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FÍSICA
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
Profº Erivaldo Martins de Farias
Tecnólogo em Radiologia
Especialista em Proteção Radiológica
ERIVALDO 2015
Aplicação do Campo de
Radiofrequência (B1)
ERIVALDO 2015
ERIVALDO 2015
Aplicação do Campo de
Radiofrequência (B1)
• Transfere energia para o vetor magnetização,
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90º, jogando-o para o plano transversal;
• Faz com que os núcleos precessem,
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transversal;
Sinal de Indução Livre (SIL)
ERIVALDO 2015
Processos de Relaxação:
Longitudinal e Transversal
ERIVALDO 2015
• Relaxação spin-spin e spin-rede e juntas fazem
com que o Vetor de Magnetização Efetiva (VME)
retorne ao seu estado de equilíbrio (paralelo a
B0).
• Duas constantes de tempo foram criadas para
caracterizar cada um destes processos:
T1 e T2
ERIVALDO 2015
• A constante T1 está relacionada ao tempo de
retorno da magnetização para o eixo longitudinal
e é influenciada pela interação dos spins com a
rede.
• A constante T2 faz referência a redução da
magnetização no plano transversal e é
influenciada pela interação spin spin (dipolo-
dipolo).
ERIVALDO 2015
Retorno da Magnetização
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ERIVALDO 2015
Decaimento da Magnetização
Transversal – Tempo T2
ERIVALDO 2015
Constante de Tempo
T2 versus T2*
ERIVALDO 2015
• Variações locais do campo magnético principal
(B0) causam defasagem dos momentos
magnéticos, aumentando ainda mais a
relaxação no plano transversal e acelerando o
decaimento do sinal de indução livre.
T2* (T2 estrela)
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• Decaimento T2* (variável)
– Campo magnético externo (B0)
– Interação entre spins (spin-spin)
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• Decaimento T2 (fixo)
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T2* t
ERIVALDO 2015
Decaimento T2 fixo: reversão de 180°.
RF 180°
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SEQUENCIAS DE PULSO
ERIVALDO 2015
Ecos de Spins ou Spin Eco (SE)
• A sequência de pulso Spin Eco se caracteriza
pela aplicação de um pulso inicial de RF de
90º, seguido de um pulso de RF de 180º.
• Como já descrito anteriormente, o intervalo
de tempo t entre a aplicação destes dois
pulsos irá determinar o surgimento do eco em
2t. Chamaremos de tempo de eco (TE).
Sequência de pulso SE.
90º
180º sinal
90º
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t = intervalo entre o pulso de 90º e o de 180º
TE = intervalo ente o pulso de 90º e o sinal de RM
TR = intervalo entre os pulsos de 90º, reiniciando o ciclo
TE
ERIVALDO 2015
• O TE determina o quanto de relaxação no
plano longitudinal estará presente no eco.
• O TR estabelece o quanto de magnetização
longitudinal se recuperou entre sucessivos
pulsos de 90º.
• O pulso de RF de 180º permite formar o eco.
pois irá refasar os spins, gerando assim
novamente sinal na bobina (eco).
ERIVALDO 2015
Sequência de pulso SE.
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ERIVALDO 2015
Seleção de Corte,
Codificação de Fase e
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Cada etapa representa o acionamento
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ERIVALDO 2015
• Duas grandes famílias de sequências de pulso
são usadas para formar imagens de RM:
Spin Eco (SE) e Gradiente Eco (GRE)
• A partir destas duas famílias se originam uma
diversidade de sequências de pulso que serão
criadas, modificadas e aperfeiçoadas para
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região do corpo e patologia.ERIVALDO 2015
Sequências de pulso
ERIVALDO 2015
• A ponderação na imagem é controlada pelo
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ERIVALDO 2015
• As escolhas do TR e do TE pelo operador do
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ERIVALDO 2015
Sequências de pulso
Spin Eco (SE) ou Ecos de Spin
Combinação de alguns valores
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ERIVALDO 2015
Spin Eco Multieco
• Uma variação da SE convencional é a multieco, onde,
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• Após cada um dos pulsos de RF de 180º serem
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• Está técnica é usada para obtermos, dentro do
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ERIVALDO 2015
ERIVALDO 2015
Spin Eco Multieco
Tempo de Aquisição
Tempo Imagem = TR⋅ NCF ⋅ NEX
• TR é o tempo de repetição (em segundos),
• NCF é o número de codificações de fase
• NEX é o número de excitações ou número de
espaços k coletados.
ERIVALDO 2015
Ponderação em T1
• TR = 500ms, 256 codificações de fase e NEX =
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ou cerca de 2 minutos.
Ponderação em T2
• TR igual a 2500ms, 256 codificações de fase e
NEX igual a 1, o tempo total de aquisição
passa a ser de 640 segundos ou quase 11
minutos. ERIVALDO 2015
Turbo ou Fast Spin Eco (TSE ou FSE)
ou Spin Eco Rápida
• A sequência de pulso turbo spin eco (TSE)
utiliza múltiplos pulsos de RF de 180º,
combinados a múltiplas codificações de fase,
dentro de um mesmo TR.
