SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 19
Baixar para ler offline
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
EM NEUROPSICOLOGIA
Disciplina: Neuropsicologia da Linguagem
Professor: Mariana Castro
Contato: mcastromrocha@gmail.com
FEVEREIRO / 2021
PLANO DE ENSINO
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM NEUROPSICOLOGIA
1. IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA
Disciplina Neuropsicologia da Linguagem
Carga horária 16h Ano 2021 Semestre 1º
Professor Mariana Castro Marques da Rocha
Coordenador Lafaiete Guimarães Moreira
2. EMENTA
3. OBJETIVOS
3.1. Geral
Fornecer uma visão ampla dos processos cognitivos envolvidos no fenômeno da linguagem em
todas as suas manifestações a partir da abordagem neuropsicológica.
3.2. Específicos
Preparar o aluno para:
 compreender a linguagem como um sistema complexo e identificar os fatores envolvidos em
seu funcionamento
 compreender o processamento linguístico e seus desvios (déficits linguísticos)
 selecionar ferramentas de avaliação de linguagem
 pesquisar sobre o tema a partir de fontes que apresentem credibilidade e aprofundar seus
conhecimentos
4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
5. CRONOGRAMA PREVISTO
DIAS CONTEÚDO METODOLOGIA CH
20/02/2021
Introdução à neuropsicologia da linguagem
Processamento cognitivo-linguístico
Aula expositiva 4
06/03/2021
Neurobiologia da linguagem
Aquisição da linguagem
Aula expositiva 4
20/03/2021 Déficits linguísticos Aula expositiva 4
27/03/2021
Avaliação da linguagem
Orientação para trabalho final
Aula expositiva 4
TOTAL DE DIAS: 4
6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
2 atividades em sala de aula: 20 pontos cada
1 trabalho final a ser desenvolvido em casa e entregue até 10/04/2021: 60 pontos
Total: 100 pontos distribuídos
7. BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
Apostila e referências indicadas ao final deste documento
8. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
Artigos e apostilas complementares (disponibilizados no SINEF)
PROFESSOR
Mariana Castro Marques da Rocha é psicóloga e mestra em Medicina Molecular pela
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutoranda em Medicina Molecular
pela mesma universidade. Desenvolve pesquisas no campo no
neurodesenvolvimento humano, com ênfase em processos de memória, linguagem e
tomada de decisão. Atua na clínica de avaliação neuropsicológica. Tem interesse no
estudo de Funções Executivas, Aprendizado, Tomada de Decisão e Transtornos do
Neurodesenvolvimento.
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO À NEUROPSICOLOGIA DA LINGUAGEM 5
1.1.Manisfestações da linguagem 5
1.2.Níveis de processamento da representação linguística 6
2. PROCESSAMENTO COGNITIVO-LINGUÍSTICO 7
3. NEUROBIOLOGIA DA LINGUAGEM 9
3.1.Matéria branca, matéria cinzenta e linguagem 9
3.2.Área de Wernicke e Área de Broca 9
4. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 11
5. AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM 12
5.1.Estratégias de avaliação.........12
5.2.Aspectos importantes para a avaliação da linguagem em
desenvolvimento.....................13
5.3.Instrumentos de avaliação da linguagem: da pré-escola à idade adulta......15
6. REFERÊNCIAS 18
6
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO À NEUROPSICOLOGIA DA
LINGUAGEM
A linguagem pode ser estudada a partir de diversas perspectivas: afetiva,
sociocultural, pedagógica e cognitiva. A neuropsicologia da linguagem se ocupa do
estudo do processamento cognitivo-linguístico (oral e escrito), das bases
neurobiológicas da linguagem, de seu processo de aquisição e dos déficits
linguísticos (adquiridos e do desenvolvimento). Além disso, são importantes
(especialmente para a prática clínica) os tópicos de avaliação e reabilitação da
linguagem.
1.1. MANIFESTAÇÕES DA LINGUAGEM
A linguagem é uma habilidade muito complexa, importante para os processos de
comunicação e inserção social do ser humano. São muitas as formas através das
quais utilizamos a linguagem. Elas estão esquematizadas na figura a seguir:
7
1.2. ´NÍVEIS DE PROCESSAMENTO DA REPRESENTAÇÃO LINGUÍSTICA
O processo de representação linguística ocorre em diversos níveis. São eles:
a. Semântico: Faz referência ao significado das palavras ou ideias comunicadas;
b. Fonético: Diz respeito à natureza física da produção e da percepção dos sons
da fala humana;
c. Fonológico: Corresponde às unidades de som da fala (fonemas);
d. Morfológico: Diz respeito às unidades de significado – a palavra ou partes
dela;
e. Lexical: Envolve tanto a compreensão quanto a produção de palavras. Léxico
é o repertório de palavras (ou vocabulário) de uma língua ou indivíduo;
f. Sintático: Compreende o conjunto de regras que determinam a ordem e as
funções e relações das palavras em uma oração;
g. Pragmático: Diz respeito ao modo como a linguagem é usada e interpretada,
levando em conta as características do falante e do ouvinte, assim como os
efeitos de variáveis do contexto;
h. Prosódico: Combina as habilidades de reconhecer, compreender e produzir
significado afetivo ou semântico com base em traços da fala, tais como ritmo,
intensidade, tom, altura e duração.
8
CAPÍTULO 2. PROCESSAMENTO COGNITIVO LINGUÍSTICO
Uma vez que a linguagem envolve tantos níveis, os modelos de processamento
lexical contemplam desde o reconhecimento e a produção de palavras na
modalidade oral até a compreensão e expressão na modalidade escrita. Uma visão
geral do sistema de processamento lexical está representada no esquema a seguir:
Algumas observações podem ser feitas a respeito do modelo acima representado. A
primeira diz respeito à divisão entre os componentes de entrada (input) e saída
(output). Muitos debates têm existido acerca desta questão e, até o momento, os
resultados citados na defesa de uma separação entre os componentes de
processamento de input e output podem, geralmente, ser acomodados por modelos
que especificam componentes de processamento único. Aqui, esses componentes
são apresentados separadamente para facilitar a exposição.
Além disso, temos uma separação entre as representações lexicais fonológicas e
ortográficas. Para o input, há argumentos teóricos e empíricos para essa divisão.
Deve haver, por exemplo, um mecanismo através do qual palavras escritas de forma
irregular são reconhecidas. Ou seja, devem existir modelos armazenados de
palavras que correspondam àquelas como “mangue” ou “hanseníase”, que não
podem ser pronunciadas apenas a partir de uma estratégia de conversão fonológica.
Uma terceira observação a respeito do sistema acima representado é a separação
9
entre o sistema semântico e o processamento lexical de input e output. Há diversos
exemplos que podem ser usados para justificar tal separação. Um deles é observado
nos casos em que um paciente é capaz de processar semanticamente uma
informação que chega através do input fonológico (palavra ouvida), mas que
encontra dificuldades de processar a mesma informação quando esta chega via
input ortográfico (leitura de palavra). Há, também, casos em que o paciente é capaz
de processar a informação no léxico de input fonológico, mas não é capaz de usar
essa informação para acessar conteúdo semântico a ela relacionado.
Podemos, ainda, observar que no modelo de sistema lexical, o processamento
sintático é representado separadamente. Há diversos exemplos de pacientes que
são capazes de processar o significado individual de palavras com sucesso, mas
que não conseguem entender o significado de uma sentença como um todo. Assim,
