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Atividade para o Ensino Médio – Folclore Popular – Bumba-meu-boi
Nome:................................................................................... Turma: ................... Data: ...../...../......
1) Segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão do Ministério da Cultura, o
Complexo Cultural Bumba-meu-boi do Maranhão se caracteriza como:
“(...) uma festa tradicional em que a figura do boi é o elemento central, porém reúne diversas outras
manifestações culturais e assim se configura como um vasto ‘complexo cultural’. Muitas vezes definido como
um folguedo popular, o Bumba-meu-boi extrapola o aspecto lúdico da brincadeira para fazer sentido como uma
grande celebração em cujo centro gravitacional encontram-se o boi, o seu ciclo vital e o universo místico-
religioso. Profundamente enraizado no cristianismo e, em especial, no catolicismo popular, o Bumba-meu-boi
envolve a devoção aos santos juninos São João, São Pedro e São Marçal, que mobilizam promessas e marcam
algumas datas comemorativas. Contudo, os cultos religiosos afro-brasileiros do Maranhão, como o Tambor de
Mina e o Terecô, também estão presentes nessa celebração, uma vez que ocorre o sincretismo entre os santos
juninos e os orixás, voduns e encantados que requisitam um boi como obrigação espiritual.”
Conforme a definição acima, a festa do Bumba-meu-boi pode ser descrita através de uma estrutura constituída
de um símbolo central e dois aspectos principais, sendo um destes desdobrado em dois elementos. Marque a
alternativa que melhor sintetiza esta estrutura:
(A) O elemento central da festa é o povo nordestino; o Bumba-meu-boi tem um aspecto de crítica à organização
política e outro de religiosidade; este último desdobrado no catolicismo popular e nos cultos afro-brasileiros.
(B) O símbolo central da festa é o boi; o Bumba-meu-boi tem um elemento de crítica à organização política e
outro de imitação do trabalho da lavoura; este último desdobrado na colheita da cana e na fabricação do açúcar.
(C) O símbolo central da festa é o povo nordestino; o Bumba-meu-boi tem um aspecto de brincadeira popular
e outro de religiosidade; este último desdobrado no catolicismo popular e nos cultos afro-brasileiros.
(D) O elemento central da festa é a figura do boi; o Bumba-meu-boi tem um aspecto de brincadeira popular e
outro de religiosidade; este último desdobrado no catolicismo popular e nos cultos afro-brasileiros.
(E) O símbolo central da festa é o povo nordestino; o Bumba-meu-boi tem um elemento de brincadeira popular
e outro de imitação do trabalho da lavoura; este último desdobrado na colheita da cana e na fabricação do açúcar.
2) Na Bíblia, pode ser encontrada algumas referências ao significado simbólico do boi, como exemplo:
“Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheitas.” (Pv 14.4); “Como
o boi que vai ao matadouro (...)” (Pv 7.22) “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua
manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” (Is 1.3).
Por essas passagens bíblicas, é possível destacar alguns significados simbólicos que de alguma forma estariam
associados ao signo boi no contexto do catolicismo popular brasileiro, respectivamente: ____________;
_______________; ______________. Esses significados simbólicos também podem ser associados
metaforicamente a um personagem do Brasil colonial, o ___________________.
Assinale a alternativa que apresenta as palavras que melhor completam os espaços vazios:
(A) trabalho; sacrifício; servidão; escravo.
(B) limpeza; beleza; conhecimento; escravo.
(C) trabalho; beleza; entendimento; feitor.
(D) força; sacrifício, conhecimento; feitor.
(E) limpeza; beleza; entendimento; escravo.
3) O Bumba-meu-boi, por se tratar de uma festa popular, deve apresentar uma estrutura análoga àquela descrita
por Roger Caillois em sua Teoria da Festa, ou seja, a festa simbolizaria um momento de inversão do tempo
cotidiano, onde as ordens e hierarquias normais estariam suspensas. Assim, conforme Caillois:
“Essa efervescência [festa], (...), mantém-se com o tempo do labor a mesma relação da guerra com o tempo de
paz: ambas [festa e guerra] constituem fases de movimento e de excesso com respeito a fases de estabilidade e
de contenção. Quieta non movere [não mexer no que está quieto]: esta máxima da vida regrada é também aquela
da diplomacia pacífica. Sua consigna comum manda fazer todas as coisas com base em negociações. No modo
inverso, a surpresa, a violência, a brusquidão, o chamado a concentrar o máximo de forças possível em uma
dada localização, ou impulsioná-las, são algumas das estratégias simples que valem tanto para a festa quanto
para a guerra. Uma e outra possuem sua disciplina própria, mas ambas parecem explosões monstruosas face ao
curso monótono da existência regular.”
