O documento descreve como o folclore brasileiro está presente na literatura do país, mencionando diversas obras literárias que abordam elementos do folclore como personagens, rituais e crenças. Alguns exemplos citados são a presença de entidades folclóricas como o lobisomem e o saci na obra de Joaquim Manuel de Macedo "A Moreninha", a descrição de rituais de festas como o Divino Espírito Santo em obras de José de Alencar e Manuel Antônio de Almeida, e a representação de pr
O documento define folclore como o conjunto de tradições e manifestações populares, como lendas, mitos, danças e costumes, que são transmitidos entre gerações. Explica que o folclore representa a cultura popular e é importante para a identidade de um povo. Também lista exemplos de brincadeiras, danças e comidas típicas do folclore brasileiro, assim como autores que usaram elementos do folclore em suas obras literárias.
O documento discute diversos aspectos do folclore brasileiro, incluindo suas tradições, lendas, cantigas, danças e brincadeiras. É dividido em seções que descrevem lendas, parlendas, cantigas de roda, danças folclóricas, e as principais danças e brincadeiras do Brasil.
O documento discute o folclore brasileiro, especificamente mitos e lendas. Explica que mitos e lendas são histórias transmitidas oralmente de geração em geração, muitas vezes misturando fatos reais com elementos fantásticos. Detalha que lendas procuram explicar eventos misteriosos, enquanto mitos dão sentido aos fenômenos naturais através de deuses e personagens sobrenaturais. Fornece alguns exemplos de seres do folclore brasileiro como Curupira, Boitatá, Iara e Vitória
O documento descreve uma aula sobre folclore brasileiro ministrada para alunos do 4o ano. A professora apresentou diferentes lendas e mitos folclóricos brasileiros, incluindo o Boi-bumbá, Boitatá, Boto, Curupira, Mula-sem-cabeça, Iara e Saci. Os alunos construíram uma representação do Boi-bumbá com materiais reciclados e apresentaram as diferentes lendas para a turma.
O documento discute o folclore brasileiro, incluindo lendas como o lobisomem. Explica que o folclore inclui mitos, ritos, músicas e outras tradições culturais que expressam as fantasias e medos do povo. A lenda do lobisomem é descrita, onde um menino nascido após sete irmãs se transforma em lobisomem nas noites de terça e sexta.
Folclore é o saber tradicional de um povo transmitido de geração em geração através de costumes e tradições. Lendas são histórias populares que passam por gerações e contêm elementos da cultura de uma região. O documento lista várias lendas comuns nas diferentes regiões do Brasil, como o boto e o lobisomem.
O documento descreve o folclore brasileiro, incluindo lendas e mitos como o Saci-Pererê, Boitatá, Boto e Curupira. Também discute o que é folclore e fornece exemplos de cantigas de roda e parlendas populares.
O documento discute o folclore do Brasil, definindo-o como o conjunto de crenças, lendas, festas, artes e costumes de um povo. Ele fornece exemplos de lendas brasileiras como a Mula-sem-cabeça e o Curupira. Também descreve danças folclóricas como o samba de roda e a quadrilha, assim como pratos típicos regionais e brincadeiras populares que preservam a cultura brasileira.
O documento define folclore como o conjunto de tradições e manifestações populares, como lendas, mitos, danças e costumes, que são transmitidos entre gerações. Explica que o folclore representa a cultura popular e é importante para a identidade de um povo. Também lista exemplos de brincadeiras, danças e comidas típicas do folclore brasileiro, assim como autores que usaram elementos do folclore em suas obras literárias.
O documento discute diversos aspectos do folclore brasileiro, incluindo suas tradições, lendas, cantigas, danças e brincadeiras. É dividido em seções que descrevem lendas, parlendas, cantigas de roda, danças folclóricas, e as principais danças e brincadeiras do Brasil.
O documento discute o folclore brasileiro, especificamente mitos e lendas. Explica que mitos e lendas são histórias transmitidas oralmente de geração em geração, muitas vezes misturando fatos reais com elementos fantásticos. Detalha que lendas procuram explicar eventos misteriosos, enquanto mitos dão sentido aos fenômenos naturais através de deuses e personagens sobrenaturais. Fornece alguns exemplos de seres do folclore brasileiro como Curupira, Boitatá, Iara e Vitória
O documento descreve uma aula sobre folclore brasileiro ministrada para alunos do 4o ano. A professora apresentou diferentes lendas e mitos folclóricos brasileiros, incluindo o Boi-bumbá, Boitatá, Boto, Curupira, Mula-sem-cabeça, Iara e Saci. Os alunos construíram uma representação do Boi-bumbá com materiais reciclados e apresentaram as diferentes lendas para a turma.
O documento discute o folclore brasileiro, incluindo lendas como o lobisomem. Explica que o folclore inclui mitos, ritos, músicas e outras tradições culturais que expressam as fantasias e medos do povo. A lenda do lobisomem é descrita, onde um menino nascido após sete irmãs se transforma em lobisomem nas noites de terça e sexta.
Folclore é o saber tradicional de um povo transmitido de geração em geração através de costumes e tradições. Lendas são histórias populares que passam por gerações e contêm elementos da cultura de uma região. O documento lista várias lendas comuns nas diferentes regiões do Brasil, como o boto e o lobisomem.
O documento descreve o folclore brasileiro, incluindo lendas e mitos como o Saci-Pererê, Boitatá, Boto e Curupira. Também discute o que é folclore e fornece exemplos de cantigas de roda e parlendas populares.
O documento discute o folclore do Brasil, definindo-o como o conjunto de crenças, lendas, festas, artes e costumes de um povo. Ele fornece exemplos de lendas brasileiras como a Mula-sem-cabeça e o Curupira. Também descreve danças folclóricas como o samba de roda e a quadrilha, assim como pratos típicos regionais e brincadeiras populares que preservam a cultura brasileira.
O folclore é definido como o conjunto de tradições culturais de um povo, incluindo lendas, músicas, danças e festividades, transmitidas oralmente ao longo das gerações. Manifestações folclóricas brasileiras incluem festas juninas, ciranda, bumba-meu-boi e lendas como o Saci Pererê. O folclore reflete as influências indígenas, africanas e européias na cultura brasileira.
O documento descreve o que é folclore e apresenta exemplos do folclore brasileiro, incluindo danças, festas, lendas e comidas típicas de cada região do país. O folclore é definido como o conjunto de tradições e crenças populares transmitidas de geração em geração e que refletem a cultura de um povo. Ele é considerado parte integrante do patrimônio cultural brasileiro protegido pela Constituição.
O documento descreve o folclore da região Centro-Oeste do Brasil, incluindo suas danças, músicas, lendas e pratos típicos. Algumas das manifestações culturais mais importantes da região são o Mascarados, o Siriri e o Cururu. A culinária varia em cada estado, com pratos como arroz com pequi em Goiás e mojica em Mato Grosso.
O documento descreve que o Dia do Folclore Brasileiro é comemorado em 22 de agosto desde 1965. Folclore refere-se à sabedoria do povo, incluindo suas práticas, crenças e atividades sociais. O folclore desenvolve-se organicamente entre o povo e transmite-se oralmente de geração em geração.
O documento descreve vários gêneros textuais do folclore brasileiro, incluindo cantigas de roda, danças folclóricas como o samba de roda e o maracatu, e brincadeiras populares como soltar pipas, jogar bola de gude e esconde-esconde.
O documento apresenta o conceito de folclore como o conhecimento popular transmitido de geração em geração, manifestado em lendas, cantigas, provérbios, superstições e culinária regional. Exemplos de cada manifestação são dados e o leitor é convidado a comentar e compartilhar o conteúdo.
