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1
Graduando do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Estácio/FIB.
2
Professor orientador do Centro Universitário Estácio/FIB. Mestre em obstetrícia.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
SER PAI: EXERCENDO A PATERNIDADE FRENTE AO TRABALHO DE PARTO
HUMANIZADO
BE FATHER: EXERCISING THE FATHERHOOD AGAINST THE HUMANIZED
CHILDBIRTH
Camila Pedreira Rios1
Leandra Souza Alves1
Andréia Silva Rodrigues2
RESUMO
Na antiguidade, os partos eram assistidos por parteiras, que eram consideradas como sábias,
no entanto, depois da Idade Média, essas práticas foram qualificadas como perigosas por
transgredirem a moral científica e religiosa da época. Com o advento da tecnologia e o avanço
da medicina, os partos passaram a ser realizados no hospital e por diversas vezes, de forma
desumanizada. Tendo em vista as reflexões e estudos acerca da atual norma de assistência à
parturiente durante o trabalho de parto, (assistência humanizada), realizou-se essa pesquisa
com o objetivo de discutir a participação do pai durante o trabalho do parto humanizado. Para
elaboração desta pesquisa, foi realizado um estudo descritivo, qualitativo através de revisão
bibliográfica de artigos completos publicados no Brasil em língua portuguesa, entre os anos
de 2000 a 2012, sendo o objeto de estudo o pai no parto humanizado. Percebe-se que o
momento do parto é marcante para a mãe que passa por uma experiência pessoal, onde
necessita de atenção e acolhimento. A humanização é ação principal dentro desse cenário. E o
melhor exemplo de um parto humanizado é aquele em que o pai pode exercer sua paternidade
desde o principio, junto com a mãe. Nessa premissa o pai tem um importante papel como
acompanhante da mulher e como um instrumento ativo presente na sala de parto. Um fator
que contribuiu para essa participação foi a Lei do Acompanhante, que protege o direito do pai
de estar presente no momento do trabalho de parto.
Descritores: Humanização. Parto humanizado. Assistência de Enfermagem. Pai. Paternidade.
Pai contemporâneo.
ABSTRACT
In antiquity, the births were attended by midwives, who were regarded as wise, however, after
the Middle Age, these practices were classified as dangerous by to transgress the scientific
and religious moral of that time. With the advent of technology and the advancement of
medicine, births started being performed in the hospitals, several times, in a dehumanized
way. Considering the reflections and studies on the current standard of care the mother during
labor, (humanized), this research was made with the aim of discussing the father's
participation in the work of humanized birth. For preparing this research, we conducted a
qualitative descriptive study through literature review of full papers published in Brazil in
Portuguese, between the years 2000-2012, being the object of study, the father in the
humanized birth. It can be seen that the moment of birth is remarkable for the mother, who
undergoes a personal experience, which requires attention and care. The humanization is the
main action within this scenario. And the best example of a humanized childbirth is one in
which the father can exercise his paternity from the beginning, along with the mother. At this
premise, the father has an important role as a companion for his wife and an active instrument
present in the birth room, a factor that contributed to this participation was the Law of the
Companion that protects the right of the father to be present at the labor work.
Keywords: Humanization. Humanized birth. Nursing Care. Parent. Paternity. Contemporary
father.
INTRODUÇÃO
Desde a antiguidade, em meados do século V, os partos eram assistidos por parteiras,
que eram consideradas como sábias, no entanto depois da idade média essas práticas foram
qualificadas como perigosas por transgredir a moral científica e religiosa da época. A partir do
século XVIII até nossos dias houve diversos acontecimentos relevantes, a saber: introduções
de novas tecnologias, que passaram a serem utilizados pela medicina os nascimentos
começaram então a serem realizados pelos médicos com o intuito de diminuir as mortes
ocorridas no período puerperal, então esses partos começaram a ser conduzidos com a
parturiente em posição de decúbito dorsal em cadeiras especialmente construídas para posição
de litotomia (REZENDE, 1974).
Com o passar do tempo, o parto começou a ser visto como uma cirurgia, que se pode
agendar e realizar como qualquer atendimento eletivo, não se pode negar que as tecnologias
vêm ajudando mutuamente a equipe médica na melhora da qualidade da assistência, trazendo
segurança para mãe e o feto, no entanto esse procedimento passou a ser usado sem
justificativa, gerando modificações no papel fisiológico do parto. À hora do nascimento é
único e marcado por muitas emoções, o cuidado do pai, ou as palavras de força são
importantes para o empenho da mãe, são nove meses de compreensão e atenção para aquele
momento em que o novo ser que já está a caminho, por isso o pai tem que ser nesse instante
tão presente quanto à mãe para que tudo ocorra bem (LABATE, ROSA, 2005).
Nos dias atuais, o parto humanizado começou a ser implantado nas maternidades, e
Centros Parto Normal (CPN) que realizam com objetivo de se obter uma melhoria na
assistência à gravidez, ao parto, pós-parto e ao nascituro. Segundo o Ministério da Saúde,
atualmente o Brasil possui 25 CPNs e cada unidade tem capacidade para realizar, em média,
100 partos por mês (ANVISA, 2012).
Entende-se que humanizar o parto, é prestar uma assistência focada nas necessidades
da mãe e do nascituro é fazer com que a mulher tenha a liberdade de sentir ou desejar ter o
seu parto da forma mais humanizada possível. Em si, o parto humanizado vem direcionar a
atenção às necessidades da mulher, emocionalmente e fisicamente, para dar-lhe o controle da
situação na hora do nascimento, mostrando as opções desejáveis para o trabalho de parto
(BUZZELLO, 2004).
Não deve ser entendido como um tipo de parto, e sim como um processo que deve ser
humanizado, obtendo assim, o parto fisiológico perfeito, sem intervenções. Desde o momento
em que a mulher anuncia a gravidez, muita emoções tomam conta dos futuros pais.
Contudo, as principais alterações se dão na mulher, afinal é ela quem transporta o
nascituro no ventre, não desprezando, contudo, o exercício da paternidade por parte do pai,
sendo sua presença nesta hora de fundamental importância, trazendo conforto e segurança a
mãe (TYRRELL, 2001).
Assim surge o questionamento: Qual o exercício da paternidade no parto humanizado?
O presente trabalho tem como objetivo discutir a participação do pai durante o trabalho do
parto humanizado.
Nesta perspectiva, esse artigo justifica-se pela necessidade de se saber como estão
sendo trabalhadas as questões do exercício da paternidade no processo do parto humanizado e
qual a importância da sua presença nesse momento no âmbito hospitalar e sob qual prisma
está pautada a assistência humanizada não só ao paciente, mas ao recém-nascido e ao pai,
além de mostrar as lacunas dessa assistência humanizada e servir de incentivo a novas
pesquisas para implementação da humanização do parto nos em todos os níveis de assistência
e serviços de saúde, sendo relevante para a academia de enfermagem, a assistência de
enfermagem, e para a sociedade como um todo.
METODOLOGIA
Para elaboração deste manuscrito foi realizado um estudo descritivo e qualitativo por
meio de revisão bibliográfica de artigos completos publicados no Brasil em língua
portuguesa, entre os anos de 2000 a 2012, sendo o objeto de estudo o pai no parto
humanizado.
Esse estudo é descritivo, pois segundo o autor Gil (1991), visa descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre
variáveis. Enquanto o qualitativo de acordo com Godoy (1995, p.58) não procura enumerar
e/ou medir os eventos estudados, nem os dados, envolve só a obtenção dos dados descritivos
acerca dos lugares, processos interativos e das pessoas pelo contato direto do pesquisador com
a situação estudada, tentando entender os seus fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos,
que participam da situação em estudo.
Foram utilizadas publicações, de artigos, incluindo outras áreas do conhecimento
como Direito e Psicologia, manuais, livros e teses, por se enquadrarem e traduzirem
claramente o relacionamento entre os profissionais de saúde e a mãe em seus diversos níveis e
tendo como foco principal a participação do pai para a implementação dessa assistência
humanizada, onde o genitor tem um papel importante exercendo seu direito e participando de
todo o processo, buscando assim melhor qualidade na assistência de enfermagem e
promovendo a eficiência na realização do trabalho de parto sem distorcias, quando este é
possível, levando-se em considerações se as condições estão favoráveis a este.
Durante a pesquisa foram utilizados artigos, nos bancos de dados: BVS (Biblioteca
Virtual de Saúde), MS (Ministério da Saúde), Scielo e Lilacs sendo realizada análise do título,
leitura e posterior resumo dos mesmos, realizando a adequação ao tema proposto no período
de Agosto/2012 a Maio/2013, fazendo uso de artigos publicados até o ano de 2012.
Dos artigos previamente levantados, 57 não se enquadraram no objeto do estudo, por se
tratarem de estudos monográficos, vídeos, e artigos em língua estrangeira, restando 31
resumos de artigos para análise.
A análise dos dados foi realizada através de fichamento com ordenação e classificação
dos dados, e posterior interpretação dos dados analisados, expressando o verdadeiro
significado do material coletado, conforme os propósitos colocados para esta pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
No momento do parto, a mãe passa por uma experiência pessoal, onde necessita
atenção e acolhimento, a humanização é ação principal dentro de um parto natural, e melhor
exemplo para esse papel é o pai, que desde o principio, junto com a mãe cria-se a necessidade
e responsabilidade do cuidar (BUZELLO, 2003).
