SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 8
Baixar para ler offline
Aumentar as mobilizações será decisivo
para barrar a reforma da previdência
e garantir o direito a aposentadoria
A
Proposta de Emenda
Constitucional (PEC)
que estabelece a
reforma da previdência
ameaça o direito de
aposentadoria de milhões de
trabalhadores. Apesar de o
governo Temer (PMDB) e o
Congresso terem adiado a
votação para fevereiro de
2018, não podemos baixar a
guarda agora. É preciso reagir
e aumentar a mobilização em
todo o país, para barrar
definitivamente a reforma –
páginas 4 e 5.
Sindicalize-se:preenchasuafichadefiliaçãoefortaleçaumsindicatoquelutapelosseusdireitos.Liguepara(21)34788210.
Niko
Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde,
Trabalho e Previdência
no Estado do RJ
Jornal do Sindsprev-RJ | 18 de dezembro de 2017
MP do 'confisco salarial' tramita no Congresso
Caos na saúde estadual
aumentou ainda mais
no governo Pezão
• página 8.
Sindsprev/RJ consegue
progressão de nível na
Vigilância em Saúde
• página 7.
Falta de pessoal
aumenta risco de
terceirização no INSS
• página 2.
Luta contra ponto
eletrônico continua
na saúde federal
• página 3.
Entre os alvos de recentes
protestos nacionais ocorridos dia
5/12 está a MP 805/2017, que
tramita na Comissão Mista do
Congresso Nacional.
As organizações sindicais do
funcionalismo público defendem
a derrubada da MP, que aumenta
a alíquota de contribuição
previdenciária dos servidores, de
11% para 14%, sobre o que
exceder o teto do Regime Geral
da Previdência Social. A MP
também adia para 2019 uma série
de parcelas de reajustes de
categorias do serviço público
vinculadas ao Executivo, previstos
em lei e, em sua maioria,
conquistados na greve de 2015.
O mais provável é que a
apresentação do parecer sobre a
MP e a possível votação
aconteçam em 2018, mas a
mobilização tem que continuar, a
exemplo da luta contra a reforma
previdenciária. A MP 805 caduca
em abril, caso não seja
apreciada antes.
Dirigentes e servidores da base do Sindsprev/RJ no ato unificado contra a reforma da previdência, que ocupou o Centro do Rio
no dia 5 de dezembro. Mobilizações têm que continuar para forçar o Congresso a arquivar definitivamente a reforma.
JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 20172
Informativo do Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde, Trabalho
e Previdência no Estado do RJ
Edição sob responsabilidade da diretoria colegiada do Sindsprev/RJ | (www.sindsprevrj.org.br)
Redação: André Pelliccione, Olyntho Contente e Helcio Duarte Filho. Edição: Secretaria de Imprensa do Sindsprev/RJ
Diagramação: Juarez Quirino | Impressão: Monitor Mercantil | Tiragem: 30 mil exemplares
Rua Joaquim Silva, 98 A - Lapa
Tels. (21) 34788221
Fax: 34788233
Geap: ação do Sindsprev/RJ
contra abusivo aumento de
23,44% prossegue na Justiça
No dia 9 de novembro deste ano, o então presidente do
INSS, Leonardo Gadelha, enviou Ofício ao Ministério do Plane-
jamento, Orçamento e Gestão, ao qual anexou Nota Técnica
produzida pela Diretoria de Gestão de Pessoas do Instituto com
considerações acerca da necessidade de recomposição ime-
diata do quadro de pessoal na autarquia.
Após apresentar dados sobre a redução de efetivos do
INSS, ocorrida por fatores como aposentadorias, evasões e
mortes de servidores, entre outros, a Nota Técnica solicita
ampliação do número de vagas do concurso de 2015, cuja va-
lidade expira em 5 de agosto de 2018, e que sejam realizados
novos concursos públicos, num total de 16.548 vagas. Os car-
gos contemplados seriam de Técnico do Seguro Social (áreas
fim e meio); Analista do Seguro Social com formação em Servi-
ço Social; Analista do Seguro Social (diversas formações); e
Perito Médico Previdenciário.
Caminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirização
no Institutono Institutono Institutono Institutono Instituto
Embora tardia, a iniciativa do então presidente do INSS
foi importante para demonstrar o quanto a autarquia vem sen-
do progressivamente esvaziada nos últimos anos, como par-
te de um conjunto de ataques à previdência pública dos tra-
balhadores brasileiros. É preciso lembrar que uma das pri-
meiras medidas do governo Temer (PMDB) foi acabar com o
Ministério da Previdência Social e passar o INSS para a ges-
tão do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, que
nada tem a ver com Previdência.
Segundo estimativas da Fenasps, de sindicatos filiados e
do próprio governo, o déficit de pessoal no INSS é atualmente
superior a 15 mil servidores em nível nacional.Ao mesmo tem-
po, outros 13 mil servidores do Instituto já estão em abono-
permanência, aguardando a incorporação da GDASS até 2019
para se aposentarem.
Não foi à toa que, em março deste ano, o Congresso Na-
cional, com apoio do governo Temer, aprovou o Projeto de Lei
4302, de 1998, que permite a terceirização de todas as ativi-
dades, incluindo as atividades-fim. É isso o que o governo
quer implantar no INSS.
Em junho deste ano, o Sindsprev/
RJ, por meio de seu Departamento
Jurídico, ingressou com ação civil
pública (processo nº
0130241.64.2017.8.19.0001), junto à
6ª Vara Empresarial do Rio, contra o
abusivo aumento de 23,44% no
custeio da Geap Saúde, em vigor
desde 1º de fevereiro de 2017. Na
ação o Sindsprev/RJ pede concessão
de liminar (antecipação de tutela)
para sustar os efeitos do reajuste e
que a Geap seja condenada a
devolver aos segurados, com juros e
correção monetária, as diferenças
cobradas a mais por conta do
reajuste de 23,44%. Até o momento,
porém, ainda não houve decisão por
parte do Judiciário.
Reajuste é abusivoReajuste é abusivoReajuste é abusivoReajuste é abusivoReajuste é abusivo
e brutale brutale brutale brutale brutal
