desenhar os números do relógio,
marcando determinada hora (2:40), sem mencionar a necessidade de
ponteiros. O círculo pode ou não ser oferecido previamente. O teste é
considerado completo quando o paciente desenha todos os números do
relógio, espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros marcando 2:40. O
teste não é cronometrado e pode ser repetido quantas vezes forem
necessárias.
13
TESTE DO RELÓGIO
Interpretação do teste segundo Shulman:
1. Inabilidade absoluta de representar o relógio;
2. O desenho tem algo a ver com o relógio mas com
desorganização visuo-espacial grave;
3. Desorganização visuo-espacial moderada que leva a uma
marcação de hora incorreta, perseveração, confusão
esquerda-direita, números faltando, números repetidos, sem
ponteiros, com ponteiros em excesso;
4. Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da
hora;
5. 5. Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos;
6. 6. Relógio perfeito;
14
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
15
TESTE DE FLUÊNCIAVERBAL (BRUCKI E COL,2004)
Instruções:
“Agora o(a) Sr.(a) vai me falar nomes de animais, o máximo de
nomes possíveis. Pode ser qualquer tipo de animal (bicho). Fale
o mais rápido que puder. Pode começar.” (Marque um minuto)
Pontuação de acordo com a escolaridade:
 Analfabetos: 12 palavras
 1-4 anos: 13 palavras
 5-8 anos: 14 palavras
 9-11 anos: 16 palavras
 >11 anos: 18 palavras
16
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)
FOLSTEIN,FOLSTEIN&MCHUGH,1975–BERTOLUCCIECOL.,1994–BRUCKIECOL.,2003
1. ORIENTAÇÃO NO TEMPO:
( ) ANO ( ) SEMESTRE ( ) MES ( ) DIA DO MES ( ) DIA DA SEMANA
2. ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO:
( ) ESTADO ( ) CIDADE ( ) BAIRRO ( ) LOCAL (nome, função) ( ) ANDAR
3. MEMÓRIA IMEDIATA:
Repita as palavras: (um segundo para dizer cada uma, depois pergunte ao idoso todas as três)
( ) CANECA ( ) TIJOLO ( ) TAPETE
4. ATENÇÃO E CÁLCULO:
O Sr. Faz cálculos?
( ) Sim ( ) Não
Se “sim” faca cinco contas de subtrações de “7” seriadas.
( ) 100-7 ( ) 93-7 ( ) 86-7 ( ) 79-7 ( ) 72-7
Se “não” peca para soletrar a palavra “MUNDO” de trás para frente.
( ) O ( ) D ( ) N ( ) U ( )M
5. MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO:
Repita as três palavras que disse há pouco
( ) CANECA ( ) TIJOLO ( ) TAPETE
17
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)
FOLSTEIN,FOLSTEIN&MCHUGH,1975–BERTOLUCCIECOL.,1994–BRUCKIECOL.,2003
Mostre um relógio de pulso e pergunte:
O que e isto? Repita com uma caneta
( ) RELOGIO ( ) CANETA
Repita o seguinte:
( ) “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LA”
Realize uma tarefa em três estágios:
( ) “PEGUE ESTE PAPEL COM SUA MAO DIREITA...,
( ) ...COM AS DUAS MAOS DOBRE-O AO MEIO...,
( ) ...EM SEGUIDA PONHA-O AO CHAO.”
Leia e faça o que esta escrito no papel:
( ) FECHE OS OLHOS (Mostrar a folha com o comando)
Escreva uma frase:
( ) Dar uma folha em branco (Verso)
Copiar os pentágonos:
( ) Mostrar a folha com os pentágonos que se cruza
PONTUACÃO PELA ESCOLARIDADE:
 Analfabetos: 20 pontos
 1-4 anos: 25 pontos
 5-8 anos: 26 pontos
 9-11 anos: 28 pontos
 ≥12 anos: 29 pontos
18
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM)
FOLSTEIN,FOLSTEIN&MCHUGH,1975–BERTOLUCCIECOL.,1994–BRUCKIECOL.,2003
19
CONDIÇÕES EMOCIONAIS/SINTOMAS DEPRESSIVOS
Os idosos tem alto risco de apresentar depressão.
• Manifesta-se de forma atípica, o que dificulta o seu
reconhecimento
• Importante pesquisar depressão em todos os idosos
• Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS)
completa e/ou abreviada.