O casal deve decidir juntos se querem ou não ter filhos, qual o melhor momento,
quando e como e o pai deve de participar desse planejamento acompanhando a gravidez,
desde o momento que se inicia o pré-natal até o pós parto (BRASIL, 2012).
O apoio do pai durante a gestação é importante para a mãe, e condicionalmente para o
nascituro. Ir às consultas, estar presente nas aulas de preparação para o parto, participar do
curso para gestantes e finalmente estar na sala de parto facilita muito para a chegada do
recém-nascido.
O pai querendo participar ou não do nascimento do filho, tem que ser discutindo e
conversado no decorrer da gravidez. Existem possibilidades, mas é necessária a compreensão
entre o casal, tolerância e paciência devem ser dois pontos importantes para essa nova fase da
vida dos pais.
O parto humanizado não se destaca em trazer apenas o acompanhante, vem buscar
uma forma de humanizar a partir da ocasião que a mãe entra em uma recepção, obtendo um
atendimento tranquilo e seguro, com diálogo com ela e sua família sobre o processo do parto.
Isso acaba trazendo a mulher assistida um ambiente tranquilo e seguro. Com a presença do
pai, a mãe se entrega inteiramente ao trabalho de parto, sentindo-a mais segurança de que
nada de mal irá ocorrer.
A colaboração do pai na sala de partos é passar a segurança, apoio e carinho a essa
mãe que no momento permanece ansiosa, assim deixando o ambiente mais tranquilo e
receptivo, podendo sentir-se acolhida e mais relaxada fisicamente, portanto, desenvolvendo
uma gestação saudável, e reduzindo a probabilidade de uma depressão no pós-parto
(BRASIL, 2012).
Compartilhar responsabilidades a partir do pré-natal faz com que a mãe e o pai não se
sintam excessivamente carregados, desta forma os dois terão contato desde o principio até o
pós-parto, como diz a Lei 11.804, aprovada em 2008 o dever e o compromisso do exercício da
paternidade decorre a partir da concepção, assim sendo, o compromisso do progenitor é de dar
apoio e suporte à mãe durante a gestação (BRASIL, 2005).
O parto humanizado é polissêmico e estão contornados por um conjunto de elementos
que abrange a prática dos profissionais, com os valores e também as convicções e atitudes que
tendem a promoção do parto e do nascimento e a prevenção dos impactos das doenças e das
mortes que incorrem no perinatal. É sob esta ótica que entendemos que humanização no parto
vai, além do cuidado e tratamento digno, acolhedor e solidário por parte dos profissionais da
saúde ao paciente, até uma nova conduta ética que permeie todas as suas atividades. A
humanização na saúde está amparada pela Constituição Federal, no artigo primeiro, Inciso III,
que sinaliza a dignidade da pessoa humana como um dos pilares do Estado Democrático de
Direito, Constituição da República Federativa do Brasil (BRASIL, 1988).
A humanização no parto começa no pré-natal e vai até a parturição, no que exige da
equipe de saúde que a realização de procedimentos é necessários e importante para a mulher e
o nascituro, abstendo-se de intervenções que prejudiquem a privacidade parturiente, além da
interação com o paciente com o propósito de viabilizar a sua satisfação atendendo suas
necessidades, favorecendo para que a mesma sinta-se acolhida e que possa expressar suas
dúvidas, aflições e receios (WALDOW, 2004).
A caracterização da humanização no nascimento é expressa através das ações voltadas
ao recém-nascido, como: aquecê-lo, não provocar dor, evitar manipulação nas primeiras horas
de vida e promovendo o contato precoce entre a mãe e o filho; assim como permitir a
presença do acompanhante para a parturiente, oferecendo informações à mãe e aos familiares,
dentre outros aspectos.
A relação entre profissionais de saúde e seus pacientes está diretamente ligada às
instituições as quais os profissionais pertencem e por este aspecto nem sempre os mesmos
podem prestar uma assistência humanizada adequada, pois tem que seguir as normas e regras
da instituição que muitas vezes se opõem a sistemática que o processo de humanização
propõe. Haja vista que muitas instituições, inclusive as públicas ainda não se adequaram
integralmente ao parto humanizado em todas as suas vertentes (LABATE, 2005).
Diante desse contexto, surgiram as seguintes categorias de discussão: a parturiente
frente ao processo de parturição; o pai na sociedade contemporânea; o papel do pai no
trabalho de parto.
A parturiente frente ao processo de humanização
A assistência prestada ao parto sempre foi marcado por diversas transformações ao
longo dos anos, desde a época em que o parto era realizado por parteiras, indo até os dias de
hoje com a introdução de novas tecnologias, contando inclusive com o amparo de vários
profissionais como obstetras e enfermeiros obstetras, sendo esses profissionais cada vez mais
especializados. Hoje o foco é um novo modelo de cuidado, voltado especialmente para as
necessidades da mulher devolvendo-lhe a autonomia e respeito no momento tão especial da
sua vida (ROSSI, 2002).
O parto normal é realizado por via vaginal onde é assistido por profissionais
qualificados e normalmente é realizado no próprio hospital. Nesse momento da hospitalização
é que se deve ter o máximo de cuidado, para que o parto normal não sofre distorcias e se torne
em mais um procedimento cirúrgico cheio de intervenções desnecessárias (SUZANA, 2003).
A idéia de humanização do parto surgiu de uma iniciativa do Ministério da Saúde com
o objetivo de diminuição do número de cesáreas e da mortalidade materna e neonatal. E vem
sendo intensificada com o aumento do número de profissionais que estão sendo capacitado
através, de cursos de especialização financiados pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de
promover o conforto e o bem estar da mãe e do nascituro ainda na sala de pré-parto e parto.
Promovendo uma assistência cada vez mais humanizada (CLAPES, 2005).
Atualmente, o parto normal e a assistência humanizada tem sido motivo de diversos
investimentos por parte do Ministério da Saúde, dentro dos quais têm o Programa de
Humanização do Parto e Nascimento, criação dos Centros de Parto Normal, Programa Mãe
Canguru, além das certificações as Instituições que adotam a humanização do cuidado como
um dos seus objetivos principais (ROSSI, 2002).
Embora hoje não haja consenso sobre o que é um parto humanizado, trata-se de um
processo como já citado, que é fruto de políticas ministeriais de saúde que visam mudar a
assistência hoje prestada nas principais maternidades e centros de saúde. No entanto pouco se
conhece os motivos que levaram a está assistência ser desumanizada, entretanto sabe-se que
fatores como a institucionalização do parto, o interesse da medicina, a falta de enfermeiras
obstetras nos serviços de saúde e até mesmo a formação dos profissionais de saúde que são
preparados para tratar o biológico e o patológico, contribuíram de alguma forma para que
estas intervenções ocorressem nas salas de parto e pré-parto (JOSÉ MARIA, 2005).
O parto começa a ser humanizado desde que a mãe entra na recepção do hospital, para
o seu primeiro atendimento. Atendê-la bem e com respeito; conversar com ela e sua família
explicando tudo o que está acontecendo e o que irá acontecer. Permitir que o parto
acontecesse de acordo com as suas expectativas e experiências com o mínimo possível de
intervenções. Também é permitir a presença do acompanhante se ela assim o desejar e sendo
este de sua livre escolha, é deixar que a mulher decida se quer ou não analgesia, é dar a
liberdade de movimento (deambular na sala do pré-parto), permitir a ingestão de líquidos, é
respeitar a vontade da mãe e suas particularidades, para que ela sinta-se da melhor forma
possível, tornando o momento menos dificultoso e traumático (CASTRO et al, 2005).
Quando a mulher entra no trabalho de parto e começa a ser conduzida com técnicas e
procedimento desnecessários, só porque estes fazem parte da rotina do hospital, podemos está
incorrendo em um erro grave e notamos que o que é para ser normal começa a caminhar para
o patológico como uma cesárea, por exemplo, uma tricotomia, punção venosa, administração
de ocitocina ou clister, repouso no leito, jejum, rompimento artificial das membranas
amnióticas, parto na posição litotômica, excesso de manuseio perineal durante o período
expulsivo, manobra de kristeller, e a própria proibição da presença de um acompanhante.
Todos esses fatores reunidos contribuem para um parto desumanizado e com
distorcias. Dentro deste contexto é que surge o parto natural, ou humanização do parto, onde a
atitude e os atos da equipe multidisciplinar envolvidas estão centrados nas necessidades da
mulher e do nascituro, onde os profissionais, só farão uso de intervenções diante de uma real
necessidade e indicação, e não somente como prescrição de rotina (MIRANDA; BARCELOS,
2012).
Desde modo, propõem-se uma reflexão de todos os profissionais envolvidos, pais,
mães e da sociedade como um todo, acerca do parto normal e humanizado.
Levando em consideração o que foi exposto, surge um novo e grande desafio onde à
parturiente volta a ser a pessoa mais importante na sala do parto, devolvendo-lhe a autonomia
sobre esse momento, onde ela deverá ser acompanhada por pessoas devidamente capacitadas,
para que as intervenções ocorram somente quando sendo imprescindível e não por praxe,
trazendo a prerrogativa e o conforto para a parturiente e do concepto, tentando não utilizar
métodos invasivos. Sendo este o modelo de assistência mais afeito às enfermeiras que atuam
dentro de uma visão humana e holística e que deverá ser estendida a toda a equipe.
