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MANUAL TEÓRICO DE
PATOLOGIA BÁSICA
Dra . Lúcia de Noronha
VI. DOENÇAS DA
IMUNIDADE
Dra . Lúcia de Noronha
CÉLULAS DA IMUNIDADE
• Linfócitos T:
 60-70% dos linfócitos periféricos
 oriundos do timo
 encontrados nos linfonodos e baço
 reconhecem um antígeno específico pelo receptor antígeno
específico (RCT)
 células T CD4+
 células T CD8+
 Linfócitos B:
 10-20% dos linfócitos periféricos
 encontrados na medula óssea, linfonodos, baço, amígdalas e
órgãos extralinfáticos
 medeiam a imunidade humoral
 reconhecem antígeno através do complexo antígeno-anticorporeceptor
 IgM:componente do receptor do LB ligado ao antígeno
CÉLULAS DA IMUNIDADE
• Macrófagos:
 sistema fagocitário mononucleaR
 apresentam o antígeno para célula T
 produzem citocinas
 lisam células tumorais
• Células dendríticas e de Langerhans
 dendríticas: tecido linfóide, interstício de órgãos não
linfóides
 Langerhans: epiderme
 eficientes na apresentação do antígeno
 fagócitos fracos comparados aos macrófagos
CÉLULAS DA IMUNIDADE
• Células natural killer (NK)
 10-15% dos linfócitos periféricos
 sem RCT ou imunoglobulina, chamadas de nãoT e não-B
 destroem células tumorais, infectadas por vírus
ou até células normais
 destroem células-alvo revestidas com IgG
 secreção de citocinas como IFN-γ
NOÇÕES DE IMUNIDADE HUMORAL
• CITOCINAS
 Existem quatro categorias
 medeiam a imunidade natural
 regulam crescimento, ativação e diferenciação do
linfócito
 ativam células inflamatórias
 estimulam a hematopoese
 mesmas citocinas são produzidas por diferentes células;
 atuam em vários tipos de células ;
 podem atuar sobre as células que as produziram
(autócrina), sobre as células próximas (parácrina) ou
sobre células do organismo (endócrina);
 medeiam a sua atividade quando ligam-se a receptores
específicos nas suas células-alvo.
ANTÍGENOS DE HISTOCOMPATIBILIDADE
• Estrutura e função dos antígenos de
histocompatibilidade
 Ligam-se a fragmentos peptídicos de proteínas
estranhas para apresentá-los às células T
 Complexo de histocompatibilidade
humano(MHC) ou complexo de antígenoleucocitário humano (HLA): conglomerado de
antígenos de histocompatibilidade
ANTÍGENOS DE HISTOCOMPATIBILIDADE
• Genes MHC: três classes
 classe I  codificam glicoproteínas da
superfície celular e apresentam para células T
CD8+: todas células nucleadas e plaquetas
 classe II  também codificam glicoproteínas
da superfície celular e apresentam para as
células T auxiliares CD4+;
 classe III  codificam componentes do sistema
do complemento
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
• Provocadas por antígenos endógenos ou
exógenos
• Tipo I. anafilático
• Tipo II. citotóxico
• Tipo III. doenças de imunocomplexos
• Tipo IV. tardia
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
• Hipersensibilidade tipo I:

 mediada pelos anticorpos IgE;
 ocorre minutos após a combinação antígeno-anticorpo ligado
aos mastócitos ou basófilos em um indivíduo já sensibilizado
ao antígeno;
 reação sistêmica: ocorre após administração parenteral ou oral
do alérgeno, surge estado de choque com sofrimento
respiratório, edema de laringe que pode ser fatal dentro de uma
hora;
 reação local: 10% da população, ocorre após inalação ou
ingestão de alérgenos; apresenta-se como edemas cutâneos,
secreção nasal e conjuntival
HIPERSENSIBILIDADE TIPO I
Sensibilização

produção de IgE

ligação com o mastócito

liberação de mediadores dos mastócitos

efeitos clínicos

•
•
•
•
•
•

mediadores primários: respostas teciduais em 5 a 30 minutos
aminas biogênicas: histamina e adenosina;
mediadores quimiotáticos;
enzimas: proteases;
proteoglicanos: heparina.
mediadores secundários: leucotrienos , prostaglandina D2, fator
ativador da plaqueta (FAP), citocinas
HIPERSENSIBILIDADE TIPO II
 Anticorpos contra antígenos presentes na superfície de célulasalvo;
 Três mecanismos
 Reações dependentes do complemento: levam à lise das células
ou à opsonização; ocorre nas reações transfusionais, eritroblastose
fetal, anemia hemolítica auto-imune e reações medicamentosas;
 Citotoxidade celular dependente de anticorpos: colaboração dos
leucócitos, ocorre células NK, macrófagos, e outros leucócitos
fazem a destruição das células-alvo revestidas por IgG, sem que
ocorra fagocitose;
 Disfunção celular mediada por anticorpos: anticorpos contra
receptores da superfície celular desregulam a função da célula
sem causar lesão ou inflamação.
HIPERSENSIBILIDADE TIPO III
• Induzida pelo complexo antígeno-anticorpo, formando
imunocomplexos e ativando o sistema de complemento
• Antígeno pode ser endógeno ou exógeno;
• A doença pode ser generalizada ou localizada:

 Sistêmica: doença do soro. Ocorre a
(1) formação de complexos antígeno-anticorpo na circulação;
(2) deposição de imunocomplexos nos tecidos;
(3) reação inflamatória em todo o organismo.
Causam vasculite necrotizante aguda, glomerulonefrite, artrite
dependendo do local de deposição;
 Local ou reação de Arthus: área localizada de necrose tecidual ou
vasculite por deposição de imunocomplexos, não é imediata.
Após a reação, há uma área de edema com hemorragia grave e
também pode haver necrose fibrinóide;
HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV
• Mediadas por células
citotoxidade direta

T

sensibilizadas:

tardia

e

• Tardia:

 reação a tuberculina;
 mediada por células T auxiliares CD4+ que secretam
citocinas;
 acúmulo de células mononucleares na tecido subcutâneo,
edema e hiperemia;
 inflamação granulomatosa: agregado de células epitelióides
circundado por linfócitos;
• Citotoxidade mediada por células T:

 mediadas por células citotóxicas CD8+ que destroem células
infectadas por antígeno;
REJEIÇÃO DE TRANSPLANTE
• Rejeição do transplante:

 hospedeiro reconhece o tecido enxertado como estranho;
 participação da imunidade celular e anticorpos circulantes;
 reações mediadas pela célula T: linfócitos do receptor
encontram-se com antígenos HLA do doador;
 reações mediadas por anticorpos: podem fazer citotoxidade
dependente do complemento, citólise celular dependente de
anticorpos, e acúmulo de imunocomplexos e atacam
preferencialmente a vasculatura do órgão enxertado
REJEIÇÃO DE TRANSPLANTE
• Morfologia: pode ser rejeição renal aguda, hiperaguda
ou crônica

• Hiperaguda: quando existem anticorpos antidoador préformados na circulação do receptor, o rim fica cianosado,
flácido e com gotas sanguinolentas na urina, ocorre reação
antígeno-anticorpo no endotélio vascular;
• Aguda: alguns meses após o transplante , há rejeição
humoral apresentando vasculite (íntima espessada e
inflamada) e rejeição celular caracterizada por infiltrado
mononuclear intersticial;
• Crônica: aumento da creatinina em 4 a 6 meses, alterações
vasculares culminando em isquemia renal, infiltrados
celulares mononucleares no interstício;
DOENÇAS AUTO-IMUNES
• 3 PRÉ-REQUISITOS:




presença de uma reação auto-imune,
evidência clínica ou experimental que não é secundária,
ausência de outra causa bem identificada da doença.

Podem acometer somente um órgão como a
Tireoidite de Hashimoto ou sistemicamente como o
Lúpus Eritematoso Sistêmico.
DOENÇAS AUTO-IMUNES
• Tolerância imunológica:
 quando o indivíduo é incapaz de ter uma resposta imune a um
antígeno específico;
 autotolerância é a falta de responsividade dos antígenos de um
indivíduo;
 Mecanismos de estado tolerante:
• deleção clonal: perda de linfócitos B e T auto-reagentes
durante maturação;
• anergia

clonal:

inativação

funcional

prolongada

ou

irreversível dos linfócitos induzida pelo encontro com
antígenos;
• supressão periférica pelas células T
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 Início agudo ou insidioso, apresentando estado febril,
caracterizada por lesão da pele, das articulações, do rim
e das membranas serosas;
 Relação mulher:homem 9:1
 20-64 anos
• Etiologia e patogenia:
 ocorre uma falência dos mecanismos reguladores que mantém a
autotolerância;
 presença de anticorpos contra componentes nucleares e
citoplasmáticos da célula, especialmente anticorpos contra o DNA
de dupla hélice (dsDNA) e o antígeno Smith (Sm);
 presença de auto-anticorpos como os antifosfolipídicos;
 Existem teorias a respeito do aparecimento do LES: fatores
genéticos, fatores não-genéticos (drogas, luz ultravioleta,
hormônios sexuais) e fatores imunológicos
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
• Morfologia:

 lesões que resultam de acúmulo de imunocomplexos, vistas
nos vasos sangüíneos, rins, tecido conjuntivo e pele
 baço: fibrose perivascular em “casca de cebola”
 rim: acometido 60-70% dos casos, pode haver:
•
•
•
•

glomerulonefrite lúpica mesangial (25%)
glomerulonefrite proliferativa focal (20%)
glomerulonefrite proliferativa difusa (35-40%)
glomerulonefrite membranosa (15%)