20
CONDIÇÕES EMOCIONAIS/SINTOMAS DEPRESSIVOS
21
DEFICIENCIAS SENSORIAIS
50% dos idosos tem deficiência auditiva/visual que comprometem sua
capacidade para AVD e aumentam o risco de declínio funcional.
AVALIACAO AUDITIVA
– A perda auditiva e comum entre idosos
– O déficit auditivo provoca depressão e isolamento
– A principio, devemos sempre descartar cerume
– Encaminhar para audiometria se necessário ]
• Rastreamento anual
22
DEFICIENCIAS SENSORIAIS
Teste do sussurro
– Avalia a compreensão de sons de baixa intensidade e alta
frequência. O examinador permanece de pé, fora do alcance do
campo visual do paciente, a uma distancia equivalente ao
comprimento do braço do paciente estendido (60cm). O
examinador sussurra um conjunto de 3 letras/números, enquanto
massageia o tragus da orelha contralateral. O teste é
considerado positivo, caso o paciente não consiga repetir
corretamente o conjunto de letras/palavras.
23
DEFICIENCIAS SENSORIAIS
24
DEFICIENCIAS SENSORIAIS
AVALIAÇÃO VISUAL
– Catarata, Glaucoma, Degeneração Macular aumentam
com a idade
– Perguntar sobre dificuldades no dia-a-dia, dirigir, assistir
a TV, ler • Se necessário, usar instrumentos para
avaliação
– Pedir para ler uma revista ou jornal
– Quadro de Snellen
Pacientes que leem ate 20/40 são considerados sem disfunção visual P
25
CAPACIDADE FUNCIONAL
 Capacidade do idoso para executar atividades
que lhe permitem cuidar de si próprio e viver
independente em seu meio.
 Medida através de instrumentos de avaliação
para executar as Atividades da Vida Diária
(AVD) e Atividades Instrumentais da Vida
Diária (AIVD)
26
CAPACIDADE FUNCIONAL
AVD – englobam todas as tarefas que uma pessoa
precisa realizar para o autocuidado.
• Escalas que avaliam AVDs :
– Índice de Barthel
– Índice de Katz
– Outras
AIVD – compreendem a habilidade do idoso para
administrar o ambiente onde vive.
• Escalas que avaliam AIVDs :
27
ATIVIDADES BÁSICAS DAVIDA DIÁRIA (AVD)
MODIFICADO POR KATZS,DOWNSTD,CASHHRETAL.GERONTOLOGIST,1970;10:20-30
SIM NÂO
BANHO Não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para uma
parte do corpo
VESTUÁRIO Pega as roupas e se veste sem qualquer ajuda, exceto p/
amarrar os sapatos
HIGIENE PESSOAL Vai e usa o banheiro, veste-se e retorna sem ajuda
(andador ou bengala)
LOCOMOÇÃO Consegue deitar na cama, sentar na cadeira e levantar-
se sem ajuda (andador ou bengala)
ALIMENTAÇÃO Come sem ajuda (exceto p/ cortar carne e passar
manteiga no pão).
CONTINÊNCIA Controla completamente urina e fezes
TOTAL
SOMATÓRA DE SOMATÓRA DE SIMS: 6 – INDEPENDENCIA; SIMS: 6 – INDEPENDENCIA; 4 – DEPENDENCIA PARCIAL; 2 –
DEPENDENCIA TOTAL 4 – DEPENDENCIA PARCIAL; 2 – DEPENDENCIA TOTAL
28
A
TIVIDADESINSTRUMENTAIS DAVIDADIÁRIA(AIVD)
CAPACIDADE PARA REALIZAR AVDS
29
SP 2003
Anos Independentes Dependentes para 3 ou mais AVs
65 a 69 80 25
70 ou + 20 55
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
65 a 69 70 ou +
Indepedentes Dependentes para 3 ou mais AVD
FONTE: Projeto SABE, 2003
30
ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DAVIDA DIÁRIA (AIVD)
LAWTONETAL,1982
ESCORE
 9 – TOTALMENTE DEPENDENTE;
 10 a 15 – DEPENDENCIA GRAVE;
 16 a 20 – DEPENDENCIA MODERADA
 21 a 25 – DEPENDENCIA LEVE;
 26 a 27 – INDEPENDENCIA
31
ESTADO ERISCO NUTRICIONAL
Antropometria:
representa as medidas das dimensões corporais usadas para avaliação do
estado nutricional. Não ha consenso do uso no idoso.