O Pai na sociedade contemporânea
Analisando-se a evolução histórica da paternidade, segundo Bustamante (2005,
pg.400), na época da industrialização o exercício da paternidade ante a sociedade era apenas
do pai como sendo o provedor econômico e financeiro da família. Com a mudança nas
estruturas sociais e a entrada da mulher no mercado de trabalho e consequentemente o
aumento do desemprego por parte dos homens, este conceito de pai apenas como provedor,
começou a ruir, daí surgiu à necessidade dos cientistas sociais reescrevê-lo como um modelo
de masculinidade (BUSTAMANTE, 2005).
Nas últimas décadas, vem se analisando sobre a atual crise da masculinidade. O
“novo” homem estaria em crise haja vista, não encontraria modelos autênticos e hegemônicos
para descrever sua nova condição masculina. Analisando acerca dessa crise, entendemos que
ela se deve ao fato das mulheres estarem no campo de trabalho, as mudanças no progresso da
tecnologia, na pluralidade de papéis e na identidade sexual, e também na redefinição do papel
de pai que hoje se preocupa mais com o corpo e com a estética, na tentativa de ter e sustentar
um modelo hegemônico único no papel masculino (GOMES, 2006).
A masculinidade caracteriza-se numa polaridade negativa, ou seja, o homem não pode
asseverar seus sentimentos, não pode chorar, não pode ser homossexual, não pode amar as
mulheres como as mulheres amam os homens, não pode ser um fraco, tão pouco covarde,
perdedor e passivo nas relações sexuais, e etc. Ao contrário disso tudo, afirmava-se que ele
deveria ser pai, heterossexual, macho, viril, determinado, autoconfiante, independente,
provedor da família, e por que não dizer agressivo? (GOMES, 2006).
Todas as possíveis causas descritas acima culminam na relação do ter, o controle das
emoções, um filho homem, um emprego, um lar, um cromossomo Y, o corpo e os músculos
bem definidos ter e várias mulheres na vida sexual, executando ao mesmo tempo diversas
tarefas. Quer queira, quer não, os ideais de masculinidade vão sempre restaurar o dado
anátomo-fisiológico, assim como os aspectos psicológicos que hierarquicamente instituíram e
conservaram o império dos homens ante as mulheres (BARRETO, 2001).
Esse domínio configura-se e estende-se também para a violência sofrida por muitos
anos pelas mulheres, e entre as mais comuns estão à violência domestica e conjugal, cometida
pelo parceiro que pode ser também ex-parceiros, maridos, noivos, namorados. A violência à
mulher é hoje reconhecidamente vista como um tema de preocupação internacional, entretanto
por muito tempo não foi assim. Essa percepção e idéia é conseqüência do trabalho articulado
de diversos grupos feministas.
A identidade sexual e de gênero são resultantes de métodos agregados por amigos e
pais e cobrados de alguma forma pela sociedade, onde a heterossexualidade é conjurada como
modelo normativo e único e peculiar das da maioria dos homens (COSTA et al, 2008).
Com as mudanças sofridas pela sociedade dos anos 60 até o século XX, só as mulheres
enquadravam-se no papel de mãe, porque o seu tempo era sempre em casa para cuidar da
educação dos filhos. No entanto, com o ingresso da mãe no campo no trabalho, as suas
obrigações modificaram-se. As mulheres tiveram uma liberdade destacada, mas o preço disso
foi que se reduziu fortemente o seu tempo com os cuidados dos filhos, posto isto, os pais
contemporâneos assumiram novos papéis, dedicando-se mais aos cuidados com os filhos. Foi
neste sentido que surgiu a definição a que muitos chamam de “novos pais” (BARREIROS,
2012).
Como vimos ao longo do século XX os pais foram requisitados ao envolvimento com
seus filhos e, das críticas femininas e pesquisas sobre masculinidade e feminilidade, emergiu
no final da década de 70 a atenção maior para o “pai provedor” que exercitava o papel ativo
na vida dos filhos. O conceito e a idealização do exercício da paternidade têm sofrido um
crescimento e desenvolvimento acelerado nos últimos anos, desde o pai colonial até os dias de
hoje, ou seja, do provedor ao moderno que é um colaborador e parceiro (BARRETO, 2001).
Assim, a mudança que vem ao longo da evolução social moderna traz um conteúdo
renovado no conceito do exercício da paternidade, pois, o século XX foi marcado por fatos
que modificaram consideravelmente o contexto sociocultural que são: (1) a crescente
participação da mulher no exercício da sua profissão, (2) o afastamento do homem do
convívio familiar, (3) preocupação paterna e zelo com os filhos, (4) a diversidade cultural.
(BARREIROS, 2012).
A figura masculina desempenha um papel fundamental no desenvolvimento emocional
da criança, diferentemente do papel desempenhado pela mãe. (COSTA et al, 2008).
O pai atual busca harmonizar sua profissão com a rotina familiar com o intuito de esta
ajudando sua companheira, essa ação nos leva a conclusão de que o mesmo considera
importante o seu papel na divisão das tarefas e na criação dos seus filhos (ARAÚJO et al,
2009).
Neste mundo, gravidez para a maternidade existia apenas como uma extensão do
universo feminino, sendo de difícil compreensão a participação dos homens nesse processo, a
não ser como provedores, e procriadores, de uma descendência (JONES, 2006).
Então como o pai pode participar desse processo? Isso pode ser feito de várias formas, como
por exemplo: estar por perto, (se este for o seu desejo e também da mãe), encorajando,
incentivando, cuidando da mãe, auxiliando na amamentação e participando do cuidado dos
outros filhos, quando for o caso. Sua participação é indispensável para a mãe, trazendo
segurança, tranqüilidade e apoiando o seu desempenho (MOTTA, CREPALDI, 2005).
Na atualidade, salienta-se a dedicação pela participação do homem na parentalidade,
podendo falar-se numa “nova paternidade”. Na atual concepção do exercício paternal, os
citados “zelos afetuosos maternais” que outrora constituíam em um domínio exclusivo das
mães, passam a ser extensivo aos pais, embora estas mudanças ocorram lentamente
(ARAÚJO et al, 2009).
A “nova paternidade” vem transformando o amor paterno em uma espécie de “mito”,
tanto quanto um dia já foi o “mito do amor materno”. Que precisa ser mais bem averiguado,
dado que nem todos os grupos familiares e pais têm-se aceitam e se vem dentro desses
padrões da nova família e nova paternidade contemporânea. A família vem se transformando
nas últimas décadas, e hoje já podemos afirmar com segurança, mesmo ante algumas
perguntas jurídicas que, o papel de pai e de mãe tem-se reconfigurado na sociedade atual,
constituindo-se inclusive de pais e mães solteiras, divorciadas, e de casais homoeróticos
masculinos e femininos.
Diante do que foi exposto, conclui-se que a estrutura de identidade de gênero, ao
construir a noção de invulnerabilidade, força e virilidade no homem como um valor da própria
cultura, dificultando o reconhecimento de seus comportamentos e emoções que passam a ser
inerentes ao parto humanizado, sendo mais respeitada e valorizada.
O papel do pai durante o trabalho de parto
Do principio, o pai estando presente, mesmo antes de a sua mulher dar à luz, o homem
também idealizou, e pensou no filho. Da ótica sentimental, refere-se que, o homem também
fica "grávido".
A forma como a paternidade é vivida esta em transformação e essa participação do pai
na sala de parto está atualmente em construção. Para Tomeleri, (2007), o mais importante a
considerar é que o pai está envolvido emocionalmente no parto e, simbolicamente, parindo
junto com a mulher.
A participação do pai no período gestacional pode ser a evolução da
paternidade do novo século. “Ao longo dos anos, o exercício da paternidade foi sendo
modificado com a presença do pai na participação desse processo” (MOTTA, CREPALDI,
2005).
É incontestável o papel dominante da mãe a este tema, uma vez que ela é o agente
físico, corporal, deste ato. Entretanto, de fato em que os homens encontram-se remetidos para
uma responsabilidade pouco interventora, como que afastados desta temática tão importante e
crucial para a evolução da criança, pois afinal, esse papel passa ser dos dois.
O pai que está presente na sala do parto estabelece precocemente uma relação e
interação com o nascituro semelhante às da mãe no que concerne a amá-lo, embalá-lo, tocá-lo,
segurá-lo, sorrir-lhe, etc. Podemos dizer que o pai terá assim três funções face ao nascimento
de um filho: amar a mãe (o que dá um maior sentimento de segurança também ao nascituro),
passar segurança e amparar emocionalmente a futura mãe, e conseqüentemente o recém-
nascido (RIBEIRO, 2005).
O futuro pai, em dado momento, poderá ter certa insegurança e até mesmo ciúmes do
recém-nascido, tendo a fantasia de que estará em segundo plano no afeto da mulher, contudo
estes pequenos sentimentos não podem e não devem tomar proporções indesejáveis. A
presença paternal no momento do parto vem justamente para estreitar essa relação, e
proporcionar uma maior familiaridade entre os três, fortificando harmoniosamente a tríade
(pai-mãe-recém-nascido). Contudo permanecendo esse sentimento, os pais que estiverem
apreensivos podem procurar ajuda de profissionais capacitados para esse tipo de atendimento
(CARVALHO, 2003).
Nesse cenário, a presença marcante do pai representa à oportunidade de acompanhar
mais de perto o processo do parto, de forma ativa no nascimento do filho, no que propicia
segurança emocional a mulher trazendo benefícios tanto para ela, quanto para o nascituro há
evidências de que, quando o pai e a mãe partilham do processo gestacional de modo real e
ativo a vontade de presenciar o parto, inicia desde o pré-natal, essas considerações trazem
como entendimento, que os homens, na fase do trabalho de parto, vivenciam um processo de
interação com eles mesmos, assim tendo uma visão do parto (ARAÚJO et al, 2009).