• O número de pulso de RF de 180º a ser
empregado é chamado de fator turbo ou
tamanho do trem de ecos.
ERIVALDO 2015
Spin Eco Rápida em Única Tomada
(SSFSE, SSTSE ou HASTE)
• É uma sequência de pulso rápida que se
caracteriza por preencher parcialmente o
espaço k com ecos produzidos por múltiplos
pulsos de 180º aplicados dentro de um único
tempo de repetição (1 TR).
• O TE efetivo fica bastante alto e com isso a
imagem resultante é altamente ponderada em
T2.
ERIVALDO 2015
ERIVALDO 2015
Spin Eco Rápida em Única Tomada
(SSFSE, SSTSE ou HASTE)
Gradiente Eco
• As sequências de pulso gradiente eco (GRE)
são similares a SE, mas ao invés de usar um
pulso de RF de 180º para refasar os spins, é
utilizado um gradiente de campo magnético.
ERIVALDO 2015
ERIVALDO 2015
Gradiente Eco
Exemplos de Utilização de
Sequências de Pulso GRE
ERIVALDO 2015
Time-of-Flight (TOF) Projeção de Máxima
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GRE ( T2* )
• A sequência GRE conhecida como CISS,
FIESTA-C ou T2-Bffe, permite obter imagens
3D com cortes submilimétrico, em que
demonstra uma imagem com ponderação
similar a T2 estruturas tão pequenas como os
canais semicirculares ou o conjunto de pares
de nervos cranianos.
ERIVALDO 2015
STIR
• A técnica STIR permite que possamos anular o
sinal da gordura e produzir imagens onde a
saturação por uso de pulsos de RF (pulsos de
saturação espectral) não é possível, como em
equipamentos de baixo campo (<0,5T), ou
onde a homogeneidade de campo não está
adequada, como próximo a implantes de
metal.
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  • 1. FÍSICA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA Profº Erivaldo Martins de Farias Tecnólogo em Radiologia Especialista em Proteção Radiológica
  • 3. Aplicação do Campo de Radiofrequência (B1) ERIVALDO 2015
  • 4. ERIVALDO 2015 Aplicação do Campo de Radiofrequência (B1) • Transfere energia para o vetor magnetização, desviando-o do alinhamento ou quando for de 90º, jogando-o para o plano transversal; • Faz com que os núcleos precessem, momentaneamente em fase no plano transversal;
  • 5. Sinal de Indução Livre (SIL) ERIVALDO 2015
  • 6. Processos de Relaxação: Longitudinal e Transversal ERIVALDO 2015 • Relaxação spin-spin e spin-rede e juntas fazem com que o Vetor de Magnetização Efetiva (VME) retorne ao seu estado de equilíbrio (paralelo a B0). • Duas constantes de tempo foram criadas para caracterizar cada um destes processos: T1 e T2
  • 7. ERIVALDO 2015 • A constante T1 está relacionada ao tempo de retorno da magnetização para o eixo longitudinal e é influenciada pela interação dos spins com a rede. • A constante T2 faz referência a redução da magnetização no plano transversal e é influenciada pela interação spin spin (dipolo- dipolo).
  • 10. Decaimento da Magnetização Transversal – Tempo T2 ERIVALDO 2015
  • 11. Constante de Tempo T2 versus T2* ERIVALDO 2015 • Variações locais do campo magnético principal (B0) causam defasagem dos momentos magnéticos, aumentando ainda mais a relaxação no plano transversal e acelerando o decaimento do sinal de indução livre. T2* (T2 estrela)
  • 12. ERIVALDO 2015 T2* e T2 • Decaimento T2* (variável) – Campo magnético externo (B0) – Interação entre spins (spin-spin) – Difusão (fator menor) • Decaimento T2 (fixo) – Interação entre spins (spin-spin) T2 T2* t
  • 13. ERIVALDO 2015 Decaimento T2 fixo: reversão de 180°. RF 180° Mxy tempo de ida = tempo de volta z y x
  • 14. SEQUENCIAS DE PULSO ERIVALDO 2015 Ecos de Spins ou Spin Eco (SE) • A sequência de pulso Spin Eco se caracteriza pela aplicação de um pulso inicial de RF de 90º, seguido de um pulso de RF de 180º. • Como já descrito anteriormente, o intervalo de tempo t entre a aplicação destes dois pulsos irá determinar o surgimento do eco em 2t. Chamaremos de tempo de eco (TE).
  • 15. Sequência de pulso SE. 90º 180º sinal 90º t TR t = intervalo entre o pulso de 90º e o de 180º TE = intervalo ente o pulso de 90º e o sinal de RM TR = intervalo entre os pulsos de 90º, reiniciando o ciclo TE ERIVALDO 2015
  • 16. • O TE determina o quanto de relaxação no plano longitudinal estará presente no eco. • O TR estabelece o quanto de magnetização longitudinal se recuperou entre sucessivos pulsos de 90º. • O pulso de RF de 180º permite formar o eco. pois irá refasar os spins, gerando assim novamente sinal na bobina (eco). ERIVALDO 2015 Sequência de pulso SE.