O documento discute o que é folclore, incluindo tradições, costumes e crenças populares que são transmitidos de geração em geração. Ele também lista exemplos de folclore da região centro-oeste do Brasil, como festas, comidas típicas, lendas e personagens folclóricos.
O documento discute o folclore brasileiro, definindo-o como um conjunto de mitos, lendas e tradições transmitidas oralmente entre gerações. Detalha alguns exemplos de lendas e mitos brasileiros como o Boitatá, Boto, Curupira e Saci-Pererê. Também menciona tradições populares como brincadeiras, comidas, músicas, danças e festas que fazem parte do folclore nacional.
Folclore brasileiro trabalho de filosofia (apresentação 10-04-13)Keila Feltran
O documento discute o folclore brasileiro, definindo-o como o conjunto de mitos, lendas e tradições passadas de geração em geração. Detalha alguns exemplos de folclore brasileiro como o Boitatá, o Boto Cor-de-Rosa e o Saci-Pererê. Argumenta que o folclore é importante para a formação cultural e identidade nacional brasileira.
Folclore é um gênero de cultura popular constituído por costumes e tradições transmitidas de geração em geração. O termo foi criado em 1846 para descrever o saber tradicional de um povo. Lendas brasileiras variam por região e incluem figuras como o boto, lobisomem e curupira, transmitindo parte da história e cultura local.
O documento define folclore como mitos, lendas e histórias transmitidas oralmente de geração em geração. Explica que lendas misturam fatos reais com ficção, enquanto mitos davam sentido a fenômenos naturais. Também apresenta exemplos de músicas, adivinhas e brincadeiras populares que fazem parte do folclore brasileiro.
O documento descreve diferentes aspectos do folclore brasileiro, incluindo sua origem a partir de três culturas (indígena, européia e africana) e como é composto por tradições, crenças e conhecimentos populares. Ele também apresenta exemplos de parlendas, trava-línguas e brincadeiras folclóricas, como "Tá com frio?", "Largatixa da tia" e jogos como pipa e bola de gude.
O documento descreve o folclore brasileiro, incluindo seu significado, exemplos de lendas como o Saci-Pererê, músicas populares como "Boi da Cara Preta", e festas como o Carnaval e a Festa Junina. O objetivo é ampliar o conhecimento dos alunos sobre a cultura brasileira por meio de recursos tecnológicos.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil, definindo os termos cultura e diversidade. Ele explica que a cultura brasileira foi influenciada pelos colonizadores portugueses, povos indígenas e escravos africanos, e mais tarde por imigrantes de diversos países. O texto também descreve as diferentes manifestações culturais encontradas nas regiões do Nordeste e Sergipe, incluindo danças, comidas, artesanatos e literatura.
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...Almiranes Dos Santos Silva
O documento discute a presença de elementos da sabedoria popular e da tradição cultural no conto "Trinta e Dois" de João Nonom de Moura Fontes Ibiapina. O conto retrata a seca de 1932 na região de Samambaia e como a população local utilizava sinais da natureza e crenças para interpretar a chegada das chuvas. A literatura é apresentada como forma de preservar a cultura e identidade do povo piauiense.
O documento discute o folclore brasileiro, incluindo lendas como o lobisomem. Explica que o folclore inclui mitos, ritos, músicas e outras tradições culturais que expressam as fantasias e medos do povo. A lenda do lobisomem é descrita, onde um menino nascido após sete irmãs se transforma em lobisomem nas noites de terça e sexta.
Este documento apresenta um projeto interdisciplinar sobre folclore brasileiro para alunos de 2a e 3a séries do ensino fundamental. O projeto abordará lendas, parlendas, trava-línguas, ditados e poemas populares ao longo de várias aulas. Os alunos irão produzir um livro, dobraduras e brinquedos sobre o tema e apresentá-los na semana do folclore.
O documento discute o significado e importância do folclore brasileiro. Ele descreve o folclore como as tradições culturais e costumes de um povo, incluindo danças, músicas, lendas e rituais. O folclore brasileiro é formado por elementos indígenas, portugueses e africanos e representa a cultura do povo brasileiro.
O poema descreve a difícil vida de uma família pobre no sertão nordestino que sofre com a seca constante. Fabiano e sua família lutam para sobreviver com pouco alimento e são explorados financeira e emocionalmente por seu patrão e outros. As crianças sentem a dor da pobreza e da falta de educação.
O documento descreve um projeto interdisciplinar desenvolvido com alunos do 3o ano para analisar a obra literária "Vidas Secas" de Graciliano Ramos. Os alunos leram e interpretaram os capítulos em duplas, criaram cartazes representando cenas do livro, e montaram portfólios com suas análises. O objetivo era estimular a leitura, a comunicação e o debate de temas sociais por meio da literatura e arte.
O documento discute os conceitos de sociedade e cultura. Ele define sociedade como um conjunto de humanos que se unem para garantir sua sobrevivência através de regras sociais. Cultura é definida como um conjunto simbólico imaterial que representa os produtos espirituais de uma sociedade e carrega um projeto de vida esperado. O documento também discute a importância da socialização e educação para o desenvolvimento humano e como normas e valores são construídos historicamente.
O folclore é definido como o conjunto de tradições culturais de um povo, incluindo lendas, músicas, danças e festividades, transmitidas oralmente ao longo das gerações. Manifestações folclóricas brasileiras incluem festas juninas, ciranda, bumba-meu-boi e lendas como o Saci Pererê. O folclore reflete as influências indígenas, africanas e européias na cultura brasileira.
O documento descreve o que é folclore e apresenta exemplos do folclore brasileiro, incluindo danças, festas, lendas e comidas típicas de cada região do país. O folclore é definido como o conjunto de tradições e crenças populares transmitidas de geração em geração e que refletem a cultura de um povo. Ele é considerado parte integrante do patrimônio cultural brasileiro protegido pela Constituição.
O documento descreve o folclore da região Centro-Oeste do Brasil, incluindo suas danças, músicas, lendas e pratos típicos. Algumas das manifestações culturais mais importantes da região são o Mascarados, o Siriri e o Cururu. A culinária varia em cada estado, com pratos como arroz com pequi em Goiás e mojica em Mato Grosso.
O documento descreve que o Dia do Folclore Brasileiro é comemorado em 22 de agosto desde 1965. Folclore refere-se à sabedoria do povo, incluindo suas práticas, crenças e atividades sociais. O folclore desenvolve-se organicamente entre o povo e transmite-se oralmente de geração em geração.
O documento descreve vários gêneros textuais do folclore brasileiro, incluindo cantigas de roda, danças folclóricas como o samba de roda e o maracatu, e brincadeiras populares como soltar pipas, jogar bola de gude e esconde-esconde.
O documento apresenta o conceito de folclore como o conhecimento popular transmitido de geração em geração, manifestado em lendas, cantigas, provérbios, superstições e culinária regional. Exemplos de cada manifestação são dados e o leitor é convidado a comentar e compartilhar o conteúdo.
O documento discute o que é folclore, incluindo tradições, costumes e crenças populares que são transmitidos de geração em geração. Ele também lista exemplos de folclore da região centro-oeste do Brasil, como festas, comidas típicas, lendas e personagens folclóricos.
O documento discute o folclore brasileiro, definindo-o como um conjunto de mitos, lendas e tradições transmitidas oralmente entre gerações. Detalha alguns exemplos de lendas e mitos brasileiros como o Boitatá, Boto, Curupira e Saci-Pererê. Também menciona tradições populares como brincadeiras, comidas, músicas, danças e festas que fazem parte do folclore nacional.
