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Distribuição da Matéria O Transporte nas Plantas
Biologia e Geologia Ano I
CO2 + H2O -------------> C6H12O6 + H2O + O2
luz
clorofila
EQUAÇÃO GERAL DA FOTOSSÍNTESE:
O CO2 utilizado durante
fotossíntese entra na
planta através dos
ESTOMAS (estruturas
localizadas nas folhas
das plantas e em
alguns caules, através
das quais se efectuam
as trocas gasosas). Os
estomas também
controlam a quantidade
de H2O que se evapora
pelas folhas sob a
forma de vapor, num
processo denominado
de TRANSPIRAÇÃO.
Onde se localizam os estomas nas plantas ?
Estrutura de um estoma:
Ostíolo
H2O
CO2
Estomas na face inferior das folhas de uma plantaO2 e H2O
CO2
Epiderme
Células guarda
Células da epiderme
A H2O e os sais Minerais utilizados na síntese de matéria
orgânica, entram na planta por absorção, através da raiz, e necessitam
ser transportados até às folhas, para garantir a síntese de compostos
orgânicos que aí ocorre. Posteriormente, esses compostos orgânicos
terão de ser distribuídos a todas as células da planta, de forma a serem
utilizados.
Aparecimento de estruturas especializadas no transporte de substâncias.
• Nas espécies de plantas mais
evoluídas (plantas vasculares), a
distribuição de substâncias ocorre
devido à existência de sistemas de
transporte localizados nos diferentes
órgãos das plantas (folhas, caules,
raízes, etc.).
• Algumas plantas muito simples não
possuem estruturas especializadas
no transporte de substâncias.
PLANTAS VASCULARESPLANTAS AVASCULARES
Mas, como chega a
matéria às células ?
Plantas avasculares – Briófitas.
Plantas vasculares – Pteridófitas (fetos), Gimnospérmicas, Angiospérmicas.
ATRAVÉS DE UM SISTEMA DE VASOS CONDUTORES
XILEMA
(tecido traqueano ou lenho)
O xilema e o floema são tecidos complexos,
formados por diferentes tipos de células
especializadas em funções específicas.
cerca de 99% da água
absorvida pelas raízes é
perdida sob a forma de vapor
através das folhas. Porém, esta
água, é substituída por outra,
transportada, juntamente com
sais minerais, através de um
sistema contínuo de vasos
especializados no transporte
de água e de sais minerais, que
se estende desde as raíz,
passa pelos caules e chega até
ás folhas, e que se denomina
de Xilema.
tecidos condutores
especializados no transporte
de água e substâncias
orgânicas (por exemplo:
sacarose) resultantes da
fotossíntese, e que se
deslocam, essencialmente, das
folhas para os outros órgãos
das plantas.
O movimento de água e de solutos no interior da planta
através destes tecidos condutores (xilema e floema)
denomina-se de TRANSLOCAÇÃO.
Como se efectua o transporte nas plantas vasculares ?
FLOEMA
(tecido crivoso ou líber)
Seiva Bruta Seiva Elaborada
O que é transportado no xilema e floema ?
• No Xilema é transportada
seiva bruta ou seiva
xilémica: Água + sais
minerais.
• No Floema é
transportada seiva
elaborada ou seiva
floémica: água +
compostos orgânicos.
Translocação: corresponde
movimento da água e solutos
no interior da planta através dos
tecidos condutores.
ACTIVIDADE PÁG. 105 DO MANUAL
O Xilema e o Floema são tecidos complexos, formados por
diferentes tipos de células especializadas em funções
específicas.
• As Células dos Tubos Crivosos
• As Células de Companhia
• As Fibras, de comprimento variável, têm
função de suporte.
• O Parênquima, que, tal como no xilema, é
formado por células vivas, pouco
diferenciadas. Desempenha funções de
reserva.
•Os Elementos Condutores – células
mortas por onde circulam a água e os sais
minerais (seiva bruta)
• Tracoídes ou traqueídeos
• Elementos de Vasos
•Fibras Lenhosas – são constituídas por
células mortas cujas paredes estão
espessadas por lenhina, e desempenham
funções de suporte.
• Parênquima Lenhoso – Tecido formado
por células vivas, pouco diferenciadas,
que desempenham funções,
essencialmente, de reserva.
O Floema, também é constituído por 4
tipos de células:
Na maioria das plantas o xilema é
constituído por 4 tipos de células:
Tracoídes – células cilíndricas alongadas e de
extremidades afiladas, que contactam entre si
formando tubos que permitem a passagem de água e
sais minerais.