Assim, é preciso visualizar no símbolo central da festa, o boi, do Bumba-meu-boi, o signo do escravo africano,
envolvido em vários elementos inversos ao cotidiano do cativeiro. Neste sentido, observe abaixo o cântico do
puxador de enredo que na encenação festiva faz o papel do dono da fazenda. O conteúdo das cantigas não é
fixo, podendo até versar sobre problemas da atualidade:
“Toada ‘Boi Universal’
O boi é um tema universal
É mito, divindade, animal
No Egito e na Índia e todos os povos
O boi é festa tradicional
Boi Ápis, Minotauro, força vital
Touro negro, que é Zeus
Deus grego, touro negro de couro bordado
Que vive no areal
É o Rei, Dom Sebastião
Touro negro encantado no Maranhão
É festa e tradição
Quem ainda não conhece
Venha conhecer
O Boi Universal com o seu lindo guarnecer”
Marque a alternativa, que melhor apresenta versos da toada que apresentam o “boi” ou o “escravo” não mais
vinculados ao trabalho, ao sacrifício e à simplicidade, mas no Bumba-meu-boi como signos do sagrado, da
realeza e da beleza, respectivamente.
(A) O boi é festa tradicional - É festa e tradição - Que vive no areal.
(B) Touro negro, que é Zeus - É o Rei, Dom Sebastião - O Boi Universal com o seu lindo guarnecer.
(C) É mito, divindade, animal - Venha conhecer - É o Rei, Dom Sebastião.
(D) Boi Ápis, Minotauro, força vital - Que vive no areal - É festa e tradição.
(E) O boi é um tema universal - Deus grego, touro negro de couro bordado - É mito, divindade, animal.
4) A festa do Bumba-meu-boi tem muitas etapas e um calendário amplo, embora seu momento principal
aconteça junto aos festejos de São João, em 24 de junho. Nesta data ocorre a encenação de uma narrativa [auto]
repleta de simbolismos e de paralelos com a religiosidade cristã. Os estudiosos Carlos Benedito Rodrigues da
Silva e Carla Georgea Silva Ferreira sintetizam a história assim: “O Auto do Bumba-meu-boi se passa numa
fazenda de gado, revelando a dramaticidade e a rigidez das relações hierarquizadas desse universo. O amo do
boi, que simboliza o dono da fazenda, descobre que seu boi de estimação desapareceu e o responsável pelo
desaparecimento foi Francisco, trabalhador da fazenda, apelidado Nego Chico que, temeroso das represálias
está foragido. O amo toma a iniciativa então, de chamar os vaqueiros e depois os índios que vivem em torno da
fazenda para procurá-lo. Porém todos retornam malsucedidos. Após uma série de peripécias ritualizadas ao som
de toadas, Nego Chico é encontrado e, ameaçado, confessa o crime, revelando o motivo de tal feito. Catirina
sua mulher, grávida, tem o desejo de comer a língua do boi, convencido por ela, rouba o boi e foge com ele da
fazenda. Piedoso, por se tratar de um desejo de grávida, o fazendeiro faz um trato com Nego Chico, se o boi
ressuscitar ele será perdoado. São convocados doutores, padres e feiticeiros, que acabam ressuscitando o animal.
Com isso Nego Chico é perdoado e todos comemoram em uma grande festa.”
Como exemplo da simbologia da festa, a língua é comumente um símbolo do poder psíquico, daquilo que está
oculto, mas que tem poder de convencimento, certamente, era esse o poder que o “boi” “exercia” sobre o “dono
da fazenda” que o tratava bem, ao contrário das “relações hierarquizadas” da ordem escravocrata brasileira. A
mulher de Nego Chico o convence a matar o “boi” para consumir sua língua. É muito comum em rituais
religiosos que envolvem o consumo de certos alimentos que o ato represente a incorporação de seus poderes
simbólicos. Assim, na narrativa bíblica o consumo da maça por Adão, convencido por Eva, representou a
incorporação por estes do “conhecimento do bem e do mal”.
Marque a alternativa que retira da história do Bumba-meu-boi uma passagem similar à narrativa bíblica de Adão
e Eva.
(A) O amo do boi, que simboliza o dono da fazenda, descobre que seu boi de estimação desapareceu e o
responsável pelo desaparecimento foi Francisco.
(B) O fazendeiro faz um trato com Nego Chico, se o boi ressuscitar ele será perdoado.
(C) Catirina sua mulher, grávida, tem o desejo de comer a língua do boi, convencido por ela, rouba o boi.
(D) O amo toma a iniciativa então, de chamar os vaqueiros e depois os índios que vivem em torno da fazenda
para procurá-lo.
(E) São convocados doutores, padres e feiticeiros, que acabam ressuscitando o animal.