Folclore brasileiro trabalho de filosofia (apresentação 10-04-13)Keila Feltran
O documento discute o folclore brasileiro, definindo-o como o conjunto de mitos, lendas e tradições passadas de geração em geração. Detalha alguns exemplos de folclore brasileiro como o Boitatá, o Boto Cor-de-Rosa e o Saci-Pererê. Argumenta que o folclore é importante para a formação cultural e identidade nacional brasileira.
Folclore é um gênero de cultura popular constituído por costumes e tradições transmitidas de geração em geração. O termo foi criado em 1846 para descrever o saber tradicional de um povo. Lendas brasileiras variam por região e incluem figuras como o boto, lobisomem e curupira, transmitindo parte da história e cultura local.
O documento define folclore como mitos, lendas e histórias transmitidas oralmente de geração em geração. Explica que lendas misturam fatos reais com ficção, enquanto mitos davam sentido a fenômenos naturais. Também apresenta exemplos de músicas, adivinhas e brincadeiras populares que fazem parte do folclore brasileiro.
O documento descreve diferentes aspectos do folclore brasileiro, incluindo sua origem a partir de três culturas (indígena, européia e africana) e como é composto por tradições, crenças e conhecimentos populares. Ele também apresenta exemplos de parlendas, trava-línguas e brincadeiras folclóricas, como "Tá com frio?", "Largatixa da tia" e jogos como pipa e bola de gude.
O documento descreve o folclore brasileiro, incluindo seu significado, exemplos de lendas como o Saci-Pererê, músicas populares como "Boi da Cara Preta", e festas como o Carnaval e a Festa Junina. O objetivo é ampliar o conhecimento dos alunos sobre a cultura brasileira por meio de recursos tecnológicos.
O documento discute a diversidade cultural no Brasil, definindo os termos cultura e diversidade. Ele explica que a cultura brasileira foi influenciada pelos colonizadores portugueses, povos indígenas e escravos africanos, e mais tarde por imigrantes de diversos países. O texto também descreve as diferentes manifestações culturais encontradas nas regiões do Nordeste e Sergipe, incluindo danças, comidas, artesanatos e literatura.
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...Almiranes Dos Santos Silva
O documento discute a presença de elementos da sabedoria popular e da tradição cultural no conto "Trinta e Dois" de João Nonom de Moura Fontes Ibiapina. O conto retrata a seca de 1932 na região de Samambaia e como a população local utilizava sinais da natureza e crenças para interpretar a chegada das chuvas. A literatura é apresentada como forma de preservar a cultura e identidade do povo piauiense.
O documento discute o folclore brasileiro, incluindo lendas como o lobisomem. Explica que o folclore inclui mitos, ritos, músicas e outras tradições culturais que expressam as fantasias e medos do povo. A lenda do lobisomem é descrita, onde um menino nascido após sete irmãs se transforma em lobisomem nas noites de terça e sexta.
Este documento apresenta um projeto interdisciplinar sobre folclore brasileiro para alunos de 2a e 3a séries do ensino fundamental. O projeto abordará lendas, parlendas, trava-línguas, ditados e poemas populares ao longo de várias aulas. Os alunos irão produzir um livro, dobraduras e brinquedos sobre o tema e apresentá-los na semana do folclore.
O documento discute o significado e importância do folclore brasileiro. Ele descreve o folclore como as tradições culturais e costumes de um povo, incluindo danças, músicas, lendas e rituais. O folclore brasileiro é formado por elementos indígenas, portugueses e africanos e representa a cultura do povo brasileiro.
O poema descreve a difícil vida de uma família pobre no sertão nordestino que sofre com a seca constante. Fabiano e sua família lutam para sobreviver com pouco alimento e são explorados financeira e emocionalmente por seu patrão e outros. As crianças sentem a dor da pobreza e da falta de educação.
O documento descreve um projeto interdisciplinar desenvolvido com alunos do 3o ano para analisar a obra literária "Vidas Secas" de Graciliano Ramos. Os alunos leram e interpretaram os capítulos em duplas, criaram cartazes representando cenas do livro, e montaram portfólios com suas análises. O objetivo era estimular a leitura, a comunicação e o debate de temas sociais por meio da literatura e arte.
O documento discute os conceitos de sociedade e cultura. Ele define sociedade como um conjunto de humanos que se unem para garantir sua sobrevivência através de regras sociais. Cultura é definida como um conjunto simbólico imaterial que representa os produtos espirituais de uma sociedade e carrega um projeto de vida esperado. O documento também discute a importância da socialização e educação para o desenvolvimento humano e como normas e valores são construídos historicamente.
As três frases resumem o documento da seguinte forma:
1) O documento pede para identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
2) Apresenta um texto em forma de carta com uma personagem chamada Raquel falando com outra chamada Lorelai.
3) Pede para identificar qual palavra ou expressão no texto indica quem é o locutor e quem é o interlocutor.
Este documento fornece uma sequência didática para trabalhar com alunos do 3o ano que tiveram baixo desempenho em avaliações de alfabetização. A sequência se concentra no eixo da apropriação do sistema de escrita e inclui atividades como identificar letras, segmentar palavras, compreender a orientação da escrita e trabalhar com pequenos textos como uma música sobre mentiras de uma barata. O objetivo é consolidar habilidades de alfabetização para que os alunos possam avançar no processo de leitura e escrit
(1) O texto descreve uma avaliação escolar de Português com questões sobre diferentes textos literários e reconhecimento de elementos gramaticais e discursivos; (2) As questões abordam tópicos como pontuação, relações lógico-discursivas, identificação de gêneros textuais e inferência de informações; (3) O texto fornece um resumo conciso das informações essenciais da avaliação, incluindo os diferentes itens avaliados.
O documento descreve aspectos culturais da cidade de Bom Jardim no Maranhão. As três principais informações são:
1) A cidade apresenta diversas manifestações culturais populares como danças folclóricas, festas juninas e religiosas que fazem parte da identidade local.
2) Entre as danças folclóricas estão o coco, a mangaba, a quadrilha e o bumba-meu-boi, realizadas principalmente em festas juninas.
3) Uma tradição das festas juninas é a peça teatral
O documento descreve as danças folclóricas típicas da região Centro-Oeste do Brasil, incluindo danças como Catira, Serra Moreninha, Volta Senhora, Cururu, Dança de São Gonçalo, Boi-à-Serra, entre outras. Também aborda as manifestações culturais de cada estado da região, como o Bumba-meu-boi em Brasília.
Congado - Origens, Características e OrganizaçãoGabriel Resende
O congado (ou congada) é uma manifestação cultural e religiosa afro-brasileira. Constitui-se em um bailado dramático com canto e música que recria a coroação de um rei do Congo.
Trata basicamente de três temas em seu enredo: a vida de São Benedito; o encontro da imagem de Nossa Senhora do Rosário submergida nas águas; e a representação da luta de Carlos Magno contra as invasões mouras. A congada é muito famosa em Brás Pires, em Minas Gerais, onde os congos se encontram na Igreja do Rosário.
O documento descreve aspectos culturais de Mato Grosso, incluindo sua história, danças, músicas, mitos, gastronomia, patrimônio histórico e artesanato. Elementos como a Coluna Prestes, as visitas de Getúlio Vargas e do Papa João Paulo II, danças como o Cururu e o Siriri, e pratos típicos como o Pacu assado são descritos. O documento fornece um panorama abrangente da cultura do estado.
