Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio RoqueGuga Pires
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque
José Antonio Gonçalves Matias
Larissa Ingrid Frazão
Liana Luz Lima
Luana Chianca Lucena
Lucas Emmanuel de Carvalho
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio RoqueGuga Pires
Seminário sobre Antibióticos com o Professor Evanízio Roque
José Antonio Gonçalves Matias
Larissa Ingrid Frazão
Liana Luz Lima
Luana Chianca Lucena
Lucas Emmanuel de Carvalho
Seminario antibióticos Professor Evanízio Roque Tatiana Patrícia
Lincosamidas, Macrolideos, Aminoglicosideos, atb de uso tópico.
Daniel Pontes, Igor Teixeira, Rafael Borges, Rafael Pontes, Ruan Carlos, Tatiana Patricia.
Semelhante a Agentes antibacterianos jun 2010 (20)
A palavra PSICOSSOMATICA tem como raiz as palavras gregas: Psico (alma, mente), somática (corpo).
É a parte da medicina que estuda os efeitos da mente sobre o corpo.
Pessoas desajustadas emocionalmente tendem a ficarem mais doentes.
Exemplo do efeito da mente sobre o corpo: uma pessoa recebe uma notícia da morte de um parente. O choque emocional é muitas vezes tão forte que o cérebro desarma o "disjuntor" e a pessoa desmaia. Em alguns casos a descarga de hormônios e adrenalina no coração é tão forte que a pessoa morre na hora ao receber uma notícia terrível.
O que entra na sua mente ou coração pode em um instante te matar.
Maus sentimentos de rancor e mágoa podem envenenar o organismo lentamente.
A medicina psicossomática é uma concepção “holística” da medicina pluricausal que tem como objetivo estudar não a doença isolada, mas o homem doente, que é o paciente humanizado na sua mais completa perspectiva nosológica e ecológica. Numerosos argumentos parecem indicar a realidade das ligações clínicas e experimentais entre a vida emocional, os problemas psíquicos e o disfuncionamento de órgãos ou o aparecimento de lesões viscerais. Os estudos anatómicos e fisiológicos desempenham um papel capital ao nível do hipotálamo, do sistema límbico e dos diferentes sistemas neuroendocrinológicos (hipófise, corticoadrenal e medulloadrenal). No nível experimental, além de limitar as úlceras obtidas por diferentes técnicas no rato de laboratório, deve-se insistir nos experimentos de Weiss que mostraram que as úlceras pépticas do rato, sob certas condições, dependem de duas variáveis: o número de estímulos que o animal deve enfrentar e os feedbacks informativos mais ou menos úteis que recebe em troca. As investigações realizadas no doente mostram a importância dos problemas funcionais em relação às anomalias do sistema nervoso autônomo ou às anomalias dos gânglios intramurais, o que talvez explique a noção de órgãos-alvo dos problemas. Considerando os conceitos mais recentes que valorizam o papel dos fatores genéticos na determinação das doenças psicossomáticas, pode-se conceber que os determinantes psicológicos, afetivos ou ambientais, são cofatores que se integram a fatores somáticos, genéticos, constitucionais e nutricionais para produzir o quadro mórbido final.
Prevenção de Acidentes de Trabalho na Enfermagem.pdfHELLEN CRISTINA
Trabalho em equipe, comunicação e escrita.
Pensamento crítico, científico e criativo.
Análise crítica de dados e informações.
Atitude ética.
Bibliografia
B1 MORAES, Márcia Vilma Gonçalvez de. Enfermagem do Trabalho - Programas,
Procedimentos e Técnicas. São Paulo: IÁTRIA, 2012. E-book. ISBN 9788576140825
B2 LUCAS, Alexandre Juan. O Processo de Enfermagem do Trabalho. São Paulo:
IÁTRIA, 2004. E-book. ISBN 9788576140832
B3 CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha de. Introdução à
Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. E-book.