5) Josué Montello descreve no livro Os Tambores de São Luiz uma festa de Bumba-meu-boi em São Luiz do
Maranhão no século XIX, em plana vigência da escravidão. Diz ele que: “Na Praça da Alegria, no Largo de
Santiago, no Largo de Santo Antônio, no Largo do Quartel, estrondavam as matracas, as zabumbas e os maracás,
em redor do boi cintilante, que rodopiava e saltava, com seus enfeites de fitas coloridas, as suas capas de veludo,
e a cabeça do dançador por baixo do focinho de veludo negro. De repente o compasso das matracas se acelerava,
e uma toada irrompia, cantando a morte ou a ressurreição do boi, enquanto dançavam os vaqueiros, o amo, o
Pai Francisco, a Mãe Catarina, o doutor, os índios e os tocadores, por entre o faiscar dos besouros e dos busca-
pés. Iriam assim noite adentro, repetindo o auto primitivo, de que ninguém conhecia a origem exata, até caírem
exaustos de cachaça e de sono, nas margens das estradas, nas calçadas das ruas, no banco das praças.”
Ligue as palavras do texto com seus respectivos significados:
(A) Matraca • • Cantiga de melodia simples e monótona.
(B) Zabumba • • Peça de fogo de artifício composta de um canudinho cheio de pólvora
lenta e vedado de um dos lados o qual, aceso, serpeia pelo chão.
(C) Maracás • • Peça de madeira com uma plaqueta ou argola que se agita
barulhentamente em torno de um eixo.
(D) Toada • • Tambor de sonoridade grave e com membranas nas duas
extremidades.
(E) Busca-pés • • Chocalho indígena formado por uma cabaça, provida de uma
empunhadura, com sementes secas ou pedrinhas no interior, usado em
solenidades guerreiras ou religiosas.
6) Os bois maranhenses do Bumba-meu-boi, geralmente, são divididos por aquilo que é chamado de sotaques.
Em suma, há três sotaques principais, tal como descrito: “Os grupos, os subgrupos e os sotaques são bem
diferentes entre si. As raízes são claras e incontestáveis. Em uns há a marcante influência indígena no ritmo,
nos instrumentos, no guarda-roupa e no bailado – é o Grupo Indígena [Matraca]. Em outros – os que formam o
Grupo Africano – o ritmo, o bailado e os instrumentos são negros [Zabumba]. E a influência maior no guarda-
roupa é negra também. Há ainda vindo de passado recente, um grupo onde a coreografia, o guarda-roupa e os
instrumentos são tipicamente brancos: o Grupo Branco [Orquestra].” (AZEVEDO NETO 1997, p. 31).
A pesquisadora Lady Selma Ferreira Albernaz também classifica o Bumba-meu-boi em diferentes sotaques
dando a eles certas características específicas quanto à indumentária, os instrumentos, além de outros aspectos.
Nesse sentido, é possível apresentar algumas diferenças. No sotaque Zabumba: “Entre os personagens destaca-
se o ‘rajado’, que veste saiotes e golas bordados com motivos da fauna, da flora ou da religião, sendo
caracterizado pelo chapéu de copa na forma de cogumelo, adornada com bastas fitas coloridas que descem até
a altura do tornozelo e uma pequena pala frontal bordada geometricamente.” No sotaque Matraca: “O brincante
diferenciador é o caboclo real pela indumentária composta por saiote, gola, tornozeleira e braçadeira, e
especialmente um cocar de penas horizontais, semelhante a um chapéu com cerca de 1 metro de diâmetro, todos
feitos de penas de ema tingidas em cores variadas”. No sotaque Orquestra: “Além dos instrumentos de percussão
(zabumba e tarol), acrescentaram-se instrumentos de corda (banjos) e metais (saxofone, trombone e trompete)
e de sopro (clarinete)”.
Observando a xilogravura acima, é possível afirmar que a representação do Bumba-meu-boi no desenho se
enquadraria melhor no sotaque: ________________________.
7) “No Bumba-meu-boi a celebração é feita principalmente em homenagem a São João e faz ressoar, com muita
___________, a fé e a devoção religiosa daqueles que brincam. No entendimento dos devotos, o folguedo é
realizado para agradar o santo mediante uma graça recebida como resposta a uma ___________ feita pelo
devoto. São essas as noções nativas de dádivas e contra dádivas por meio das quais se expressa, de maneira
sensível, a _____________ de troca entre o devoto e o santo. Também constituem os múltiplos sentidos da festa,
onde as características lúdicas, profanas e espetaculares _____________ com a religião”. (Iphan, p. 81)
Marque a alternativa que preencha corretamente os espaços em branco.
(A) clareza; promessa; relação; coexistem.
(B) claresa; promeza; relassão; coesistem.
(C) clareza; promeza; relação, coexistem.
(D) clareza; promessa; relassão; coesistem.
(E) claresa; promeza; relação; coesistem.