As medidas avaliadas são:
 Peso e altura – Índice de Massa Corporal (IMC=peso(Kg)/altura(m)2
 Circunferência abdominal
 Cintura
 Circunferência do braço
 Pregas cutâneas
 Altura do joelho - estimar altura dos idosos acamados (calcanhar ate a
rotula do joelho)
 Outros
32
ESTADO ERISCO NUTRICIONAL
Mini avaliação nutricional
Mini Avaliação Nutricional (Triagem)
A - Nos últimos três meses houve diminuição da ingesta alimentar devido a perda de apetite, problemas digestivos ou dificuldade para
mastigar ou deglutir?
0 = diminuição severa da ingesta, 1 = diminuição moderada da ingesta, 2 = sem diminuição da ingesta
B - Perda de peso nos últimos meses:
0 = superior a três quilos, 1 = não sabe informar, 2 = entre um e três quilos, 3 = sem perda de peso
C –Mobilidade
0 = restrito ao leito ou à cadeira de rodas, 1 = deambula, mas não é capaz de sair de casa, 2 = normal
D - Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda nos últimos três meses?
0 = sim, 2 = não
E - Problemas neuropsicológicos
0 = demência ou depressão graves, 1 = demência leve, 2 = sem problemas psicológicos
F - Índice de massa corpórea (IMC = peso [kg] / estatura [m]2 )
0 = IMC < 19, 1 = 19 ≤ IMC < 21, 2 = 21 ≤ IMC < 23, 3 = IMC ≥ 23
Escore de triagem (subtotal, máximo de 14 pontos)
12 = pontos ou mais = normal; desnecessário continuar a avaliação, 11 = pontos ou menos possibilidade de desnutrição; continuar a
avaliação
33
ESTADO ERISCO NUTRICIONAL
Avaliação nos idosos deve ser feita em 2 grupos:
 Idosos de 60-69 anos apresentam perfil epidemiológico
semelhante aos adultos jovens com alta prevalência de
sobrepeso.
 Idosos de 70 anos e mais apresentam perfil nutricional
diferenciado com alta prevalência de baixo peso;
 A avaliação e feita pelos seguintes itens:
• Analise dos fatores de risco
• Antropometria
• Mini avaliação nutricional
• Avaliação laboratorial
34
DISPONIBILIDADE E ADEQUAÇÃODESUPORTE FAMILIAR E SOCIAL
 A falta de suporte e de adequação do idoso a vida familiar e social e
um dos fatores que contribuem negativamente para as suas
condições clinicas e seu estado funcional.
 Atenção aos indicadores de violência domiciliar, abuso e maus
tratos contra o idoso.
 Lesões corporais inexplicáveis, descuido com a higiene pessoal,
demora na busca de atenção medica, internações frequentes por
não adesão ao tratamento de doenças crônicas, ausência do
familiar na consulta são extremante sugestivos de violência familiar.
 O suporte social e decisivo para o envelhecimento saudável. A
capacidade de socialização e integração social e considerada fator
protetor de saúde e bem-estar.
35
DISPONIBILIDADE E ADEQUAÇÃODESUPORTE FAMILIAR E SOCIAL
Avaliar se o idoso:
 sente-se satisfeito e pode contar com familiares para ajudar a
resolver seus problemas;
 participa da vida familiar e oferece seu apoio quando os outros
membros tem problemas;
 apresenta conflitos com as gerações que compõem a família;
tem suas opiniões acatadas e respeitadas pelos membros que
compõem o núcleo familiar;
 aceita e respeita as opiniões dos demais membros da família;
 participa da vida comunitária e da sociedade em que vive;
 tem amigos e pode contar com eles;
 apoiar seus amigos quando eles tem problemas;
36
APGARDAFAMÍLIA
37
CONDIÇÕES AMBIENTAIS
 Ambiente inadequados contribuem para a
diminuição da capacidade funcional do idoso.
 Avaliar a possibilidade de introduzir modificações
físicas que possam tornar a casa mais
convenientes as suas limitações, para garantir o
máximo de independência possível.
