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A DERMATOGLIFIA COMO RECURSO AUXILIAR NA IDENTIFICAÇÃO DE
ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO1
José Miguel Evangelista2
Bethânia dos Santos Porto3
RESUMO
Este estudo tem como finalidade a busca de padrões dérmicos, nos dermatóglifos, nas mãos de pessoas
talentosas, com altas habilidades e/ou superdotação. A busca foi realizada através da análise de
estudos publicados em artigos científicos voltados para essa finalidade, publicados em revistas, jornais
ou periódicos. Os estudos foram selecionados de forma a atender aos requisitos básicos de número
expressivo de participantes, com diagnósticos confirmados e a presença de grupos de controle para
efeito de comparação. Foi confirmada a existência de marcadores dérmicos na contagem SQTL, no
ângulo “atd”, na contagem D10, nos tipo de desenhos e na contagem de cristas de 04 dedos das mãos.
PALAVRAS-CHAVE: 1 Dermatoglifia. 2 Superdotados. 3 Inteligência Superior. 4 Impressão Digital
_________________________
INTRODUÇÃO
Estudos realizados por Delou (2007) demonstram a legislação nacional como
avançando no atendimento educacional de alunos talentosos ou com inteligência superior.
Esses avanços são expressos no reconhecimento da presença específica desse público escolar
1
Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu à distância em Educação Especial pelo UCDB/
Portal Educação.
2
Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual da Bahia, Campus XI, Pós-graduado em Psicopedagogia
pela Faculdade Santo Antonio, Especialista em Psicanálise Clínica pela Faculdade Avançada de Ensino Superior,
Pós-graduando em Educação Especial pela UCDB/Portal Educação. Pesquisador em Linguagem Corporal e em
Dermatoglifia. Servidor Público Municipal como Coordenador Pedagógico em Queimadas, Bahia. E-mail:
josemiguelee@hotmail.com
3
Graduada em Psicologia (UCDB/MS), Especialista e orientadora do trabalho de conclusão do curso de
Especialização em Educação Especial apresentado ao Portal Educação. Curso Modalidade à distância
credenciado pela Universidade Católica Dom Bosco. Email: bethaniaporto@ucdb.br
2
e na existência das ações voltadas para o seu atendimento. Porém a mesma autora destaca a
descontinuidade das ações propostas durante toda a vida escolar dessa clientela que, na grande
maioria das vezes, acabam não incluídos nas práticas pedagógicas que atendam às suas
especificidades. Esses alunos “não acessam os níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e
da criação artística, segundo as capacidades de cada um [...].” (Delou, 2007, p. 27).
É claro e evidente o forte interesse de Países de primeiro mundo como os Estados
Unidos da América e a Inglaterra têm na identificação e apoio ao estudante com Altas
Habilidades e Superdotação relatando que os mesmos “têm muito a contribuir para o futuro
bem-estar da sociedade” (ALENCAR, 2007, p. 15). No Brasil, o interesse teórico sobre o
superdotado tem aumentado gradativamente nas últimas décadas, e parece começar a
percorrer o mesmo caminho, embora muito lentamente.
A identificação do aluno talentoso e/ou superdotado tem sido uma das
preocupações dos responsáveis pela elaboração de políticas educacionais que buscam prover
condições adequadas ao desenvolvimento dessa clientela. O que se observa no Brasil é que o
ensino regular é direcionado para o aluno de médio e baixo rendimento. (ALENCAR, 2007), e
pouco se investe ou se ouve falar em ações específicas voltadas para a identificação ou
acompanhamento de alunos talentosos e/ou superdotados. Esses esforços se resumem à
observação, de características comportamentais do aluno, sujeita à todo tipo de interferência
possível por parte de seus observadores que geralmente fazem parte da realidade educacional
ou familiar do indivíduo.
Diante dessa realidade, proponho um estudo com base na ciência da
Dermatoglifia. Ciência essa que tem ajudado a inúmeros pesquisadores, em diferentes áreas
do conhecimento, a identificar indivíduos com perfis específicos diante de situações,
características e comportamentos similares em que estes se encontram formando grupos
complexos que podem ser analisados e organizados de forma a construir um objeto de estudo.
A ciência da Dermatoglifia, ao longo dos anos, vem sendo ferramenta de trabalho
e de estudo para anatomistas, fisiologistas, geneticistas, antropologistas e médicos em geral
(PENROSE, 1968, citado por FERNANDES FILHO, 1997), utilizando os traços dérmicos
estampados nas digitais e palmas das mãos para diagnosticar ou identificar diversas
qualidades em distintos grupos.
Nesse estudo o objetivo será buscar a existência de padrões dermatoglíficos nas
mãos de pessoas talentosas, com altas habilidades e superdotação através da análise e
comparação de resultados encontrados em artigos científicos e periódicos publicados, que
3
sirvam como base e apoio para a identificação e o correto encaminhamento desse público
escolar de forma mais clara e precisamente mais objetiva.
1 A DERMATOGLIFIA E A CARACTERÍSTICA GENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO
A Dermatoglifia é a ciência que estuda o relevo da pele dos dedos, das palmas das
mãos e das plantas dos pés, chamados de dermatóglifos (do latim, Dermo, significando
“pele"; e do grego, Glypha, "gravar") e as suas relações diretas com diversos estados físicos e
cerebrais nos seres humanos em diversos ramos do conhecimento humano. O termo
Dermatoglifia foi introduzido em 1926, na 42ª Sessão Anual da Associação Americana de
Anátomos.
Os dermatóglifos são formados pela mesma camada do embrião humano
(Ectoderma) de que se forma o sistema nervoso ainda no estado intra-uterino, dos três aos
seis meses de vida e não se alteram mais durante toda a vida (FERNANDES FILHO, 1997).
Durante o terceiro até o sexto mês de gestação se inicia uma migração neuronal maciça da
matriz germinal para o córtex cerebral, e os apêndices periféricos da parte distal dos membros
superiores, nas mãos, desenvolvem-se simultaneamente e do mesmo material, se tornando
uma evidência "fossilizada" de insultos isquêmicos, genéticos e não genéticos demarcando
ocorrências e condições específicas no desenvolvimento de um feto (BRACHA, 1991).
Schaumann & Kimura (1991) mencionam que os dermatóglifos podem ter valores
preditivos mesmo em indivíduos considerados “normais” em relação a possíveis
manifestações de síndromes, ou seja, as configurações apresentadas nos dermatóglifos são
marcas externas gravadas na camada epiderme, que possibilita predispor interferências
ocorridas no período embrionário, mesmo que o indivíduo nunca tenha apresentado qualquer
traço da síndrome. Assim, na Dermatoglifia, diante de certas características qualitativas
pessoais em comuns encontradas em um determinado grupo, uma população, objetos de
estudo podem ser considerados. Se forem encontrados os pontos em comuns das impressões
digitais e palmares, refletindo a lei natural biológica das aptidões congênitas, ficam
evidenciados os “padrões dermatoglíficos” próprios de cada estudo e das condições
qualitativas que levaram o grupo em foco a ser estudado (ABRAMOVA, 1995). O uso da
Dermatoglifia é tão confiável que, segundo Kumbnani (2007), uma das suas mais importantes
aplicações é a sua utilização nas disputas de paternidade no meio médico legal, processo
4
muito utilizado antes do advento dos exames de DNA durante muitas décadas, e ainda usado
em muitos países.
