O documento discute planejamento e gestão de propriedades rurais. Aborda a importância do planejamento estratégico, levantamento de diagnóstico da propriedade, escolha de atividades, análise de custos e fatores que afetam o desempenho. Também discute a administração como empresa rural, gerações de agricultores, associação de produtores e métodos para melhorar a gestão como o ciclo PDCA.
3. Planejamento estratégico das
propriedades rurais
■ O produtor rural tem como principal objetivo obter lucro e
produtividade a curto prazo.
■ O planejamento permitirá identificar todas as variáveis
relacionadas ao processo produtivo, isto é, todos os fatores
envolvidos na atividade agrícola.
5. Mas afinal, o que é planejar??
■ Planejar quer dizer arquitetar um trabalho, serviço ou negócio
mais complexo. Pode corresponder, ainda, à determinação dos
objetivos.
6. Planejamento estratégico das
propriedades rurais
■ O primeiro passo do planejamento consiste na escolha das
atividades a serem implantadas; o segundo é o diagnóstico da
propriedade. Que consiste em levantar informações:
– principais usos da terra;
– construções presentes na propriedade;
– levantamento dos solos presentes na área a ser trabalhada;
– tipo de vegetação existente;
– presença de áreas degradadas ou de nascentes.
7. Administração rural
■ O administrador da propriedade rural deve apresentar
habilidades em solucionar problemas.
■ São habilidades de ordem técnica, humana e conceitual. As
habilidades técnicas estão ligadas à execução do trabalho e ao
conhecimento sobre a execução do trabalho operacional.
8. Administração rural
■ A gestão da propriedade rural é dividida em quatro áreas:
– vendas ou produção;
– finanças;
– comercialização e marketing;
– recursos humanos.
10. Planejamento estratégico das
propriedades rurais
■ Os rendimentos das propriedades estão relacionados ao emprego
da tecnologia e à administração.
■ É importante salientar que os rendimentos da agricultura são
também influenciados pelo clima, que afetará o potencial de
produção por meio de variações na temperatura, na umidade e
na luminosidade.
11. Planejamento estratégico das
propriedades rurais
Comercialização
■ A comercialização dos produtos é com certeza um dos passos
mais importantes dentro da atividade agropecuária. Essa etapa
pode perpetuar ou não o empreendimento, caso obtenha lucro ou
prejuízo, respectivamente.
13. Como o agronegócio mudou a maneira de
administrar uma propriedade rural?
■ A partir da segunda metade da década de 1960, começa a ocorrer
um processo de modernização da agricultura brasileira, com
intensificação das relações agricultura/indústria.
■ Com essa evolução agrícola, o termo agricultura deixa de
abranger a complexidade do setor. “Já não se tratava mais de
propriedades autossuficientes, mas de todo um complexo de
bens, serviços e infraestrutura que envolvem agentes diversos e
interdependentes”.
15. Por que é importante gerir a propriedade
rural como empresa rural?
■ Quando se fala em administrar a propriedade como uma
empresa rural, é preciso considerar, além dos aspectos
econômicos, questões relacionadas à gestão dos colaboradores.
■ Em uma empresa, o gestor lidera pessoas e gerencia tecnologia,
estoques, recursos financeiros, etc.
16. Por que é importante gerir a propriedade
rural como empresa rural?
■ É preciso promover a eficiência produtiva em equilíbrio com a
eficiência econômica. Para isso, a propriedade rural precisa se
profissionalizar, se modernizar e ser encarada como uma empresa
de fato.
■ A empresa rural deve buscar informações do mercado em que
participa, bem como relacionamentos dentro desse mercado e
deve trocar informações com fornecedores, clientes, instituições
de pesquisa e colaboradores.
17. “A união faz a força”
■ O associativismo possibilita que trabalhadores e pequenos
proprietários participem do mercado e concorram de maneira
mais igual.
■ Ao se unirem, os pequenos produtores podem obter melhor
desempenho econômico e podem negociar preços de insumo e de
venda de maneira conjunta, aumentando o seu poder de
barganha.
18. “A união faz a força”
■ O associativismo possibilita que trabalhadores e pequenos
proprietários participem do mercado e concorram de maneira
mais igual.
■ Ao se unirem, os pequenos produtores podem obter melhor
desempenho econômico e podem negociar preços de insumo e de
venda de maneira conjunta, aumentando o seu poder de
barganha.
19. As gerações de agricultores
■ Geração de agricultores maduros, nascidos antes de 1945
– Ele considera a tecnologia hard tech como o conjunto de mecanização,
genética e economias de escala. Geralmente é cético com relação à
tecnologia digital.
■ Tomadores de decisões tradicionais, nascidos depois de 1945
– É o CEO que quer ter o controle, que gosta de ficar de mãos sujas, de
lidar diretamente com a terra, mas que também divide o seu tempo com
o escritório. Está propenso a adaptar a tecnologia na fazenda e no
escritório. Esse tipo de agricultor confia em marcas tradicionais e é fiel a
elas. . A sua conexão com o mundo mistura o analógico e o digital.
20. As gerações de agricultores
■ 1965−1980: geração X
– Esse agricultor é menos presente, e as mulheres participam mais ativamente
na gestão da propriedade rural, tendo o papel de parceiras ou tomadoras de
decisão. Em relação à tecnologia, ele adota e integra todos os aspectos do
processo de gestão, sendo digitalmente experiente. A sua conexão com o
mundo é baseada no envio de mensagens de WhatsApp e no uso de e-mail,
Google, YouTube e mídias sociais.