Elementos de Vaso – são células vasculares de
diâmetro superior aos tracoídes. Resultam de células
mortas, que perderam as paredes celulares
transversais e cujas paredes laterais apresentam
espessamentos de lenhina (substância que lhe confere
rigidez).
Estrutura do Xilema
Elementos condutores do xilema:
Tracoídes
Elementosdevaso
Tracoídes
Tracoídes
poros
As Células dos Tubos
Crivosos – são células muito
especializadas, ligadas entre si pelos
topos e cujas paredes de contacto
possuem uma série de orifícios, que
se assemelham a um crivo – Placa
crivosa (possuem microporos). As
células dos tubos crivosos são
células vivas, embora tenham
perdido a maior parte dos
organelos.
As Células de Companhia –
situam-se junto das células dos tubos
crivosos, com as quais mantêm
numerosas ligações citoplasmáticas,
ajudando-as assim no seu
funcionamento. São células vivas,
possuindo núcleo e os restantes
organelos.
Estrutura do Floema:
Placa
crivosa
Como estão dispostos os tecidos condutores (xilema e
floema) nas Angiospérmicas ?
Monocotiledóneas Dicotiledóneas
- Possuem sementes com 1 só cotilédone
- Raiz fasciculada
- Folhas paralelinérvias
- Exemplo: milho,…
- Possuem sementes com 2 ou mais cotilédones
- Raiz aprumada
- Folhas palminérvias
- Exemplo: feijoeiro, ervilheira,…
Actividade pág. 113
CONCLUSÃO:
O xilema e o floema não são tecidos isolados,
ocorrendo associados nos vários órgãos da planta,
formando feixes condutores, que ocupam posições
relativas diferentes nos vários órgãos da planta, como por
exemplo, nas nervuras das folhas, nos caules e nas
raízes, formando feixes com arranjos distintos.
O Transporte no Xilema
A = Xilema, B = Floema.
Como é que a H2O
e os sais minerais se
movem desde o solo
até aos vasos
xilémicos existentes
na raiz? E como é que
a seiva bruta é depois
distribuída pela
planta?
A maior parte da água e iões/solutos necessários para
as actividades da planta são absorvidos pelo sistema
radicular. A eficiência da absorção da água a nível da raíz
deve-se à existência de pêlos radiculares que aumentam a
superfície de absorção.
Quais os mecanismos implicados na absorção de água e de
solutos (Ca2+, K+, Na+, etc.), através da raíz?
Normalmente, o meio intracelular das células
das raízes é hipertónico relativamente ao
exterior, pelo que a água se move desde o
solo até aos vasos xilémicos existentes no
interior da raíz por OSMOSE.
Os iões minerais presentes no solo, quando em
concentrações elevadas, entram nas células da
raíz por difusão simples (transporte passivo).
No entanto, é usual verificar-se uma elevada
concentração destes iões no meio intracelular.
Neste cado, os iões só entram para as células
da raíz por transporte activo, com consequente
gasto de energia.
O transporte activo destes iões através das
células da periferia da raiz até ao xilema cria um
gradiente osmótico, que faz com que a água
tenda a passar por osmose até ao xilema. A
água e os iões, uma vez chegados ao xilema,
constituem a seiva bruta ou seiva xilémica.
Uma vez no xilema, as substâncias dissolvidas
na água são transportadas de forma passiva.
Hipótese da
Pressão Radicular
Hipótese da
Tensão-Coesão-Adesão
Ascensão da Seiva Xilémica
Que mecanismos estarão envolvidos no movimento
ascendente de água e de solutos no xilema?
O fluxo de seiva xilémica para a parte superior da planta é
bastante rápido e pode alcançar uma altura de mais de 100 metros.
Em algumas situações a ascensão de água no xilema pode ser
explicada por uma pressão que se desenvolve ao nível das raízes (pressão
radicular) , graças à ocorrência de forças osmóticas.
Hipótese da Pressão Radicular
Aumento da concentração de solutos nas células da raíz
(células da raiz hipertónicas relativamente ao solo).
Entrada de água por osmose do solo para a raíz.
Acumulação de água nos tecidos conduz ao
desenvolvimento de uma pressão radicular.
A pressão radicular força a água a subir no xilema.
Quando a pressão radicular é muito elevada faz com que a
água ascenda até às folhas.
contínua acumulação de iões
nas células da raíz
Evidencias da Pressão Radicular
Quando a pressão radicular é
muito elevada, a água é
forçada a subir até às folhas,
onde é libertada sob a forma
líquida, num fenómeno
designado por gutação.