Por que utilizar a Dermatoglifia para confirmar se um indivíduo é talentoso,
portador de altas habilidades ou portador de inteligência superior nesse estudo? Segundo
Clarke (apud KOSHY; CASEY, 2005, p.298),
Nenhuma criança nasce superdotada – somente com o potencial para
superdotação. Embora todas as crianças tenham um potencial surpreendente,
apenas aquelas que tiveram a sorte de terem oportunidades para desenvolver
seus talentos e singularidade em um ambiente que responda a seus padrões
particulares e necessidades, serão capazes de atualizar de forma mais plena
suas habilidades.
Segundo Delou (2007, p. 27), não raro, os alunos com altas habilidades ou
superdotados são tomados como indisciplinados, o que acaba por deixá-los sem os serviços
especiais de que necessitam. A autora ainda destaca que muitas vezes, esses alunos
"abandonam o sistema educacional por desmotivação e por dificuldades de relacionamento".
Guenther (2000, p. 29), define que “a dotação é algo que o indivíduo tem consigo, ou traz em
potencial desde o seu nascimento”, acrescentando ainda que “quanto maior for a dotação
genética, maior o nível de adequação pessoal que o indivíduo pode alcançar”. Essas
afirmações implicam na aceitação de que este potencial é inato e, sim, existe, portanto um
meio de identificar ou rastrear alunos que se encaixem nesses padrões pelo processo de
pesquisa da Dermatoglifia.
A Dermatoglifia já foi usada em outros estudos com fins semelhantes a exemplo
da pesquisa de Mostaf Najafi, do Departamento de Psiquiatria na Universidade de Ciências
Médicas de Shahrekord, no Iran, dos estudos de Prof. Dr. José Fernandes Filho, na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, ou ainda M. Cesarik, em Po ega, Croácia, entreẑ
outros. De forma que esse estudo tem um caráter tipologicamente bibliográfico, com
delineamento de revisão, com a seleção de artigos da base de dados do Scielo, da Revista
Meta: Avaliação, da revista Fit Perf J, do Inter Science Place, do Iranian Journal of
Pediatrics, do Iosr Journals, do Niseb Journal, do Efdesportes, do Coll. Antropol, do Domínio
Público, do American Journal of Physical Anthopology, do Behavioral Neuroscience, e do
The Internet Journal of Biological Anthropology, incluindo artigos publicados entre 1972 até
2015, utilizando como base de busca as palavras chaves, Dermatoglifia, Superdotados,
5
Talentosos, Inteligência Superior, Retardo Mental, Quociente de Inteligência, Coordenação
Motora em língua portuguesa, língua inglesa e língua espanhola.
Partiremos para a análise e a comparação de diversos resultados encontrados por
pesquisadores em artigos científicos e periódicos que tenham a Dermatoglifia como
metodologia de trabalho no trato de pessoas com altas habilidades e superdotação, comparada
com grupos de controle de pessoas ditas “normais” e pessoas caracterizadas como portadoras
de retardo mental ou problemas de aprendizagem, buscando descrever os possíveis padrões
dermatoglíficos encontrados pelos autores estudados.
A importância desse estudo está no fato de que o conhecimento prévio, na mais
tenra idade, das capacidades e tendências genéticas para o talento, superdotação e genialidade,
aliado a um ambiente intencionalmente provocador e instigador dessas capacidades, enquanto
ocorrência fenotípica, completamente planejada, pode contribuir de forma poderosa com o
desenvolvimento integral dos alunos identificado com tais características.
Os critérios adotados para a escolha dos estudos foram:
Número de sujeitos – Estudos que apresentaram número inferior a 25 pessoas não
foram selecionados. As amostras apresentadas nos estudos selecionados variam de um
mínimo de 25 e o máximo de 1747 pessoas de ambos os sexos e idades variadas;
Diagnósticos Clínicos ou Acadêmicos – Os estudos eleitos constam de casos
diagnosticados de superdotação e retardo mental;
Grupos de Controle – Presença de estudo comparativo entre grupos experimentais
e pessoas normais;
Índices Dermatoglíficos – Estudos envolvendo os padrões digitais fundamentais
(Figura 1 e Figura 2), quais sejam:
• A (Digital tipo Arco);
• P (Digital tipo Presilha);
• V (Digital tipo Verticilo);
• D10 (Número de Deltas);
• Ângulos ab, bc, cd e atd de ambas as mãos;
• QL (Quantidade de Linhas em cada um dos dedos das mãos);
• SQTL (Somatório da Quantidade Total de Linhas);
• MESQL (Somatório da Quantidade de Linhas da Mão Esquerda);
• MDSQL (Somatório da Quantidade de Linhas da Mão Direita);
6
• MESQLn e MDSQLn (Onde “n” varia de 1 a 5 representando cada dedo
analisado);
• METn e MDTn (Tipo de desenho da Mão Esquerda e Tipo de desenho da
Mão Direita, onde “n” varia de 1 a 5 representando cada dedo analisado),
embora nem todos os estudos apresentem todos os itens;
Serão observadas todas as variáveis presentes em cada estudo. Porém, apenas
serão levados em consideração resultados significativos capazes de mostrar expressividade
para ser considerado com um demarcador válido. Variáveis ou resultados não expressivos não
serão considerados.
a) A b) P a) V b) PD
Figura 1 – Características dos desenhos das falanges distais: a) A – Arco (desenho sem
Delta); b) P – Presilha (Desenho com 01 Delta); V – Verticilo (Desenho com 02 Deltas); PD –
Presilha Dupla (Desenho com 02 Deltas podendo ser enquadrado como Verticilo).
Fonte: DANTAS (2001).
Figura 2 – Índices Dermatoglíficos
7
Fonte: LEITE FILHO et al (2010)
2 RESULTADOS ENCONTRADOS
Após a aplicação dos Critérios Estabelecidos foram selecionados 10 estudos
(tabela 1) entre 45 com finalidades educacionais ou afins, sendo 08 deles na língua inglesa e
02 na língua portuguesa. Os estudos excluídos foram realizados utilizando baixo número de
sujeitos durante a pesquisa, poucas variáveis dermatoglíficas ou ainda não contavam com a
presença de grupo de controle, sendo assim, considerados insatisfatórios ou inconclusivos.
Nº Nome do Estudo Autor – Data
01 Avaliação do perfil pessoal de adolescentes talentosos utilizando
suas características dermatoglíficas
Mettrau et al.