O documento resume a origem e evolução do Carnaval no Brasil e no mundo. Começou como festivais pagãos milhares de anos atrás e foi incorporado pela Igreja Católica como uma celebração antes da Quaresma. No Brasil, os portugueses trouxeram as celebrações do entrudo no século 17. O Carnaval só se popularizou no século 19 com a chegada do samba. Getúlio Vargas promoveu o Carnaval como símbolo nacional nas décadas de 1920 e 1930.
1) O documento descreve manifestações folclóricas da região de Campos dos Goytacazes, incluindo Jongo, Mana-Chica, Ururau da Lapa e Boi-Pintadinho.
2) A lenda do Ururau da Lapa fala sobre um grande jacaré que vivia no Rio Paraíba do Sul.
3) O Boi-Pintadinho desfila pelas ruas no carnaval acompanhado de bonecos, animais e música.
Congado - Origens, Características e OrganizaçãoGabriel Resende
O documento descreve o congado, uma manifestação cultural afro-brasileira que recria a coroação de um rei do Congo através de dança, música e canto. Apresenta detalhes sobre a origem do congado na África e no Brasil, incluindo a lenda do Chico Rei, e características como os ternos de congo e os elementos e significados das cores e vestimentas utilizadas.
Carnaval - Uma expressão histórico-cultural.pptxmariacrnobre
O Carnaval tem origem nas festas pagãs da Antiguidade onde os escravos assumiam os lugares dos senhores. No Brasil, foi trazido pelos portugueses e o entrudo era uma brincadeira comum, jogando líquidos uns nos outros. O samba-enredo surgiu na década de 1930 para puxar os desfiles de escola de samba e "Liberdade, Liberdade" da Imperatriz Leopoldinense em 1989 é considerado o mais famoso.
O documento fornece informações sobre a história, cultura, religião, danças, música, artes, culinária e demografia de São Tomé e Príncipe. O país foi colonizado por Portugal no século 15 e obteve independência em 1975. Atualmente a população é de aproximadamente 187 mil habitantes e a economia depende principalmente da produção de cacau. A cultura mostra influências africanas e portuguesas.
Danças,Festas e Músicas Brasileiras com influencias africanas Helena Santana
A MPB surgiu no período colonial a partir da mistura de vários estilos musicais como músicas populares, sons africanos, músicas européias e indígenas. O afoxé chegou com os escravos da África e significa "dança da felicidade", enquanto o samba reggae mistura vários ritmos como o afoxé e tem influência do Caribe.
O documento descreve aspectos culturais de vários países latino-americanos, incluindo sua música, danças, festividades e artesanato. Detalha ritmos populares como samba, tango, merengue e estilos regionais de cada país, além de eventos como carnaval e datas comemorativas.
O documento discute o folclore brasileiro, incluindo suas origens, festividades, lendas e danças populares em diferentes regiões. Ele explica que o folclore é a ciência do povo e reflete as tradições de indígenas, negros e portugueses. Algumas lendas populares descritas incluem o Saci Pererê, a Mãe D'água, o Negrinho do Pastoreio e o Uirapuru.
1) A dança surgiu como forma de expressar emoções através de movimentos corporais antes da comunicação verbal.
2) As primeiras evidências da dança datam de aproximadamente 15 mil anos atrás em pinturas rupestres mostrando danças mágicas de caçadores.
3) Ao longo da história, a dança esteve presente em rituais religiosos e sociais de povos primitivos.
1) A dança surgiu como forma de expressar emoções através de movimentos corporais antes da comunicação verbal.
2) As primeiras evidências de dança datam de aproximadamente 15 mil anos atrás em pinturas rupestres mostrando danças mágicas de caçadores usando máscaras de animais.
3) Com a evolução, os homens primitivos passaram a usar instrumentos musicais a partir de 6500 a.C., e danças passaram a fazer parte de rituais e reuniões sociais.
Manifestações artísticas 1º trimestre por simone helen drumond de carvalhoSimoneHelenDrumond
1) O documento discute diferentes manifestações artísticas no Amazonas, incluindo artes cênicas, a batucada do Garantido, o Canto da Mata e o músico Arlindo Júnior.
2) É abordado o folclore amazonense, com danças, ritmos e o Festival Folclórico de Parintins.
3) As artes são entendidas como formas de expressão que revelam aspectos culturais dos povos.
O documento descreve a história do carnaval no Brasil e a origem do samba na escola de samba Mangueira. Fala sobre como os moradores de Mangueira começaram a cantar e dançar samba no carnaval no início do século XX, antes disso dançavam jongo e maxixe. Também descreve os diferentes tipos de festas de carnaval que existiam para classes diferentes na época, como bailes de máscara para a classe média e cordões de mascarados para os mais pobres.
O documento descreve as principais características do Carnaval no Brasil e em Pernambuco, incluindo sua história, datas, tradições e importância cultural e econômica. É destacada a democratização da festa em Pernambuco e o Galo da Madrugada como o maior bloco do mundo. O personagem Mateus é apresentado como símbolo do Carnaval local.
1) O documento é um jornal da Filarmónica Recreativa Cortense que inclui um editorial, artigos sobre primeiros socorros e notícias da banda, e publicidade.
2) O editorial discute as tradições de Outubro e apresenta os tópicos do jornal, incluindo um artigo sobre o Dia das Bruxas.
3) Há um artigo sobre primeiros socorros para hemorragias internas e receitas para doces de abóbora para o Dia das Bruxas.
O documento descreve a origem e tradições do Carnaval no Brasil e no mundo, incluindo curiosidades como a origem da palavra Carnaval, costumes antigos, blocos e festas famosas em diferentes cidades e países.
Semelhante a O folclore na literatura brasileira (20)
1. O folclore na literatura brasileira
Pare por um instante e tente lembrar nomes de personagens do
folclore brasileiro. A lista é grande, mas fácil de ser lembrada, pois pelo menos uma vez você
deve ter ouvido contos envolvendo lobisomens, sacis, botos, caiporas, uiaras, não é mesmo? Esses e outros
seres saíram da imaginação nacional - e mesmo universal - para compor mitos e lendas. Vamos conhecer
algumas histórias que concretizam nosso folclore e ver como grandes nomes da literatura brasileira abordaram
os diversos aspectos da cultura popular.
2. Como surge o folclore
O folclore surge por meio da fala, canto, dança, representações, costumes, brincadeiras, criações,
crenças e mesmo doença ou medo. Sempre que o povo cria e desenvolve sua sabedoria temos o
folclore - conhecimento reunido desde o início de nossos tempos. O folclore abrange uma gama
imensa de fatos que os estudiosos agrupam em pelo menos oito categorias diferentes: linguagem;
música e dança; usos e costumes; crendices e religiosidade; artesanato; brinquedos; festas;
literatura.
O folclore brasileiro e a literatura
O folclore deve estudar todas as manifestações tradicionais na vida coletiva. Assim considerado, o folclore
brasileiro apresenta uma composição de influências indígenas, africanas e portuguesas, registrada em uma imensa
bibliografia. Entre nossos grandes folcloristas estão Alceu Maynard Araújo, Luís da Câmara Cascudo, Sílvio Romero
e Rossini Tavares de Lima. Mas não são apenas os estudiosos que se debruçaram sobre esse tema apaixonante. A
diversidade e a amplitude de nossas manifestações também estão registradas em romances da literatura nacional.
As mais variadas tradições inserem-se no desenrolar da história ou mesmo impulsionando o desenvolvimento da
narrativa. Paralelamente, muitos textos em versos contêm aspectos folclóricos com os quais exprimem emoções
ou sentimentos. A presença dessas tradições mostra uma característica fundamental para que essas obras sejam
consideradas grandes clássicos da produção literária no país.
