O documento discute o comportamento psicológico típico de crianças e pré-adolescentes de 6 a 14 anos. Ele descreve como cada faixa etária se desenvolve, se comporta na escola e como os adultos devem interagir com elas, enfatizando a compreensão, orientação e estímulo adequados para cada idade.

2. Sujeito
Real
Idealizado
Sujeito
Epistê-
mico

3. Comportamento da criança de 6 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• É o centro do seu
próprio universo.
Egocêntrica. Quer fazer
tudo a sua maneira
• Quer tomar as
próprias decisões. Adora
o elogio e não tolera a
crítica.
• Reconhecer e compreender
o carácter passageiro desta
conduta.
• Anseia o elogio e a
aprovação
• Gosta do professor e
quer agradar-lhe.
• Criança torna-se dócil com a
compreensão
• Emocionalmente é
excitável e desafiadora,
dominadora, obstinada e
agressiva.
• Instintivamente,
identifica-se com tudo o
que acontece.
• Dominadora em
relação às coisas que lhe
pertencem. Dá valor do
dinheiro, como ganho e
recompensa.
• Não está preparada
para uma instrução
formal da leitura, escrita
e aritmética.
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4. Comportamento da criança de 6 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Gosta de possuir
grande número de coisas
mas não as cuida. Tem
certa irresponsabilidade.
• Desenhos
espontâneos realistas
(casa, árvore, etc.)
• O castigo não serve de nada.
A criança terá um arrependi-
mento momentâneo mas a sua
conduta não melhorará.
• Eticamente é pouco
apta, tentação de
enganar (jogos).
• Necessita da
aprovação dos pais.
• Deseja seriamente
estudar, apesar dos seus
altos e baixos.
• Dar responsabilidades de
acordo com as suas
possibilidades.
• Toca, mexe e explora
todos os materiais.
• Deseja e precisa de ser
a primeira, a mais
querida.
• Agrada-lhe contar
histórias exageradas.
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5. Comportamento da criança de 7 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Aparenta viver
“noutro mundo”. Ten-
dência a introspecção.
• Quer
responsabilidade,
especialmente na escola.
• Pais e professor devem
manter uma estreita relação
com a escola, para conhecer o
seu comportamento.
• Desenvolve-se o
sentido ético (bem e mal
segundo seu critério).
• Preocupa-se com a
ideia de não poder
portar-se corretamente
• Muitas tarefas para
organização do “plano de
estudos”.
• Costuma aguentar o
choro.
• Deseja acabar uma
tarefa já começada, mas
não repara se tem
capacidade para o fazer
• Relação mútua e forte entre
a família e a escola
• Não sabe aceitar
cumprimentos e não se
tranquiliza quando é
elogiada.
• É boa ouvinte; centra a
atenção em novos
conhecimentos.
• Reforçada, age com um
sentimento de maior
segurança.
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6. Comportamento da criança de 8 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Sente-se mais
identificada com a
família e necessita dela
porque esta exerce,
sobre ela, uma influência
preponderante.
• Dependência do
professor para orientar
suas tarefas
• É necessário aceitar a
criança tal como é, em cada
momento do seu
desenvolvimento, para ajudá-la
a formar a sua personalidade.
• É sensível aos
desacordos e
antagonismos entre os
membros familiares.
• Dar responsabilidades
e manter sempre uma
atitude de responsabi-
lidade com as tarefas.
• Conservar um clima de
confiança fácil e mútua entre
pais e filhos, que lhe dê
segurança e equilíbrio.
• Relações recíprocas
com as outras pessoas se
encontrem em equilíbrio.
• Mediar conflitos de
forma justa e equilibrada
• Precisa de ajuda nas suas
relações pessoais.
• Afã de crescer e
manifesta interesse pela
sua anatomia interna.
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7. Comportamento da criança de 9 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Diminui a tensão e as