2009
02 A Dermatoglifia como um verificador de desempenho motor de
crianças de 03 anos de idade
Lange
2010
03 Aspectos dermatoglíficos de Crianças Normais e Deficientes da
Bulgária*
Tornjova
1994
04 O significado clínico de múltiplos espirais capilares e sua
associação com Dermatoglifia Incomum e características
dismórficas em crianças israelenses mentalmente restardadas*
Tirosh
1987
05 Um estudo dermatoglífico comparativo entre crianças autistas,
retardadas e normais*
Hartin and Barry
1979
06 Análise de rotina de dermatoglifia e vincos palmares em Crianças
com Transtornos do Desenvolvimento*
Dar et al.
1978
07 O Trirádio Axial como uma ferramenta de diagnóstico preliminar
em pacientes de retardo mental*
Vashist et al.
2009
08 Análise Quantitativa Dermatoglífica em pessoas com inteligência
Superior*
Cesarik et al.
1996
09 Associação entre os padrões das digitais do dedo II e o nível do
quociente de inteligência em adolescents*
Najafi
2009
10 Dermatoglifia Palmar da Dislexia* Jaminson
1988
Tabela 1: Síntese de pesquisas anteriores em dermatoglifia ligadas ao tema
_____________________
*Traduzido da língua inglesa
8
2.1 PADRÕES DIGITAIS FUNDAMENTAIS
Metrrau et al. (2009) constatou em pessoas superdotadas uma baixa quantidade de
Arcos, resaltando que este tipo de desenho, quando presente em grande número, está
relacionado a dificuldades de coordenação motora (LINHARES et al., 2009). Evidencia
também a maior existência de Presilhas e a existência de simetria ou espelhamento entre os
tipos de desenho encontrados e o SQTL.
Lange (2010) reforça a idéia de que quanto menor o número de Arcos e maior a
presença de Verticilo, o que aumenta a contagem D10 mais o indivíduo vai colher os
benefícios de sua coordenação motora. Foi constatado em seu estudo que valores acima de 16
para D10 e de 136 para a contagem SQTL amplia as capacidades e o rendimento geral dos
participantes (PAVEL e FERNANDES FILHO, 2004).
Tornjova (1994) e Najafi (2009) recomendam o estudo do dedo indicador como
sendo o melhor para estudo dermatoglíficos que envolvam qualquer associação com estados
mentais ou níveis de inteligência. Revelam a presença maciça de Presilhas Radiais (voltadas
para o osso rádio – figura 3) no dedo indicador da
mão direita em pessoas talentosas. Em contrapartida
detectam a presença de Presilhas Ulnares (voltadas
para o osso ulna) no mesmo dedo e mão em pessoas
com problemas de aprendizagem, assim como a
presença maciça de pregas de flexão consideradas
anormais.
Tirosh (1987), Hartin e Barry (1979) e
Dar et al. (1978) relatam dermatoglifia incomum,
assim como rompimentos das cristas dérmicas no
trato com indivíduos portadores de retardo mental na
comparação com pessoas normais.
Figura 03 ...................
Vashit (2009) foca o seu estudo nos ângulos palmares “atd” e demonstra
resultados promissores. Em pessoas normais o ângulo atd variou de 30º a 65º ao passo em que
em pessoas diagnosticadas como portadoras de retardo mental o ângulo “atd” foi classificado
como < 30º e > 65º. A presença de t foi detectada em 78% dos pacientes normais e apenas em
9
45% dos portadores de retardo mental. A presença de t’ foi detectada com a mesma
frequência em ambos os grupos. A presença de t’’ não foi detectada no grupo de pessoas
normais ao passo em que nos portadores de retardo mental a sua presença foi maciça. O
Trirádio Axial é sempre mais distalmente localizado na palma dos portadores de retardo
mental. O estudo de Vashit não foi voltado para pessoas consideradas talentosas mas nos
revela dados comparativos valiosos.
Jaminson (1988) em seu trabalho com disléxicos, com problemas de
aprendizagem constatados, relata a existência de maior número de cristas dérmicas na
contagem do ângulo a-b da mão esquerda de ambos os sexos, assim como a presença de
padrões interdigitais na área IV, entre os dedos anelar e mínimo. Relata ainda a existência de
assimetria entre as contagens de ambas as mãos e dedos nos tipos de desenhos e a presença do
Trirádio Axial localizado mais distalmente, tal qual o estudo de Vashit (2009).
Cesarik (1996) apresenta um estudo com a análise de 18 variáveis dermatoglíficas
ampliando significativamente os achados nos estudos anteriores. Foram encontrados aumento
significativos nos valores de contagem MDSQL1, MDSQL5, ângulo c-d, MESQL1, MESQL5
quando comparados com o grupo de controle. Da mesma forma foi constatada a diminuição
no ângulo “atd” variando entre inferior a 40º para homens e inferior a 41º para mulheres. A
contagem SQTL foi constatada como ampliada em ambos os sexos. A análise de
discriminação canônica realizada no estudo demonstra a fidelidade dos resultados quando
comparadas com o desempenho real dos participantes e mostra um acerto de 83,83% para o
sexo masculino e de 79,15% para as mulheres, superando qualquer possibilidade de
coincidência estatística (CESARIK, 1996).
3 DISCUSSÃO
A possibilidade de classificar padrões dermatoglíficos, através da comparação
entre amostras coletadas por diversos autores, até encontrar características dermatoglíficas
inerentes às pessoas talentosas, com altas habilidades ou superdotação, com alto Quociente de
Inteligência, criou a hipótese e o objetivo desse estudo. Os requisitos básicos para evidenciar
tais características nos sujeitos participantes das pesquisas foram a efetiva comparação entre
grupos diferentes diagnosticados clinicamente e academicamente com graus variados de QI
(Quociente de Inteligência) levando em consideração suas capacidades em geral, assim como
os resultados de diversos exames prévios. A condição psicológica e clínica dos sujeitos
10
envolvidos variaram entre indivíduos portadores de retardo mental, indivíduos considerados
normais e indivíduos considerados como portadores de inteligência superior.
A correlação entre Dermatoglifia e estados cerebrais e mentais foi relatada nas
centenas de estudos encontrados que, em sua maioria, eram voltados para a área da saúde
física ou mental. Incontáveis trabalhos tinham o foco voltado para a área da Educação Física e
o Desporto Profissional. Dos 45 estudos encontrados focados em situação de aprendizagem,
embora alguns desses possuíssem finalidades clínicas, 10 se mostraram promissores ao se
levar em conta os critérios estabelecidos por esse estudo e os resultados obtidos.
A origem da inteligência humana tem sido tema de disputas entre os Filósofos e
psicólogos década após década. O objetivo é descobrir se esta origem é resultante da
hereditariedade ou da influência ambiental durante o processo do seu crescimento e
desenvolvimento. A opinião Contemporânea que prevalece é a de que a inteligência é
determinada principalmente por fatores hereditários, mas é impossível dar uma resposta exata
sobre a quantidade relativa de influência da hereditariedade nesse processo do
desenvolvimento humano (CESARIK, 1996).