8) Conforme o Iphan: “Arthur Ramos, seguindo os passos de Nina Rodrigues, explica o surgimento do Bumba-
meu-boi a partir do totemismo bantu. Busca legitimar sua teoria apresentando o costume bantu de realizar festas
totêmicas e relaciona essa tradição cultural com as festas para o boi no Brasil, para ele, inventadas por escravos
dessa etnia traficados para a colônia portuguesa na América e que já praticavam o totemismo no continente
africano. Para o antropólogo, o “totemismo africano de sobrevivência no Brasil é essencialmente de origem
bantu.” (Ramos, 1988: p.256). O totemismo bantu teve, segundo ele, grande relevância entre os afro-brasileiros,
“(...) principalmente o totem do boi que sobreviveu de maneira decisiva no Brasil, reforçado por temas análogos
do folclore caboclo dos vaqueiros, de influência ameríndia, em certos pontos do nordeste e centro brasileiros.
O totemismo do boi é largamente disseminado entre vários povos bantus onde, em algumas tribos, toma um
aspecto francamente religioso.” (Ramos, 1988:259).
A antropóloga Paula Monteiro explica que: “(...) o clã reunido simbolicamente sob o nome de um totem não
corresponde a um grupo local, nem a uma comunidade de sangue. O totem associa pessoas dispersas em uma
comunidade moral que se reconhecem por serem portadoras de um mesmo emblema, essa representação inscrita
nas coisas e no corpo do nativo para expressar seu pertencimento. Nesse sentido, tudo o que as relações sociais
reúnem sob a mesma rubrica é representado como sagrado, posto que organizam simbolicamente um grupo.”
Assim como o boi era um totem de um clã do povo bantu, que se identificava com as características do animal;
se você fosse escolher um emblema, análogo a um totem, para sintetizar a forma como você enxerga a si mesmo,
como se você incorporasse psicologicamente as caraterísticas desse emblema, seja um animal ou um
personagem qualquer. Você escolheria: ____________________________.
9) Em outra passagem do livro de Josué Montello, Os Tambores de São Luiz, o autor descreve:
“Em toda a volta do Largo de Santiago, várias janelas se abriram. E novamente a praça se animou, no alvoroço
de ver o boi do Marcelino, que ia passar por ali. Já se podia distinguir a toada dos cantadores, no intervalo das
matracas. Uma claridade avermelhada se abriu por cima das casas, e iam espocando os foguetes e os fogos de
artifício, que se desfaziam no ar, com seus penachos luminosos. Mas ainda tardou algum tempo, antes que
aparecessem os besouros e os busca-pés correndo à frente da multidão que precedia o boi, todo de veludo negro,
faiscante de espelhinhos, miçangas e fitas coloridas. Depois, o chão da rua pareceu sacudir com os pés descalços
batendo nas pedras do calçamento, ao compasso da dança nervosa que as matracas iam marcando. Por cima das
cabeças avultavam as ricas plumas que revestiam a cabeça dos caboclos, ondulando com os movimentos do
bailado. Muito comprida, a figura grotesca da Mãe Catarina fazia rir as crianças, defendendo-se dos besouros
que a perseguiam. Em redor, só gente do povo, a maioria negros, e todos entregues à folia, como se o tom das
cantigas e o ritmo das danças os exprimissem e irmanassem, debaixo da claridade do luar que os fogos de
artifício continuavam enfeitando.”
Nesta descrição, encontra-se os vários elementos sensoriais da festa do Bumba-meu-boi. Os estímulos sensoriais
numa festa, espetáculo, comício, etc. são essenciais para alcançar o efeito psicológico do transe, aquele em que
o indivíduo se sente absorvido em uma massa unificada pela emoção causada pelos mesmos estímulos sensoriais
e que a faz se movimentar num mesmo sentido. No texto acima a estrutura do fenômeno do transe pode ser
encontrada na passagem final: “(...) todos entregues à folia, como se o tom das cantigas e o ritmo das danças os
exprimissem e irmanassem (...).” Ou seja, um conjunto de estímulos, como exemplo, “o tom das cantigas e o
ritmo das danças” faz com que a pessoa se “entregue”, se deixe absorver na massa, como se todos os
participantes se “irmanassem”.
Assim, cada ambiente sensorial é percebido por vários sentidos ao mesmo tempo, porém, para efeitos de
descrição, eles podem ser separados. Escreva abaixo: (A) para os estímulos visuais estáticos; (B) para os
estímulos visuais cinéticos; (C) para os estímulos sonoros; (D) para os estímulos táteis; (E) para os “erros” de
percepção.
(__) toada dos cantadores; (__) intervalo das matracas; (__) claridade avermelhada; (__) espocando os foguetes
e os fogos de artifício; (__) penachos luminosos; (__) os besouros e os busca-pés correndo; (__) veludo negro;
(__) miçangas e fitas coloridas; (__) o chão da rua pareceu sacudir; (__) os pés descalços batendo nas pedras do
calçamento; (__) dança nervosa; (__) as matracas iam marcando; (__) ricas plumas que revestiam a cabeça dos
caboclos; (__) os movimentos do bailado; (__) claridade do luar.
