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Existe uma grande dificuldade na distinção feita da origem
e diversificação das igrejas cristãs através da história.
Estabelecer esse tipo de marco não é uma tarefa simples,
em se tratando dos diversos grupos que foram
incorporados à igreja cristã. O cristianismo possui uma
única origem: partiu do movimento sectário (a seita “do
Caminho”) que surgiu no mundo antigo judaico, com a
manifestação de Jesus Cristo e, depois, foi difundido por
seus apóstolos no mundo inteiro.
Houve uma fase que se caracterizou pelo domínio oriental, com
base na igreja primitiva de Jerusalém; depois, como
consequência da multiplicação das comunidades evangelizadas
e influenciadas socialmente, aliada à conversão do imperador
romano Constantino, o governo da igreja mudou-se para o
Ocidente e se estabeleceu em Roma. Essa mudança de
influência política representa, depois da formação de igrejas
gentílicas pela intermediação do apóstolo Paulo, a segunda
grande transição na história do cristianismo.
A Reforma, mais que uma transição, representou uma
ruptura que veio a culminar na criação de uma igreja
paralela e concorrente, fato nunca antes acontecido na
história da igreja. O bloco reformado se segmentou em
diversas ordens protestantes; além disso, outros grupos
cristãos mais aproximados do protestantismo do que do
catolicismo reivindicaram o status de protestantismo
paralelo em relação ao movimento reformador.
O termo “pentecostal” origina-se de Pentecostes, nome
dado a uma festa anual do povo judeu, celebrada
cinqüenta dias após a Páscoa, também conhecida
como a festa das semanas, realizada no fim da sega
do trigo, ou dia seis do terceiro mês, Sivân (junho), em
comemoração ao recebimento do Decálogo. A relação
do pentecostalismo com a citada festa é indireta e
acidental, por duas razões:
Primeiro, porque a doutrina pentecostal está diretamente
relacionada à descida do Espírito Santo; segundo, por causa
da afirmação doutrinária da manifestação dos dons da
glossolalia, falar em línguas estranhas, e da profecia como
sinais que acompanharam a inédita manifestação do Espírito
Santo. Como se pode perceber, o termo pentecostalismo não
faz alusão à festa judaica (o sentido legítimo do termo), mas
evoca as primeiras manifestações dos carismas do Espírito
enviado à igreja, coincidentemente ocorridas no dia de
pentecostes.
Grande parte da pesquisa científica afirma que o
pentecostalismo descende de um protestantismo do espírito,
iniciado por três movimentos sucessivos ancestrais do
pentecostalismo — dos anabatistas, dos quacres e dos
metodistas — e pelos reavivamentos norte-americanos a
partir do século 18. Essa designação omite um forte
antecessor do pentecostalismo moderno, o montanismo.
Esse movimento cristão surgiu no segundo século,
em meio ao declínio das crenças na volta de Cristo
e na inspiração constante do Espírito Santo. O
movimento reclamava a especial dispensação do
Espírito Santo no presente, praticava uma nova
manifestação do dom da profecia e apregoava a
proximidade do fim dos tempos.
A eclosão do movimento pentecostal nos Estados Unidos,
de onde se disseminou para o mundo, deu-se entre a
população negra; em praticamente todos os lugares, as
igrejas pentecostais iniciaram suas comunidades
eclesiásticas entre as populações de baixa renda. A
indicação da ancestralidade dos três movimentos é em
parte procedente, sobretudo no que diz respeito ao
emocionalismo, à força do conceito de revelação direta do
Espírito Santo para os anabatistas e à ênfase na
iluminação do Espírito, acompanhada de tremores físicos,
difundida pelos quacres.
Dois grandes avivamentos nos Estados Unidos são marcos
importantes para a emergência do pentecostalismo moderno.
O primeiro grande despertamento aconteceu no início do
século 18 e enfatizava a conversão como imperativo para a
participação da vida na igreja. Os pregadores avivalistas que
se destacaram na época foram: Theodore J. Frelinghuysen,
Gilbert Tennent e, sobretudo, o pastor congregacional
Jonathan Edwards, bem preparado intelectualmente e
profundo conhecedor da filosofia do seu tempo.
Jonathan Edwards proclamava uma espiritualidade fruto
da comunhão direta entre Deus e a alma humana. Suas
reuniões aconteciam dentro de uma intensa atmosfera de
emoção. Esse perfil ministerial inspirou o surgimento
posterior de vários movimentos do tipo revival
(reavivalista) e holiness (santificador), que acreditavam
num novo estágio do cristianismo mediante o exercício da
glossolalia, evidência da conversão.
O Segundo Grande Avivamento surgiu no fim do século 18 e se
prolongou até os anos 50 do século 19. Começando pela Igreja
Congregacional, alcançou os batistas, os presbiterianos e os
metodistas. O movimento foi menos marcado pelo
emocionalismo exagerado. O pregador que se destacou nesse
segundo despertamento foi um advogado do interior de Nova
York, ordenado pastor presbiteriano, chamado Charles
Grandison Finney. As sociedades voluntárias, voltadas para as
missões domésticas e estrangeiras, tiveram participação
importante nesse acontecimento.
Ao longo dos séculos, os cultos de tradição pentecostal
incorporaram características distintas no que diz respeito aos
aspectos doutrinários e às ênfases carismáticas. Também são
bem perceptíveis a diversificação de sua clientela e as
mudanças que geraram novos tipos de performance de sua
liderança. Os valores morais da crença tiveram, também, ao
longo do tempo alterações visíveis, que revelaram ao mundo
social um pentecostalismo mais moderado e socialmente mais
participativo.
O movimento pentecostal tem sido considerado um ramo
(desdobramento) tardio da Reforma. No princípio, foi
notadamente questionado; sobretudo pelas igrejas de
tradição reformada. Para elas, as comunidades
pentecostais não passavam de seitas. Foi necessário que
transcorresse meio século para que essa identidade
sectária perdesse força gradualmente. Convém lembrar a
natureza ideológica do conceito de seita.
A história da Igreja Cristã é marcada por grandes reuniões
de debates teológicos e doutrinários. Foi assim desde Atos
15 até os Concílios históricos de Nicéia, Constantinopla,
Éfeso, Calcedônia e Trento, só para citar alguns, passando
pelos princípios que ensejaram a Reforma Protestante e
chegando às modernas expressões do protestantismo e
do movimento evangélico pentecostal e, mais
recentemente, neopentecostal.
A teologia do pentecostalismo clássico, sobretudo, sua
concepção de antropologia parece inegavelmente
valorizar mais a alma e espírito do que o corpo.
Entretanto esta desvalorização do corpo não parece
ser uma posição tipicamente pentecostal, antes se faz
presente no cristianismo ao longo de sua história, e
parece perdurar e se mostrar explícita no modo cristão
pentecostal.
Nos primórdios do cristianismo percebe-se certa
ambiguidade em torno da ideia de ser humano. A
Igreja nos primeiros séculos teve trabalho para
enfrentar as concepções grega e platônica, que
negavam o corpo e o apresentava junto com tudo
o que é material como coisa intrinsecamente má.
Na obra intitulada “Fédon” de Platão (que muito
influenciou o pensamento cristão) a alma e o corpo
são tratados como entidades separadas, porque
pertencem a mundos antagônicos. A relação entre
corpo e alma é retratada de modo negativo, pois o
corpo é concebido como uma prisão para a alma. Esta
tensa relação entre corpo e alma, no pensamento
platônico é que vai influenciar a teologia cristã.
