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A Beleza Segundo a Estética
Idealista Alemã
Schiller e a Reconstrução da
Estética Texto e slides por Juliana Miriane Stürmer
Destruição da Estética
• Como já foi visto nas observações de
Moritz, o que Kant empreendeu, sem
querer talvez, foi uma destruição da
Estética.
• Por que isso?
• Kant não estava
totalmente errado pois é
claro que cada um vai ter
um gosto, e vai ter um
sentimento perante uma
obra, que é só seu, isso se
refere ao gosto individual.
Mas o problema é que Kant
fechou as portas para
análises mais profundas
quando escreveu que:
“A Beleza não está no objeto
mas, sim, é uma
construção do espírito de
quem olha para o objeto”.
Com isso se tornou impossível
qualquer julgamento das
obras de arte.
Explicação
Se a beleza é construída
pelo espírito do
contemplador, os
objetos não são mais
nem belos nem feios.
Não vai mais existir um
quadro feio e outro
belo: o quadro será feio
ou belo de acordo com
a reação de quem se
ponha diante dele.
Exemplo de gosto individual: Mark Ryden
Variações de gosto
• Existem as variações legitimas e pessoais
de gosto, até no texto é citado o exemplo
de uma pessoa que prefere Bach a
Beethoven ou o contrário.
La Bella Durmiente - Bach 5th Symphony - Beethoven
Variação Ilegítima de
gosto
Outro ponto interessante, é que as
pessoas que preferem uma música
qualquer (comercial) a qualquer um
dos grandes clássicos, tem o que o
texto chama de variação ilegítima de
gosto.
Mas para o pensamento Kantiano não
existem elementos para considerar essa
variação ilegítima, pois é individual de
cada um, se ele constrói a beleza
ouvindo uma música clássica ou uma
música sentimental/comercial.
Com o pensamento Kantiano não há provas
para dizer que esta pessoa tem um gosto
ilegítimo (pois como sabemos a música
clássica é inegavelmente uma das formas de
representarmos o belo, comprovada pelo
julgamento de espíritos superiores e pela
passagem do tempo).
Escombros Estéticos
A Estética se reduziria a escombros se
aceitasse integralmente o pensamento
Kantiano, mas que também teve um
grande mérito que foi o de chamar a
atenção para o fato que a fruição da
Beleza não era meramente intelectual,
dependia também da imaginação.
REAÇÃO!!
Após o impacto da crítica
Kantiana alguns pensadores
alemães começaram a esboçar
uma reação contra ela.
Mas mesmo assim, não deixaram
de reconhecer o quanto a crítica
Kantiana foi importante para o
pensamento ocidental.
Schiller grande
pensador nos
domínios da Estética
tenta propor logo
após Kant uma
espécie de
reconciliação entre
o Objetivismo
tradicional e o
Subjetivismo
Kantiano.
Schiller resumiu o que pensa sobre a beleza
nessa citação:
“A Beleza é realmente um objeto para nós,
porque a reflexão é a condição de que
tenhamos um sentimento dela. Mas, ao
mesmo tempo, a Beleza é um estado de
nosso sujeito, porque o sentimento é a
condição em que podemos ter ela uma
percepção” (cit. por Bosanquet. ob. cit. p.
335)
Explicação
• Aqui ele não sai totalmente da órbita Kantiniana,
pois o que Schiller chamou de Reflexão que liga
a Beleza a uma certa objetividade racional é
diferente da noção que os realistas e os
objetivistas têm do intelecto.
• Além disso o que Schiller fez ao dizer que a
Beleza é para nós um objeto foi esboçar uma
das primeiras reações contra os paradoxos
extremados de Kant.
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A beleza segundo a estética idealista alemã

  • 1. A Beleza Segundo a Estética Idealista Alemã Schiller e a Reconstrução da Estética Texto e slides por Juliana Miriane Stürmer
  • 2. Destruição da Estética • Como já foi visto nas observações de Moritz, o que Kant empreendeu, sem querer talvez, foi uma destruição da Estética. • Por que isso?
  • 3. • Kant não estava totalmente errado pois é claro que cada um vai ter um gosto, e vai ter um sentimento perante uma obra, que é só seu, isso se refere ao gosto individual.
  • 4. Mas o problema é que Kant fechou as portas para análises mais profundas quando escreveu que: “A Beleza não está no objeto mas, sim, é uma construção do espírito de quem olha para o objeto”. Com isso se tornou impossível qualquer julgamento das obras de arte.
  • 5. Explicação Se a beleza é construída pelo espírito do contemplador, os objetos não são mais nem belos nem feios. Não vai mais existir um quadro feio e outro belo: o quadro será feio ou belo de acordo com a reação de quem se ponha diante dele. Exemplo de gosto individual: Mark Ryden
  • 6. Variações de gosto • Existem as variações legitimas e pessoais de gosto, até no texto é citado o exemplo de uma pessoa que prefere Bach a Beethoven ou o contrário. La Bella Durmiente - Bach 5th Symphony - Beethoven
  • 7. Variação Ilegítima de gosto Outro ponto interessante, é que as pessoas que preferem uma música qualquer (comercial) a qualquer um dos grandes clássicos, tem o que o texto chama de variação ilegítima de gosto.
  • 8. Mas para o pensamento Kantiano não existem elementos para considerar essa variação ilegítima, pois é individual de cada um, se ele constrói a beleza ouvindo uma música clássica ou uma música sentimental/comercial.
  • 9. Com o pensamento Kantiano não há provas para dizer que esta pessoa tem um gosto ilegítimo (pois como sabemos a música clássica é inegavelmente uma das formas de representarmos o belo, comprovada pelo julgamento de espíritos superiores e pela passagem do tempo).
  • 10. Escombros Estéticos A Estética se reduziria a escombros se aceitasse integralmente o pensamento Kantiano, mas que também teve um grande mérito que foi o de chamar a atenção para o fato que a fruição da Beleza não era meramente intelectual, dependia também da imaginação.
  • 12. Após o impacto da crítica Kantiana alguns pensadores alemães começaram a esboçar uma reação contra ela. Mas mesmo assim, não deixaram de reconhecer o quanto a crítica Kantiana foi importante para o pensamento ocidental.
  • 13. Schiller grande pensador nos domínios da Estética tenta propor logo após Kant uma espécie de reconciliação entre o Objetivismo tradicional e o Subjetivismo Kantiano.
  • 14. Schiller resumiu o que pensa sobre a beleza nessa citação: “A Beleza é realmente um objeto para nós, porque a reflexão é a condição de que tenhamos um sentimento dela. Mas, ao mesmo tempo, a Beleza é um estado de nosso sujeito, porque o sentimento é a condição em que podemos ter ela uma percepção” (cit. por Bosanquet. ob. cit. p. 335)
  • 15. Explicação • Aqui ele não sai totalmente da órbita Kantiniana, pois o que Schiller chamou de Reflexão que liga a Beleza a uma certa objetividade racional é diferente da noção que os realistas e os objetivistas têm do intelecto. • Além disso o que Schiller fez ao dizer que a Beleza é para nós um objeto foi esboçar uma das primeiras reações contra os paradoxos extremados de Kant.
  • 16. Quer Slides Assim? Mande e-mail para: juliana_miriane@hotmail.com Faça um orçamento e faça sucesso em suas apresentações