3. O breve da moreninha - Joaquim Manuel de Macedo – A Moreninha
Analisando a vida familiar na sociedade do Rio de Janeiro do século XIX, Joaquim Manuel de
Macedo escreveu A Moreninha, relatando uma história de amor cujo final feliz está ligado a um
objeto valorizado pelas diferentes classes sociais da época: o breve.
Promessas de amor
Carolina e Augusto, personagens do romance escrito por Macedo, ainda eram crianças quando se
encontraram pela primeira vez em uma praia. Brincaram, prometeram casar-se depois de
crescidos e, pela iniciativa de um homem agonizante, trocaram breves com o propósito de
proteger o amor e o juramento entre os dois. Anos mais tarde, Augusto, agora estudante de
medicina, encontra Carolina, irmã de seu colega de classe, mas não a reconhece. Depois de
muitas peripécias, ambos descobrem por meio dos breves serem aquelas crianças que haviam
firmado uma promessa com um objeto considerado mágico.
Valha-me breve!
Considerado um grande protetor, o breve era um saquinho de pano ou couro que levava em seu
interior uma oração qualquer, sempre tida como prodigiosa. Era usado pendente do pescoço por
4. uma fita ou torçal e supersticiosamente empregado como elemento de crença para realizar um
desejo ou como garantia contra todos os perigos e dificuldades.
Batuque nas noites de Natal - José de Alencar – O Tronco do Ipê
José de Alencar foi um pesquisador de elementos nacionais, utilizando vários deles em seus
romances. Graças ao interesse pelo tema, sua obra traz um vasto panorama do nosso folclore. No
livro O Tronco do Ipê, por exemplo, o capítulo Batuque oferece um quadro detalhado de alguns
usos e costumes da época.
Batuque: início da festa
As festas de Natal sempre tiveram enorme importância na vida de todas as classes sociais e, de
acordo com o relato de Alencar, muitos fazendeiros do século XIX permitiam aos negros
comemorar a data a seu modo. Alguns senhores costumavam honrar seus escravos, assistindo
ao "batuque" que, na verdade, era apenas a abertura da festa.
Comemoração na senzala
Da casa-grande à senzala, senhores e escravos seguiam por entre archotes, precedidos pela
banda de música, formando uma espécie de rancho. Pelo caminho percorrido, já se ouvia o som
do jongo e dos pandeiros vindo da senzala. Nessas comemorações, os escravos trajavam roupas
5. de festas, fantasias orientais ou europeias. Após saudarem a chegada dos brancos com grande
algazarra, os negros davam início ao samba, ainda sem grande entusiasmo. Quando o senhor e
sua comitiva se retiravam, era o momento de dar vazão total à alegria. Pelo menos é assim que
Alencar compõe a cena, rica em elementos genuínos, com a menção das palavras rancho,
batuque, jongo e samba. Elas apontam manifestações típicas do folclore ligado às tradições
europeias e africanas.
Batendo palmas e pés...
Rancho
A denominação veio de Portugal. No Norte do Brasil, a palavra era empregada para indicar
agasalho, hospedagem, pousada. Da Bahia para o Sul, denominava um grupo de festeiros das
solenidades populares do Natal. Mais para o centro do país, esse grupo de festeiros ficou
conhecido com o nome de Reisado. Primando pela variedade de roupas vistosas, o rancho
dividia-se em duas categorias: uma séria e aristocrata e a outra mais divertida e democrática. No
Rio de Janeiro, durante o carnaval, o rancho tornou-se um grupo de foliões, com instrumentos de
corda e sopro, cantando versos alusivos ao grupo.
Batuque
O batuque era uma dança de origem africana ligada ao ritual de procriação. Os
portugueses passaram a utilizar o termo para indicar qualquer dança dos negros. Eles
6. não se referiam a uma coreografia típica, mas à dança em geral, ao ajuntamento para
o baile. Geralmente, a manifestação se caracterizava pelo sapateado e pelas palmas,
ao som de cantigas acompanhadas de tambor.
Jongo
Dança africana ligada ao canto e à percussão. Entre os pares poderia haver disputa quanto à
dança. O jongo tornou-se característico das regiões do café e a coreografia diferenciava-se em
cada localidade. De modo geral, não era dançado à noite e, de sua origem africana, manteve a
fama dada a seus bailadores que eram considerados feiticeiros, sabedores de segredos e de
poderes mágicos.
Samba
A origem mais aceita da palavra é do angolês semba, termo que significa umbigada. No Brasil,
referia-se ao baile popular, urbano ou rural. Em São Paulo, a dança passou para o salão; nas
zonas rurais deu origem ao samba-de-roda, ao campineiro e ao samba-de-lenço. O nome samba
teve vulgarização lenta no país e só cresceu a partir de 1916, quando foi citado na letra de Pelo
telefone. Essa composição – primeiro samba gravado na história da música brasileira – foi escrita
por Ernesto de Sousa, o Donga, no Rio de Janeiro. Pelo telefone também foi a primeira do gênero que
conseguiu ser impressa.
7. O Espírito Santo nas memórias de um sargento - Manuel
Antônio de Almeida – Memórias de um Sargento de Milícias
Embora haja comprovações da origem alemã, muitos estudiosos afirmam que a comemoração do
Divino Espírito Santo surgiu no início do século XIV, por influência de D. Isabel, esposa do rei
português D. Dinis. A devoção cresceu rapidamente e se tornou uma da mais populares em
Portugal. A tradição foi estabelecida no Brasil no século XVI.
Tradição em decadência
Em Memórias de um Sargento de Milícias, Manuel Antônio de Almeida afirma que, no século XIX,
a festa já estava em decadência. Narrando as peripécias de Leonardo Pataca, no tempo do rei D.
João VI, o autor coloca no caminho da personagem, ainda criança, e de seu padrinho, a Folia do
Divino, uma espécie de preparação da festa principal. A descrição é detalhada e inclui um trecho
das cantigas utilizadas pelos pastores, que retrata o espírito das comemorações: O Divino Espírito
Santo É um grande folião, Amigo de muita carne, Muito vinho e muito pão.
A Bandeira do Divino
Na festa do Divino, havia palanques e coretos armados para o assento do Imperador do Divino:
uma criança ou um adulto era escolhido para presidir a festa, com direitos régios. Em certas
8. localidades do Brasil, o Imperador do Divino podia até mesmo libertar presos comuns. Para os
preparativos e a organização da festividade, havia antes a Folia do Divino. Nela, um grupo,
liderado pelo Imperador e composto por pastores, barbeiros e irmãos, pedia e recebia auxílio de
toda espécie. Eram músicos e cantores que percorriam vastas regiões, durante meses, levando
uma bandeira ilustrada pela pomba, símbolo do Espírito Santo. A bandeira do Divino era
recepcionada com devoção em toda parte. A celebração do Espírito Santo é móvel: ela acontece
dez dias após a quinta-feira da Ascensão do Senhor. Com sua festa - que inclui missa cantada,
procissão, leilão de prendas, exibição de autos e cavalhadas -, a tradição ainda vive em certas
vilas e cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Neste último, uma das maiores e mais
conhecidas é a de Mogi das Cruzes. Várias localidades situadas em Minas Gerais, Paraná, Santa
Catarina, Maranhão, Amazonas, Espírito Santo, Goiás e Distrito Federal também se dedicam a
promover e manter a fé e o costume.