O que é afirmado sobejamente nas Escrituras é a fé na
ressurreição dos mortos. Já o platonismo afirma a
imortalidade da alma e não reconhece a ressurreição,
amplamente defendida no Novo Testamento. A mistura
desses dois pensamentos (imortalidade da alma –
platônica; ressurreição – cristã) deu origem à seguinte
teologia: depois da morte do cristão a alma vê-se diante de
Deus, goza de sua presença até o fim dos tempos quando
será novamente reunida ao corpo ressuscitado. “A doutrina
da imortalidade da alma dos gregos foi completada com a
outra bíblica da ressurreição dos mortos”.
Muitos gnósticos negavam a encarnação de Jesus,
pois diziam eles que Deus não poderia ter se
tornado matéria sem contaminar-se. Sendo assim,
Jesus apenas aparentava ser humano, todavia, seu
corpo não era real, apenas aparente. O Evangelho
de João, assim como as epístolas joaninas
claramente combatem o equívoco desse
ensinamento gnóstico (Cf. Jo 1.1-18; 1 Jo 4.1-3).
A Escola de Valentino defendia a existência de três
classes de pessoas: os pneumatikoi (espirituais)
eram os salvos, os psychikoi (seguidores da alma)
poderiam alcançar a salvação se fossem iniciados
na gnosis e os sarkikoi (carnais) estavam perdidos,
para eles não havia esperança de salvação.
Assim, o dualismo religioso e filosófico, desde os
primórdios, assedia o cristianismo com certa concepção
antropológica e de mundo caracterizado por séria
desconfiança em relação à matéria e toda corporeidade.
Outra problemática surgiu em torno de alguns escritos
do primeiro teólogo da igreja cristã, isto é, Paulo. Seus
escritos pareciam afirmar um certo dualismo
carne/espírito.
Assim, se tem o desafio para os pais da Igreja definir o
que significava carne nos escritos de Paulo. Para
muitos, que realizavam uma interpretação literal, o
termo carne refere-se ao corpo humano; para outros,
que faziam uma leitura alegórica da Escritura, poderia
significar a natureza humana decaída. Acabou
prevalecendo a primeira concepção.
Não é exagero afirmar que nenhuma outra filosofia da
antiguidade marcou tão fortemente a história inicial da
teologia cristã quanto o platonismo. Principalmente, no
período da Patrística o dualismo antropológico de origem
platônica é facilmente diagnosticado. As máximas desse
período relativas ao corpo comprovam: “O corpo é uma
prisão, um túmulo da alma; é preciso arrancar a alma
das ‘cadeias da carne’, do laço com um cadáver. A
carne é como um lodo em que a alma não pode deixar
de manchar-se e degradar-se”.
No período Medieval (séc. VI-XV) a concepção de ser
humano é formulada a partir da Bíblia, porém, de
acordo com instrumentos teóricos provenientes da
filosofia grega. Daí se explica que uma concepção que
supunha o ser humano como unitário tenha cedido
espaço a uma concepção dualista.
Este dualismo antropológico deve-se principalmente a
influência de um dos mais importantes teólogos da
História da Igreja, a saber, Agostinho. Sua influência
foi muito forte tanto no lado católico quanto protestante.
Pode-se afirmar que a mesma sobrepujou a Idade
Média, vindo na verdade a perdurar por toda a história
subsequente do cristianismo ocidental.
Para Agostinho a busca de Deus equivale à busca da
verdade incorpórea. Isso ocorre não em detrimento do
corpo, mas como esforço de superação do mesmo. O
corpo, segundo Agostinho, não é um mal pois é
criatura de Deus, porém, é elemento em superação no
processo místico de encontrar a verdade absoluta.
Portanto, o encontro com Deus é compreendido como
uma ascese que não rejeita o corpo, contudo, procura
subordiná-lo à alma inteligente.
Devido a notável influência do trabalho teológico de
Agostinho, a primeira metade da Idade Média esteve
dominada pela cosmovisão do filósofo Platão.
A segunda grande influência helênica no pensamento
cristão ocidental se deu mediante a adoção da teologia
escolástica, principalmente a de Tomás de Aquino
(1225-1274), pela igreja medieval e, sobretudo, pela igreja
romana, influencia esta que perdurou até o século XIX.
Conforme Tomás de Aquino, a união entre corpo e alma
é uma união profunda e não um mero encontro acidental
entre duas realidades distintas. É uma relação entre dois
elementos que se completam totalmente. Para Tomás de
Aquino não existe oposição e exclusão entre corpo e
alma. Contudo, a perspectiva tomista ao defender a
constituição do ser humano a partir de dois princípios, a
alma e a matéria que unidos formam o corpo, também
não supera o dualismo aceito por Agostinho. A crença
tomista na imortalidade da alma igualmente mantém o
dualismo antropológico.
Enfim, a influência grega e platônica marcou o cristianismo
ao longo da sua história e acabou por determinar a
interpretação bíblica, impingindo-lhe o conceito da
imortalidade da alma e a consequente desvalorização do
corpo mortal. Essa desvalorização da dimensão material da
vida não ficou apenas nos debates teológicos, ou nos
centros de estudo e interpretação da Escritura, mas atingiu
a espiritualidade cotidiana do cristão.
Com a Reforma Protestante no século XVI o dualismo
antropológico não sofreu significativas mudanças. Convém
lembrar, que o mundo dos reformadores neste período era
constituído pela cultura cristã da Europa medieval em
transição.
Sendo assim, os reformadores Martinho Lutero (1483-1546),
João Calvino (1509-1564) entre outros, foram influenciados
pelos escritos de Agostinho, cujo pensamento se apóia no
neoplatonismo, especialmente o de Plotino.
O reformador Lutero apresenta uma antropologia
de perfil mais integral, comparado com o seu
tempo. Conforme Hägglund: “Freqüentemente [sic]
se diz que a concepção de <<todo o homem>>
(totus homo) caracteriza Lutero. Ao invés do
dualismo escolástico entre corpo e alma, poderes
superiores e inferiores, Lutero introduziu o conceito
de totalidade no contexto teológico”.
Para Lutero a totalidade humana foi atingida pelo
pecado, de modo que, não há dimensão do ser humano
que não tenha sido corrompida pelo pecado. Portanto,
não faz sentido perguntar por aspectos superiores ou
inferiores da constituição humana. Todavia, em Lutero
podem-se perceber em seu conceito dos dois reinos, o
espiritual e o secular, traços dualistas do seu contexto
religioso medieval.
Para João Calvino a superioridade da alma sobre o corpo
é uma realidade inegável. Portanto, em seu pensamento se
encontra um dos principais fundamentos do dualismo
antropológico, que marca boa parte da teologia protestante,
especialmente de linha reformada. Calvino disse: “[...] que o
ser humano consta de alma e corpo, deve estar além de
controvérsia. E pela palavra ALMA entendo uma essência
imortal, contudo, criada, que lhe é [das duas] a parte mais
nobre”. Calvino é fiel à tradição platônica ao afirmar que o
corpo não passa de prisão da alma.
Esse ascetismo calvinista vai seguir adiante nas igrejas de
tradição reformada e outras igrejas que sofreram a sua
influencia, direta ou indiretamente. Mais tarde, o pietismo
fundado por Filipe Jacó Spener (1635-1705) coloca uma
nova ênfase dentro da teologia cristã no âmbito
protestante, sobretudo luterano. Spener destacava a
experiência como o fundamento de toda fé autêntica.