Centro de Inovação UNIMED – BH, Avaliação Geriátrica Ampla
(AGA). Disponível em:
https://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/
wp-content/uploads/2015/02/Avalia%C3%A7%C3%A3o-
Geri%C3%A1trica.pdf
38
REFERÊNCIAS
OBRIGADO
Diego Rezende
diegoresende4@gmail.com
Enfermeiro da Família Coren-PE 1209721. Esp em gerontologia

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Avaliação geriátrica ampla

  • 2. 2 AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA • Reino Unido - Dra Marjory Warren - “mãe da geriatria”: – Em 1936 assume a chefia do hospital londrino de doentes crônicos, – cria a avaliação geriátrica especializada e – introduz a reabilitação, objetivando melhora da qualidade de vida. • Atualmente e estabelecida como: – Avaliação Multidimensional e frequentemente interdisciplinar que utiliza escalas e testes
  • 3. 3 AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA • DEFINICÃO: – Método multidimensional de avaliação do idoso. – Aborda os aspectos clínico, funcional, psicológico • OBJETIVO – Planejamento do cuidado – Acompanhamento a longo-prazo • AGA ≠ Exame Clinico Padrão – Enfatizar a avaliação da capacidade funcional e da qualidade de vida – Baseia-se em escalas e testes quantitativos
  • 4. 4 BENEFÍCIOS E UTILIDADES DA AGA: NÍVEL POPULACIONAL  serve como uma medida precisa em estudos clínicos onde se avalia a capacidade funcional e a qualidade de vida;  identifica populações de risco;  permite um investimento em saúde, qualidade de vida e bem-estar;  serve para planejamento de ações e políticas de saúde. NÍVEL INDIVIDUAL  complementa o ex. clinico tradicional e melhora a precisão diagnostica;  determina o grau e a extensão da incapacidade;  identifica risco de declínio funcional;  permite avaliação de riscos no estado nutricional;  serve de guia para a escolha de medidas que visam restaurar e preservar a saúde (farmacoterapia, fisioterapia, TO,psicoterapia);  identifica fatores que predispõem a iatrogenia e permite estabelecer medidas para sua prevenção;  serve de orientação para mudanças e adaptações no ambiente em que o paciente vive para preservar sua independência;  estabelece critérios para a indicação de internação hospitalar ou em ILP
  • 6. 6 AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA Cognição: Memória – Função Executiva Linguagem – Praxia Gnoxia – Função Visuoespacial Humor: Motivação Mobilidade: Postura/Marcha Capacidade Aeróbica Comunicação: Visão, Audição e Fala
  • 7. ncapacidade cognitiva nstabilidade postural mobilidade ncapacidade Comunicativa ncontinência urinaria atrogênia nsuficiência familiar 7 OS “IS” DA GERIATRIA
  • 8. • Equilíbrio e mobilidade • Função cognitiva • Deficiências sensoriais • Condições emocionais/sintomas depressivos • Disponibilidade e adequação de suporte familiar e social • Condições ambientais • Capacidade funcional – AVD • Estado e risco nutricional 8 AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
  • 9. 9 EQUILIBRIO E MOBILIDADE O envelhecimento altera equilíbrio e mobilidade provocando instabilidade postural, alterações da marcha e risco aumentado de quedas. • Instrumento: – “Timed up and go test” (levantar e andar 3metros). – ≥20 segundos indica instabilidade postural e alto risco de quedas.
  • 10. 10 FUNÇÃO COGNITIVA POR QUE RASTREAR DEFICIT COGNITIVO? • Alta Prevalência de Doença de Alzheimer - 10% daqueles com 65 anos ou mais e quase 50% daqueles com 85 anos ou mais • A maioria das pessoas com demência não apresenta queixa de perda de memória • Déficit cognitivo aumenta o risco de acidentes, não aderência ao tratamento e incapacidade
  • 11. 11 FUNÇÃO COGNITIVA Mini-Exame do Estado Mental (Folstein et al., 1975)  usado largamente  avalia orientação, fixação, evocação, atenção, calculo, linguagem, habilidades visuo-espaciais Testes de funções executivas  teste do relógio  fluência verbal
  • 12. 12 TESTE DO RELÓGIO Avalia melhor a função visuo-espacial e a função executiva, mas sofre influência de todas as funções cognitivas. Outra grande vantagem é a menor influência do grau de alfabetização na realização do teste, aumentando a fidedignidade do teste em pacientes com baixo nível de escolaridade. É um teste eminentemente qualitativo e, portanto, não necessita de score. Consiste em solicitar ao paciente desenhar os números do relógio, marcando determinada hora (2:40), sem mencionar a necessidade de ponteiros. O círculo pode ou não ser oferecido previamente. O teste é considerado completo quando o paciente desenha todos os números do relógio, espacialmente bem distribuídos, e os ponteiros marcando 2:40. O teste não é cronometrado e pode ser repetido quantas vezes forem necessárias.
