O Sistema Barraginhas consiste em
dotar as áreas de pastagens, as lavouras
e as beiras de estradas, onde ocorram
enxurradas, de vários miniaçudes distribuídos
na propriedade, de modo que cada
um retenha a água da enxurrada, evitando
erosões, voçorocas (mega erosões) e assoreamentos,
e amenizando as enchentes.
Durante o período de 21 a 24 de setembro de 2014, os estudantes do terceiro ano do curso técnico integrado em Automação Industrial, do Instituto Federal da Bahia, realizaram uma visita técnica à cidade de Paulo Afonso. A visita técnica tinha por objetivo apresentar aos discentes o contexto das práticas industriais, abordando aspectos estudados ao decorrer do curso em contexto prático.
Durante a visita que se estendeu por quatro dias, visitou-se as hidrelétricas de Paulo Afonso, indo desde a Paulo Afonso I à IV, além da visita à hidro elétrica de Xingó, no Estado de Alagoas. Dentro do contexto da visita, abordou-se principalmente aspectos referentes à eletrotécnica. Contudo, foi possível – dentro do conhecimento técnico do guia da visita, formado em eletrotécnica – abordar questões referente ao controle industrial, aplicado à hidro elétrica de Xingó.
Nesse relatório, abordar-se-á apenas os aspectos técnicos referente à está última hidrelétrica, tendo em vista que nas primeiras visitas realizadas não abordou-se aspectos específicos do controle dessas. Deste modo, o objetivo desse trabalho é efetuar uma abordagem descritiva a respeito da visita técnica à Hidro Elétrica de Xingó (HEX), no que diz respeito aos aspectos de controle abordados na visita.
Pretende-se ilustrar os equipamentos, instrumentos, malhas e sistemas de medição encontrados no decorrer da visita, descrevendo-os sempre que possível. A premissa essencial desse relatório é efetuar o registro dos conhecimentos obtidos, confrontando, quando for cabível, a prática e a teoria. Com esse relatório, busca-se responder aos questionamentos docentes solicitados, desde que tenham sido esses abordados durante a visita técnica.
As principais pragas observadas no feijoeiro são divididas em pragas de solo e pragas da parte aérea. Elas causam danos estruturais ao se alimentarem das partes das plantas de feijão, e algumas agem como vetores de doenças. Os resultados obtidos pelos ataques dessas pragas podem causar a morte e o mau desenvolvimento da planta e redução da qualidade dos grãos. A Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri) e a Mosca branca (Bemisia tabaci) são exemplos de insetos-pragas que acometem a cultura do feijoeiro.
O manejo de pragas no feijoeiro é uma técnica utilizada com o principal objetivo de deixar a densidade populacional da praga abaixo do nível de dano, isto é, o número de indivíduos que trazem prejuízo ao produtor.
A amostragem é realizada para identificar se os danos causados pelas pragas atingiram o nível de dano econômico.
Existem dois tipos, sendo o primeiro quando o feijoeiro se encontra desde a emergência até o estágio de três a quatro folhas trifolioladas e o segundo após esse período.
No primeiro caso, deve-se amostrar as plantas em 2m de linha. Após o estágio de três a quatro folhas trifolioladas, as plantas devem ser batidas vigorosamente sobre um pano de batida, que deve ser colocado entre as duas fileiras do plantio, para deslocar os insetos e os inimigos naturais. Finalizadas as amostragens, é preciso consultar a ficha técnica e comparar com o nível de controle obtido. Se o nível para o controle da praga for atingido, deve-se efetuar o controle corretamente, podendo ser biológico, químico, cultural ou outros.
É necessário compreender as condições climáticas ideais para que a aplicação seja bem sucedida. As condições ideais de aplicação são: temperatura abaixo de 30° C, velocidade do vento entre 2 e 8 km/h, umidade relativa do ar acima de 50%, pH da calda variando entre 5 e 6, não aplicação na presença de orvalho e tamanho de gota adequado.
Durante o período de 21 a 24 de setembro de 2014, os estudantes do terceiro ano do curso técnico integrado em Automação Industrial, do Instituto Federal da Bahia, realizaram uma visita técnica à cidade de Paulo Afonso. A visita técnica tinha por objetivo apresentar aos discentes o contexto das práticas industriais, abordando aspectos estudados ao decorrer do curso em contexto prático.
Durante a visita que se estendeu por quatro dias, visitou-se as hidrelétricas de Paulo Afonso, indo desde a Paulo Afonso I à IV, além da visita à hidro elétrica de Xingó, no Estado de Alagoas. Dentro do contexto da visita, abordou-se principalmente aspectos referentes à eletrotécnica. Contudo, foi possível – dentro do conhecimento técnico do guia da visita, formado em eletrotécnica – abordar questões referente ao controle industrial, aplicado à hidro elétrica de Xingó.
Nesse relatório, abordar-se-á apenas os aspectos técnicos referente à está última hidrelétrica, tendo em vista que nas primeiras visitas realizadas não abordou-se aspectos específicos do controle dessas. Deste modo, o objetivo desse trabalho é efetuar uma abordagem descritiva a respeito da visita técnica à Hidro Elétrica de Xingó (HEX), no que diz respeito aos aspectos de controle abordados na visita.
Pretende-se ilustrar os equipamentos, instrumentos, malhas e sistemas de medição encontrados no decorrer da visita, descrevendo-os sempre que possível. A premissa essencial desse relatório é efetuar o registro dos conhecimentos obtidos, confrontando, quando for cabível, a prática e a teoria. Com esse relatório, busca-se responder aos questionamentos docentes solicitados, desde que tenham sido esses abordados durante a visita técnica.
As principais pragas observadas no feijoeiro são divididas em pragas de solo e pragas da parte aérea. Elas causam danos estruturais ao se alimentarem das partes das plantas de feijão, e algumas agem como vetores de doenças. Os resultados obtidos pelos ataques dessas pragas podem causar a morte e o mau desenvolvimento da planta e redução da qualidade dos grãos. A Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), a Cigarrinha-verde (Empoasca kraemeri) e a Mosca branca (Bemisia tabaci) são exemplos de insetos-pragas que acometem a cultura do feijoeiro.
O manejo de pragas no feijoeiro é uma técnica utilizada com o principal objetivo de deixar a densidade populacional da praga abaixo do nível de dano, isto é, o número de indivíduos que trazem prejuízo ao produtor.
A amostragem é realizada para identificar se os danos causados pelas pragas atingiram o nível de dano econômico.
Existem dois tipos, sendo o primeiro quando o feijoeiro se encontra desde a emergência até o estágio de três a quatro folhas trifolioladas e o segundo após esse período.