O reajuste de 23,44% é exorbitante e
muito além da capacidade de
pagamento dos cerca de 600 mil
segurados da Geap e seus
dependentes. É preciso lembrar que
o INPC, índice que mede a inflação
oficial do país, fechou o ano de
2016 no percentual de 6,57%. Ou
seja: o aumento aplicado pela Geap
foi quase quatro vezes superior à
inflação acumulada naquele ano.
Considerando que, no início de
2016, já havia sido aplicado um
reajuste de 37,55% no custeio da
Geap, o reajuste cumulativo de 2016
e 2017 chegou, em alguns casos, a
aumentos de quase 170%.
Esses fatos mostram que há uma
política deliberada, por parte da
Geap, de expulsar do plano milhares
de segurados, especialmente os mais
idosos, considerados 'não lucrativos'
pela seguradora.
Falta de pessoal é parte
do desmonte do INSS
Fórum deFórum deFórum deFórum deFórum de
Qualidade deQualidade deQualidade deQualidade deQualidade de
Vida se reúneVida se reúneVida se reúneVida se reúneVida se reúne
com Geapcom Geapcom Geapcom Geapcom Geap
O Fórum de Qualidade de Vida e
Saúde/GT/Aposentados continua se
reunindo todas as quartas-feiras, no
Sindsprev/RJ, para formular
propostas alternativas dos
trabalhadores para a Geap.
No dia 5/12, representantes do
Fórum participaram de audiência
com a gerência da Geap no Rio de
Janeiro (av. Pres. Vargas, 2555 - 10º
andar - Praça XI). Além de
questionamentos aos abusivos
reajustes aplicados no custeio da
Geap, o Fórum questionou a
própria forma de organização da
seguradora, que não possui rede
própria e atua na mesma lógica dos
planos privados de saúde.
"Precisamos avançar nessa
discussão. Os abusivos reajustes são
apenas a ponta de um processo de
degradação muito mais profundo
que hoje ocorre na Geap, uma
seguradora que não se preocupa em
ter rede própria e atua na mesma
lógica dos planos privados de
saúde, uma lógica perversa e
desumana. É isso que precisamos
mudar", explicou Crispim
Vanderley, do Fórum de Qualidade
de Vida/GT/Aposentados.
Niko
Por André Pelliccione
Por André Pelliccione
Agência do INSS: sobrecarga e falta de pessoal
JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 2017 3
E
m reunião da Mesa Nacional da
Saúde Federal com Sindsprev/
RJ, Fenasps e outras entidades,
dia 30/11, em Brasília, questionado
pelos sindicalistas, o coordenador-ge-
ral de Gestão de Pessoas do Ministério
da Saúde, Pablo Gomes, frisou mais
uma vez que nenhum servidor sofrerá
desconto salarial enquanto todos os
problemas de funcionamento do pon-
to biométrico não forem resolvidos.
Disse que não autorizou qualquer des-
conto, a não ser em casos de falta não
justificada.
O encontro tratou exclusivamente
dos problemas no funcionamento do
Sistema de Registro Eletrônico de Fre-
quência (Siref) nos hospitais federais
do Rio de Janeiro. Respondendo aos
dirigentes sindicais, Gomes disse que
não autorizou pressões de gestores ou
chefes contra servidores, com ameaças
de desconto em função do ponto.
Acrescentou, no entanto, que o ponto
biométrico é uma exigência do Minis-
tério do Planejamento, e que o Minis-
tério da Saúde seguirá resolvendo as
chamadas inconsistências. Para atingir
esse objetivo foram formados dois Gru-
pos de Trabalho (GTs).
Os dirigentes das entidades reivin-
dicaram monitorar esses GTs, junta-
mente com representantes das unida-
des, eleitos em assembleia. Seriam três
da base, mais um de entidade sindical
por unidade. Gomes propôs uma pró-
xima reunião, no Rio de Janeiro, antes
do Carnaval, com todos os participan-
tes da Mesa e os gestores dos hospitais
do Rio de Janeiro para discutir o as-
sunto. Um dos pontos mais importan-
tes seria a organização da Mesa Esta-
dual do Ministério da Saúde, respon-
sável por resolver os problemas locais.
E uma Mesa específica do Inca.
Ministério diz que ‘não haverá desconto’,
mas luta contra ponto eletrônico continua
Condições de atendimentoCondições de atendimentoCondições de atendimentoCondições de atendimentoCondições de atendimento
OdiretordoSindsprev/RJLuizHen-
rique Santos, que participou da Mesa
Nacional, questiona a maneira como o
ponto eletrônico foi implantado. "Os
equipamentos não funcionam, não emi-
tem recibo comprobatório da presença,
os servidores têm que ficar horas procu-
rando uma máquina boa e, mesmo as-
sim, quando encontram, o equipamento
nãoregistraapresença,entreoutrospro-
blemas",afirmou.Todaestasituaçãotem
prejudicado os servidores, produzindo
um estresse a mais, danos à saúde e ao
desempenho do seu trabalho. "O gover-
no deveria se preocupar em garantir me-
lhores condições de atendimento, atra-
vés da realização de concurso público,
investimentos em equipamentos e com-
pra de medicamentos e outros insumos
que estão em falta", afirmou.
A servidora do Hospital Geral de
Bonsucesso TatianaAlves fez um rela-
to dos problemas relativos ao ponto
biométrico na unidade, desde a dificul-
dade de ingresso ou de encontrar um
aparelho funcionando, o que exige o
deslocamento entre sete ou oito prédi-
os para conseguir encontrar um equi-
pamento que faça a leitura correta do
registro, além da falta de um servidor
que ajude a resolver esses problemas.
Ela aproveitou para fazer um relato
sobre as precárias condições de traba-
lho, o sucateamento e a falta de mate-
rial. Registrou também os problemas
gerados pelo ponto em relação aos
APHs. O ministério apresentou um re-
latório dando conta das iniciativas no
sentido de minimizar os problemas.
Siref não tem soluçãoSiref não tem soluçãoSiref não tem soluçãoSiref não tem soluçãoSiref não tem solução
Entre muitos outros problemas,
as máquinas não funcionam (ou fun-
cionam, mas não registram a presen-
ça do servidor) ou então registram na
matrícula de outro; a rede fica fora