um paciente pode ser capaz de dizer o significado das palavras “mulher”, “empurra”
e “homem”, mas falhar na tarefa de selecionar uma imagem que combina com a
sentença “a mulher empurra o homem”, especialmente se as opções de imagem
forem a de uma mulher empurrando um homem e a de um homem empurrando uma
mulher.
10
CAPÍTULO 3. NEUROBIOLOGIA DA LINGUAGEM
3.1. MATÉRIA BRANCA, MATÉRIA CINZENTA E LINGUAGEM
“O conhecimento sobre a relação linguagem-cérebro melhorou drasticamente desde
o advento das técnicas de imagem cerebral. A relevância funcional de diferentes
regiões na substância cinzenta, como revelado pela ressonância magnética
funcional (fMRI), levou a vários modelos neurocognitivos bastante elaborados no
processamento de fala e linguagem. Esses modelos definem redes neurais
funcionais para o processamento de diferentes aspectos da linguagem, como
fonologia, sintaxe e semântica, que envolvem áreas no córtex temporal e frontal.
Todos os modelos vêm a área de Wernicke, localizada no giro temporal superior
(GTS) e no giro temporal médio (GTM), e a área de Broca, localizada no giro frontal
inferior (GFI), como partes da rede de linguagem. Embora os modelos variem em
relação à alocação funcional dessas diferentes áreas, eles concordam em visualizar
regiões circunscritas na matéria cinzenta do córtex frontal e temporal como
constituindo a base neural da linguagem. No entanto, a matéria cinzenta sozinha
não consegue realizar o processamento da linguagem. Em vez disso, para permitir o
fluxo de informações entre as diferentes regiões corticais, elas precisam estar
conectadas umas às outras. Neuroanatomicamente isso é garantido através de
feixes de fibras de matéria branca que conectam regiões cerebrais adjacentes e
distantes. Lesões dessas vias conectando diferentes regiões do cérebro há muito
indicam a importância de caminhos específicos para o processamento da
linguagem”.
*Trecho traduzido de FRIEDERICI, A. D. (2009). PATHWAYS TO LANGUAGE:
FIBER TRACTS IN THE HUMAN BRAIN. Trends in Cognitive Sciences, 13(4), 175–
181. Todos os direitos reservados.
3.1.1. ÁREA DE WERNICKE E ÁREA DE BROCA
A área de Wernicke está envolvida na compreensão de linguagem (escrita
e falada). Danos causados a essa área podem resultar em dificuldades para
11
agrupar as palavras em um fluxo coerente. A área de Broca, por sua vez, é
responsável pela expressão da linguagem. A área de Wernicke e a área de
Broca estão conectadas por um feixe de fibras nervosas denominado
fascículo arqueado.
12
CAPÍTULO 4. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
O desenvolvimento da linguagem é resultado da interação entre fatores
geneticamente determinados (capacidades biológicas) e ambientais (estimulação).
Além disso, depende do desenvolvimento do aparato neuropsicomotor, importante
para a articulação da fala e, mais tarde, da escrita.
Duas fases podem ser observadas no desenvolvimento da linguagem: a pré-
linguistica e a linguística. A primeira persiste até os 11-12 meses de vida e nela a
vocalização não inclui palavras, apenas fonemas. Na fase linguística, a criança
começa a falar palavras isoladas. A partir daí, espera-se que a criança evolua na
escala de complexidade de expressão. Veja, na tabela a seguir, as diferentes etapas
do desenvolvimento da linguagem, do nascimento aos quatro anos de idade.
Retirado de Schirmer, Fontoura & Nunes, 2004
13
CAPÍTULO 5. AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM
5.1. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO
É comum que, ao pensarmos em avaliação, a utilização de testes seja uma das
primeiras coisas em que pensemos. Porém, os testes são apenas um dos grupos de
estratégias que de que podemos lançar mão na hora de avaliar uma ou mais
habilidades cognitivas. A seguir, veremos as principais estratégias de avaliação da
linguagem, examinando a contribuição de cada uma para o exame neuropsicológico,
de acordo com Rothe-Neves e Vitor (2008).
5.1.1. OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO
Nesta estratégia, a linguagem é estudada em situações naturais. O examinador deve
observar e registrar o comportamento verbal espontâneo do examinando. Aqui,
podemos coletar informações sobre aspectos não-verbais da capacidade
comunicativa do sujeito: gestos, direção do olhar, entonação, etc. É possível obter
inúmeras informações, sobretudo da dimensão pragmática.
5.1.2. TESTES NÃO-PADRONIZADOS
Quatro estratégias podem ser utilizadas nesta modalidade de avaliação: coleta,
transcrição e análise de uma amostra de linguagem; avaliação da compreensão;
imitação provocada e produção provocada. A coleta, tanscrição e análise de uma
amostra de linguagem proporciona ao avaliador uma análise pormenirizada de
todas as dimensões e processos de linguagem do examinando. O nível real de
desenvolvimento linguístico é descrito a partir da coleta de produção verbal
espontânea do sujeito. Uma vez transcrita, a fala pode ser analisada em seus
aspectos articulatórios, fonológicos, morfossintáticos, semânticos e pragmáticos. A
avaliação da compreensão é, usualmente, feita a partir de tarefas como indicar a
figura pertinente à frase dada (ex: aponte a figura que corresponde à frase “a mulher
empurra o homem”) e executar uma ordem verbal utilizando material figurativo ou
simbólico (ex.: coloque o triângulo verde ao lado do quadrado vermelho). Na
14
imitação provocada, o objetivo é obter informações sobre a capacidade do
indivíduo de processar auditivamente as palavras na ausência de um contexto, além
de avaliar a capacidade de memória relativa a frases. Por fim, a produção
provocada lança mão de tarefas que buscam provocar e obter informações sobre
aspectos específicos da linguagem. Esta estratégia é recomendada quando a
obtenção de uma amostra adequada de linguagem é dificultada.
5.1.3. TESTES PADRONIZADOS
Os testes padronizados buscam oferecer uma visão mais ampla e detalhada da
linguagem em seus diferentes aspectos. Uma de suas maiores vantagens é a
possibilidade da comparação do desempenho do examinando com sujeitos de sua
faixa etária, o que nos fornece um nível cronologicamente quantificado da linguagem
do examinando.
As estratégias de avaliação são valiosas ferramentas disponíveis. Entretanto, elas
são muito menos importantes que o raciocínio clínico. Assim, o profissional
responsável pelo exame deve selecionar suas ferramentas a partir de sua hipótese,
levando em consideração o contexto do examinando e da avaliação.
5.2. ASPECTOS IMPORTANTES PARA A AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM EM
DESENVOLVIMENTO
Para a avaliação da linguagem em crianças pré-escolares, é importante nos
atentarmos aos componentes que estão em desenvolvimento: o componente
fonológico, o sintático e o semântico.
O sistema fonológico diz respeito aos sons da fala (fonemas) e a maneira como os
utilizamos em nossos idiomas. Ele compreende o inventário fonêmico (o conjunto de
fonemas de um idioma), regras fonotáticas (as regras que estabelecem como os
fonemas se combinam) e processos fonológicos (as alterações, inserções ou
exclusões de som em determinado contexto sonoro), podendo, ainda, ser incluídos
os processos morfológicos (a organização das unidades de significado na formação
de palavras).
Atenção! É muito importante, no contexto de avaliação, distinguir os problemas de
fala relacionados ao sistema fonológico (alterações na linguagem) daqueles
15
associados ao sistema fonético (caracterizados por distúrbios articulatórios). Tal