No primeiro caso, deve-se amostrar as plantas em 2m de linha. Após o estágio de três a quatro folhas trifolioladas, as plantas devem ser batidas vigorosamente sobre um pano de batida, que deve ser colocado entre as duas fileiras do plantio, para deslocar os insetos e os inimigos naturais. Finalizadas as amostragens, é preciso consultar a ficha técnica e comparar com o nível de controle obtido. Se o nível para o controle da praga for atingido, deve-se efetuar o controle corretamente, podendo ser biológico, químico, cultural ou outros.
É necessário compreender as condições climáticas ideais para que a aplicação seja bem sucedida. As condições ideais de aplicação são: temperatura abaixo de 30° C, velocidade do vento entre 2 e 8 km/h, umidade relativa do ar acima de 50%, pH da calda variando entre 5 e 6, não aplicação na presença de orvalho e tamanho de gota adequado.
O Sorghum bicolor L. Moench tem como principal objetivo final uma perfeita qualidade dos grãos. Estes são utilizados para alimentação animal, fabricação de farinha, amido industrial etc. Além dos grãos, a planta em si, é utilizada para forragem e ainda silagem. Há uma classificação quanto à diferenciação agrícola e quanto ao tempo de ciclo. Possui mecanismos que o fazem destacar em relação à seca, absorção de água e retenção da mesma; estas características o colocam sempre em comparações com o milho. Resiste à solos arenosos e argilosos, através da produção de conteúdos fenólicos também resiste à ataque de pássaros, fungos e outros agentes e está em crescimento quando se trata de produção de etanol. Resumidamente se é possível observar que mesmo sendo uma cultural "recente", principalmente no Brasil, ele vem se destacando e ganhando seu espaço.
Perspectivas e Oportunidades para a Agricultura do FuturoPortal Canal Rural
O pesquisador da Embrapa e consultor do projeto Eu Produzo, Eu Preservo, Eduardo Assad, elaborou uma apresentação reunindo perspectivas e oportunidades para a agricultura sustentável.
Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar resultados de estudos prévios e para gerar informações a serem usadas na tomada de decisões.
A apresentação de tema "Diferenças Fisiológicas" tem como intuito abordar o funcionamento da fotossíntese, distinguindo de maneira sistemática suas fases: fase clara e suas subfases, e a fase escura. Além disso é abordado também como e porque ocorre a fotorrespiração, classificação de plantas entre mono e eudicotiledôneas, plantas C3, C4 e CAM, além de assuntos como hábitos de crescimento da cultura da soja e tipos de germinação. É de extrema importância compreender todos estes processos e diferenciações para que haja uma assertiva escolha de material e manejo da lavoura.
JOÃO VITTOR DE SOUSA AVELINO
ENGENHARIA AGRONÔMICA
Processamento da Cana-de-açúcar
[PRODUÇÃO DE ÁLCOOL, AÇÚCAR (TIPOS DE AÇÚCAR), MELAÇO, MEL, RAPADURA]
TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Custos de Produção de Milho - Joao Mutondo
Workshop de investigação "Investimentos públicos, políticas e mercados agrícolas para a segurança alimentar e a transformação económica de Moçambique", Maputo, Moçambique, 20 de novembro, 2014
Abc da agricultura como capturar enxames em vooLenildo Araujo
A captura de enxames em voo ou
recém-pousados é uma técnica de povoamento
das colmeias vazias a ser aplicada
pelos agricultores familiares e apicultores
para aumentar a produção em seus apiários.
É um método ativo de captura de
abelhas, pois exige que os agricultores se
deparem com um enxame em deslocamento
e o interceptem, alojando-o dentro
de uma caixa vazia.
em algumas situações, pode ser necessário alimentar os enxames artificialmente.
Nas épocas de escassez prolongada de floradas, por exemplo, quando a reserva de alimento natural nos favos torna-se insuficiente, a alimentação artificial pode garantir
a sobrevivência dos enxames
O Sorghum bicolor L. Moench tem como principal objetivo final uma perfeita qualidade dos grãos. Estes são utilizados para alimentação animal, fabricação de farinha, amido industrial etc. Além dos grãos, a planta em si, é utilizada para forragem e ainda silagem. Há uma classificação quanto à diferenciação agrícola e quanto ao tempo de ciclo. Possui mecanismos que o fazem destacar em relação à seca, absorção de água e retenção da mesma; estas características o colocam sempre em comparações com o milho. Resiste à solos arenosos e argilosos, através da produção de conteúdos fenólicos também resiste à ataque de pássaros, fungos e outros agentes e está em crescimento quando se trata de produção de etanol. Resumidamente se é possível observar que mesmo sendo uma cultural "recente", principalmente no Brasil, ele vem se destacando e ganhando seu espaço.
Perspectivas e Oportunidades para a Agricultura do FuturoPortal Canal Rural
O pesquisador da Embrapa e consultor do projeto Eu Produzo, Eu Preservo, Eduardo Assad, elaborou uma apresentação reunindo perspectivas e oportunidades para a agricultura sustentável.
Um experimento é um inquérito planeado para obtenção de novos factos ou para confirmar resultados de estudos prévios e para gerar informações a serem usadas na tomada de decisões.
A apresentação de tema "Diferenças Fisiológicas" tem como intuito abordar o funcionamento da fotossíntese, distinguindo de maneira sistemática suas fases: fase clara e suas subfases, e a fase escura. Além disso é abordado também como e porque ocorre a fotorrespiração, classificação de plantas entre mono e eudicotiledôneas, plantas C3, C4 e CAM, além de assuntos como hábitos de crescimento da cultura da soja e tipos de germinação. É de extrema importância compreender todos estes processos e diferenciações para que haja uma assertiva escolha de material e manejo da lavoura.
JOÃO VITTOR DE SOUSA AVELINO
ENGENHARIA AGRONÔMICA
Processamento da Cana-de-açúcar
[PRODUÇÃO DE ÁLCOOL, AÇÚCAR (TIPOS DE AÇÚCAR), MELAÇO, MEL, RAPADURA]
TECNOLOGIA DE PRODUTOS DE ORIGEM VEGETAL
Custos de Produção de Milho - Joao Mutondo
Workshop de investigação "Investimentos públicos, políticas e mercados agrícolas para a segurança alimentar e a transformação económica de Moçambique", Maputo, Moçambique, 20 de novembro, 2014
Abc da agricultura como capturar enxames em vooLenildo Araujo
A captura de enxames em voo ou
recém-pousados é uma técnica de povoamento
das colmeias vazias a ser aplicada
pelos agricultores familiares e apicultores
para aumentar a produção em seus apiários.