Gutação no morangueiro
O efeito da pressão radicular
pode ser observado quando se
efectuam podas tardias em
certas plantas, verificando-se a
saída de água pela zona dos
cortes, num processo
conhecido por exsudação. A
resina e o latex, utilizados na
industria, são exsudações.
Choro da videira (exsudação)
Gutação numa planta
Problemas da Hipótese da Pressão Radicular
• Os valores da pressão radicular medida em várias
plantas não são suficientemente grandes para
elevar a água até ao ponto mais alto de certas
árvores, como as coníferas.
• A maioria das plantas não apresenta gutação nem
exsudação.
• Existem determinadas coníferas que possuem
uma pressão radicular nula.
Assim, a pressão radicular, não deve ser o
principal factor explicativo da ascensão da seiva
xilémica nas plantas…
Sequóia
Transpiração foliar
Absorção radicular
Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão
Experiências efectuadas mostraram que as
plantas absorvem grandes quantidades de água ao
nível da raíz, mas também perdem muita água através
da transpiração. Estes dois fenómenos parecem
estar intimamente relacionados criando uma
dinâmica que explica a ascensão de água nos vasos
xilémicos. Esta constatação levou à formulação da
Hipótese da Tensão-adesão-Coesão.
Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão
- Devido à polaridade que apresentam, as
moléculas de água unem-se umas às outras por
pontes de hidrogénio, devido a forças de
COESÃO, o que vai facilitar sua ascensão em
coluna no xilema (2);
- As moléculas de água também estabelecem
ligações com as paredes dos vasos xilémicos, por
acção de forças de ADESÃO que vão facilitar,
também, a ascensão da água em coluna (2);
- Ao nível das folhas, a perda de água por
transpiração (1), cria um défice de água, o que
origina uma pressão negativa - TENSÃO na parte
superior da planta que se transmite até ao xilema,
o que determina a absorção de água na raiz (3);
- Estas forças de tensão-coesão-adesão fazem
com que se estabeleça uma coluna contínua de
água no xilema, desde as raízes até às folhas. O
movimento das moléculas de água que se
perdem por transpiração o nível das folhas,
faz mover toda a coluna de água no sentido
ascendente.
Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão
explicada passo a passo
Células do mesófilo
Xilema
Estoma
Supõe-se que a tensão produzida pela transpiração é suficiente
para provocar a ascensão da água até uma altura de 150m, em
tubos com o diâmetro dos vasos xilémicos. Assim, o mecanismo
de Tensão-Adesão-Coesão, é hoje em dia, considerado o
processo dominante de translocação xilémica na maioria das
plantas.
O Transporte no Xilema
A = Xilema, B = Floema.
Transporte no floema
A ascensão xilémica garante o
transporte de H2O e sais minerais (seiva
bruta) até às folhas, para aí se produzirem
substâncias orgânicas, através da
fotossíntese. Mas, a fotossíntese não ocorre
em todas as células da planta, pelo que as
substâncias orgânicas produzidas nos órgãos
fotossintéticos (seiva elaborada) são
transportadas para as restantes células da
planta (onde são utilizadas e/ou
armazenadas).
A seiva floémica ou seiva
elaborada, difere da seiva bruta, porque
contém compostos orgânicos resultantes
da fotossíntese, o que lhe confere uma
certa viscosidade. A seiva floémica pode
ainda conter algumas substâncias
minerais e hormonas vegetais.
Em relação ao transporte da seiva
elaborada, admite que:
1- Os glícidos produzidos nas folhas durante a fotossíntese são
convertidos em sacarose antes de entrarem para o floema,
para serem transportados aos locais onde são armazenados ou
gastos (flores, frutos, sementes, caules, raízes,…)
2- A passagem da sacarose das células das folhas para as
células de companhia do floema ocorre por transporte activo.
3- Seguidamente, a sacarose passa destas células para os
elementos dos tubos crivosos, através das ligações
citoplasmáticas.
4- O aumento de sacarose nas células dos tubos crivosos
provoca a entrada de água, vinda do xilema, nestas células,
que ficam túrgidas.
5- A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a
deslocar-se através da placa crivosa para a célula seguinte
do tubo e assim sucessivamente, em direcção a um local de
consumo ou reserva.
6- No local de consumo a sacarose é removida, o que faz
baixar a pressão de turgescência, e a água volta ao xilema.
