SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Aula de História
com o professor:
Ellington Alexandre
A Igreja na Idade
Média
FASES:
1. Organização interna
2. Aproximação dos poderes políticos
3. Ápice (séculos XI ao XII)
4. Crise e separação entre poderes Igreja/Estado
DEUS
APÓSTOLOS
BISPOS
(anciãos)
• Igreja = ponto de encontro entre romanos e germanos
• Século IV
- Cristianismo como religião oficial do Império Romano
- Sustento: esmolas de fiéis; isenção de impostos
- Tribunal próprio (laicos submetidos à ele eventualmente)
- Celibato era apenas recomendado; tornou-se obrigatório depois de um
tempo.
• Concílios
- Reunião de bispos de todas regiões para discutir questões de doutrina
- 1º Concílio de Nicéia em 325 d.C. (Imp. Constantino I)= posicionamento
sobre o arianismo (condenado pelo Concílio)
- Papel: definição e estruturação da Igreja
“(...) Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em sua doença obtém a saúde do corpo e a
remissão dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que há
infelizes que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados sortilégios:
recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e árvores, amuletos, charlatães, videntes e
adivinhos? (...) Onde quer que estejais, em casa, em viagem, comendo ou em reuniões, não profira
vossa boca palavras torpes e obscenas, e exortai os vizinhos e vossos próximos a que falem sempre o
que é bom e belo, e não palavras más ou maledicência. Evitai as danças organizadas nas festas
religiosas, com suas canções torpes e obscenas: a língua, com a qual o homem deveria louvar a
Deus, é então usada para ferir a si mesmo. E ainda que eu creia que, com a ajuda de Deus e graças a
vossos esforços, erradicados estão daqui aqueles desgraçados costumes herdados do paganismo.
(...). E, se conhecerdes quem ainda lança clamores à lua nova, exortai-o e mostrai-lhe quão grande é
este pecado de ousar confiar-se à proteção da lua – que, simplesmente, por ordem de Deus,
esconde-se de tempos em tempos – por meio de seus gritos e imprecações sacrílegas. E se virdes
alguém dirigir votos junto a fontes ou a árvores e ir procurar, como já dissemos, charlatães, videntes
e adivinhos, pendurar no próprio pescoço – ou no de outros – amuletos diabólicos, talismãs, ervas
ou âmbar, repreendei-o duramente, dizendo que quem cometer estes males perderá a consagração
do Batismo.”
O bispo Cesário de Arles (470-543), em um sermão numa paróquia rural.
• Bispo de Roma se sobrepõe aos outros = Papa (pai de todos os cristãos)
“Um só Deus, uma só Igreja” manter a unidade
WHY?
• Não intencionalidade na busca por poder no século IV
• Prestígio de Roma
• Sobreposição da estrutura eclesiástica à estrutura civil de
Roma
• Centro do Império = centro da Igreja
• Manobra política do Imperador
• Século VIII – Doação de Constantino – poder imperial sobre o Ocidente
para a o Papa romano
Monges
Secular – voltados para atividades em sociedade
• CLERO
Regular – vivem em solidão; seguem uma Regra
• Servir a Deus em ascese e contemplação: silêncio, clausura,
desprendimento material
• Regra de São Bento em 534 d.C.b – “Ora et labora”
- Ordem Beneditina: evangelização da zona rural
• Outras Ordens monásticas: Cluny, Cisterciences, Mendicantes
Rei Igreja
• Papa + Chefe Franco X Lombardos  Pepino, o Breve nomeado Rei; doação
de terras para Papa no século VII formando o Estado Pontifício.
• Vinculação do episcopado ao poder real
• Regulamentação do pagamento do dízimo (obrigatório a partir do século VI
sob pena de excomunhão)
• Com Carlos Magno:
- Clérigos no conselho real
- Cânones com força de lei
- Monarca intervinha em nas funções eclesiásticas podendo nomear e punir
bispos
- Conquistas territoriais dos Carolíngios permitiu a cristianização de outros
povos
- Igrejas próprias
- Renascimento Carolíngio: poder espiritual > poder temporal, logo bispo > rei
A morte do Usurário e do Mendigo.
Gautier de Coincy (1177-1236)
Imagem disponível em
<http://www.idademedianaescola.co
m.br/#!__livro-de-imagens> Acesso
em <13/05/2014>
Mapa de Psalter (século 1250) uma das páginas de ilustrações
de um livro de salmos do século XIII.
Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104
-59702000000400009> Acesso em <13/05/2014>
Representa a perspectiva medieval TO, segundo a qual
Jerusalém se situa ao centro do mapa (vale dizer, do mundo, uma
vez que a Terra era o centro do mundo); no topo do mapa, abaixo
do Cristo Pantocrático, claramente inspirado nas figuras bizantinas,
cujos braços abertos guardam o mundo, o Paraíso Terrestre. Nota-se
a presença de ícones bíblicos, tais como a Arca de Noé, a Torre de
Babel, entre outros. É interessante perceber que as recentes
descobertas geográficas, fruto das cruzadas do século XII, não são
