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Autismo: diálogos acerca das
diversidades
Andréa Ruas da Cruz Nogueira
Psicóloga clinica e escolar
CRP 15.897
Professora de Psicologia Escolar, do desenvolvimento e aprendizagem
Universidade Estadual de Montes Claros
Partimos da premissa que o autismo está para além de um
transtorno diagnóstico do neuro desenvolvimento, superando a
ideia de um corpo de sintomas nosológicos, conforme o
discurso hegemônico, político e científico prevalecente na
atualidade, acerca dessas crianças.
Entendemos estes sujeitos alicerçados em uma estrutura clínica
e subjetiva, uma forma de estar no mundo, um psiquismo
marcado pelas possibilidades de constituições afetivas, sociais,
culturais e educacionais e, portanto, acessível às intervenções.
Autismo
A palavra autismo foi cunhada por Eugéne Bleuler (1911), um psiquiatra
suíço, a partir de sua leitura da teoria da libido de Freud, segundo a qual
os seres falantes são feitos de palavras e de libido, mesmo quando não
falam.
Bleuler o definiu como perda parcial do contato com a realidade,
desvinculação do laço social, isolamento, de maneira que o sujeito se
encontra em dois mundos, isto é, o mundo autista e o mundo das relações
com o outro, sendo esse último experimentado mais como aparência do
que real.
1943 – Leo Kanner (médico austríaco)
Avaliou 11 crianças com padrão de comportamento
semelhante: ausência ou dificuldade de contato afetivo;
ausência ou atraso na aquisição da linguagem ou fala
ecolalica; fixação em determinados objetos
Autismo infantil precoce, Síndrome de Kanner.
1944 – Hans Asperger (médico austríaco)
Avaliou um grupo de adolescentes: memória mecânica; pobreza
na compreensão de idéias abstratas; relações sociais
extravagantes e falta de empatia com os demais; interesse em
assuntos específicos.
Síndrome de Asperger ou Idiot savant (idiota sábio).
Isso pode ser considerado uma forma de inteligência?
A primeira vez que essa categoria foi introduzida no Manual
Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-III-R (1980),
sob a rubrica TGD, transtorno global do desenvolvimento,
contabilizou-se 1 em 150.
O governo dos EUA divulgou em março de 2023, sua última
atualização, com dados de 2020, um retrato da situação. O número
desse estudo com mais de 226 mil crianças, é 22% maior que o
anterior, divulgado em dezembro de 2021, que foi de 1 em 44,
segundo dados do ano de 2018.
CID 11
Organizado pela OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE.
Entrou em vigor em 01 de janeiro de 2022.
O autismo tem um código próprio, o 6A02
TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)
Sendo considerado um transtorno persuasivo do
neurodesenvolvimento.
6A02.2 - transtorno do espectro autista, sem transtorno de
desenvolvimento intelectual e com linguagem funcional prejudicada.
6A02.3 - transtorno do espectro do autismo com distúrbio de
desenvolvimento intelectual e com linguagem funcional prejudicada.
6A02.4 - transtorno do espectro autista, sem - transtorno de
desenvolvimento intelectual e com ausência de linguagem funcional.
6A02.5 - transtorno do espectro do autismo com transtorno do
desenvolvimento intelectual e com ausência de linguagem funcional.
6A02.Y - Outro especificado transtorno do espectro autista.
6A02.Z - transtorno do espectro do autismo, não especificado.
MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE
TRANSTORNOS MENTAIS
Transtorno do espectro autista 299.00 (F84.0)
Feito pela APA
Associação Americana de Psiquiatria
A edição mais recente foi formulada em 2013,
Critérios diagnósticos
A - Dificuldades na comunicação social e interação Social
Déficits nas comunicações verbais e não verbais
Déficits na reciprocidade socioemocional
Déficits para desenvolver manter e compreender relacionamentos
B - Padrões repetitivos e restritos de comportamentos
Apego a rotina
Hiperfoco
Hiper e hiporrelatividade a estímulos
Critérios diagnósticos
Sintomas presentes precocemente
Prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social,
profissional e outras áreas
Comunicação social abaixo do esperado para o nível de
desenvolvimento
C
D
E
NÍVEIS DE GRAVIDADE
• Nível 1: “Exigindo apoio”
• Nível 2: “Exigindo apoio substancial”
• Nível 3: “Exigindo apoio muito substancial”
DESENVOLVIMENTO E CURSO
• Sintomas podem ser reconhecidos entre os 12 a 24 meses
de vida
• Regressão no desenvolvimento
• Ganhos do desenvolvimento ao longo da vida
Reconhecimento Precoce e Possibilidades
Terapêuticas
Sinais de Alerta
•Não balbuciar/apontar aos 12 meses.
•Não falar palavras únicas aos 16 meses.
•Não combinar duas palavras aos 24 meses.
Comportamentos Atípicos
•Expressão facial e contato visual atípicos.