Comparemos os resultados obtidos e transcritos até aqui nas tabelas 2 e 3 logo a
seguir:
Sujeitos/Condição Índices Dermatoglíficos Resultados
Portadores de Retardo Mental
e/ou Problemas de
Aprendizagem
Arcos Alta Presença de arcos
Presilhas Presilha Ulnar no indicador
da Mão direita
Verticilo < 03
D10 < 09
SQTL < 60
Ângulo A-b Contagem aumentada
> 45
Ângulo Atd < 30º ou > 65º
t Presença mínima
Localizada mais distalmente
t' ****
t'' Presença em 31,6%
Rompimento ou Mudança Presença aumentada
Tabela 2: Síntese de resultados encontrados para portadores de Retardo Mental e/ou
problemas de aprendizagem
11
Sujeitos/Condição Índices Dermatoglíficos Resultados
Portadores de Altas
Habilidades e/ou
Superdotação classificados
com Inteligência Superior
Arcos Baixa ou nenhuma presença
Presilhas Presilha Radial no indicador
da Mão direita
Verticilo > 04
D10 > 16
SQTL 172,60 para homens
150,91 para mulheres
Ângulo Atd 30º a 41º
t Localizada mais
proximalmente
t'' Baixa ou nenhuma presença
MDSQL1 23,89 em homens
20,69 em mulheres
MDSQL5 17,34 em homens
Sem indicação para mulheres
MESQL1 21,37 em homens
18,80 em mulheres
MESQL5 17,66 em homens
13,63 em mulheres
Tabela 3: Síntese de resultados encontrados para portadores de Altas Habilidades e/ou
Superdotação classificados com Inteligência Superior
Apenas foram relacionados em ambas as tabelas, 2 e 3, os índices dermatoglíficos
com resultados relevantes ou significativos buscando a maior fidelidade possível nos dados
tabulados e apresentados em cada estudo de forma a combiná-los entre si para ambas as
condições de aprendizagem analisadas neste estudo.
As diferenças apresentadas no perfil dermatoglífico de ambas as condições são
notáveis, e, em alguns tópicos são completamente opostas, evidenciando ainda mais a herança
de ocorrências pré-natal e genética.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
12
Conclui-se que foi reforçado o conceito contemporâneo da influência genética na
presença de Altas Habilidades e Superdotação em pessoas classificadas como portadores de
Inteligência Superior como correto. E que existem, sim, marcadores específicos do talento, da
superdotação e da inteligência superior nos padrões dérmicos dos dedos e da mão humana,
sendo os padrões mais significativamente constatados, segundo os dados da tabela 3, o
aumento da contagem SQTL, o ângulo atd entre 30º a 41º, a presença maciça de Deltas, a
ausência de arcos, a presença de presilha radial no dedo indicador da mão direita, o aumento
da contagem de cristas dos dedos polegares da mão esquerda e direita para ambos os sexos, o
aumento da contagem de cristas do dedo mínimo da mão direita masculina e o aumento da
contagem de cristas do mínimo da mão esquerda em ambos os sexos.
A tabela 2, com os resultados voltados para pessoas com deficiência de
aprendizagem ou portadores de retardo mental fica como bônus do estudo e com certeza será
muito útil, ficando evidenciada a presença de dermatoglifia anormal enquanto marcador de
perturbações pré-natais em portadores de dificuldades de aprendizagem.
Apesar dos presentes e satisfatórios resultados, pesquisas posteriores, voltadas
para essa finalidade, precisam ser realizadas no Brasil, a nível regional e de forma presencial,
enquanto pesquisa de campo, tendo em vista que diferenças dermatoglíficas locais, apesar de
muito pequenas, podem ser manifestadas em nossas mãos, em virtude das diferentes origens
raciais ao redor do mundo (KUMBINANI, 2007).
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A dermatoglifia como recurso auxiliar na identificação de alunos com altas habilidades e super dotação

  • 1. A DERMATOGLIFIA COMO RECURSO AUXILIAR NA IDENTIFICAÇÃO DE ALUNOS COM ALTAS HABILIDADES E SUPER DOTAÇÃO1 José Miguel Evangelista2 Bethânia dos Santos Porto3 RESUMO Este estudo tem como finalidade a busca de padrões dérmicos, nos dermatóglifos, nas mãos de pessoas talentosas, com altas habilidades e/ou superdotação. A busca foi realizada através da análise de estudos publicados em artigos científicos voltados para essa finalidade, publicados em revistas, jornais ou periódicos. Os estudos foram selecionados de forma a atender aos requisitos básicos de número expressivo de participantes, com diagnósticos confirmados e a presença de grupos de controle para efeito de comparação. Foi confirmada a existência de marcadores dérmicos na contagem SQTL, no ângulo “atd”, na contagem D10, nos tipo de desenhos e na contagem de cristas de 04 dedos das mãos. PALAVRAS-CHAVE: 1 Dermatoglifia. 2 Superdotados. 3 Inteligência Superior. 4 Impressão Digital _________________________ INTRODUÇÃO Estudos realizados por Delou (2007) demonstram a legislação nacional como avançando no atendimento educacional de alunos talentosos ou com inteligência superior. Esses avanços são expressos no reconhecimento da presença específica desse público escolar 1 Trabalho de conclusão do curso de pós-graduação lato sensu à distância em Educação Especial pelo UCDB/ Portal Educação. 2 Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual da Bahia, Campus XI, Pós-graduado em Psicopedagogia pela Faculdade Santo Antonio, Especialista em Psicanálise Clínica pela Faculdade Avançada de Ensino Superior, Pós-graduando em Educação Especial pela UCDB/Portal Educação. Pesquisador em Linguagem Corporal e em Dermatoglifia. Servidor Público Municipal como Coordenador Pedagógico em Queimadas, Bahia. E-mail: josemiguelee@hotmail.com 3 Graduada em Psicologia (UCDB/MS), Especialista e orientadora do trabalho de conclusão do curso de Especialização em Educação Especial apresentado ao Portal Educação. Curso Modalidade à distância credenciado pela Universidade Católica Dom Bosco. Email: bethaniaporto@ucdb.br
  • 2. 2 e na existência das ações voltadas para o seu atendimento. Porém a mesma autora destaca a descontinuidade das ações propostas durante toda a vida escolar dessa clientela que, na grande maioria das vezes, acabam não incluídos nas práticas pedagógicas que atendam às suas especificidades. Esses alunos “não acessam os níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo as capacidades de cada um [...].” (Delou, 2007, p. 27). É claro e evidente o forte interesse de Países de primeiro mundo como os Estados Unidos da América e a Inglaterra têm na identificação e apoio ao estudante com Altas Habilidades e Superdotação relatando que os mesmos “têm muito a contribuir para o futuro bem-estar da sociedade” (ALENCAR, 2007, p. 15). No Brasil, o interesse teórico sobre o superdotado tem aumentado gradativamente nas últimas décadas, e parece começar a percorrer o mesmo caminho, embora muito lentamente. A identificação do aluno talentoso e/ou superdotado tem sido uma das preocupações dos responsáveis pela elaboração de políticas educacionais que buscam prover condições adequadas ao desenvolvimento dessa clientela. O que se observa no Brasil é que o ensino regular é direcionado para o aluno de médio e baixo rendimento. (ALENCAR, 2007), e pouco se investe ou se ouve falar em ações específicas voltadas