aplicadas à representação cartográfica, sendo o mapa marcado pelo
ensejo de ensinar os fiéis, e não de representar corretamente o
espaço físico (Pelletier, 1989).
Seguindo no sentido horário, no segundo e no primeiro
quadrantes encontra-se a Ásia, região dos filhos de Sem, netos de
Noé, localizando-se Jerusalém ao centro, à beira do mar Negro, e o
Paraíso Terrestre ao topo, tão longe dos homens quanto poderia
estar, perdido pelo pecado original. A arca de Noé aparece perto da
Torre de Babel, entre a Ásia e a África. No quarto quadrante aparece
o continente negro e monstruoso, a África, povoado por Ham, o
mais moreno dos filhos de Noé. Neste continente figuram elefantes,
dragões, monstros e ainda, como um oásis de cristandade em meio
aos infiéis, o reino do lendário Preste João, hoje conhecido como
Etiópia.
Ápice do poder da Igreja
• Paz de Deus (final do século X)
- Fragmentação do Império Carolíngio
- Revoltas camponesas
- Abusos por parte dos cavaleiros – juramento de respeito ao clero e aos bens dos
humildes
- Proibição do uso armas alguns dias por semana e proibia a luta em dias de celebrações
religiosas como a Páscoa e Pentecostes
- Objetivo: “preservar a ordem religiosa, social e política desejada por Deus”
- “Reprimir (Trégua de Deus) e exportar (Guerra Santa) a atividade guerreira dos laicos”
• Reforma Gregoriana (século XI) – Papa Gregório VII
- Reafirmava a ideia do poder espiritual (Igreja) acima do poder temporal (Reis)
- Ofícios eclesiásticos não poderiam ser concedidos por laicos
Ápice do poder da Igreja
•Questão das Investiduras
- Henrique IV (Alemanha) depõe o Papa; Gregório VII excomungou o
imperador e liberou seus súditos da fidelidade devida  Henrique IV
elege outro Papa e marcha contra Roma
- Acordo entre Papa Urbano II e o Rei francês Filipe I põe fim a Questão
das Investiduras (conflitos entre Reis e Igreja continuam)
•Concílio de Latrão (1215)
- Obrigatoriedade da confissão particular uma vez por ano
- Manuais de Confissão: tentam “prever” possíveis confissões para
normatizar as ações dos clérigos; busca absolvição (diferente dos
Manuais de Inquisição)
A Inquisição
• Criada pela Igreja no século XIII
• Objetivos: vigiar, investigar, interrogar, julgar e punir pessoas suspeitas de
heresia
• Similar aos processos da justiça secular do período
“(...) a Inquisição não agiu de forma inovadora, no sentido de ter sido a única a atuar de forma violenta, ter um
julgamento injusto. Ela atuava sob a influência do contexto em que estava inserida, onde a Justiça era bem mais
deficitária, morosa e falha, se comparada a todo aparato jurídico disponível atualmente.” (Ferreira, p. 7, 2011)
• Seria, muitas vezes, menos brutal nos processos do que a justiça secular
“Talvez a fonte de renda mais importante, por ser a que maiores controvérsias proporcionava, era a dos
confiscos. Segundo as leis canônicas, um herege era punido não só em sua pessoa como em seus bens, que
eram apreendidos e confiscados. Se o herege não se arrependia, era “entregue” ao braço secular e queimado;
se se arrependia, reconciliava-se com a Igreja; em ambos os casos, porém, sofria a perda de suas propriedades.
(KAMEN, 1966, p. 189)”
• O Papa Inocêncio IV (1243 - 1254) instituiu algumas regras com relação à utilização
da tortura
Cátaros: extermínio dos puros.
Cátaros (Final do século XII)
“Eles recusavam o ritual da hóstia
sagrada (em suas cerimônias, bastante
simples, havia apenas a repartição do
pão). Tampouco aceitavam o papel
subalterno que o papado romano
reservava para as mulheres – para o
catarismo, o ser humano não admitia
distinção entre sexos. A elas era
permitido, inclusive, celebrar ritos
religiosos. (SILVA, 2008)”
• Cruzada Albigense (Cátaros também
conhecidos como “albigenses”, pois
muitos deles viviam na cidade Albi)
Crise
• Crescimento das críticas ao pretendido controle eclesiástico sobre a
sociedade
• Divisões dentro do clero (surgimento de novas Ordens e grupos
heréticos)
• Cisma do Ocidente (1378-1417)
- Dois Papas: em Roma e Avignon (sede do Papado desde 1309)
• Desenvolvimento do nacionalismo
- Pretendiam ter autonomia eclesiástica
Bibliografia
• FRANCO Jr, Hilário. Idade Média.
• SANTOS, Ricardo Costa dos. Representações Medievais (a idéia de
pecado, morte e vida eterna nas iluminuras). Disponível em
<www2.uefs.br/ppgldc/publicacoes/n7/n7.ricardo.pdf> Acesso em
<13/05/2014>
• FERREIRA, Aline Guedes. Inquisição Católica: em busca de uma
desmistificação da atuação do Santo Ofício. Disponível em
<http://www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp-
content/uploads/2012/01/Aline-Ferreira.pdf> Acesso em
<14/05/2014>
• SILVA, Pedro. O Extermínio dos puros. Disponível em
<http://maniadehistoria.wordpress.com/historia-dos-cataros/>
Acesso em <14/05/2014>