  • 17. Pulso de 180º - SE B0 90 180 sinal T2* T2 ERIVALDO 2015
  • 18. Seleção de Corte, Codificação de Fase e Codificação de Frequência Cada etapa representa o acionamento de gradientes em uma dada direção. ERIVALDO 2015
  • 19. • Duas grandes famílias de sequências de pulso são usadas para formar imagens de RM: Spin Eco (SE) e Gradiente Eco (GRE) • A partir destas duas famílias se originam uma diversidade de sequências de pulso que serão criadas, modificadas e aperfeiçoadas para atender necessidades específicas de cada região do corpo e patologia.ERIVALDO 2015 Sequências de pulso
  • 21. • A ponderação na imagem é controlada pelo TR e pelo TE. Os tempos típicos de TR e TE, ERIVALDO 2015 Sequências de pulso Spin Eco (SE) ou Ecos de Spin
  • 23. • As escolhas do TR e do TE pelo operador do equipamento determina o adequado contraste na imagem. • Uma alteração incorreta poderá resultar na perda das diferenças que existem entre os tecidos (exemplo, entre a substância branca e a substância cinzenta cerebral) ou mesmo ocultar lesões. ERIVALDO 2015 Sequências de pulso Spin Eco (SE) ou Ecos de Spin
  • 24. Combinação de alguns valores de TR e TE. ERIVALDO 2015
  • 25. Spin Eco Multieco • Uma variação da SE convencional é a multieco, onde, dentro de um mesmo TR, são selecionados dois tempos de eco diferentes. • O primeiro TE é curto e o segundo TE é longo. • Após cada um dos pulsos de RF de 180º serem aplicados, surgirá um eco. • Está técnica é usada para obtermos, dentro do mesmo TR, uma imagem ponderada em T2 e uma imagem ponderada na densidade de prótons (DP). ERIVALDO 2015
  • 27. Tempo de Aquisição Tempo Imagem = TR⋅ NCF ⋅ NEX • TR é o tempo de repetição (em segundos), • NCF é o número de codificações de fase • NEX é o número de excitações ou número de espaços k coletados. ERIVALDO 2015
  • 28. Ponderação em T1 • TR = 500ms, 256 codificações de fase e NEX = 1, o tempo de aquisição será de 128 segundos ou cerca de 2 minutos. Ponderação em T2 • TR igual a 2500ms, 256 codificações de fase e NEX igual a 1, o tempo total de aquisição passa a ser de 640 segundos ou quase 11 minutos. ERIVALDO 2015
  • 29. Turbo ou Fast Spin Eco (TSE ou FSE) ou Spin Eco Rápida • A sequência de pulso turbo spin eco (TSE) utiliza múltiplos pulsos de RF de 180º, combinados a múltiplas codificações de fase, dentro de um mesmo TR. • O número de pulso de RF de 180º a ser empregado é chamado de fator turbo ou tamanho do trem de ecos. ERIVALDO 2015
  • 30. Spin Eco Rápida em Única Tomada (SSFSE, SSTSE ou HASTE) • É uma sequência de pulso rápida que se caracteriza por preencher parcialmente o espaço k com ecos produzidos por múltiplos pulsos de 180º aplicados dentro de um único tempo de repetição (1 TR). • O TE efetivo fica bastante alto e com isso a imagem resultante é altamente ponderada em T2. ERIVALDO 2015
  • 31. ERIVALDO 2015 Spin Eco Rápida em Única Tomada (SSFSE, SSTSE ou HASTE)
  • 32. Gradiente Eco • As sequências de pulso gradiente eco (GRE) são similares a SE, mas ao invés de usar um pulso de RF de 180º para refasar os spins, é utilizado um gradiente de campo magnético. ERIVALDO 2015
  • 34. Exemplos de Utilização de Sequências de Pulso GRE ERIVALDO 2015 Time-of-Flight (TOF) Projeção de Máxima Intensidade (MIP) GRE ( T2* )
  • 35. • A sequência GRE conhecida como CISS, FIESTA-C ou T2-Bffe, permite obter imagens 3D com cortes submilimétrico, em que demonstra uma imagem com ponderação similar a T2 estruturas tão pequenas como os canais semicirculares ou o conjunto de pares de nervos cranianos. ERIVALDO 2015
  • 36. STIR • A técnica STIR permite que possamos anular o sinal da gordura e produzir imagens onde a saturação por uso de pulsos de RF (pulsos de saturação espectral) não é possível, como em equipamentos de baixo campo (<0,5T), ou onde a homogeneidade de campo não está adequada, como próximo a implantes de metal. ERIVALDO 2015
  • 37. Imagem STIR versus Saturação por RF. ERIVALDO 2015
  • 38. FLAIR • O uso do pulso de inversão para anular o sinal do líquor permite que a detecção de lesões na substância branca cerebral seja melhor visualizada, pois retira o sinal hiperintenso em imagens ponderadas em T2, permitindo uma análise mais detalhada do tecido. ERIVALDO 2015
  • 39. Imagem axial FLAIR e correspondente imagem ponderada em T2. ERIVALDO 2015 T2 FLAIR