O apoio durante o trabalho de parto constitui um elemento essencial para que a
parturiente tenha uma experiência positiva do parto e pós-parto, começando a procurar
informações e conhecimento sobre o parto e pós-parto, frequentar cursos de preparação,
visitar o núcleo que seu nascituro vai nascer, com isso o estímulo e a coragem garantem um
pai calmo e receptivo a parturiente, preconizada pela OMS baseada nas evidências cientificas.
Quando a mulher entra no trabalho de parto, normalmente os homens estão calmos, já
na fase mais ativa os sentimentos do medo e desmaios do pai costumam aparecer à
insegurança, e a perspectiva de mudar isso é trabalhar esse pai como um instrumento de
segurança para mãe (ARAÚJO et al, 2009).
Durante o trabalho de parto, quando o pai é esclarecido do que ocorrerá, ele poderá
oferecer líquidos via oral para prevenção de episódios de hipoglicemia, pois o parto pode se
prolongar, podendo também proporcionar o incentivo da deambulação e movimentação,
encorajando a mulher à posição desejada e mais confortável, para alívio da dor que a parceira
sente, pode utilizar massagens e técnicas de relaxamento, como banhos de imersão com água
morna, amparando ela no momento da força e contração (BRASIL, 2011).
Têm surgido implementações assistenciais, a respeito da importância da presença do
pai durante toda a gestação até o nascimento, porque a pressão cultural pela participação ativa
dos homens nessa hora tem levado os profissionais, e os hospitais, a se prepararem para que
esse momento ocorra na presença do pai (ARAÚJO et al, 2009).
Para Carvalho (2003) a participação do pai no nascimento, fazendo parte dessa
humanização, aumenta o envolvimento entre o pai e o recém-nascido e promove o vinculo
entre eles. A prática de oferecer ao pai a oportunidade de cortar o cordão umbilical é um fator
importante para esse momento crucial para o pai e o nascituro.
O suporte principal que o pai precisa manter é o acompanhamento a cada momento ao
lado da mãe, está preparado para experimentar algumas emoções fortes e finalmente, quando
o bebé nascer, acolher com carinho e não esquecer que durante o período pós-parto a mãe
necessita dessa atenção acolhedora para o filho, com apenas troca de fradas, ser compreensivo
com a companheira que viveu momentos muito desgastantes. Uma vez que, o pai ao ver-se
implicado diretamente no processo de parto e nascimento, torna-se mais ligado à criança
(RIBEIRO, 2005).
Portanto, cabe às enfermeiras obstetras trabalhar em prol do acolhimento do pai desde
o pré-natal.
Atualmente, o que os homens estão experimentando em relação à paternidade? Hoje se
investiga as concepções de homens sobre o que a paternidade e como esta deve ser, constata-
se que os pais querem ter diálogo e intimidade, mas preocupam-se com sua responsabilidade
diante dos/as filhos/as.
A necessidade de uma reconstrução da posição dos homens/pais para que eles possam
assumir a própria masculinidade exercendo uma paternagem conectada com os afetos e
prazeres da mãe e do recém-nascido. O fundamento dessa participação dos homens conceitua
mudanças nos atos e zelos na relação com filhos/as e a mulher que não está como poderia se
pensar, atrelada à convivência cotidiana. A referência ao monopólio materno, gerador de
tensão, é bastante freqüente, assim como à capacidade de ‘maternar’ do pai.
A educação sexista atesta à conjectura da capacidade assertiva da mulher para a
maternidade, porém se os cuidados durante o trabalho de parto forem compartilhados por
ambos desde o início, talvez tenhamos a possibilidade de mudanças nas atuais relações, sem
supremacia e menos excludente para com o pai. Contudo, pensa-se não ser o bastante: é
imprescindível e necessária a modificação das construções políticas, econômicas e sociais,
sendo esta considerada indissociável, nas mentalidades (RIBEIRO, 2005).
Nos dias de hoje, observa-se recursos que podem ser realizado pelo pai durante
trabalho de parto como o banho de chuveiro ou banheira para alívio de dor, o incentivo a
deambulação da gestante no decorrer do processo, ajudando a parturiente ficar em decúbito
lateral caso seja opção dela, realizando massagens, assim contribuindo com diminuição das
dores lombares e promovendo a diminuição do inchaço nas pernas e estimulando a circulação
sanguínea, e de forma humanizada o pai com autorização da equipe médica, pode-se realizar a
laqueadura do cordão umbilical, e já no pós-parto o pai pode auxiliar a mãe no aleitamento do
seu filho.
Diante disso, percebe-se o quanto é importante o acompanhamento do pai no trabalho
de parto, dai surge um novo pai que agora é um homem que agora se prepara emocionalmente
para assumir e dividir as responsabilidade tanto quanto a mulher, com um papel ativo neste
momento, a experiência de ser e ter o pai como acompanhante nesse contexto institucional
poderá se dá de forma positiva, dependendo da aceitação e respeito aos direitos da mulher e
seu parceiro no processo do nascimento.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A concretização deste manuscrito tem por base, as novas metas para um parto
humanizado e o processo do nascimento, as quais foram apresentadas como alternativas de
qualidade para queda dos elevados índices de partos cesáreos e com distorcias, considerando
que o paradigma biomédico adota condutas e atitudes que constituem um processo
discordante com as normas das políticas de saúde da mulher. Neste âmbito ratificam-se as
descobertas de Câmara (2000), que nos mostram a relevância e o compromisso da equipe de
enfermagem iniciando ainda no pré-natal, colaborando para diminuir as causas sócias –
culturais implícitos nos altos índices de partos cesáreos.
As fortes mudanças que sobrevieram atualmente ao parto e humanização da
assistência acabam por revelar, da ótica fenomenológica, indiscutível modificação que é
extensivamente propagada pelos profissionais de saúde.
Os homens atualmente estão experimentando a paternidade desde a concepção. Sabem
o que é ser pai. Caindo então a referência ao monopólio materno, sendo bastante freqüente,
assim à capacidade de ‘maternar’ do pai, fazendo reconstituindo a sua colocação como pais e
como homens assumindo a própria masculinidade sem deixar a paternidade.
Nessa premissa o pai tem um importante papel como acompanhante da mulher e como
um instrumento ativo presente na sala de parto, um fator que contribuiu para essa participação
foi a Lei do acompanhante que protege o direito do pai está presente no momento do trabalho
de parto.
Este estudo destaca o valor que tem para o pai, a possibilidade de vivenciar o
nascimento do filho, seja pela primeira vez ou não, e que as mudanças na assistência tragam a
importância desse acompanhamento continuo desde o pré-natal.
A partir disso alerta-se para a necessidade de que a decisão do pai em acompanhar o
trabalho de parto, em conjunto com a mulher, seja um ponto positivo para uma boa evolução
do trabalho de parto.
O pai como gênero, com masculinidade, e com estereótipos sociais, não sendo levados
em consideração seus anseios, medos e sentimentos, antes ignorados pela sociedade que
exigia do pai/homem uma postura mais conservadora, excluindo-o do exercício da sua
paternidade, observando-o apenas como mantenedor da família, dissociando- o do seu papel
principal de pai.
Contudo, questiona-se a atenção dos profissionais de saúde em relação ao atendimento
prestado ao pai, embora a assistência ao parto natural seja realizada por uma equipe de saúde
que venha a facilitar e incentivar as práticas de humanização do parto respeitando a
individualidade da mulher, seus desejos, sua constituição física, observando o contexto social,
psicológico e cultural, que é necessário para a construção de uma visão humanizada do
cuidado que vai além de recursos humanos e financeiros para que a proposta de humanização
do parto do Ministério da Saúde atinja a sua plenitude.
REFERÊNCIAS
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Sentimentos Vivenciados pelo pai diante do nascimento do filho. Fortaleza, 2009.
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sociedade contemporânea. Rio Grande do Sul, 2012. Revista eletrônica Âmbito Jurídico.
Disponivel em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_
leitura&artigo_id=9278. Acesso em 15 de Maio de 2013.
BASILE, Anatália Lopes de Oliveira. Estudo randomizado controlado entre as posições de
parto: litotômica e lateral esquerda. BVS, São Paulo, 2000.
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de Enfermagem em Centro Cirúrgico. Disponível em:
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BRASIL. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Lei No 11.108, de 7 de abril de
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>Acesso em 03 de setembro de 2012.
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BUZZELLO, C. S; ZAMPIERI, M. F. M. Grupo de gestantes e/ou casais grávidos:
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CAMARA, M. F. B.; MEDEIROS, M.; BARBOSA, M. A. - Fatores sócio-culturais que
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Enfermagem. V.10, nº 02, p.137-144, 2002.
WALDOW, V.R. Cuidado Humano: O resgate necessário. Porto Alegre, 1998.