asperezas anteriores.
• Grande sentido da
retidão e da justiça.
• Mãe continua a
desempenhar um papel muito
importante na sua vida
• O seu comportamento
é mais acessível e
responsável.
• As punições devem ser
distribuídas
equitativamente.
• Pai recebe uma dose cada
vez maior de afeto, se
responde à criança de modo a
adaptar-se a ela.
• Atarefada com as suas
preocupações. Planeja
com pormenor o seu
futuro.
• Assumi responsabi-
lidade de maior peso
• Sabe trabalhar com maior
independência mas precisa
que lhe repita as coisas
frequentemente.
• Sensível a problemas
que provêm da amizade,
preocupando-se às vezes
vários dias.
• Há tendência a moral
da retribuição.
•Às vezes basta um olhar para
corrigir a sua atuação, mas
trabalha melhor com estímulos
e motivações.
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8. Comportamento da criança de 9 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• É a idade dos tesouros
pessoais, muito cuidados
e muito próprios, das
coleções , embora não
sejam organizadas.
• Propor ser o
representante de turma,
responsabilidade
concreta.
• O encargo de irmãos
menores é positivo
• Emocionalmente,
sente necessidade de
pedir perdão, sobretudo
aos 8 anos.
• Ajuda a começar e
terminar bem as coisas,
manifestando o agrado
que nos produz o que
fica bem feito.
• Ler com elas é importante;
sentem mais satisfação
escutando uma leitura, mas
convém estimular o gosto à
leitura própria nesta idade.
• Procura desculpas para
justificar a sua atitude.
• Por ser muito ativa
convém elaborar bem os
tempos em aula
• Promover o relacionamento
pessoal com excursões
• Sente inclinação para
entrar em conflito com
os outros
• Trazer os amigos para casa.
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13. Comportamento da criança de 10 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Grande equilíbrio na
sua evolução. Livre de
tensões. Desejos de
agradar aos outros.
• Grande poder de
assimilação, gosta de
memorizar, identificar ou
reconhecer os fatos,
fazer classificações, etc.;
• Convém despertar-lhe o
interesse com um estímulo
suficiente, já que gosta de
aprender.
• Manifesta ataques de
ira, mas encontra um
modo de desafogar a
irritação – são momentos
breves e superficiais.
• Dificuldade maior em
conceituar e/ou
generalizar
• É a idade ótima para o uso
de material gráfico, e meios
audiovisuais, o que é um meio
eficaz para a sua educação e
formação.
• Compreendem muito o
próprio comportamento.
• Períodos de atenção
curtos e intermitentes
• Os pais mantem elasticidade
nas suas exigências.
• Maior amplitude de
gostos e interesses
• Prefere falar, contem-
plar, ler e escutar.
• Desempenha melhor o
trabalho, quando o realiza
junto a um adulto
compreensivo (consertos).
• Grande capacidade de
“proteção” em crianças
menores, animais, etc.
• Sente pouca inclinação
para o trabalho.
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14. Comportamento da criança de 11 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Mostra-se maior ativa
e prefere a companhia
de outros, recusando a
solidão.
• Gasta energias
procurando o modo de
iludir as tarefas.
• As meninas refugiam-se no
seu mundo interior e
requerem maior perspicácia e
penetração por parte dos pais
e educadores.
• Gosta de discutir, mas
não deixa que discutam
com ela.
• Agrada-lhes a
possibilidade de escolha
• Nada consegue o professor
que grita
• Maneira de pensar
concreta e específica.
• Leva com diligência o
trabalho pedido.
• um grande sentido de
justiça e horror à fraude.
• O professor é um fator
importante na vida
escolar (modelo/paixão).
• Um grande sentido de
justiça e horror à fraude.
• Professor paciente,
justo, simpático e
exigente lhe agradam.
• Supercrítica quanto a si
como aos outros, mas
não sabe aceitar as
críticas dos outros.