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Catolicismo
CatolicismoCatolicismo
Catolicismoprelcio
 
O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1Carla Teixeira
 
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
8   o cristianismo na idade média -8ª aula8   o cristianismo na idade média -8ª aula
8 o cristianismo na idade média -8ª aulaPIB Penha
 
Apresentação2 reforma
Apresentação2 reformaApresentação2 reforma
Apresentação2 reformaCarla Teixeira
 
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aulaPIB Penha
 
Catolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e HeresiasCatolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e HeresiasLuan Almeida
 
Juramento dos jesutas (completo)
Juramento dos jesutas (completo)Juramento dos jesutas (completo)
Juramento dos jesutas (completo)Deyvson Barros
 
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
A reforma católica e a contra  reforma- parte 1A reforma católica e a contra  reforma- parte 1
A reforma católica e a contra reforma- parte 1Carla Teixeira
 
11 a reforma na europa - 11ª aula
11   a reforma na europa - 11ª aula11   a reforma na europa - 11ª aula
11 a reforma na europa - 11ª aulaPIB Penha
 
5 perseguições e defesa da fé-5ª aula
5  perseguições e defesa da fé-5ª aula5  perseguições e defesa da fé-5ª aula
5 perseguições e defesa da fé-5ª aulaPIB Penha
 
História da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as RevoluçõesHistória da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as RevoluçõesGlauco Gonçalves
 
História da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaHistória da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaAlberto Simonton
 
A reforma religiosa parte 2
A reforma religiosa  parte 2A reforma religiosa  parte 2
A reforma religiosa parte 2Carla Teixeira
 
História da Igreja - Revolução Francesa
História da Igreja - Revolução FrancesaHistória da Igreja - Revolução Francesa
História da Igreja - Revolução FrancesaGlauco Gonçalves
 
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papalHistória da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papalAndre Nascimento
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristãFilipe
 
A 01 O mundo em que nasceu Saulo
A 01 O mundo em que nasceu SauloA 01 O mundo em que nasceu Saulo
A 01 O mundo em que nasceu SauloProfessorcampos
 