do ar; a máquina informa que a pre-
sença foi registrada, mas a operação
não aparece no Siref; a máquina não
fornece comprovante e a maioria das
máquinas estão quebradas. E mesmo
as que funcionam não recebem a de-
vida manutenção.
A situação do Siref está gerando
uma pressão emocional gigantesca so-
bre quase todos os servidores da saúde
federal, o que foi classificado pelo di-
retor do Sindsprev/RJ Sidney Castro
como 'assédio moral coletivo'. Em par-
ticular no Hospital Federal de Bonsu-
cesso, muitos estão ficando doentes
sem saber se vão ser descontados ou
deixar de receber o salário ou o APH.
Em assembleia com a presença de
representantes do Departamento de
Gestão Hospitalar (DGH/RJ), em se-
tembro, Sidney deu um recado em
nome dos servidores: "Já dissemos a
vocês (do DGH) e ao ministro da saú-
de por inúmeras vezes: o ponto biomé-
trico não funciona nem vai funcionar.
Vocês têm que parar de tentar nos pro-
var o contrário e dizer ao ministro que
pare de insistir em querer consertar um
sistema que não funciona. Já fizemos
várias assembleias em que esse proble-
ma foi discutido, há anos. Vamos fazer
várias outras para dizer o mesmo. E
essa realidade mostra que o ministério
da saúde não está preocupado em fa-
zer funcionar, até porque ele sabe que
não vai funcionar", afirmou, sendo
aplaudido pelos presentes
Niko
Por Olyntho Contente
Ponto biométrico na Saúde Federal
Servidores em ato no Into, dia 5/12, contra o sucateamento de hospitais, o ponto eletrônico e a reforma da previdência
JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 20174
N
a TV, a propaganda ofi-
cial do governo diz que
a crise fiscal é grave e
que, se a reforma não for apro-
vada, a Previdência vai quebrar
e o grande responsável por isso
são os servidores, privilegiados
que "trabalham pouco, ganham
muito e se aposentam cedo". No
Congresso Nacional, o presiden-
te Temer trabalha para aprovar
não só a Proposta de Emenda
Constitucional da Previdência
(PEC 287/2016), como a Medi-
da Provisória de sua autoria que
livra empresas gigantes da ex-
ploração de petróleo, nacionais
e estrangeiras, de pagar impos-
tos bilionários referentes a im-
portações - há avaliações que
falam em algo próximo a R$ 1
trilhão ao longo de 25 anos.
Esse montante de recursos
que seriam desviados dos cofres públi-
cos para beneficiar multinacionais gi-
gantes do mercado petrolífero represen-
ta mais da metade do que o governo
fala em economizar com a reforma da
previdência. O governo contesta os
números da isenção fiscal, já aprova-
da na Câmara, mas, independentemen-
te da precisão dos dados, é irrefutável
a constatação de que as cifras são bi-
lionárias e derrubam a ideia de que a
preocupação do governo com as con-
tas públicas é real.
Juros da dívidaJuros da dívidaJuros da dívidaJuros da dívidaJuros da dívida
Para a economista Denise Gentil,
professora da UFRJ e autora de estu-
dos que mostram que o déficit na Pre-
vidência não existe, essa política de
renúncia fiscal já se revelou um fiasco
para o país e contribui para aumentar
os lucros das grandes empresas, redu-
zir as receitas tributárias e desviar mais
recursos para o pagamento de juros das
REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Temer diz que aposentado ‘pode quebrar o país’,
mas isenta petroleiras em bilhões de impostos
SERVIDORES CONTESTAM PROPAGANDA OFICIAL DO GOVERNO NA TV, QUE SEGUE TENTANDO APROVAR REFORMAS;
SINDICATOS DE SERVIDORES CONVOCAM RESISTÊNCIA NESTA FASE DECISIVA PARA PEC 287
Por Hélcio Duarte Filho
dívidas públicas a especuladores do
mercado financeiro. "O governo ado-
tou uma política fiscal de renúncia de
contribuições sociais na expectativa de
que o aumento da margem de lucro das
empresas - elas deixam de pagar tribu-
tos e, portanto, uma parte dos tributos
vira margem de lucro - seriam conver-
tidos em investimentos. Mas isso não
aconteceu, [esse lucro adicional] foi
para a esfera financeira, onde há um
lucro líquido, rentável e seguro, que são
os títulos públicos", disse em recente
debate na UFF.
PPPPPropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosa
A propaganda oficial do governo
vem sendo contestada nas redes sociais
e na Justiça por entidades sindicais de
todo o país, o que inclui o Fonasefe
(Fórum das Entidades Sindicais Naci-
onais dos Servidores Públicos Fede-
rais), que reúne mais de duas dezenas
de federações, sindicatos nacionais e
posto estudo do Banco Mundial
tentamostrarqueoBrasiléopaís
de servidores marajás.
Essa combinação de refor-
mas fecharia o cerco em curso a
direitos da classe trabalhadora.
Enquanto duas delas foram apro-
vadas - a trabalhista e a que as-
fixia os orçamentos do setor pú-
blico por 20 anos -, o governo
ainda tenta votar a previdenciá-
ria e pavimentar o ambiente para
reduzir salários.
VVVVVotação adiadaotação adiadaotação adiadaotação adiadaotação adiada
A pedra no caminho do Pla-
nalto e da elite empresarial foi
que, como não havia, até a pri-
meira semana de dezembro, os
308 votos necessários para apro-
var a PEC 287 na Câmara, o
governo Temer teve que anun-
ciar o adiamento da votação para
fevereiro de 2018.
"O governo tenta fazer uma onda
positiva, mas por baixo dessa espuma
está longe de ter os votos de que preci-
sa, porém ainda não jogou a toalha",
disse, à reportagem, o analista parla-
mentar Thiago Queiroz, que presta as-
sessoria a entidades sindicais.
Apesar da falta de votos na Câma-
ra, o governo segue com o objetivo de
votar a reforma. Para isso, tem ao seu
lado os meios de comunicação comer-
ciais, os grandes empresários - boa par-
te envolvidos em denúncias de corrup-
ção -, o Banco Mundial e, mesmo que
de forma velada, a cúpula do Poder
Judiciário.
Essa constatação faz com que as
