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/
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Imagem: Oscar Pereira da Silva / Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em
1500, 19002 / Museu Paulista / Public Domain.
QUINHENTISMO
Período: Século XVI
Início: 1500 - “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de Caminha.
Término: 1601- “Prosopopeia”, de Bento Teixeira.
Nem crônicas, nem memórias, pois não resultavam de nenhuma intenção literária (1).
Imagem: Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo / Public Domain.
QUINHENTISMO
Os escritos dos cronistas e viajantes eram uma
tentativa de descrever e catalogar a terra e o povo
recém-descoberto.
A essa descrição, no entanto, acrescentavam-se
elementos mágicos e características muitas vezes
fantásticas.
Imagem: Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D.
Manoel / Public Domain.
Carta de Pero Vaz de Caminha
[...]
Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram
os navios pequenos, por chegarem primeiro.
Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram logo todos os capitães das naus a
esta nau do Capitão - mor, onde falaram entre si.
E o Capitão - mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E
tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois,
quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou
vinte homens.
Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos
traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes
fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram.
Imagem: Ships through ages / Boston Public Library / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
Analisando a Carta
principais características das cartas:
Espírito de fidelidade e submissão ao rei
Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa
Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação
achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu
melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer!
Imagem:
Autor
Desconhecido,
1509
/
Battle
of
Diu
/
Public
Domain.
Nativismo
A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes,
bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou
deixar de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de
grande inocência.
Imagem:
Hércules
Florence
/
Índios
apiaká
no
rio
Arinos,
Mato
Grosso
,
1827/
Domínio
Público.
Preocupação em catequização indígena
Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa,
seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as
aparências.
Imagem:
Victor
Meirelles
/
Primeira
missa
no
Brasil,1860
/
Domínio
Público.
Ufanismo e preocupação mercantilista
Até agora, não pudemos saber se há ouro ou prata
nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha
vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares
frescos e temperados como os de Entre-Douro-e-
Minho, porque neste tempo d'agora assim os
achávamos como os de lá. Águas são muitas;
infinitas. Em tal maneira é graciosa que,
querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por
causa das águas que tem!
Imagem: Adelano Lázaro / Cachoeira de Santa Bárbara -
Cavalcante - Goiás - Brasil / Domínio Público
QUINHENTISM0
A produção literária no Brasil-Colônia
Ainda não havia condições essenciais sólidas para o florescimento da literatura (público leitor
ativo e influente, grupos de escritores atuantes, vida cultural rica e abundante, sentimento de
nacionalidade, liberdade de expressão, imprensa e gráficas).
Não se pode falar numa literatura propriamente brasileira. É uma literatura sobre o Brasil, de
caráter meramente informativo.
Duas manifestações literárias: Literatura informativa (material) e Literatura dos jesuítas
(catequese) (2).
QUINHENTISMO
( Séc. XVI )
Literatura Informativa (viagens):
• Cartas de viagem
• Diários de navegação
• Tratados descritivos
Textos em prosa
Objetivo: narrar e descrever as viagens e
os primeiros contatos com a
terra e nativos
Imagem:
Jean
de
Léry
/
Historia
navigationis
in
Brasiliam...
Geneva,
1586
/
United
States
Public
Domain.
Principais produções literárias no Brasil-Colônia:
• A Carta, de Pero Vaz de Caminha;
• O Diário de navegação, de Pero Lopes de Sousa (1530);
• O Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente
chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo (1576);
•O Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587);
•Os Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618);
•As cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese;
•A História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador (1627);
•As Duas viagens do Brasil, de Hans Staden (1557);
•A Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry (1578).
Como era a terra ?
Imagem: Benedito Calixto / Fundação de São Vicente, 1900 / Acervo da Prefeitura de São Vicente / Domínio Público.
Literatura Informativa
[...] Neste mesmo dia, à hora de vésperas, avistamos terra ! Primeiramente um grande monte,
muito alto e redondo; depois, outras serras mais baixas, da parte sul em relação ao monte e,
mais, terra chã. Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão deu o nome de Monte
Pascoal; e à terra, Terra de Vera Cruz. [...]