É um método ativo de captura de
abelhas, pois exige que os agricultores se
deparem com um enxame em deslocamento
e o interceptem, alojando-o dentro
de uma caixa vazia.
em algumas situações, pode ser necessário alimentar os enxames artificialmente.
Nas épocas de escassez prolongada de floradas, por exemplo, quando a reserva de alimento natural nos favos torna-se insuficiente, a alimentação artificial pode garantir
a sobrevivência dos enxames
Abc da agricultura como capturar enxames com caixaisLenildo Araujo
Entre as diversas maneiras de se povoar
colmeias e formar apiários produtores
de mel, está a captura de enxames com
caixas-isca, um método passivo em que
apicultores atraem enxames e os alojam no
interior de caixas previamente preparadas.
O software Adobe® Captivate® 7 oferece suporte aperfeiçoado para conteúdo de eLearning baseado em HTML5 e também permite que você crie cursos que atendam aos padrões de acessibilidade.* Acrescente mais interatividade aos seus cursos arrastando e soltando módulos, transmissão de vídeo do YouTube ou navegação na web no próprio curso. Grave áudio do sistema junto com a narração. Gere modelos de ação avançada reutilizáveis. Importe perguntas no formato GIFT para criar testes instantaneamente. E, agora, também é possível publicar em LMSs compatíveis com o Tin Can.
Geralmente, as minhocas são conhecidas
por afofarem a terra e transformarem a matéria
orgânica em “alimento” para as plantas.
Esse alimento produzido pelas minhocas,
com o auxílio de microrganismos, também é
conhecido como húmus de minhoca.
Material elaborado para ser utilizado nos cursos e oficinas para os pequenos produtores da região de Jussara - GO, entre os anos de 2014 e 2015, pela parceria ATER/INCRA/PROSAFRA. O material na íntegra está disponibilizado no site do Clube de Autores.
Abc da agricultura produto artesanal preco de vendaLenildo Araujo
O artesanato brasileiro é um dos mais
ricos e diversificados negócios do mundo,
pois faz parte do nosso folclore, revelando
usos, costumes, tradições e características
de cada região brasileira. O artesanato
preserva, assim, o patrimônio histórico
e cultural das regiões. Além disso, essa
atividade muitas vezes é um atrativo para
o turismo.
Workshop- Como gerenciar o estresse e melhorar a qualidade de vida através da...João Siqueira da Mata
A meditação vem despertando a atenção não só dos profissionais da área de saúde, como também de organizações e empresas que estão preocupadas em proporcionar aos seus funcionários, programas que disponham de métodos destinados ao controle do stress e à melhoria da produtividade e da qualidade de vida.
Plantas Medicinais Nativas e Exóticas
Promover o conhecimento multidisciplinar para uma melhor compreensão da ciência das plantas medicinais. Este material é resultante de uma pesquisa onde foi feito levantamento de artigos na área de Etnobotânica em língua portuguesa e espanhola além de plantas exóticas mais utilizadas no Brasil.
Projeto cadastrado junto ao Fhidro, visando obter recursos para construção de bacias de contenção de águas pluviais (barraginhas) na sub bacia do Ribeirão Canabrava em Poméu-MG
Implantação do Reuso da Água de Chuva em Residências RuraisAugusto Garcez
Trabalho realizado para a matéria Saneamento Ambiental, com desenvolvimento de projetos para a implantação do reuso da água de chuva, em residências rurais, no município de Andorinha/BA.
Abc da agricultura formas de garantir agua na seca 2Lenildo Araujo
Durante o tempo das chuvas, uma propriedade
rural, mesmo no sertão, recebe uma boa
quantidade de água de chuva. Se fosse possível,
de alguma forma, coletar toda a água de uma
chuva de 50 milímetros que caia em uma tarefa
de terra, o resultado seria 150 mil litros de água.
Este volume de água é suficiente para encher 30
carros-pipa!
Coleção Saber na Prática - Vol. 1, Banheiro Seco Cepagro
Vol. 1, Banheiro Seco - O trabalho com esta Tecnologia Social iniciou-se junto a agricultores da Rede Ecovida de Agroecologia, que demandavam sanitários próximos aos locais de cultivo visando a ecologização completa das propriedades, seguindo princípios da permacultura. Do litoral de Santa Catarina a experiência disseminou-se para o semiárido nordestino, com apoio técnico e elaboração de material didático pelo Cepagro. A iniciativa culminou na construção de mais de uma centena de Banheiros Secos na região de Pesqueira, em Pernambuco.
Coleção Saber na Prática / Vivências em Agroecologia - Esta coleção apresenta a sistematização de metodologias adotadas pelo Cepagro em seu trabalho de organização popular,dirigido a famílias em comunidades rurais e urbanas do Litoral Catarinense, Grande Florianópolis e Alto Vale do Itajaí.
A coleção é focada nas ações a partir de 2006, quando foram firmados os convênios com a IAF (Fundação Interamericana) e outros parceiros de cooperações internacionais e entes públicos.
Dividida em 4 volumes, representa um registro histórico e metodológico que visa auxiliar outras organizações a replicarem as ações apresentadas - levando em conta
o que há de afinidades e diferenças entre as realidades, sempre no sentido de adotar técnicas sustentáveis de Agricultura e Gestão de Resíduos Orgânicos.
Abc da agricultura preservação e uso da caatinga 2Lenildo Araujo
Esta cartilha é um recurso para a educação das
populações sertanejas sobre a Caatinga, sua
importância e sobre o que se pode fazer para
preservá-Ia. Destina-se a todos os sertanejos
nordestinos e, principalmente, aos jovens estudantes,
para que possam entender o valor do ambiente em
que vivem e como evitar sua degradação.
Um dos maiores "depósitos de água subterrânea" do mundo, fica na América do Sul, tendo boa parte no sub-solo brasileiro.
Precisamos preservar e proteger o Aquífero Guarani evitando sua poluição e contaminação, pois representa a água do futuro de muitas cidades brasileiras.
Visite o Blog SOS Rios do Brasil e pesquise todos os artigos postados sobre o Aquífero Guarani.
Prof. Jarmuth Andrade
http://sosriosdobrasil.blogspot.com
Como criar e administrar associaçoes de produtores ruraisLenildo Araujo
O presente Manual, elaborado pelo Assessor do PNFC Eloy Ferreira Diniz, tem como objetivo apoiar os processos de constituição e de funcionamento administrativo- financeiro das associações de produtores rurais.