entidades sindicais dos trabalhadores
não possam baixar a guarda: as mo-
bilizações nacionais contra a refor-
ma serão ainda mais decisivas para o
futuro dos trabalhadores e da Previ-
dência no Brasil.
centrais sindicais. As peças miram o
servidor e veiculam mensagens que
passam a ideia de que os servidores
têm direito à aposentadoria integral
e se aposentam com qualquer idade -
o que é falso.
Liminar suspendendo a propagan-
da chegou a ser concedida pela 14ªVara
Federal do Distrito Federal, mas aca-
bou cassada pelo Tribunal Regional
Federal da 1ª Região poucos dias de-
pois. A rapidez com que isso se suce-
deu sinaliza a dimensão das articula-
ções em curso para aprovar a PEC 287.
AAAAAtaque aos saláriostaque aos saláriostaque aos saláriostaque aos saláriostaque aos salários
Na esteira da investida contra a pre-
vidência, já se costuram as bases para
outra 'reforma', que teria como alvo der-
rubar o patamar médio salarial do país.
Isso ficou explícito no "Jornal Nacio-
nal",daTVGlobo,nanoitede5/12,data
deprotestosnacionaiscontraaPEC287,
que pôs no ar 'reportagem' na qual su-
Niko
Passeata de servidores e categorias do setor privado contra a reforma da previdência, dia 5/12, no
Centro do Rio. Mobilizações serão ainda mais decisivas, mesmo com o adiamento da votação
A
s mudanças na
Proposta de Emenda
Constitucional (PEC)
que altera a Previdência
Social no Brasil mantêm
um 'ataque brutal' ao direito
à aposentadoria dos
trabalhadores, dos setores
público e privado. É o que
afirmam sindicatos dos
mais variados setores, que
seguem em campanha pela
não aprovação da PEC
287/2016.
Na avaliação das direções
sindicais, apesar de o
governo ter adiado a
votação para fevereiro de
2018, é necessário ampliar
a mobilização para barrar a
reforma. Essa resposta não
aconteceu no dia 5 de
dezembro, data para qual
tinha sido convocada uma
greve nacional por oito
centrais sindicais. A três
dias da data, seis das oito
centrais divulgaram nota
suspendendo o protesto,
sob a alegação de que a
PEC não seria mais votada
no dia 6/12.
Assinaram a nota as
centrais CUT, Força
Sindical, CTB, UGT, Nova
Central e CSB. Apenas a
CSP-Conlutas e a
Intersindical não assinaram
a nota de suspensão da
greve. A CTB, pouco
depois, divulgou outra
nota na qual disse
considerar um erro a
suspensão da greve.
A medida recebeu muitas
críticas das entidades
sindicais de base. Mesmo
assim, o dia 5/12 foi
marcado por dezenas de
atos em todo o país e no
Rio, com mobilizações no
Hospital Universitário
Antonio Pedro, em Niterói,
no Hospital Federal de
Bonsucesso, e com o ato
conjunto da Candelária à
Cinelândia, à noite. Essas
lutas não podem parar.
CASO APROVADA, REFORMA ADIA OU INVIABILIZA DIREITO À APOSENTADORIA DA MAIORIA DOS
TRABALHADORES; MOBILIZAÇÃO CONTRA PEC 287 TEM QUE CONTINUAR
Mudanças na PEC 287 mantêm brutal
ataque à aposentadoria, afirmam sindicatos
MP da reforma
trabalhista
aumenta
perdas para
trabalhadores
Quem ingressou no
serviço público após
fevereiro de 2013
Requisitos:
• 65 anos para homens e 62
anos para mulheres;
• 25 anos de contribuição
• 10 anos de serviço público
Toda vez que a expectativa de
sobrevida do brasileiro au-
mentar, aumentará também a
idade mínima para aposenta-
doria.
Valor da aposentadoria
O teto é o do Regime Geral
de Previdência Social (hoje,
R$ 5.531,31).
Como seria calculado
o benefício
Quem tem 25 anos de contri-
buição, recebe 70% da média
aritmética simples
das remunerações
(hoje, essa média é
calculada com base
nos 80% maiores
salários desde julho
de 1994).
Para receber 100%
da média, serão ne-
cessários 40 anos
de contribuição.
Veja, na tabela ao
lado, o percentual
da média de remu-
nerações a ser re-
cebido de acordo
comotempodecon-
tribuição:
Como fica a aposentadoria do servidor
se a PEC 287 for aprovada
Aposentadoria por invalidez
Segue o mesmo cálculo, inclusi-
ve nos casos de doenças graves
e incuráveis, que hoje dão direito
à integralidade.
Acúmulo de
benefícios
Não pode ultrapassar
dois salários mínimos
(hoje, R$ 1.874,00).
Se isso ocorrer, o be-
neficiário deverá optar
por um dos benefícios.
Pensão por morte
Só será integral
(100% da média) se
houver cinco de-
pendentes. Cônjuge sem filhos
recebe 60%.
Só será vitalícia se o cônjuge ti-
ver mais de 44 anos.
Quem ingressou no
serviço público antes
de fevereiro de 2013
Requisitos:
• 65 anos para homens e 62
anos para mulheres.Aidade mí-
nima atual (60/55 anos) aumen-
tagradualmenteapartirde2020,
conforme a tabela abaixo:
• 25 anos de contribuição (mí-
nimo para receber 70% da mé-
dia) e pedágio de 30% sobre o
que faltar para o tempo mínimo
de contribuição
Valor da aposentadoria
Será a média aritmética das
remunerações, sem a limita-
ção ao teto.
Quem ingressou depois de
janeiro de 2004 só recebe
100% da média se tiver 40
anos de contribuição.
Quem ingressou antes de ja-
neiro de 2004 só tem direito
à paridade e à integralidade
se tiver 62 anos (mulher) ou
65 anos (homem), mesmo se
cumprir os demais requisitos.
*Dados extraídos do novo texto
da PEC 287 e de estudos de
assessorias jurídicas sindicais.
Niko
O Departamento
Intersindical de
Assessoria
Parlamentar (Diap)
divulgou estudo sobre
a Medida Provisória
808/2017, que altera a
reforma trabalhista
decorrente da Lei
13.467/2017.
Entre os prejuízos
mantidos são citados:
1) flexibilização de
direitos trabalhistas,
resguardados apenas
os escritos na
Constituição Federal;
2) ampliação das
possibilidades de
terceirização e
pejotização;
3) criação de novas
formas de contratação,
especialmente o
autônomo exclusivo e o
intermitente;
4) restrições de acesso
à Justiça do Trabalho;
5) retirada de poderes,
atribuições e
prerrogativas das
entidades sindicais;
6) universalização da