• Indiferença afetiva ou afeto impróprio.
•Dificuldade de interpretar emoções alheias
Sintomas Comuns
•Repetição de frases.
•Dificuldade de compreensão verbal.
•Uso inadequado de gestos.
Reconhecimento Precoce e Possibilidades
Terapêuticas
Diagnóstico
• Baseado em desenvolvimento atípico.
• Sem marcador biológico específico.
Condições Associadas
• Ansiedade, depressão, déficit de atenção.
• Convulsões relativamente comuns.
Evolução
• Variável entre indivíduos.
• Alguns mostram evolução favorável.
Tratamento
• Ausência de medicação para curar sintomas.
• Importância do diagnóstico e reabilitação precoce
O AUTISMO E AS DIFICULDADES NO
PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR
Desafios da criança identificada com autismos
Socialização,
Organização,
Distração e adaptação.
Incluindo as dificuldades de profissionais
qualificados no ambiente escolar.
Dissertação de Mestrado (2021)
O autismo para além de um corpo de sintomas: uma análise
sobre políticas públicas de inclusão e os processos
educacionais
O problema que norteou este trabalho foi: como as políticas
públicas de educação inclusiva, referentes ao autismo, vêm
alicerçando as práticas pedagógicas das professoras da
educação infantil da rede municipal de Monte Claros?
Campo dessa pesquisa: 35 professoras da Educação Infantil de
08 Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI).
Os resultados nos possibilitaram perceber que as professoras
investigadas apresentam significativas dificuldades para
lidarem com os processos educacionais das crianças
identificadas com autismo, bem como suas linguagens e suas
relações sociais, afetivas e subjetivas.
Percebeu-se também que os conhecimentos que vêm
alicerçando suas práticas pedagógicas cotidianas encontram-
se, na maioria das vezes, sob o domínio das ciências médicas,
conforme prevê as atuais políticas públicas da educação
especial. ( Lei 12. 764/2012)
Estas impressões confirmam o pensamento que, cada vez mais, as salas
de aulas vêm sendo alicerçadas por um paradigma positivista de
cientificidade médica e psiquiátrica.
Essa pesquisa foi de extrema importância para a formação de um
conhecimento mais crítico e reflexivo da pesquisadora acerca das
temáticas relacionadas. É ainda, uma forma de contribuir com outras
pesquisas na área, diante um cenário educacional atual, marcado por
retrocessos e perpassado pelo uso abusivo de diagnósticos e laudos nas
escolas, na forma das políticas públicas educacionais de inclusão.

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Autismo e a novas interfaces com a medicina e as politicas públicas

  • 1. Autismo: diálogos acerca das diversidades Andréa Ruas da Cruz Nogueira Psicóloga clinica e escolar CRP 15.897 Professora de Psicologia Escolar, do desenvolvimento e aprendizagem Universidade Estadual de Montes Claros
  • 2. Partimos da premissa que o autismo está para além de um transtorno diagnóstico do neuro desenvolvimento, superando a ideia de um corpo de sintomas nosológicos, conforme o discurso hegemônico, político e científico prevalecente na atualidade, acerca dessas crianças. Entendemos estes sujeitos alicerçados em uma estrutura clínica e subjetiva, uma forma de estar no mundo, um psiquismo marcado pelas possibilidades de constituições afetivas, sociais, culturais e educacionais e, portanto, acessível às intervenções.
  • 3. Autismo A palavra autismo foi cunhada por Eugéne Bleuler (1911), um psiquiatra suíço, a partir de sua leitura da teoria da libido de Freud, segundo a qual os seres falantes são feitos de palavras e de libido, mesmo quando não falam. Bleuler o definiu como perda parcial do contato com a realidade, desvinculação do laço social, isolamento, de maneira que o sujeito se encontra em dois mundos, isto é, o mundo autista e o mundo das relações com o outro, sendo esse último experimentado mais como aparência do que real.
  • 4. 1943 – Leo Kanner (médico austríaco) Avaliou 11 crianças com padrão de comportamento semelhante: ausência ou dificuldade de contato afetivo; ausência ou atraso na aquisição da linguagem ou fala ecolalica; fixação em determinados objetos Autismo infantil precoce, Síndrome de Kanner.
  • 5. 1944 – Hans Asperger (médico austríaco) Avaliou um grupo de adolescentes: memória mecânica; pobreza na compreensão de idéias abstratas; relações sociais extravagantes e falta de empatia com os demais; interesse em assuntos específicos. Síndrome de Asperger ou Idiot savant (idiota sábio). Isso pode ser considerado uma forma de inteligência?
  • 6. A primeira vez que essa categoria foi introduzida no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-III-R (1980), sob a rubrica TGD, transtorno global do desenvolvimento, contabilizou-se 1 em 150. O governo dos EUA divulgou em março de 2023, sua última atualização, com dados de 2020, um retrato da situação. O número desse estudo com mais de 226 mil crianças, é 22% maior que o anterior, divulgado em dezembro de 2021, que foi de 1 em 44, segundo dados do ano de 2018.