Característica da produção: (Carta de Pero Vaz de Caminha - fragmento)
• Relato;
•Descrição da terra (retrato compreensível de uma realidade inteiramente
desconhecida e estranha);
• Linguagem: estrutura descritiva (adjetivos – comparações).
A Literatura de catequese
Missionários jesuítas
( 1549 – 1605 )
Imagem: Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu, 1927 / Benedito Calixto / Museu Paulista / Domínio Público.
Literatura de Catequese
Missionários jesuítas
Fundação de cidades: Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo
Inauguração de escolas
Textos:
•Poemas líricos (cunho religioso);
•Peças de teatro – autos (cenas bíblicas, passagens da vida de santos);
•Cartas;
•Tratados descritivos;
•Crônicas históricas.
Representantes e obras:
Pe. José de Anchieta (gramático, historiador, poeta e teatrólogo)
Textos:
Poesia religiosa;
Poesia épica (em louvor às ações do terceiro governador-geral Mem de Sá);
Cartas;
Crônica histórica;
Sermões;
Peças teatrais - Auto: Na festa de São Lourenço (versos: tupi, português e espanhol)
a Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, de 1595 (1ª tupi).
Manuel da Nóbrega
Fernão Cardim
Poesia religiosa
A Santa Inês
José de Anchieta
Cordeirinha linda,
como folga o povo
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Cordeirinha santa,
de Iesu querida
vossa santa vinda
o diabo espanta. Imagem: Lucílio de Albuquerque / Anchieta escrevendo o poema à Virgem,1906 /
Domínio Público.
Por isso vos canta,
com prazer, o povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo.
Nossa culpa escura
fugirá depressa,
pois vossa cabeça
vem com luz tão pura.
Vossa formosura
honra é do povo,
porque vossa vinda
lhe dá lume novo!
Observe que o eu lírico, por meio de repetição de certos versos, ressalta a esperança que se
renova com a chegada da santa. Trata-se de uma produção simples, de versos breves, marcada
por refrões e com clara intenção musical.
Peça teatral
O auto de São Lourenço
José de Anchieta
Primeiro ato
(Cena do martírio de São Lourenço)
Cantam:
Por Jesus, meu salvador,
que morre por meus pecados,
nestas brasas, morro assado
com fogo do seu amor.
Imagem: Baccio Bandinelli / Martírio de São Lourenço, século XVI / Museu
Histórico e Diplomático / Public Domain.
Bom Jesus, quando te vejo
na cruz, por mim flagelado,
eu por ti vivo e queimado
mil vezes morrer desejo.
Pois teu sangue redentor
lavou minha culpa humana,
arda eu pois nesta chama
com o fogo do teu amor.
Anchieta busca converter indígenas e colonos apresentando a batalha entre o Bem (associado
aos portugueses, à religião, a Deus) e o Mal (associado à língua tupi, aos costumes indígenas).
QUINHENTISMO
Referências bibliográficas:
NICOLA, José de. Português – Vol 1. Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2011.
HERNANDES, Roberta; MARTIN, Vilma Lia. Projeto ECO – Língua Portuguesa – Vol 1. Curitiba:
Editora Positivo,2010.
CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português – Linguagens. Vol 1. São
Paulo: Editora Saraiva, 2010.
CAMPOS, Elizabeth; CARDOSO, Paula Marques; ANDRADE, Silvia Letícia de. Viva Português – Vol
1. São Paulo: Editora Ática.
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. Português –
Contexto, Interlocução e Sentido. Vol 1. São Paulo: Moderna, 2010.

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O Quinhentismo no Brasil

  • 1. Imagem: Oscar Pereira da Silva / Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500, 19002 / Museu Paulista / Public Domain.
  • 2. O Descobrimento do Brasil e o Quinhentismo O que eles queriam aqui? Dia do Descobrimento 22 de Abril. Imagem: Mapa de Luís Teixeira (c. 1574) com a divisão da América portuguesa em capitanias, 1574 / Biblioteca da Ajuda, Lisboa / Domínio Público.
  • 3. SÉCULO XVI A EXPLORAÇÃO O 1º produto que atraiu a atenção dos portugueses para a nova terra foi o pau-brasil. Imagem: André Thevet / Public Domain.