negociação coletiva
sem o limite ou a
proteção da lei;
e 7) autorização de
negociação direta entre
patrões e empregados
para redução ou
supressão de direitos".
O Diap observa ainda
que em alguns
aspectos a MP piora a
reforma. É o caso da
aplicação da lei para
todos os contratos de
trabalho, inclusive os
anteriores à vigência
das mudanças - o que
não está previsto na
reforma (HDF).
Por Hélcio Duarte Filho
JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 20176
De 27 a 30/11, no auditório do Sin ds-
prev/RJ, foi realizada a II Reu- nião Na-
cional Ordinária da Confederação Naci-
onal dos Agentes Comunitários de Saú-
de (Conacs), com participação de espe-
cialistasemsaúdepública,dirigentessin-
dicais eACS eACEs de todo o país.
Os dois principais debates do even-
to foram realizados dia 29/11, com os
temas: 'O novo perfil dosACS eACEs'
e 'Papel dos ACS e ACEs na Política
de Atenção Básica do SUS'.
Sobre o novo perfil dos profissio-
nais, a discussão tomou por base as im-
plicações do Projeto de Lei (PL) 6437,
que define as atribuições privativas de
agentes comunitários de saúde (ACS)
e agentes de combate a endemias
(ACEs). Aprovado em setembro pelo
plenário do Senado Federal, o PL re-
tornou à Câmara dos Deputados por-
que recebeu emendas da relatora, se-
nadora Marta Suplicy (PMDB-SP).
Na Câmara, o PL aguarda votação em
plenário. Se for aprovado, irá a san-
ção presidencial.
Conacs: reunião nacional organiza luta
pelo PL 6437 e contra nova PNAB
Críticas à nova PNABCríticas à nova PNABCríticas à nova PNABCríticas à nova PNABCríticas à nova PNAB
No segundo ponto ('Papel dos
ACS e ACEs na Política de Atenção
Básica do SUS'), o centro da discus-
são foi a proposta do governo Temer
(PMDB) para a nova Política deAten-
ção Básica (PNAB), considerada le-
siva ao SUS, a agentes comunitários
de saúde e a famílias atendidas.
Entre outros problemas, a nova
PNAB flexibiliza a implementação das
equipes de atenção básica, que agora
podem ser criadas fora da Estratégia da
Saúde da Família, abrindo mão da
prioridade do financiamento induti-
vo. A PNAB também retira a obriga-
toriedade de um número mínimo de
ACS nas Equipes de Saúde da Famí-
lia, fragilizando o profissional e a
cobertura dos territórios.
Alerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentação
Em audiência pública no plenário
da Alerj, realizada dia 1/12, dirigentes
do Sindsprev/RJ, do sindicato dosACS
e da Conacs decidiram aumentar a pres-
são para que os prefeitos do estado do
Rio respeitem a Lei 11.350. Duas reso-
luções nesse sentido foram aprovadas:
fazer um levantamento das mais de 80
prefeituras fluminenses que continuam
desrespeitando a lei, entre elas a da ci-
dade do Rio de Janeiro, e decidir o que
aAlerj poderá fazer a partir daí, no sen-
tido de exigir a efetivação.
Servidores do Ministério da Saúde (MS) e anistia-
dos do governo Collor reuniram-se no último dia 7/12,
no Sindsprev/RJ, em continuidade à luta pela reintegra-
ção dos que ainda não conseguiram retornar ao serviço
público com base na Lei 8878/94. Na reunião foram apre-
sentados informes sobre as principais ações judiciais mo-
vidas em benefício desses trabalhadores.
Em novembro, os anistiados fizeram assembleia para
organizar essa luta (foto). Para esses trabalhadores ain-
da permanece uma situação dramática, em nível nacio-
nal, pois cerca de 15 mil servidores ainda não consegui-
ram retornar a seus postos de trabalho após terem sido
demitidos durante a reforma administrativa implementa-
da pelo então presidente Fernando Collor.
Quanto à luta judicial, além das demandas já exis-
tentes, o Sindsprev/RJ estuda a possibilidade de ingres-
sar com ações pela garantia da contagem de tempo es-
pecial para fins de aposentadoria e pela incorporação
de gratificações como Gacen e GDPST, entre outras.
Por André Pelliccione e Olyntho Contente
Em reunião ocorrida dia 21/11,
o novo titular da Superinten-
dência Regional de Trabalho e
Emprego do Rio de Janeiro
(SRTE-RJ), Adriano Bernardo,
revogou a Portaria 478/2017,
de 19 de setembro de 2017,
que extinguia o turno ininterrup-
to dos servidores na sede e em
todos os postos de atendimen-
to no Estado. Com a decisão, o
atendimento na Superintendên-
cia e em todo o Estado conti-
nua sendo de 12 horas, o que
beneficia milhares de trabalha-
dores que diariamente procu-
ram a SRTE-RJ.
Na época em que foi assinada
a Portaria, durante a gestão an-
terior da SRTE-RJ, o único pos-
to que teve o horário reduzido
de 12h para 8h diárias foi o de
Madureira, que teve seu horá-
rio de 12h restabelecido.
Criação de Associação
dá novo impulso às lutas
dos ACS e ACEs de Nilópolis
SRTE-RJ: novo
titular revoga
Portaria que
extinguia turno
ininterrupto
Anistiados do governo
Collor reorganizam luta
pela reintegração
"A nova PNAB é uma proposta ile-
gítima de um governo ilegítimo. Uma
proposta não referendada pelo Conse-
lho Nacional de Saúde. A nova PNAB
promove a desuniversalização do SUS,
abrindo caminho à privatização e re-
duzindo a cobertura da saúde da famí-
lia", explicou Liu Leal, do Centro Bra-
sileiro de Estudos em Saúde (Cebs).
A luta dos agentes comu-
nitários de saúde (ACS) e
agentes de combate a ende-
mias (ACEs) de Nilópolis ga-
nhou novo impulso em outubro
deste ano, com a criação da
Associação de ACS do muni-
cípio. A criação da Associação
responde a uma necessidade
objetiva de organização dos
ACS e ACEs de Nilópolis, cuja
principal luta no momento é
pela mudança de regime.
Representantes da Asso-
ciação participaram, de 27/11
a 1/12, da II Reunião Nacional
Ordinária da Confederação
Nacional dos Agentes Comu-
nitários de Saúde (Conacs),
que debateu importantes te-
mas para os ACS e ACEs (leia
acima).