Em se tratando de uma experiência pessoal subjetiva
de transformação interior, a exterioridade, o mundo
material, assume uma dimensão negativa. O sinal de
uma vida em comunhão com Deus será demonstrado
pela abstenção do “mundano”, dos prazeres e das
diversões. Desta maneira, o corpo fica sob suspeita e,
assim, estabelece-se o dualismo antropológico.
Augusto H. Franke (1663-1727), discípulo de Spener
concebeu um pietismo em alguns aspectos mais rígido que
seu mestre. Considerando o natural como
intrinsecamente pecaminoso, propôs o constante auto-
exame e a erradicação dos sentimentos naturais. Desse
modo, surge um dualismo entre o corpo e o interior do
indivíduo regenerado.
Novamente o ser humano é concebido como dividido
em seu ser. A sua interioridade ocupa uma posição
privilegiada, tem contato com a santidade divina,
enquanto que o corpo é visto como ameaça que precisa
ser controlado e vigiado constantemente, pois
facilmente inclina-se ao mal.
O pietismo, posteriormente exerceu considerável influência
sobre o metodismo, fundado no século XVIII pelo teólogo
inglês John Wesley, cuja ênfase teológica era a experiência
religiosa da conversão e santificação. Convém destacar que
o pentecostalismo tem suas raízes imediatas nos
movimentos avivalistas norteamericanos, que por sua vez
são oriundos do metodismo de John Wesley.
O pentecostalismo que apareceu em 1909-1910 no Brasil,
Argentina e Chile e que experimentou extraordinário
crescimento mundial, é de caráter dualista em sua
antropologia. Segundo Klein o pentecostalismo é uma das
expressões religiosas atuais de caráter dualista. Porém, de
modo geral, essa tem sido a característica da maioria das
igrejas evangélicas, que têm demonstrado indiferença para
com o corpo e grande valorização da alma.
Diante desta realidade, o pentecostalismo, fiel ao seu
contexto eclesiástico segue na mesma tendência. Os efeitos
disso podem ser uma exagerada valorização do espiritual,
que esquece o “aqui e agora”, e enfatiza a salvação da
alma. Esta pesquisa pressupõe que o dualismo
antropológico, ainda que moderado, se constitui numa das
características da teologia pentecostal brasileira. Isso
explica a insuficiência em práticas que visam à
transformação da realidade social e material, bem como o
distanciamento dos pentecostais da vida social.
Os pentecostais, por várias décadas, mantiveram-se presos a
um rígido estereótipo. Bastava vê-los para que logo fossem
identificados, pejorativamente, como “crentes”, “bíblias”, “glórias”,
“aleluias”, etc. As igrejas neopentecostais promoveram uma
ruptura na identidade estética, na aparência desses religiosos,
abandonando os tradicionais usos e costumes de santidade
pentecostal. Usos e costumes é uma expressão utilizada pelos
pentecostais para se referir ao rigorismo legalista, às restrições
ao vestuário, uso de jóias, produtos de beleza, corte de cabelo e
a diversos tabus comportamentais existentes em seu meio
religioso, que paulatinamente foram amenizados.
Esses antigos usos e costumes podem ser considerados como um
código por meio do qual se esperava alcançar a salvação, através
da observância de certos tabus, tais como os referentes à bebida
alcoólica, televisão, cinema e cigarro, visando destacar
publicamente os pentecostais da sociedade. Essas proibições e
restrições erguiam uma barreira entre o fiel evangélico e o mundo.
Os anos 50 marcaram o início do processo de alteração no perfil
estético e nos costumes dos evangélicos. Entretanto, somente nos
anos 80 é que efetivamente despontaram significativas mudanças
na estética, nos costumes e hábitos dos novos evangélicos.
Os jovens neopentecostais aboliram as “veste dos santos”. Os
membros das denominações do neopentecostalismo, muitos
deles oriundos do pentecostalismo clássico e do
deuteropentecostalismo, das igrejas protestantes históricas e
renovadas, adotaram ritmos musicais, vestuário, comportamentos
e estilos de vida similares aos seus pares não evangélicos,
subvertendo de vez o padrão estético que boa parte dos
pentecostais ainda adota, como a Assembléia de Deus.
Além, das afirmações doutrinárias contidas nas obras
da Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD
(que serão analisadas posteriormente) pode-se
perceber o dualismo corpo/alma no “Credo oficial das
Igrejas Assembléias de Deus no Brasil”, maior
representante do pentecostalismo brasileiro:
“No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e
na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de
Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em
nosso favor”. Assim, omite-se a afirmação cristã da
“ressurreição do corpo”.
O credo da AD não menciona a salvação do corpo do ser
humano, mas somente a “eterna justificação da alma”,
revelando desse modo um verdadeiro reducionismo
antropológico e soteriológico.
O "Cremos" é uma declaração de fé concisa e sintetizada,
que equivale aos Credos elaborados e presentes na Grande
Tradição Cristã. Sua origem nas Assembleias de Deus no
Brasil remonta ao ano de 1938, quando o missionário norte-
americano Theodoro Stohr, que atuava no interior de São
Paulo, na edição do Mensageiro da Paz da segunda
quinzena de outubro, p. 2, publicou um artigo traduzido por
ele, sob o título "Em que crêem os pentecostais (no
evangelho integral)", onde um "Cremos" foi citado. As razões
para a publicação do artigo de Sthor foram as constantes
difamações, e as concepções errôneas acerca do movimento
pentecostal.
O atual "Cremos" das Assembleias de Deus no Brasil,
publicado no Mensageiro da Paz desde 1969, afirma:
CREMOS,
1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19 e Mc 12.29);
2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível
de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17);
3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e
expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua
ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9);
4) Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de
Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra
expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a
Deus (Rm 3.23 e At 3.19);
5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em
Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de
Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-
8);
6) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e
na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de
Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso
favor. (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9);
7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só
vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e
Cl 2.12);
8) Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa
mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário,
através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito
Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder
de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15);
9) No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus
mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar
em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46;
19.1-7);
10) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito
Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana
vontade (1Co 12.1-12);
11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases
distintas. Primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua
Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda —
visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o
mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4;
Zc 14.5 e Jd 14);
12) Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal
de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em
favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10);
13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e
condenará os infiéis (Ap 20.11-15);
14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e
de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46
O pentecostalismo é um movimento cristão oriundo do
protestantismo evangélico, que afirma a importância da
experiência com o Espírito Santo, iniciada pelo batismo no
Espírito Santo e confirmada pelos dons de falar novas
línguas. Entre suas principais características, pode-se
destacar: ênfase na espiritualidade e nos dons espirituais,
nova dinâmica litúrgica, a tendência à leitura literal dos
textos bíblicos, a intensa atividade de leigos na expansão e
administração das comunidades pentecostais e a busca da
salvação da alma.
A teologia pentecostal no Brasil, representada pela AD,
ainda está em processo de construção. Destaca a pessoa
do Espírito Santo, o batismo do Espírito Santo e a
atualidade dos dons do Espírito, assim como a santificação
e vinda de Jesus. A teologia pentecostal possui um aspecto
dinâmico pela sua abertura à experiência do Espírito e, a
certos aspectos religiosos da cultura brasileira, por outro
lado é de natureza dogmática e fundamentalista,
priorizando uma leitura da Bíblia de caráter literalista.