A mezinha cura Inocência, mas o mau-olhado... - Visconde de
Taunay – Inocência
No romance Inocência, de Visconde de Taunay, o personagem Cirino representa os curandeiros e
médicos ambulantes do sertão que levavam adiante a tradição da cura pelas plantas e pelas
forças da natureza. Ele percorria as regiões distantes, atrás de quem necessitasse de seus
9. conhecimentos médicos, baseados, sobretudo, em um guia chamado Chernoviz, do qual tinha
grande orgulho. Essa medicina prática o faz encontrar Inocência, que sofria de maleita e é por
meio de sua mezinha que ele entra na vida da sertaneja reclusa.
Medicina contra mal de amor
O tratamento receitado por Cirino consistia em suador de folhas de laranjeira, café com sulfato de
quinina, limões doces para matar a sede e a mudança da cama para a linha do nascente ao
poente. São componentes típicos da medicina popular do Brasil, que se constituiu com elementos
indígenas, africanos e portugueses. De mezinha em mezinha e, ainda, preceituando uma dieta
alimentar em que excluía carne fresca, ervas, ovos e farinha de milho por um mês, Cirino
apaixona-se pela sertaneja e é correspondido. O sentimento do par não tem futuro, pois Inocência
já estava prometida a Manecão Doca e, no sertão da época, esse tipo de compromisso era
definitivo. Cirino parte em busca da ajuda do padrinho de Inocência. A moça, sentindo-se
abandonada, acha que o rapaz lhe pôs um mau-olhado, pois não consegue tirá-lo da mente.
Como sertaneja típica, a personagem manifesta a crendice popular sobre os poderes negativos de
alguém. Verdade ou não, o certo é que, na narrativa, Inocência morre depois que Cirino é
assassinado por Manecão...
Curando com limão e... cama
Para Câmara Cascudo, o pajé - que até hoje sobrevive nas grandes cidades na figura do
10. vendedor de ervas ou de remédios do mato - não tem preservadas suas verdadeiras tradições
medicinais. Os nossos remédios do mato são formas populares de fonte portuguesa, que
valorizam os recursos naturais da terra. As espécies de prestígio desde o século XVIII, tais como
alho, arruda, alecrim, agrião, alfazema, limão, sal e pimenta, hortelã, manjericão, originaram-se da
Europa. Aliás, Cirino baseava suas receitas em um livro chamado Chernoviz, de larga tradição em
Portugal. Escrito por Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, doutor em medicina, cavaleiro da Ordem de
Cristo, oficial da Ordem da Rosa, esse livro era um guia para a saúde do povo português, com
importante papel em sua formação espiritual. No Brasil, país imenso e sertanejo, o guia era obra
indispensável nos lares dos fazendeiros prósperos, compensando a inexistência de médicos.
Cruz, Credo!
O mau-olhado - também conhecido no Brasil como "olho de seca-pimenteira" ou "olho-grande" - é,
na verdade, uma crença universal e milenar, registrada em todas as literaturas. Os gregos
utilizavam a cabeça da Medusa para reprimir essa força negativa. No Brasil, amuletos como figa,
corninho, meia-lua, corcunda, elefante, folhas de arruda, um vaso de comigo-ninguém-pode ou de
espada de São Jorge destinam-se, segundo o povo, a combater o mal.
Um domingo com Rita Baiana - Aluísio Azevedo – O Cortiço
11. No romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo, os capítulos dedicados ao domingo compõem um
retrato dos costumes, cujas origens estão registradas em nosso folclore de tradição africana: não
só a comida, como a música e a dança que acontecem depois do almoço. O narrador chama o
festejo de pagode, palavra que hoje define um estilo musical, mas que antes indicava somente
uma reunião festiva e ruidosa. Esse encontro podia ter comida, bebida, danças, cantares e até
prazeres considerados licenciosos. O pagode, enquanto festa, era e ainda é de caráter íntimo,
com a presença de amigos. Assim, a narrativa de O Cortiço nos deixa saber que, às três da tarde,
Firmo, com seu violão, e Porfírio, com seu cavaquinho, chegam à casa de Rita Baiana, no cortiço
de João Romão, prontos para o "rega-bofe".
Parati como abrideira
Depois que todos se acomodam, começam a tomar como "abrideira" a "parati", aguardente típica
da cidade de mesmo nome, no litoral sul do Rio de Janeiro. Além do vatapá, o almoço era
composto por leitão ao forno, sopa, café e pratos feitos pela vizinha das Dores, como o zorô. Ao
cair da noite, Firmo e Porfírio saem da casa para iniciar um chorado baiano. Enquanto Firmo
canta, forma-se uma roda em torno dos mulatos e os participantes batem palmas. Mais tarde, Rita
sai de seu barraco e entra no meio da roda, sapateando e gingando ao som de palmas cadentes.
Com a chegada de outros moradores do cortiço, o círculo vai aumentando e o pagode segue até
de madrugada.
12. O domingo da baiana tem...
Inserido em nosso folclore alimentar, o vatapá é um tradicional prato afro-baiano, originário dos
negros nupês e adotado pelos iorubanos, que o introduziram no Brasil. Consiste em peixe ou
crustáceos numa papa de farinha de mandioca, com molho de dendê e pimenta. Sobre essa
base, há uma infinidade de variantes, algumas com carne de boi. Já o zorô é um prato tradicional
em que se fervem camarões, que depois são cortados em pedaços, refogados com salsa,
pimenta-do-reino, cebola, cebolinha e tomates. A esse refogado, juntam-se maxixes, jilós ou
quiabos, cortados em rodelas, e um pouco de água. Deixa-se cozinhar bem. Serve-se com angu
de milho.
Chorado e batuque
Com relação à música e à dança, o chorado citado pelo narrador pertence ao folclore amazônico
da Zona Bragantina, no Pará. Trata-se de uma coreografia da "marujada", dança apresentada
durante os festejos de São Benedito, em dezembro. Suas raízes estão no lundum. Os
participantes fazem uma roda e a mulher sai sozinha para dançar por algum tempo até escolher o
par. Ela demonstra qual é o escolhido, batendo o pé com mais força na direção do eleito e
acenando com os dedos. Só um par dança por vez. Tomado em seus aspectos gerais, o chorado
espalhou-se pelo Brasil, adquirindo acentos próprios em cada região. O lundum - ou lundu -
denomina o canto e a dança trazidos pelos escravos bantos. Na coreografia, o par evolui solto. O
13. lundum dividiu-se em várias alterações, entre elas o chorado, citado na narrativa, e o samba solto,
individual, sacudido, a batucada em que cada bailarino procura superar o anterior.
Uma rapsódia de temas - Mário de Andrade – Macunaíma
Mário de Andrade, referindo-se à sua obra, classificou-a como rapsódia, ou seja, assim como as
rapsódias musicais fazem colagem de elementos retirados dos cantos populares tradicionais,
Macunaíma é composta por fragmentos da cultura popular e de elementos do folclore. Também a
linguagem apresenta características folclóricas, expressas em ditos populares como "espinho que
pinica, de pequeno já traz ponta", nos quais o povo se vale de sua experiência do dia-a-dia para
retratar em frases de efeito as situações que observa.
Choque cultural
Macunaíma é índio, negro e branco, uma síntese do caráter do brasileiro e de sua cultura. Mário
de Andrade faz um profundo estudo do folclore nacional para abordar o choque do índio
amazônico com a tradição e a cultura européia de São Paulo. Pela narrativa simbólica vão
desfilando personagens e elementos de nossas raízes culturais como Ci, Cobra Preta, muiraquitã,
Negrinho do pastoreio, Uiara.