Na Reunião Nacional da
Conacs, a Associação dos
ACS de Nilópolis foi represen-
tada por seu presidente, Mar-
cos Aurélio, e pelo vice, Paulo
Assis, que receberam o apoio
da presidente da Conacs, Ilda
Angélica (foto).
Fernando França
Niko
Reunião nacional da Conacs debateu questões relevantes para ACS e ACEs
Paulo Assis,
Ilda Angélica
e Marcos
Aurélio
JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 2017 7
O valor da progressão de nível dos
servidores da Vigilância em Saúde (ex-
Funasa) será creditado no salário de no-
vembro, que sai agora em dezembro.
O avanço foi conquistado em negocia-
ção, dia 30/11, em Brasília, entre o Mi-
nistério da Saúde e dirigentes de enti-
dades sindicais, entre elas o Sindsprev/
RJ e a Federação Nacional (Fenasps).
A progressão é para o último nível
do plano de cargos, que deixou de ser
feita pelo governo, pouco antes de os
trabalhadores passarem para o Regime
Jurídico Único (RJU), no final de 2014.
No encontro, o Ministério da Saúde re-
conheceu, também, o tempo de servi-
ço da categoria a partir de 1994, o que
é importante para efeito de aposenta-
doria pelo Regime Geral da Previdên-
cia Social (RGPS).
Condições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalho
O diretor do Sindsprev/RJ e da Fe-
nasps Pedro de Lima denunciou, no en-
contronacapitalfederal,afaltadeacom-
panhamento e de tratamento dos mata-
mosquitos por parte do Ministério da
Saúde (MS) e das Prefeituras a que es-
tãocedidos,bemcomoascondiçõespre-
cárias de trabalho. O MS aceitou a pro-
postafeitapelasduasentidadessindicais,
deformaçãodeumaComissãodeSaúde
doTrabalhadorquefaráumlevantamen-
to sobre as condições de trabalho e a si-
tuação da saúde dos mata-mosquitos.
"A Comissão vai vistoriar os locais
de trabalho em todo o estado e entre-
gar um dossiê para que o MS tome as
medidas para garantir aos companhei-
ros cedidos condições dignas de traba-
lho", afirmou Pedrinho. Ele disse ain-
da que a Comissão vai reivindicar do
ministério um levantamento detalhado
e o monitoramento das condições de
saúde da categoria para que seja asse-
gurada a realização de exames especí-
ficos e o tratamento de todos.
Segunda colocadaSegunda colocadaSegunda colocadaSegunda colocadaSegunda colocada
em mortesem mortesem mortesem mortesem mortes
"Depois da Polícia Militar, somos
a categoria com maior número de mor-
tes, no nosso caso, por enfermidades
provocadas pelo uso contínuo de subs-
Sindsprev/RJ garante progressão de nível na Vigilância em Saúde
Servidores e pacientes do Hospital da Piedade protestaram dia 29/11 contra
a precarização da unidade, onde a Prefeitura do Rio quer fechar cerca de 40
leitos. Do ato também participaram dirigentes do Sindsprev/RJ, Sindicato dos
Médicos do Rio (Sinmed) e Sindicato dos Enfermeiros.
A manifestação, que aconteceu na entrada do Hospital e teve a participa-
ção de servidores da saúde estadual e saúde federal, exigiu da Prefeitura a
retomada dos investimentos públicos na unidade, onde a maioria das cirurgias
está suspensa, prejudicando a população usuária.
Segundo levantamento feito pelos servidores do Hospital da Piedade, os
exames regulares só estão sendo feitos para os pacientes já internados; o
laboratório e o serviço de raios X estão fechados para o ambulatório; um apa-
relho móvel de raios X está quebrado; e exames de biopsia estão suspensos.
Sobre os vencimentos de
novembro dos servidores
associados ao Sindsprev/RJ
(pagos em dezembro) incidiu -
além do desconto normal de
1,13% sobre o salário bruto
de novembro e da parcela fixa
de R$ 15,00 (cota extra) -
um percentual de 1,13%
sobre a segunda parcela do
décimo-terceiro, como
acontece todos os anos.
Ou seja: o Sindsprev/RJ não
está aumentando o valor do
desconto dos seus associados.
É que, como em dezembro os
servidores também receberam
a segunda parcela do décimo-
terceiro, foi aplicado o desconto
de 1,13% sobre esta parcela.
Mas só em dezembro.
Para os meses seguintes, o
desconto voltará a ser de 1,13%
sobre a remuneração bruta.
Atenção: o Sindsprev/RJ não aumentou
o valor da mensalidade dos associados
tâncias químicas que combatem trans-
missores de doenças, como o mosqui-
to da dengue. Estamos todos doentes.
Alguns gravemente enfermos. Os nú-
meros são alarmantes: só em novem-
bro faleceram mais 76 companheiros",
afirmou o dirigente.
Condições precáriasCondições precáriasCondições precáriasCondições precáriasCondições precárias
Segundo Pedrinho, ainda hoje as
condições de trabalho são precárias e o
uso de produtos químicos altamente tó-
xicos é um risco também para as famíli-
asdessestrabalhadores."Porfaltadepro-
teção adequada, nossas roupas, que são
lavadas em nossa casa, acabam atingin-
do nossas famílias", denunciou ele, fri-
sando que o Sindsprev/RJ vem pressi-
onando por uma solução, organizando
manifestações, como a do dia 29 de no-
vembro, em frente ao Núcleo do Mi-
nistério da Saúde, na Rua México, 128.
No ato, os dirigentes denunciaram o
descaso do MS e a negativa em reali-
zar exames periódicos, garantir equi-
pamentos individuais de segurança
(EPI) e tratamento para a categoria.
DirigentesdoDepartamentodeSaú-
de do Trabalhador do Sindsprev/RJ en-
tregaram ofício ao Coordenador da Ges-
tão do Núcleo do Ministério da Saúde
no Rio, Clécio Xavier, e à Chefe da Ges-
tãoAdministrativadoNúcleo,LídiaFer-
nandes. O documento reivindica a reali-
zação de exames periódicos em agentes
de combate a endemias e administrati-
vos, exame de colinesterase e eletroneu-
romiografia, fornecimento de EPIs, tra-
tamento de todos os mata-mosquitos e
produçãodelaudosestabelecendoacau-
sa da doença e das mortes na categoria.
Mesa da saúde federalMesa da saúde federalMesa da saúde federalMesa da saúde federalMesa da saúde federal