 pele: hiperemia facial em asa de borboleta, espessamento da
membrana basal;
 articulações: sinovite não-erosiva
 sistema nervoso central: sintomas neurológicos focais;
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 pericardite e comprometimento de outras cavidades serosas:
exsudato fibrinoso, serosas espessadas , opacas;
 endocardite de Libman-Sacks ou endocardite verrucosa
abacteriana;
 pulmões: derrame pleural, pleurite
• Evolução clínica:

 mulher jovem, lesão facial em asa de borboleta, febre, dor
pleurítica , dor torácica, fotossensibilidade;
 pode haver achados clínicos de comprometimento renal;
 psicoses;
 pode ter evolução benigna ou morte por insuficiência ou
infecções intercorrentes;
SÍNDROME DE SJÖGREN
 Ressecamento dos olhos e boca pela destruição
imunológica das glândulas lacrimais e salivares;
 Pode ser primária ou associada a outra doença
• Etiologia e patogenia

 infiltração linfocítica e fibrose das glândulas;
 anticorpos mais importantes: SS-A (Ro) e o SS-B (La);

• Morfologia

 infiltrado linfocítico periductal e perivascular;

• Manifestações clínicas






mulheres: 40-60 anos;
ceratoconjuntivite e xerostomia;
adenomegalia;
risco aumentado de desenvolver linfoma
ESCLEROSE SISTÊMICA



fibrose excessiva em todo organismo;
pode ser difusa ou localizada que só acomete pele;

• Etiologia e patogenia
• deposição excessiva de colágeno;
• hipótese imunológica: fibrose por ativação anormal do sistema
imunológico;
• hipótese vascular: lesão microvascular
• Morfologia
• pele: atrofia esclerótica difusa da pele iniciando nas regiões distais
das extremidades superiores até atingir face;
• tubo digestivo: colagenização excessiva da lâmina própria e da
submucosa;
• sistema musculoesquelético: sinovite com hipertrofia e hiperplasia
dos tecidos moles e posteriormente fibrose;
ESCLEROSE SISTÊMICA
• rins: espessamento da íntima por deposição de colágeno;
• pulmões: fibrose intersticial e alveolar difusa;
• coração: pericardite e fibrose miocárdica
• Evolução clínica
• mulheres: 50-60 anos
• alterações cutâneas
• síndrome de CREST: elevada incidência de calcinose, fenômeno
de Raynaud, dismotilidade esofagiana, esclerodactilia e
telangiectasias;
• dor abdominal, obstrução intestinal, síndrome da má absorção,
dificuldades respiratórias, arritmias, insuficiência cardíaca,
proteinúria e até hipertensão maligna;
MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS
• Dermatomiosite:
• erupção cutânea: edema periorbitário com coloração lilás nas
pálpebras superiores;
• lesões de Grotton: placas avermelhadas nos dedos, cotovelos e
joelhos;
• fraqueza muscular iniciando com os músculos proximais;
• Polimiosite:
• adultos
• fraqueza muscular também iniciando com os músculos proximais;
• Miosite com corpúsculo de inclusão
• comprometimento dos músculos distais;
• mais de 50 anos
• Etiologia e patogenia
• anticorpo: anti-Jo-1
• dermatomiosite: lesão dos capilares
• polimiosite e miosite: lesão celular:
MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS
• Morfologia

• dermatomiosite: infiltrados inflamatórios em torno dos
vasos sangüíneos e no tecido conjuntivo perimisial;
• polimiosite: células inflamatória do endomísio;
• miosite com corpúsculo de inclusão: presença de vacúolos
no interior dos miócitos.

• Diagnóstico:

•
•
•
•

sintomas clínicos;
eletromiografia
níveis séricos de enzimas relacionadas com o músculo
biópsia
SÍNDROMES DE DEFIC. IMUNOLÓGICA
1 Imunodeficiências primárias
 determinadas geneticamente;
 muitas manifestam-se entre seis meses e dois anos.
• Agamaglobulinemia de Bruton Ligada ao X
• ausência virtual de imunoglobulinas sérias;
• restrita ao sexo masculino;
• inicia no oitavo a nono mês de vida com infecções de repetição;
• as doenças auto-imunes são mais freqüentes nesses pacientes;
• número normal de células pré-B na medula óssea
• Imunodeficiência variável comum (IVC)
• hipogamaglobulinemia;
• congênito ou adquirido;
IMUNODEFICIÊNCIAS 1 árias
• número normal de células B, mas esta não consegue se
diferenciar em plasmócitos;
• homens e mulheres;
• inicia na infância ou adolescência com infecções bacterianas de
repetição
• Deficiência isolada de IgA
• níveis muito baixos de IgA sérica e secretória;
• infecções nos tratos respiratório, gastrintestinal e urogenital;
• defeito na diferenciação de células B contendo IgA
• Síndrome de DiGeorge (Hipoplasia Tímica)
• deficiência seletiva de células T por ausência de
desenvolvimento de terceira e quarta bolsas faríngeas;
• ausência de resposta imunológica celular, tetania, anomalias
congênitas do coração e dos grandes vasos;
IMUNODEFICIÊNCIAS 1 árias
• Doenças com imunodeficiência combinada grave (DICG)
• autossômica recessiva e recessiva ligada ao X;
• defeitos combinados de célula B e célula T;
• tecidos linfóides hipoplásicos;
• bebês vulneráveis a infecções recorrentes graves;
• óbito até 1 ano de vida quando não há transplante de medula óssea;
• Imunodeficiência da trombocitopenia e eczema (Síndrome de
Wiskott-Aldrich)
• recessiva ligada ao X;
• trombocitopenia, eczema, infecções recorrentes e morte precoce;
• perda variável de imunidade celular;
• vulneráveis a linfomas malignos.
• Deficiências genéticas do sistema de complemento
• maior suscetibilidade a infecções bacterianas piogênicas;
SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
 imunossupressão intensa associada com infecções oportunistas,
neoplasias secundárias e manifestações neurológicas;
• Epidemiologia
• homossexuais ou bissexuais masculinos;
• usuários de drogas intravenosas;
• hemofílicos;
• receptores de sangue e derivados;
• contatos heterossexuais;
• vias de transmissão: contato sexual, inoculação parenteral e mãefilho.
• Etiologia
• causada pelo HIV (retrovírus humano)
SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
• Patogenia