diferenciação é de especial importância para o estabelecimento das bases para
intervenção. Os problemas de fala decorrentes de prejuízos no sistema fonológico
são considerados alterações da linguagem e estão associados a uma formação
inadequada das regras fonológicas do idioma. Geralmente, um quadro de problema
da fala relacionado a alterações da linguagem é marcado por um atraso geral da
linguagem (sendo comum o início tardio da produção das primeiras palavras e o
prolongamento do uso de gestos como principal forma de comunicação). As crianças
com alterações no sistema fonológico (linguagem) são capazes de produzir todos os
fonemas, mas não conseguem empregá-los de maneira adequada (fazendo
substituições ou omissões de fonemas). Essas crianças, geralmente, não têm
consciência do problema e acreditam estar falando corretamente. Também é
provável que elas apresentem problemas em aspectos além da produção da fala,
tais como na discriminação de sons, alterações no vocabulário, na sintaxe e no uso
funcional da linguagem (pragmática). Já os problemas de fala associados a falhas no
sistema fonético têm origem em alterações físicas dos órgãos fonoarticulatórios
(OFAs). São exemplos de alterações as malformações (como a o lábio leporino e a
fenda palatina), a redução do tônus muscular da face e alterações na arcada
dentária, as últimas podendo decorrer de hábitos deletérios como chupar chupeta ou
o dedo. Nesses casos, a criança não consegue produzir um ou mais fonemas
corretamente e acaba substituindo o fonema que não consegue produzir por outro.
Veja um caso de exemplo:
Assim sendo, a qualidade contrastiva do fonema, ou seja, sua função de indicar o
significado a partir do contraste sonoro, é preservado. Consequentemente, a fala
16
mantém sua inteligibilidade. As crianças com problemas de fala de origem fonética
apresentam, geralmente, consciência do problema, um fator que contribui para a
resposta à intervenção.
Dando seguimento aos sistemas em desenvolvimento na idade pré-escolar, temos
os sistemas sintático e semântico. Como já vimos, o sistema sintático compreende
as regras de estruturação hierárquica das palavras em uma sentença. Se uma
pessoa diz “bonita ela muito é”, podemos não compreender o que ela quer dizer, não
devido à pronúncia das palavras – que está perfeita –, mas porque a organização
das mesmas dentro da frase não está de acordo com as nossas regras sintáticas.
Finalmente, o sistema semântico diz respeito ao significado das palavras, frases e
textos.
A seguir, veremos quais são as tarefas atualmente disponíveis para a avaliação
desses sistemas da linguagem em desenvolvimento, assim como da linguagem em
indivíduos em idade escolar e idade adulta. Para fins didáticos, seguiremos uma
ordem cronológica, com foco nos aspectos mais importantes para cada faixa etária.
Entretanto, veremos que algumas tarefas foram desenvolvidas para contemplar
diferentes faixas etárias, o que torna difícil a divisão completa entre os públicos
infantil e adulto.
5.3. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM: DA PRÉ-ESCOLA À
IDADE ADULTA
A tabela a seguir exibe os mais recomendados instrumentos para a avaliação de
diversos aspectos da linguagem.
17
Nome Faixa Etária Principais aspectos avaliados Indicação Profissional
Teste de Linguagem Infantil (ABFW) 2 aos 12 anos Fonologia, Semântica, Fluência e Pragmática Fonoaudiologia
Avaliação Neuropsicológica Cognitiva (VOL. 2): Linguagem Oral 3 aos 14* anos
Discriminação Fonológica, Memória Fonológica de curto-prazo,
Acesso Lexical, Consciência Fonológica Não restrito
Teste de Habilidades e Conhecimento Pré-Alfabetização 4 aos 7 anos Psicologia
CONFIAS >4 anos Consciência Fonológica
Fonoaudiologia, psicopedagogia,
psicologia, educação
Coruja 1º ao 3º ano escolar Compreensão leitora, escrita, compreensão oral
Educação, psicologia,
psicopedagogia, fonoaudiólogo
Prova de Consciência Sintática 1º ao 4º ano escolar Metassintaxe Não restrito
Teste de Desempenho Escolar II (TDE II) 1º ao 9º ano escolar Leitura e escrita
Educação, pedagogia,
psicopedagogia, psicologia,
fonoaudiologia, neurologia,
psiquiatria, neuropsicologia
CLOZE - Compreensão leitora -
Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (WISC) 6 aos 16 Compreensão oral, Expressão oral, Acesso Lexical, Semântica Psicologia
Avaliação Neuropsicológica Cognitiva (VOL. 3):
Leitura, Escrita e Aritmética 6 aos 11 anos Compreensão oral, compreensão leitora, escrita Não restrito
Coleção Anele 1 6 aos 12 Acesso às rotas lexical e fonológica Não restrito
Provas de Avaliação dos Processos de Leitura (PROLEC) 2º ao 5º ano
Reconhecimento de letras, acesso às rotas fonológica e lexical,
compreensão leitora Não restrito
Avaliação da Compreensão Leitora de Textos Expositivos >2º ano escolar Compreensão leitora Fonoaudiologia, psicopedagogia
Teste dos Cinco Dígitos - Five Digits Test (FDT) 6 aos 92 anos Acesso lexical rápido Psicologia
Escala de Disgrafia - Escrita Não restrito
Coleção Anele 5 7 aos 10 anos Fluência Não restrito
Teste de Vocabulário por Figuras USP (Tvfusp) 7 aos 10 anos
Compreensão oral e Processamento metalinguístico
(nos níveis fonológico e sintático) Não restrito
PROCOMLE 3º ao 5º ano escolar Compreensão leitora
Educação, pedagogia,
fonoaudiologia,
psicopedagogia, psicologia
Coleção Anele 2 9 aos 12 Compreensão leitora Não restrito
Coleção Anele 4 10 aos 13 anos Acesso às rotas lexical e fonológica Não restrito
STROOP Teste de Cores e Palavras >25 anos Acesso lexical rápido Psicologia
18
Coleção Anele 3 34 aos 82 anos Acesso às rotas lexical e fonológica Não restrito
Teste de Nomeação de Boston Acesso lexical Não restrito
Teste de Fluência Verbal Semântica (Categoria Animais) Acesso semântico, produção espontânea de palavras Não restrito
Token Test Todas as idades Compreensão de sentenças Não restrito
Pirâmides e Palmeiras (Pyramids ans Palm Trees) Adultos Acesso semântico Não restrito
Tarefa de Escrita de Palavras e Pseudopalavras Adultos Escrita de palavras Não restrito
Teste de Boston para o Diagnóstico das Afasias - versão reduzida Adultos Compreensão auditiva, produção da fala, escrita e leitura Não restrito
Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação - Bateria MAC 19 a 75 anos Discursivo, pragmático, léxico-semântico e prosódico Fonoaudiologia
Questionário de Habilidades Funcionais de Comunicação
(Functional Assessment of Communication Skills for Adults - ASHA-
Facs) Adultos Pragmática Não restrito
*3 aos 6 anos para a tarefa de discriminação fonológica
Psicologia – restrito para psicólogos
19
CAPÍTULO 6. REFERÊNCIAS
Friederici, A. D. (2009). Pathways to language: fiber tracts in the human brain.
Trends in Cognitive Sciences, 13(4), 175–181. doi:10.1016/j.tics.2009.01.001
Rothe-Neves e Vitor (2008). Desenvolvimento da linguagem e procedimentos de
avaliação. In: Haase, V. G., Ferreira, F. O., & Penna, F. J. (Orgs.) Aspectos
biopsicossociais da saúde na infância e na adolescência. Belo Horizonte: Coopmed.
Salles, J. F., & Rodrigues, J. C. (2014). Neuropsicologia da linguagem. In Fuentes,
D., Malloy-Diniz, L. F., Camargo, C. H. P., & Cosenza, R. M. (Orgs.) Neuropsicologia:
Teoria e Prática (pp. 93-102). Artmed.
Schirmer, C. R., Fontoura, D. R., & Nunes, M. L. (2004). Distúrbios da aquisição da
linguagem e da aprendizagem. Jornal de Pediatria, 80(2), 95–103.
doi:10.1590/s0021-75572004000300012
Shelton, J. R., & Caramazza, A. (1999). Deficits in lexical and semantic processing:
Implications for models of normal language. Psychonomic Bulletin & Review, 6(1), 5–
27. doi:10.3758/bf03210809