Outra reivindicação do ofício é a
formação de uma mesa permanente de
saúde do trabalhador, que discuta as
questões específicas dos servidores da
Vigilância em Saúde, mas que abranja
todos os servidores da saúde federal.
O mesmo documento foi entregue pela
Federação Nacional (Fenasps) ao Mi-
nistério da Saúde, em Brasília.
Servidores protestam contra
sucateamento do Hospital da Piedade
Mayara Alves
Fernando França
Servidores da Vigilância em Saúde (ex-Funasa) durante ato no Nerj
Servidores e pacientes no ato em defesa do Hospital da Piedade
A
situação caótica e de total
abandono vivida pela rede
estadual de saúde demonstra
como é uma falácia o argumento
usado por presidentes, governadores
e prefeitos de que o que é público não
funciona e tem que ser privatizado.
Os hospitais foram repassados para as
mãos de organizações sociais (OS) ou
fundações e o serviço piorou: faltam
equipamentos, medicamentos,
pessoal e os salários encontram-se
atrasados.
É o que se pode ver no Hospital
Azevedo Lima, em Niterói, nas mãos
de uma OS. Além disso, o serviço
piora devido à grande rotatividade de
mão de obra, já que os trabalhadores
não passaram por concurso que
comprovasse a sua qualificação.
Muitos outros se retiram em função
do sistemático atraso no pagamento,
deixando sobrecarregados os
servidores que também trabalham na
unidade.
Caos no ArCaos no ArCaos no ArCaos no ArCaos no Ary Py Py Py Py Parreirasarreirasarreirasarreirasarreiras
O mesmo acontece no Ary
Parreiras, que se encontra sob a
gestão de uma fundação. Até o setor
de tratamento de pacientes
soropositivos foi desativado. O
banheiro da ala masculina está em
péssimas condições. O telhado das
enfermarias é de telha de amianto, o
que ajuda a criar um ambiente onde o
calor é insuportável. Todas as
ambulâncias estão quebradas. A OS
comprou camas modernas, elétricas,
que não cabem na enfermaria.
Dinheiro jogado fora. Para piorar, a
rede de energia elétrica é velha e não
permite que as camas sejam ligadas
ao mesmo tempo.
AumentaAumentaAumentaAumentaAumenta
número de óbitosnúmero de óbitosnúmero de óbitosnúmero de óbitosnúmero de óbitos
No Instituto Estadual de
Cardiologia (Iecac), também
administrado por uma fundação, o
paciente demora seis meses entre a
marcação e a consulta. Faltam
medicamentos e todo tipo de insumo,
prejudicando o atendimento. O atraso
dos salários atinge servidores e
terceirizados. Segundo a diretora do
Sindsprev/RJ Clara Fonseca, o
número de óbitos tem aumentado, em
função do caos.
O mesmo acontece no Instituto
Estadual de Diabetes e
Endocrinologia (Iede), sob comando
Pezão deixa hospitais estaduais
no mais completo caos Por Olyntho Contente
prédio e climatização sejam
resolvidos. O que vem permitindo a
recuperação da unidade.
12% da saúde12% da saúde12% da saúde12% da saúde12% da saúde
não são respeitadosnão são respeitadosnão são respeitadosnão são respeitadosnão são respeitados
No Carlos Chagas, administrado
por uma fundação, o número de
servidores é cada vez menor e faltam
insumos básicos. Os aparelhos de
ultrassom e tomografia também estão
quebrados. O setor terceirizado de
endoscopia e colonoscopia tem
aparelhos que até hoje não
retornaram do conserto.
Já na Perícia Médica, segundo a
diretora do Sindicato Rosimeri Paiva
(Rose), os elevadores foram
consertados após estarem quebrados
há um ano. Todo o terceiro andar,
onde funciona o arquivo, é
completamente insalubre. Não há ar-
condicionado, faz muito calor, as
paredes, o teto e o chão são muito
sujos, além da poeira que vem dos
prontuários velhos. As salas estão
cheias de entulho.
Saúde sem recursosSaúde sem recursosSaúde sem recursosSaúde sem recursosSaúde sem recursos
No Hospital Getúlio Vargas, que
passou para as mãos de uma OS,
foram fechados vários setores como
Oftalmologia, Buco-Maxilo e
Otorrinolaringologia. "O governo, em
vez de investir na melhora do
atendimento, acaba com os serviços
prestados à população. No PAM
Cavalcanti e PAM Coelho, servidores
estão sem se alimentar porque não
têm como cozinhar nem ganham
tíquete-refeição. Curupaiti e Tavares
de Macedo estão sob ameaça de
fechamento”, afirma Rose.
Pezão não respeita o mínimo
constitucional de verba orçamentária
para a saúde. Em 2016, foram
aplicados 6% dos 12% obrigatórios,
ou seja, apenas a metade. Igualmente
não respeita a lei do Sistema Único de
Saúde (SUS), que exige a implantação
de um Plano de Cargos, Carreiras e
Salários (PCCS), como condição para
continuar recebendo verba federal.
Mesmo assim, os recursos continuam
sendo repassados por Brasília.
Fernando França
de uma fundação. "Assim como
outros hospitais, o Iede vive da troca
de equipamentos e outros insumos
que não utiliza com hospitais
federais. Falta pessoal e vários
aparelhos como o de ecocardiograma,
por exemplo. Tem paciente internado
há meses aguardando um
marcapasso. Há mais de um ano não
tem stent", denuncia Clara. A
dirigente disse que o Rio Imagem não
marca ressonância, apesar de ter o
aparelho, porque está atendendo à
rede privada.
O governo do estado vinha
promovendo uma verdadeira asfixia
financeira sobre o Hospital
Eduardo Rabelo, o único em todo o
estado do Rio especializado em
geriatria. A unidade passou a viver
uma situação de total abandono
desde a saída da diretora Patrícia
Janoii, servidora de carreira.
Recentemente a gestora retornou ao
cargo e está aos poucos mudando
esta realidade. O Ministério
Público vem exigindo da Secretaria
de Saúde a solução de várias
pendências, para que problemas
como falta de equipamentos, de
medicamentos, manutenção do
Crise na Saúde Estadual
Servidores
durante
ocupação
da secretaria
de saúde,
para exigir
salários em
dia e fim do
sucateamento
de hospitais