• alvos: sistema imunológico e SNC;
• imunopatogenia da doença do HIV
• perda de células TCD4+, receptor com grande afinidade ao
HIV;
• no início, há grave infecção das células T CD4+ nos tecidos
linfóides;
ligação da glicoproteína gp120 às moléculas T CD4+

fusão do vírus com a membrana celular e interiorização

transcrição reversa, formando DNA pró-viral que penetra no núcleo da célula;

transcrição

morte celular.
SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
• defeitos qualitativos nas células T;
• infecção de monócitos e macrófagos principalmente
teciduais, sendo utilizados como reservatório e proteção
para o HIV;
• células dendríticas foliculares também são reservatório
para o HIV;
• células B são ativadas mas não conseguem apresentar
uma resposta de anticorpo ao antígeno novo, tornando os
pacientes presas de infecções disseminadas;
SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
• História natural da infecção pelo HIV

• progride em 7 a 10 anos para AIDS;
• fase aguda inicial: alto grau de produção do vírus, com
sintomas clínicos inespecíficos;
• fase média crônica: relativa contenção do vírus com
latência clínica, mas linfadenopatia generalizada
persistente;
• fase final ou de crise: aumenta a replicação viral, queda
de células T CD4+ (menos de 200/µl) doença clínica
com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e
doença neurológica;
SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
• Aspectos clínicos
• homossexual, masculino jovem, usuário de droga intravenosa,
febre, perda de peso, linfadenopatia generalizada, diarréia,
infecções oportunistas, doença neurológica (90%);
• pneumonia por P. carinii: 70-80%
• candidíase da cavidade oral e esôfago: sinal de descompensação;
• sarcoma de Kaposi.
• Morfologia:
• aspectos patológicos característicos das infecções oportunistas;
• adenomegalias: hiperplasia folicular;
• após ruptura das células dendríticas foliculares: linfonodos
atróficos
AMILOIDOSE
 deposição de amilóide (substância proteinácea patológica) entre as células de
vários tecidos e órgãos;
 o amilóide comprime as células próximas, atrofiando-as;
 o amilóide apresenta as proteínas Al (vindas dos plasmócitos) e AA
(sintetizada no fígado);
 pode ser sistêmico ou localizado;
 amiloidose primária: mais comum, sistêmica do tipo AL, apresenta discrasias
do plasmócito, muito relacionada com mieloma múltiplo;
 amiloidose secundária sistêmica reativa: sistêmica do tipo AA, também
chamada secundária, destruição prolongada de células resultantes de
processos inflamatórios;
 amiloidose associada a hemodiálise: deposição de beta2-microglobulina
 amiloidose heredofamiliar: autossômica recessiva como a febre familiar do
Mediterrâneo ou dominante por acúmulo de amilóide em nervos periféricos
e autonômicos;
AMILOIDOSE




amiloidose localizada: depósito em apenas um órgão, tipo AL;
amilóide endócrino: depósito de amilóide em tumores endócrinos
amilóide do envelhecimento: acúmulo de amilóide no coração, pulmões,
pâncreas, baço ou cérebro.

• Morfologia
• corante vermelho-congo: depósitos de amilóide;
• órgãos afetados estão aumentados de volume;
• rim: acúmulo nos glomérulos com espessamento da matriz mesangial e
pode progredir com obliteração da luz do capilar;
• baço: depósito nos folículos esplênicos ou nos seios esplênicos e
arcabouço de tecido conjuntivo na polpa vermelha;
• fígado: depósito no espaço de Disse comprimindo os hepatócitos e
sinusóides;
• coração: paciente idoso (mais de 70 anos), acúmulos subendocárdicos,
focais e no interior do miocárdio;
• outros órgãos
AMILOIDOSE
• Correlação clínica:

• inespecíficas: perda de peso, fraqueza, tonteiras e síncope;
• específicos: relacionados com os depósitos em cada órgão;
• renal: proteinúria, insuficiência renal e uremia;
• cardíaca: insuficiência cardíaca congestiva, arritmias;
• gastrintestinal: má absorção, diarréia e distúrbios de
digestão;
• prognóstico pobre.