para a identificação ou acompanhamento de alunos talentosos e/ou superdotados. Esses esforços se resumem à observação, de características comportamentais do aluno, sujeita à todo tipo de interferência possível por parte de seus observadores que geralmente fazem parte da realidade educacional ou familiar do indivíduo. Diante dessa realidade, proponho um estudo com base na ciência da Dermatoglifia. Ciência essa que tem ajudado a inúmeros pesquisadores, em diferentes áreas do conhecimento, a identificar indivíduos com perfis específicos diante de situações, características e comportamentos similares em que estes se encontram formando grupos complexos que podem ser analisados e organizados de forma a construir um objeto de estudo. A ciência da Dermatoglifia, ao longo dos anos, vem sendo ferramenta de trabalho e de estudo para anatomistas, fisiologistas, geneticistas, antropologistas e médicos em geral (PENROSE, 1968, citado por FERNANDES FILHO, 1997), utilizando os traços dérmicos estampados nas digitais e palmas das mãos para diagnosticar ou identificar diversas qualidades em distintos grupos. Nesse estudo o objetivo será buscar a existência de padrões dermatoglíficos nas mãos de pessoas talentosas, com altas habilidades e superdotação através da análise e comparação de resultados encontrados em artigos científicos e periódicos publicados, que
  • 3. 3 sirvam como base e apoio para a identificação e o correto encaminhamento desse público escolar de forma mais clara e precisamente mais objetiva. 1 A DERMATOGLIFIA E A CARACTERÍSTICA GENÉTICA DA SUPERDOTAÇÃO A Dermatoglifia é a ciência que estuda o relevo da pele dos dedos, das palmas das mãos e das plantas dos pés, chamados de dermatóglifos (do latim, Dermo, significando “pele"; e do grego, Glypha, "gravar") e as suas relações diretas com diversos estados físicos e cerebrais nos seres humanos em diversos ramos do conhecimento humano. O termo Dermatoglifia foi introduzido em 1926, na 42ª Sessão Anual da Associação Americana de Anátomos. Os dermatóglifos são formados pela mesma camada do embrião humano (Ectoderma) de que se forma o sistema nervoso ainda no estado intra-uterino, dos três aos seis meses de vida e não se alteram mais durante toda a vida (FERNANDES FILHO, 1997). Durante o terceiro até o sexto mês de gestação se inicia uma migração neuronal maciça da matriz germinal para o córtex cerebral, e os apêndices periféricos da parte distal dos membros superiores, nas mãos, desenvolvem-se simultaneamente e do mesmo material, se tornando uma evidência "fossilizada" de insultos isquêmicos, genéticos e não genéticos demarcando ocorrências e condições específicas no desenvolvimento de um feto (BRACHA, 1991). Schaumann & Kimura (1991) mencionam que os dermatóglifos podem ter valores preditivos mesmo em indivíduos considerados “normais” em relação a possíveis manifestações de síndromes, ou seja, as configurações apresentadas nos dermatóglifos são marcas externas gravadas na camada epiderme, que possibilita predispor interferências ocorridas no período embrionário, mesmo que o indivíduo nunca tenha apresentado qualquer traço da síndrome. Assim, na Dermatoglifia, diante de certas características qualitativas pessoais em comuns encontradas em um determinado grupo, uma população, objetos de estudo podem ser considerados. Se forem encontrados os pontos em comuns das impressões digitais e palmares, refletindo a lei natural biológica das aptidões congênitas, ficam evidenciados os “padrões dermatoglíficos” próprios de cada estudo e das condições qualitativas que levaram o grupo em foco a ser estudado (ABRAMOVA, 1995). O uso da Dermatoglifia é tão confiável que, segundo Kumbnani (2007), uma das suas mais importantes aplicações é a sua utilização nas disputas de paternidade no meio médico legal, processo
  • 4. 4 muito utilizado antes do advento dos exames de DNA durante muitas décadas, e ainda usado em muitos países. Por que utilizar a Dermatoglifia para confirmar se um indivíduo é talentoso, portador de altas habilidades ou portador de inteligência superior nesse estudo? Segundo Clarke (apud KOSHY; CASEY, 2005, p.298), Nenhuma criança nasce superdotada – somente com o potencial para superdotação. Embora todas as crianças tenham um potencial surpreendente, apenas aquelas que tiveram a sorte de terem oportunidades para desenvolver seus talentos e singularidade em um ambiente que responda a seus padrões particulares e necessidades, serão capazes de atualizar de forma mais plena suas habilidades. Segundo Delou (2007, p. 27), não raro, os alunos com altas habilidades ou superdotados são tomados como indisciplinados, o que acaba por deixá-los sem os serviços especiais de que necessitam. A autora ainda destaca que muitas vezes, esses alunos "abandonam o sistema educacional por desmotivação e por dificuldades de relacionamento". Guenther (2000, p. 29), define que “a dotação é algo que o indivíduo tem consigo, ou traz em potencial desde o seu nascimento”, acrescentando ainda que “quanto maior for a dotação genética, maior o nível de adequação pessoal que o indivíduo pode alcançar”. Essas afirmações implicam na aceitação de que este potencial é inato e, sim, existe, portanto um meio de identificar ou rastrear alunos que se encaixem nesses padrões pelo processo de pesquisa da Dermatoglifia. A Dermatoglifia já foi usada em outros estudos com fins semelhantes a exemplo da pesquisa de Mostaf Najafi, do Departamento de Psiquiatria na Universidade de Ciências Médicas de Shahrekord, no Iran, dos estudos de Prof. Dr. José Fernandes Filho, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, ou ainda M. Cesarik, em Po ega, Croácia, entreẑ outros. De forma que esse estudo tem um caráter tipologicamente bibliográfico, com delineamento de revisão, com a seleção de artigos da base de dados do Scielo, da Revista Meta: Avaliação, da revista Fit Perf J, do Inter Science Place, do Iranian Journal of Pediatrics, do Iosr Journals, do Niseb Journal, do Efdesportes, do Coll. Antropol, do Domínio Público, do American Journal of Physical Anthopology, do Behavioral Neuroscience, e do The Internet Journal of Biological Anthropology, incluindo artigos publicados entre 1972 até 2015, utilizando como base de busca as palavras chaves, Dermatoglifia, Superdotados,