Esta Publicação é mais um instrumento que o Departamento de Cooperativismo e Associativismo, da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo
– SDC, coloca à disposição de quantos tenham o compromisso de fazer este País mais justo, criando melhores condições no campo, com maiores benefícios sociais, tecnológicos, culturais e materiais canalizados pelas associações de agricultores.
Muitos agricultores do semi-árido têm se empenhado na criação das abelhas africanizadas e algumas espécies de abelhas nativas, como as mandaçaias, jataí e jandaíra. A munduri é relegada ao segundo plano ou mesmo não é criada, sendo apenas alvo de ações extrativistas por parte
dos “meleiros”. Esse quadro é preocupante, pois devido ao intenso desmatamento, a desertificação causada pelo mau uso do solo, queimadas, a pobreza e outros problemas sócio-ecológicos que afligem a caatinga nordestina, essa espécie corre sério risco de redução de colônias nessa região.
Manual tecnológico mel de abelhas sem ferrãoLenildo Araujo
As informações contidas neste manual retratam o universo pouco conhecido da meliponicultura, ou criação de abelhas nativas sem ferrão. O Instituto Sociedade, População e Natureza - ISPN, por meio do Programa de Pequenos Projetos
Ecossociais (PPP-ECOS/Small Grants Programme), do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (GEF) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), tem apoiado centenas de iniciativas de agricultores familiares e comunidades tradicionais, que buscam não apenas a produtividade, mas a inter-relação de espécies
nativas com benefícios para os ecossistemas e as comunidades locais.
Receitas que fazem parte de cadernos identificados com as raízes de Minas Gerais, porque vêm da tradição de nossas avós, mães, mulheres simples, mas bravas mulheres, que se perpetuaram em nossas lembranças pelo cheiro bom da comida servida com muito carinho.
Durante a pior fase da seca, é preciso
encontrar formas de garantir a sobrevivência
dos animais. A experiência do povo que vive
no Semi-Árido, somada ao conhecimento dos
técnicos, tem mostrado que isso é possível.
Há muitas formas de enfrentar a seca, e este
texto mostra algumas que, não sendo complicadas
nem caras, compensam o trabalho.
O esforço é grande, mas vale a pena, pois
pode salvar seus animais.
Abc da agricultura alimentação das criações na seca 1Lenildo Araujo
Você pode reservar pastos para serem cortados
e fornecidos em cochos aos animais durante o
período seco .
. Os melhores pastos para reservar são a palma
forrageira e o capim-elefante.
Abc da agricultura alimentação das criações na seca 2Lenildo Araujo
o feno é a planta forrageira verde que foi seca,
para diminuir' sua quantidade de água. O feno tem
praticamente o mesmo valor alimentar que a planta
verde e é uma ótima forma de guardar alimento
para os animais na seca.
Abc da agricultura alimentação das criações na seca 3Lenildo Araujo
~ silagem é a planta forrageira fermentada.
E uma ótima opção para alimentar o gado na seca.
Para ser fermentada, a planta é cortada verde,
triturada e colocada bem "socada", num lugar
sem ar.
Abc da agricultura alimentação das criações na seca 4Lenildo Araujo
Não desperdice restos de cultivo e do beneficiamento
dos produtos agrícolas, bem como outros
materiais que existem naturalmente na sua
propriedade. Eles podem ser guardados para a
alimentação animal durante o período seco.
Abc da agricultura saneamento basico ruralLenildo Araujo
As tecnologias de Saneamento Básico
Rural da Embrapa são soluções simples
para o tratamento de água e esgoto no
campo, e foram criadas para atender propriedades
rurais que ainda não possuem
saneamento básico adequado. O objetivo é
reduzir a ocorrência de doenças, auxiliar na
preservação do meio ambiente e aumentar
a qualidade de vida dessa população.
A criação de suínos sobre cama, que está ganhando espaço considerável entre os suinocultores, principalmente por facilitar o manejo dos dejetos, também apresenta peculiaridades que merecem e precisam ser tratadas de forma específica. Informações sobre a produção de suínos sobre cama poderão ser obtidas em várias publicações da Embrapa Suínos e Aves.
Este manual visa apresentar, de forma detalhada e didática, os passos e os controles necessários para cada etapa de produção do queijo prato, permitindo ao queijeiro maior facilidade na assimilação das informações.
O manual visa apresentar, de forma detalhada e didática, os passos e os controles necessários para cada etapa de produção do queijo parmesão, permitindo ao processador maior facilidade na assimilação das informações.
Este manual visa apresentar, de forma detalhada e didática, os passos e os controles necessários para cada etapa de produção do queijo mussarela, permitindo ao queijeiro maior facilidade na assimilação das informações.
2. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Milho e Sorgo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Embrapa Informação Tecnológica
Brasília, DF
2009
Barraginhas
Água de chuva
para todos
4. Autores
Luciano Cordoval de Barros
Engenheiro-agrônomo, especializado em Irrigação
e Drenagem e analista da Embrapa Milho e Sorgo,
Sete Lagoas, MG
cordoval@cnpms.embrapa.br
Paulo Eduardo de Aquino Ribeiro
Químico, Mestre em Química, especializado em
Gestão Ambiental, analista da Embrapa Milho e
Sorgo, Sete Lagoas, MG
pauloedu@cnpms.embrapa.br
5.
6. Apresentação
Empenhada em auxiliar o pequeno produtor, a
Embrapa lança o ABC da Agricultura Familiar, que
oferece valiosas instruções sobre o trabalho no campo.
Elaboradas em linguagem simples e objetiva,
as publicações abordam temas relacionados à
agropecuária e mostram como otimizar a atividade
rural. A criação de animais, técnicas de plantio,
práticas de controle de pragas e doenças, adubação
alternativa e fabricação de conservas de frutas são
alguns dos assuntos tratados.
De forma independente ou reunidas em
associações, as famílias poderão beneficiar-se
dessas informações e, com isso, diminuir custos,
aumentar a produção de alimentos, criar outras fontes
de renda e agregar valor a seus produtos.
Assim, a Embrapa cumpre o propósito adicional
de ajudar a fixar o homem no campo, pois coloca
a pesquisa a seu alcance e oferece alternativas de
melhoria na qualidade de vida.
Fernando do Amaral Pereira
Gerente-Geral
Embrapa Informação Tecnológica
7.
8. Sumário
Introdução................................................ 9
Como funciona o Sistema
Barraginha.............................................. 10
Clima e solo............................................ 13
Mobilização da comunidade................... 16
Localização das barraginhas na
propriedade............................................ 23
Época ideal da construção..................... 25
Benefícios e vantagens.......................... 30
Modelos implantados............................. 33
9.