  • 13. 13 TESTE DO RELÓGIO Interpretação do teste segundo Shulman: 1. Inabilidade absoluta de representar o relógio; 2. O desenho tem algo a ver com o relógio mas com desorganização visuo-espacial grave; 3. Desorganização visuo-espacial moderada que leva a uma marcação de hora incorreta, perseveração, confusão esquerda-direita, números faltando, números repetidos, sem ponteiros, com ponteiros em excesso; 4. Distribuição visuo-espacial correta com marcação errada da hora; 5. 5. Pequenos erros espaciais com dígitos e hora corretos; 6. 6. Relógio perfeito;
  • 15. 15 TESTE DE FLUÊNCIAVERBAL (BRUCKI E COL,2004) Instruções: “Agora o(a) Sr.(a) vai me falar nomes de animais, o máximo de nomes possíveis. Pode ser qualquer tipo de animal (bicho). Fale o mais rápido que puder. Pode começar.” (Marque um minuto) Pontuação de acordo com a escolaridade:  Analfabetos: 12 palavras  1-4 anos: 13 palavras  5-8 anos: 14 palavras  9-11 anos: 16 palavras  >11 anos: 18 palavras
  • 16. 16 MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) FOLSTEIN,FOLSTEIN&MCHUGH,1975–BERTOLUCCIECOL.,1994–BRUCKIECOL.,2003 1. ORIENTAÇÃO NO TEMPO: ( ) ANO ( ) SEMESTRE ( ) MES ( ) DIA DO MES ( ) DIA DA SEMANA 2. ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO: ( ) ESTADO ( ) CIDADE ( ) BAIRRO ( ) LOCAL (nome, função) ( ) ANDAR 3. MEMÓRIA IMEDIATA: Repita as palavras: (um segundo para dizer cada uma, depois pergunte ao idoso todas as três) ( ) CANECA ( ) TIJOLO ( ) TAPETE 4. ATENÇÃO E CÁLCULO: O Sr. Faz cálculos? ( ) Sim ( ) Não Se “sim” faca cinco contas de subtrações de “7” seriadas. ( ) 100-7 ( ) 93-7 ( ) 86-7 ( ) 79-7 ( ) 72-7 Se “não” peca para soletrar a palavra “MUNDO” de trás para frente. ( ) O ( ) D ( ) N ( ) U ( )M 5. MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO: Repita as três palavras que disse há pouco ( ) CANECA ( ) TIJOLO ( ) TAPETE
  • 17. 17 MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) FOLSTEIN,FOLSTEIN&MCHUGH,1975–BERTOLUCCIECOL.,1994–BRUCKIECOL.,2003 Mostre um relógio de pulso e pergunte: O que e isto? Repita com uma caneta ( ) RELOGIO ( ) CANETA Repita o seguinte: ( ) “NEM AQUI, NEM ALI, NEM LA” Realize uma tarefa em três estágios: ( ) “PEGUE ESTE PAPEL COM SUA MAO DIREITA..., ( ) ...COM AS DUAS MAOS DOBRE-O AO MEIO..., ( ) ...EM SEGUIDA PONHA-O AO CHAO.” Leia e faça o que esta escrito no papel: ( ) FECHE OS OLHOS (Mostrar a folha com o comando) Escreva uma frase: ( ) Dar uma folha em branco (Verso) Copiar os pentágonos: ( ) Mostrar a folha com os pentágonos que se cruza
  • 18. PONTUACÃO PELA ESCOLARIDADE:  Analfabetos: 20 pontos  1-4 anos: 25 pontos  5-8 anos: 26 pontos  9-11 anos: 28 pontos  ≥12 anos: 29 pontos 18 MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MEEM) FOLSTEIN,FOLSTEIN&MCHUGH,1975–BERTOLUCCIECOL.,1994–BRUCKIECOL.,2003
  • 19. 19 CONDIÇÕES EMOCIONAIS/SINTOMAS DEPRESSIVOS Os idosos tem alto risco de apresentar depressão. • Manifesta-se de forma atípica, o que dificulta o seu reconhecimento • Importante pesquisar depressão em todos os idosos • Escala de Depressão Geriátrica de Yesavage (GDS) completa e/ou abreviada.