Mais procurados (20)

Catolicismo romano brain schwertley
Catolicismo romano   brain schwertleyCatolicismo romano   brain schwertley
Catolicismo romano brain schwertley
 
Catolicismo
CatolicismoCatolicismo
Catolicismo
 
O espirito do catolicismo romano
O espirito do catolicismo romanoO espirito do catolicismo romano
O espirito do catolicismo romano
 
O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1O tempo das reformas religiosas parte 1
O tempo das reformas religiosas parte 1
 
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
8   o cristianismo na idade média -8ª aula8   o cristianismo na idade média -8ª aula
8 o cristianismo na idade média -8ª aula
 
Apresentação2 reforma
Apresentação2 reformaApresentação2 reforma
Apresentação2 reforma
 
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula14   o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
14 o cristianismo na pós-modernidade- 14ª aula
 
Catolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e HeresiasCatolicismo Romano - Seitas e Heresias
Catolicismo Romano - Seitas e Heresias
 
Juramento dos jesutas (completo)
Juramento dos jesutas (completo)Juramento dos jesutas (completo)
Juramento dos jesutas (completo)
 
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
A reforma católica e a contra  reforma- parte 1A reforma católica e a contra  reforma- parte 1
A reforma católica e a contra reforma- parte 1
 
11 a reforma na europa - 11ª aula
11   a reforma na europa - 11ª aula11   a reforma na europa - 11ª aula
11 a reforma na europa - 11ª aula
 
Igreja na Idade Média
Igreja na Idade MédiaIgreja na Idade Média
Igreja na Idade Média
 
5 perseguições e defesa da fé-5ª aula
5  perseguições e defesa da fé-5ª aula5  perseguições e defesa da fé-5ª aula
5 perseguições e defesa da fé-5ª aula
 
História da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as RevoluçõesHistória da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
História da Igreja - O Século XIX e as Revoluções
 
História da Igreja Moderna
História da Igreja ModernaHistória da Igreja Moderna
História da Igreja Moderna
 
A reforma religiosa parte 2
A reforma religiosa  parte 2A reforma religiosa  parte 2
A reforma religiosa parte 2
 
História da Igreja - Revolução Francesa
História da Igreja - Revolução FrancesaHistória da Igreja - Revolução Francesa
História da Igreja - Revolução Francesa
 
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papalHistória da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
História da Igreja I: Aula 10: O apogeu do poder papal
 
A história da igreja cristã
A história da igreja cristãA história da igreja cristã
A história da igreja cristã
 
A 01 O mundo em que nasceu Saulo
A 01 O mundo em que nasceu SauloA 01 O mundo em que nasceu Saulo
A 01 O mundo em que nasceu Saulo
 

Semelhante a Igreja Idade Média

9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptxPIB Penha - SP
 
Clara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José Bernardi
Clara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José BernardiClara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José Bernardi
Clara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José BernardiEugenio Hansen, OFS
 
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptxPIB Penha - SP
 
Reforma e contra reforma religiosa
Reforma e contra reforma religiosaReforma e contra reforma religiosa
Reforma e contra reforma religiosaGrazi Oliveira
 
8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx
8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx
8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptxPIB Penha - SP
 
Feudalismo - francos - árabes
Feudalismo - francos - árabesFeudalismo - francos - árabes
Feudalismo - francos - árabesMarcos Judice
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAdriano Pascoa
 
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIAINTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIAFrancelia Carvalho Oliveira
 
A igreja e a cultura medieval
A igreja e a cultura medievalA igreja e a cultura medieval
A igreja e a cultura medievalÓcio do Ofício
 
12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptxPIB Penha - SP
 
T200 O início da Igreja Cristã até Roma
T200 O início da Igreja Cristã até RomaT200 O início da Igreja Cristã até Roma
T200 O início da Igreja Cristã até RomaGersonPrates
 
História da Igreja - Visão geral
História da Igreja - Visão geralHistória da Igreja - Visão geral
História da Igreja - Visão geralGlauco Gonçalves
 
História do cristianismo ii - Um resumo histórico
História do cristianismo ii - Um resumo históricoHistória do cristianismo ii - Um resumo histórico
História do cristianismo ii - Um resumo históricoGustavo Messias
 