10. 99
Introdução
Nas últimas quatro décadas, com o
desmatamento acelerado em nosso País,
foram introduzidas lavouras e pastagens,
sem os devidos cuidados de conservação
de solo e sem a preocupação com repo-
sição de nutrientes.
Essas pastagens introduzidas cresce-
ram vigorosas, o que motivou os produtores
a adotarem maior densidade de gado por
área, acelerando a compactação dos so-
los, a qual reduziu as taxas de infiltração da
água das chuvas, provocando escorrimento
superficial em forma de enxurrada.
Assim, terra e nutrientes foram arras-
tados pela erosão (laminar e sulcada), um
processo que acelerou a degradação do
solo e afetou a sustentabilidade agrícola.
Para reverter esse quadro, a Embrapa
Milho e Sorgo, sediada no Município de Sete
Lagoas, em Minas Gerais, desenvolveu o
Projeto Barraginhas, um sistema de mini-
11. 10
Foto:LucianoCordovaldeBarros
açudes (minibacias) destinado a conter as
águas das chuvas (enxurradas), por repre-
samento.
Barraginhas dispersas (distribuídas) na propriedade.
Como funciona o Sistema
Barraginhas
Da mesma maneira que um telhado,
a superfície do solo recebe a água das
chuvas, concentrando-a em enxurrada que,
12. 11
à medida em que escorre sobre o solo, se
avoluma até formar erosão, causando mui
tos danos ao terreno.
O Sistema Barraginhas consiste em
dotar as áreas de pastagens, as lavouras
e as beiras de estradas, onde ocorram
enxurradas, de vários miniaçudes distribuí-
dos na propriedade, de modo que cada
um retenha a água da enxurrada, evitando
erosões, voçorocas (mega erosões) e asso-
reamentos, e amenizando as enchentes.
O Sistema Barraginhas ajuda a apro-
veitar, de forma eficiente, a água das
chuvas irregulares e intensas. Ao barrar
(reter) a água de uma chuva intensa, as
barraginhas darão tempo para que essa
água se infiltre no solo, recarregando o
lençol freático. Quanto mais rápido essa
água se infiltrar no solo, mais eficiente
será a barraginha. Assim, ela estará apta a
colher a próxima chuva e sucessivamente
todas as chuvas que ocorrerem.
13. 12
Por sua vez, a recarga do lençol freático
abastecerá os mananciais que mantêm
as nascentes, cacimbas e córregos.
Também umedecerá o entorno de cada
barraginha, o que propiciará lavouras iso-
ladas. Ao umedecer as baixadas, serão
criadas condições para uma agricultura
de qualidade e sem riscos, produção de
alimentos e melhorias no sustento das
famílias, além de geração de renda (local e
regional). Essas vantagens também são
refletidas nas feiras, no comércio, na saúde,
e na satisfação às populações beneficiadas.
Ilustração:LucianoCordovalde
Barros
Esquema de funcionamento do Sistema Barraginhas.
14. 13
A água contida numa barraginha
infiltra-se continuamente nos seutidos ver
tical e horizontal formando uma “franja
úmida” crescente e abastece um grande
reservatório subterrâneo, o lençol freático.
Clima e solo
O Sistema Barraginhas de captação
de água de chuvas tem uma amplitude de
atuação em regiões com precipitações de
500 milímetros a 1.800 milímetros, atuando
nos períodos de chuvas intensas, quando
ocorrem enchentes.
Comparada com outras regiões semi-
áridas do mundo, a Região Semiárida
brasileira é uma das mais chuvosas. Seu
maior problema é a má distribuição dessas
chuvas.
Nessa região, a distribuição das chuvas
geralmente ocorre da seguinte maneira:
chove de 500 milímetros a 1.000 milímetros,
15. 14
mas pode cair um terço entre 10 e 15 dias,
com um longo período de estiagem de 60
dias, e voltar a chover outra terça parte em
outros 15 dias, e o terço final daí a 30 dias.
Assim, são três períodos de abundância,
em que grande parte desse volume pluvial
não se infiltrará no local, escorrendo para
formar enxurradas e enchentes.
Por isso é que foi criado o Sistema Bar-
raginhas, o qual atua com um mecanismo
para colher e armazenar as águas nesses
momentos de abundância, que serão usa-
das quando necessário, pois ao umedecer
o solo, são aproveitadas na agricultura e na
abertura de cacimbas e cisternas.
Na região subúmida, onde chove 1.800
milímetros, os momentos de abundância
vão de 8 a 10 recorrências, e em anos
chuvosos até 12 recorrências.
Assim, quanto mais barrentas forem as
enxurradas e enchentes, mais indicadoras
16. 15
elas serão de erosões, degradação e empo-
brecimento dos solos. Aqui, é oportuno
destacar a Região do Cerrado, com predo-
minância de solos porosos e profundos, os
Latossolos Vermelhos e Amarelos. Nessa
região, o Sistema Barraginhas tem função
maior, como controle de erosão, contenção
de assoreamentos, recarregamento do
lençol freático, revitalização de mananciais
e amenização de enchentes.
Por isso, as barraginhas dessa região
porosa são menores, com 15 metros de
diâmetro, e volume entre 100 metros cúbi-
cos e 150 metros cúbicos (10 a 15 cami-
nhões-pipa). Já no Vale do Jequitinhonha,
em Minas Gerais e no Piauí, onde predomi-
nam solos rasos, com capacidade média a
baixa de infiltração, essas barraginhas são
ligeiramente maiores, chegando a medir 20
metros de diâmetro, e com capacidade de
armazenamento de até 300 metros cúbicos,
com maior tempo para sua infiltração entre
uma chuva e outra.
17. 16
Mobilização da comunidade
De que forma o município
participa do projeto
Embora os produtores possam participar
isoladamente desse projeto, na grande maio-
ria dos casos, eles participam coletivamente,
envolvendo sua comunidade. Mesmo que
cada produtor pretenda construir barraginhas
Foto:LucianoCordovaldeBarros
Barraginhas no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
18. 17
por conta própria, tanto a mobilização como
os treinamentos são feitos em comum (em
grupo). A mobilização é dividida em quatro
fases:
Primeiros contatos – Acontece por meio
de palestra ou reunião, apresentada por
participantes do projeto. Normalmente, um
multiplicador/disseminador faz o primeiro
contato levando a ideia/projeto à comuni-
dade.
