1) O documento descreve a história da Igreja Católica desde os primeiros séculos até a era moderna, com ênfase nos desafios enfrentados em cada período, como heresias, perseguições e reformas. 2) A Igreja se expandiu rapidamente no Império Romano e enfrentou divisões posteriores entre as igrejas ocidental e oriental. 3) Nos séculos recentes, a Igreja reagiu aos movimentos de reforma, iluminismo e guerras mundiais, realizando concílios como Trento e Vaticano
2. Introdução
As marcas profundas de erros históricos cometidos são
apresentadas, não para desânimo ou julgamento, mas
para sentirmos que como povo que caminha, muito há
de se crescer espiritualmente
É preciso salientar também que nunca
faltaram, mesmo em tempos difíceis,
testemunhas vivas e santas, sob cujo
testemunho se assentam ainda
hoje os pilares da Igreja, unidos aos
méritos de Jesus.
3. 1.1 . Surgimento e Expansão
A história de Jesus transcorre na Palestina, província Romana, cujo Império
compreendia todos os países da bacia do Mediterrâneo estendendo-se do
Atlântico ao Eufrates e ao Tigres, do Reno e o Danúbio até o Nilo e os
desertos da Arábia e África.
O cristianismo expandiu-se
rapidamente no Império Romano: no
Oriente até para além de suas
fronteiras. Esta expansão foi
indubitavelmente favorecida pelas
condições descritas acima, além do
fato de que duas línguas: o latim (oficial
do império) e o grego (principalmente
4. 1. A Igreja No Mundo Antigo
existe nos primeiros séculos a preocupação por parte dos cristãos de
defender-se de doutrinas e heresias (erro doutrinário). Estas heresias
provocavam separações entre os cristãos desde esses primeiros
séculos.
Mais tarde estas separações vão ser chamadas "cismas" (quando
causadas por questões disciplinares) e heresias, (quando a separação
é doutrinária).
Em meados do século II, inicia-se
o período dos Santos Padres
(Santos Pais ou Mães da Igreja),
interessados no diálogo com a
cultura greco-romana e criando
lentamente a cultura cristã.
5. 1.2. Perseguições no tempo do Império.
Pedro e Paulo pereceram sob o
governo de Nero (anos 54-68). A
primeira perseguição aos cristãos
teve como pano de fundo uma
catástrofe. Na noite de 18 de julho
de 64 teve início em Roma um
incêndio que durou seis dias e
queimou 75% da cidade. O povo
atribuiu tal fato ao imperador que
para desviar a atenção e a fúria
popular mandou prender milhares
de cristãos sob a acusação
de ateísmo
6. Prosseguiu no tempo do Imperador Trajano, durante o qual foi
martirizado Santo Inácio de Antioquia. Durante o império de Marco
Aurélio foram muitos cristãos martirizados, entre os quais São
Policarpo e Justino.
1.2. Perseguições no tempo do Império.
Foi durante o reinado de Diocleciano que
ocorreu a perseguição mais intensa. Só
encerrada no período de Constantino,
convertido ao cristianismo. Com a
liberdade religiosa se multiplicaram as
heresias, entre as quais o arianismo. Em
Nicéia (325) e Constantinopla (381) são
realizados Concílios Ecumênicos com o
objetivo de esclarecimento da doutrina
7. 1.3. Separação entre o Ocidente e o Oriente
No tempo de Teodósio I, houve a divisão do Império Romano que
futuramente iria provocar também um afastamento entre a Igreja
Ocidental e a Oriental, motivada, principalmente, pela diferença de -
língua
Por falta de uma autoridade central que
pudesse suprir as dificuldades sociais e
políticas, os papas começaram a assumir
a direção política, com primazia dos
bispos de Roma nos primeiros séculos.
Surge, com força crescente, uma rivalidade na
pessoa do patriarca de Constantinopla que,
como bispo dessa cidade, reivindica o mesmo
poder para a parte oriental. O século VI
termina com grande distanciamento entre o
Oriente e o Ocidente tanto no campo político
8. 1.3. Separação entre o Ocidente e o Oriente
Surge, com força crescente, uma rivalidade na pessoa do patriarca de
Constantinopla que, como bispo dessa cidade, reivindica o mesmo poder
para a parte oriental. O século VI termina com grande distanciamento
entre o Oriente e o Ocidente tanto no campo político como eclesiástico.