10) Como foi descrito, o Bumba-meu-boi é uma festa popular típica do Estado do Maranhão. Pinte no mapa do
Brasil abaixo apenas o Estado do Maranhão.

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Atividade de Ensino - Bumba-meu-boi

  • 1. Atividade para o Ensino Médio – Folclore Popular – Bumba-meu-boi Nome:................................................................................... Turma: ................... Data: ...../...../...... 1) Segundo o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão do Ministério da Cultura, o Complexo Cultural Bumba-meu-boi do Maranhão se caracteriza como: “(...) uma festa tradicional em que a figura do boi é o elemento central, porém reúne diversas outras manifestações culturais e assim se configura como um vasto ‘complexo cultural’. Muitas vezes definido como um folguedo popular, o Bumba-meu-boi extrapola o aspecto lúdico da brincadeira para fazer sentido como uma grande celebração em cujo centro gravitacional encontram-se o boi, o seu ciclo vital e o universo místico- religioso. Profundamente enraizado no cristianismo e, em especial, no catolicismo popular, o Bumba-meu-boi envolve a devoção aos santos juninos São João, São Pedro e São Marçal, que mobilizam promessas e marcam algumas datas comemorativas. Contudo, os cultos religiosos afro-brasileiros do Maranhão, como o Tambor de Mina e o Terecô, também estão presentes nessa celebração, uma vez que ocorre o sincretismo entre os santos juninos e os orixás, voduns e encantados que requisitam um boi como obrigação espiritual.” Conforme a definição acima, a festa do Bumba-meu-boi pode ser descrita através de uma estrutura constituída de um símbolo central e dois aspectos principais, sendo um destes desdobrado em dois elementos. Marque a alternativa que melhor sintetiza esta estrutura: (A) O elemento central da festa é o povo nordestino; o Bumba-meu-boi tem um aspecto de crítica à organização política e outro de religiosidade; este último desdobrado no catolicismo popular e nos cultos afro-brasileiros. (B) O símbolo central da festa é o boi; o Bumba-meu-boi tem um elemento de crítica à organização política e outro de imitação do trabalho da lavoura; este último desdobrado na colheita da cana e na fabricação do açúcar. (C) O símbolo central da festa é o povo nordestino; o Bumba-meu-boi tem um aspecto de brincadeira popular e outro de religiosidade; este último desdobrado no catolicismo popular e nos cultos afro-brasileiros. (D) O elemento central da festa é a figura do boi; o Bumba-meu-boi tem um aspecto de brincadeira popular e outro de religiosidade; este último desdobrado no catolicismo popular e nos cultos afro-brasileiros. (E) O símbolo central da festa é o povo nordestino; o Bumba-meu-boi tem um elemento de brincadeira popular e outro de imitação do trabalho da lavoura; este último desdobrado na colheita da cana e na fabricação do açúcar. 2) Na Bíblia, pode ser encontrada algumas referências ao significado simbólico do boi, como exemplo: “Não havendo bois, o celeiro fica limpo, mas pela força do boi há abundância de colheitas.” (Pv 14.4); “Como o boi que vai ao matadouro (...)” (Pv 7.22) “O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende.” (Is 1.3). Por essas passagens bíblicas, é possível destacar alguns significados simbólicos que de alguma forma estariam associados ao signo boi no contexto do catolicismo popular brasileiro, respectivamente: ____________; _______________; ______________. Esses significados simbólicos também podem ser associados metaforicamente a um personagem do Brasil colonial, o ___________________.