A teologia pentecostal atualmente esforça-se para
apresentar uma feição mais coesa e coerente com suas
crenças e práticas. Isso porque em suas primeiras
décadas, o pentecostalismo brasileiro não tinha o ensino
teológico formal como a sua prioridade básica. Gunnar
Vingren, um dos pioneiros da denominação no país, era
um pastor com formação teológica, e muito se preocupou
em instruir os primeiros crentes, com ênfase para as
doutrinas pentecostais.
Daniel Berg e Gunnar Vingren
Os anos de 1910 e 1911, socialmente marcados por movimentos
operários em busca de melhores condições de trabalho, viram
surgir as duas mais antigas e mais importantes igrejas
pentecostais em terras brasileiras: a Congregação Cristã do Brasil
e a Assembleia de Deus. A primeira foi fundada em 1910 na
capital paulista, no bairro do Brás, então densamente povoado de
italianos. Seu fundador, Luigi Francescon, viveu algum tempo nos
Estados Unidos, como imigrante, foi presbiteriano e depois
abraçou o pentecostalismo. A segunda nasceu um ano depois, em
Belém do Pará.
Nasceu a Congregação de uma cisão entre presbiterianos,
da mesma forma que um ano mais tarde a Assembleia de
Deus iria surgir, em Belém, de batistas dissidentes. O
rompimento que eclodiu na igreja presbiteriana do Brás foi
de carater estritamente religioso e não social, pois os
presbiterianos não andavam metidos com as greves.
A raiz da cisão emergia da novidade trazida por Francescon — o
batismo no Espirito Santo, como uma etapa além da conversão.
Cindia-se a igreja presbiteriana, no Brás, não por influencia de
pastores, e sim de simples crentes sob o carisma de um líder.
Era um dia de culto. A convite do próprio pastor, Francescon
ocupou o púlpito. A pregação do pentecostal deixou o dirigente
da igreja de tal modo irritado e contrafeito que este acabou por
expulsar do templo o estranho pregador. Ao abandonar o recinto,
Francescon viu-se cercado por um grupo de evangélicos. Eram
as primeiras adesões.
Com eles fundou o grupo inicial da Congregação. Nascia um
pequeno templo no Brás, que mais tarde se transformaria na
igreja-mãe da Congregação. De Francescon o grupo recém-
criado recebeu os primeiros traços de sua organização,
inteiramente diferente da presbiteriana. Através dele a
Congregação incorporou simultaneamente a crença no poder
do Espírito e forte tendência iluminista caracterizadora de uma
maneira peculiar de se comunicar com Deus — o Espirito Santo
segreda ao crente, em oração, o que dele deseja.
Absorveu ainda as marcas do rigorismo valdense trazido
por Francescon dos anos vividos no norte da Italia. Ainda
hoje perduram, transparecendo em vários comportamentos
religiosos e sociais dos crentes. Da Biblia o fundador
retirou, além da fundamentação das crenças, as categorias
dos funcionários da nova igreja: ancião em vez de pastor;
cooperador em lugar de presbítero.
Contrastando com as demais igrejas pentecostais, a
Congregação não tem escolas dominicais. Geralmente é nelas
que os crentes adquirem o conhecimento dos textos bíblicos.
Para a Congregação, este dispositivo de aprendizagem acaba
torcendo a inspiração individual, imprimindo um rumo nas
crenças. Afastando-as, o iluminismo religioso acampa sozinho
na leitura individual da Bíblia, quando o crente vai aprendendo
sob a inspiração de Deus.
Corria o ano de 1911 quando um estranho acontecimento
começou a sacudir o ambiente religioso de uma igreja batista
em Belém do Pará. Uma crente falou em línguas estranhas.
Não uma vez. Mas muitas vezes, Muitos crentes presenciaram.
Espalhou-se a noticia do inusitado fenômeno. No centro dessa
ocorrencia estavam dois pentecostais, Daniel Berg e Gunnar
Vingren, Suecos de nascimento, americanos pela nova religião
que traziam para o Brasil. Tinham sido batistas antes de se
tornarem pentecostais, lá nos Estados Unidos, razão pela qual
receberam fraternal acolhimento dos batistas de Belém.
Nua e crua, para quem quisesse ver, lá estava a
prova da glossolalia, estampada nos gestos e na
linguagem desconhecida de uma crente brasileira.
Nascia a cisão e era uma alternativa. A outra era a
igreja batista se tornar pentecostal, ao que os
pastores se opunham. As discussões passaram das
casas dos crentes para o interior do templo.
Ate que, num culto, ficando por demais acirradas, a
consequência foi um agudo desentendimento entre os
missionários americanos e o próprio dirigente da
celebração. Expulsos por este, os dois pentecostais
carregaram consigo um punhado de batistas.
Fundava-se a primeira igreja da Assembleia de Deus
em Belém do Para, em junho de 1911.
A Bíblia de Estudo Pentecostal afirma que o espírito é o
componente imaterial do ser humano pelo qual se tem
comunhão com Deus. A alma, igualmente imaterial é a sede das
emoções, da razão e da vontade. Anela pelo contato com o
mundo e o faz por intermédio do corpo. O corpo é a parte do ser
humano que serve de abrigo para a dimensão espiritual, isto é, a
alma e espírito e que volta ao pó quando a pessoa morre.
Bergstén disse: “Deus, que é trino, criou o homem como um ser
tríplice, isto é, composto de corpo, alma e espírito”. A teologia
pentecostal compreende que embora os termos “alma e espírito”
sejam usados intercaladamente, persistem diferenças
fundamentais em vários textos das Escrituras. Assim, ensina que
o Novo Testamento afirma que o ser humano é um ser tripartido,
composto de espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
Em Azusa, os cultos eram longos e, de forma geral,
espontâneos. Nos primórdios, a música era à capela, embora
um ou dois instrumentos fossem tocados. Os cultos incluíam
cânticos, testemunhos dados por visitantes ou lidos daqueles
que escreviam para a Missão, oração, momento de apelo
para pessoas aceitarem Cristo, apelo à santificação ou ao
batismo no Espírito Santo, e fervorosa pregação.
Pearlman, teólogo pentecostal cita quatro distinções da alma:
1. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais
das coisas inanimadas e também da vida inconsciente como a
vegetal;
2. A alma do ser humano o distingue dos irracionais. Estes
possuem alma, mas é alma terrena que vive somente
enquanto durar o corpo. A alma do homem é qualitativamente
diferente, sendo vivificada pelo espírito;
3. A alma distingue o ser humano de outro e dessa maneira
forma a base da individualidade. A palavra “alma” é,
portanto, usada frequentemente no sentido de “pessoa”;
4. Finalmente, a alma distingue o ser humano não somente
das ordens inferiores, mas também das ordens superiores
dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes aos
dos homens.
A antropologia teológica pentecostal defende que o homem
“espírito”, é capaz de ter conhecimento de Deus e comunhão
com Ele. Sendo “alma”, ele tem conhecimento de si próprio.
Sendo “corpo”, através dos sentidos tem conhecimento do
mundo. Assim sendo, as funções ficam assim definidas:
a) - Espiritual: Deus habita no espírito;
b) - Moral: O eu habita na alma;
c) - Física: Os sentidos habitam no corpo.
Na antropologia teológica pentecostal há uma verdadeira
hierarquia da constituição humana, atribuindo-se maior valor
à parte “espiritual”, do que a material do ser humano. Desse
modo é caracterizado por um dualismo moderado de
natureza axiológica. Bergstén afirma: “(...) o real valor do
corpo está na sua alta finalidade de ser a morada, o
tabernáculo em que habita a alma e o espírito do homem
(...)”. O corpo, desse modo, não possui valor em si mesmo,
antes seu valor consiste em ser “morada” da alma.