9. 2. A Igreja na Idade Média
• Primeira Idade Média que vai desde
os fins do século VII até a época do
papa Gregório VII (1073- 1085)
• Alta Idade Média nos séculos XI a XIII
• Baixa Idade Média (1300 -I 500).
historiadores dividem o período da Idade Média em
três etapas:
10. 2.1. A Primeira Idade Média
Momento de dor pela perda do norte da África, Egito,
Arábia, Mesopotâmia e Síria, mas, também com alegria
pela cristianização dos germanos e eslavos.
a divergência de língua e calendário;
interpretações sobre o pão ázimo e
pão fermentado, na Eucaristia; uso
da barba; celibato e a questão do
"Filioque". A coroação de Carlos
Magno pelo Papa Leão II em 800
acirrou os ânimos entre Roma e
Bizâncio.
Em 1054 se concretiza a divisão entre a Igreja do Ocidente e do
Oriente, destacando-se com principais problemas:
11. Se caracteriza por uma hegemonia do Papado com a Reforma Gregoriana,
visando uma renovação da Igreja ao seu fortalecimento espiritual. Essa
hegemonia atinge seu ponto culminante com Inocêncio III.
2. A Alta Idade Média
Há um posicionamento contra a
mundanização da Igreja, contra o
emprego abusivo os dízimos para as
cruzadas e dos impostos contra as
penas eclesiásticas por motivos
políticos. Surgem sucessivos
movimentos objetivando uma Igreja do
Espírito Santo, mais purificada e santa.
Os séculos XII e XIII se caracterizam pelo surgimento de novas Ordens Religiosas
(Franciscanos e Dominicanos); grandes santos; muita fé; construção de catedrais
e surgimento das Universidades com o apoio da Igreja. É também um grande
momento para a ecologia com São Tomas de Aquino, São Boaventura e outros.
12. Apesar de a Igreja continuar forte, surgem
muitas discussões culturais. A Igreja tem que
tratar com novas situações:
a) Uma profunda reflexão sobre a existência
do homem no mundo;
b) A civilização urbana e burguesa adquirindo
Importância determinante para o futuro;
c) A fase de certezas abaladas na vida
eclesiástica; Profundo crescimento do
individualismo;
d) O grande Cisma do Ocidente;
e) Conquista de Constantinopla pelos turcos
em 1453, etc.
2.3. Baixa Idade Média
13. Nasce praticamente logo após o
Concilio de Tolosaem 1229 e
perdura até 1834.
Os acontecimentos daquele tempo
devem levar o homem a meditar
profundamente sobre os direitos da
dignidade humana e também de que
o cristianismo não pode ser imposto,
tem que ser fruto de uma conquista
pelo amor.
2.4. Inquisição
14. 3. A Igreja na Idade Moderna
Começa com o protesto
de Lutero (monge e
depois padre agostiniano
e professor universitário)
sobre a pregação das
indulgências, cujos
pregadores faziam o
possível para conseguir
dinheiro para as obras da
nova Basilica de S. Pedro
em Roma. Com a
promulgação de 95 teses
em 31 de outubro de 15
17 por parte de Lutero,
houve um impasse entre
3.I. A Reforma
15. Na Suíça, Calvino e Zwinglio iniciam um movimento que deu origem à Igreja
Reformada, o qual recebeu adesão da maior parte da Suíça, parte da
Alemanha, parte da França e parte da Holanda.
3.2. Algumas consequências da Reforma
John Knox, na Escócia,
apoia as teses de
Calvino e dá inicio a um
movimento que toma o
nome de Igreja
Presbiteriana.
16. A tentativa de restabelecimento da unidade
foi realizada através do Concilio de Trento
(1545-1565).
Esse concílio marcou de forma bem profunda a Igreja Católica dos
tempos atuais. Sua época, problemas enfrentados e soluções que
foram adotadas, o caracterizam como um dos mais importantes da
história da Igreja.
Destacamos ainda:
• O surgimento de novas ordens religiosas
bastante ativas, onde se destacam os jesuítas e os
capuchinhos .