  • 2. Assinale a alternativa que apresenta as palavras que melhor completam os espaços vazios: (A) trabalho; sacrifício; servidão; escravo. (B) limpeza; beleza; conhecimento; escravo. (C) trabalho; beleza; entendimento; feitor. (D) força; sacrifício, conhecimento; feitor. (E) limpeza; beleza; entendimento; escravo. 3) O Bumba-meu-boi, por se tratar de uma festa popular, deve apresentar uma estrutura análoga àquela descrita por Roger Caillois em sua Teoria da Festa, ou seja, a festa simbolizaria um momento de inversão do tempo cotidiano, onde as ordens e hierarquias normais estariam suspensas. Assim, conforme Caillois: “Essa efervescência [festa], (...), mantém-se com o tempo do labor a mesma relação da guerra com o tempo de paz: ambas [festa e guerra] constituem fases de movimento e de excesso com respeito a fases de estabilidade e de contenção. Quieta non movere [não mexer no que está quieto]: esta máxima da vida regrada é também aquela da diplomacia pacífica. Sua consigna comum manda fazer todas as coisas com base em negociações. No modo inverso, a surpresa, a violência, a brusquidão, o chamado a concentrar o máximo de forças possível em uma dada localização, ou impulsioná-las, são algumas das estratégias simples que valem tanto para a festa quanto para a guerra. Uma e outra possuem sua disciplina própria, mas ambas parecem explosões monstruosas face ao curso monótono da existência regular.” Assim, é preciso visualizar no símbolo central da festa, o boi, do Bumba-meu-boi, o signo do escravo africano, envolvido em vários elementos inversos ao cotidiano do cativeiro. Neste sentido, observe abaixo o cântico do puxador de enredo que na encenação festiva faz o papel do dono da fazenda. O conteúdo das cantigas não é fixo, podendo até versar sobre problemas da atualidade: “Toada ‘Boi Universal’ O boi é um tema universal É mito, divindade, animal No Egito e na Índia e todos os povos O boi é festa tradicional Boi Ápis, Minotauro, força vital Touro negro, que é Zeus Deus grego, touro negro de couro bordado Que vive no areal É o Rei, Dom Sebastião Touro negro encantado no Maranhão É festa e tradição Quem ainda não conhece Venha conhecer O Boi Universal com o seu lindo guarnecer”
  • 3. Marque a alternativa, que melhor apresenta versos da toada que apresentam o “boi” ou o “escravo” não mais vinculados ao trabalho, ao sacrifício e à simplicidade, mas no Bumba-meu-boi como signos do sagrado, da realeza e da beleza, respectivamente. (A) O boi é festa tradicional - É festa e tradição - Que vive no areal. (B) Touro negro, que é Zeus - É o Rei, Dom Sebastião - O Boi Universal com o seu lindo guarnecer. (C) É mito, divindade, animal - Venha conhecer - É o Rei, Dom Sebastião. (D) Boi Ápis, Minotauro, força vital - Que vive no areal - É festa e tradição. (E) O boi é um tema universal - Deus grego, touro negro de couro bordado - É mito, divindade, animal. 4) A festa do Bumba-meu-boi tem muitas etapas e um calendário amplo, embora seu momento principal aconteça junto aos festejos de São João, em 24 de junho. Nesta data ocorre a encenação de uma narrativa [auto] repleta de simbolismos e de paralelos com a religiosidade cristã. Os estudiosos Carlos Benedito Rodrigues da Silva e Carla Georgea Silva Ferreira sintetizam a história assim: “O Auto do Bumba-meu-boi se passa numa fazenda de gado, revelando a dramaticidade e a rigidez das relações hierarquizadas desse universo. O amo do boi, que simboliza o dono da fazenda, descobre que seu boi de estimação desapareceu e o responsável pelo desaparecimento foi Francisco, trabalhador da fazenda, apelidado Nego Chico que, temeroso das represálias está foragido. O amo toma a iniciativa então, de chamar os vaqueiros e depois os índios que vivem em torno da fazenda para procurá-lo. Porém todos retornam malsucedidos. Após uma série de peripécias ritualizadas ao som de toadas, Nego Chico é encontrado e, ameaçado, confessa o crime, revelando o motivo de tal feito. Catirina sua mulher, grávida, tem o desejo de comer a língua do boi, convencido por ela, rouba o boi e foge com ele da fazenda. Piedoso, por se tratar de um desejo de grávida, o fazendeiro faz um trato com Nego Chico, se o boi ressuscitar ele será perdoado. São convocados doutores, padres e feiticeiros, que acabam ressuscitando o animal. Com isso Nego Chico é perdoado e todos comemoram em uma grande festa.” Como exemplo da simbologia da festa, a língua é comumente um símbolo do poder psíquico, daquilo que está oculto, mas que tem poder de convencimento, certamente, era esse o poder que o “boi” “exercia” sobre o “dono da fazenda” que o tratava bem, ao contrário das “relações hierarquizadas” da ordem escravocrata brasileira. A mulher de Nego Chico o convence a matar o “boi” para consumir sua língua. É muito comum em rituais religiosos que envolvem o consumo de certos alimentos que o ato represente a incorporação de seus poderes simbólicos. Assim, na narrativa bíblica o consumo da maça por Adão, convencido por Eva, representou a incorporação por estes do “conhecimento do bem e do mal”. Marque a alternativa que retira da história do Bumba-meu-boi uma passagem similar à narrativa bíblica de Adão e Eva. (A) O amo do boi, que simboliza o dono da fazenda, descobre que seu boi de estimação desapareceu e o responsável pelo desaparecimento foi Francisco. (B) O fazendeiro faz um trato com Nego Chico, se o boi ressuscitar ele será perdoado. (C) Catirina sua mulher, grávida, tem o desejo de comer a língua do boi, convencido por ela, rouba o boi. (D) O amo toma a iniciativa então, de chamar os vaqueiros e depois os índios que vivem em torno da fazenda para procurá-lo. (E) São convocados doutores, padres e feiticeiros, que acabam ressuscitando o animal.