Década de 50- AD São Cristóvão
Década de 50- O Brasil para Cristo
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  • 1.
  • 2. Existe uma grande dificuldade na distinção feita da origem e diversificação das igrejas cristãs através da história. Estabelecer esse tipo de marco não é uma tarefa simples, em se tratando dos diversos grupos que foram incorporados à igreja cristã. O cristianismo possui uma única origem: partiu do movimento sectário (a seita “do Caminho”) que surgiu no mundo antigo judaico, com a manifestação de Jesus Cristo e, depois, foi difundido por seus apóstolos no mundo inteiro.
  • 3. Houve uma fase que se caracterizou pelo domínio oriental, com base na igreja primitiva de Jerusalém; depois, como consequência da multiplicação das comunidades evangelizadas e influenciadas socialmente, aliada à conversão do imperador romano Constantino, o governo da igreja mudou-se para o Ocidente e se estabeleceu em Roma. Essa mudança de influência política representa, depois da formação de igrejas gentílicas pela intermediação do apóstolo Paulo, a segunda grande transição na história do cristianismo.
  • 4. A Reforma, mais que uma transição, representou uma ruptura que veio a culminar na criação de uma igreja paralela e concorrente, fato nunca antes acontecido na história da igreja. O bloco reformado se segmentou em diversas ordens protestantes; além disso, outros grupos cristãos mais aproximados do protestantismo do que do catolicismo reivindicaram o status de protestantismo paralelo em relação ao movimento reformador.
  • 5. O termo “pentecostal” origina-se de Pentecostes, nome dado a uma festa anual do povo judeu, celebrada cinqüenta dias após a Páscoa, também conhecida como a festa das semanas, realizada no fim da sega do trigo, ou dia seis do terceiro mês, Sivân (junho), em comemoração ao recebimento do Decálogo. A relação do pentecostalismo com a citada festa é indireta e acidental, por duas razões:
  • 6. Primeiro, porque a doutrina pentecostal está diretamente relacionada à descida do Espírito Santo; segundo, por causa da afirmação doutrinária da manifestação dos dons da glossolalia, falar em línguas estranhas, e da profecia como sinais que acompanharam a inédita manifestação do Espírito Santo. Como se pode perceber, o termo pentecostalismo não faz alusão à festa judaica (o sentido legítimo do termo), mas evoca as primeiras manifestações dos carismas do Espírito enviado à igreja, coincidentemente ocorridas no dia de pentecostes.
  • 7. Grande parte da pesquisa científica afirma que o pentecostalismo descende de um protestantismo do espírito, iniciado por três movimentos sucessivos ancestrais do pentecostalismo — dos anabatistas, dos quacres e dos metodistas — e pelos reavivamentos norte-americanos a partir do século 18. Essa designação omite um forte antecessor do pentecostalismo moderno, o montanismo.
  • 8. Esse movimento cristão surgiu no segundo século, em meio ao declínio das crenças na volta de Cristo e na inspiração constante do Espírito Santo. O movimento reclamava a especial dispensação do Espírito Santo no presente, praticava uma nova manifestação do dom da profecia e apregoava a proximidade do fim dos tempos.
  • 9. A eclosão do movimento pentecostal nos Estados Unidos, de onde se disseminou para o mundo, deu-se entre a população negra; em praticamente todos os lugares, as igrejas pentecostais iniciaram suas comunidades eclesiásticas entre as populações de baixa renda. A indicação da ancestralidade dos três movimentos é em parte procedente, sobretudo no que diz respeito ao emocionalismo, à força do conceito de revelação direta do Espírito Santo para os anabatistas e à ênfase na iluminação do Espírito, acompanhada de tremores físicos, difundida pelos quacres.
  • 10. Dois grandes avivamentos nos Estados Unidos são marcos importantes para a emergência do pentecostalismo moderno. O primeiro grande despertamento aconteceu no início do século 18 e enfatizava a conversão como imperativo para a participação da vida na igreja. Os pregadores avivalistas que se destacaram na época foram: Theodore J. Frelinghuysen, Gilbert Tennent e, sobretudo, o pastor congregacional Jonathan Edwards, bem preparado intelectualmente e profundo conhecedor da filosofia do seu tempo.
  • 11. Jonathan Edwards proclamava uma espiritualidade fruto da comunhão direta entre Deus e a alma humana. Suas reuniões aconteciam dentro de uma intensa atmosfera de emoção. Esse perfil ministerial inspirou o surgimento posterior de vários movimentos do tipo revival (reavivalista) e holiness (santificador), que acreditavam num novo estágio do cristianismo mediante o exercício da glossolalia, evidência da conversão.
  • 12. O Segundo Grande Avivamento surgiu no fim do século 18 e se prolongou até os anos 50 do século 19. Começando pela Igreja Congregacional, alcançou os batistas, os presbiterianos e os metodistas. O movimento foi menos marcado pelo emocionalismo exagerado. O pregador que se destacou nesse segundo despertamento foi um advogado do interior de Nova York, ordenado pastor presbiteriano, chamado Charles Grandison Finney. As sociedades voluntárias, voltadas para as missões domésticas e estrangeiras, tiveram participação importante nesse acontecimento.
  • 13. Ao longo dos séculos, os cultos de tradição pentecostal incorporaram características distintas no que diz respeito aos aspectos doutrinários e às ênfases carismáticas. Também são bem perceptíveis a diversificação de sua clientela e as mudanças que geraram novos tipos de performance de sua liderança. Os valores morais da crença tiveram, também, ao longo do tempo alterações visíveis, que revelaram ao mundo social um pentecostalismo mais moderado e socialmente mais participativo.
  • 14. O movimento pentecostal tem sido considerado um ramo (desdobramento) tardio da Reforma. No princípio, foi notadamente questionado; sobretudo pelas igrejas de tradição reformada. Para elas, as comunidades pentecostais não passavam de seitas. Foi necessário que transcorresse meio século para que essa identidade sectária perdesse força gradualmente. Convém lembrar a natureza ideológica do conceito de seita.
  • 15. A história da Igreja Cristã é marcada por grandes reuniões de debates teológicos e doutrinários. Foi assim desde Atos 15 até os Concílios históricos de Nicéia, Constantinopla, Éfeso, Calcedônia e Trento, só para citar alguns, passando pelos princípios que ensejaram a Reforma Protestante e chegando às modernas expressões do protestantismo e do movimento evangélico pentecostal e, mais recentemente, neopentecostal.
  • 16. A teologia do pentecostalismo clássico, sobretudo, sua concepção de antropologia parece inegavelmente valorizar mais a alma e espírito do que o corpo. Entretanto esta desvalorização do corpo não parece ser uma posição tipicamente pentecostal, antes se faz presente no cristianismo ao longo de sua história, e parece perdurar e se mostrar explícita no modo cristão pentecostal.
  • 17. Nos primórdios do cristianismo percebe-se certa ambiguidade em torno da ideia de ser humano. A Igreja nos primeiros séculos teve trabalho para enfrentar as concepções grega e platônica, que negavam o corpo e o apresentava junto com tudo o que é material como coisa intrinsecamente má.
  • 18. Na obra intitulada “Fédon” de Platão (que muito influenciou o pensamento cristão) a alma e o corpo são tratados como entidades separadas, porque pertencem a mundos antagônicos. A relação entre corpo e alma é retratada de modo negativo, pois o corpo é concebido como uma prisão para a alma. Esta tensa relação entre corpo e alma, no pensamento platônico é que vai influenciar a teologia cristã.