  • 21. 21 DEFICIENCIAS SENSORIAIS 50% dos idosos tem deficiência auditiva/visual que comprometem sua capacidade para AVD e aumentam o risco de declínio funcional. AVALIACAO AUDITIVA – A perda auditiva e comum entre idosos – O déficit auditivo provoca depressão e isolamento – A principio, devemos sempre descartar cerume – Encaminhar para audiometria se necessário ] • Rastreamento anual
  • 22. 22 DEFICIENCIAS SENSORIAIS Teste do sussurro – Avalia a compreensão de sons de baixa intensidade e alta frequência. O examinador permanece de pé, fora do alcance do campo visual do paciente, a uma distancia equivalente ao comprimento do braço do paciente estendido (60cm). O examinador sussurra um conjunto de 3 letras/números, enquanto massageia o tragus da orelha contralateral. O teste é considerado positivo, caso o paciente não consiga repetir corretamente o conjunto de letras/palavras.
  • 24. 24 DEFICIENCIAS SENSORIAIS AVALIAÇÃO VISUAL – Catarata, Glaucoma, Degeneração Macular aumentam com a idade – Perguntar sobre dificuldades no dia-a-dia, dirigir, assistir a TV, ler • Se necessário, usar instrumentos para avaliação – Pedir para ler uma revista ou jornal – Quadro de Snellen Pacientes que leem ate 20/40 são considerados sem disfunção visual P
  • 25. 25 CAPACIDADE FUNCIONAL  Capacidade do idoso para executar atividades que lhe permitem cuidar de si próprio e viver independente em seu meio.  Medida através de instrumentos de avaliação para executar as Atividades da Vida Diária (AVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD)
  • 26. 26 CAPACIDADE FUNCIONAL AVD – englobam todas as tarefas que uma pessoa precisa realizar para o autocuidado. • Escalas que avaliam AVDs : – Índice de Barthel – Índice de Katz – Outras AIVD – compreendem a habilidade do idoso para administrar o ambiente onde vive. • Escalas que avaliam AIVDs :
  • 27. 27 ATIVIDADES BÁSICAS DAVIDA DIÁRIA (AVD) MODIFICADO POR KATZS,DOWNSTD,CASHHRETAL.GERONTOLOGIST,1970;10:20-30 SIM NÂO BANHO Não recebe ajuda ou somente recebe ajuda para uma parte do corpo VESTUÁRIO Pega as roupas e se veste sem qualquer ajuda, exceto p/ amarrar os sapatos HIGIENE PESSOAL Vai e usa o banheiro, veste-se e retorna sem ajuda (andador ou bengala) LOCOMOÇÃO Consegue deitar na cama, sentar na cadeira e levantar- se sem ajuda (andador ou bengala) ALIMENTAÇÃO Come sem ajuda (exceto p/ cortar carne e passar manteiga no pão). CONTINÊNCIA Controla completamente urina e fezes TOTAL SOMATÓRA DE SOMATÓRA DE SIMS: 6 – INDEPENDENCIA; SIMS: 6 – INDEPENDENCIA; 4 – DEPENDENCIA PARCIAL; 2 – DEPENDENCIA TOTAL 4 – DEPENDENCIA PARCIAL; 2 – DEPENDENCIA TOTAL
  • 29. CAPACIDADE PARA REALIZAR AVDS 29 SP 2003 Anos Independentes Dependentes para 3 ou mais AVs 65 a 69 80 25 70 ou + 20 55 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 65 a 69 70 ou + Indepedentes Dependentes para 3 ou mais AVD FONTE: Projeto SABE, 2003
  • 30. 30 ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DAVIDA DIÁRIA (AIVD) LAWTONETAL,1982 ESCORE  9 – TOTALMENTE DEPENDENTE;  10 a 15 – DEPENDENCIA GRAVE;  16 a 20 – DEPENDENCIA MODERADA  21 a 25 – DEPENDENCIA LEVE;  26 a 27 – INDEPENDENCIA
  • 31. 31 ESTADO ERISCO NUTRICIONAL Antropometria: representa as medidas das dimensões corporais usadas para avaliação do estado nutricional. Não ha consenso do uso no idoso. As medidas avaliadas são:  Peso e altura – Índice de Massa Corporal (IMC=peso(Kg)/altura(m)2  Circunferência abdominal  Cintura  Circunferência do braço  Pregas cutâneas  Altura do joelho - estimar altura dos idosos acamados (calcanhar ate a rotula do joelho)  Outros