  • 4. 5) Josué Montello descreve no livro Os Tambores de São Luiz uma festa de Bumba-meu-boi em São Luiz do Maranhão no século XIX, em plana vigência da escravidão. Diz ele que: “Na Praça da Alegria, no Largo de Santiago, no Largo de Santo Antônio, no Largo do Quartel, estrondavam as matracas, as zabumbas e os maracás, em redor do boi cintilante, que rodopiava e saltava, com seus enfeites de fitas coloridas, as suas capas de veludo, e a cabeça do dançador por baixo do focinho de veludo negro. De repente o compasso das matracas se acelerava, e uma toada irrompia, cantando a morte ou a ressurreição do boi, enquanto dançavam os vaqueiros, o amo, o Pai Francisco, a Mãe Catarina, o doutor, os índios e os tocadores, por entre o faiscar dos besouros e dos busca- pés. Iriam assim noite adentro, repetindo o auto primitivo, de que ninguém conhecia a origem exata, até caírem exaustos de cachaça e de sono, nas margens das estradas, nas calçadas das ruas, no banco das praças.” Ligue as palavras do texto com seus respectivos significados: (A) Matraca • • Cantiga de melodia simples e monótona. (B) Zabumba • • Peça de fogo de artifício composta de um canudinho cheio de pólvora lenta e vedado de um dos lados o qual, aceso, serpeia pelo chão. (C) Maracás • • Peça de madeira com uma plaqueta ou argola que se agita barulhentamente em torno de um eixo. (D) Toada • • Tambor de sonoridade grave e com membranas nas duas extremidades. (E) Busca-pés • • Chocalho indígena formado por uma cabaça, provida de uma empunhadura, com sementes secas ou pedrinhas no interior, usado em solenidades guerreiras ou religiosas. 6) Os bois maranhenses do Bumba-meu-boi, geralmente, são divididos por aquilo que é chamado de sotaques. Em suma, há três sotaques principais, tal como descrito: “Os grupos, os subgrupos e os sotaques são bem diferentes entre si. As raízes são claras e incontestáveis. Em uns há a marcante influência indígena no ritmo, nos instrumentos, no guarda-roupa e no bailado – é o Grupo Indígena [Matraca]. Em outros – os que formam o Grupo Africano – o ritmo, o bailado e os instrumentos são negros [Zabumba]. E a influência maior no guarda- roupa é negra também. Há ainda vindo de passado recente, um grupo onde a coreografia, o guarda-roupa e os instrumentos são tipicamente brancos: o Grupo Branco [Orquestra].” (AZEVEDO NETO 1997, p. 31). A pesquisadora Lady Selma Ferreira Albernaz também classifica o Bumba-meu-boi em diferentes sotaques dando a eles certas características específicas quanto à indumentária, os instrumentos, além de outros aspectos. Nesse sentido, é possível apresentar algumas diferenças. No sotaque Zabumba: “Entre os personagens destaca- se o ‘rajado’, que veste saiotes e golas bordados com motivos da fauna, da flora ou da religião, sendo caracterizado pelo chapéu de copa na forma de cogumelo, adornada com bastas fitas coloridas que descem até a altura do tornozelo e uma pequena pala frontal bordada geometricamente.” No sotaque Matraca: “O brincante diferenciador é o caboclo real pela indumentária composta por saiote, gola, tornozeleira e braçadeira, e especialmente um cocar de penas horizontais, semelhante a um chapéu com cerca de 1 metro de diâmetro, todos feitos de penas de ema tingidas em cores variadas”. No sotaque Orquestra: “Além dos instrumentos de percussão (zabumba e tarol), acrescentaram-se instrumentos de corda (banjos) e metais (saxofone, trombone e trompete) e de sopro (clarinete)”.