■ 1981−1996: millenials
– É considerado um empreendedor, um agricultor de primeira geração. Está
constantemente ligado à tecnologia e preocupado com sustentabilidade,
biotecnologia e preferências do consumidor. A sua conexão com o mundo se dá
por meio de reunião de amigos, e interessa-se pela educação, participando de
cursos, eventos e palestras do setor.
21. As gerações de agricultores
■ 1997−dias atuais: geração Z
– Esse agricultor pode ser considerado o aprendiz, que tem possibilidades
infinitas de aprendizado. A sua conexão com o mundo se dá por meio de
qualquer aparelho móvel. Valoriza muito o contato com professores e é leal
com quem o incentiva a investir em seu futuro. É aberto, inovador, orientado
por propósitos e busca um mundo melhor e mais sustentável. Utiliza redes
sociais como Instagram, Snapchat, WhatsApp e não usa o Facebook.
22. Ciclo PDCA
■ A metodologia PDCA foi desenvolvida por Walter A. Shewhart, na
década de 1930, e foi empregado com sucesso nas empresas
japonesas a fim de aumentar a qualidade de seus processos.
25. Conceitos
■ Incertezas do setor:
– Clima
– Política
– Economia
– Legislação
■ Instabilidade de renda
– Variações de preço
– Dificuldades na comercialização
– Crédito
– Perecibilidade dos produtos
26. Conceitos
■ Para serem bem sucedidas no longo prazo, as organizações devem
estabelecer objetivos de desempenho para :
– fazer certo as coisas (vantagem da qualidade)
– fazer as coisas com rapidez (vantagem em rapidez)
– fazer as coisas em tempo (vantagem da confiabilidade)
– mudar ou adaptar as atividades de produção (vantagem da flexibilidade)
– fazer as coisas o mais barato possível (vantagem de custo)
27. Conceitos
■ Custo de produção
Soma dos valores de todos os recursos (insumos e serviços)
utilizados no processo produtivo de uma atividade agrícola, em
certo período de tempo e que podem ser classificados em curto e
longo prazos.
28. Conceitos
Em termos econômicos, a questão relativa ao curto ou longo prazo refere-
se à possibilidade de variação dos fatores de produção. Considera-se curto
prazo se pelo menos um dos fatores de produção não puder variar no
período considerado, quando no longo prazo, todos os fatores podem
variar (CASTRO et al, 2009).
29. Conceitos
■ O custo econômico considera os custos explícitos, que se referem ao
desembolso efetivamente realizado.
■ Custos implícitos dizem respeito àqueles para os quais não ocorrem
desembolsos efetivos, como é o caso da depreciação e do custo de
oportunidade, que se refere ao valor que um determinado fator poderia
receber em algum uso alternativo.
30. Conceitos
■ CUSTOS VARIÁVEIS: Oscilam proporcionalmente ao volume de
produção, isto é, oscilam na razão direta dos aumentos ou reduções das
quantidades.
■ CUSTOS FIXOS: São custos que, em valor absoluto são estáveis, isto é,
não sofrem oscilações proporcionais ao volume de produção, dentro de
certos limites. Podem ser encarados como encargos necessários para
que a empresa tenha condições de produzir e não como encargo de um
produto específico.
31. Custos Variáveis
■ máquinas: as despesas de combustíveis seriam registradas de acordo
com as indicações do fabricante;
■ implementos e utensílios;
■ manutenção de benfeitorias:
■ mão de obra temporária: valor de mercado com encargos sociais;
32. Custos Variáveis
■ insumos: sementes, fertilizantes, agrotóxicos, valor dos bens
consumidos;
■ despesas com irrigação
■ despesas gerais;
■ transporte externo: frete pago até unidade armazenadora;
■ armazenagem: valor de mercado (tabela de órgãos oficiais);
33. Custos Fixos
■ depreciação: consideram-se as máquinas, equipamentos, utensílios,
implementos, benfeitorias, instalações, solo (sistematização e
correção), animais de trabalho e embalagens;
■ remuneração sobre o capital próprio não depreciado: taxa de retorno
– custo de oportunidade;
■ seguros, taxas e impostos: de acordo com as normas tributárias;
■ mão de obra fixa: para o administrador, 6 a 10% dos custos variáveis;
para os demais casos, o preço de mercado;
■ remuneração da terra: valor da terra ou o valor do arrendamento;
34. Orçamento (Custo Estimado)
■ Realizado de três a quatro meses antes do início das operações de
preparo de solo. O cálculo tem por base os preços correntes de todos os
insumos e serviços a serem utilizados no decorrer do processo
produtivo, levantados num determinado momento.
35. Orçamento (Custo Efetivo)
■ Calculado a partir dos preços praticados na época oportuna de
utilização, determina o custo efetivamente incorrido pelo produtor e
serve para controle, avaliação, estudos de rentabilidade e subsídios às
futuras políticas para o setor.
36. Margem Bruta
■ Indica para o empresário o quanto sobra das vendas para que a
empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro.
■ É essa sobra que consideramos como sendo a Margem de Contribuição.
■ É a parcela do preço de venda que ultrapassa os custos e despesas
variáveis e que contribuirá para a absorção dos custos (depesas) fixos
e, ainda, para formar o lucro.
37. Depreciação
■ Um dos aspectos essenciais para o custo de produção é a depreciação
que refere-se à perda de valor ou eficiência produtiva, causada pelo
desgaste pelo uso, ação da natureza ou obsolescência tecnológica.
38. Ponto de Equilíbrio
■ É o ponto que representa o volume de venda em que não há lucro nem
prejuízo, ou seja, onde os custos totais são iguais as receitas totais