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SER PAI: EXERCENDO A PATERNIDADE FRENTE AO TRABALHO DE PARTO HUMANIZADO

  • 1. _______________________________________________________ 1 Graduando do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Estácio/FIB. 2 Professor orientador do Centro Universitário Estácio/FIB. Mestre em obstetrícia. CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA SER PAI: EXERCENDO A PATERNIDADE FRENTE AO TRABALHO DE PARTO HUMANIZADO BE FATHER: EXERCISING THE FATHERHOOD AGAINST THE HUMANIZED CHILDBIRTH Camila Pedreira Rios1 Leandra Souza Alves1 Andréia Silva Rodrigues2 RESUMO Na antiguidade, os partos eram assistidos por parteiras, que eram consideradas como sábias, no entanto, depois da Idade Média, essas práticas foram qualificadas como perigosas por transgredirem a moral científica e religiosa da época. Com o advento da tecnologia e o avanço da medicina, os partos passaram a ser realizados no hospital e por diversas vezes, de forma desumanizada. Tendo em vista as reflexões e estudos acerca da atual norma de assistência à parturiente durante o trabalho de parto, (assistência humanizada), realizou-se essa pesquisa com o objetivo de discutir a participação do pai durante o trabalho do parto humanizado. Para elaboração desta pesquisa, foi realizado um estudo descritivo, qualitativo através de revisão bibliográfica de artigos completos publicados no Brasil em língua portuguesa, entre os anos de 2000 a 2012, sendo o objeto de estudo o pai no parto humanizado. Percebe-se que o momento do parto é marcante para a mãe que passa por uma experiência pessoal, onde necessita de atenção e acolhimento. A humanização é ação principal dentro desse cenário. E o melhor exemplo de um parto humanizado é aquele em que o pai pode exercer sua paternidade desde o principio, junto com a mãe. Nessa premissa o pai tem um importante papel como acompanhante da mulher e como um instrumento ativo presente na sala de parto. Um fator que contribuiu para essa participação foi a Lei do Acompanhante, que protege o direito do pai de estar presente no momento do trabalho de parto. Descritores: Humanização. Parto humanizado. Assistência de Enfermagem. Pai. Paternidade. Pai contemporâneo. ABSTRACT In antiquity, the births were attended by midwives, who were regarded as wise, however, after the Middle Age, these practices were classified as dangerous by to transgress the scientific and religious moral of that time. With the advent of technology and the advancement of
  • 2. medicine, births started being performed in the hospitals, several times, in a dehumanized way. Considering the reflections and studies on the current standard of care the mother during labor, (humanized), this research was made with the aim of discussing the father's participation in the work of humanized birth. For preparing this research, we conducted a qualitative descriptive study through literature review of full papers published in Brazil in Portuguese, between the years 2000-2012, being the object of study, the father in the humanized birth. It can be seen that the moment of birth is remarkable for the mother, who undergoes a personal experience, which requires attention and care. The humanization is the main action within this scenario. And the best example of a humanized childbirth is one in which the father can exercise his paternity from the beginning, along with the mother. At this premise, the father has an important role as a companion for his wife and an active instrument present in the birth room, a factor that contributed to this participation was the Law of the Companion that protects the right of the father to be present at the labor work. Keywords: Humanization. Humanized birth. Nursing Care. Parent. Paternity. Contemporary father. INTRODUÇÃO Desde a antiguidade, em meados do século V, os partos eram assistidos por parteiras, que eram consideradas como sábias, no entanto depois da idade média essas práticas foram qualificadas como perigosas por transgredir a moral científica e religiosa da época. A partir do século XVIII até nossos dias houve diversos acontecimentos relevantes, a saber: introduções de novas tecnologias, que passaram a serem utilizados pela medicina os nascimentos começaram então a serem realizados pelos médicos com o intuito de diminuir as mortes ocorridas no período puerperal, então esses partos começaram a ser conduzidos com a parturiente em posição de decúbito dorsal em cadeiras especialmente construídas para posição de litotomia (REZENDE, 1974). Com o passar do tempo, o parto começou a ser visto como uma cirurgia, que se pode agendar e realizar como qualquer atendimento eletivo, não se pode negar que as tecnologias vêm ajudando mutuamente a equipe médica na melhora da qualidade da assistência, trazendo segurança para mãe e o feto, no entanto esse procedimento passou a ser usado sem justificativa, gerando modificações no papel fisiológico do parto. À hora do nascimento é único e marcado por muitas emoções, o cuidado do pai, ou as palavras de força são importantes para o empenho da mãe, são nove meses de compreensão e atenção para aquele momento em que o novo ser que já está a caminho, por isso o pai tem que ser nesse instante tão presente quanto à mãe para que tudo ocorra bem (LABATE, ROSA, 2005). Nos dias atuais, o parto humanizado começou a ser implantado nas maternidades, e Centros Parto Normal (CPN) que realizam com objetivo de se obter uma melhoria na
  • 3. assistência à gravidez, ao parto, pós-parto e ao nascituro. Segundo o Ministério da Saúde, atualmente o Brasil possui 25 CPNs e cada unidade tem capacidade para realizar, em média, 100 partos por mês (ANVISA, 2012). Entende-se que humanizar o parto, é prestar uma assistência focada nas necessidades da mãe e do nascituro é fazer com que a mulher tenha a liberdade de sentir ou desejar ter o seu parto da forma mais humanizada possível. Em si, o parto humanizado vem direcionar a atenção às necessidades da mulher, emocionalmente e fisicamente, para dar-lhe o controle da situação na hora do nascimento, mostrando as opções desejáveis para o trabalho de parto (BUZZELLO, 2004). Não deve ser entendido como um tipo de parto, e sim como um processo que deve ser humanizado, obtendo assim, o parto fisiológico perfeito, sem intervenções. Desde o momento em que a mulher anuncia a gravidez, muita emoções tomam conta dos futuros pais. Contudo, as principais alterações se dão na mulher, afinal é ela quem transporta o nascituro no ventre, não desprezando, contudo, o exercício da paternidade por parte do pai, sendo sua presença nesta hora de fundamental importância, trazendo conforto e segurança a mãe (TYRRELL, 2001). Assim surge o questionamento: Qual o exercício da paternidade no parto humanizado? O presente trabalho tem como objetivo discutir a participação do pai durante o trabalho do parto humanizado. Nesta perspectiva, esse artigo justifica-se pela necessidade de se saber como estão sendo trabalhadas as questões do exercício da paternidade no processo do parto humanizado e qual a importância da sua presença nesse momento no âmbito hospitalar e sob qual prisma está pautada a assistência humanizada não só ao paciente, mas ao recém-nascido e ao pai, além de mostrar as lacunas dessa assistência humanizada e servir de incentivo a novas pesquisas para implementação da humanização do parto nos em todos os níveis de assistência e serviços de saúde, sendo relevante para a academia de enfermagem, a assistência de enfermagem, e para a sociedade como um todo. METODOLOGIA Para elaboração deste manuscrito foi realizado um estudo descritivo e qualitativo por meio de revisão bibliográfica de artigos completos publicados no Brasil em língua
  • 4. portuguesa, entre os anos de 2000 a 2012, sendo o objeto de estudo o pai no parto humanizado. Esse estudo é descritivo, pois segundo o autor Gil (1991), visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Enquanto o qualitativo de acordo com Godoy (1995, p.58) não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem os dados, envolve só a obtenção dos dados descritivos acerca dos lugares, processos interativos e das pessoas pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, tentando entender os seus fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, que participam da situação em estudo. Foram utilizadas publicações, de artigos, incluindo outras áreas do conhecimento como Direito e Psicologia, manuais, livros e teses, por se enquadrarem e traduzirem claramente o relacionamento entre os profissionais de saúde e a mãe em seus diversos níveis e tendo como foco principal a participação do pai para a implementação dessa assistência humanizada, onde o genitor tem um papel importante exercendo seu direito e participando de todo o processo, buscando assim melhor qualidade na assistência de enfermagem e promovendo a eficiência na realização do trabalho de parto sem distorcias, quando este é possível, levando-se em considerações se as condições estão favoráveis a este. Durante a pesquisa foram utilizados artigos, nos bancos de dados: BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), MS (Ministério da Saúde), Scielo e Lilacs sendo realizada análise do título, leitura e posterior resumo dos mesmos, realizando a adequação ao tema proposto no período de Agosto/2012 a Maio/2013, fazendo uso de artigos publicados até o ano de 2012. Dos artigos previamente levantados, 57 não se enquadraram no objeto do estudo, por se tratarem de estudos monográficos, vídeos, e artigos em língua estrangeira, restando 31 resumos de artigos para análise. A análise dos dados foi realizada através de fichamento com ordenação e classificação dos dados, e posterior interpretação dos dados analisados, expressando o verdadeiro significado do material coletado, conforme os propósitos colocados para esta pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÕES No momento do parto, a mãe passa por uma experiência pessoal, onde necessita atenção e acolhimento, a humanização é ação principal dentro de um parto natural, e melhor
