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ANDRÉA RUAS DA CRUZ NOGUEIRA
andreapsicologia6@yahoo.com.br
,
O termo “dificuldade” está mais
relacionado à problemas de ordem
psicopedagógica e/ou sócio -
culturais, ou seja, o problema não
está centrado apenas no aluno,
sendo que essa visão é mais
frequentemente utilizado em uma
perspectiva preventiva.
França (1996)
Por outro lado, o termo “distúrbio” está
mais vinculado ao aluno, na medida em
que sugere a existência de
comprometimento neurológicos em
funções corticais específicas, sendo mais
utilizado pela perspectiva clínica.
França (1996)
Etimologia da palavra Distúrbio
Radical turbare e prefixo dis.
 O radical turbare significa :“alteração violenta na
ordem natural” e pode ser identificado também nas
palavras turvo, turbilhão, perturbar e conturbar.
 O prefixo dis tem como significado: “alteração com
sentido anormal, patológico” e possui valor negativo.
Em síntese, do ponto do vista etimológico,
a palavra distúrbio pode ser traduzida
como “anormalidade patológica por
alteração violenta na ordem natural”.
Collares e Moysés (1992)
Os distúrbios de aprendizagem são
frutos do pensamento médico,
surgindo como entidades
nosológicas e com o caráter de
doenças neurológicas.
Ross (1979, citado por Miranda, 2000),
Esse rótulo ocasionou durante anos que tais
crianças fossem ignoradas, mal
diagnosticadas ou maltratadas e as
dificuldades que demonstravam serem
designadas de várias maneira como
“hiperatividade”, “síndrome hipercinética”,
“síndrome da criança hiperativa”, “lesão
cerebral mínima”, disfunção cerebral mínima”,
“dificuldade de aprendizagem” ou “disfunção
na aprendizagem.”
Ross (1979, citado por Miranda, 2000)
O termo “transtorno” é usado por toda a
classificação, de forma a evitar problemas
ainda maiores inerentes ao uso de termos tais
como “doença” ou “enfermidade”. “Transtorno”
não é um termo exato, porém é usado para
indicar a existência de um conjunto de
sintomas ou comportamentos clinicamente
reconhecível associado, na maioria dos casos,
a sofrimento e interferência com funções
pessoais
(CID – 10: organizado pela Organização Mundial de Saúde - OMS/1992: 5)
Aspectos dos trantornos
 O início ocorre invariavelmente no decorrer da
infância;
 Decorrente de um comprometimento ou atraso
no desenvolvimento de funções que são
fortemente relacionadas à maturação biológica do
sistema nervoso central;
Consequência de um curso estável que não
envolve remissões (desaparecimentos) e recaídas
que tendem a ser características de muitos
transtornos mentais.
…na maioria dos casos, as funções afetadas incluem
linguagem, habilidades visuoespaciais e/ou
coordenação motora. É característico que os
comprometimentos diminuam progressivamente
à medida que a criança cresce (embora déficits
mais leves frequentemente perdurem na vida
adulta). Em geral, a história é de um atraso ou
comprometimento que está presente desde tão
cedo quando possa ser confiavelmente detectado,
sem nenhum período anterior de desenvolvimento
normal. A maioria dessas condições é mais
comum em meninos que em meninas.
(Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Classificação
Internacional de Doenças - 10, 1992: 228)
Fazem parte da categoria dos Transtornos específicos do
desenvolvimento das habilidades escolares as seguintes subcategorias
F81.0 - Transtorno específico da leitura
F81.1 - Transtorno específico do soletrar
F81.2. - Transtorno específico de habilidades
aritméticas
F81.3 - Transtorno misto das habilidades escolares
F81.8 - Outros transtornos do desenvolvimento
das habilidades escolares
F81.9 - Transtornos do desenvolvimento das
habilidades escolares, não especificado
CID- 10
Causas
Predominância de fatores biológicos, os
quais interagem com fatores
ambientais, como oportunidade para
aprender e qualidade do ensino.
É um fator diagnóstico importante que
os transtornos se manifestem durante
os primeiros anos de escolaridade.
