3. ROTEIRO
• Informes
• Vídeos: “3%” e “Escalada a la vida”
• Leitura compartilhada: Relance
• Leituras sobre a “experiência”
• Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA): ampliando saberes
• Avaliação educacional e avaliação da aprendizagem
• Experiência em grupo: compartilhando saberes
• Leitura de imagem
5. LEITURA COMPARTILHADA
RELANCE
Pare, repare
Cite, recite
Salve, ressalve
Volte, revolte
Trate, retrate
Vele, revele
Toque, retoque
Prove, reprove
Clame, reclame
Negue, renegue
Salte, ressalte
Bata, rebata
Fira, refira
Quebre, requebre
Mexa, remexa
Bole, rebole
Volva, revolva
Corra, recorra
Mate, remate
Morra, renasça
Caetano Veloso e
Pedro Novis
(LEITURA COLETIVA EM VOZ ALTA, UM GRUPO LÊ AS PRIMEIRAS PALAVRAS, O OUTRO LÊ AS SEGUNDAS)
6.
7. A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou
nos toque, requer um gesto de interrupção, um gesto que
é quase impossível nos tempos que correm: requer parar
para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar
mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar;
parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos
detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender
a vontade, suspender o automatismo da ação, cultivar a
atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar
sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos
outros,cultivaraartedoencontro,calarmuito,terpaciência
e dar-se tempo e espaço.
Jorge Larrosa Bondiá
8. RETOMANDO
No encontro anterior, refletimos sobre avaliação, bem
como as diferenças entre examinar, avaliar e instrumentos
de avaliação.
Refletimos ainda sobre as diferenças e inter-relações entre
as avaliações internas e externas, como estas se relacionam
com o currículo escolar e como os seus resultados
reverberam no cotidiano escolar entre outras coisas.
Agora chegou o momento de refletirmos sobre a Avaliação
Nacional da Alfabetização a ANA
9. AVALIAÇÃO NACIONAL DA
ALFABETIZAÇÃO - ANA
AMPLIANDO SABERES
A partir da divulgação da portaria nº 482, de 7 de junho de 2013,
a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), prevista no Pacto
Nacional pela Alfabetização na Idade Certa- PNAIC, passou a
compor o Sistema de Avaliação da Educação Básica, o Saeb.
A estrutura dessa avaliação envolve o uso de instrumentos
variados, cujos objetivos são: aferir o nível de alfabetização e
letramento em Língua Portuguesa e alfabetização em Matemática
das crianças regularmente matriculadas no 3º ano do ensino
fundamental e as condições de oferta das instituições às quais
estão vinculadas.
Fonte http://provabrasil.inep.gov.br/historico
10. OBJETIVOS
i) Avaliar o nível de alfabetização dos educandos no 3º ano do ensino
fundamental;
ii) Produzir indicadores sobre as condições de oferta de ensino;
iii) Concorrer para a melhoria da qualidade de ensino e redução das
desigualdades, em consonância com as metas e políticas estabelecidas
pelas diretrizes da educação nacional
Participação:
A ANA é censitária, portanto, será aplicada a todos os alunos
matriculados no 3º ano do Ensino Fundamental. No caso de escolas
multisseriadas, será aplicada a uma amostra.
11. CARACTERÍSTICAS E OBJETIVOS DA ANA
• A estrutura dessa avaliação envolve o uso de instrumentos
variados, cujos objetivos são: aferir o nível de alfabetização e
letramento em Língua Portuguesa e alfabetização em Matemática
das crianças regularmente matriculadas no 3º ano do ensino
fundamental e as condições das instituições de ensino às quais
estão vinculadas.
12. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Questionários
• Para a coleta de informações a respeito das condições de oferta,
serão aplicados questionários voltados aos professores e gestores
das instituições de ensino que atendem ao Ciclo de Alfabetização.
O foco desses questionários será aferir informações
• sobre as condições de infraestrutura, formação de professores,
gestão da unidade escolar, organização do trabalho pedagógico,
entre outras.
13. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Teste de Desempenho
• Os testes, realizados no 3º ano do ensino fundamental,
destinados a aferir os níveis de alfabetização e o desempenho em
alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e alfabetização
em Matemática serão compostos por 20 itens. No caso de
Língua Portuguesa, o teste será composto de 17 itens objetivos
de múltipla escolha e 3 itens de produção escrita. No caso de
Matemática, serão aplicados aos estudantes 20 itens objetivos de
múltipla escolha.
14. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Produção Escrita
• Espera-se avaliar os contextos de uso da escrita, a organização
textual, a coerência e coesão da produção, o uso de pontuação e
aspectos ortográficos e gramaticais de acordo com o que se espera
das crianças matriculadas no final do Ciclo de Alfabetização.
15. RESULTADOS
• Os resultados serão informados por Instituição de Ensino,
Município e Unidade Federativa, e será publicado um índice de
alfabetização referente às condições aferidas em nível nacional.
As informações a serem divulgadas serão concernentes: (i) às
condições de oferta; e (ii) aos resultados relativos aos níveis
de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa (leitura e
produção escrita) e alfabetização em Matemática. Não haverá
divulgação de resultados por aluno.
16. MARCO TEÓRICO
Em um sentido stricto, alfabetização seria o processo de
apropriação do sistema de escrita alfabético. Para que o indivíduo
se torne autônomo nas atividades de leitura e escrita, ele precisa
compreender os princípios que constituem o sistema alfabético,
realizar reflexões acerca das relações sonoras e gráficas das palavras,
reconhecer e automatizar as correspondências somgrafia. É certo,
portanto, que, na alfabetização, a criança precisa dominar o sistema
alfabético, o que demanda que o professor trabalhe explicitamente
com as relações existentes entre grafemas e fonemas. No entanto,
esse aprendizado não é suficiente. O aprendiz precisa avançar rumo
a uma alfabetização em sentido lato, a qual supõe não somente a
aprendizagem do sistema de escrita, mas também os conhecimentos
sobre as práticas, usos e funções da leitura e da escrita, o que
17. implica o trabalho com todas as áreas curriculares e em todo o
processo do Ciclo de Alfabetização. Dessa forma, a alfabetização
em sentido lato se relaciona ao processo de letramento envolvendo
as vivências culturais mais amplas. (Brasil.MEC/SEB, 2012 p. 27).
18. MARCO TEÓRICO
• A alfabetização em Matemática pode ser conceituada como:
• O processo de organização dos saberes que a criança traz de
suas vivências anteriores ao ingresso no Ciclo de Alfabetização,
de forma a levá-la a construir um corpo de conhecimentos
matemáticos articulados, que potencializem sua atuação na vida
cidadã. (Brasil.MEC/SEB, 2012, p. 60).
19. LIMITAÇÕES ASSUMIDAS
• É necessário salientar que, embora se faça referência à
importância da alfabetização e do letramento como processos
paralelos e complementares, fundamentais no processo de
aprendizagem da língua e dos conceitos matemáticos, se
reconhece que a avaliação em larga escala não consegue aferir
tais processos em sua totalidade e em todas as suas nuances. Por
outro lado, compreende-se que a utilização desse tipo de avaliação
pode contribuir para um melhor entendimento sobre os processos
de aprendizagem e orientar a formulação ou reformulação de
políticas voltadas para essa etapa de ensino.
20. LIMITAÇÕES ASSUMIDAS
• Os limites metodológicos e técnicos relacionados à construção
de itens objetivos, de múltipla escolha, para a leitura, ou de
itens de escrita que necessitam de uma matriz de correção que
focaliza o texto como produto, e não como processo, evidenciam
que a ANA avalia determinados produtos da leitura e da escrita
próprios do letramento que se constrói na escola. Da mesma
forma, devemos sempre lembrar que a escolha de descritores de
operações cognitivas com objetos de conhecimento, em contextos
específicos, para uma matriz é um recorte de um conjunto de
conhecimentos que a escola deve trabalhar e, de forma alguma,
pode servir de parâmetro para substituir as propostas curriculares.