ISBN 9788527730600
C1 CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e Saúde no Trabalho: NRs 1 a 37
Comentadas e Descomplicadas. Rio de Janeiro: Método, 2022. E-book. ISBN
9786559645893
C2 OGUISSO, Taka; ZOBOLI, Elma Lourdes Campos Pavone. Ética e bioética: desafios
para a enfermagem e a saúde. Barueri: Manole, 2017. E-book. ISBN 9788520455333
C3 KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em Enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2016. E-book. ISBN 9788527730198
C4 GUIMARÃES, Raphael Mendonça; MESQUITA, Selma Cristina de Jesus. GPS - Guia
Prático de Saúde - Enfermagem. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2015. E-book.
ISBN 978-85-8114-321-7
C5 BECKER, Bruna; OLIVEIRA, Simone Machado Kühn de. Gestão em enfermagem na
atenção básica. Porto Alegre: SAGAH, 2019. E-book. ISBN 9788595029637
5. Princípios Gerais da Terapia
Antibacteriana
I – Introdução
• Conceitos aplicáveis: antibióticos, quimioterápicos
(sintobióticos), substância antibiótico-like (fitobiótico);
• Bactérias são organismos unicelulares que se
multiplicam por divisão binária;
• São classificadas como procariotas por apresentarem
citoarquitetura menos complexa que as células
eucariotas;
• O principal componente da parede celular bacteriana
é o peptídioglicano (mureína), polímero ou múltiplos
arcabouços de aminoaçucares (N-acetilglicosamina e
ácido N-acetilmurâmico);
6. • Nas bactérias Gram negativas a parede celular é
constituída de uma camada única; nas Gram positivas é
uma camada espessa. É a parede celular que determina a
coloração;
• A membrana plasmática apesar de semelhante à da célula
eucariota, não contém esterol; A resistência à bactéria
Staphylococcus aureus é um problema sério atualmente em
nível hospitalar; algumas linhagens isoladas têm sido
chamadas de estafilococos resistentes à meticilina (MRSA);
• A menor dose de antibiótico necessária para inibir o
crescimento bacteriano in vitro é chamada de Concentração
Inibitória Mínima (CIM). A menor concentração necessária
para destruir a bactéria é denominada de Concentração
Bactericida Mínima (CBM).
9. II - Base Molecular da Quimioterapia
• Parasitotrópicas máximas;
• Organotrópicas mínimas;
• Finalidade da antibioticoterapia (forma terapêutica
ou presuntivo da etiologia).
10. III - Reações Bioquímicas como Alvos
Potenciais
• Modificação do metabolismo energético (síntese de
ácido fólico);
• Síntese de peptídioglicano (parede celular);
• Síntese de proteínas;
• Dano à membrana citoplasmática (detergentes
catiônicos, ergosterol, ionóforos);
• Replicação cromossômica.
11. IV - Seleção do Agente Antibacteriano
Sítio da infecção;
Agente causal e gravidade;
Bactericida x Bacteriostático;
Amplo espectro versus espectro limitado;
Condição do hospedeiro e dados epidemiológicos
(epidemiologia local, história pregressa de
hipersensibilidade, fatores etários, função renal,
função hepática, fatores genéticos, locais da infecção,
estado imunológico, uso recente de antibacterianos).
12. V - Resistência Bacteriana
A resistência bacteriana pode ser dividida em
intrínseca ou natural (determina o espectro de ação
do antibacteriano) e adquirida (mutação ou aquisição
de um novo material genético – gene cromossomal
ou plasmidial);
Resistência por transferência de bactérias entre
pessoas, de genes de resistência (plasmídio =
elementos genéticos extracromossômicos);
Mecanismos envolvidos (inativação enzimática,
alteração do sítio de ligação, alteração do transporte
ou utilização de rota metabólica alternativa);
13. Condições que favorecem a seleção e a
disseminação de genes de resistência:
aquisição direta pelo doente, uso abusivo nos
hospitais, indicação indiscriminada por
médicos, pacientes imunodeprimidos, uso
como aditivo em ração animal, alimentos com
bactérias resistentes, produtos de engenharia
genética com genes de resistência.