• As missões iniciadoras de evangelização na
América e retomadas na África e Ásia.
3.3. Uma reformulação Católica
17. 3.4. Mudanças no rumo da humanidade
As ideias e correntes de pensamento provocaram mudança de
comportamento de forma sensível. O iluminismo colocando o
homem no centro de todos os esforços, provocou muita luta
tanto a nível intelectual como político.
No iluminismo nasce a
maçonaria modernas
20. 1 - Introdução
foi um tempo de grandes
modificações e descobertas. Um
tempo em que a tecnologia obteve
resultados que nos permitem antever
a velocidade com que novos avanços
ocorrerão.
21. I. O período das Guerras Mundiais
1.1. O Papa Leão XIII (1878-1903)
Dotado de um espírito conciliador, conseguiu
acalmar e resolver boa dos problemas
existentes na Igreja, preparando o caminho
para um relacionamento justo da mesma com
o mundo moderno e seus problemas.
1.2. O Papa PIO X (1903-1914)
Atentou principalmente para uma
renovação religiosa e uma defesa contra
erros, reais ou supostos.
22. I. O período das Guerras Mundiais
I .3. O Papa Bento XV (1914-1922)
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e
suas consequências imediatas tomaram
grande parte de atenção em seu papado.
Sentiu a necessidade de alteração nos
métodos missionários.
1.4. O Papa PIO XI (1922-1939)
Lançou o seu programa: "A paz de Cristo no
Reino de Cristo" num mundo que mal vivia as
amarguras provenientes de uma guerra e já
se preparava para outra. Aquilo que Bento XV
houvera manifestado se toma uma realidade
e a obra das missões tomou um impulso
gigantesco.
23. I. O período das Guerras Mundiais
No ano de 1929, pelo Tratado de Latrão,
entre a Santa Sé e o governo da Itália foi
resolvido a "questão romana": O papa
abandonou sua reivindicação dos antigos
Estados da Igreja e foi-lhe reconhecida a
soberania sobre a Cidade do Vaticano.
24. 1.5. O Papa PIO XII (1939/1958)
Seu pontificado foi obscurecido pelas tensões
da Segunda Guerra Mundial, pela hostilidade do
Nacional Socialismo que tanto sofrimento
trouxe para a Europa e o mundo inteiro e pela
expansão do comunismo.
Em 1952 organiza-se a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
2. João XXIII e o Concílio Vaticano 11
2. I . O Papa de transição
Assim era visto pelo mundo foi eleito após a morte de Pio XII.
Com ele a Igreja foi revigorada, tanto pelas suas Encíclicas como
pela convocação do Concilio Vaticano I I (I 1-10-1962 a 07-12-
1965).
Houve uma retomada da consciência sobre a unidade da
Igreja entre seus pastores e o laicato; uma redescoberta
do valor da Igreja Particular, ou local; uma nova
linguagem catequético litúrgica; e uma abertura para o
25. 3.1. A I Assembléia Geral do Episcopado Latino Americano (CELAM), no Rio de Janeiro
em 1955.
3.2. As Assembléias em Medellín/Puebla/ Santo Domingo. Trazendo como resultado
as tentativas de organização das Comunidades Eclesiais de Base e de Planos Nacionais
de Pastoral. O desafio das seitas e o sincretismo religioso
4.1. O crescimento das seitas e o sincretismo religioso são fatores preocupantes,
principalmente, pela inexistência de compromisso com o Evangelho.
4.2. A situação demonstra um desejo de religiosidade, mas se confundem
pensamentos sérios com formas inspiradas no gnosticismo.
4.3. Diante da situação devemos buscar com fé e consciência caminhos que possam
dar atendimento às necessidades do povo.
4.4. A experiência da RCC .Os Grupos de Oração têm sido importantes na conquista e
conversão de corações angustiados. A RCC tem procurado formar pessoas que possam
3. A Igreja na América Latina
26. Conclusão
Momentos de grande efusão, como o Concilio e
encontros dos Bispos da Igreja. Momentos em que
o laicato católico, na força do mesmo Espírito,
redescobriu seu lugar nessa mesma Igreja e,
decisivamente, partiu para um trabalho de
apostolado, evangelização e missão, como jamais
se viu :na história