  • 5. Observando a xilogravura acima, é possível afirmar que a representação do Bumba-meu-boi no desenho se enquadraria melhor no sotaque: ________________________. 7) “No Bumba-meu-boi a celebração é feita principalmente em homenagem a São João e faz ressoar, com muita ___________, a fé e a devoção religiosa daqueles que brincam. No entendimento dos devotos, o folguedo é realizado para agradar o santo mediante uma graça recebida como resposta a uma ___________ feita pelo devoto. São essas as noções nativas de dádivas e contra dádivas por meio das quais se expressa, de maneira sensível, a _____________ de troca entre o devoto e o santo. Também constituem os múltiplos sentidos da festa, onde as características lúdicas, profanas e espetaculares _____________ com a religião”. (Iphan, p. 81) Marque a alternativa que preencha corretamente os espaços em branco. (A) clareza; promessa; relação; coexistem. (B) claresa; promeza; relassão; coesistem. (C) clareza; promeza; relação, coexistem. (D) clareza; promessa; relassão; coesistem. (E) claresa; promeza; relação; coesistem. 8) Conforme o Iphan: “Arthur Ramos, seguindo os passos de Nina Rodrigues, explica o surgimento do Bumba- meu-boi a partir do totemismo bantu. Busca legitimar sua teoria apresentando o costume bantu de realizar festas totêmicas e relaciona essa tradição cultural com as festas para o boi no Brasil, para ele, inventadas por escravos dessa etnia traficados para a colônia portuguesa na América e que já praticavam o totemismo no continente africano. Para o antropólogo, o “totemismo africano de sobrevivência no Brasil é essencialmente de origem bantu.” (Ramos, 1988: p.256). O totemismo bantu teve, segundo ele, grande relevância entre os afro-brasileiros, “(...) principalmente o totem do boi que sobreviveu de maneira decisiva no Brasil, reforçado por temas análogos do folclore caboclo dos vaqueiros, de influência ameríndia, em certos pontos do nordeste e centro brasileiros. O totemismo do boi é largamente disseminado entre vários povos bantus onde, em algumas tribos, toma um aspecto francamente religioso.” (Ramos, 1988:259). A antropóloga Paula Monteiro explica que: “(...) o clã reunido simbolicamente sob o nome de um totem não corresponde a um grupo local, nem a uma comunidade de sangue. O totem associa pessoas dispersas em uma comunidade moral que se reconhecem por serem portadoras de um mesmo emblema, essa representação inscrita nas coisas e no corpo do nativo para expressar seu pertencimento. Nesse sentido, tudo o que as relações sociais reúnem sob a mesma rubrica é representado como sagrado, posto que organizam simbolicamente um grupo.” Assim como o boi era um totem de um clã do povo bantu, que se identificava com as características do animal; se você fosse escolher um emblema, análogo a um totem, para sintetizar a forma como você enxerga a si mesmo, como se você incorporasse psicologicamente as caraterísticas desse emblema, seja um animal ou um personagem qualquer. Você escolheria: ____________________________. 9) Em outra passagem do livro de Josué Montello, Os Tambores de São Luiz, o autor descreve: “Em toda a volta do Largo de Santiago, várias janelas se abriram. E novamente a praça se animou, no alvoroço de ver o boi do Marcelino, que ia passar por ali. Já se podia distinguir a toada dos cantadores, no intervalo das matracas. Uma claridade avermelhada se abriu por cima das casas, e iam espocando os foguetes e os fogos de artifício, que se desfaziam no ar, com seus penachos luminosos. Mas ainda tardou algum tempo, antes que aparecessem os besouros e os busca-pés correndo à frente da multidão que precedia o boi, todo de veludo negro, faiscante de espelhinhos, miçangas e fitas coloridas. Depois, o chão da rua pareceu sacudir com os pés descalços batendo nas pedras do calçamento, ao compasso da dança nervosa que as matracas iam marcando. Por cima das cabeças avultavam as ricas plumas que revestiam a cabeça dos caboclos, ondulando com os movimentos do bailado. Muito comprida, a figura grotesca da Mãe Catarina fazia rir as crianças, defendendo-se dos besouros que a perseguiam. Em redor, só gente do povo, a maioria negros, e todos entregues à folia, como se o tom das cantigas e o ritmo das danças os exprimissem e irmanassem, debaixo da claridade do luar que os fogos de artifício continuavam enfeitando.” Nesta descrição, encontra-se os vários elementos sensoriais da festa do Bumba-meu-boi. Os estímulos sensoriais numa festa, espetáculo, comício, etc. são essenciais para alcançar o efeito psicológico do transe, aquele em que
  • 6. o indivíduo se sente absorvido em uma massa unificada pela emoção causada pelos mesmos estímulos sensoriais e que a faz se movimentar num mesmo sentido. No texto acima a estrutura do fenômeno do transe pode ser encontrada na passagem final: “(...) todos entregues à folia, como se o tom das cantigas e o ritmo das danças os exprimissem e irmanassem (...).” Ou seja, um conjunto de estímulos, como exemplo, “o tom das cantigas e o ritmo das danças” faz com que a pessoa se “entregue”, se deixe absorver na massa, como se todos os participantes se “irmanassem”. Assim, cada ambiente sensorial é percebido por vários sentidos ao mesmo tempo, porém, para efeitos de descrição, eles podem ser separados. Escreva abaixo: (A) para os estímulos visuais estáticos; (B) para os estímulos visuais cinéticos; (C) para os estímulos sonoros; (D) para os estímulos táteis; (E) para os “erros” de percepção. (__) toada dos cantadores; (__) intervalo das matracas; (__) claridade avermelhada; (__) espocando os foguetes e os fogos de artifício; (__) penachos luminosos; (__) os besouros e os busca-pés correndo; (__) veludo negro; (__) miçangas e fitas coloridas; (__) o chão da rua pareceu sacudir; (__) os pés descalços batendo nas pedras do calçamento; (__) dança nervosa; (__) as matracas iam marcando; (__) ricas plumas que revestiam a cabeça dos caboclos; (__) os movimentos do bailado; (__) claridade do luar. 10) Como foi descrito, o Bumba-meu-boi é uma festa popular típica do Estado do Maranhão. Pinte no mapa do Brasil abaixo apenas o Estado do Maranhão.