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"Tacio Aguiar
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoCaio Maximino
 
Neurociência e a educação
Neurociência e a educaçãoNeurociência e a educação
Neurociência e a educaçãoangelafreire
 
Funções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alteraçõesFunções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alteraçõesCaio Maximino
 
Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)
Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)
Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)Joelson Honoratto
 
Psicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mental
Psicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mentalPsicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mental
Psicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mentalAlexandre Simoes
 
Psicopatologia – aula 01
Psicopatologia – aula 01Psicopatologia – aula 01
Psicopatologia – aula 01Rochelle Arruda
 

Mais procurados (20)

Personalidade - Teorias e Testes
Personalidade - Teorias e TestesPersonalidade - Teorias e Testes
Personalidade - Teorias e Testes
 
Psicologia hospitalar
Psicologia hospitalarPsicologia hospitalar
Psicologia hospitalar
 
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"
Power point do Curso "Vida e Obra de Sigmund Freud"
 
O que são funções executivas?
O que são funções executivas?O que são funções executivas?
O que são funções executivas?
 
A estrutura da Primeira Sessão Padrão na TCC
A estrutura da Primeira Sessão Padrão na TCCA estrutura da Primeira Sessão Padrão na TCC
A estrutura da Primeira Sessão Padrão na TCC
 
Psicopatologia
PsicopatologiaPsicopatologia
Psicopatologia
 
Apoio 3
Apoio 3Apoio 3
Apoio 3
 
Transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimentoTranstornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento
 
Neurociência e a educação
Neurociência e a educaçãoNeurociência e a educação
Neurociência e a educação
 
Avaliação neuropsicológica
Avaliação neuropsicológicaAvaliação neuropsicológica
Avaliação neuropsicológica
 
Personalidade
PersonalidadePersonalidade
Personalidade
 
Neuropsicologia
NeuropsicologiaNeuropsicologia
Neuropsicologia
 
PERSONALIDADE
PERSONALIDADEPERSONALIDADE
PERSONALIDADE
 
Funções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alteraçõesFunções psicológicas superiores e suas alterações
Funções psicológicas superiores e suas alterações
 
Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)
Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)
Estudo sobre o desenvolvimento humano (parte I)
 
Grupoterapias
GrupoterapiasGrupoterapias
Grupoterapias
 
Psicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mental
Psicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mentalPsicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mental
Psicopatologia I- Aula 2: Introdução ao campo da saúde mental
 
Psicopatologia – aula 01
Psicopatologia – aula 01Psicopatologia – aula 01
Psicopatologia – aula 01
 
Gestão das emoções
Gestão das emoçõesGestão das emoções
Gestão das emoções
 
Aula tutoria ravlt
Aula tutoria ravltAula tutoria ravlt
Aula tutoria ravlt
 

Semelhante a Apostila neuropsicologia da linguagem

comunicacao-linguagem-fala
comunicacao-linguagem-falacomunicacao-linguagem-fala
comunicacao-linguagem-falaAna Paula Santos
 
Psicologia cognitiva
Psicologia cognitivaPsicologia cognitiva
Psicologia cognitivaangelafreire
 
Caderno de resumos sal
Caderno de resumos   salCaderno de resumos   sal
Caderno de resumos salSandra Campelo
 
Linguagem de especialidade
Linguagem de especialidadeLinguagem de especialidade
Linguagem de especialidadeclaudia murta
 
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem dificuldades que podem surgir ness...
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem   dificuldades que podem surgir ness...Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem   dificuldades que podem surgir ness...
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem dificuldades que podem surgir ness...Darlyane Barros
 
