3. • OBJETIVO:
• ENRIQUECER E APRIMORAR A ARTE DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, ATRAVÉS
DE TROCA DE EXPERIÊNCIAS
• PÚBLICO ALVO:
• PROFESSORES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
4. • A contação de histórias tem uma significativa importância para o desenvolvimento do
imaginário e do discurso narrativo da criança. As diferentes histórias que as crianças
ouvem, refletem, indagam, contam e recontam, mesclam o imaginário, a ficção e a
realidade. Dessa forma, vão desenvolvendo sua capacidade de raciocínio e pensamento
criativo.
• Os especialistas afirmam que a criança, desde muito cedo, é capaz de entender as
histórias contadas pelos adultos. Por isso, esse contato com os relatos do dia a dia, de
situações reais, ou mesmo, dos contos de fadas, é que vai ajudar a formar uma bagagem
de imagens, nomes e roteiros que a criança utilizará na sua comunicação.
• Assim, os comportamentos do cotidiano e um vocabulário rico, ao qual se somam sempre
novos conceitos, ampliarão a linguagem da criança. Quando começar a se expressar
verbalmente, a criança lançará mão desse repertório acumulado desde os primeiros anos
de vida, para descrever suas vivências e sensações.
5. • Atualmente, com a crescente competitividade e necessária inserção no mercado de
trabalho, as famílias não tem tido tempo suficiente para se dedicarem aos filhos. Por
isso, a maioria das crianças não tem oportunidade de ouvir histórias no seio familiar.
Cabe à escola e principalmente na fase da Educação Infantil, assegurar que lhes não falte
essa experiência tão enriquecedora e tão importante para a aprendizagem da leitura.
6. ALGUMAS DICAS PARA UM BOM CONTADOR DE HISTÓRIAS
• A escolha da história deve ser feita previamente, de acordo com a faixa etária a ser
atendida. Contudo, um bom contador de histórias tem que saber adaptar-se ao
público. Esse ajuste é feito ao vivo, de uma forma rápida e quase imperceptível.
• Se a assistência se distrai, há que mudar o relato, abreviando o enredo, introduzindo
novas peripécias, criando suspense. Se a assistência se mostra fascinada, vale a
pena prolongar o efeito e ir adiando o desfecho.
• A mesma narrativa terá de apresentar cambiantes conforme a idade das crianças e
as características dos vários grupos.
7. SUGESTÕES DE ATIVIDADES
• Conte sobretudo histórias que conheça bem e de que goste.
• Identifique previamente os acontecimentos-chave para os apresentar de forma clara
e sugestiva.
• Conte a história como se estivesse a vê-la desenrolar-se por cenas.
• Ensaie em casa, em frente ao espelho, ou diante de pessoas que lhe possam dar um
feedback.
• Observe as reações das crianças enquanto conta a história para poder fazer os
ajustes necessários.
• Sempre que possível envolva as crianças no relato.
• Se as crianças exigirem que torne a contar a mesma história, deve considerar que a
atividade foi um êxito.
8. COMO ENVOLVER AS CRIANÇAS NO RELATO
• Pedir às crianças que:
• repitam frases;
• façam os gestos adequados para sublinharem a ação;
• Emitam sons referentes a história (vento, bater à porta, etc.).
• Suscite antecipações, perguntando: O que é que acham que vai acontecer a seguir?
• Suscite o reconto em grupo, sobretudo com os alunos mais velhos.
9. COMO SUSCITAR O RECONTO EM GRUPO
• Um ou dois alunos ajudam o educador.
• A história vai sendo contada pelas crianças e o Educador só interfere quando necessário.
• As crianças contam a história em grupos de dois ajudando-se mutuamente.
• Uma turma conta a história a outra turma.
• Cada criança escolhe o momento preferido e conta-a em pormenor acrescentando o que
quiser.
• As crianças são convidadas a contar a história muito rapidamente e referindo apenas o
essencial.
10. • Contar histórias é uma arte. Muitas pessoas têm um dom especial para esta tarefa. Mas
isso não significa que pessoas sem esse dom não possam tornar-se bons
contadores de histórias. Com algum treinamento e alguns recursos práticos qualquer
pessoa é capaz de transmitir com segurança e entusiasmo o conteúdo de uma história
para pequenos.
• Esse processo se assemelha ao desenvolvimento da borboleta. A criança é como a
lagarta em seu casulo, crescendo e acumulando aprendizados para, ao longo do tempo,
vir a tornar-se uma linda borboleta, repleta de cores e desenhos simétricos. Eis o papel da
contação de histórias:
“Dar asas à imaginação da criança para que ela possa voar e aprender, cada vez mais.”