Uso racional de antibacterianos e seu impacto
em nível de saúde pública. A importância da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
(CCIH).
14. Mecanismos recentemente explorados na
literatura
Alteração dos poros da membrana (porinas);
Inativação enzimática (espaço periplasmático);
Sistema transportador de efluxo (MexA, MexB e
OprF).
18. Considerações Gerais
A escolha certa do antibacteriano é fundamental para
o êxito terapêutico, pois a utilização não criteriosa pode
levar ao desenvolvimento de resistência bacteriana,
fenômeno este já alertado pela OMS;
A adesão deve congregar custo compatível e
posologia cômoda;
Atentar-se para as infecções que são virais;
O tratamento de infecções bacterianas em nível
hospitalar;
Preterir o uso parenteral em pacientes ambulatoriais;
19. Considerações Gerais
Apesar dos avanços da terapêutica e dos cuidados de
terapia intensiva, a incidência de sepsis permanece
alta;
O problema do diagnóstico da infecção ainda é real;
A morte na sepsis está diretamente relacionada à
qualidade dos serviços prestados, microorganismos
responsáveis, status imunológico do hospedeiro e à
precocidade do diagnóstico; síndrome da resposta
inflamatória sistêmica (SRIS).
20. Agentes Antibacterianos e
Aspectos Nutricionais
Agentes antibacterianos são utilizados na
conservação de alimentos (pescados, aves, carnes
vermelhas);
A presença de alimentos no trato digestório pode
alterar a absorção oral de penicilinas, cefalosporinas,
tetraciclinas, eritromicina e lincosamidas;
As cefalosporinas podem promover depleção de
vitamina K;
As tetraciclinas podem depletar vitamina C e alterar
a absorção de cálcio, ferro, magnésio e zinco;
21. Agentes Antibacterianos e
Aspectos Nutricionais
As tetraciclinas e as fluoroquinolonas formam
quelatos com o cálcio e o magnésio;
A neomicina interfere com a absorção de vitamina A,
cálcio, ferro, potássio e sódio;
A neomicina interfere com a absorção de gorduras,
proteínas, por promover alterações histológicas na
mucosa intestinal;
O trimetoprim interfere com os mecanismos de
transporte de folatos.
23. Contextualização Clínica
Resistência bacteriana;
Uso inadequado de antibacterianos;
Estafilococcia: S. aureus resitentes à oxicilina
(ORSA) e à vancomicina (GISA ou VRSA);
Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE);
Mycobacterium tuberculosis multirresistente
(MDRTB);
Fungos resistentes aos azóis;
Microbiologia Clínica em Terapia Intensiva;
Controle de infecção fora do hospital;
Bactéria x Fungo x Homem.
24. I - Antibióticos -lactâmicos
Mecanismo de ação: inibição da síntese de
peptidioglicano (impedem a transpeptidação final que
estabelece as ligações cruzadas peptídicas entre as
cadeias laterais). Ocorre inibição da síntese ou
destruição da parede celular.
25. 1.1) Penicilinas
Bactericidas;
Benzilpenicilina;
Ampicilina e Amoxicilina (menos potentes e ativas pela
via oral);
Amoxicilina + clavulanato ou ácido clavulânico (inibidor
“suicida”)
Amoxicilina + sulbactam
Ou tazobactam
Oxacilina (espectro semelhante à benzil e resistentes à
-lactamase);
Carbenicilina, Ticarcilina (antipseudomonas) = novas
penicilinas;
26. Efeitos indesejáveis: reações de hipersensibilidade como
choque anafilático agudo (grave), vasculite, distúrbios
hematológicos; fatores de risco (20-40 anos, doença viral
concomitante, asma, rinite, dermatite). As penicilinas
injetáveis que contêm sódio ou potássio podem produzir
distúrbios eletrolíticos. Distúrbios gastrointestinais;
Indicações clínicas: constituem agentes antibacterianos de
escolha para muitas infecções (meningite bacteriana,
infecções cutâneas, faringite, otite média, bronquite,
gonorréia, entre outras).