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16a doencas da_imunidade

  • 1. MANUAL TEÓRICO DE PATOLOGIA BÁSICA Dra . Lúcia de Noronha
  • 2. VI. DOENÇAS DA IMUNIDADE Dra . Lúcia de Noronha
  • 3. CÉLULAS DA IMUNIDADE • Linfócitos T:  60-70% dos linfócitos periféricos  oriundos do timo  encontrados nos linfonodos e baço  reconhecem um antígeno específico pelo receptor antígeno específico (RCT)  células T CD4+  células T CD8+  Linfócitos B:  10-20% dos linfócitos periféricos  encontrados na medula óssea, linfonodos, baço, amígdalas e órgãos extralinfáticos  medeiam a imunidade humoral  reconhecem antígeno através do complexo antígeno-anticorporeceptor  IgM:componente do receptor do LB ligado ao antígeno
  • 4. CÉLULAS DA IMUNIDADE • Macrófagos:  sistema fagocitário mononucleaR  apresentam o antígeno para célula T  produzem citocinas  lisam células tumorais • Células dendríticas e de Langerhans  dendríticas: tecido linfóide, interstício de órgãos não linfóides  Langerhans: epiderme  eficientes na apresentação do antígeno  fagócitos fracos comparados aos macrófagos
  • 5. CÉLULAS DA IMUNIDADE • Células natural killer (NK)  10-15% dos linfócitos periféricos  sem RCT ou imunoglobulina, chamadas de nãoT e não-B  destroem células tumorais, infectadas por vírus ou até células normais  destroem células-alvo revestidas com IgG  secreção de citocinas como IFN-γ
  • 6. NOÇÕES DE IMUNIDADE HUMORAL • CITOCINAS  Existem quatro categorias  medeiam a imunidade natural  regulam crescimento, ativação e diferenciação do linfócito  ativam células inflamatórias  estimulam a hematopoese  mesmas citocinas são produzidas por diferentes células;  atuam em vários tipos de células ;  podem atuar sobre as células que as produziram (autócrina), sobre as células próximas (parácrina) ou sobre células do organismo (endócrina);  medeiam a sua atividade quando ligam-se a receptores específicos nas suas células-alvo.
  • 7. ANTÍGENOS DE HISTOCOMPATIBILIDADE • Estrutura e função dos antígenos de histocompatibilidade  Ligam-se a fragmentos peptídicos de proteínas estranhas para apresentá-los às células T  Complexo de histocompatibilidade humano(MHC) ou complexo de antígenoleucocitário humano (HLA): conglomerado de antígenos de histocompatibilidade
  • 8. ANTÍGENOS DE HISTOCOMPATIBILIDADE • Genes MHC: três classes  classe I  codificam glicoproteínas da superfície celular e apresentam para células T CD8+: todas células nucleadas e plaquetas  classe II  também codificam glicoproteínas da superfície celular e apresentam para as células T auxiliares CD4+;  classe III  codificam componentes do sistema do complemento
  • 9. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE • Provocadas por antígenos endógenos ou exógenos • Tipo I. anafilático • Tipo II. citotóxico • Tipo III. doenças de imunocomplexos • Tipo IV. tardia
  • 10. REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE • Hipersensibilidade tipo I:  mediada pelos anticorpos IgE;  ocorre minutos após a combinação antígeno-anticorpo ligado aos mastócitos ou basófilos em um indivíduo já sensibilizado ao antígeno;  reação sistêmica: ocorre após administração parenteral ou oral do alérgeno, surge estado de choque com sofrimento respiratório, edema de laringe que pode ser fatal dentro de uma hora;  reação local: 10% da população, ocorre após inalação ou ingestão de alérgenos; apresenta-se como edemas cutâneos, secreção nasal e conjuntival
  • 11. HIPERSENSIBILIDADE TIPO I Sensibilização  produção de IgE  ligação com o mastócito  liberação de mediadores dos mastócitos  efeitos clínicos • • • • • • mediadores primários: respostas teciduais em 5 a 30 minutos aminas biogênicas: histamina e adenosina; mediadores quimiotáticos; enzimas: proteases; proteoglicanos: heparina. mediadores secundários: leucotrienos , prostaglandina D2, fator ativador da plaqueta (FAP), citocinas
  • 12. HIPERSENSIBILIDADE TIPO II  Anticorpos contra antígenos presentes na superfície de célulasalvo;  Três mecanismos  Reações dependentes do complemento: levam à lise das células ou à opsonização; ocorre nas reações transfusionais, eritroblastose fetal, anemia hemolítica auto-imune e reações medicamentosas;  Citotoxidade celular dependente de anticorpos: colaboração dos leucócitos, ocorre células NK, macrófagos, e outros leucócitos fazem a destruição das células-alvo revestidas por IgG, sem que ocorra fagocitose;  Disfunção celular mediada por anticorpos: anticorpos contra receptores da superfície celular desregulam a função da célula sem causar lesão ou inflamação.