O sentido do fluxo é determinado pelas
concentrações relativas de sacarose que é produzida e
utilizada, o que gera um gradiente de concentração
decrescente, desde o local de produção (folhas) até ao local
de consumo ou armazenamento.
HIPÓTESE DO FLUXO DE MASSA
Resumindo…

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  • 1. Distribuição da Matéria O Transporte nas Plantas Biologia e Geologia Ano I
  • 2. CO2 + H2O -------------> C6H12O6 + H2O + O2 luz clorofila EQUAÇÃO GERAL DA FOTOSSÍNTESE: O CO2 utilizado durante fotossíntese entra na planta através dos ESTOMAS (estruturas localizadas nas folhas das plantas e em alguns caules, através das quais se efectuam as trocas gasosas). Os estomas também controlam a quantidade de H2O que se evapora pelas folhas sob a forma de vapor, num processo denominado de TRANSPIRAÇÃO.
  • 3. Onde se localizam os estomas nas plantas ? Estrutura de um estoma: Ostíolo H2O CO2 Estomas na face inferior das folhas de uma plantaO2 e H2O CO2 Epiderme Células guarda Células da epiderme
  • 4. A H2O e os sais Minerais utilizados na síntese de matéria orgânica, entram na planta por absorção, através da raiz, e necessitam ser transportados até às folhas, para garantir a síntese de compostos orgânicos que aí ocorre. Posteriormente, esses compostos orgânicos terão de ser distribuídos a todas as células da planta, de forma a serem utilizados. Aparecimento de estruturas especializadas no transporte de substâncias. • Nas espécies de plantas mais evoluídas (plantas vasculares), a distribuição de substâncias ocorre devido à existência de sistemas de transporte localizados nos diferentes órgãos das plantas (folhas, caules, raízes, etc.). • Algumas plantas muito simples não possuem estruturas especializadas no transporte de substâncias. PLANTAS VASCULARESPLANTAS AVASCULARES Mas, como chega a matéria às células ?
  • 5. Plantas avasculares – Briófitas. Plantas vasculares – Pteridófitas (fetos), Gimnospérmicas, Angiospérmicas.
  • 6. ATRAVÉS DE UM SISTEMA DE VASOS CONDUTORES XILEMA (tecido traqueano ou lenho) O xilema e o floema são tecidos complexos, formados por diferentes tipos de células especializadas em funções específicas. cerca de 99% da água absorvida pelas raízes é perdida sob a forma de vapor através das folhas. Porém, esta água, é substituída por outra, transportada, juntamente com sais minerais, através de um sistema contínuo de vasos especializados no transporte de água e de sais minerais, que se estende desde as raíz, passa pelos caules e chega até ás folhas, e que se denomina de Xilema. tecidos condutores especializados no transporte de água e substâncias orgânicas (por exemplo: sacarose) resultantes da fotossíntese, e que se deslocam, essencialmente, das folhas para os outros órgãos das plantas. O movimento de água e de solutos no interior da planta através destes tecidos condutores (xilema e floema) denomina-se de TRANSLOCAÇÃO. Como se efectua o transporte nas plantas vasculares ? FLOEMA (tecido crivoso ou líber) Seiva Bruta Seiva Elaborada
  • 7. O que é transportado no xilema e floema ? • No Xilema é transportada seiva bruta ou seiva xilémica: Água + sais minerais. • No Floema é transportada seiva elaborada ou seiva floémica: água + compostos orgânicos. Translocação: corresponde movimento da água e solutos no interior da planta através dos tecidos condutores. ACTIVIDADE PÁG. 105 DO MANUAL
  • 8. O Xilema e o Floema são tecidos complexos, formados por diferentes tipos de células especializadas em funções específicas. • As Células dos Tubos Crivosos • As Células de Companhia • As Fibras, de comprimento variável, têm função de suporte. • O Parênquima, que, tal como no xilema, é formado por células vivas, pouco diferenciadas. Desempenha funções de reserva. •Os Elementos Condutores – células mortas por onde circulam a água e os sais minerais (seiva bruta) • Tracoídes ou traqueídeos • Elementos de Vasos •Fibras Lenhosas – são constituídas por células mortas cujas paredes estão espessadas por lenhina, e desempenham funções de suporte. • Parênquima Lenhoso – Tecido formado por células vivas, pouco diferenciadas, que desempenham funções, essencialmente, de reserva. O Floema, também é constituído por 4 tipos de células: Na maioria das plantas o xilema é constituído por 4 tipos de células:
  • 9. Tracoídes – células cilíndricas alongadas e de extremidades afiladas, que contactam entre si formando tubos que permitem a passagem de água e sais minerais. Elementos de Vaso – são células vasculares de diâmetro superior aos tracoídes. Resultam de células mortas, que perderam as paredes celulares transversais e cujas paredes laterais apresentam espessamentos de lenhina (substância que lhe confere rigidez). Estrutura do Xilema Elementos condutores do xilema: Tracoídes Elementosdevaso Tracoídes Tracoídes poros
  • 10. As Células dos Tubos Crivosos – são células muito especializadas, ligadas entre si pelos topos e cujas paredes de contacto possuem uma série de orifícios, que se assemelham a um crivo – Placa crivosa (possuem microporos). As células dos tubos crivosos são células vivas, embora tenham perdido a maior parte dos organelos. As Células de Companhia – situam-se junto das células dos tubos crivosos, com as quais mantêm numerosas ligações citoplasmáticas, ajudando-as assim no seu funcionamento. São células vivas, possuindo núcleo e os restantes organelos. Estrutura do Floema: Placa crivosa
  • 11. Como estão dispostos os tecidos condutores (xilema e floema) nas Angiospérmicas ? Monocotiledóneas Dicotiledóneas - Possuem sementes com 1 só cotilédone - Raiz fasciculada - Folhas paralelinérvias - Exemplo: milho,… - Possuem sementes com 2 ou mais cotilédones - Raiz aprumada - Folhas palminérvias - Exemplo: feijoeiro, ervilheira,… Actividade pág. 113 CONCLUSÃO: O xilema e o floema não são tecidos isolados, ocorrendo associados nos vários órgãos da planta, formando feixes condutores, que ocupam posições relativas diferentes nos vários órgãos da planta, como por exemplo, nas nervuras das folhas, nos caules e nas raízes, formando feixes com arranjos distintos.
  • 12. O Transporte no Xilema A = Xilema, B = Floema. Como é que a H2O e os sais minerais se movem desde o solo até aos vasos xilémicos existentes na raiz? E como é que a seiva bruta é depois distribuída pela planta?
  • 13. A maior parte da água e iões/solutos necessários para as actividades da planta são absorvidos pelo sistema radicular. A eficiência da absorção da água a nível da raíz deve-se à existência de pêlos radiculares que aumentam a superfície de absorção.
  • 14. Quais os mecanismos implicados na absorção de água e de solutos (Ca2+, K+, Na+, etc.), através da raíz? Normalmente, o meio intracelular das células das raízes é hipertónico relativamente ao exterior, pelo que a água se move desde o solo até aos vasos xilémicos existentes no interior da raíz por OSMOSE. Os iões minerais presentes no solo, quando em concentrações elevadas, entram nas células da raíz por difusão simples (transporte passivo). No entanto, é usual verificar-se uma elevada concentração destes iões no meio intracelular. Neste cado, os iões só entram para as células da raíz por transporte activo, com consequente gasto de energia. O transporte activo destes iões através das células da periferia da raiz até ao xilema cria um gradiente osmótico, que faz com que a água tenda a passar por osmose até ao xilema. A água e os iões, uma vez chegados ao xilema, constituem a seiva bruta ou seiva xilémica. Uma vez no xilema, as substâncias dissolvidas na água são transportadas de forma passiva.
  • 15. Hipótese da Pressão Radicular Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão Ascensão da Seiva Xilémica Que mecanismos estarão envolvidos no movimento ascendente de água e de solutos no xilema? O fluxo de seiva xilémica para a parte superior da planta é bastante rápido e pode alcançar uma altura de mais de 100 metros.