  • 4. O que eles pensavam de nós e o que pensávamos deles? Índios x portugueses Imagem: Oscar Pereira da Silva / Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500, 19002 / Museu Paulista / Public Domain.
  • 5. QUINHENTISMO Período: Século XVI Início: 1500 - “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de Caminha. Término: 1601- “Prosopopeia”, de Bento Teixeira. Nem crônicas, nem memórias, pois não resultavam de nenhuma intenção literária (1). Imagem: Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo / Public Domain.
  • 6. QUINHENTISMO Os escritos dos cronistas e viajantes eram uma tentativa de descrever e catalogar a terra e o povo recém-descoberto. A essa descrição, no entanto, acrescentavam-se elementos mágicos e características muitas vezes fantásticas. Imagem: Carta de Pero Vaz de Caminha ao Rei D. Manoel / Public Domain.
  • 7. Carta de Pero Vaz de Caminha [...] Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito, segundo disseram os navios pequenos, por chegarem primeiro. Então lançamos fora os batéis e esquifes, e vieram logo todos os capitães das naus a esta nau do Capitão - mor, onde falaram entre si. E o Capitão - mor mandou em terra no batel a Nicolau Coelho para ver aquele rio. E tanto que ele começou de ir para lá, acudiram pela praia homens, quando aos dois, quando aos três, de maneira que, ao chegar o batel à boca do rio, já ali havia dezoito ou vinte homens. Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos sobre o batel; e Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram. Imagem: Ships through ages / Boston Public Library / Creative Commons Attribution 2.0 Generic.
  • 8. Analisando a Carta principais características das cartas: Espírito de fidelidade e submissão ao rei Posto que o Capitão-mor desta Vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a notícia do achamento desta Vossa terra nova, que se agora nesta navegação achou, não deixarei de também dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que -- para o bem contar e falar -- o saiba pior que todos fazer! Imagem: Autor Desconhecido, 1509 / Battle of Diu / Public Domain.
  • 9. Nativismo A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Imagem: Hércules Florence / Índios apiaká no rio Arinos, Mato Grosso , 1827/ Domínio Público.
  • 10. Preocupação em catequização indígena Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, seriam logo cristãos, visto que não têm nem entendem crença alguma, segundo as aparências. Imagem: Victor Meirelles / Primeira missa no Brasil,1860 / Domínio Público.
  • 11. Ufanismo e preocupação mercantilista Até agora, não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos e temperados como os de Entre-Douro-e- Minho, porque neste tempo d'agora assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que tem! Imagem: Adelano Lázaro / Cachoeira de Santa Bárbara - Cavalcante - Goiás - Brasil / Domínio Público
  • 12. QUINHENTISM0 A produção literária no Brasil-Colônia Ainda não havia condições essenciais sólidas para o florescimento da literatura (público leitor ativo e influente, grupos de escritores atuantes, vida cultural rica e abundante, sentimento de nacionalidade, liberdade de expressão, imprensa e gráficas). Não se pode falar numa literatura propriamente brasileira. É uma literatura sobre o Brasil, de caráter meramente informativo. Duas manifestações literárias: Literatura informativa (material) e Literatura dos jesuítas (catequese) (2).
  • 13. QUINHENTISMO ( Séc. XVI ) Literatura Informativa (viagens): • Cartas de viagem • Diários de navegação • Tratados descritivos Textos em prosa Objetivo: narrar e descrever as viagens e os primeiros contatos com a terra e nativos Imagem: Jean de Léry / Historia navigationis in Brasiliam... Geneva, 1586 / United States Public Domain.
  • 14. Principais produções literárias no Brasil-Colônia: • A Carta, de Pero Vaz de Caminha; • O Diário de navegação, de Pero Lopes de Sousa (1530); • O Tratado da terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil, de Pero de Magalhães Gândavo (1576); •O Tratado descritivo do Brasil, de Gabriel Soares de Sousa (1587); •Os Diálogos das grandezas do Brasil, de Ambrósio Fernandes Brandão (1618); •As cartas dos missionários jesuítas escritas nos dois primeiros séculos de catequese; •A História do Brasil, de Frei Vicente do Salvador (1627); •As Duas viagens do Brasil, de Hans Staden (1557); •A Viagem à terra do Brasil, de Jean de Léry (1578).