Normalmente, esses multiplicadores são
técnicos da Emater ou de alguma organi-
zação não governamental (ONG), sindicatos
ouvoluntários.Existemtambémosprimeiros
contatos de quem assistiu pela TV, leu em
jornais ou em revistas, ou ouviu falar desse
sistema no município vizinho. Assim, os
multiplicadores interessados entram em
contato com a Embrapa, iniciando-se o
envolvimento.
Visita ao projeto-piloto – O segundo passo
consiste em organizar uma visita da comuni-
19. 18
dade para que os participantes conheçam os
projetos-piloto da região. Para que essa
visita ocorra com sucesso, recomenda-se
o envolvimento do Poder Público para provi-
denciar transporte, despesas com refeições,
etc.
Nota: essa parceria é importante em todas as
fases do projeto.
Foto:JoséAntônioRibeiro
Visita da comunidade a projeto-piloto, no Município de Minas Novas, em
Minas Gerais.
20. 19
Treinamento no local – A terceira fase
acontece na comunidade. Agenda-se uma
data e, durante esse treinamento, aprende-
se a localizar (marcar) as barraginhas nos
veios das enxurradas e se constroem duas
barraginhas, ficando treinados técnicos,
operadores de máquinas e beneficiários
para entenderem e fiscalizarem os traba-
lhos futuros.
Construção das primeiras barraginhas –
Uma vez motivados os usuários, inicia-se
democraticamente o processo de adesão
e de cadastramento dos beneficiários, de-
cidindo-se quantas barraginhas serão fei-
tas por comunidade e beneficiário.
Nessas quatro fases, é importante que a
gestãosejaprópriadacomunidade,mascom
apoio do Poder Público no envolvimento,
no financiamento (parcial ou total) das
despesas e no uso de máquinas. O intuito
dessa parceria é aproximar a comunidade,
os técnicos e o Poder Público. Normal-
22. 21
mente, após 50, 100 ou 200 barraginhas
prontas, organiza-se um Dia de Campo,
que se repetirá quando se chegar às 500,
às 1.000 ou mais barraginhas.
Municípios-vitrine
Dezenas de municípios e centenas de
comunidades, com 100 a 200 barraginhas,
já se tornaram vitrines demonstrativas desse
projeto. Por sua vez, os beneficiários das
barraginhas se tornaram multiplicadores
dessa tecnologia social da Embrapa.
Alguns municípios que aderiram ao
Projeto Barraginhas são referência como
“vitrines” para visitações, como Lagamar,
Januária, Janaúba, Minas Novas (no Vale
do Jequitinhonha), e mais recentemente em
Formiga, todos em Minas Gerais.
No semiárido do Piauí, já foram implan-
tadas 300 barraginhas em cada um dos
seguintes municípios: Santa Luz, Guaribas,
São Lourenço, Caracol, Coronel José Dias,
23. 22
Anísio de Abreu, João Costa, Oeiras, Pais
Landim, Acauã, Paulistana.
Já no Ceará, na região do Cariri, foram
implantadas 100 barraginhas em cada
um dos cinco municípios beneficiados,
são eles: Jati, Jardim, Caririaçú, Várzea
Alegre e Juazeiro do Norte.
Fonte:FundaçãoMussambêdoCeará
Barraginha abastecendo lençol freático de cisterna.
É importante destacar o apoio de Ema-
ters, do sindicato dos trabalhadores rurais,
24. 23
das prefeituras e do Ministério Público
Estadual, que através do termo de ajuste
de conduta (TAC), transformam multas
ambientais em barraginhas. Essa troca de
multas por barraginhas já proporcionou a
implantação de 5.000 barraginhas em 26
municípios do norte de Minas Gerais.
Destacam-se ainda como patrocina-
dores deste projeto a Fundação Banco
do Brasil, Petrobras, Agência Nacional
das Águas (ANA), Ministério do Desen-
volvimento Social (MDS), Ministério do
Meio Ambiente (MMA), doações estran-
geiras e a Fiat, que, em 2004, patrocinou
1.000 barraginhas em Minas Novas, em
Minas Gerais.
Localização das barraginhas
na propriedade
Com os produtores organizados por
um objetivo comum, a atividade passa a
25. 24
ser interna, “da porteira para dentro da
propriedade”, ou seja, entre o técnico e o
produtor rural, o principal ator do projeto. É
ele quem conhece o terreno e quem levará
o técnico aos locais das enxurradas ou aos
pontos estratégicos onde as barraginhas
devem ser construídas.
Com o objetivo de barrar as enxurradas,
as barraginhas são construídas de forma
dispersa pela propriedade: nas partes altas
e médias da propriedade, nas pastagens,
nas lavouras, nos bigodes de estradas e
até nas entradas de voçorocas.
Como as enxurradas se espalham em
várias direções e lugares das propriedades,
as barraginhas também devem seguir o
mesmo trajeto, sendo distribuídas confor-
me o percurso dessas enxurradas. Essa
distribuição é de suma importância para
manter a umidade em toda a área e conter
as erosões.
26. 25
Onde não se deve construir
barraginha
A barraginha não deve ser construída:
Em cursos de águas perenes.•
Nas áreas de proteção permanente•
(APPs).
No interior das voçorocas.•
Nas grotas em “V” (aquelas com•
barrancos profundos).
Em terrenos com inclinação acima de•
12 %.
Época ideal da construção
O período ideal para construção das
barraginhas é na época mais úmida do ano,
que inicia após as duas primeiras chuvas e
continua até 4 a 5 meses após encerradas
as chuvas.
27. 26
É importante iniciar a construção após
as duas primeiras chuvas, porque elas
umedecem o solo, favorecem a escavação
e facilitam a liga e a compactação dos
aterros.
Na época mais chuvosa as obras da
construção das barraginhas são interrom-
pidas e só devem continuar nos dias de
estiagem (veranicos). Quando termina o
Foto:ZenaidoLima
Construção de barraginha, no Município de Formiga, em Minas Gerais.
28. 27
período chuvoso, as obras podem ser
prolongadas por mais 4 a 5 meses,
aproveitando-se a umidade residual do solo.
Na construção das barraginhas, o ma-
quinário ideal é a pá-carregadeira. O trator
de esteira e a retro-escavadeira não são
os mais adequados para essa atividade.
Em solos mais favoráveis, o tempo mé-
dio gasto para se construir uma barraginha
é de 1 hora. Já nos solos mais firmes, são
necessárias 2 horas. O espaçamento entre
as barraginhas depende de informações
do produtor. Assim, 1/3 das barraginhas é
construído no primeiro ano, 1/3 no segundo
ano (nos locais mais apropriados) e o terço
final, no terceiro ano, dominando todas as
enxurradas.