  • 16. Em algumas situações a ascensão de água no xilema pode ser explicada por uma pressão que se desenvolve ao nível das raízes (pressão radicular) , graças à ocorrência de forças osmóticas. Hipótese da Pressão Radicular Aumento da concentração de solutos nas células da raíz (células da raiz hipertónicas relativamente ao solo). Entrada de água por osmose do solo para a raíz. Acumulação de água nos tecidos conduz ao desenvolvimento de uma pressão radicular. A pressão radicular força a água a subir no xilema. Quando a pressão radicular é muito elevada faz com que a água ascenda até às folhas. contínua acumulação de iões nas células da raíz
  • 17. Evidencias da Pressão Radicular Quando a pressão radicular é muito elevada, a água é forçada a subir até às folhas, onde é libertada sob a forma líquida, num fenómeno designado por gutação. Gutação no morangueiro O efeito da pressão radicular pode ser observado quando se efectuam podas tardias em certas plantas, verificando-se a saída de água pela zona dos cortes, num processo conhecido por exsudação. A resina e o latex, utilizados na industria, são exsudações. Choro da videira (exsudação) Gutação numa planta
  • 18. Problemas da Hipótese da Pressão Radicular • Os valores da pressão radicular medida em várias plantas não são suficientemente grandes para elevar a água até ao ponto mais alto de certas árvores, como as coníferas. • A maioria das plantas não apresenta gutação nem exsudação. • Existem determinadas coníferas que possuem uma pressão radicular nula. Assim, a pressão radicular, não deve ser o principal factor explicativo da ascensão da seiva xilémica nas plantas… Sequóia
  • 19. Transpiração foliar Absorção radicular Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão Experiências efectuadas mostraram que as plantas absorvem grandes quantidades de água ao nível da raíz, mas também perdem muita água através da transpiração. Estes dois fenómenos parecem estar intimamente relacionados criando uma dinâmica que explica a ascensão de água nos vasos xilémicos. Esta constatação levou à formulação da Hipótese da Tensão-adesão-Coesão.
  • 20. Hipótese da Tensão-Coesão-Adesão - Devido à polaridade que apresentam, as moléculas de água unem-se umas às outras por pontes de hidrogénio, devido a forças de COESÃO, o que vai facilitar sua ascensão em coluna no xilema (2); - As moléculas de água também estabelecem ligações com as paredes dos vasos xilémicos, por acção de forças de ADESÃO que vão facilitar, também, a ascensão da água em coluna (2); - Ao nível das folhas, a perda de água por transpiração (1), cria um défice de água, o que origina uma pressão negativa - TENSÃO na parte superior da planta que se transmite até ao xilema, o que determina a absorção de água na raiz (3); - Estas forças de tensão-coesão-adesão fazem com que se estabeleça uma coluna contínua de água no xilema, desde as raízes até às folhas. O movimento das moléculas de água que se perdem por transpiração o nível das folhas, faz mover toda a coluna de água no sentido ascendente.
  • 23.
  • 24. Supõe-se que a tensão produzida pela transpiração é suficiente para provocar a ascensão da água até uma altura de 150m, em tubos com o diâmetro dos vasos xilémicos. Assim, o mecanismo de Tensão-Adesão-Coesão, é hoje em dia, considerado o processo dominante de translocação xilémica na maioria das plantas.
  • 25. O Transporte no Xilema A = Xilema, B = Floema.
  • 26. Transporte no floema A ascensão xilémica garante o transporte de H2O e sais minerais (seiva bruta) até às folhas, para aí se produzirem substâncias orgânicas, através da fotossíntese. Mas, a fotossíntese não ocorre em todas as células da planta, pelo que as substâncias orgânicas produzidas nos órgãos fotossintéticos (seiva elaborada) são transportadas para as restantes células da planta (onde são utilizadas e/ou armazenadas). A seiva floémica ou seiva elaborada, difere da seiva bruta, porque contém compostos orgânicos resultantes da fotossíntese, o que lhe confere uma certa viscosidade. A seiva floémica pode ainda conter algumas substâncias minerais e hormonas vegetais.
  • 27. Em relação ao transporte da seiva elaborada, admite que: 1- Os glícidos produzidos nas folhas durante a fotossíntese são convertidos em sacarose antes de entrarem para o floema, para serem transportados aos locais onde são armazenados ou gastos (flores, frutos, sementes, caules, raízes,…) 2- A passagem da sacarose das células das folhas para as células de companhia do floema ocorre por transporte activo. 3- Seguidamente, a sacarose passa destas células para os elementos dos tubos crivosos, através das ligações citoplasmáticas. 4- O aumento de sacarose nas células dos tubos crivosos provoca a entrada de água, vinda do xilema, nestas células, que ficam túrgidas. 5- A pressão de turgescência obriga a solução de sacarose a deslocar-se através da placa crivosa para a célula seguinte do tubo e assim sucessivamente, em direcção a um local de consumo ou reserva. 6- No local de consumo a sacarose é removida, o que faz baixar a pressão de turgescência, e a água volta ao xilema. O sentido do fluxo é determinado pelas concentrações relativas de sacarose que é produzida e utilizada, o que gera um gradiente de concentração decrescente, desde o local de produção (folhas) até ao local de consumo ou armazenamento. HIPÓTESE DO FLUXO DE MASSA