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...Tiago Silva
 

Semelhante a Igreja Idade Média (20)

Igreja medieval 2019 pdf
Igreja medieval 2019 pdfIgreja medieval 2019 pdf
Igreja medieval 2019 pdf
 
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
 
Clara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José Bernardi
Clara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José BernardiClara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José Bernardi
Clara e seu contexto historico / Irineu Trentin, José Bernardi
 
2 a igreja medieval
2 a igreja medieval2 a igreja medieval
2 a igreja medieval
 
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
9 - O Cristianismo na idade media 1- as Cruzadas.pptx
 
Reforma e contra reforma religiosa
Reforma e contra reforma religiosaReforma e contra reforma religiosa
Reforma e contra reforma religiosa
 
8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx
8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx
8 - O Cristianismo na idade média 1-8ª aula.pptx
 
Feudalismo - francos - árabes
Feudalismo - francos - árabesFeudalismo - francos - árabes
Feudalismo - francos - árabes
 
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média CristãAula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
Aula 4 - Quarto Período - A Idade Média Cristã
 
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIAINTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
INTRODUÇÃO A HISTÓRIA DA IGREJA - CURSO BÁSICO EM TEOLOGIA
 
A igreja e a cultura medieval
A igreja e a cultura medievalA igreja e a cultura medieval
A igreja e a cultura medieval
 
Igreja medieval
Igreja medievalIgreja medieval
Igreja medieval
 
12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx12 - A reforma na Europa.pptx
12 - A reforma na Europa.pptx
 
T200 O início da Igreja Cristã até Roma
T200 O início da Igreja Cristã até RomaT200 O início da Igreja Cristã até Roma
T200 O início da Igreja Cristã até Roma
 
História da Igreja - Visão geral
História da Igreja - Visão geralHistória da Igreja - Visão geral
História da Igreja - Visão geral
 
Reforma Protestante
Reforma ProtestanteReforma Protestante
Reforma Protestante
 
A igreja medieval
A igreja medievalA igreja medieval
A igreja medieval
 
História do cristianismo ii - Um resumo histórico
História do cristianismo ii - Um resumo históricoHistória do cristianismo ii - Um resumo histórico
História do cristianismo ii - Um resumo histórico
 
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
08-histc3b3ria-eclesic3a1stica-a-reforma-na-igreja-a-contra-reforma-e-a-igrej...
 
As cruzadas set final
As cruzadas set finalAs cruzadas set final
As cruzadas set final
 

Mais de Professor: Ellington Alexandre

Teoria da história o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...
Teoria da história   o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...Teoria da história   o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...
Teoria da história o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...Professor: Ellington Alexandre
 
Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta
 Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta
Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-metaProfessor: Ellington Alexandre
 
Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.
Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.
Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.Professor: Ellington Alexandre
 
Indicações de livros sobre o Município Santa Rita PB
Indicações de livros sobre  o Município Santa Rita PBIndicações de livros sobre  o Município Santa Rita PB
Indicações de livros sobre o Município Santa Rita PBProfessor: Ellington Alexandre
 

Mais de Professor: Ellington Alexandre (20)

Cuidadora de idosos
Cuidadora de idososCuidadora de idosos
Cuidadora de idosos
 
Slide quem são os povos indígenas do brasil
Slide quem são os povos indígenas do brasilSlide quem são os povos indígenas do brasil
Slide quem são os povos indígenas do brasil
 
Aula de filosofia sobre o conhecimento
Aula de filosofia sobre o conhecimentoAula de filosofia sobre o conhecimento
Aula de filosofia sobre o conhecimento
 
Esquerda, direita e centro na Sociologia Política
Esquerda, direita e centro na Sociologia Política Esquerda, direita e centro na Sociologia Política
Esquerda, direita e centro na Sociologia Política
 
Clube dos concurseiros de Santa Rita
Clube dos concurseiros  de Santa RitaClube dos concurseiros  de Santa Rita
Clube dos concurseiros de Santa Rita
 
Slide como estuda história
Slide como estuda históriaSlide como estuda história
Slide como estuda história
 
Teoria da história o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...
Teoria da história   o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...Teoria da história   o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...
Teoria da história o conhecimento histórico (positivismo, marxismo, annales...
 