Consideramos, então, que este é um dos tipos de avaliação e
que as escolas dispõem de outros instrumentos e contextos de
21. observação diferentes e complementares aos da ANA. Esperamos
que as crianças brasileiras possam vivenciar aprendizagens muito
mais amplas do que a matriz da ANA considera.
22. LIMITAÇÕES ASSUMIDAS
• Não se considera essa matriz como indutora do currículo escolar,
e sim como norteadora de uma avaliação em larga escala, isso
porque o trabalho em sala de aula deve se estender muito além do
que está sendo proposto nessa avaliação em função das limitações
apresentadas pelo instrumento.
23. O QUE NÃO SE ESPERA
• Considerando-se que as ações do Pnaic ainda estão em processo
de implementação, esta primeira avaliação tem como objetivo
principal realizar um diagnóstico, de modo a servir como “linha
de base” para a implementação das políticas previstas no Pacto,
auxiliando na orientação permanente da formação de professores
alfabetizadores. Sendo assim, a ANA não poderá ser reduzida
a um instrumento para medir e classificar alunos, escolas e
professores, mas deverá possibilitar a verificação das condições de
aprendizagem da leitura, escrita e matemática no âmbito do Ciclo
de Alfabetização do ensino fundamental.
24. INFORMANDO
• De 14 a 25 de novembro 2016, o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizará a terceira
edição da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA).
• Participarão da ANA 2016 todas as escolas públicas urbanas e
rurais que, até o dia 31 de agosto de 2016, registrarem no Sistema
Educacenso pelo menos 10 estudantes matriculados em turmas
regulares do 3º ano do Ensino Fundamental. As escolas que
não preencherem os dados dentro desse prazo não participarão
da aplicação. Não serão avaliadas as turmas Multisseriadas e as
turmas de Correção de Fluxo.
25. IMPORTANTE
• Os estudantes com deficiência, transtornos globais ou específicos
do desenvolvimento, síndromes ou outras necessidades especiais
poderão participar da ANA 2016, desde que estejam devidamente
registrados no Sistema Educacenso até 31 de agosto de 2016.
26. AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
De acordo com Cruz et al (2015) a avaliação pode ser estudada no
âmbito da avaliação educacional (avaliações desenvolvidas para
avaliar aspectos da educação desenvolvida pelos sistemas de ensino)
e da aprendizagem (avaliação desenvolvida pelos docentes para
avaliar as aprendizagens dos alunos).
27. EXPERIÊNCIA EM GRUPO
Excertos do artigo
“AVALIAR: ATO TECIDO PELAS IMPRECISÕES DO
COTIDIANO”, de Maria Teresa Esteban
• Destaquem, nos excertos, frases ou palavras carregadas de
sentidos que chamaram a atenção do grupo.
• Registrem, por meio de diferentes linguagens, considerações do
grupo sobre avaliação interna e externa.
• De que forma é possível articular os resultados da ANA com as
práticas pedagógicas em sala de aula? Destaquem três ações.
28.
29. REFERÊNCIAS
Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA) : documento básico. –
Brasília :
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira,2013.
BONDIÁ, Jorge Larrosa. Notas sobre a experiência e o saber da
experiência. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rbedu/
n19/n19a02.pdf
Cruz, M. et al. Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA):
Contribuições deste Instrumento na Percepção de Gestores e
Professores
30. Portaria nº 931, de 21 de Março de 2005 - Portaria ministerial que
institui o Sistema de Avaliação da Educação Básica, composto pela
Prova Brasil (Anresc) e pelo Saeb (Aneb).
ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliar: ato tecido pelas imprecisões
do cotidiano. Disponível em http://23reuniao.anped.org.br/
textos/0611t.PDF