  • 15. Como era a terra ? Imagem: Benedito Calixto / Fundação de São Vicente, 1900 / Acervo da Prefeitura de São Vicente / Domínio Público.
  • 16. Literatura Informativa [...] Neste mesmo dia, à hora de vésperas, avistamos terra ! Primeiramente um grande monte, muito alto e redondo; depois, outras serras mais baixas, da parte sul em relação ao monte e, mais, terra chã. Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão deu o nome de Monte Pascoal; e à terra, Terra de Vera Cruz. [...] Característica da produção: (Carta de Pero Vaz de Caminha - fragmento) • Relato; •Descrição da terra (retrato compreensível de uma realidade inteiramente desconhecida e estranha); • Linguagem: estrutura descritiva (adjetivos – comparações).
  • 17. A Literatura de catequese Missionários jesuítas ( 1549 – 1605 ) Imagem: Anchieta e Nóbrega na cabana de Pindobuçu, 1927 / Benedito Calixto / Museu Paulista / Domínio Público.
  • 18. Literatura de Catequese Missionários jesuítas Fundação de cidades: Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo Inauguração de escolas Textos: •Poemas líricos (cunho religioso); •Peças de teatro – autos (cenas bíblicas, passagens da vida de santos); •Cartas; •Tratados descritivos; •Crônicas históricas.
  • 19. Representantes e obras: Pe. José de Anchieta (gramático, historiador, poeta e teatrólogo) Textos: Poesia religiosa; Poesia épica (em louvor às ações do terceiro governador-geral Mem de Sá); Cartas; Crônica histórica; Sermões; Peças teatrais - Auto: Na festa de São Lourenço (versos: tupi, português e espanhol) a Arte da gramática da língua mais usada na costa do Brasil, de 1595 (1ª tupi). Manuel da Nóbrega Fernão Cardim
  • 20. Poesia religiosa A Santa Inês José de Anchieta Cordeirinha linda, como folga o povo porque vossa vinda lhe dá lume novo! Cordeirinha santa, de Iesu querida vossa santa vinda o diabo espanta. Imagem: Lucílio de Albuquerque / Anchieta escrevendo o poema à Virgem,1906 / Domínio Público.
  • 21. Por isso vos canta, com prazer, o povo, porque vossa vinda lhe dá lume novo. Nossa culpa escura fugirá depressa, pois vossa cabeça vem com luz tão pura. Vossa formosura honra é do povo, porque vossa vinda lhe dá lume novo! Observe que o eu lírico, por meio de repetição de certos versos, ressalta a esperança que se renova com a chegada da santa. Trata-se de uma produção simples, de versos breves, marcada por refrões e com clara intenção musical.
  • 22. Peça teatral O auto de São Lourenço José de Anchieta Primeiro ato (Cena do martírio de São Lourenço) Cantam: Por Jesus, meu salvador, que morre por meus pecados, nestas brasas, morro assado com fogo do seu amor. Imagem: Baccio Bandinelli / Martírio de São Lourenço, século XVI / Museu Histórico e Diplomático / Public Domain.
  • 23. Bom Jesus, quando te vejo na cruz, por mim flagelado, eu por ti vivo e queimado mil vezes morrer desejo. Pois teu sangue redentor lavou minha culpa humana, arda eu pois nesta chama com o fogo do teu amor. Anchieta busca converter indígenas e colonos apresentando a batalha entre o Bem (associado aos portugueses, à religião, a Deus) e o Mal (associado à língua tupi, aos costumes indígenas).
  • 24. QUINHENTISMO Referências bibliográficas: NICOLA, José de. Português – Vol 1. Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2011. HERNANDES, Roberta; MARTIN, Vilma Lia. Projeto ECO – Língua Portuguesa – Vol 1. Curitiba: Editora Positivo,2010. CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português – Linguagens. Vol 1. São Paulo: Editora Saraiva, 2010. CAMPOS, Elizabeth; CARDOSO, Paula Marques; ANDRADE, Silvia Letícia de. Viva Português – Vol 1. São Paulo: Editora Ática. ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernadete M.; PONTARA, Marcela. Português – Contexto, Interlocução e Sentido. Vol 1. São Paulo: Moderna, 2010.