  • 5. exemplo para esse papel é o pai, que desde o principio, junto com a mãe cria-se a necessidade e responsabilidade do cuidar (BUZELLO, 2003). O casal deve decidir juntos se querem ou não ter filhos, qual o melhor momento, quando e como e o pai deve de participar desse planejamento acompanhando a gravidez, desde o momento que se inicia o pré-natal até o pós parto (BRASIL, 2012). O apoio do pai durante a gestação é importante para a mãe, e condicionalmente para o nascituro. Ir às consultas, estar presente nas aulas de preparação para o parto, participar do curso para gestantes e finalmente estar na sala de parto facilita muito para a chegada do recém-nascido. O pai querendo participar ou não do nascimento do filho, tem que ser discutindo e conversado no decorrer da gravidez. Existem possibilidades, mas é necessária a compreensão entre o casal, tolerância e paciência devem ser dois pontos importantes para essa nova fase da vida dos pais. O parto humanizado não se destaca em trazer apenas o acompanhante, vem buscar uma forma de humanizar a partir da ocasião que a mãe entra em uma recepção, obtendo um atendimento tranquilo e seguro, com diálogo com ela e sua família sobre o processo do parto. Isso acaba trazendo a mulher assistida um ambiente tranquilo e seguro. Com a presença do pai, a mãe se entrega inteiramente ao trabalho de parto, sentindo-a mais segurança de que nada de mal irá ocorrer. A colaboração do pai na sala de partos é passar a segurança, apoio e carinho a essa mãe que no momento permanece ansiosa, assim deixando o ambiente mais tranquilo e receptivo, podendo sentir-se acolhida e mais relaxada fisicamente, portanto, desenvolvendo uma gestação saudável, e reduzindo a probabilidade de uma depressão no pós-parto (BRASIL, 2012). Compartilhar responsabilidades a partir do pré-natal faz com que a mãe e o pai não se sintam excessivamente carregados, desta forma os dois terão contato desde o principio até o pós-parto, como diz a Lei 11.804, aprovada em 2008 o dever e o compromisso do exercício da paternidade decorre a partir da concepção, assim sendo, o compromisso do progenitor é de dar apoio e suporte à mãe durante a gestação (BRASIL, 2005). O parto humanizado é polissêmico e estão contornados por um conjunto de elementos que abrange a prática dos profissionais, com os valores e também as convicções e atitudes que tendem a promoção do parto e do nascimento e a prevenção dos impactos das doenças e das mortes que incorrem no perinatal. É sob esta ótica que entendemos que humanização no parto vai, além do cuidado e tratamento digno, acolhedor e solidário por parte dos profissionais da
  • 6. saúde ao paciente, até uma nova conduta ética que permeie todas as suas atividades. A humanização na saúde está amparada pela Constituição Federal, no artigo primeiro, Inciso III, que sinaliza a dignidade da pessoa humana como um dos pilares do Estado Democrático de Direito, Constituição da República Federativa do Brasil (BRASIL, 1988). A humanização no parto começa no pré-natal e vai até a parturição, no que exige da equipe de saúde que a realização de procedimentos é necessários e importante para a mulher e o nascituro, abstendo-se de intervenções que prejudiquem a privacidade parturiente, além da interação com o paciente com o propósito de viabilizar a sua satisfação atendendo suas necessidades, favorecendo para que a mesma sinta-se acolhida e que possa expressar suas dúvidas, aflições e receios (WALDOW, 2004). A caracterização da humanização no nascimento é expressa através das ações voltadas ao recém-nascido, como: aquecê-lo, não provocar dor, evitar manipulação nas primeiras horas de vida e promovendo o contato precoce entre a mãe e o filho; assim como permitir a presença do acompanhante para a parturiente, oferecendo informações à mãe e aos familiares, dentre outros aspectos. A relação entre profissionais de saúde e seus pacientes está diretamente ligada às instituições as quais os profissionais pertencem e por este aspecto nem sempre os mesmos podem prestar uma assistência humanizada adequada, pois tem que seguir as normas e regras da instituição que muitas vezes se opõem a sistemática que o processo de humanização propõe. Haja vista que muitas instituições, inclusive as públicas ainda não se adequaram integralmente ao parto humanizado em todas as suas vertentes (LABATE, 2005). Diante desse contexto, surgiram as seguintes categorias de discussão: a parturiente frente ao processo de parturição; o pai na sociedade contemporânea; o papel do pai no trabalho de parto. A parturiente frente ao processo de humanização A assistência prestada ao parto sempre foi marcado por diversas transformações ao longo dos anos, desde a época em que o parto era realizado por parteiras, indo até os dias de hoje com a introdução de novas tecnologias, contando inclusive com o amparo de vários profissionais como obstetras e enfermeiros obstetras, sendo esses profissionais cada vez mais especializados. Hoje o foco é um novo modelo de cuidado, voltado especialmente para as necessidades da mulher devolvendo-lhe a autonomia e respeito no momento tão especial da sua vida (ROSSI, 2002).
  • 7. O parto normal é realizado por via vaginal onde é assistido por profissionais qualificados e normalmente é realizado no próprio hospital. Nesse momento da hospitalização é que se deve ter o máximo de cuidado, para que o parto normal não sofre distorcias e se torne em mais um procedimento cirúrgico cheio de intervenções desnecessárias (SUZANA, 2003). A idéia de humanização do parto surgiu de uma iniciativa do Ministério da Saúde com o objetivo de diminuição do número de cesáreas e da mortalidade materna e neonatal. E vem sendo intensificada com o aumento do número de profissionais que estão sendo capacitado através, de cursos de especialização financiados pelo Ministério da Saúde, com a finalidade de promover o conforto e o bem estar da mãe e do nascituro ainda na sala de pré-parto e parto. Promovendo uma assistência cada vez mais humanizada (CLAPES, 2005). Atualmente, o parto normal e a assistência humanizada tem sido motivo de diversos investimentos por parte do Ministério da Saúde, dentro dos quais têm o Programa de Humanização do Parto e Nascimento, criação dos Centros de Parto Normal, Programa Mãe Canguru, além das certificações as Instituições que adotam a humanização do cuidado como um dos seus objetivos principais (ROSSI, 2002). Embora hoje não haja consenso sobre o que é um parto humanizado, trata-se de um processo como já citado, que é fruto de políticas ministeriais de saúde que visam mudar a assistência hoje prestada nas principais maternidades e centros de saúde. No entanto pouco se conhece os motivos que levaram a está assistência ser desumanizada, entretanto sabe-se que fatores como a institucionalização do parto, o interesse da medicina, a falta de enfermeiras obstetras nos serviços de saúde e até mesmo a formação dos profissionais de saúde que são preparados para tratar o biológico e o patológico, contribuíram de alguma forma para que estas intervenções ocorressem nas salas de parto e pré-parto (JOSÉ MARIA, 2005). O parto começa a ser humanizado desde que a mãe entra na recepção do hospital, para o seu primeiro atendimento. Atendê-la bem e com respeito; conversar com ela e sua família explicando tudo o que está acontecendo e o que irá acontecer. Permitir que o parto acontecesse de acordo com as suas expectativas e experiências com o mínimo possível de intervenções. Também é permitir a presença do acompanhante se ela assim o desejar e sendo este de sua livre escolha, é deixar que a mulher decida se quer ou não analgesia, é dar a liberdade de movimento (deambular na sala do pré-parto), permitir a ingestão de líquidos, é respeitar a vontade da mãe e suas particularidades, para que ela sinta-se da melhor forma possível, tornando o momento menos dificultoso e traumático (CASTRO et al, 2005). Quando a mulher entra no trabalho de parto e começa a ser conduzida com técnicas e procedimento desnecessários, só porque estes fazem parte da rotina do hospital, podemos está
  • 8. incorrendo em um erro grave e notamos que o que é para ser normal começa a caminhar para o patológico como uma cesárea, por exemplo, uma tricotomia, punção venosa, administração de ocitocina ou clister, repouso no leito, jejum, rompimento artificial das membranas amnióticas, parto na posição litotômica, excesso de manuseio perineal durante o período expulsivo, manobra de kristeller, e a própria proibição da presença de um acompanhante. Todos esses fatores reunidos contribuem para um parto desumanizado e com distorcias. Dentro deste contexto é que surge o parto natural, ou humanização do parto, onde a atitude e os atos da equipe multidisciplinar envolvidas estão centrados nas necessidades da mulher e do nascituro, onde os profissionais, só farão uso de intervenções diante de uma real necessidade e indicação, e não somente como prescrição de rotina (MIRANDA; BARCELOS, 2012). Desde modo, propõem-se uma reflexão de todos os profissionais envolvidos, pais, mães e da sociedade como um todo, acerca do parto normal e humanizado. Levando em consideração o que foi exposto, surge um novo e grande desafio onde à parturiente volta a ser a pessoa mais importante na sala do parto, devolvendo-lhe a autonomia sobre esse momento, onde ela deverá ser acompanhada por pessoas devidamente capacitadas, para que as intervenções ocorram somente quando sendo imprescindível e não por praxe, trazendo a prerrogativa e o conforto para a parturiente e do concepto, tentando não utilizar métodos invasivos. Sendo este o modelo de assistência mais afeito às enfermeiras que atuam dentro de uma visão humana e holística e que deverá ser estendida a toda a equipe. O Pai na sociedade contemporânea Analisando-se a evolução histórica da paternidade, segundo Bustamante (2005, pg.400), na época da industrialização o exercício da paternidade ante a sociedade era apenas do pai como sendo o provedor econômico e financeiro da família. Com a mudança nas estruturas sociais e a entrada da mulher no mercado de trabalho e consequentemente o aumento do desemprego por parte dos homens, este conceito de pai apenas como provedor, começou a ruir, daí surgiu à necessidade dos cientistas sociais reescrevê-lo como um modelo de masculinidade (BUSTAMANTE, 2005). Nas últimas décadas, vem se analisando sobre a atual crise da masculinidade. O “novo” homem estaria em crise haja vista, não encontraria modelos autênticos e hegemônicos para descrever sua nova condição masculina. Analisando acerca dessa crise, entendemos que ela se deve ao fato das mulheres estarem no campo de trabalho, as mudanças no progresso da