  • 5. 5 Talentosos, Inteligência Superior, Retardo Mental, Quociente de Inteligência, Coordenação Motora em língua portuguesa, língua inglesa e língua espanhola. Partiremos para a análise e a comparação de diversos resultados encontrados por pesquisadores em artigos científicos e periódicos que tenham a Dermatoglifia como metodologia de trabalho no trato de pessoas com altas habilidades e superdotação, comparada com grupos de controle de pessoas ditas “normais” e pessoas caracterizadas como portadoras de retardo mental ou problemas de aprendizagem, buscando descrever os possíveis padrões dermatoglíficos encontrados pelos autores estudados. A importância desse estudo está no fato de que o conhecimento prévio, na mais tenra idade, das capacidades e tendências genéticas para o talento, superdotação e genialidade, aliado a um ambiente intencionalmente provocador e instigador dessas capacidades, enquanto ocorrência fenotípica, completamente planejada, pode contribuir de forma poderosa com o desenvolvimento integral dos alunos identificado com tais características. Os critérios adotados para a escolha dos estudos foram: Número de sujeitos – Estudos que apresentaram número inferior a 25 pessoas não foram selecionados. As amostras apresentadas nos estudos selecionados variam de um mínimo de 25 e o máximo de 1747 pessoas de ambos os sexos e idades variadas; Diagnósticos Clínicos ou Acadêmicos – Os estudos eleitos constam de casos diagnosticados de superdotação e retardo mental; Grupos de Controle – Presença de estudo comparativo entre grupos experimentais e pessoas normais; Índices Dermatoglíficos – Estudos envolvendo os padrões digitais fundamentais (Figura 1 e Figura 2), quais sejam: • A (Digital tipo Arco); • P (Digital tipo Presilha); • V (Digital tipo Verticilo); • D10 (Número de Deltas); • Ângulos ab, bc, cd e atd de ambas as mãos; • QL (Quantidade de Linhas em cada um dos dedos das mãos); • SQTL (Somatório da Quantidade Total de Linhas); • MESQL (Somatório da Quantidade de Linhas da Mão Esquerda); • MDSQL (Somatório da Quantidade de Linhas da Mão Direita);
  • 6. 6 • MESQLn e MDSQLn (Onde “n” varia de 1 a 5 representando cada dedo analisado); • METn e MDTn (Tipo de desenho da Mão Esquerda e Tipo de desenho da Mão Direita, onde “n” varia de 1 a 5 representando cada dedo analisado), embora nem todos os estudos apresentem todos os itens; Serão observadas todas as variáveis presentes em cada estudo. Porém, apenas serão levados em consideração resultados significativos capazes de mostrar expressividade para ser considerado com um demarcador válido. Variáveis ou resultados não expressivos não serão considerados. a) A b) P a) V b) PD Figura 1 – Características dos desenhos das falanges distais: a) A – Arco (desenho sem Delta); b) P – Presilha (Desenho com 01 Delta); V – Verticilo (Desenho com 02 Deltas); PD – Presilha Dupla (Desenho com 02 Deltas podendo ser enquadrado como Verticilo). Fonte: DANTAS (2001). Figura 2 – Índices Dermatoglíficos
  • 7. 7 Fonte: LEITE FILHO et al (2010) 2 RESULTADOS ENCONTRADOS Após a aplicação dos Critérios Estabelecidos foram selecionados 10 estudos (tabela 1) entre 45 com finalidades educacionais ou afins, sendo 08 deles na língua inglesa e 02 na língua portuguesa. Os estudos excluídos foram realizados utilizando baixo número de sujeitos durante a pesquisa, poucas variáveis dermatoglíficas ou ainda não contavam com a presença de grupo de controle, sendo assim, considerados insatisfatórios ou inconclusivos. Nº Nome do Estudo Autor – Data 01 Avaliação do perfil pessoal de adolescentes talentosos utilizando suas características dermatoglíficas Mettrau et al. 2009 02 A Dermatoglifia como um verificador de desempenho motor de crianças de 03 anos de idade Lange 2010 03 Aspectos dermatoglíficos de Crianças Normais e Deficientes da Bulgária* Tornjova 1994 04 O significado clínico de múltiplos espirais capilares e sua associação com Dermatoglifia Incomum e características dismórficas em crianças israelenses mentalmente restardadas* Tirosh 1987 05 Um estudo dermatoglífico comparativo entre crianças autistas, retardadas e normais* Hartin and Barry 1979 06 Análise de rotina de dermatoglifia e vincos palmares em Crianças com Transtornos do Desenvolvimento* Dar et al. 1978 07 O Trirádio Axial como uma ferramenta de diagnóstico preliminar em pacientes de retardo mental* Vashist et al. 2009 08 Análise Quantitativa Dermatoglífica em pessoas com inteligência Superior* Cesarik et al. 1996 09 Associação entre os padrões das digitais do dedo II e o nível do quociente de inteligência em adolescents* Najafi 2009 10 Dermatoglifia Palmar da Dislexia* Jaminson 1988 Tabela 1: Síntese de pesquisas anteriores em dermatoglifia ligadas ao tema _____________________ *Traduzido da língua inglesa
  • 8. 8 2.1 PADRÕES DIGITAIS FUNDAMENTAIS Metrrau et al. (2009) constatou em pessoas superdotadas uma baixa quantidade de Arcos, resaltando que este tipo de desenho, quando presente em grande número, está relacionado a dificuldades de coordenação motora (LINHARES et al., 2009). Evidencia também a maior existência de Presilhas e a existência de simetria ou espelhamento entre os tipos de desenho encontrados e o SQTL. Lange (2010) reforça a idéia de que quanto menor o número de Arcos e maior a presença de Verticilo, o que aumenta a contagem D10 mais o indivíduo vai colher os benefícios de sua coordenação motora. Foi constatado em seu estudo que valores acima de 16 para D10 e de 136 para a contagem SQTL amplia as capacidades e o rendimento geral dos participantes (PAVEL e FERNANDES FILHO, 2004). Tornjova (1994) e Najafi (2009) recomendam o estudo do dedo indicador como sendo o melhor para estudo dermatoglíficos que envolvam qualquer associação com estados mentais ou níveis de inteligência. Revelam a presença maciça de Presilhas Radiais (voltadas para o osso rádio – figura 3) no dedo indicador da mão direita em pessoas talentosas. Em contrapartida detectam a presença de Presilhas Ulnares (voltadas para o osso ulna) no mesmo dedo e mão em pessoas com problemas de aprendizagem, assim como a presença maciça de pregas de flexão consideradas anormais. Tirosh (1987), Hartin e Barry (1979) e Dar et al. (1978) relatam dermatoglifia incomum, assim como rompimentos das cristas dérmicas no trato com indivíduos portadores de retardo mental na comparação com pessoas normais. Figura 03 ................... Vashit (2009) foca o seu estudo nos ângulos palmares “atd” e demonstra resultados promissores. Em pessoas normais o ângulo atd variou de 30º a 65º ao passo em que em pessoas diagnosticadas como portadoras de retardo mental o ângulo “atd” foi classificado como < 30º e > 65º. A presença de t foi detectada em 78% dos pacientes normais e apenas em