Nota: o entendimento do sistema por parte
do produtor é de fundamental importância, para
que todas as enxurradas erosivas sejam con-
tidas e contempladas.
29. 28
Dimensões
Com capacidade para armazenar de
100 metros cúbicos a 300 metros cúbicos,
as barraginhas devem medir de 15 metros
a 20 metros de diâmetro, por 1,5 metro a
2,0 metros de profundidade. Elas também
devem ser rasas e espalhadas, para
favorecer a infiltração, pois quanto mais
rápido ocorrer essa infiltração, mais rápido
esvaziarão para receberem as próximas
chuvas.
Nota: a capacidade de armazenamento das
barraginhas depende do potencial da enxurrada.
Crista e formato da barraginha
O formato mais comum é o de meia-
lua ou semi-circular, mas também pode
apresentar formato de arco e ser reta nas
grotas suaves (rasas) e largas. Em todas
elas, a água forçará no meio do aterro, no
meio da reta, ou no meio do arco.
30. 29
Para que a barraginha não se rompa,
a crista deve ser compactada pela própria
máquina em formato de travesseiro, ele
vado no meio e despontando para as
extremidades.Assim, se houver abatimento
no meio do aterro, ainda haverá uma folga
elevada e a barraginha não se romperá.
Sangradouros
Embora se permita a adoção de peque-
nos sangradouros, o ideal é que as barra-
ginhas fiquem cheias e não cheguem a
sangrar. Caso uma barraginha sangre com
frequência, é sinal de que deve-se fazer
outra mais acima, para evitar esse volume
excedente.
Barraginha artesanal em quintais
Anecessidade de se construir uma bar-
raginha artesanal já vem de muito tempo.
Por artesanal, entende-se ausência de má-
quinas por dificuldade de acesso ao local
ou por falta de recursos para aquisição/
31. 30
contratação. A ideia desse tipo de barra
gem amadureceu até surgir a primeira,
num quintal urbano do Município de Bam
buí, em Minas Gerais.
Com base num desenho orientado por
técnico da Embrapa, a proprietária do
terreno construiu a primeira barraginha
com bambu, outras duas com pedra, outra
com talo de bananeira e mais três também
com bambu. Assim, naquele município-
vitrine o Sistema Barraginhas já está
amplamente disseminado. Na figura da
página 31 é possível ver alguns passos
para a construção de uma barraginha
artesanal.
Benefícios e vantagens
Benefícios
O maior benefício proporcionado pelo
Sistema Barraginhas é a contenção do
avanço da degradação do solo provocada
32. 31
pelas enxurradas, as quais provocam
erosões laminares e sulcadas, e arrastam
sedimentos (terra, pedregulho e folhagem)
para os cursos d’água, empobrecendo o
solo e comprometendo os recursos hídricos
da propriedade.
Barraginha artesanal em quintais: A) com bambus (ainda em cons-
trução;B) com bambus (já em acabamento); C) com pedras; D)
colhendo chuvas.
Fotos:LucianoCordovaldeBarros
A B
DC
33. 32
Vantagens
Ao conter as enxurradas, as barragi-•
nhas reduzem a erosão, o assoreamen-
to e amenizam as enchentes.
Ao colher a água da chuva, essas•
barraginhas proporcionam condições
para que a água nelas represada se
infiltre no solo, atingindo o lençol freá-
tico. Depois que a água se infiltra por
completo, o lençol freático tem seu vo-
lume aumentado e a barraginha está
pronta para receber as águas das
próximas chuvas. Esse processo se
repetirá sucessivamente em todo o
ciclo chuvoso. Com isso, surgem mina-
douros e cacimbas, e os mananciais
mantenedores das nascentes e córre-
gos se fortalecerão.
As barraginhas umedecem as baixa-•
das, proporcionando uma agricultura
segura e alimentos de qualidade, além
de gerar emprego e renda.
34. 33
Baixada umedecida pelo Sistema Barraginhas.
Foto:LucianoCordovaldeBarros
Modelos implantados
Sete Lagoas
No Município de Sete Lagoas, em
Minas Gerais, numa área de 70 hectares
de Cerrado, sobre Latossolo Vermelho-
Poroso, e 1.350 milímetros de chuvas
anuais, 30 barraginhas dispersas controlam
erosões e assoreamentos, amenizam en-
chentes e sustentam a agricultura em
35. 34
Sistema Barraginhas implementado na Fazenda Paiol, na Comunidade da
Estiva, localizada na Microbacia do Ribeirão Paiol, em Minas Gerais.
Ilustração:LucianoCordovaldeBarros
36. 35
15 hectares de baixadas com canaviais,
lavouras de milho, feijão e hortaliças.
Além disso, o sistema mantém um açude
o ano inteiro e um rego durante 6 meses.
No período seco, o lençol freático se rebaixa,
revitalizando o Ribeirão Paiol.
Minas Novas
No Município de Minas Novas, em
Minhas Gerais, no semiárido mineiro do
Vale do Jequitinhonha, na Comunidade de
Cansanção, uma cacimba (minadouro) em
propriedade particular está abaixo de três
barraginhas sequenciadas. Diante dessa
situação, a proprietária colocou uma mani-
lha para proteger a cacimba, que fornece
água potável límpida e de qualidade. Na
entressafra e durante a seca, essa cacimba
fornece água potável para 20 famílias
beber e cozinhar.
Nesse município, muitas das 37 comu-
nidadesbeneficiadaspelasbarraginhasnão
dependemmaisdaáguadocaminhão-pipa,
37. 36
Sistema Barraginhas implementado em propriedades particulares de
agricultores familiares na Comunidade de Cansanção, no Município de
Minas Novas, em Minas Gerais.
Ilustração:LucianoCordovaldeBarros
38. 37
Cacimba (minadouro) protegida por manilha, no Município
de Minas Novas,em Minas Gerais.
Foto:LucianoCordovaldeBarros
principalmente as comunidades Manuel
Luiz e Cansanção. Nessa região, que
devido à insegurança climática há muitos
anos não se plantava, agora, graças ao
Sistema Barraginhas, planta-se lavoura
tanto na época da seca como no período
chuvoso.
39. 38
Agora, na feira de Minas Novas, tem
hortaliças o ano todo
Até 2003, uma agricultora familiar plan-
tava apenas dois pequenos canteiros, um
De janeiro a fevereiro de 2006, houve a
mais longa estiagem (veranico) dos últimos
10 anos, no norte de Minas e no Vale do
Jequitinhonha. Foram 35 dias de estiagem
em Sete Lagoas e 60 dias no Vale do Je-
quitinhonha. Naquele ano, quase não houve
produção de milho nessas duas regiões.