27. 1.2) Cefalosporinas e Cefamicinas
Cefalotina (Cefalot®), cefazolina (Kefazol®), cefalexina
(Keflex®)(v.o.): 1a geração (antibioticoprofilaxia, Gram
+);
Cefoxitina (Foxtil®), cefuroxima (Zinacef®): 2a
geração (ativa nos microorganismos anteriores e
cobertura ampliada contra gram -);
28. 1.2) Cefalosporinas e Cefamicinas
Cefotaxima (Ceforan®), ceftriaxona (Rocefin®): 3a
geração (menos ativas contra gram + e grande ação
contra gram -, atingem o SNC, alto custo);
A ceftriaxona dissódica não deve ser misturada ou
administrada simultaneamente com soluções ou
produtos que contenham cálcio, mesmo que por
diferentes catéteres de infusão (durante as últimas 48
horas da última administração de ceftriaxona),
particularmente em neonatos. Foram relatados casos
de reações fatais com precipitados de ceftriaxona-
cálcio em pulmões e rins de neonatos
termos e pré-termos.
31. 1.2) Cefalosporinas e Cefamicinas
Cefepima (Maxcef®) e cefpiroma (Cefrom®): 4a
geração (semelhante à 3a geração, antipseudomona,
taxa de resistências mais baixas);
Cefalosporinas semi-sintéticas foram produzidas;
Estão sendo investigadas novas cefalosporinas ativas
contra Staphylococcus aureus meticilina-resistentes
(MRSA);
Efeitos indesejáveis: hipersensibilidade, reação
cruzada, há relatos de nefrotoxicidade, diarréia (v.o.);
Indicações clínicas: sepsis, meningite, infecção do trato
biliar, infecção das vias urinárias (antibacterianos de
segunda escolha).
32. 1.3) Monobactâmicos (aztreonam -
Azactam®)
Ativo contra gram (–) (enterobactérias);
Utilizados por via parenteral;
Resistente à maioria das -lactamases;
Reação cruzada.
33. 1.4) Carbapenêmicos (imipenem - Tienam®,
meropenem – Meronem®)
Amplo espectro;
Resistente à maioria das -lactamases;
Opção em infecções mistas por germes resistentes;
Podem causar náuseas e vômitos;
Em altas concentrações neurotoxicidade;
Não usar rotineiramente para evitar resistência.
34. 2) Agentes que alteram o metabolismo
energético
2.1) Sulfonamidas (sulfadiazina,
sulfametoxazol)
Mecanismo de ação: análogo do PABA (ácido p-
aminobenzóico).
PABA folato tetraidrofolato purinas DNA
A B
A = diidropteroato-sintetase
B = diidrofolato-redutase
Agentes bacteriostáticos;
35. 2.1) Sulfonamidas (sulfadiazina,
sulfametoxazol)
Ação inibida pela presença de pus, produtos de
degradação tecidual (purinas);
Utilizadas em infecções urinárias e respiratórias;
Sulfasalazina (sulfapiridina e salicilato - Azulfin®) ---
utilizada em colites;
Efeitos indesejáveis: cristalúria (não ocorre com as
hidrossolúveis = na forma de sais de sódio, urina
alcalina e ingestão de grandes quantidades de
líquidos), hipersensibilidade (são potencialmente
alergênicas; reações anafilactóides, Síndrome de
Stevens-Johnson), depressão da medula óssea,
náuseas, vômitos, cefaléia.