  • 9. tecnologia, na pluralidade de papéis e na identidade sexual, e também na redefinição do papel de pai que hoje se preocupa mais com o corpo e com a estética, na tentativa de ter e sustentar um modelo hegemônico único no papel masculino (GOMES, 2006). A masculinidade caracteriza-se numa polaridade negativa, ou seja, o homem não pode asseverar seus sentimentos, não pode chorar, não pode ser homossexual, não pode amar as mulheres como as mulheres amam os homens, não pode ser um fraco, tão pouco covarde, perdedor e passivo nas relações sexuais, e etc. Ao contrário disso tudo, afirmava-se que ele deveria ser pai, heterossexual, macho, viril, determinado, autoconfiante, independente, provedor da família, e por que não dizer agressivo? (GOMES, 2006). Todas as possíveis causas descritas acima culminam na relação do ter, o controle das emoções, um filho homem, um emprego, um lar, um cromossomo Y, o corpo e os músculos bem definidos ter e várias mulheres na vida sexual, executando ao mesmo tempo diversas tarefas. Quer queira, quer não, os ideais de masculinidade vão sempre restaurar o dado anátomo-fisiológico, assim como os aspectos psicológicos que hierarquicamente instituíram e conservaram o império dos homens ante as mulheres (BARRETO, 2001). Esse domínio configura-se e estende-se também para a violência sofrida por muitos anos pelas mulheres, e entre as mais comuns estão à violência domestica e conjugal, cometida pelo parceiro que pode ser também ex-parceiros, maridos, noivos, namorados. A violência à mulher é hoje reconhecidamente vista como um tema de preocupação internacional, entretanto por muito tempo não foi assim. Essa percepção e idéia é conseqüência do trabalho articulado de diversos grupos feministas. A identidade sexual e de gênero são resultantes de métodos agregados por amigos e pais e cobrados de alguma forma pela sociedade, onde a heterossexualidade é conjurada como modelo normativo e único e peculiar das da maioria dos homens (COSTA et al, 2008). Com as mudanças sofridas pela sociedade dos anos 60 até o século XX, só as mulheres enquadravam-se no papel de mãe, porque o seu tempo era sempre em casa para cuidar da educação dos filhos. No entanto, com o ingresso da mãe no campo no trabalho, as suas obrigações modificaram-se. As mulheres tiveram uma liberdade destacada, mas o preço disso foi que se reduziu fortemente o seu tempo com os cuidados dos filhos, posto isto, os pais contemporâneos assumiram novos papéis, dedicando-se mais aos cuidados com os filhos. Foi neste sentido que surgiu a definição a que muitos chamam de “novos pais” (BARREIROS, 2012). Como vimos ao longo do século XX os pais foram requisitados ao envolvimento com seus filhos e, das críticas femininas e pesquisas sobre masculinidade e feminilidade, emergiu
  • 10. no final da década de 70 a atenção maior para o “pai provedor” que exercitava o papel ativo na vida dos filhos. O conceito e a idealização do exercício da paternidade têm sofrido um crescimento e desenvolvimento acelerado nos últimos anos, desde o pai colonial até os dias de hoje, ou seja, do provedor ao moderno que é um colaborador e parceiro (BARRETO, 2001). Assim, a mudança que vem ao longo da evolução social moderna traz um conteúdo renovado no conceito do exercício da paternidade, pois, o século XX foi marcado por fatos que modificaram consideravelmente o contexto sociocultural que são: (1) a crescente participação da mulher no exercício da sua profissão, (2) o afastamento do homem do convívio familiar, (3) preocupação paterna e zelo com os filhos, (4) a diversidade cultural. (BARREIROS, 2012). A figura masculina desempenha um papel fundamental no desenvolvimento emocional da criança, diferentemente do papel desempenhado pela mãe. (COSTA et al, 2008). O pai atual busca harmonizar sua profissão com a rotina familiar com o intuito de esta ajudando sua companheira, essa ação nos leva a conclusão de que o mesmo considera importante o seu papel na divisão das tarefas e na criação dos seus filhos (ARAÚJO et al, 2009). Neste mundo, gravidez para a maternidade existia apenas como uma extensão do universo feminino, sendo de difícil compreensão a participação dos homens nesse processo, a não ser como provedores, e procriadores, de uma descendência (JONES, 2006). Então como o pai pode participar desse processo? Isso pode ser feito de várias formas, como por exemplo: estar por perto, (se este for o seu desejo e também da mãe), encorajando, incentivando, cuidando da mãe, auxiliando na amamentação e participando do cuidado dos outros filhos, quando for o caso. Sua participação é indispensável para a mãe, trazendo segurança, tranqüilidade e apoiando o seu desempenho (MOTTA, CREPALDI, 2005). Na atualidade, salienta-se a dedicação pela participação do homem na parentalidade, podendo falar-se numa “nova paternidade”. Na atual concepção do exercício paternal, os citados “zelos afetuosos maternais” que outrora constituíam em um domínio exclusivo das mães, passam a ser extensivo aos pais, embora estas mudanças ocorram lentamente (ARAÚJO et al, 2009). A “nova paternidade” vem transformando o amor paterno em uma espécie de “mito”, tanto quanto um dia já foi o “mito do amor materno”. Que precisa ser mais bem averiguado, dado que nem todos os grupos familiares e pais têm-se aceitam e se vem dentro desses padrões da nova família e nova paternidade contemporânea. A família vem se transformando nas últimas décadas, e hoje já podemos afirmar com segurança, mesmo ante algumas
  • 11. perguntas jurídicas que, o papel de pai e de mãe tem-se reconfigurado na sociedade atual, constituindo-se inclusive de pais e mães solteiras, divorciadas, e de casais homoeróticos masculinos e femininos. Diante do que foi exposto, conclui-se que a estrutura de identidade de gênero, ao construir a noção de invulnerabilidade, força e virilidade no homem como um valor da própria cultura, dificultando o reconhecimento de seus comportamentos e emoções que passam a ser inerentes ao parto humanizado, sendo mais respeitada e valorizada. O papel do pai durante o trabalho de parto Do principio, o pai estando presente, mesmo antes de a sua mulher dar à luz, o homem também idealizou, e pensou no filho. Da ótica sentimental, refere-se que, o homem também fica "grávido". A forma como a paternidade é vivida esta em transformação e essa participação do pai na sala de parto está atualmente em construção. Para Tomeleri, (2007), o mais importante a considerar é que o pai está envolvido emocionalmente no parto e, simbolicamente, parindo junto com a mulher. A participação do pai no período gestacional pode ser a evolução da paternidade do novo século. “Ao longo dos anos, o exercício da paternidade foi sendo modificado com a presença do pai na participação desse processo” (MOTTA, CREPALDI, 2005). É incontestável o papel dominante da mãe a este tema, uma vez que ela é o agente físico, corporal, deste ato. Entretanto, de fato em que os homens encontram-se remetidos para uma responsabilidade pouco interventora, como que afastados desta temática tão importante e crucial para a evolução da criança, pois afinal, esse papel passa ser dos dois. O pai que está presente na sala do parto estabelece precocemente uma relação e interação com o nascituro semelhante às da mãe no que concerne a amá-lo, embalá-lo, tocá-lo, segurá-lo, sorrir-lhe, etc. Podemos dizer que o pai terá assim três funções face ao nascimento de um filho: amar a mãe (o que dá um maior sentimento de segurança também ao nascituro), passar segurança e amparar emocionalmente a futura mãe, e conseqüentemente o recém- nascido (RIBEIRO, 2005). O futuro pai, em dado momento, poderá ter certa insegurança e até mesmo ciúmes do recém-nascido, tendo a fantasia de que estará em segundo plano no afeto da mulher, contudo estes pequenos sentimentos não podem e não devem tomar proporções indesejáveis. A
  • 12. presença paternal no momento do parto vem justamente para estreitar essa relação, e proporcionar uma maior familiaridade entre os três, fortificando harmoniosamente a tríade (pai-mãe-recém-nascido). Contudo permanecendo esse sentimento, os pais que estiverem apreensivos podem procurar ajuda de profissionais capacitados para esse tipo de atendimento (CARVALHO, 2003). Nesse cenário, a presença marcante do pai representa à oportunidade de acompanhar mais de perto o processo do parto, de forma ativa no nascimento do filho, no que propicia segurança emocional a mulher trazendo benefícios tanto para ela, quanto para o nascituro há evidências de que, quando o pai e a mãe partilham do processo gestacional de modo real e ativo a vontade de presenciar o parto, inicia desde o pré-natal, essas considerações trazem como entendimento, que os homens, na fase do trabalho de parto, vivenciam um processo de interação com eles mesmos, assim tendo uma visão do parto (ARAÚJO et al, 2009). O apoio durante o trabalho de parto constitui um elemento essencial para que a parturiente tenha uma experiência positiva do parto e pós-parto, começando a procurar informações e conhecimento sobre o parto e pós-parto, frequentar cursos de preparação, visitar o núcleo que seu nascituro vai nascer, com isso o estímulo e a coragem garantem um pai calmo e receptivo a parturiente, preconizada pela OMS baseada nas evidências cientificas. Quando a mulher entra no trabalho de parto, normalmente os homens estão calmos, já na fase mais ativa os sentimentos do medo e desmaios do pai costumam aparecer à insegurança, e a perspectiva de mudar isso é trabalhar esse pai como um instrumento de segurança para mãe (ARAÚJO et al, 2009). Durante o trabalho de parto, quando o pai é esclarecido do que ocorrerá, ele poderá oferecer líquidos via oral para prevenção de episódios de hipoglicemia, pois o parto pode se prolongar, podendo também proporcionar o incentivo da deambulação e movimentação, encorajando a mulher à posição desejada e mais confortável, para alívio da dor que a parceira sente, pode utilizar massagens e técnicas de relaxamento, como banhos de imersão com água morna, amparando ela no momento da força e contração (BRASIL, 2011). Têm surgido implementações assistenciais, a respeito da importância da presença do pai durante toda a gestação até o nascimento, porque a pressão cultural pela participação ativa dos homens nessa hora tem levado os profissionais, e os hospitais, a se prepararem para que esse momento ocorra na presença do pai (ARAÚJO et al, 2009). Para Carvalho (2003) a participação do pai no nascimento, fazendo parte dessa humanização, aumenta o envolvimento entre o pai e o recém-nascido e promove o vinculo