  • 9. 9 45% dos portadores de retardo mental. A presença de t’ foi detectada com a mesma frequência em ambos os grupos. A presença de t’’ não foi detectada no grupo de pessoas normais ao passo em que nos portadores de retardo mental a sua presença foi maciça. O Trirádio Axial é sempre mais distalmente localizado na palma dos portadores de retardo mental. O estudo de Vashit não foi voltado para pessoas consideradas talentosas mas nos revela dados comparativos valiosos. Jaminson (1988) em seu trabalho com disléxicos, com problemas de aprendizagem constatados, relata a existência de maior número de cristas dérmicas na contagem do ângulo a-b da mão esquerda de ambos os sexos, assim como a presença de padrões interdigitais na área IV, entre os dedos anelar e mínimo. Relata ainda a existência de assimetria entre as contagens de ambas as mãos e dedos nos tipos de desenhos e a presença do Trirádio Axial localizado mais distalmente, tal qual o estudo de Vashit (2009). Cesarik (1996) apresenta um estudo com a análise de 18 variáveis dermatoglíficas ampliando significativamente os achados nos estudos anteriores. Foram encontrados aumento significativos nos valores de contagem MDSQL1, MDSQL5, ângulo c-d, MESQL1, MESQL5 quando comparados com o grupo de controle. Da mesma forma foi constatada a diminuição no ângulo “atd” variando entre inferior a 40º para homens e inferior a 41º para mulheres. A contagem SQTL foi constatada como ampliada em ambos os sexos. A análise de discriminação canônica realizada no estudo demonstra a fidelidade dos resultados quando comparadas com o desempenho real dos participantes e mostra um acerto de 83,83% para o sexo masculino e de 79,15% para as mulheres, superando qualquer possibilidade de coincidência estatística (CESARIK, 1996). 3 DISCUSSÃO A possibilidade de classificar padrões dermatoglíficos, através da comparação entre amostras coletadas por diversos autores, até encontrar características dermatoglíficas inerentes às pessoas talentosas, com altas habilidades ou superdotação, com alto Quociente de Inteligência, criou a hipótese e o objetivo desse estudo. Os requisitos básicos para evidenciar tais características nos sujeitos participantes das pesquisas foram a efetiva comparação entre grupos diferentes diagnosticados clinicamente e academicamente com graus variados de QI (Quociente de Inteligência) levando em consideração suas capacidades em geral, assim como os resultados de diversos exames prévios. A condição psicológica e clínica dos sujeitos
  • 10. 10 envolvidos variaram entre indivíduos portadores de retardo mental, indivíduos considerados normais e indivíduos considerados como portadores de inteligência superior. A correlação entre Dermatoglifia e estados cerebrais e mentais foi relatada nas centenas de estudos encontrados que, em sua maioria, eram voltados para a área da saúde física ou mental. Incontáveis trabalhos tinham o foco voltado para a área da Educação Física e o Desporto Profissional. Dos 45 estudos encontrados focados em situação de aprendizagem, embora alguns desses possuíssem finalidades clínicas, 10 se mostraram promissores ao se levar em conta os critérios estabelecidos por esse estudo e os resultados obtidos. A origem da inteligência humana tem sido tema de disputas entre os Filósofos e psicólogos década após década. O objetivo é descobrir se esta origem é resultante da hereditariedade ou da influência ambiental durante o processo do seu crescimento e desenvolvimento. A opinião Contemporânea que prevalece é a de que a inteligência é determinada principalmente por fatores hereditários, mas é impossível dar uma resposta exata sobre a quantidade relativa de influência da hereditariedade nesse processo do desenvolvimento humano (CESARIK, 1996). Comparemos os resultados obtidos e transcritos até aqui nas tabelas 2 e 3 logo a seguir: Sujeitos/Condição Índices Dermatoglíficos Resultados Portadores de Retardo Mental e/ou Problemas de Aprendizagem Arcos Alta Presença de arcos Presilhas Presilha Ulnar no indicador da Mão direita Verticilo < 03 D10 < 09 SQTL < 60 Ângulo A-b Contagem aumentada > 45 Ângulo Atd < 30º ou > 65º t Presença mínima Localizada mais distalmente t' **** t'' Presença em 31,6% Rompimento ou Mudança Presença aumentada Tabela 2: Síntese de resultados encontrados para portadores de Retardo Mental e/ou problemas de aprendizagem
  • 11. 11 Sujeitos/Condição Índices Dermatoglíficos Resultados Portadores de Altas Habilidades e/ou Superdotação classificados com Inteligência Superior Arcos Baixa ou nenhuma presença Presilhas Presilha Radial no indicador da Mão direita Verticilo > 04 D10 > 16 SQTL 172,60 para homens 150,91 para mulheres Ângulo Atd 30º a 41º t Localizada mais proximalmente t'' Baixa ou nenhuma presença MDSQL1 23,89 em homens 20,69 em mulheres MDSQL5 17,34 em homens Sem indicação para mulheres MESQL1 21,37 em homens 18,80 em mulheres MESQL5 17,66 em homens 13,63 em mulheres Tabela 3: Síntese de resultados encontrados para portadores de Altas Habilidades e/ou Superdotação classificados com Inteligência Superior Apenas foram relacionados em ambas as tabelas, 2 e 3, os índices dermatoglíficos com resultados relevantes ou significativos buscando a maior fidelidade possível nos dados tabulados e apresentados em cada estudo de forma a combiná-los entre si para ambas as condições de aprendizagem analisadas neste estudo. As diferenças apresentadas no perfil dermatoglífico de ambas as condições são notáveis, e, em alguns tópicos são completamente opostas, evidenciando ainda mais a herança de ocorrências pré-natal e genética. CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • 12. 12 Conclui-se que foi reforçado o conceito contemporâneo da influência genética na presença de Altas Habilidades e Superdotação em pessoas classificadas como portadores de Inteligência Superior como correto. E que existem, sim, marcadores específicos do talento, da superdotação e da inteligência superior nos padrões dérmicos dos dedos e da mão humana, sendo os padrões mais significativamente constatados, segundo os dados da tabela 3, o aumento da contagem SQTL, o ângulo atd entre 30º a 41º, a presença maciça de Deltas, a ausência de arcos, a presença de presilha radial no dedo indicador da mão direita, o aumento da contagem de cristas dos dedos polegares da mão esquerda e direita para ambos os sexos, o aumento da contagem de cristas do dedo mínimo da mão direita masculina e o aumento da contagem de cristas do mínimo da mão esquerda em ambos os sexos. A tabela 2, com os resultados voltados para pessoas com deficiência de aprendizagem ou portadores de retardo mental fica como bônus do estudo e com certeza será muito útil, ficando evidenciada a presença de dermatoglifia anormal enquanto marcador de perturbações pré-natais em portadores de dificuldades de aprendizagem. Apesar dos presentes e satisfatórios resultados, pesquisas posteriores, voltadas para essa finalidade, precisam ser realizadas no Brasil, a nível regional e de forma presencial, enquanto pesquisa de campo, tendo em vista que diferenças dermatoglíficas locais, apesar de muito pequenas, podem ser manifestadas em nossas mãos, em virtude das diferentes origens raciais ao redor do mundo (KUMBINANI, 2007). REFERÊNCIAS ABRAMOVA, T. F.; NIKITINA T. M.; OZOLIN N. N. Possibilidades de Utilização das Impressões Dermatoglíficas na Seleção Desportiva. Teoria e Prática da Cultura Física, n.3, 1995, p.10-15. ALENCAR, Eunice M. L. S. Indivíduos com Altas Habilidades/Superdotação: classificando conceitos, desfazendo idéias errôneas. In FLEITH, Denise de Souza (org.). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: orientação a professores. Vol. 1. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. BRACHA, H. Stefan et al. Subtle Signs of Prenatal Maldevelopment of the Hand Ectoderm in Schizophrenia: A Preliminary Monozygotic Twin Study. Elsevier, vol. 30, October of 1991: pp. 719-725. Disponível em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0006322391900 17G. Acesso em 19 de janeiro de 2013.