  • 19. O que é afirmado sobejamente nas Escrituras é a fé na ressurreição dos mortos. Já o platonismo afirma a imortalidade da alma e não reconhece a ressurreição, amplamente defendida no Novo Testamento. A mistura desses dois pensamentos (imortalidade da alma – platônica; ressurreição – cristã) deu origem à seguinte teologia: depois da morte do cristão a alma vê-se diante de Deus, goza de sua presença até o fim dos tempos quando será novamente reunida ao corpo ressuscitado. “A doutrina da imortalidade da alma dos gregos foi completada com a outra bíblica da ressurreição dos mortos”.
  • 20. Muitos gnósticos negavam a encarnação de Jesus, pois diziam eles que Deus não poderia ter se tornado matéria sem contaminar-se. Sendo assim, Jesus apenas aparentava ser humano, todavia, seu corpo não era real, apenas aparente. O Evangelho de João, assim como as epístolas joaninas claramente combatem o equívoco desse ensinamento gnóstico (Cf. Jo 1.1-18; 1 Jo 4.1-3).
  • 21. A Escola de Valentino defendia a existência de três classes de pessoas: os pneumatikoi (espirituais) eram os salvos, os psychikoi (seguidores da alma) poderiam alcançar a salvação se fossem iniciados na gnosis e os sarkikoi (carnais) estavam perdidos, para eles não havia esperança de salvação.
  • 22. Assim, o dualismo religioso e filosófico, desde os primórdios, assedia o cristianismo com certa concepção antropológica e de mundo caracterizado por séria desconfiança em relação à matéria e toda corporeidade. Outra problemática surgiu em torno de alguns escritos do primeiro teólogo da igreja cristã, isto é, Paulo. Seus escritos pareciam afirmar um certo dualismo carne/espírito.
  • 23. Assim, se tem o desafio para os pais da Igreja definir o que significava carne nos escritos de Paulo. Para muitos, que realizavam uma interpretação literal, o termo carne refere-se ao corpo humano; para outros, que faziam uma leitura alegórica da Escritura, poderia significar a natureza humana decaída. Acabou prevalecendo a primeira concepção.
  • 24. Não é exagero afirmar que nenhuma outra filosofia da antiguidade marcou tão fortemente a história inicial da teologia cristã quanto o platonismo. Principalmente, no período da Patrística o dualismo antropológico de origem platônica é facilmente diagnosticado. As máximas desse período relativas ao corpo comprovam: “O corpo é uma prisão, um túmulo da alma; é preciso arrancar a alma das ‘cadeias da carne’, do laço com um cadáver. A carne é como um lodo em que a alma não pode deixar de manchar-se e degradar-se”.
  • 25. No período Medieval (séc. VI-XV) a concepção de ser humano é formulada a partir da Bíblia, porém, de acordo com instrumentos teóricos provenientes da filosofia grega. Daí se explica que uma concepção que supunha o ser humano como unitário tenha cedido espaço a uma concepção dualista.
  • 26. Este dualismo antropológico deve-se principalmente a influência de um dos mais importantes teólogos da História da Igreja, a saber, Agostinho. Sua influência foi muito forte tanto no lado católico quanto protestante. Pode-se afirmar que a mesma sobrepujou a Idade Média, vindo na verdade a perdurar por toda a história subsequente do cristianismo ocidental.
  • 27. Para Agostinho a busca de Deus equivale à busca da verdade incorpórea. Isso ocorre não em detrimento do corpo, mas como esforço de superação do mesmo. O corpo, segundo Agostinho, não é um mal pois é criatura de Deus, porém, é elemento em superação no processo místico de encontrar a verdade absoluta. Portanto, o encontro com Deus é compreendido como uma ascese que não rejeita o corpo, contudo, procura subordiná-lo à alma inteligente.
  • 28. Devido a notável influência do trabalho teológico de Agostinho, a primeira metade da Idade Média esteve dominada pela cosmovisão do filósofo Platão. A segunda grande influência helênica no pensamento cristão ocidental se deu mediante a adoção da teologia escolástica, principalmente a de Tomás de Aquino (1225-1274), pela igreja medieval e, sobretudo, pela igreja romana, influencia esta que perdurou até o século XIX.
  • 29. Conforme Tomás de Aquino, a união entre corpo e alma é uma união profunda e não um mero encontro acidental entre duas realidades distintas. É uma relação entre dois elementos que se completam totalmente. Para Tomás de Aquino não existe oposição e exclusão entre corpo e alma. Contudo, a perspectiva tomista ao defender a constituição do ser humano a partir de dois princípios, a alma e a matéria que unidos formam o corpo, também não supera o dualismo aceito por Agostinho. A crença tomista na imortalidade da alma igualmente mantém o dualismo antropológico.
  • 30. Enfim, a influência grega e platônica marcou o cristianismo ao longo da sua história e acabou por determinar a interpretação bíblica, impingindo-lhe o conceito da imortalidade da alma e a consequente desvalorização do corpo mortal. Essa desvalorização da dimensão material da vida não ficou apenas nos debates teológicos, ou nos centros de estudo e interpretação da Escritura, mas atingiu a espiritualidade cotidiana do cristão.
  • 31. Com a Reforma Protestante no século XVI o dualismo antropológico não sofreu significativas mudanças. Convém lembrar, que o mundo dos reformadores neste período era constituído pela cultura cristã da Europa medieval em transição. Sendo assim, os reformadores Martinho Lutero (1483-1546), João Calvino (1509-1564) entre outros, foram influenciados pelos escritos de Agostinho, cujo pensamento se apóia no neoplatonismo, especialmente o de Plotino.
  • 32. O reformador Lutero apresenta uma antropologia de perfil mais integral, comparado com o seu tempo. Conforme Hägglund: “Freqüentemente [sic] se diz que a concepção de <<todo o homem>> (totus homo) caracteriza Lutero. Ao invés do dualismo escolástico entre corpo e alma, poderes superiores e inferiores, Lutero introduziu o conceito de totalidade no contexto teológico”.
  • 33. Para Lutero a totalidade humana foi atingida pelo pecado, de modo que, não há dimensão do ser humano que não tenha sido corrompida pelo pecado. Portanto, não faz sentido perguntar por aspectos superiores ou inferiores da constituição humana. Todavia, em Lutero podem-se perceber em seu conceito dos dois reinos, o espiritual e o secular, traços dualistas do seu contexto religioso medieval.
  • 34. Para João Calvino a superioridade da alma sobre o corpo é uma realidade inegável. Portanto, em seu pensamento se encontra um dos principais fundamentos do dualismo antropológico, que marca boa parte da teologia protestante, especialmente de linha reformada. Calvino disse: “[...] que o ser humano consta de alma e corpo, deve estar além de controvérsia. E pela palavra ALMA entendo uma essência imortal, contudo, criada, que lhe é [das duas] a parte mais nobre”. Calvino é fiel à tradição platônica ao afirmar que o corpo não passa de prisão da alma.
  • 35. Esse ascetismo calvinista vai seguir adiante nas igrejas de tradição reformada e outras igrejas que sofreram a sua influencia, direta ou indiretamente. Mais tarde, o pietismo fundado por Filipe Jacó Spener (1635-1705) coloca uma nova ênfase dentro da teologia cristã no âmbito protestante, sobretudo luterano. Spener destacava a experiência como o fundamento de toda fé autêntica.
