O documento discute os princípios da ressonância magnética, incluindo aplicação de campos de radiofrequência, sinais de indução livre, relaxação longitudinal e transversal, constantes de tempo T1 e T2, sequências de pulso como spin eco e gradiente eco, e o uso de diferentes sequências para obter ponderações em T1 e T2.
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Aplicação do Campo de
Radiofrequência (B1)
• Transfere energia para o vetor magnetização,
desviando-o do alinhamento ou quando for de
90º, jogando-o para o plano transversal;
• Faz com que os núcleos precessem,
momentaneamente em fase no plano
transversal;
6. Processos de Relaxação:
Longitudinal e Transversal
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• Relaxação spin-spin e spin-rede e juntas fazem
com que o Vetor de Magnetização Efetiva (VME)
retorne ao seu estado de equilíbrio (paralelo a
B0).
• Duas constantes de tempo foram criadas para
caracterizar cada um destes processos:
T1 e T2
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• A constante T1 está relacionada ao tempo de
retorno da magnetização para o eixo longitudinal
e é influenciada pela interação dos spins com a
rede.
• A constante T2 faz referência a redução da
magnetização no plano transversal e é
influenciada pela interação spin spin (dipolo-
dipolo).
11. Constante de Tempo
T2 versus T2*
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• Variações locais do campo magnético principal
(B0) causam defasagem dos momentos
magnéticos, aumentando ainda mais a
relaxação no plano transversal e acelerando o
decaimento do sinal de indução livre.
T2* (T2 estrela)
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T2* e T2
• Decaimento T2* (variável)
– Campo magnético externo (B0)
– Interação entre spins (spin-spin)
– Difusão (fator menor)
• Decaimento T2 (fixo)
– Interação entre spins (spin-spin)
T2
T2* t
14. SEQUENCIAS DE PULSO
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Ecos de Spins ou Spin Eco (SE)
• A sequência de pulso Spin Eco se caracteriza
pela aplicação de um pulso inicial de RF de
90º, seguido de um pulso de RF de 180º.
• Como já descrito anteriormente, o intervalo
de tempo t entre a aplicação destes dois
pulsos irá determinar o surgimento do eco em
2t. Chamaremos de tempo de eco (TE).
15. Sequência de pulso SE.
90º
180º sinal
90º
t
TR
t = intervalo entre o pulso de 90º e o de 180º
TE = intervalo ente o pulso de 90º e o sinal de RM
TR = intervalo entre os pulsos de 90º, reiniciando o ciclo
TE
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16. • O TE determina o quanto de relaxação no
plano longitudinal estará presente no eco.
• O TR estabelece o quanto de magnetização
longitudinal se recuperou entre sucessivos
pulsos de 90º.
• O pulso de RF de 180º permite formar o eco.
pois irá refasar os spins, gerando assim
novamente sinal na bobina (eco).
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Sequência de pulso SE.
17. Pulso de 180º - SE
B0
90
180
sinal
T2*
T2
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18. Seleção de Corte,
Codificação de Fase e
Codificação de Frequência
Cada etapa representa o acionamento
de gradientes em uma dada direção.
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19. • Duas grandes famílias de sequências de pulso
são usadas para formar imagens de RM:
Spin Eco (SE) e Gradiente Eco (GRE)
• A partir destas duas famílias se originam uma
diversidade de sequências de pulso que serão
criadas, modificadas e aperfeiçoadas para
atender necessidades específicas de cada
região do corpo e patologia.ERIVALDO 2015
Sequências de pulso
21. • A ponderação na imagem é controlada pelo
TR e pelo TE. Os tempos típicos de TR e TE,
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Sequências de pulso
Spin Eco (SE) ou Ecos de Spin
23. • As escolhas do TR e do TE pelo operador do
equipamento determina o adequado
contraste na imagem.
• Uma alteração incorreta poderá resultar na
perda das diferenças que existem entre os
tecidos (exemplo, entre a substância branca e
a substância cinzenta cerebral) ou mesmo
ocultar lesões.
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Sequências de pulso
Spin Eco (SE) ou Ecos de Spin
25. Spin Eco Multieco
• Uma variação da SE convencional é a multieco, onde,
dentro de um mesmo TR, são selecionados dois
tempos de eco diferentes.
• O primeiro TE é curto e o segundo TE é longo.
• Após cada um dos pulsos de RF de 180º serem
aplicados, surgirá um eco.
• Está técnica é usada para obtermos, dentro do
mesmo TR, uma imagem ponderada em T2 e uma
imagem ponderada na densidade de prótons (DP).
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27. Tempo de Aquisição
Tempo Imagem = TR⋅ NCF ⋅ NEX
• TR é o tempo de repetição (em segundos),
• NCF é o número de codificações de fase
• NEX é o número de excitações ou número de
espaços k coletados.
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28. Ponderação em T1
• TR = 500ms, 256 codificações de fase e NEX =
1, o tempo de aquisição será de 128 segundos
ou cerca de 2 minutos.
Ponderação em T2
• TR igual a 2500ms, 256 codificações de fase e
NEX igual a 1, o tempo total de aquisição
passa a ser de 640 segundos ou quase 11
minutos. ERIVALDO 2015
29. Turbo ou Fast Spin Eco (TSE ou FSE)
ou Spin Eco Rápida
• A sequência de pulso turbo spin eco (TSE)
utiliza múltiplos pulsos de RF de 180º,
combinados a múltiplas codificações de fase,
dentro de um mesmo TR.
• O número de pulso de RF de 180º a ser
empregado é chamado de fator turbo ou
tamanho do trem de ecos.
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30. Spin Eco Rápida em Única Tomada
(SSFSE, SSTSE ou HASTE)
• É uma sequência de pulso rápida que se
caracteriza por preencher parcialmente o
espaço k com ecos produzidos por múltiplos
pulsos de 180º aplicados dentro de um único
tempo de repetição (1 TR).
• O TE efetivo fica bastante alto e com isso a
imagem resultante é altamente ponderada em
T2.
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32. Gradiente Eco
• As sequências de pulso gradiente eco (GRE)
são similares a SE, mas ao invés de usar um
pulso de RF de 180º para refasar os spins, é
utilizado um gradiente de campo magnético.
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34. Exemplos de Utilização de
Sequências de Pulso GRE
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Time-of-Flight (TOF) Projeção de Máxima
Intensidade (MIP)
GRE ( T2* )
35. • A sequência GRE conhecida como CISS,
FIESTA-C ou T2-Bffe, permite obter imagens
3D com cortes submilimétrico, em que
demonstra uma imagem com ponderação
similar a T2 estruturas tão pequenas como os
canais semicirculares ou o conjunto de pares
de nervos cranianos.
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36. STIR
• A técnica STIR permite que possamos anular o
sinal da gordura e produzir imagens onde a
saturação por uso de pulsos de RF (pulsos de
saturação espectral) não é possível, como em
equipamentos de baixo campo (<0,5T), ou
onde a homogeneidade de campo não está
adequada, como próximo a implantes de
metal.
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38. FLAIR
• O uso do pulso de inversão para anular o sinal
do líquor permite que a detecção de lesões na
substância branca cerebral seja melhor
visualizada, pois retira o sinal hiperintenso em
imagens ponderadas em T2, permitindo uma
análise mais detalhada do tecido.
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39. Imagem axial FLAIR e correspondente
imagem ponderada em T2.
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T2 FLAIR