37. 2.2) Trimetoprim
Representantes: cotrimoxazol (Bactrim®) =
trimetoprim + sulfametoxazol);
Maior eficácia quando administrado com sulfas e
menos efeitos adversos (atenção: reação de
hipersensibilidade!);
Efeitos indesejáveis: reações de hipersensibilidade,
anemia (deficiência de folato).
38. 3) Agentes que afetam a síntese de proteínas
Os ribossomas são estruturas núcleoprotéicas
citoplasmáticas, que constituem as unidades básicas
do mecanismo de síntese de proteínas;
Ribossoma bacteriano é diferente da célula
eucarionte (célula procariota – subunidades 50S e
30S e célula eucariota – subunidades 60S e 40S);
Surgem proteínas bacterianas defeituosas.
41. 3.1) Tetraciclinas
Ligam-se à subunidade 30S do ribossoma competindo
com o RNAt (RNA de transferência);
Absorção oral incompleta e irregular;
Efeitos indesejáveis: distúrbios do trato digestório,
deposição nos ossos, dentes (hipoplasia dentária),
fototoxicidade, doses elevadas lesão renal, terapia
a longo prazo distúrbio da medula óssea.
42. 3.2) Cloranfenicol (Quemicetina®)
Amplo espectro;
Bacteriostático podem interferir com penicilinas
(interferem com células em crescimento);
Liga-se à subunidade 50S; inibindo a ligação de
novos aminoácidos à cadeia peptídica em crescimento
(inibição da peptidil-transferase);
43. 3.2) Cloranfenicol (Quemicetina®)
Uso restrito em infecções graves;
Efeitos indesejáveis: depressão da medula óssea,
síndrome do bebê cinzento (metabolização e
excreção inadequadas = mortalidade 40%, vômitos,
diarréia, flacidez muscular, hipotermia, colapso
circulatório, depressão respiratória).
44. 3.3) Aminoglicosídeos
Representantes: amicacina , gentamicina
(Garamicina®), neomicina, tobramicina (Tobrex®),
netilmicina (Netromicina ®) e estreptomicina;
Resistência é um problema sério;
São bactericidas;
45. 3.3) Aminoglicosídeos
Ligam-se à subunidade 30S, produzindo um efeito final
irreversível de destruição da célula;
Enterobactérias e sepsis;
Podem ser administrados juntamente com penicilinas;
Efeitos indesejáveis: ototoxicidade, nefrotoxicidade (comum
em idosos, doença renal pré-existente, desidratação, com
diuréticos de alça, ciclosporina, contrastes radiológicos),
rash cutâneo e bloqueio neuromuscular.
46. 3.4) Macrolídeos
Representantes: eritromicina (Pantomicina®),
claritromicina (Klaricid®), azitromicina, roxitromicina
(Roxitrom®), espiramicina (Rovamicina®) e miocamicina
(Midecamin®);
Eritromicina --- espectro semelhante às penicilinas;
Claritromicina (Helicobacter pylori);
São bacteriostáticos;
47. 3.4) Macrolídeos
Ligam-se à subunidade 50S, interferindo na formação
de complexos de iniciação para a síntese da cadeia
peptídica ou em reações de translocação;
Novos agentes são bem tolerados;
Efeitos indesejáveis: distúrbios GI, eritromicina
(reações de hipersensibilidade, icterícia).
48. 3.5) Lincosamidas (lincomicina - Frademicina®,
clindamicina)
Podem ser utilizadas como colírios;
Gram (+);
Bacteriostáticos;
Ligam-se à subunidade 50S e atuam de modo
semelhante aos macrolídeos;
49. 3.5) Lincosamidas (lincomicina - Frademicina®,
clindamicina)
Agentes ativos no tratamento e na profilaxia de
infecções causadas por micobactérias atípicas;
Efeitos indesejáveis: distúrbios do trato digestório,
colite pseudomembranosa (1%; toxina necrosante
produzida pela Clostridium difficile; tratamento com
vancomicina ou metronidazol).