Professor Alexandre: Contato
Professor Alexandre: ContatoProfessor Alexandre: Contato
Professor Alexandre: Contato
 
Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta
 Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta
Sociologia 1º ano fatores da mudança e da reprodução social-meta
 
Escola dos annales
Escola dos annalesEscola dos annales
Escola dos annales
 
Quem acabou com o nosso pau brasil
Quem acabou com o nosso pau brasilQuem acabou com o nosso pau brasil
Quem acabou com o nosso pau brasil
 
Qual a diferença entre barão, marquês,
Qual a diferença entre barão, marquês,Qual a diferença entre barão, marquês,
Qual a diferença entre barão, marquês,
 
Reforço escolar
Reforço escolarReforço escolar
Reforço escolar
 
Apresentação Metodologia do Trabalho Científico
Apresentação Metodologia do Trabalho CientíficoApresentação Metodologia do Trabalho Científico
Apresentação Metodologia do Trabalho Científico
 
Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.
Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.
Dia das crianças a infância no Brasil de antigamente.
 
Refletir e mudar prof. 01
Refletir e mudar prof. 01Refletir e mudar prof. 01
Refletir e mudar prof. 01
 
Contagem do tempo na História
Contagem do tempo na HistóriaContagem do tempo na História
Contagem do tempo na História
 
Indicações de livros sobre o Município Santa Rita PB
Indicações de livros sobre  o Município Santa Rita PBIndicações de livros sobre  o Município Santa Rita PB
Indicações de livros sobre o Município Santa Rita PB
 
Slide 01 História da Cidade de Santa Rita PB
Slide 01 História da Cidade de Santa Rita PBSlide 01 História da Cidade de Santa Rita PB
Slide 01 História da Cidade de Santa Rita PB
 
Sugestões para sua apresentação de seminário
Sugestões para sua apresentação de seminárioSugestões para sua apresentação de seminário
Sugestões para sua apresentação de seminário
 