  • 13. HIPERSENSIBILIDADE TIPO III • Induzida pelo complexo antígeno-anticorpo, formando imunocomplexos e ativando o sistema de complemento • Antígeno pode ser endógeno ou exógeno; • A doença pode ser generalizada ou localizada:  Sistêmica: doença do soro. Ocorre a (1) formação de complexos antígeno-anticorpo na circulação; (2) deposição de imunocomplexos nos tecidos; (3) reação inflamatória em todo o organismo. Causam vasculite necrotizante aguda, glomerulonefrite, artrite dependendo do local de deposição;  Local ou reação de Arthus: área localizada de necrose tecidual ou vasculite por deposição de imunocomplexos, não é imediata. Após a reação, há uma área de edema com hemorragia grave e também pode haver necrose fibrinóide;
  • 14. HIPERSENSIBILIDADE TIPO IV • Mediadas por células citotoxidade direta T sensibilizadas: tardia e • Tardia:  reação a tuberculina;  mediada por células T auxiliares CD4+ que secretam citocinas;  acúmulo de células mononucleares na tecido subcutâneo, edema e hiperemia;  inflamação granulomatosa: agregado de células epitelióides circundado por linfócitos; • Citotoxidade mediada por células T:  mediadas por células citotóxicas CD8+ que destroem células infectadas por antígeno;
  • 15. REJEIÇÃO DE TRANSPLANTE • Rejeição do transplante:  hospedeiro reconhece o tecido enxertado como estranho;  participação da imunidade celular e anticorpos circulantes;  reações mediadas pela célula T: linfócitos do receptor encontram-se com antígenos HLA do doador;  reações mediadas por anticorpos: podem fazer citotoxidade dependente do complemento, citólise celular dependente de anticorpos, e acúmulo de imunocomplexos e atacam preferencialmente a vasculatura do órgão enxertado
  • 16. REJEIÇÃO DE TRANSPLANTE • Morfologia: pode ser rejeição renal aguda, hiperaguda ou crônica • Hiperaguda: quando existem anticorpos antidoador préformados na circulação do receptor, o rim fica cianosado, flácido e com gotas sanguinolentas na urina, ocorre reação antígeno-anticorpo no endotélio vascular; • Aguda: alguns meses após o transplante , há rejeição humoral apresentando vasculite (íntima espessada e inflamada) e rejeição celular caracterizada por infiltrado mononuclear intersticial; • Crônica: aumento da creatinina em 4 a 6 meses, alterações vasculares culminando em isquemia renal, infiltrados celulares mononucleares no interstício;
  • 17. DOENÇAS AUTO-IMUNES • 3 PRÉ-REQUISITOS:    presença de uma reação auto-imune, evidência clínica ou experimental que não é secundária, ausência de outra causa bem identificada da doença. Podem acometer somente um órgão como a Tireoidite de Hashimoto ou sistemicamente como o Lúpus Eritematoso Sistêmico.
  • 18. DOENÇAS AUTO-IMUNES • Tolerância imunológica:  quando o indivíduo é incapaz de ter uma resposta imune a um antígeno específico;  autotolerância é a falta de responsividade dos antígenos de um indivíduo;  Mecanismos de estado tolerante: • deleção clonal: perda de linfócitos B e T auto-reagentes durante maturação; • anergia clonal: inativação funcional prolongada ou irreversível dos linfócitos induzida pelo encontro com antígenos; • supressão periférica pelas células T
  • 19. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO  Início agudo ou insidioso, apresentando estado febril, caracterizada por lesão da pele, das articulações, do rim e das membranas serosas;  Relação mulher:homem 9:1  20-64 anos • Etiologia e patogenia:  ocorre uma falência dos mecanismos reguladores que mantém a autotolerância;  presença de anticorpos contra componentes nucleares e citoplasmáticos da célula, especialmente anticorpos contra o DNA de dupla hélice (dsDNA) e o antígeno Smith (Sm);  presença de auto-anticorpos como os antifosfolipídicos;  Existem teorias a respeito do aparecimento do LES: fatores genéticos, fatores não-genéticos (drogas, luz ultravioleta, hormônios sexuais) e fatores imunológicos
  • 21. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO • Morfologia:  lesões que resultam de acúmulo de imunocomplexos, vistas nos vasos sangüíneos, rins, tecido conjuntivo e pele  baço: fibrose perivascular em “casca de cebola”  rim: acometido 60-70% dos casos, pode haver: • • • • glomerulonefrite lúpica mesangial (25%) glomerulonefrite proliferativa focal (20%) glomerulonefrite proliferativa difusa (35-40%) glomerulonefrite membranosa (15%)  pele: hiperemia facial em asa de borboleta, espessamento da membrana basal;  articulações: sinovite não-erosiva  sistema nervoso central: sintomas neurológicos focais;
  • 22. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO  pericardite e comprometimento de outras cavidades serosas: exsudato fibrinoso, serosas espessadas , opacas;  endocardite de Libman-Sacks ou endocardite verrucosa abacteriana;  pulmões: derrame pleural, pleurite • Evolução clínica:  mulher jovem, lesão facial em asa de borboleta, febre, dor pleurítica , dor torácica, fotossensibilidade;  pode haver achados clínicos de comprometimento renal;  psicoses;  pode ter evolução benigna ou morte por insuficiência ou infecções intercorrentes;