Nas águas e nas matas
14. Ci
Ci significa a Mãe e aparece em muitas terminações: Iaci, Coaraci. Ainda é usado em muitos
lugares, sempre se referindo a alguma das mães que, conforme a crença indígena, é a origem de
algo e que por isso rege o destino.
Muiraquitã
Pedra de diversos formatos à qual se atribuía a força de realizar sonhos. É preciso fazer distinção
entre muiraquitã , amuleto de pau, e muiraquitá, pedra de chefe, uma espécie de insígnia de
poder. Da junção desses dois elementos, surgiu a "muiraquitã" de nefrite, um silicato natural, uma
espécie de jade de cor verde, com poderes de talismã. Artefato originário do baixo Amazonas,
segundo uma tradição ainda viva, seria o presente que as amazonas davam aos homens como
lembrança de sua visita. Uma vez por ano, as guerreiras se aproximavam dos jovens índios de
tribos vizinhas que, devido ao fato, eram chamados de "esposos de uma noite". Quando partiam,
as amazonas ofereciam o amuleto, que dava poderes ao guerreiro, de acordo com o animal
desenhado. O rapaz que o recebia acreditava tornar-se forte como a onça bravia, poderoso como
a águia e assim por diante...
Uiara
Ser da mitologia indígena que cuida da sorte dos peixes. Em alguns relatos, pode transformar-se
no famoso Boto cor-de-rosa, o golfinho amazônico que seduz as moças ribeirinhas.
15. Boa língua - Raul Bopp – Cobra Norato
Cobra Norato é a obra mais importante de Raul Bopp. Significando "boa língua" em tupi, o livro
resume toda a corrente modernista situada entre o verde-amarelismo e antropofagismo,
movimentos aos quais o escritor esteve ligado. Raul Bopp utiliza o folclore amazônico, valendo-se
do mito conhecido como Cobra Honorato: no poema, o herói mata a cobra e assume a pele do
animal. A seguir, parte em busca da amada, a filha da rainha Luísa. No fabuloso cenário da
floresta, entre perigos e aventuras, o herói enfrenta seu principal antagonista, a cobra-grande
(outro mito representativo do norte brasileiro). Cobra Norato vence a cobra-grande graças à sua
esperteza e se casa com sua amada.
Mito ribeirinho
A cobra-grande – também conhecida como cobra-preta – é um mito pertencente às populações
ribeirinhas do Amazonas e afluentes. Os indígenas falavam de uma força assombrosa, voraz, que
comia crianças e adultos que se banhavam naquelas águas. Um registro, datado de 1819, conta
que os índios se recusavam a matar cobras, para evitar a ruína não só de quem tivesse dado fim
ao réptil, mas de toda a tribo.
Cuidado com o moço alto e bonito na beira do rio...
16. A lenda de Cobra Honorato conta que uma mulher indígena tomava banho entre os rios Amazonas e Trombetas
quando foi engravidada pela cobra-grande. Nasceram um menino, chamado Cobra Honorato, ou Norato, e uma
menina, Maria Caninana, que se torna má e traz muitos problemas para o irmão. Para conseguir viver com
tranquilidade, Honorato acaba matando a irmã. Cobra e homem ao mesmo tempo, à noite Honorato se desencanta
e se torna um rapaz alto e bonito que dança nas festas próximas ao rio. Na margem, fica o couro da cobra. Quem
conseguisse derramar leite na boca do réptil imóvel e dar uma cutilada (golpe com instrumento de ponta) em sua
cabeça a ponto de verter sangue, acabaria com a penitência de Honorato: ele voltaria a ser apenas um rapaz. Um
soldado cumpre as exigências e Honorato é desencantado.
Vira Vira Lobisomem - José Lins do Rego – Menino de Engenho
A história de Menino de Engenho, obra de José Lins do Rego, acontece na região limítrofe entre
Pernambuco e Paraíba e reconstrói um vasto panorama das tradições, das crenças e das
superstições que marcaram o ciclo da cana-de-açúcar. É desse universo que Carlos Melo, a
personagem principal, dá testemunho, relatando seu envolvimento com o dia a dia do engenho de
seu avô, o coronel José Paulino.
Superstições e crendices
Como todos os outros engenhos, o Santa Rosa tinha alguns de seus dias tumultuados pelas superstições. Uma
dessas crendices atingia José Cutia, um paraibano comprador de ovos, que muita gente afirmava ter visto por
17. debaixo dos ingazeiros, virando bicho. Nas palavras assustadas das pessoas do lugar, as unhas de Cutia cresciam
como lâminas enormes, os pés ficavam como os de cabra e os cabelos viravam crinas de cavalo. Chegavam a
comentar que, no momento da transformação, o homem grunhia como porco na faca. Ele não queria, mas seu
corpo não podia viver sem sangue. "E bancava o lobisomem contra a vontade."
O povo desconfiava de José Cutia porque ele andava sempre à noite, era amarelo e magro.
Diziam que comia fígado de menino e tomava banho com sangue de criança no peito. E que
também bebia sangue de animais, chupando-os no pescoço. Um dos potros do coronel José
Paulino amanheceu com um talho minando sangue, o que firmou a crença do menino Carlos na
lenda do lobisomem e o fazia ir para a cama assustado. Dormia com medo do desconhecido, das
matas, de homens amarelos que comiam meninos. Adormecia, pensando nas histórias do bicho-
carrapato, da cabra-cabriola, do caipora, da burra-de-padre.
O mais popular dos animais fabulosos
A licantropia faz parte do folclore universal. Na África, existe a tradição sagrada das transformações: homens-
lobos, homens-tigres, homens-hienas. Na Europa, alemães, franceses, eslavos e os povos indo-europeus achavam
que por um mau agouro um homem se transformava em lobo, jumento, bode ou cabrito. Em Portugal,
acreditavam que o lobisomem era filho de comadre e compadre ou padrinho e afilhada. A identificação da pessoa
marcada por esse destino não era difícil pois, segundo a convicção popular, uma aparência sempre magra e cores
doentias denunciavam o possuidor do mal. No relato de Menino de Engenho, José Cutia, o provável lobisomem,
também era amarelo, magro e só andava durante a noite, o que dava às pessoas a certeza de ser ele o misterioso
18. bicho da Mata do Rolo, macilento, com orelhas compridas e nariz levantado. Isso demonstra que a crença
brasileira seguia o pensamento português, acrescentando-se que o fado surgia de um incesto ou de uma doença
chamada hopoemia. Pelos sertões do país, a população pensava que o bicho grande sangrava crianças, animais
novos ou a quem encontrasse antes de o dia raiar. Para desencantar o portador do mal, seria necessário feri-lo até
sair sangue ou utilizar uma bala untada com cera de vela que tivesse queimado durante três missas de domingo
ou na missa do galo. Há centenas de depoimentos registrados em documentos oficiais, afirmando encontros e lutas
pessoais com o lobisomem.
Cara feia espanta? - Carlos Drummond de Andrade
Considerado sóbrio e comedido, características que também podem ser aplicadas à segunda
geração modernista na qual está inserido, Carlos Drummond de Andrade é o poeta do cotidiano,
da realidade aparentemente simples e corriqueira. "Realidade aparente", porque, com sua
sensibilidade, Drummond consegue revelar toda a singularidade escondida no prosaico. Essa
marca - conseguir revitalizar o usual - também se aplica às tradições. O poeta vai buscar as
imagens da emoção e do sentimento materializadas em aspectos folclóricos, como as carrancas
do rio São Francisco, para falar de um cotidiano atual. Com isso, traduz o que parece indizível ou
cria uma outra feição para o dia a dia do homem comum.