50. 4) Afetam a topoisomerase II (DNA-girase)
Agentes antibacterianos sintéticos (fluoroquinolonas)
que atuam através da inibição da síntese de ácidos
nucléicos por bloquearem a enzima DNA-girase ou
topoisomerase II bacteriana, envolvida no processo de
replicação do DNA;
Representantes:
1a geração: ácido nalidíxico, ácido oxolínico, ácido
pipemídico;
2a geração: Ofloxacina, ciprofloxacina, norfloxacina
(Floxacin®);
3a geração: levofloxacina (Tavanic®), moxifloxacina
(Avalox®), fleroxacino, garenoxacino;
51. 4) Afetam a topoisomerase II (DNA-girase)
Ativas v.o.;
Antiácidos à base de alumínio e magnésio diminuem a
absorção das quinolonas;
Utilizadas em infecções urinárias, pneumonias,
sinusite, infecções intestinais, gonorréia;
Amplo espectro;
O desenvolvimento de resistência pode ser rápido;
Efeitos indesejáveis: distúrbios GI, hipersensibilidade;
Distúrbios neurológicos (ciprofloxacina + teofilina) ---
inibição do citocromo P-450 resultando em toxicidade
da teofilina.
52. 5) Agentes Antibacterianos diversos
5.1) Glicopeptídicos (vancomicina)
Bactericida
Interfere com a formação da parede celular
bacteriana;
Enterococos e estafilococos resistentes à meticilina
(MRSA, VRSA);
Possui ação sinérgica com aminoglicosídeos;
53. 5.1) Glicopeptídicos (vancomicina)
Administração i.v. (flebite, prurido, ruborização,
taquicardia, hipotensão);
Pode acumular em pacientes com insuficiência renal,
nefro e ototoxicidade, hipersensibilidade;
Novo derivado: teicoplamina (i.m. ou i.v.) --- ação
mais prolongada.
54. 5.2) Antibacterianos polipeptídicos
Representantes: Polimixina (polimixina B – Predmicin®
e polimixina E = colistina)
Atuam como detergentes catiônicos;
(Adaptado de Atlas, R.M., Principles of Microbiology, 1997)
55. 5.2) Antibacterianos polipeptídicos
Bactericida;
Não absorvidas v.o.;
Efeitos indesejáveis: nefrotoxicidade (proteinúria,
hematúria), neurotoxicidade (parestesias, tontura,
falta de coordenação); agentes altamente tóxicos.
56. 5.3) Bacitracina
Antibiótico peptídico;
Faixa de atividade semelhante à penicilina;
Bactericida por impedir a formação da parede celular
de maneira semelhante à vancomicina;
Efeito tóxico renal;
Utilizado topicamente.
57. 5.4) Nitrofurantoína (Urofen®)
Composto sintético ativo por v.o.;
Intermediários ativos que interferem com o DNA
bacteriano;
Utilizada em infecções urinárias.
58. 58
Antibiótico pode estar ligado a malformações
03/11/2009 - O Estado de São Paulo
Ao investigar o uso de antibióticos durante a gravidez,
pesquisadores americanos identificaram uma relação
entre remédios muito usados no tratamento de
infecções urinárias e defeitos de nascença. A
penicilina, no entanto, droga mais usada no início da
gestação, foi a que se mostrou mais segura.
Segundo especialistas, a própria infecção bacteriana,
se não tratada, pode causar problemas ao feto. As
mulheres, portanto, não devem evitar totalmente os
antibióticos, mas discutir com seu médico qual é a
opção que oferece menos risco.
59. 59
Antibiótico pode estar ligado a malformações
03/11/2009 - O Estado de São Paulo
O novo estudo, publicado na edição deste mês da
revista Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine,
é a primeira grande análise do uso de antibióticos
durante a gravidez e pode mudar as diretrizes para o
tratamento de infecções urinárias em mulheres nessa
condição.