  • 36. Em se tratando de uma experiência pessoal subjetiva de transformação interior, a exterioridade, o mundo material, assume uma dimensão negativa. O sinal de uma vida em comunhão com Deus será demonstrado pela abstenção do “mundano”, dos prazeres e das diversões. Desta maneira, o corpo fica sob suspeita e, assim, estabelece-se o dualismo antropológico.
  • 37. Augusto H. Franke (1663-1727), discípulo de Spener concebeu um pietismo em alguns aspectos mais rígido que seu mestre. Considerando o natural como intrinsecamente pecaminoso, propôs o constante auto- exame e a erradicação dos sentimentos naturais. Desse modo, surge um dualismo entre o corpo e o interior do indivíduo regenerado.
  • 38. Novamente o ser humano é concebido como dividido em seu ser. A sua interioridade ocupa uma posição privilegiada, tem contato com a santidade divina, enquanto que o corpo é visto como ameaça que precisa ser controlado e vigiado constantemente, pois facilmente inclina-se ao mal.
  • 39. O pietismo, posteriormente exerceu considerável influência sobre o metodismo, fundado no século XVIII pelo teólogo inglês John Wesley, cuja ênfase teológica era a experiência religiosa da conversão e santificação. Convém destacar que o pentecostalismo tem suas raízes imediatas nos movimentos avivalistas norteamericanos, que por sua vez são oriundos do metodismo de John Wesley.
  • 40. O pentecostalismo que apareceu em 1909-1910 no Brasil, Argentina e Chile e que experimentou extraordinário crescimento mundial, é de caráter dualista em sua antropologia. Segundo Klein o pentecostalismo é uma das expressões religiosas atuais de caráter dualista. Porém, de modo geral, essa tem sido a característica da maioria das igrejas evangélicas, que têm demonstrado indiferença para com o corpo e grande valorização da alma.
  • 41. Diante desta realidade, o pentecostalismo, fiel ao seu contexto eclesiástico segue na mesma tendência. Os efeitos disso podem ser uma exagerada valorização do espiritual, que esquece o “aqui e agora”, e enfatiza a salvação da alma. Esta pesquisa pressupõe que o dualismo antropológico, ainda que moderado, se constitui numa das características da teologia pentecostal brasileira. Isso explica a insuficiência em práticas que visam à transformação da realidade social e material, bem como o distanciamento dos pentecostais da vida social.
  • 42. Os pentecostais, por várias décadas, mantiveram-se presos a um rígido estereótipo. Bastava vê-los para que logo fossem identificados, pejorativamente, como “crentes”, “bíblias”, “glórias”, “aleluias”, etc. As igrejas neopentecostais promoveram uma ruptura na identidade estética, na aparência desses religiosos, abandonando os tradicionais usos e costumes de santidade pentecostal. Usos e costumes é uma expressão utilizada pelos pentecostais para se referir ao rigorismo legalista, às restrições ao vestuário, uso de jóias, produtos de beleza, corte de cabelo e a diversos tabus comportamentais existentes em seu meio religioso, que paulatinamente foram amenizados.
  • 43. Esses antigos usos e costumes podem ser considerados como um código por meio do qual se esperava alcançar a salvação, através da observância de certos tabus, tais como os referentes à bebida alcoólica, televisão, cinema e cigarro, visando destacar publicamente os pentecostais da sociedade. Essas proibições e restrições erguiam uma barreira entre o fiel evangélico e o mundo. Os anos 50 marcaram o início do processo de alteração no perfil estético e nos costumes dos evangélicos. Entretanto, somente nos anos 80 é que efetivamente despontaram significativas mudanças na estética, nos costumes e hábitos dos novos evangélicos.
  • 44. Os jovens neopentecostais aboliram as “veste dos santos”. Os membros das denominações do neopentecostalismo, muitos deles oriundos do pentecostalismo clássico e do deuteropentecostalismo, das igrejas protestantes históricas e renovadas, adotaram ritmos musicais, vestuário, comportamentos e estilos de vida similares aos seus pares não evangélicos, subvertendo de vez o padrão estético que boa parte dos pentecostais ainda adota, como a Assembléia de Deus.
  • 45. Além, das afirmações doutrinárias contidas nas obras da Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD (que serão analisadas posteriormente) pode-se perceber o dualismo corpo/alma no “Credo oficial das Igrejas Assembléias de Deus no Brasil”, maior representante do pentecostalismo brasileiro:
  • 46. “No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor”. Assim, omite-se a afirmação cristã da “ressurreição do corpo”. O credo da AD não menciona a salvação do corpo do ser humano, mas somente a “eterna justificação da alma”, revelando desse modo um verdadeiro reducionismo antropológico e soteriológico.
  • 47. O "Cremos" é uma declaração de fé concisa e sintetizada, que equivale aos Credos elaborados e presentes na Grande Tradição Cristã. Sua origem nas Assembleias de Deus no Brasil remonta ao ano de 1938, quando o missionário norte- americano Theodoro Stohr, que atuava no interior de São Paulo, na edição do Mensageiro da Paz da segunda quinzena de outubro, p. 2, publicou um artigo traduzido por ele, sob o título "Em que crêem os pentecostais (no evangelho integral)", onde um "Cremos" foi citado. As razões para a publicação do artigo de Sthor foram as constantes difamações, e as concepções errôneas acerca do movimento pentecostal.
  • 48. O atual "Cremos" das Assembleias de Deus no Brasil, publicado no Mensageiro da Paz desde 1969, afirma: CREMOS, 1) Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19 e Mc 12.29); 2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2Tm 3.14-17); 3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9);
  • 49. 4) Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19); 5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3- 8); 6) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor. (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9);
  • 50. 7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12); 8) Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15); 9) No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7);
  • 51. 10) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme sua soberana vontade (1Co 12.1-12); 11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira — invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda — visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16, 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14);
  • 52. 12) Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber a recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10); 13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15); 14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46
  • 53. O pentecostalismo é um movimento cristão oriundo do protestantismo evangélico, que afirma a importância da experiência com o Espírito Santo, iniciada pelo batismo no Espírito Santo e confirmada pelos dons de falar novas línguas. Entre suas principais características, pode-se destacar: ênfase na espiritualidade e nos dons espirituais, nova dinâmica litúrgica, a tendência à leitura literal dos textos bíblicos, a intensa atividade de leigos na expansão e administração das comunidades pentecostais e a busca da salvação da alma.
  • 54. A teologia pentecostal no Brasil, representada pela AD, ainda está em processo de construção. Destaca a pessoa do Espírito Santo, o batismo do Espírito Santo e a atualidade dos dons do Espírito, assim como a santificação e vinda de Jesus. A teologia pentecostal possui um aspecto dinâmico pela sua abertura à experiência do Espírito e, a certos aspectos religiosos da cultura brasileira, por outro lado é de natureza dogmática e fundamentalista, priorizando uma leitura da Bíblia de caráter literalista.
  • 55. A teologia pentecostal atualmente esforça-se para apresentar uma feição mais coesa e coerente com suas crenças e práticas. Isso porque em suas primeiras décadas, o pentecostalismo brasileiro não tinha o ensino teológico formal como a sua prioridade básica. Gunnar Vingren, um dos pioneiros da denominação no país, era um pastor com formação teológica, e muito se preocupou em instruir os primeiros crentes, com ênfase para as doutrinas pentecostais.