  • 23. SÍNDROME DE SJÖGREN  Ressecamento dos olhos e boca pela destruição imunológica das glândulas lacrimais e salivares;  Pode ser primária ou associada a outra doença • Etiologia e patogenia  infiltração linfocítica e fibrose das glândulas;  anticorpos mais importantes: SS-A (Ro) e o SS-B (La); • Morfologia  infiltrado linfocítico periductal e perivascular; • Manifestações clínicas     mulheres: 40-60 anos; ceratoconjuntivite e xerostomia; adenomegalia; risco aumentado de desenvolver linfoma
  • 24. ESCLEROSE SISTÊMICA   fibrose excessiva em todo organismo; pode ser difusa ou localizada que só acomete pele; • Etiologia e patogenia • deposição excessiva de colágeno; • hipótese imunológica: fibrose por ativação anormal do sistema imunológico; • hipótese vascular: lesão microvascular • Morfologia • pele: atrofia esclerótica difusa da pele iniciando nas regiões distais das extremidades superiores até atingir face; • tubo digestivo: colagenização excessiva da lâmina própria e da submucosa; • sistema musculoesquelético: sinovite com hipertrofia e hiperplasia dos tecidos moles e posteriormente fibrose;
  • 25. ESCLEROSE SISTÊMICA • rins: espessamento da íntima por deposição de colágeno; • pulmões: fibrose intersticial e alveolar difusa; • coração: pericardite e fibrose miocárdica • Evolução clínica • mulheres: 50-60 anos • alterações cutâneas • síndrome de CREST: elevada incidência de calcinose, fenômeno de Raynaud, dismotilidade esofagiana, esclerodactilia e telangiectasias; • dor abdominal, obstrução intestinal, síndrome da má absorção, dificuldades respiratórias, arritmias, insuficiência cardíaca, proteinúria e até hipertensão maligna;
  • 26. MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS • Dermatomiosite: • erupção cutânea: edema periorbitário com coloração lilás nas pálpebras superiores; • lesões de Grotton: placas avermelhadas nos dedos, cotovelos e joelhos; • fraqueza muscular iniciando com os músculos proximais; • Polimiosite: • adultos • fraqueza muscular também iniciando com os músculos proximais; • Miosite com corpúsculo de inclusão • comprometimento dos músculos distais; • mais de 50 anos • Etiologia e patogenia • anticorpo: anti-Jo-1 • dermatomiosite: lesão dos capilares • polimiosite e miosite: lesão celular:
  • 27. MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS • Morfologia • dermatomiosite: infiltrados inflamatórios em torno dos vasos sangüíneos e no tecido conjuntivo perimisial; • polimiosite: células inflamatória do endomísio; • miosite com corpúsculo de inclusão: presença de vacúolos no interior dos miócitos. • Diagnóstico: • • • • sintomas clínicos; eletromiografia níveis séricos de enzimas relacionadas com o músculo biópsia
  • 28. SÍNDROMES DE DEFIC. IMUNOLÓGICA 1 Imunodeficiências primárias  determinadas geneticamente;  muitas manifestam-se entre seis meses e dois anos. • Agamaglobulinemia de Bruton Ligada ao X • ausência virtual de imunoglobulinas sérias; • restrita ao sexo masculino; • inicia no oitavo a nono mês de vida com infecções de repetição; • as doenças auto-imunes são mais freqüentes nesses pacientes; • número normal de células pré-B na medula óssea • Imunodeficiência variável comum (IVC) • hipogamaglobulinemia; • congênito ou adquirido;
  • 29. IMUNODEFICIÊNCIAS 1 árias • número normal de células B, mas esta não consegue se diferenciar em plasmócitos; • homens e mulheres; • inicia na infância ou adolescência com infecções bacterianas de repetição • Deficiência isolada de IgA • níveis muito baixos de IgA sérica e secretória; • infecções nos tratos respiratório, gastrintestinal e urogenital; • defeito na diferenciação de células B contendo IgA • Síndrome de DiGeorge (Hipoplasia Tímica) • deficiência seletiva de células T por ausência de desenvolvimento de terceira e quarta bolsas faríngeas; • ausência de resposta imunológica celular, tetania, anomalias congênitas do coração e dos grandes vasos;
  • 30. IMUNODEFICIÊNCIAS 1 árias • Doenças com imunodeficiência combinada grave (DICG) • autossômica recessiva e recessiva ligada ao X; • defeitos combinados de célula B e célula T; • tecidos linfóides hipoplásicos; • bebês vulneráveis a infecções recorrentes graves; • óbito até 1 ano de vida quando não há transplante de medula óssea; • Imunodeficiência da trombocitopenia e eczema (Síndrome de Wiskott-Aldrich) • recessiva ligada ao X; • trombocitopenia, eczema, infecções recorrentes e morte precoce; • perda variável de imunidade celular; • vulneráveis a linfomas malignos. • Deficiências genéticas do sistema de complemento • maior suscetibilidade a infecções bacterianas piogênicas;