PPT2-Dicionário Terminológico
PPT2-Dicionário TerminológicoPPT2-Dicionário Terminológico
PPT2-Dicionário TerminológicoCristina Fontes
 
1.º módulo da formação - material produzido
1.º módulo da formação - material produzido1.º módulo da formação - material produzido
1.º módulo da formação - material produzidoGazas
 
Apostila IFMS - Empreendedorismo
Apostila IFMS - EmpreendedorismoApostila IFMS - Empreendedorismo
Apostila IFMS - EmpreendedorismoCarmem Rocha
 
Grupo 07 a gramática na escola ppw
Grupo 07 a gramática na escola ppwGrupo 07 a gramática na escola ppw
Grupo 07 a gramática na escola ppwsilvia-9616
 
Sintaxe definição e objeto
Sintaxe   definição e objetoSintaxe   definição e objeto
Sintaxe definição e objetoSérgio de Castro
 
Processamento da linguagem escrita
Processamento da linguagem escritaProcessamento da linguagem escrita
Processamento da linguagem escritaguest6e881ccf
 

Semelhante a Apostila neuropsicologia da linguagem (20)

comunicacao-linguagem-fala
comunicacao-linguagem-falacomunicacao-linguagem-fala
comunicacao-linguagem-fala
 
Prevenção iliteracia
Prevenção iliteraciaPrevenção iliteracia
Prevenção iliteracia
 
Psicologia cognitiva
Psicologia cognitivaPsicologia cognitiva
Psicologia cognitiva
 
Expressao e compreensao oral
Expressao e compreensao oralExpressao e compreensao oral
Expressao e compreensao oral
 
Coscarelli e dillinger_1995
Coscarelli e dillinger_1995Coscarelli e dillinger_1995
Coscarelli e dillinger_1995
 
2ª Sessão De Replicação
2ª Sessão De Replicação2ª Sessão De Replicação
2ª Sessão De Replicação
 
Caderno de resumos sal
Caderno de resumos   salCaderno de resumos   sal
Caderno de resumos sal
 
Linguagem de especialidade
Linguagem de especialidadeLinguagem de especialidade
Linguagem de especialidade
 
Fundamentos Português
Fundamentos PortuguêsFundamentos Português
Fundamentos Português
 
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem dificuldades que podem surgir ness...
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem   dificuldades que podem surgir ness...Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem   dificuldades que podem surgir ness...
Aquisiçao e desenvolvimento da linguagem dificuldades que podem surgir ness...
 
Administração
AdministraçãoAdministração
Administração
 
2W PORTUG JENIFA.docx
2W PORTUG JENIFA.docx2W PORTUG JENIFA.docx
2W PORTUG JENIFA.docx
 
PPT2-Dicionário Terminológico
PPT2-Dicionário TerminológicoPPT2-Dicionário Terminológico
PPT2-Dicionário Terminológico
 
1.º módulo da formação - material produzido
1.º módulo da formação - material produzido1.º módulo da formação - material produzido
1.º módulo da formação - material produzido
 
Teste
TesteTeste
Teste
 
2 ª ReplicaçãO
2 ª ReplicaçãO2 ª ReplicaçãO
2 ª ReplicaçãO
 
Apostila IFMS - Empreendedorismo
Apostila IFMS - EmpreendedorismoApostila IFMS - Empreendedorismo
Apostila IFMS - Empreendedorismo
 
Grupo 07 a gramática na escola ppw
Grupo 07 a gramática na escola ppwGrupo 07 a gramática na escola ppw
Grupo 07 a gramática na escola ppw
 
Sintaxe definição e objeto
Sintaxe   definição e objetoSintaxe   definição e objeto
Sintaxe definição e objeto
 
Processamento da linguagem escrita
Processamento da linguagem escritaProcessamento da linguagem escrita
Processamento da linguagem escrita
 

Último

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 

Último (8)