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  • 58. Daniel Berg e Gunnar Vingren
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  • 62. Os anos de 1910 e 1911, socialmente marcados por movimentos operários em busca de melhores condições de trabalho, viram surgir as duas mais antigas e mais importantes igrejas pentecostais em terras brasileiras: a Congregação Cristã do Brasil e a Assembleia de Deus. A primeira foi fundada em 1910 na capital paulista, no bairro do Brás, então densamente povoado de italianos. Seu fundador, Luigi Francescon, viveu algum tempo nos Estados Unidos, como imigrante, foi presbiteriano e depois abraçou o pentecostalismo. A segunda nasceu um ano depois, em Belém do Pará.
  • 63. Nasceu a Congregação de uma cisão entre presbiterianos, da mesma forma que um ano mais tarde a Assembleia de Deus iria surgir, em Belém, de batistas dissidentes. O rompimento que eclodiu na igreja presbiteriana do Brás foi de carater estritamente religioso e não social, pois os presbiterianos não andavam metidos com as greves.
  • 64. A raiz da cisão emergia da novidade trazida por Francescon — o batismo no Espirito Santo, como uma etapa além da conversão. Cindia-se a igreja presbiteriana, no Brás, não por influencia de pastores, e sim de simples crentes sob o carisma de um líder. Era um dia de culto. A convite do próprio pastor, Francescon ocupou o púlpito. A pregação do pentecostal deixou o dirigente da igreja de tal modo irritado e contrafeito que este acabou por expulsar do templo o estranho pregador. Ao abandonar o recinto, Francescon viu-se cercado por um grupo de evangélicos. Eram as primeiras adesões.
  • 65. Com eles fundou o grupo inicial da Congregação. Nascia um pequeno templo no Brás, que mais tarde se transformaria na igreja-mãe da Congregação. De Francescon o grupo recém- criado recebeu os primeiros traços de sua organização, inteiramente diferente da presbiteriana. Através dele a Congregação incorporou simultaneamente a crença no poder do Espírito e forte tendência iluminista caracterizadora de uma maneira peculiar de se comunicar com Deus — o Espirito Santo segreda ao crente, em oração, o que dele deseja.
  • 66. Absorveu ainda as marcas do rigorismo valdense trazido por Francescon dos anos vividos no norte da Italia. Ainda hoje perduram, transparecendo em vários comportamentos religiosos e sociais dos crentes. Da Biblia o fundador retirou, além da fundamentação das crenças, as categorias dos funcionários da nova igreja: ancião em vez de pastor; cooperador em lugar de presbítero.
  • 67. Contrastando com as demais igrejas pentecostais, a Congregação não tem escolas dominicais. Geralmente é nelas que os crentes adquirem o conhecimento dos textos bíblicos. Para a Congregação, este dispositivo de aprendizagem acaba torcendo a inspiração individual, imprimindo um rumo nas crenças. Afastando-as, o iluminismo religioso acampa sozinho na leitura individual da Bíblia, quando o crente vai aprendendo sob a inspiração de Deus.
  • 68. Corria o ano de 1911 quando um estranho acontecimento começou a sacudir o ambiente religioso de uma igreja batista em Belém do Pará. Uma crente falou em línguas estranhas. Não uma vez. Mas muitas vezes, Muitos crentes presenciaram. Espalhou-se a noticia do inusitado fenômeno. No centro dessa ocorrencia estavam dois pentecostais, Daniel Berg e Gunnar Vingren, Suecos de nascimento, americanos pela nova religião que traziam para o Brasil. Tinham sido batistas antes de se tornarem pentecostais, lá nos Estados Unidos, razão pela qual receberam fraternal acolhimento dos batistas de Belém.
  • 69. Nua e crua, para quem quisesse ver, lá estava a prova da glossolalia, estampada nos gestos e na linguagem desconhecida de uma crente brasileira. Nascia a cisão e era uma alternativa. A outra era a igreja batista se tornar pentecostal, ao que os pastores se opunham. As discussões passaram das casas dos crentes para o interior do templo.
  • 70. Ate que, num culto, ficando por demais acirradas, a consequência foi um agudo desentendimento entre os missionários americanos e o próprio dirigente da celebração. Expulsos por este, os dois pentecostais carregaram consigo um punhado de batistas. Fundava-se a primeira igreja da Assembleia de Deus em Belém do Para, em junho de 1911.
  • 71. A Bíblia de Estudo Pentecostal afirma que o espírito é o componente imaterial do ser humano pelo qual se tem comunhão com Deus. A alma, igualmente imaterial é a sede das emoções, da razão e da vontade. Anela pelo contato com o mundo e o faz por intermédio do corpo. O corpo é a parte do ser humano que serve de abrigo para a dimensão espiritual, isto é, a alma e espírito e que volta ao pó quando a pessoa morre.
  • 72. Bergstén disse: “Deus, que é trino, criou o homem como um ser tríplice, isto é, composto de corpo, alma e espírito”. A teologia pentecostal compreende que embora os termos “alma e espírito” sejam usados intercaladamente, persistem diferenças fundamentais em vários textos das Escrituras. Assim, ensina que o Novo Testamento afirma que o ser humano é um ser tripartido, composto de espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
  • 73. Em Azusa, os cultos eram longos e, de forma geral, espontâneos. Nos primórdios, a música era à capela, embora um ou dois instrumentos fossem tocados. Os cultos incluíam cânticos, testemunhos dados por visitantes ou lidos daqueles que escreviam para a Missão, oração, momento de apelo para pessoas aceitarem Cristo, apelo à santificação ou ao batismo no Espírito Santo, e fervorosa pregação.
  • 74. Pearlman, teólogo pentecostal cita quatro distinções da alma: 1. A alma distingue a vida humana e a vida dos irracionais das coisas inanimadas e também da vida inconsciente como a vegetal; 2. A alma do ser humano o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que vive somente enquanto durar o corpo. A alma do homem é qualitativamente diferente, sendo vivificada pelo espírito;
  • 75. 3. A alma distingue o ser humano de outro e dessa maneira forma a base da individualidade. A palavra “alma” é, portanto, usada frequentemente no sentido de “pessoa”; 4. Finalmente, a alma distingue o ser humano não somente das ordens inferiores, mas também das ordens superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes aos dos homens.
  • 76. A antropologia teológica pentecostal defende que o homem “espírito”, é capaz de ter conhecimento de Deus e comunhão com Ele. Sendo “alma”, ele tem conhecimento de si próprio. Sendo “corpo”, através dos sentidos tem conhecimento do mundo. Assim sendo, as funções ficam assim definidas: a) - Espiritual: Deus habita no espírito; b) - Moral: O eu habita na alma; c) - Física: Os sentidos habitam no corpo.
  • 77. Na antropologia teológica pentecostal há uma verdadeira hierarquia da constituição humana, atribuindo-se maior valor à parte “espiritual”, do que a material do ser humano. Desse modo é caracterizado por um dualismo moderado de natureza axiológica. Bergstén afirma: “(...) o real valor do corpo está na sua alta finalidade de ser a morada, o tabernáculo em que habita a alma e o espírito do homem (...)”. O corpo, desse modo, não possui valor em si mesmo, antes seu valor consiste em ser “morada” da alma.
  • 78. Década de 50- AD São Cristóvão
  • 79. Década de 50- O Brasil para Cristo
  • 80. Década de 50-Cruzadas de Boatright
  • 81.
  • 82. Década de 70- AD Pernambuco
  • 83.
  • 84. Década de 90- Cruzada Evangelistica
  • 85. Década de 2000- Cruzada Evangelistica