15. Comportamento da criança de 12 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• É muito responsável na
organização do seu
tempo e no cuidado dos
seus próprios objectos.
• O seu maior e mais
importante problema é o
trabalho escolar.
• É a fase da autonomia
escolar nas tarefas.
• As meninas refugiam-se no
seu mundo interior e
requerem maior perspicácia
dos pais e educadores.
• É comum a realização
do diário íntimo e
pessoal.
• Manter um clima de
alegria, autoridade e
respeito à sua volta,
fomentar a sua
originalidade.
• Convém ter confiança nelas,
para fomentar o sentido de
responsabilidade. Ajudá-los a
organizar o seu pensamento
• Mostra-se mais
reflexiva perante os
diferentes problemas e
procura solucioná-los
sozinha.
• Fomentar aptidões
que gozam de aprovação
social com duplo fim:
fortalece a confiança em
si mesmo e a proteção
ante transtornos de tipo
social
• As relações com os outros
passam por diferentes etapas;
daí que os mais velhos não
devam intervir, já que
resolvem as situações por si
mesmas.

16. Comportamento do Pré-adolescente 13 e 14 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• É a fase do nascimento
da intimidade.
• Procura testar os
limites da instituição
• O adolescente precisa
especialmente de compre-
ensão e carinho à sua volta
• Grande instabilidade:
alegria-tristeza, respon-
sabilidade-inconsciência,
timidez-audácia, solidão-
afeto, passando de umas
a outras com grande
facilidade.
• Buscam um líder,
mesmo que perverso,
para contrapor a
autoridade.
• Sentimentos de
autoimportância;
• Estabilidade familiar como
ancoradouro, ajuda para se
aceitar e se compreender a si
próprio e progredir na idade
crítica em que se encontra.
• Dar orientação que
concretize seus ideais
• Algumas ocasiões
reações imprevisíveis
• Não admitem erro por
parte dos professores
• Promover e estimular o
desenvolvimento espiritual,
intelectual e emocional.
• Precisa de conselho,
mas foge dele.
• Procura atividades
que afirmem seu sentido
da responsabilidade.
• Não enfrenta-se a agressão
com agressão relativamente
aos mais velhos
• Brusquidão e rebeldia
perante toda a limitação
e travagem.
• Esperam conseguir
concessões e privilégios
dos adultos.

17. Comportamento do Pré-adolescente 13 e 14 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Procuram a segurança
que lhes dá o grupo de
indivíduos da mesma
idade.
• Dar-lhes critérios
claros sobre liberdade e
libertinagem.
• Orientação ou direção para:
proporcionar meios adequados
para satisfazer retamente as
necessidades iniludíveis.
• Anseiam pela aprova-
ção daqueles que são
mais velhos do que eles.
• Clima de compreensão
quanto aos erros
absurdos de lógica.
• Considerar seus problemas
importantes mesmo que
absurdos. Falta-lhes a
objetividade.
• É pouco efusiva com a
família, mas sofre as
trepidações familiares
(coração de esponja).
• Ajudá-lo a integrar-se
na vida e no ambiente
social que o rodeia.
Chegar a educá-lo
integralmente.
• Temos de facilitar o clima
propício para a sua autoestima,
autonomia, integração e
transcendência, através da sua
própria experiência
• É altruísta e pode
comprometer-se em mil
objetivos diferentes.
• É altruísta e pode
comprometer-se em mil
objetivos diferentes.

18. Comportamento do Pré-adolescente 13 e 14 anos
Desenvolvimento
Psicológico
Âmbito Escolar
Atitude das pessoas que a
formam
• Grande variabilidade
nas amizade, apesar de
precisar delas
• Manifesta falta de
inclinação pelo trabalho
apesar de gostar do
elogio quando bem feito.
• Destacam a sua
personalidade perante
os outros, pela imitação
de personagens famosas,
companheiros ou
professores que
possuem as qualidades
que ela gostaria de ter.
• Deseja o convívio com os
adultos com antagonismo em
relação à família, amigos e
sociedade em geral.
• Convém fazê-lo sentir-se
responsável, ainda que cometa
erros e enganos.
• Esconde os complexos
de inferioridade,
ignorância e insegurança
com reações de
desembaraço, altivez ou
timidez, com o que
pretende sobrevalorizar-
se perante os seus
semelhantes e atrair a
sua atenção.
• Precisa de orientação
ou direção: temos de lhe
proporcionar meios
adequados para
satisfazer retamente as
necessidades iniludíveis.
• Procuram a segurança
que lhes dá o grupo de
indivíduos da mesma
idade.
• Temos de ajudar a formar a
sua personalidade, a ser livre,
num clima de compreensão,
amor e sacrifício.
• Ajudá-lo a integrar-se na
vida e no ambiente social que
o rodeia. Chegar a educá-lo
integralmente.