  • 31. SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA  imunossupressão intensa associada com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas; • Epidemiologia • homossexuais ou bissexuais masculinos; • usuários de drogas intravenosas; • hemofílicos; • receptores de sangue e derivados; • contatos heterossexuais; • vias de transmissão: contato sexual, inoculação parenteral e mãefilho. • Etiologia • causada pelo HIV (retrovírus humano)
  • 32. SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA • Patogenia • alvos: sistema imunológico e SNC; • imunopatogenia da doença do HIV • perda de células TCD4+, receptor com grande afinidade ao HIV; • no início, há grave infecção das células T CD4+ nos tecidos linfóides; ligação da glicoproteína gp120 às moléculas T CD4+  fusão do vírus com a membrana celular e interiorização  transcrição reversa, formando DNA pró-viral que penetra no núcleo da célula;  transcrição  morte celular.
  • 33. SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA • defeitos qualitativos nas células T; • infecção de monócitos e macrófagos principalmente teciduais, sendo utilizados como reservatório e proteção para o HIV; • células dendríticas foliculares também são reservatório para o HIV; • células B são ativadas mas não conseguem apresentar uma resposta de anticorpo ao antígeno novo, tornando os pacientes presas de infecções disseminadas;
  • 34. SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA • História natural da infecção pelo HIV • progride em 7 a 10 anos para AIDS; • fase aguda inicial: alto grau de produção do vírus, com sintomas clínicos inespecíficos; • fase média crônica: relativa contenção do vírus com latência clínica, mas linfadenopatia generalizada persistente; • fase final ou de crise: aumenta a replicação viral, queda de células T CD4+ (menos de 200/µl) doença clínica com infecções oportunistas, neoplasias secundárias e doença neurológica;
  • 35. SD. DE IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA • Aspectos clínicos • homossexual, masculino jovem, usuário de droga intravenosa, febre, perda de peso, linfadenopatia generalizada, diarréia, infecções oportunistas, doença neurológica (90%); • pneumonia por P. carinii: 70-80% • candidíase da cavidade oral e esôfago: sinal de descompensação; • sarcoma de Kaposi. • Morfologia: • aspectos patológicos característicos das infecções oportunistas; • adenomegalias: hiperplasia folicular; • após ruptura das células dendríticas foliculares: linfonodos atróficos
  • 36. AMILOIDOSE  deposição de amilóide (substância proteinácea patológica) entre as células de vários tecidos e órgãos;  o amilóide comprime as células próximas, atrofiando-as;  o amilóide apresenta as proteínas Al (vindas dos plasmócitos) e AA (sintetizada no fígado);  pode ser sistêmico ou localizado;  amiloidose primária: mais comum, sistêmica do tipo AL, apresenta discrasias do plasmócito, muito relacionada com mieloma múltiplo;  amiloidose secundária sistêmica reativa: sistêmica do tipo AA, também chamada secundária, destruição prolongada de células resultantes de processos inflamatórios;  amiloidose associada a hemodiálise: deposição de beta2-microglobulina  amiloidose heredofamiliar: autossômica recessiva como a febre familiar do Mediterrâneo ou dominante por acúmulo de amilóide em nervos periféricos e autonômicos;
  • 37. AMILOIDOSE    amiloidose localizada: depósito em apenas um órgão, tipo AL; amilóide endócrino: depósito de amilóide em tumores endócrinos amilóide do envelhecimento: acúmulo de amilóide no coração, pulmões, pâncreas, baço ou cérebro. • Morfologia • corante vermelho-congo: depósitos de amilóide; • órgãos afetados estão aumentados de volume; • rim: acúmulo nos glomérulos com espessamento da matriz mesangial e pode progredir com obliteração da luz do capilar; • baço: depósito nos folículos esplênicos ou nos seios esplênicos e arcabouço de tecido conjuntivo na polpa vermelha; • fígado: depósito no espaço de Disse comprimindo os hepatócitos e sinusóides; • coração: paciente idoso (mais de 70 anos), acúmulos subendocárdicos, focais e no interior do miocárdio; • outros órgãos
  • 38. AMILOIDOSE • Correlação clínica: • inespecíficas: perda de peso, fraqueza, tonteiras e síncope; • específicos: relacionados com os depósitos em cada órgão; • renal: proteinúria, insuficiência renal e uremia; • cardíaca: insuficiência cardíaca congestiva, arritmias; • gastrintestinal: má absorção, diarréia e distúrbios de digestão; • prognóstico pobre.