88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 

Apostila neuropsicologia da linguagem

  • 1. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM NEUROPSICOLOGIA Disciplina: Neuropsicologia da Linguagem Professor: Mariana Castro Contato: mcastromrocha@gmail.com FEVEREIRO / 2021
  • 2. PLANO DE ENSINO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM NEUROPSICOLOGIA 1. IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA Disciplina Neuropsicologia da Linguagem Carga horária 16h Ano 2021 Semestre 1º Professor Mariana Castro Marques da Rocha Coordenador Lafaiete Guimarães Moreira 2. EMENTA 3. OBJETIVOS 3.1. Geral Fornecer uma visão ampla dos processos cognitivos envolvidos no fenômeno da linguagem em todas as suas manifestações a partir da abordagem neuropsicológica. 3.2. Específicos Preparar o aluno para:  compreender a linguagem como um sistema complexo e identificar os fatores envolvidos em seu funcionamento  compreender o processamento linguístico e seus desvios (déficits linguísticos)  selecionar ferramentas de avaliação de linguagem  pesquisar sobre o tema a partir de fontes que apresentem credibilidade e aprofundar seus conhecimentos 4. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 5. CRONOGRAMA PREVISTO DIAS CONTEÚDO METODOLOGIA CH 20/02/2021 Introdução à neuropsicologia da linguagem Processamento cognitivo-linguístico Aula expositiva 4 06/03/2021 Neurobiologia da linguagem Aquisição da linguagem Aula expositiva 4 20/03/2021 Déficits linguísticos Aula expositiva 4 27/03/2021 Avaliação da linguagem Orientação para trabalho final Aula expositiva 4 TOTAL DE DIAS: 4 6. SISTEMA DE AVALIAÇÃO
  • 3. 2 atividades em sala de aula: 20 pontos cada 1 trabalho final a ser desenvolvido em casa e entregue até 10/04/2021: 60 pontos Total: 100 pontos distribuídos 7. BIBLIOGRAFIA BÁSICA: Apostila e referências indicadas ao final deste documento 8. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR Artigos e apostilas complementares (disponibilizados no SINEF)
  • 4. PROFESSOR Mariana Castro Marques da Rocha é psicóloga e mestra em Medicina Molecular pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutoranda em Medicina Molecular pela mesma universidade. Desenvolve pesquisas no campo no neurodesenvolvimento humano, com ênfase em processos de memória, linguagem e tomada de decisão. Atua na clínica de avaliação neuropsicológica. Tem interesse no estudo de Funções Executivas, Aprendizado, Tomada de Decisão e Transtornos do Neurodesenvolvimento.
  • 5. ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO À NEUROPSICOLOGIA DA LINGUAGEM 5 1.1.Manisfestações da linguagem 5 1.2.Níveis de processamento da representação linguística 6 2. PROCESSAMENTO COGNITIVO-LINGUÍSTICO 7 3. NEUROBIOLOGIA DA LINGUAGEM 9 3.1.Matéria branca, matéria cinzenta e linguagem 9 3.2.Área de Wernicke e Área de Broca 9 4. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 11 5. AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM 12 5.1.Estratégias de avaliação.........12 5.2.Aspectos importantes para a avaliação da linguagem em desenvolvimento.....................13 5.3.Instrumentos de avaliação da linguagem: da pré-escola à idade adulta......15 6. REFERÊNCIAS 18
  • 6. 6 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO À NEUROPSICOLOGIA DA LINGUAGEM A linguagem pode ser estudada a partir de diversas perspectivas: afetiva, sociocultural, pedagógica e cognitiva. A neuropsicologia da linguagem se ocupa do estudo do processamento cognitivo-linguístico (oral e escrito), das bases neurobiológicas da linguagem, de seu processo de aquisição e dos déficits linguísticos (adquiridos e do desenvolvimento). Além disso, são importantes (especialmente para a prática clínica) os tópicos de avaliação e reabilitação da linguagem. 1.1. MANIFESTAÇÕES DA LINGUAGEM A linguagem é uma habilidade muito complexa, importante para os processos de comunicação e inserção social do ser humano. São muitas as formas através das quais utilizamos a linguagem. Elas estão esquematizadas na figura a seguir:
  • 7. 7 1.2. ´NÍVEIS DE PROCESSAMENTO DA REPRESENTAÇÃO LINGUÍSTICA O processo de representação linguística ocorre em diversos níveis. São eles: a. Semântico: Faz referência ao significado das palavras ou ideias comunicadas; b. Fonético: Diz respeito à natureza física da produção e da percepção dos sons da fala humana; c. Fonológico: Corresponde às unidades de som da fala (fonemas); d. Morfológico: Diz respeito às unidades de significado – a palavra ou partes dela; e. Lexical: Envolve tanto a compreensão quanto a produção de palavras. Léxico é o repertório de palavras (ou vocabulário) de uma língua ou indivíduo; f. Sintático: Compreende o conjunto de regras que determinam a ordem e as funções e relações das palavras em uma oração; g. Pragmático: Diz respeito ao modo como a linguagem é usada e interpretada, levando em conta as características do falante e do ouvinte, assim como os efeitos de variáveis do contexto; h. Prosódico: Combina as habilidades de reconhecer, compreender e produzir significado afetivo ou semântico com base em traços da fala, tais como ritmo, intensidade, tom, altura e duração.
  • 8. 8 CAPÍTULO 2. PROCESSAMENTO COGNITIVO LINGUÍSTICO Uma vez que a linguagem envolve tantos níveis, os modelos de processamento lexical contemplam desde o reconhecimento e a produção de palavras na modalidade oral até a compreensão e expressão na modalidade escrita. Uma visão geral do sistema de processamento lexical está representada no esquema a seguir: Algumas observações podem ser feitas a respeito do modelo acima representado. A primeira diz respeito à divisão entre os componentes de entrada (input) e saída (output). Muitos debates têm existido acerca desta questão e, até o momento, os resultados citados na defesa de uma separação entre os componentes de processamento de input e output podem, geralmente, ser acomodados por modelos que especificam componentes de processamento único. Aqui, esses componentes são apresentados separadamente para facilitar a exposição. Além disso, temos uma separação entre as representações lexicais fonológicas e ortográficas. Para o input, há argumentos teóricos e empíricos para essa divisão. Deve haver, por exemplo, um mecanismo através do qual palavras escritas de forma irregular são reconhecidas. Ou seja, devem existir modelos armazenados de palavras que correspondam àquelas como “mangue” ou “hanseníase”, que não podem ser pronunciadas apenas a partir de uma estratégia de conversão fonológica. Uma terceira observação a respeito do sistema acima representado é a separação
  • 9. 9 entre o sistema semântico e o processamento lexical de input e output. Há diversos exemplos que podem ser usados para justificar tal separação. Um deles é observado nos casos em que um paciente é capaz de processar semanticamente uma informação que chega através do input fonológico (palavra ouvida), mas que encontra dificuldades de processar a mesma informação quando esta chega via input ortográfico (leitura de palavra). Há, também, casos em que o paciente é capaz de processar a informação no léxico de input fonológico, mas não é capaz de usar essa informação para acessar conteúdo semântico a ela relacionado. Podemos, ainda, observar que no modelo de sistema lexical, o processamento sintático é representado separadamente. Há diversos exemplos de pacientes que são capazes de processar o significado individual de palavras com sucesso, mas que não conseguem entender o significado de uma sentença como um todo. Assim, um paciente pode ser capaz de dizer o significado das palavras “mulher”, “empurra” e “homem”, mas falhar na tarefa de selecionar uma imagem que combina com a sentença “a mulher empurra o homem”, especialmente se as opções de imagem forem a de uma mulher empurrando um homem e a de um homem empurrando uma mulher.