  • 7. CID 11 Organizado pela OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Entrou em vigor em 01 de janeiro de 2022. O autismo tem um código próprio, o 6A02 TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) Sendo considerado um transtorno persuasivo do neurodesenvolvimento.
  • 8. 6A02.2 - transtorno do espectro autista, sem transtorno de desenvolvimento intelectual e com linguagem funcional prejudicada. 6A02.3 - transtorno do espectro do autismo com distúrbio de desenvolvimento intelectual e com linguagem funcional prejudicada. 6A02.4 - transtorno do espectro autista, sem - transtorno de desenvolvimento intelectual e com ausência de linguagem funcional. 6A02.5 - transtorno do espectro do autismo com transtorno do desenvolvimento intelectual e com ausência de linguagem funcional. 6A02.Y - Outro especificado transtorno do espectro autista. 6A02.Z - transtorno do espectro do autismo, não especificado.
  • 9. MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS Transtorno do espectro autista 299.00 (F84.0) Feito pela APA Associação Americana de Psiquiatria A edição mais recente foi formulada em 2013,
  • 10. Critérios diagnósticos A - Dificuldades na comunicação social e interação Social Déficits nas comunicações verbais e não verbais Déficits na reciprocidade socioemocional Déficits para desenvolver manter e compreender relacionamentos B - Padrões repetitivos e restritos de comportamentos Apego a rotina Hiperfoco Hiper e hiporrelatividade a estímulos
  • 11. Critérios diagnósticos Sintomas presentes precocemente Prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, profissional e outras áreas Comunicação social abaixo do esperado para o nível de desenvolvimento C D E
  • 12. NÍVEIS DE GRAVIDADE • Nível 1: “Exigindo apoio” • Nível 2: “Exigindo apoio substancial” • Nível 3: “Exigindo apoio muito substancial” DESENVOLVIMENTO E CURSO • Sintomas podem ser reconhecidos entre os 12 a 24 meses de vida • Regressão no desenvolvimento • Ganhos do desenvolvimento ao longo da vida
  • 13. Reconhecimento Precoce e Possibilidades Terapêuticas Sinais de Alerta •Não balbuciar/apontar aos 12 meses. •Não falar palavras únicas aos 16 meses. •Não combinar duas palavras aos 24 meses. Comportamentos Atípicos •Expressão facial e contato visual atípicos. • Indiferença afetiva ou afeto impróprio. •Dificuldade de interpretar emoções alheias Sintomas Comuns •Repetição de frases. •Dificuldade de compreensão verbal. •Uso inadequado de gestos.
  • 14. Reconhecimento Precoce e Possibilidades Terapêuticas Diagnóstico • Baseado em desenvolvimento atípico. • Sem marcador biológico específico. Condições Associadas • Ansiedade, depressão, déficit de atenção. • Convulsões relativamente comuns. Evolução • Variável entre indivíduos. • Alguns mostram evolução favorável. Tratamento • Ausência de medicação para curar sintomas. • Importância do diagnóstico e reabilitação precoce
  • 15. O AUTISMO E AS DIFICULDADES NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR Desafios da criança identificada com autismos Socialização, Organização, Distração e adaptação. Incluindo as dificuldades de profissionais qualificados no ambiente escolar.
  • 16. Dissertação de Mestrado (2021) O autismo para além de um corpo de sintomas: uma análise sobre políticas públicas de inclusão e os processos educacionais O problema que norteou este trabalho foi: como as políticas públicas de educação inclusiva, referentes ao autismo, vêm alicerçando as práticas pedagógicas das professoras da educação infantil da rede municipal de Monte Claros? Campo dessa pesquisa: 35 professoras da Educação Infantil de 08 Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI).
  • 17. Os resultados nos possibilitaram perceber que as professoras investigadas apresentam significativas dificuldades para lidarem com os processos educacionais das crianças identificadas com autismo, bem como suas linguagens e suas relações sociais, afetivas e subjetivas. Percebeu-se também que os conhecimentos que vêm alicerçando suas práticas pedagógicas cotidianas encontram- se, na maioria das vezes, sob o domínio das ciências médicas, conforme prevê as atuais políticas públicas da educação especial. ( Lei 12. 764/2012)
  • 18. Estas impressões confirmam o pensamento que, cada vez mais, as salas de aulas vêm sendo alicerçadas por um paradigma positivista de cientificidade médica e psiquiátrica. Essa pesquisa foi de extrema importância para a formação de um conhecimento mais crítico e reflexivo da pesquisadora acerca das temáticas relacionadas. É ainda, uma forma de contribuir com outras pesquisas na área, diante um cenário educacional atual, marcado por retrocessos e perpassado pelo uso abusivo de diagnósticos e laudos nas escolas, na forma das políticas públicas educacionais de inclusão.