  • 32. 32 ESTADO ERISCO NUTRICIONAL Mini avaliação nutricional Mini Avaliação Nutricional (Triagem) A - Nos últimos três meses houve diminuição da ingesta alimentar devido a perda de apetite, problemas digestivos ou dificuldade para mastigar ou deglutir? 0 = diminuição severa da ingesta, 1 = diminuição moderada da ingesta, 2 = sem diminuição da ingesta B - Perda de peso nos últimos meses: 0 = superior a três quilos, 1 = não sabe informar, 2 = entre um e três quilos, 3 = sem perda de peso C –Mobilidade 0 = restrito ao leito ou à cadeira de rodas, 1 = deambula, mas não é capaz de sair de casa, 2 = normal D - Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda nos últimos três meses? 0 = sim, 2 = não E - Problemas neuropsicológicos 0 = demência ou depressão graves, 1 = demência leve, 2 = sem problemas psicológicos F - Índice de massa corpórea (IMC = peso [kg] / estatura [m]2 ) 0 = IMC < 19, 1 = 19 ≤ IMC < 21, 2 = 21 ≤ IMC < 23, 3 = IMC ≥ 23 Escore de triagem (subtotal, máximo de 14 pontos) 12 = pontos ou mais = normal; desnecessário continuar a avaliação, 11 = pontos ou menos possibilidade de desnutrição; continuar a avaliação
  • 33. 33 ESTADO ERISCO NUTRICIONAL Avaliação nos idosos deve ser feita em 2 grupos:  Idosos de 60-69 anos apresentam perfil epidemiológico semelhante aos adultos jovens com alta prevalência de sobrepeso.  Idosos de 70 anos e mais apresentam perfil nutricional diferenciado com alta prevalência de baixo peso;  A avaliação e feita pelos seguintes itens: • Analise dos fatores de risco • Antropometria • Mini avaliação nutricional • Avaliação laboratorial
  • 34. 34 DISPONIBILIDADE E ADEQUAÇÃODESUPORTE FAMILIAR E SOCIAL  A falta de suporte e de adequação do idoso a vida familiar e social e um dos fatores que contribuem negativamente para as suas condições clinicas e seu estado funcional.  Atenção aos indicadores de violência domiciliar, abuso e maus tratos contra o idoso.  Lesões corporais inexplicáveis, descuido com a higiene pessoal, demora na busca de atenção medica, internações frequentes por não adesão ao tratamento de doenças crônicas, ausência do familiar na consulta são extremante sugestivos de violência familiar.  O suporte social e decisivo para o envelhecimento saudável. A capacidade de socialização e integração social e considerada fator protetor de saúde e bem-estar.
  • 35. 35 DISPONIBILIDADE E ADEQUAÇÃODESUPORTE FAMILIAR E SOCIAL Avaliar se o idoso:  sente-se satisfeito e pode contar com familiares para ajudar a resolver seus problemas;  participa da vida familiar e oferece seu apoio quando os outros membros tem problemas;  apresenta conflitos com as gerações que compõem a família; tem suas opiniões acatadas e respeitadas pelos membros que compõem o núcleo familiar;  aceita e respeita as opiniões dos demais membros da família;  participa da vida comunitária e da sociedade em que vive;  tem amigos e pode contar com eles;  apoiar seus amigos quando eles tem problemas;
  • 37. 37 CONDIÇÕES AMBIENTAIS  Ambiente inadequados contribuem para a diminuição da capacidade funcional do idoso.  Avaliar a possibilidade de introduzir modificações físicas que possam tornar a casa mais convenientes as suas limitações, para garantir o máximo de independência possível.
  • 38. Centro de Inovação UNIMED – BH, Avaliação Geriátrica Ampla (AGA). Disponível em: https://www.acoesunimedbh.com.br/sessoesclinicas/wordpress/ wp-content/uploads/2015/02/Avalia%C3%A7%C3%A3o- Geri%C3%A1trica.pdf 38 REFERÊNCIAS
  • 39. OBRIGADO Diego Rezende diegoresende4@gmail.com Enfermeiro da Família Coren-PE 1209721. Esp em gerontologia