  • 10. 10 CAPÍTULO 3. NEUROBIOLOGIA DA LINGUAGEM 3.1. MATÉRIA BRANCA, MATÉRIA CINZENTA E LINGUAGEM “O conhecimento sobre a relação linguagem-cérebro melhorou drasticamente desde o advento das técnicas de imagem cerebral. A relevância funcional de diferentes regiões na substância cinzenta, como revelado pela ressonância magnética funcional (fMRI), levou a vários modelos neurocognitivos bastante elaborados no processamento de fala e linguagem. Esses modelos definem redes neurais funcionais para o processamento de diferentes aspectos da linguagem, como fonologia, sintaxe e semântica, que envolvem áreas no córtex temporal e frontal. Todos os modelos vêm a área de Wernicke, localizada no giro temporal superior (GTS) e no giro temporal médio (GTM), e a área de Broca, localizada no giro frontal inferior (GFI), como partes da rede de linguagem. Embora os modelos variem em relação à alocação funcional dessas diferentes áreas, eles concordam em visualizar regiões circunscritas na matéria cinzenta do córtex frontal e temporal como constituindo a base neural da linguagem. No entanto, a matéria cinzenta sozinha não consegue realizar o processamento da linguagem. Em vez disso, para permitir o fluxo de informações entre as diferentes regiões corticais, elas precisam estar conectadas umas às outras. Neuroanatomicamente isso é garantido através de feixes de fibras de matéria branca que conectam regiões cerebrais adjacentes e distantes. Lesões dessas vias conectando diferentes regiões do cérebro há muito indicam a importância de caminhos específicos para o processamento da linguagem”. *Trecho traduzido de FRIEDERICI, A. D. (2009). PATHWAYS TO LANGUAGE: FIBER TRACTS IN THE HUMAN BRAIN. Trends in Cognitive Sciences, 13(4), 175– 181. Todos os direitos reservados. 3.1.1. ÁREA DE WERNICKE E ÁREA DE BROCA A área de Wernicke está envolvida na compreensão de linguagem (escrita e falada). Danos causados a essa área podem resultar em dificuldades para
  • 11. 11 agrupar as palavras em um fluxo coerente. A área de Broca, por sua vez, é responsável pela expressão da linguagem. A área de Wernicke e a área de Broca estão conectadas por um feixe de fibras nervosas denominado fascículo arqueado.
  • 12. 12 CAPÍTULO 4. DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM O desenvolvimento da linguagem é resultado da interação entre fatores geneticamente determinados (capacidades biológicas) e ambientais (estimulação). Além disso, depende do desenvolvimento do aparato neuropsicomotor, importante para a articulação da fala e, mais tarde, da escrita. Duas fases podem ser observadas no desenvolvimento da linguagem: a pré- linguistica e a linguística. A primeira persiste até os 11-12 meses de vida e nela a vocalização não inclui palavras, apenas fonemas. Na fase linguística, a criança começa a falar palavras isoladas. A partir daí, espera-se que a criança evolua na escala de complexidade de expressão. Veja, na tabela a seguir, as diferentes etapas do desenvolvimento da linguagem, do nascimento aos quatro anos de idade. Retirado de Schirmer, Fontoura & Nunes, 2004
  • 13. 13 CAPÍTULO 5. AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM 5.1. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO É comum que, ao pensarmos em avaliação, a utilização de testes seja uma das primeiras coisas em que pensemos. Porém, os testes são apenas um dos grupos de estratégias que de que podemos lançar mão na hora de avaliar uma ou mais habilidades cognitivas. A seguir, veremos as principais estratégias de avaliação da linguagem, examinando a contribuição de cada uma para o exame neuropsicológico, de acordo com Rothe-Neves e Vitor (2008). 5.1.1. OBSERVAÇÃO DO COMPORTAMENTO Nesta estratégia, a linguagem é estudada em situações naturais. O examinador deve observar e registrar o comportamento verbal espontâneo do examinando. Aqui, podemos coletar informações sobre aspectos não-verbais da capacidade comunicativa do sujeito: gestos, direção do olhar, entonação, etc. É possível obter inúmeras informações, sobretudo da dimensão pragmática. 5.1.2. TESTES NÃO-PADRONIZADOS Quatro estratégias podem ser utilizadas nesta modalidade de avaliação: coleta, transcrição e análise de uma amostra de linguagem; avaliação da compreensão; imitação provocada e produção provocada. A coleta, tanscrição e análise de uma amostra de linguagem proporciona ao avaliador uma análise pormenirizada de todas as dimensões e processos de linguagem do examinando. O nível real de desenvolvimento linguístico é descrito a partir da coleta de produção verbal espontânea do sujeito. Uma vez transcrita, a fala pode ser analisada em seus aspectos articulatórios, fonológicos, morfossintáticos, semânticos e pragmáticos. A avaliação da compreensão é, usualmente, feita a partir de tarefas como indicar a figura pertinente à frase dada (ex: aponte a figura que corresponde à frase “a mulher empurra o homem”) e executar uma ordem verbal utilizando material figurativo ou simbólico (ex.: coloque o triângulo verde ao lado do quadrado vermelho). Na
  • 14. 14 imitação provocada, o objetivo é obter informações sobre a capacidade do indivíduo de processar auditivamente as palavras na ausência de um contexto, além de avaliar a capacidade de memória relativa a frases. Por fim, a produção provocada lança mão de tarefas que buscam provocar e obter informações sobre aspectos específicos da linguagem. Esta estratégia é recomendada quando a obtenção de uma amostra adequada de linguagem é dificultada. 5.1.3. TESTES PADRONIZADOS Os testes padronizados buscam oferecer uma visão mais ampla e detalhada da linguagem em seus diferentes aspectos. Uma de suas maiores vantagens é a possibilidade da comparação do desempenho do examinando com sujeitos de sua faixa etária, o que nos fornece um nível cronologicamente quantificado da linguagem do examinando. As estratégias de avaliação são valiosas ferramentas disponíveis. Entretanto, elas são muito menos importantes que o raciocínio clínico. Assim, o profissional responsável pelo exame deve selecionar suas ferramentas a partir de sua hipótese, levando em consideração o contexto do examinando e da avaliação. 5.2. ASPECTOS IMPORTANTES PARA A AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM EM DESENVOLVIMENTO Para a avaliação da linguagem em crianças pré-escolares, é importante nos atentarmos aos componentes que estão em desenvolvimento: o componente fonológico, o sintático e o semântico. O sistema fonológico diz respeito aos sons da fala (fonemas) e a maneira como os utilizamos em nossos idiomas. Ele compreende o inventário fonêmico (o conjunto de fonemas de um idioma), regras fonotáticas (as regras que estabelecem como os fonemas se combinam) e processos fonológicos (as alterações, inserções ou exclusões de som em determinado contexto sonoro), podendo, ainda, ser incluídos os processos morfológicos (a organização das unidades de significado na formação de palavras). Atenção! É muito importante, no contexto de avaliação, distinguir os problemas de fala relacionados ao sistema fonológico (alterações na linguagem) daqueles