Contudo, em Cansanção, as lavouras de
doisprodutores,localizadasabaixodasbar-
raginhas, produziram normalmente feijão
e milho em suas franjas úmidas.
As figuras da pagina 39 mostram o con-
traste na mesma lavoura se estendendo
fora da franja úmida, onde os pés e as espigas
de milho estão declinando. O líder comunitá-
rio de Cansanção afirmou que o Projeto
Barraginhas é um sucesso, sugerindo a
implantação de mais barraginhas na região.
40. 39
Lavouras abaixo de barraginhas, no Município de
Minas Novas, em Minas Gerais. A) Feijão na fran-
ja úmida. B) Milho na franja úmida. C) Milho fora
da franja úmida, conforme esquema da figura da
página 34.
B
C
Fotos:LucianoCordovaldeBarros
A
41. 40
de cebolinha e outro de salsa ou coentro,
porque não havia água suficiente para
irrigá-los diariamente. A partir do momento
em que percebeu que existia umidade sub-
terrânea, abaixo de suas duas barraginhas
(franja úmida), ela aumentou sua plantação
e percebeu que poderia aumentar o tempo
entre irrigações, até chegar a aplicar água
de três em três dias.
Hoje, ela comercializa R$ 200,00 (du-
zentos reais) por semana e com outros par-
ceiros do projeto, é responsável por manter
o verde das hortaliças durante o período
seco na feira de Minas Novas.
Outro sistema, também implantado em
Minas Novas – mesmo que suas barragi-
nhas tenham sido construídas em 2003 –
só foi descoberto pela equipe do projeto em
junho de 2007. Nesse sistema, o proprie-
tário dispõe apenas de duas barraginhas, e
seuvizinhocujapropriedadeestálocalizada
logo acima tem mais duas. Assim, ele tem
42. 41
Barraginhas garantem verdu-
ras na entressafra e geram
renda no Município de Minas
Novas, em Minas Gerais.
Fotos:LucianoCordovalde
Barros
uma franja úmida proporcionada por quatro
barraginhas sequenciadas. Por sua vez,
sua horta apresenta formato atípico, um
veio úmido sinuoso, de aproximadamente
300 metros por 8 metros, completamente
cultivado.
O terço superior é plantado com milho-
verde, após a colheita de verão. No terço
médio, alho e quiabo consorciados com
milho.Noterçoinferior,alface,cenoura,be-
terraba e couve.
44. 43
A) Alho e milho em franjas úmidas; B) Consórcio
milho-quiabo na entressafra. C) Horta seguindo o
eixo úmido sinuoso, no Município de Minas No-
vas, em Minas Gerais.
Fotos:LucianoCordovaldeBarros
A
B
C
45. 44
Santa Luz
Em Santa Luz, no Piauí, um agricultor
familiarrelatouque,em2006,semasbarra-
ginhas, numa de suas áreas, foram colhidas
sete sacas de milho. Em 2007, na mesma
área, beneficiada por duas barraginhas
bem situadas, foram colhidas 73 sacas.
Na área ao lado, nada foi colhido, pois na-
quele ano a seca foi mais rigorosa que no
ano anterior. Consciente dos benefícios do
projeto, ele planeja fazer mais cinco barra-
ginhas em locais já determinados.
No Piauí, os vales são chamados de
baixões. No Município de João Costa, por
exemplo, esses baixões são circundados
por encostas degradadas há mais de 30
anos. Assim, a cada temporada de chuvas,
as enxurradas procedentes dessas encostas
deságuam na planície, causando erosões.
Nesse município, o Sistema Barragi-
nhas – instalado nas bordas dos baixões –
46. 45
Sistema Barraginhas, no Município de Santa Luz, no Piauí.
Ilustração:LucianoCordovaldeBarros
servem para conter o avanço da de-
gradação e armazenar as águas no lençol
freático, umedecendo o solo e garantin-
do mais segurança na agricultura.
48. 47
Recuperação de áreas degradadas no Município de João Cos-
ta, no semiárido piauiense.
Fotos:LucianoCordovaldeBarros
49. 48
Atenção
Para mais informações e esclarecimentos, procure
um técnico da extensão rural, da Embrapa, da
prefeitura ou de alguma organização de assistência
aos agricultores.
50. 49
Forme uma associação
com seus vizinhos
Quando você se associa com outros
membrosdesuacomunidade,asvantagens
são muitas, pois:
Fica mais fácil procurar as autoridades•
e pedir apoio para os projetos.
Os associados podem comprar máqui-•
nas e aparelhos em conjunto.
Fica mais fácil obter crédito.•
Juntos, os associados podem vender•
melhor sua produção.
Os associados podem organizar•
mutirões.
A união faz a força!
51.
52. Títulos lançados
Como organizar uma associação•
Como plantar abacaxi•
Como plantar hortaliças•
Controle alternativo de pragas e doenças das•
plantas
Caupi: o feijão do Sertão•
Como cultivar a bananeira•
Adubação alternativa•
Cultivo de peixes•
Como produzir melancia•
Alimentação das criações na seca•
Conservas caseiras de frutas•
Como plantar caju•
Formas de garantir água na seca•
Guandu Petrolina: uma boa opção para sua•
alimentação
Umbuzeiro: valorize o que é seu•
Preservação e uso da Caatinga•
Criação de bovinos de leite no Semi-Árido•
53. Criação de abelhas (apicultura)•
Criação de caprinos e ovinos•
Criação de galinhas caipiras•
54.
55.
56.
57. Impressão e acabamento
Embrapa Informação Tecnológica
O papel utilizado nesta publicação foi produzido conforme
a certificação da Bureau Veritas Quality International (BVQI) de Manejo Florestal.
58. Milho e Sorgo
CGPE:7868
ISBN978-85-7383-447-5
Com o lançamento do ABC da Agricultura Familiar,
a Embrapa coloca à disposição do pequeno produtor
valiosas instruções sobre as atividades do campo.
Numa linguagem simples e objetiva, os títulos abordam
a criação de animais, técnicas de plantio, práticas
de controle de pragas e doenças, adubação alternativa
e fabricação de conservas de frutas, dentre outros
assuntos que exemplificam como otimizar o trabalho rural.
Inicialmente produzidas para atender demandas por
informação do Semiárido nordestino, as recomendações
apresentadas são de aplicabilidade prática também
em outras regiões do País.
Com o ABC da Agricultura Familiar, a Embrapa
demonstra o compromisso assumido com
o sucesso da agricultura familiar.
Ministério da
Agricultura, Pecuária
e Abastecimento