….o atraso do desempenho escolar de
crianças em um estágio posterior de suas
vidas escolares, devido à falta de
interesse, a um ensino deficiente, a
perturbações emocionais ou ao aumento
ou mudança no padrão de exigência das
tarefas, não podem ser considerados
Transtornos específicos do
desenvolvimento das habilidades
escolares.
CID-10
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (DSM – IV)*
O termo Transtorno de Aprendizagem situa-se na
categoria dos Transtornos geralmente
diagnosticados pela primeira vez na infância ou
adolescência, sendo classificado em:
 Transtorno de Leitura
Transtorno de Matemática
Transtorno da Expressão Escrita.
*DSM – IV: organizado pela Associação Psiquiátrica Americana/1995
Os Transtornos de Aprendizagem são
diagnosticados quando o desempenho de
indivíduos submetidos a testes padronizados de
leitura, matemática ou expressão escrita está
significativamente abaixo do esperado para a
idade, escolarização e nível de inteligência.
O DSM – IV estima que a prevalência dos
Transtornos de Aprendizagem seja na faixa de 2 a
10% da população, dependendo da natureza da
averiguação e das definições explicadas.
Ao lado do pequeno grupo de crianças que
apresenta Transtornos de Aprendizagem
decorrente de imaturidade do desenvolvimento
e/ou disfunção psiconeurológica, existe um grupo
muito maior de crianças que apresenta baixo
rendimento escolar em decorrência de fatores
isolados ou em interação.
Moojen (1999)
E estas alterações apresentadas por esse contingente maior de alunos
poderiam ser designado como “dificuldades de aprendizagem”. Moojen (1999)
Falta de interesse
Perturbação
emocional
Inadequação metodológica
ou mudança no padrão de
exigência da escola
Ou seja, alterações evolutivas
normais que foram consideradas no
passado como alterações patológicas.
Causas das dificuldades de aprendizagem
Fatores orgânicos: relacionados com aspectos do
funcionamento anatômico, como o funcionamento
dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso
central.
Fatores específicos: relacionados à dificuldades
específicas do indivíduo, os quais não são passíveis
de constatação orgânica, mas que se manifestam na
área da linguagem ou na organização espacial e
temporal, dentre outros.
Causas das dificuldades de aprendizagem
Fatores psicógenos: é necessário que se faça a
distinção entre dificuldades de aprendizagem
decorrentes de um sintoma ou de uma inibição.
Quando relacionado ao um sintoma, o não
aprender possui um significado inconsciente;
quando relacionado a uma inibição, trata-se de
uma retração intelectual do ego, ocorrendo uma
diminuição das funções cognitivas que acaba por
acarretar os problemas para aprender.
Fatores ambientais:
relacionados às condições
objetivas ambientais que
podem favorecer ou não a
aprendizagem do indivíduo.
Pain (1981, citado por Rubinstein, 1996)
Exigir de todos os alunos a mesma atuação, é
um caminho improdutivo; cada um é diferente,
com o seu próprio tempo lógico e psicológico, e
cada um tem uma maneira específica de lidar
com o conhecimento. Respeitar essa “veia”, este
ritmo para o ato de aprender é preservar o
cérebro de uma possível sobrecarga que
contribuiria para uma desintegração total do
processo ensino- aprendizagem
Soares (2005)
Principais transtornos de
aprendizagem
Disca
lculia
Dislexia
Disgra
fia
Disorto
grafia
Disa
rtria
TDAH
Bibliografia
AID (International Dislexia Association, 1994) apud IANHEZ, M. E.; NICO, M. A. Nem
Sempre é o Que Parece: como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2002.
CID – 10: organizado pela Organização Mundial de Saúde - OMS/1992.
COLLARES, C. A. L. e MOYSÉS, M. A. A. A História não Contada dos Distúrbios de
Aprendizagem. Cadernos CEDES no 28, Campinas: Papirus, 1993, pp.31-48.
FRANÇA, C. Um novato na Psicopedagogia. In: SISTO, F. et al. Atuação psicopedagógica
e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – IV),. Artes Médicas,
1995.
MOOJEN, S. Dificuldades ou transtornos de aprendizagem? In: Rubinstein, E. (Org.).
Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999
RUBISTEIN, E. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In: SISTO, F. et al.
Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996
SOARES, D. C. R. O Cérebro X Aprendizagem. 2005. Disponível em: . Acessado em: 1 de
junho 2010.

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Transtornos Aprendizagem

  • 1. ANDRÉA RUAS DA CRUZ NOGUEIRA andreapsicologia6@yahoo.com.br
  • 2. ,
  • 3. O termo “dificuldade” está mais relacionado à problemas de ordem psicopedagógica e/ou sócio - culturais, ou seja, o problema não está centrado apenas no aluno, sendo que essa visão é mais frequentemente utilizado em uma perspectiva preventiva. França (1996)
  • 4. Por outro lado, o termo “distúrbio” está mais vinculado ao aluno, na medida em que sugere a existência de comprometimento neurológicos em funções corticais específicas, sendo mais utilizado pela perspectiva clínica. França (1996)
  • 5. Etimologia da palavra Distúrbio Radical turbare e prefixo dis.  O radical turbare significa :“alteração violenta na ordem natural” e pode ser identificado também nas palavras turvo, turbilhão, perturbar e conturbar.  O prefixo dis tem como significado: “alteração com sentido anormal, patológico” e possui valor negativo. Em síntese, do ponto do vista etimológico, a palavra distúrbio pode ser traduzida como “anormalidade patológica por alteração violenta na ordem natural”. Collares e Moysés (1992)
  • 6. Os distúrbios de aprendizagem são frutos do pensamento médico, surgindo como entidades nosológicas e com o caráter de doenças neurológicas. Ross (1979, citado por Miranda, 2000),
  • 7. Esse rótulo ocasionou durante anos que tais crianças fossem ignoradas, mal diagnosticadas ou maltratadas e as dificuldades que demonstravam serem designadas de várias maneira como “hiperatividade”, “síndrome hipercinética”, “síndrome da criança hiperativa”, “lesão cerebral mínima”, disfunção cerebral mínima”, “dificuldade de aprendizagem” ou “disfunção na aprendizagem.” Ross (1979, citado por Miranda, 2000)
  • 8. O termo “transtorno” é usado por toda a classificação, de forma a evitar problemas ainda maiores inerentes ao uso de termos tais como “doença” ou “enfermidade”. “Transtorno” não é um termo exato, porém é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais (CID – 10: organizado pela Organização Mundial de Saúde - OMS/1992: 5)
  • 9. Aspectos dos trantornos  O início ocorre invariavelmente no decorrer da infância;  Decorrente de um comprometimento ou atraso no desenvolvimento de funções que são fortemente relacionadas à maturação biológica do sistema nervoso central; Consequência de um curso estável que não envolve remissões (desaparecimentos) e recaídas que tendem a ser características de muitos transtornos mentais.
  • 10. …na maioria dos casos, as funções afetadas incluem linguagem, habilidades visuoespaciais e/ou coordenação motora. É característico que os comprometimentos diminuam progressivamente à medida que a criança cresce (embora déficits mais leves frequentemente perdurem na vida adulta). Em geral, a história é de um atraso ou comprometimento que está presente desde tão cedo quando possa ser confiavelmente detectado, sem nenhum período anterior de desenvolvimento normal. A maioria dessas condições é mais comum em meninos que em meninas. (Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da Classificação Internacional de Doenças - 10, 1992: 228)
  • 11. Fazem parte da categoria dos Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares as seguintes subcategorias F81.0 - Transtorno específico da leitura F81.1 - Transtorno específico do soletrar F81.2. - Transtorno específico de habilidades aritméticas F81.3 - Transtorno misto das habilidades escolares F81.8 - Outros transtornos do desenvolvimento das habilidades escolares F81.9 - Transtornos do desenvolvimento das habilidades escolares, não especificado CID- 10
  • 12. Causas Predominância de fatores biológicos, os quais interagem com fatores ambientais, como oportunidade para aprender e qualidade do ensino. É um fator diagnóstico importante que os transtornos se manifestem durante os primeiros anos de escolaridade.