  • 13. entre eles. A prática de oferecer ao pai a oportunidade de cortar o cordão umbilical é um fator importante para esse momento crucial para o pai e o nascituro. O suporte principal que o pai precisa manter é o acompanhamento a cada momento ao lado da mãe, está preparado para experimentar algumas emoções fortes e finalmente, quando o bebé nascer, acolher com carinho e não esquecer que durante o período pós-parto a mãe necessita dessa atenção acolhedora para o filho, com apenas troca de fradas, ser compreensivo com a companheira que viveu momentos muito desgastantes. Uma vez que, o pai ao ver-se implicado diretamente no processo de parto e nascimento, torna-se mais ligado à criança (RIBEIRO, 2005). Portanto, cabe às enfermeiras obstetras trabalhar em prol do acolhimento do pai desde o pré-natal. Atualmente, o que os homens estão experimentando em relação à paternidade? Hoje se investiga as concepções de homens sobre o que a paternidade e como esta deve ser, constata- se que os pais querem ter diálogo e intimidade, mas preocupam-se com sua responsabilidade diante dos/as filhos/as. A necessidade de uma reconstrução da posição dos homens/pais para que eles possam assumir a própria masculinidade exercendo uma paternagem conectada com os afetos e prazeres da mãe e do recém-nascido. O fundamento dessa participação dos homens conceitua mudanças nos atos e zelos na relação com filhos/as e a mulher que não está como poderia se pensar, atrelada à convivência cotidiana. A referência ao monopólio materno, gerador de tensão, é bastante freqüente, assim como à capacidade de ‘maternar’ do pai. A educação sexista atesta à conjectura da capacidade assertiva da mulher para a maternidade, porém se os cuidados durante o trabalho de parto forem compartilhados por ambos desde o início, talvez tenhamos a possibilidade de mudanças nas atuais relações, sem supremacia e menos excludente para com o pai. Contudo, pensa-se não ser o bastante: é imprescindível e necessária a modificação das construções políticas, econômicas e sociais, sendo esta considerada indissociável, nas mentalidades (RIBEIRO, 2005). Nos dias de hoje, observa-se recursos que podem ser realizado pelo pai durante trabalho de parto como o banho de chuveiro ou banheira para alívio de dor, o incentivo a deambulação da gestante no decorrer do processo, ajudando a parturiente ficar em decúbito lateral caso seja opção dela, realizando massagens, assim contribuindo com diminuição das dores lombares e promovendo a diminuição do inchaço nas pernas e estimulando a circulação sanguínea, e de forma humanizada o pai com autorização da equipe médica, pode-se realizar a
  • 14. laqueadura do cordão umbilical, e já no pós-parto o pai pode auxiliar a mãe no aleitamento do seu filho. Diante disso, percebe-se o quanto é importante o acompanhamento do pai no trabalho de parto, dai surge um novo pai que agora é um homem que agora se prepara emocionalmente para assumir e dividir as responsabilidade tanto quanto a mulher, com um papel ativo neste momento, a experiência de ser e ter o pai como acompanhante nesse contexto institucional poderá se dá de forma positiva, dependendo da aceitação e respeito aos direitos da mulher e seu parceiro no processo do nascimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS A concretização deste manuscrito tem por base, as novas metas para um parto humanizado e o processo do nascimento, as quais foram apresentadas como alternativas de qualidade para queda dos elevados índices de partos cesáreos e com distorcias, considerando que o paradigma biomédico adota condutas e atitudes que constituem um processo discordante com as normas das políticas de saúde da mulher. Neste âmbito ratificam-se as descobertas de Câmara (2000), que nos mostram a relevância e o compromisso da equipe de enfermagem iniciando ainda no pré-natal, colaborando para diminuir as causas sócias – culturais implícitos nos altos índices de partos cesáreos. As fortes mudanças que sobrevieram atualmente ao parto e humanização da assistência acabam por revelar, da ótica fenomenológica, indiscutível modificação que é extensivamente propagada pelos profissionais de saúde. Os homens atualmente estão experimentando a paternidade desde a concepção. Sabem o que é ser pai. Caindo então a referência ao monopólio materno, sendo bastante freqüente, assim à capacidade de ‘maternar’ do pai, fazendo reconstituindo a sua colocação como pais e como homens assumindo a própria masculinidade sem deixar a paternidade. Nessa premissa o pai tem um importante papel como acompanhante da mulher e como um instrumento ativo presente na sala de parto, um fator que contribuiu para essa participação foi a Lei do acompanhante que protege o direito do pai está presente no momento do trabalho de parto.
  • 15. Este estudo destaca o valor que tem para o pai, a possibilidade de vivenciar o nascimento do filho, seja pela primeira vez ou não, e que as mudanças na assistência tragam a importância desse acompanhamento continuo desde o pré-natal. A partir disso alerta-se para a necessidade de que a decisão do pai em acompanhar o trabalho de parto, em conjunto com a mulher, seja um ponto positivo para uma boa evolução do trabalho de parto. O pai como gênero, com masculinidade, e com estereótipos sociais, não sendo levados em consideração seus anseios, medos e sentimentos, antes ignorados pela sociedade que exigia do pai/homem uma postura mais conservadora, excluindo-o do exercício da sua paternidade, observando-o apenas como mantenedor da família, dissociando- o do seu papel principal de pai. Contudo, questiona-se a atenção dos profissionais de saúde em relação ao atendimento prestado ao pai, embora a assistência ao parto natural seja realizada por uma equipe de saúde que venha a facilitar e incentivar as práticas de humanização do parto respeitando a individualidade da mulher, seus desejos, sua constituição física, observando o contexto social, psicológico e cultural, que é necessário para a construção de uma visão humanizada do cuidado que vai além de recursos humanos e financeiros para que a proposta de humanização do parto do Ministério da Saúde atinja a sua plenitude. REFERÊNCIAS ARAÚJO, Ana Cristina; BRITO, Rosineide; CARVALHO, Jovanka; SOUZA, Nilba. Sentimentos Vivenciados pelo pai diante do nascimento do filho. Fortaleza, 2009. BARRETO, V. A nova família: problemas e perspectivas. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. BARREIROS, Ana; PIRES, Victor. Novos paradigmas e as mudanças no papel do pai na sociedade contemporânea. Rio Grande do Sul, 2012. Revista eletrônica Âmbito Jurídico. Disponivel em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_ leitura&artigo_id=9278. Acesso em 15 de Maio de 2013. BASILE, Anatália Lopes de Oliveira. Estudo randomizado controlado entre as posições de parto: litotômica e lateral esquerda. BVS, São Paulo, 2000. BEDIN, Eliana; BARCELOS, Miranda; SANTOS, Regiane. Humanização da Assistência de Enfermagem em Centro Cirúrgico. Disponível em:
  • 16. <http://www.fen.ufg.br/revista/revista6_3/13_Revisao3.html> Acesso em 10 de Setembro 2012. BRASIL. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Lei No 11.108, de 7 de abril de 2005. 8 abril 2005. Seção 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. PHPN-Programa de Humanização no Pré-Natal e Nascimento. Brasília, 2000. BRASIL. Anvisa. Papel do pai. Brasília, 2001. Disponível em: < http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/maternidade/pos-parto/papel-do-pai> Acesso em 21 de agosto de 2012. BRASIL. Anvisa. Maternidades têm até dezembro para incentivar parto humanizado. Brasília, 2001. Disponível em: <http://portal.anvisa.gov.br/wps/portal/anvisa/anvisa/home >Acesso em 03 de setembro de 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Centros de Parto humanizado. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/maternidade/parto/centros-de-parto-normal> Acesso em 03 de setembro de 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Portal do Ministério da Saúde. Brasília, Disponível em: http://www.redehumanizasus.net/rede-hs. Acesso em 27 de Setembro de 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional da Humanização da assistência Hospitalar, n. 20, Brasília, 2001. BUSTAMANTE, Vânia. Ser Pai No Subúrbio Ferroviário De Salvador: Um Estudo De Caso Com Homens De Camadas Populares, Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 3, p. 393-402, 2005. BUZZELLO, C. S; ZAMPIERI, M. F. M. Grupo de gestantes e/ou casais grávidos: formando, educando, mudando a realidade, ao interagir com a comunidade. Florianópolis, 2003. CAMARA, M. F. B.; MEDEIROS, M.; BARBOSA, M. A. - Fatores sócio-culturais que influenciam a alta incidência de cesáreas e os vazios da assistência de enfermagem. Revista Eletrônica de Enfermagem. Goiânia, v.2, n.2, 2000. Disponível em: file:///C:/Documents%20and%20Settings/J.%20Tomé%20de%20Soouza/Desktop/Reaped%2 0Sites/www.fen.ufg.br/revista/revista21/Cesarea.html. Acesso em 23 maio. 2013.
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