19. Poesia do cotidiano
Drummond consegue fazer poesia, no sentido mais sublime da palavra, falando de cheques, duplicatas, recibos,
bancos e desconfiança. Aborda com delicadeza o medo daquilo cuja existência desconfiamos, mas que não
sabemos exatamente o que é, nem quando vai nos passar para trás. De modo comovente, fala dos temores
urbanos e das ameaças sempre presentes, quando sugere, diante desse cotidiano, a ajuda das carrancas do São
Francisco. Será que essas figuras, acostumadas pelos anos, pela energia da fé e da tradição a enfrentar forças
traiçoeiras e muitas vezes insuspeitas, podem salvar a todos? O paralelo entre o rio São Francisco e suas carrancas
com uma rua central e financeira que possui identificação, mas que pode estar em qualquer cidade, revela, com
lirismo, o nosso abandono, a nossa solidão, a nossa impotência diante do que nos circunda e nos ameaça.
Indicadores de prestígio
A evolução das embarcações primitivas levou as figuras de proa, surgidas basicamente com conotações místicas,
aos grandes navios, nos quais sua função passou a ser meramente decorativa. As carrancas do São Francisco
originaram-se dessas figuras criadas na decoração naval dos povos ocidentais. Imitando navios de alto-mar vistos
nas capitais da província da Bahia e do resto do país, os pequenos nobres e os fazendeiros do São Francisco
fixaram as figuras de proa em uma sociedade rural primitiva. Seus cidadãos, dependendo da posição social, deram
conotações diferentes às tais figuras. Assim, os fazendeiros as empregavam como elemento de prestígio e também
como indicação de propriedade.
20. Para o carro que canta, mostre a carranca!
As condições de vida, a superstição e a ingenuidade dos remeiros geravam explicações
sobrenaturais para tudo que os rodeava ou lhes acontecia: os encalhes, os naufrágios, os
afogamentos. As fatalidades enfrentadas pelos remeiros e as suas crenças juntaram-se aos
pavores noturnos da gente ribeirinha, fazendo nascer seres ameaçadores aos quais se atribuíam
os acontecimentos funestos. O baixo São Francisco transformou-se na habitação do Caboclo-
d'água; da Mãe-d'água; do Minhocão, também conhecido como Surubim-Rei. Para as camadas
populares, também povoavam a região o Duende, o Lobisomem, o Anhangá, o Angaí, a Alma, o
Esqueleto, o Gato Preto, o Capetinha, o Cavalo-de-água, a Cachorrinha-d'água, a Cobra-d'água,
o Cavalo-do- Rio, a Serpente-do-Rio, o Bicho-d'água e o Carro-de-boi mágico, que cantava de
noite no fundo do rio.
Para espantar o mal
Contra todas essas entidades ameaçadoras, as pessoas utilizaram figuras impressas nos barcos, cujo valor estava
na feiúra. O isolamento da região contribuiu para uma expressão singular: olhos esbugalhados, misto de homem,
com suas sobrancelhas arqueadas, e animal, com sua expressão feroz e sua cabeleira de juba leonina. As feições
ameaçadoras eram preferencialmente pintadas em vermelho, preto e azul. Nos tempos modernos, as únicas
embarcações populares que apresentaram as figuras de proa foram as do baixo São Francisco. As carantonhas
iniciais datam de 1875-1880, mas foram citadas pela primeira vez em livro no ano de 1888. Transformadas pela
população em amuleto protetor dos navegantes, as carrancas se generalizaram no século XX.
21. Figuras sagradas
Sendo manifestação artística coletiva, com caracteres comuns, fruto de uma cultura e de uma região em
isolamento, seus primeiros artesãos buscaram a solução plástica no hábito de esculpir santos, seguindo a
influência ibérica. Francisco Guarany, um dos mais destacados escultores de carrancas, tinha iniciado seu trabalho
com figuras sagradas; porém, o baixo rendimento o fez abandonar a prática. Em 1901, aos 17 anos, produziu sua
primeira cabeça de proa e, ao lado de Sebastião Branco e Moreira do Prado, tornou-se artista de destaque. Com o
Regulamento do Tráfego Marítimo de 1940, as embarcações foram substituídas pelo motor e as carrancas do São
Francisco deixaram de ser feitas para a sua função original.
Adivinha, adivinhão - Manuel Bandeira
Poeta de grande sensibilidade e profundo lirismo, Manuel Bandeira aborda sobretudo o cotidiano
e o biográfico. Construindo uma espécie de relato íntimo no qual desfilam cenas tradicionais,
comuns em sua infância, consegue tornar vivos no presente os jogos, as brincadeiras, as festas,
as crenças, as cenas carregadas de conteúdo folclórico. Com frequência, retoma com carinho,
como uma brincadeira expressiva, as formulações tradicionais da linguagem popular: os jogos
com as palavras e com a sonoridade, as trovas, as quadrinhas, tudo que provavelmente ouviu
quando menino. Entre essas expressões da linguagem e da literatura oral, Bandeira utilizou
também a adivinha, elemento lúdico de integração e desenvolvimento na pedagogia dos lares,
nas brincadeiras infantis, nas reuniões de adultos. Desse modo, aproxima-se mais de seu leitor,
22. ao mesmo tempo em que o instala nas raízes nacionais e o faz refletir sobre a grandeza do
cotidiano.
Adivinha
O animal deu nome às ilhas:
Estas deram nome à ave.
O animal como se chama?
Como se chamam as ilhas?
E como se chama a ave?
Responda, senhor ou dama.
(Manuel Bandeira)
O que é o que é?
Gênero universal e favorito de todos os povos, é difícil determinar a origem das adivinhas brasileiras. Muitas são
de procedência portuguesa, algumas têm origem indígena ou mestiça e há um legado da África. Pertencentes à
literatura oral, esses jogos do espírito tanto possuem um caráter lúdico quanto pedagógico. Na cultura religiosa,
serviu largamente ao exercício das coisas da fé, do catecismo laico. A articulação do jogo com recursos orais
concede às adivinhas ou aos enigmas um papel didático ideal para o ensino na infância.
23. O colocador de adivinhas
As adivinhas ainda se conservam no meio rural, onde é centro de interesse na reunião familiar,
como nos séculos anteriores. Nessa época já distante, em feiras do sertão brasileiro, o colocador
de adivinhas era uma figura imprescindível; ao seu redor se juntavam velhos, moços e crianças
para o torneio verbal. Propor e decifrar enigmas são formas literárias nas quais a ideia do objeto
ou ser vem envolta em uma alegoria, a fim de dificultar a descoberta. As adivinhas são
enunciadas normalmente com uma fórmula popular para garantir a atenção: elas podem iniciar-se
com uma pergunta do tipo "O que é o que é?", "Me diga lá, agora me diga", ou "Que será, que
será?". Ora a linguagem é metafórica, ora emprega-se a comparação que induz ao deciframento.
Sua forma pode ser metrificada, em quadrinhas com rimas, o que facilita a fixação e a
transmissão. De acordo com o assunto, podem ser classificadas em adivinhas de religião,
adivinhas de goga (maliciosas ou escatológicas) e as chamadas comuns, que reúnem diversos
assuntos.
Popular e anônima
De impossível identificação autoral, as adivinhas atravessaram séculos anônimas, transmitidas
oralmente. A primeira coleção impressa é do século XVIII. Atualmente, já se podem diferenciar os
24. enigmas com formulação literária, mais rebuscados e obscuros e as formas populares,
enfatizando a sonoridade e a repetição, como o exemplo abaixo, referente ao sal:
N'água nasci,
N'água me criei;
Se n'água me botarem,
N'água morrerei.