  • 13. 13 CESARIK, M. et al. Quantitative Dermatoglyphc Analysis in Persons with Superior Intelligence. Coll. Antropol. 20. 1996, v. 2, p. 413-418. Disponível em http://collegium.hrvatsko-antropolosko-drustvo.hr/_doc/Coll.%20Antropol.%2020%20% 281996%29%202:%20413-418.pdf. Acesso em 18 de dezembro de 2015. CUMMINS H. and MIDLO CH. Finger prints, palms and soles. An introduction to dermatoglyphics. Philadelphia, 1961. ___________. Palmar and Plantar Dermatoglyphics in Primates. Philadelphia, 1942. DAR H. et al. Routine Analysis of Dermatoglyphics and Palmar Creases in Children with Developmental Disorders. Developmental Medicine & Child Neurology, v. 20, dec.1978 p. 735–737. DELOU, C.M.C. Educação do aluno com altas habilidades/superdotação: legislação e Políticas educacionais para a inclusão. In: FLEITH, Denise de Souza (org). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: orientação a professores. Vol. 1. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. DELOU, CM. C Educação do aluno com altas habilidades/superdotação: legislação e Políticas educacionais para a inclusão. In: FLEITH, Denise de Souza (org). A construção de práticas educacionais para alunos com altas habilidades/superdotação: orientação a professores. Vol. 1. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2007. FERNANDES, Filho, J. Impressões dermatoglíficas: marcas genéticas na seleção dos tipos de esportes e lutas (a exemplo de desportista do Brasil). Tese de Doutorado, 1997. 172 p. Moscou: URSS, 1997. GUENTHER, Zenita cunha. Desenvolvimento, Capacidades e Talentos (Guia básico para trabalhar a partir da escola regular). Centro para Desenvolvimento do Potencial e Talento (CEDET). Lavras, MG: SEESP e MEC, 2000. HARTIN PJ and Barry RJ. A comparative dermatoglyphic study of autistic, retarded, and normal children. J Autism Dev Disord. 1979; v. 9, p. 233‐246. Disponível em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/489510. Acesso em 20 de dezembro de 2015.
  • 14. 14 JAMISON, C. S. Palmar Dermatoglyphics of Dyslexia. American Journal of Physical Anthropology. 1988, v. 76, p. 505-513. Disponível em https://www.researchgate.net/publica tion/227817993_Palmar_dermatoglyphics_of_dyslexia. Acesso em 20 de janeiro de 2015. KHARITONOV. RA; KOZLOVA AI; VUKS. AIa. Dermatoglyphics in children and adolescents suffering epilepsy. Zh Nevropatol Psikhiatr Im S S Korsakova. 1978, v. 78, p. 575-80. Disponível em: https://www.google.com.br/url? sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&cad=rja&uact=8&ved=0ahUKEwjG7qWSzqL KAhVFkpAKHY34DsIQFggsMAE&url=http%3A%2F%2Fwww.rguhs.ac.in%2Fcdc %2Fonlinecdc%2Fuploads %2F01_M007_3617.doc&usg=AFQjCNHEW1L2bC_7L7ysbqlWRbwKunojXA. Acesso em 20 de dezembro de 2015. KUMBNANI, H. K. Antropology Today: Trends, Scope and Applications. Anthropologist Special, 2007, Vol. 3, 285-295. Disponível em: http://www.abebooks.com/Anthropology- Today-Trends-Scope-Applications-Veena/4924173996/bd. Acesso em 21 de dezembro de 2015 LANGE, Felipe. A Dermatoglifia como um verificador de desempenho motoro de criança de 3 anos de idade.2010, 82 f. Dissertação de Mestrado em Ciências do Movimento Humano do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (CEFID). UESC, Santa Catarina. Disponível em http://livros01.livrosgratis.com.br/cp138478.pdf. Acesso em 28 de abril de 2015. NASCIMENTO, João Carvalho do. Identificação dos perfis dermatoglíficos, somatotípicos e motores em atletas de futsal com idade de 13 a 15 anos do sexo masculino da Universidade de Rio Verde - Goiás. 2010, 71 f. Dissertação de Mestrado em Ciências da Saúde. UnB, Brasília. Disponível em http://biblioteca.portalbolsasdeestudo.com.br/link/?i d=2668186. Acesso em 28 de setembro de 2015. MANFROI, José. Métodos e Técnicas de Pesquisa. Campo grande: UCDB, 2015 (apostilado – 59 p.) MATSUDO, V. K. R. Detecção de Talentos. CELAFISCS. SP. 1996. METTRAU, Marsyl Bulkool. Reflexões e Ações sobre as altas habilidades. RJ: Instituto Helen Antipoff, 2000. (mimeo)
  • 15. 15 METTRAU, Marsyl Bulkool et al. Avaliação do perfil pessoal de adolescentes talentosos utilizando suas características dermatoglíficas. Meta: Avaliação | Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, mai./ago. 2009, p.220-236. Disponível em http://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/meta avaliacao/article/view/43/24. Acesso em 06 de junho de 2015. NAJAFI, Mostaf. Association between Finger Patterns of Digit II and Intelligence Quotient Level in Adolescents. Iranian Journal of Pediatrics, V. 19 (nº 3). 2009, p. 277-284. Disponível em http://ijp.tums.ac.ir/index.php/ijp/article/view/862. Acesso em 20 de setembro de 2015. SCHAUMANN B, Johnson SB, Jantz RL. Dermatoglyphics in seizure disorders. Prog Clin Biol Res 1982; 84: 325-334. ______. Palmar, plantar, and digital flexion creases: morphologic and clinical considerations. Birth Defects Orig Artic Ser 1991; 27: 229-252. TIROSH, E, Jaffe M, Dar H. The clinical significance of multiple hair whorls and their association with unusual dermatoglyphics and dysmorphic features in mentally retarded Israeli children. Eur J Pediatr. 1987;146(6): p. 568‐70. Disponível em: http://link.springer.com/article/10.1007/BF02467355. Acesso em 03 de janeiro de 2016. TORNJOVA, Randelova SG. Some aspects on the dermatoglyphics of normal and defective children in Bulgaria. Anthropol Anz. 1994; 52 (4): 351‐5. Disponível em http://www.jstor.org/stable/29540457?seq=1#page_scan_tab_contents. Acesso em 22 de dezembro de 2015. VASHIT, Minakshi et al. Axial triradius as a preliminary diagnostic tool in patients of mental retardation. Internet Journal of Biological Anthropology. 2010, v. 4. Issue 1, p. 1. Disponível em http://connection.ebscohost.com/c/articles/52446589/axial-triradius-as- preliminary-diagnostic-tool-patients-mental-retardation. Acesso em 30 de março de 2015.
  • 16. 16