60. 60
DUAS CLASSES DE AGENTES
Os pesquisadores analisaram dados de 13 mil mães
que tiveram filhos com malformações e de cerca de 5
mil que moravam na mesma região e tiveram filhos
saudáveis. No primeiro grupo, o índice de mulheres
que relataram ter usado dois tipos de drogas - as à
base de sulfa, como Thiosulfil Forte e Bactrim, e as
nitrofurantoínas, como Furadantin e Macrobid - foi
maior.
Antibióticos à base de sulfa são os mais antigos e
estudos com animais já indicavam um potencial risco à
gestação. As nitrofurantoínas, no entanto, eram
anteriormente consideradas seguras pelos médicos.
61. 61
"É a primeira vez que foi identificada uma associação
entre medicamentos para o trato urinário e defeitos de
nascença", diz Krista Crider, geneticista do Centro de
Controle e Prevenção de Doenças e principal autora do
estudo. "Serão necessários estudos adicionais para
confirmar esses resultados."
"A pesquisa é importante, pois avaliou drogas usadas
há décadas sem que houvesse estudos mais amplos
sobre sua segurança", afirma Michael Katz da
Fundação March of Dimes, organização que tem como
objetivo promover a saúde de bebês. "Alguns médicos
não estão tão atentos ao assunto como deveriam,
portanto, os pacientes têm o direito de questioná-los",
afirma Katz.
62. 5.5) Rifamicina (Rifocina®)
É um análogo da rifampicina (Rifaldin®) – agente
utilizado por v.o.;
Ativo contra Mycobacterium tuberculosis e germes gram
+;
Há desenvolvimento de rápida resistência (associada a
outros);
Administração parenteral (i.m. e e.v.);
Inibe a RNA-polimerase DNA-dependente (síntese de
RNA) – bactericida (atividade seletiva para bactérias);
Pode corar de laranja ou vermelho-alaranjado a pele, a
urina, as lágrimas (lentes de contato) e as mucosas.
63. Novas Classes de Antibacterianos
Quinupristina/dalfopristina (Synercid®)
Derivados semi-sintéticos da pristinamicina;
Antibacterianos da classe das estreptograminas;
Uso e.v.;
Inibem a síntese de proteínas.
Linezolida (Zyvox®)
Pertence à classe das oxazolidinonas;
Disponível para v.o. e e.v.;
Meia-vida plasmática longa (dose única diária);
Inibem a síntese de proteínas.
74. PROBLEMATIZAÇÕES
Quais os mecanismos envolvidos na resistência
bacteriana? Justifique a associação de penicilina
com clavunalato.
Explique como os fatores abaixo podem interferir na
escolha da antibioticoterapia adequada:
Local da infecção;
Resistência bacteriana;
Estado imunológico;
Fatores etários;
História pregressa de hipersensibilidade.
75. Justifique por que os medicamentos abaixo são
proscritos nas condições apontadas:
Sulfas – pacientes imunodeprimidos;
Tetraciclinas – pacientes com osteoporose;
Vancomicina – pacientes nefropatas;
Polimixina – pacientes com disfunção neurológica;
Bacitracina – paciente nefropata.
PROBLEMATIZAÇÕES
76. Por que os antibióticos são mais parasitrópicos e
menos organotrópicos que os antifúngicos?
Discorra sobre os efeitos nocivos das sulfas.
Por que os antibacterianos de amplo espectro
são muito utilizados em unidades de terapia
intensiva?
PROBLEMATIZAÇÕES
77. Por que antibacterianos muito tóxicos são
opções farmacológicas importantes
em pacientes críticos?
Cite três cuidados importantes durante
a terapia com antibacterianos.
Qual o alvo principal dos antibacterianos
de última geração?
PROBLEMATIZAÇÕES