Igreja Idade Média

  • 1. Aula de História com o professor: Ellington Alexandre
  • 2. A Igreja na Idade Média
  • 3. FASES: 1. Organização interna 2. Aproximação dos poderes políticos 3. Ápice (séculos XI ao XII) 4. Crise e separação entre poderes Igreja/Estado
  • 5. • Igreja = ponto de encontro entre romanos e germanos • Século IV - Cristianismo como religião oficial do Império Romano - Sustento: esmolas de fiéis; isenção de impostos - Tribunal próprio (laicos submetidos à ele eventualmente) - Celibato era apenas recomendado; tornou-se obrigatório depois de um tempo. • Concílios - Reunião de bispos de todas regiões para discutir questões de doutrina - 1º Concílio de Nicéia em 325 d.C. (Imp. Constantino I)= posicionamento sobre o arianismo (condenado pelo Concílio) - Papel: definição e estruturação da Igreja
  • 6. “(...) Vede, irmãos, como quem recorre à Igreja em sua doença obtém a saúde do corpo e a remissão dos pecados. Se é possível, pois, encontrar este duplo benefício na Igreja, por que há infelizes que se empenham em causar mal a si mesmos, procurando os mais variados sortilégios: recorrendo a encantadores, a feitiçarias em fontes e árvores, amuletos, charlatães, videntes e adivinhos? (...) Onde quer que estejais, em casa, em viagem, comendo ou em reuniões, não profira vossa boca palavras torpes e obscenas, e exortai os vizinhos e vossos próximos a que falem sempre o que é bom e belo, e não palavras más ou maledicência. Evitai as danças organizadas nas festas religiosas, com suas canções torpes e obscenas: a língua, com a qual o homem deveria louvar a Deus, é então usada para ferir a si mesmo. E ainda que eu creia que, com a ajuda de Deus e graças a vossos esforços, erradicados estão daqui aqueles desgraçados costumes herdados do paganismo. (...). E, se conhecerdes quem ainda lança clamores à lua nova, exortai-o e mostrai-lhe quão grande é este pecado de ousar confiar-se à proteção da lua – que, simplesmente, por ordem de Deus, esconde-se de tempos em tempos – por meio de seus gritos e imprecações sacrílegas. E se virdes alguém dirigir votos junto a fontes ou a árvores e ir procurar, como já dissemos, charlatães, videntes e adivinhos, pendurar no próprio pescoço – ou no de outros – amuletos diabólicos, talismãs, ervas ou âmbar, repreendei-o duramente, dizendo que quem cometer estes males perderá a consagração do Batismo.” O bispo Cesário de Arles (470-543), em um sermão numa paróquia rural.
  • 7. • Bispo de Roma se sobrepõe aos outros = Papa (pai de todos os cristãos) “Um só Deus, uma só Igreja” manter a unidade WHY? • Não intencionalidade na busca por poder no século IV • Prestígio de Roma • Sobreposição da estrutura eclesiástica à estrutura civil de Roma • Centro do Império = centro da Igreja • Manobra política do Imperador • Século VIII – Doação de Constantino – poder imperial sobre o Ocidente para a o Papa romano
  • 8. Monges Secular – voltados para atividades em sociedade • CLERO Regular – vivem em solidão; seguem uma Regra • Servir a Deus em ascese e contemplação: silêncio, clausura, desprendimento material • Regra de São Bento em 534 d.C.b – “Ora et labora” - Ordem Beneditina: evangelização da zona rural • Outras Ordens monásticas: Cluny, Cisterciences, Mendicantes
  • 9. Rei Igreja • Papa + Chefe Franco X Lombardos  Pepino, o Breve nomeado Rei; doação de terras para Papa no século VII formando o Estado Pontifício. • Vinculação do episcopado ao poder real • Regulamentação do pagamento do dízimo (obrigatório a partir do século VI sob pena de excomunhão) • Com Carlos Magno: - Clérigos no conselho real - Cânones com força de lei - Monarca intervinha em nas funções eclesiásticas podendo nomear e punir bispos - Conquistas territoriais dos Carolíngios permitiu a cristianização de outros povos - Igrejas próprias - Renascimento Carolíngio: poder espiritual > poder temporal, logo bispo > rei
  • 10. A morte do Usurário e do Mendigo. Gautier de Coincy (1177-1236) Imagem disponível em <http://www.idademedianaescola.co m.br/#!__livro-de-imagens> Acesso em <13/05/2014>
  • 11. Mapa de Psalter (século 1250) uma das páginas de ilustrações de um livro de salmos do século XIII. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104 -59702000000400009> Acesso em <13/05/2014> Representa a perspectiva medieval TO, segundo a qual Jerusalém se situa ao centro do mapa (vale dizer, do mundo, uma vez que a Terra era o centro do mundo); no topo do mapa, abaixo do Cristo Pantocrático, claramente inspirado nas figuras bizantinas, cujos braços abertos guardam o mundo, o Paraíso Terrestre. Nota-se a presença de ícones bíblicos, tais como a Arca de Noé, a Torre de Babel, entre outros. É interessante perceber que as recentes descobertas geográficas, fruto das cruzadas do século XII, não são aplicadas à representação cartográfica, sendo o mapa marcado pelo ensejo de ensinar os fiéis, e não de representar corretamente o espaço físico (Pelletier, 1989). Seguindo no sentido horário, no segundo e no primeiro quadrantes encontra-se a Ásia, região dos filhos de Sem, netos de Noé, localizando-se Jerusalém ao centro, à beira do mar Negro, e o Paraíso Terrestre ao topo, tão longe dos homens quanto poderia estar, perdido pelo pecado original. A arca de Noé aparece perto da Torre de Babel, entre a Ásia e a África. No quarto quadrante aparece o continente negro e monstruoso, a África, povoado por Ham, o mais moreno dos filhos de Noé. Neste continente figuram elefantes, dragões, monstros e ainda, como um oásis de cristandade em meio aos infiéis, o reino do lendário Preste João, hoje conhecido como Etiópia.
  • 12. Ápice do poder da Igreja • Paz de Deus (final do século X) - Fragmentação do Império Carolíngio - Revoltas camponesas - Abusos por parte dos cavaleiros – juramento de respeito ao clero e aos bens dos humildes - Proibição do uso armas alguns dias por semana e proibia a luta em dias de celebrações religiosas como a Páscoa e Pentecostes - Objetivo: “preservar a ordem religiosa, social e política desejada por Deus” - “Reprimir (Trégua de Deus) e exportar (Guerra Santa) a atividade guerreira dos laicos” • Reforma Gregoriana (século XI) – Papa Gregório VII - Reafirmava a ideia do poder espiritual (Igreja) acima do poder temporal (Reis) - Ofícios eclesiásticos não poderiam ser concedidos por laicos
  • 13. Ápice do poder da Igreja •Questão das Investiduras - Henrique IV (Alemanha) depõe o Papa; Gregório VII excomungou o imperador e liberou seus súditos da fidelidade devida  Henrique IV elege outro Papa e marcha contra Roma - Acordo entre Papa Urbano II e o Rei francês Filipe I põe fim a Questão das Investiduras (conflitos entre Reis e Igreja continuam) •Concílio de Latrão (1215) - Obrigatoriedade da confissão particular uma vez por ano - Manuais de Confissão: tentam “prever” possíveis confissões para normatizar as ações dos clérigos; busca absolvição (diferente dos Manuais de Inquisição)
  • 14. A Inquisição • Criada pela Igreja no século XIII • Objetivos: vigiar, investigar, interrogar, julgar e punir pessoas suspeitas de heresia • Similar aos processos da justiça secular do período “(...) a Inquisição não agiu de forma inovadora, no sentido de ter sido a única a atuar de forma violenta, ter um julgamento injusto. Ela atuava sob a influência do contexto em que estava inserida, onde a Justiça era bem mais deficitária, morosa e falha, se comparada a todo aparato jurídico disponível atualmente.” (Ferreira, p. 7, 2011) • Seria, muitas vezes, menos brutal nos processos do que a justiça secular “Talvez a fonte de renda mais importante, por ser a que maiores controvérsias proporcionava, era a dos confiscos. Segundo as leis canônicas, um herege era punido não só em sua pessoa como em seus bens, que eram apreendidos e confiscados. Se o herege não se arrependia, era “entregue” ao braço secular e queimado; se se arrependia, reconciliava-se com a Igreja; em ambos os casos, porém, sofria a perda de suas propriedades. (KAMEN, 1966, p. 189)” • O Papa Inocêncio IV (1243 - 1254) instituiu algumas regras com relação à utilização da tortura
  • 15. Cátaros: extermínio dos puros. Cátaros (Final do século XII) “Eles recusavam o ritual da hóstia sagrada (em suas cerimônias, bastante simples, havia apenas a repartição do pão). Tampouco aceitavam o papel subalterno que o papado romano reservava para as mulheres – para o catarismo, o ser humano não admitia distinção entre sexos. A elas era permitido, inclusive, celebrar ritos religiosos. (SILVA, 2008)” • Cruzada Albigense (Cátaros também conhecidos como “albigenses”, pois muitos deles viviam na cidade Albi)
  • 16. Crise • Crescimento das críticas ao pretendido controle eclesiástico sobre a sociedade • Divisões dentro do clero (surgimento de novas Ordens e grupos heréticos) • Cisma do Ocidente (1378-1417) - Dois Papas: em Roma e Avignon (sede do Papado desde 1309) • Desenvolvimento do nacionalismo - Pretendiam ter autonomia eclesiástica
  • 17. Bibliografia • FRANCO Jr, Hilário. Idade Média. • SANTOS, Ricardo Costa dos. Representações Medievais (a idéia de pecado, morte e vida eterna nas iluminuras). Disponível em <www2.uefs.br/ppgldc/publicacoes/n7/n7.ricardo.pdf> Acesso em <13/05/2014> • FERREIRA, Aline Guedes. Inquisição Católica: em busca de uma desmistificação da atuação do Santo Ofício. Disponível em <http://www.ufrb.edu.br/simposioinquisicao/wp- content/uploads/2012/01/Aline-Ferreira.pdf> Acesso em <14/05/2014> • SILVA, Pedro. O Extermínio dos puros. Disponível em <http://maniadehistoria.wordpress.com/historia-dos-cataros/> Acesso em <14/05/2014>