  • 15. 15 associados ao sistema fonético (caracterizados por distúrbios articulatórios). Tal diferenciação é de especial importância para o estabelecimento das bases para intervenção. Os problemas de fala decorrentes de prejuízos no sistema fonológico são considerados alterações da linguagem e estão associados a uma formação inadequada das regras fonológicas do idioma. Geralmente, um quadro de problema da fala relacionado a alterações da linguagem é marcado por um atraso geral da linguagem (sendo comum o início tardio da produção das primeiras palavras e o prolongamento do uso de gestos como principal forma de comunicação). As crianças com alterações no sistema fonológico (linguagem) são capazes de produzir todos os fonemas, mas não conseguem empregá-los de maneira adequada (fazendo substituições ou omissões de fonemas). Essas crianças, geralmente, não têm consciência do problema e acreditam estar falando corretamente. Também é provável que elas apresentem problemas em aspectos além da produção da fala, tais como na discriminação de sons, alterações no vocabulário, na sintaxe e no uso funcional da linguagem (pragmática). Já os problemas de fala associados a falhas no sistema fonético têm origem em alterações físicas dos órgãos fonoarticulatórios (OFAs). São exemplos de alterações as malformações (como a o lábio leporino e a fenda palatina), a redução do tônus muscular da face e alterações na arcada dentária, as últimas podendo decorrer de hábitos deletérios como chupar chupeta ou o dedo. Nesses casos, a criança não consegue produzir um ou mais fonemas corretamente e acaba substituindo o fonema que não consegue produzir por outro. Veja um caso de exemplo: Assim sendo, a qualidade contrastiva do fonema, ou seja, sua função de indicar o significado a partir do contraste sonoro, é preservado. Consequentemente, a fala
  • 16. 16 mantém sua inteligibilidade. As crianças com problemas de fala de origem fonética apresentam, geralmente, consciência do problema, um fator que contribui para a resposta à intervenção. Dando seguimento aos sistemas em desenvolvimento na idade pré-escolar, temos os sistemas sintático e semântico. Como já vimos, o sistema sintático compreende as regras de estruturação hierárquica das palavras em uma sentença. Se uma pessoa diz “bonita ela muito é”, podemos não compreender o que ela quer dizer, não devido à pronúncia das palavras – que está perfeita –, mas porque a organização das mesmas dentro da frase não está de acordo com as nossas regras sintáticas. Finalmente, o sistema semântico diz respeito ao significado das palavras, frases e textos. A seguir, veremos quais são as tarefas atualmente disponíveis para a avaliação desses sistemas da linguagem em desenvolvimento, assim como da linguagem em indivíduos em idade escolar e idade adulta. Para fins didáticos, seguiremos uma ordem cronológica, com foco nos aspectos mais importantes para cada faixa etária. Entretanto, veremos que algumas tarefas foram desenvolvidas para contemplar diferentes faixas etárias, o que torna difícil a divisão completa entre os públicos infantil e adulto. 5.3. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA LINGUAGEM: DA PRÉ-ESCOLA À IDADE ADULTA A tabela a seguir exibe os mais recomendados instrumentos para a avaliação de diversos aspectos da linguagem.
  • 17. 17 Nome Faixa Etária Principais aspectos avaliados Indicação Profissional Teste de Linguagem Infantil (ABFW) 2 aos 12 anos Fonologia, Semântica, Fluência e Pragmática Fonoaudiologia Avaliação Neuropsicológica Cognitiva (VOL. 2): Linguagem Oral 3 aos 14* anos Discriminação Fonológica, Memória Fonológica de curto-prazo, Acesso Lexical, Consciência Fonológica Não restrito Teste de Habilidades e Conhecimento Pré-Alfabetização 4 aos 7 anos Psicologia CONFIAS >4 anos Consciência Fonológica Fonoaudiologia, psicopedagogia, psicologia, educação Coruja 1º ao 3º ano escolar Compreensão leitora, escrita, compreensão oral Educação, psicologia, psicopedagogia, fonoaudiólogo Prova de Consciência Sintática 1º ao 4º ano escolar Metassintaxe Não restrito Teste de Desempenho Escolar II (TDE II) 1º ao 9º ano escolar Leitura e escrita Educação, pedagogia, psicopedagogia, psicologia, fonoaudiologia, neurologia, psiquiatria, neuropsicologia CLOZE - Compreensão leitora - Escala Wechsler de Inteligência para Crianças (WISC) 6 aos 16 Compreensão oral, Expressão oral, Acesso Lexical, Semântica Psicologia Avaliação Neuropsicológica Cognitiva (VOL. 3): Leitura, Escrita e Aritmética 6 aos 11 anos Compreensão oral, compreensão leitora, escrita Não restrito Coleção Anele 1 6 aos 12 Acesso às rotas lexical e fonológica Não restrito Provas de Avaliação dos Processos de Leitura (PROLEC) 2º ao 5º ano Reconhecimento de letras, acesso às rotas fonológica e lexical, compreensão leitora Não restrito Avaliação da Compreensão Leitora de Textos Expositivos >2º ano escolar Compreensão leitora Fonoaudiologia, psicopedagogia Teste dos Cinco Dígitos - Five Digits Test (FDT) 6 aos 92 anos Acesso lexical rápido Psicologia Escala de Disgrafia - Escrita Não restrito Coleção Anele 5 7 aos 10 anos Fluência Não restrito Teste de Vocabulário por Figuras USP (Tvfusp) 7 aos 10 anos Compreensão oral e Processamento metalinguístico (nos níveis fonológico e sintático) Não restrito PROCOMLE 3º ao 5º ano escolar Compreensão leitora Educação, pedagogia, fonoaudiologia, psicopedagogia, psicologia Coleção Anele 2 9 aos 12 Compreensão leitora Não restrito Coleção Anele 4 10 aos 13 anos Acesso às rotas lexical e fonológica Não restrito STROOP Teste de Cores e Palavras >25 anos Acesso lexical rápido Psicologia
  • 18. 18 Coleção Anele 3 34 aos 82 anos Acesso às rotas lexical e fonológica Não restrito Teste de Nomeação de Boston Acesso lexical Não restrito Teste de Fluência Verbal Semântica (Categoria Animais) Acesso semântico, produção espontânea de palavras Não restrito Token Test Todas as idades Compreensão de sentenças Não restrito Pirâmides e Palmeiras (Pyramids ans Palm Trees) Adultos Acesso semântico Não restrito Tarefa de Escrita de Palavras e Pseudopalavras Adultos Escrita de palavras Não restrito Teste de Boston para o Diagnóstico das Afasias - versão reduzida Adultos Compreensão auditiva, produção da fala, escrita e leitura Não restrito Bateria Montreal de Avaliação da Comunicação - Bateria MAC 19 a 75 anos Discursivo, pragmático, léxico-semântico e prosódico Fonoaudiologia Questionário de Habilidades Funcionais de Comunicação (Functional Assessment of Communication Skills for Adults - ASHA- Facs) Adultos Pragmática Não restrito *3 aos 6 anos para a tarefa de discriminação fonológica Psicologia – restrito para psicólogos
  • 19. 19 CAPÍTULO 6. REFERÊNCIAS Friederici, A. D. (2009). Pathways to language: fiber tracts in the human brain. Trends in Cognitive Sciences, 13(4), 175–181. doi:10.1016/j.tics.2009.01.001 Rothe-Neves e Vitor (2008). Desenvolvimento da linguagem e procedimentos de avaliação. In: Haase, V. G., Ferreira, F. O., & Penna, F. J. (Orgs.) Aspectos biopsicossociais da saúde na infância e na adolescência. Belo Horizonte: Coopmed. Salles, J. F., & Rodrigues, J. C. (2014). Neuropsicologia da linguagem. In Fuentes, D., Malloy-Diniz, L. F., Camargo, C. H. P., & Cosenza, R. M. (Orgs.) Neuropsicologia: Teoria e Prática (pp. 93-102). Artmed. Schirmer, C. R., Fontoura, D. R., & Nunes, M. L. (2004). Distúrbios da aquisição da linguagem e da aprendizagem. Jornal de Pediatria, 80(2), 95–103. doi:10.1590/s0021-75572004000300012 Shelton, J. R., & Caramazza, A. (1999). Deficits in lexical and semantic processing: Implications for models of normal language. Psychonomic Bulletin & Review, 6(1), 5– 27. doi:10.3758/bf03210809