  • 13. ….o atraso do desempenho escolar de crianças em um estágio posterior de suas vidas escolares, devido à falta de interesse, a um ensino deficiente, a perturbações emocionais ou ao aumento ou mudança no padrão de exigência das tarefas, não podem ser considerados Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares. CID-10
  • 14. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – IV)* O termo Transtorno de Aprendizagem situa-se na categoria dos Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou adolescência, sendo classificado em:  Transtorno de Leitura Transtorno de Matemática Transtorno da Expressão Escrita. *DSM – IV: organizado pela Associação Psiquiátrica Americana/1995
  • 15. Os Transtornos de Aprendizagem são diagnosticados quando o desempenho de indivíduos submetidos a testes padronizados de leitura, matemática ou expressão escrita está significativamente abaixo do esperado para a idade, escolarização e nível de inteligência. O DSM – IV estima que a prevalência dos Transtornos de Aprendizagem seja na faixa de 2 a 10% da população, dependendo da natureza da averiguação e das definições explicadas.
  • 16. Ao lado do pequeno grupo de crianças que apresenta Transtornos de Aprendizagem decorrente de imaturidade do desenvolvimento e/ou disfunção psiconeurológica, existe um grupo muito maior de crianças que apresenta baixo rendimento escolar em decorrência de fatores isolados ou em interação. Moojen (1999)
  • 17. E estas alterações apresentadas por esse contingente maior de alunos poderiam ser designado como “dificuldades de aprendizagem”. Moojen (1999) Falta de interesse Perturbação emocional Inadequação metodológica ou mudança no padrão de exigência da escola Ou seja, alterações evolutivas normais que foram consideradas no passado como alterações patológicas.
  • 18. Causas das dificuldades de aprendizagem Fatores orgânicos: relacionados com aspectos do funcionamento anatômico, como o funcionamento dos órgãos dos sentidos e do sistema nervoso central. Fatores específicos: relacionados à dificuldades específicas do indivíduo, os quais não são passíveis de constatação orgânica, mas que se manifestam na área da linguagem ou na organização espacial e temporal, dentre outros.
  • 19. Causas das dificuldades de aprendizagem Fatores psicógenos: é necessário que se faça a distinção entre dificuldades de aprendizagem decorrentes de um sintoma ou de uma inibição. Quando relacionado ao um sintoma, o não aprender possui um significado inconsciente; quando relacionado a uma inibição, trata-se de uma retração intelectual do ego, ocorrendo uma diminuição das funções cognitivas que acaba por acarretar os problemas para aprender.
  • 20. Fatores ambientais: relacionados às condições objetivas ambientais que podem favorecer ou não a aprendizagem do indivíduo. Pain (1981, citado por Rubinstein, 1996)
  • 21. Exigir de todos os alunos a mesma atuação, é um caminho improdutivo; cada um é diferente, com o seu próprio tempo lógico e psicológico, e cada um tem uma maneira específica de lidar com o conhecimento. Respeitar essa “veia”, este ritmo para o ato de aprender é preservar o cérebro de uma possível sobrecarga que contribuiria para uma desintegração total do processo ensino- aprendizagem Soares (2005)
  • 23. Bibliografia AID (International Dislexia Association, 1994) apud IANHEZ, M. E.; NICO, M. A. Nem Sempre é o Que Parece: como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. Rio de Janeiro: Elsevier, 2002. CID – 10: organizado pela Organização Mundial de Saúde - OMS/1992. COLLARES, C. A. L. e MOYSÉS, M. A. A. A História não Contada dos Distúrbios de Aprendizagem. Cadernos CEDES no 28, Campinas: Papirus, 1993, pp.31-48. FRANÇA, C. Um novato na Psicopedagogia. In: SISTO, F. et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM – IV),. Artes Médicas, 1995. MOOJEN, S. Dificuldades ou transtornos de aprendizagem? In: Rubinstein, E. (Org.). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999 RUBISTEIN, E. A especificidade do diagnóstico psicopedagógico. In: SISTO, F. et al. Atuação psicopedagógica e aprendizagem escolar. Petrópolis, RJ: Vozes, 1996 SOARES, D. C. R. O Cérebro X Aprendizagem. 2005. Disponível em: . Acessado em: 1 de junho 2010.