O texto discute uma teoria hipotética de que o entusiasmo do brasileiro com a Tiazinha revela um masoquismo latente no povo brasileiro, que secretamente desejaria ser humilhado e punido. O autor sugere que isso explicaria a passividade diante de figuras como Collor, que seriam "dominadores" antes do tempo, e o FMI, visto como disciplinador desejado. No fim, o autor reconhece o exagero da teoria.
9. ANÁLISE SINTÁTICA OBJETOS Pleonástico Aos regulamentos, sempre obedeci- lhes . De interesse Não me suje o tapete! indireto Muitos desconfiaram de você .
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15. ANÁLISE SINTÁTICA VOCATIVO : termo à parte; não pertence nem ao SUJ EITO nem ao PREDICADO . Apelo, chamamento. A vida , meu irmão , está triste agora.
16. ANÁLISE SINTÁTICA A lenda do Santo Graal, que se encontra em livros da cavalaria medieval e em muitas literaturas da Europa, afirma que do Cálice flui um líquido prodigioso, que dá força e juventude perene a quemo beba. Graal, em português antigo, significa cálice, taça ou vaso. O cálice, da mesma forma que o coração, desempenha um papel importante nas tradições antigas. Nos hieróglifos sagrados egípcios, o coração é figurado pelo emblema de um vaso. Tal simbologia correu também entre os celtas, mas sofreu adulterações de caráter folclórico antes de ser cristianizada. A Demanda do Santo Graal. Heitor Megalle
17. ANÁLISE SINTÁTICA O Santo Graal, nos romances de cavalaria do ciclo arturiano, era o cálice da última ceia, do qual se serviu Jesus Cristo para instituir a eucaristia. Nesse mesmo cálice, José de Arimatéia recolheu o sangue que corria das feridas do Cristo crucificado. A Demanda do Santo Graal. Heitor Megalle
18. ANÁLISE SINTÁTICA Julgue os itens: ( ) No primeiro parágrafo, a palavra que é sempre pronome relativo. ( ) A última ocorrência da palavra que, no primeiro parágrafo, constitui sintaticamente, sujeito da oração conseqüente. ( ) O primeiro parágrafo apresenta duas orações subordinadas adjetivas explicativas. ( ) No segundo período, a segunda vírgula pode ser suprimida e o texto continua correto. ( ) O termo `o cálice da última ceia`(l.9) classifica-se sintaticamente como predicativo. ( ) Os termos `nos hieróglifos sagrados egípcios`(l.6) e ´Nesse mesmo cálice´ (l.10-11) são locuções adverbiais com função sintática de adjuntos adverbiais.
19. ANÁLISE SINTÁTICA A Carolina Querida, ao pé do leito derradeiro Em que descansas dessa longa vida, Aqui venho e virei, pobre querida, Trazer-te o coração do companheiro. Pulsa-lhe aquele afeto verdadeiro Que, a despeito de toda a humana lida, Fez a nossa existência apetecida E num recanto pôs um mundo inteiro. (Machado de Assis. In Lins, Álvaro & Buarque de Holanda, Aurélio.)
20. ANÁLISE SINTÁTICA A Carolina Trago-te flores, - restos arrancados Da terra que nos viu passar unidos E ora mortos nos deixa e separados. Que eu, se tenho nos olhos malferidos Pensamentos de vida formulados, São pensamentos idos e vividos. (Machado de Assis. In Lins, Álvaro & Buarque de Holanda, Aurélio.)
21. ANÁLISE SINTÁTICA Com base no texto, julgue os itens: ( ) Os versos 1 e 3 apresentam vocativo. ( ) O termo `Em que` representa, sintaticamente, adjunto adverbial ( ) O verbo `Pulsa`classifica-se, quanto a predicação, como transitivo direto e indireto. ( ) Em `Trago-te flores`, temos verbo transitivo direto e indireto. ( ) O adjetivo `apetecida`constitui, sintaticamente, predicativo do objeto. ( ) O sujeito do verbo `viu`é o termo ´terra`.
22. UMA TEORIA PARA A TIAZINHA Luiz Fernando Veríssimo E se todo esse entusiasmo com a Tiazinha estiver nos dizendo algo mais grave sobre nós mesmos ? E se depois de tantos anos de não nos entendermos, temos, finalmente , a resposta? Não somos cordatos e incivilizados , não somos tristes e carnavalescos , não somos, afinal, nem contraditórios nem de boa paz -somos masoquistas ! Tudo se explica. A tal índole, pacífica do brasileiro era apenas a expectativa de não sabíamos bem o que, e agora sabemos: uma mulher com um chicote para nos machucar, e para adorarmos. Aquela nossa indecisão, aquela nossa irresolução – não temos uma história, temos uma série de começos em falso – era falta de autoconhecimento. Não sabíamos o / que queríamos / porque não sabíamos o / que éramos. Agora, sabemos o que somos e do / que gostamos. queremos que pisem em nós com saltos altos e nos chamem de vermes .
23. Tudo o que o brasileiro sofreu na sua pseudo-história, sem se revoltar, era um substituto inadequado para o que, secretamente , desejávamos: a abjeção completa, sem nos revoltarmos. Quem não entendeu por que o o pais se sujeitou ao Collor é porque não entendia que o Collor era a Tiazinha antes do tempo . Era o começa da abjeção completa . Ele vinha para nos botar na linha . A Zélia nos depilou, metaforicamente, com o confisco, mas não foi o bastante. Foi humilhação insuficiente, faltou o chicote ! Tese: Collor teria dado certo se a Zélia usasse ligas pretas . Hoje, quem defende o FMI e diz que ele só quer nos ajudar, é porque também não entendeu. Queremos que o FMI nos discipline todas as noites , com insultos e arreios , e que nada dê certo. Nada de alívio: dor , FMI , dor , recessão , mmmm , miséria , que delícia!
24. Vende tudo o que é nosso, Efe Agá , que a gente gosta. Cort a no social, corta. Assim, assim. Agora apaga a luz e passa sal. Está certo, é uma teoria exagerada . Adequada, se fosse verdade. Afinal, a perpetuação, sem reação, de uma elite tão sádica só se explicaria pelo gosto da maioria em sofrer. Mas a própria Tiazinha, daquele tamaninho, é uma pseudodominadora , significando nada . No fundo, a gente está sempre atrás daquilo que a Física busca para o universo, uma teoria unificada do Brasil, que nunca descobrirá. O que pensando bem, não deixa de ser um sinal de masoquismo. Tarefa: Classifique, sintaticamente, todos os termos em destaque. (No caderno )