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (17)

Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2019
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2019Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2019
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2019
 
Jornal digital 29 03-18
Jornal digital 29 03-18Jornal digital 29 03-18
Jornal digital 29 03-18
 
Revista gestor público 1ª edição baixa
Revista gestor público 1ª edição baixaRevista gestor público 1ª edição baixa
Revista gestor público 1ª edição baixa
 
Jornal digital 06 12-2018
Jornal digital 06 12-2018Jornal digital 06 12-2018
Jornal digital 06 12-2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2018
 
Bancada oposicao
Bancada oposicao Bancada oposicao
Bancada oposicao
 
Reforma da Previdência, por Narlon Nogueira
Reforma da Previdência, por Narlon NogueiraReforma da Previdência, por Narlon Nogueira
Reforma da Previdência, por Narlon Nogueira
 
Hora do Sul
Hora do SulHora do Sul
Hora do Sul
 
Jornal digital 27 11-17
Jornal digital 27 11-17Jornal digital 27 11-17
Jornal digital 27 11-17
 
Jornal Seccor 49
Jornal Seccor   49Jornal Seccor   49
Jornal Seccor 49
 
Jornal digital 13 04-18
Jornal digital 13 04-18Jornal digital 13 04-18
Jornal digital 13 04-18
 
Jornal digital 29 08-18
Jornal digital 29 08-18Jornal digital 29 08-18
Jornal digital 29 08-18
 
Jornal digital 19 04-18
Jornal digital 19 04-18Jornal digital 19 04-18
Jornal digital 19 04-18
 
Jornal digital 4728 sex-07082015
Jornal digital 4728 sex-07082015Jornal digital 4728 sex-07082015
Jornal digital 4728 sex-07082015
 
Jornal digital 18 05-18
Jornal digital 18 05-18Jornal digital 18 05-18
Jornal digital 18 05-18
 
Pacote Aberto Plano de Sustentabilidade Financeira do RS
Pacote Aberto Plano de Sustentabilidade Financeira do RSPacote Aberto Plano de Sustentabilidade Financeira do RS
Pacote Aberto Plano de Sustentabilidade Financeira do RS
 
Boletim CNTV
Boletim CNTVBoletim CNTV
Boletim CNTV
 

Semelhante a Jornal do Sindsprev/RJ - Dez.2017

Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017sindsprevrj
 
Bol cntv 16 02 17
Bol cntv 16 02 17Bol cntv 16 02 17
Bol cntv 16 02 17Elieljneto
 
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017sindsprevrj
 
Jornal Sindsprev - Janeiro 2017
Jornal Sindsprev - Janeiro 2017Jornal Sindsprev - Janeiro 2017
Jornal Sindsprev - Janeiro 2017Anderson Mesquita
 

Semelhante a Jornal do Sindsprev/RJ - Dez.2017 (20)

Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar./2017
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Março 2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2017
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago.2017
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Julho 2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ | Fevereiro 2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul.2017
 
Jornal dos Comerciários - Nº 184 - Dezembro 2016 / Janeiro 2017
Jornal dos Comerciários - Nº 184 - Dezembro 2016 / Janeiro 2017Jornal dos Comerciários - Nº 184 - Dezembro 2016 / Janeiro 2017
Jornal dos Comerciários - Nº 184 - Dezembro 2016 / Janeiro 2017
 
[Coca cola] Setembro 2013
[Coca cola]  Setembro 2013[Coca cola]  Setembro 2013
[Coca cola] Setembro 2013
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Outubro 2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Out.2017
 
Bol cntv 16 02 17
Bol cntv 16 02 17Bol cntv 16 02 17
Bol cntv 16 02 17
 
Jornal do sintuperj nº 17
Jornal do sintuperj nº 17Jornal do sintuperj nº 17
Jornal do sintuperj nº 17
 
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL INSS - Nov./2015
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017
Jornal do Sindsprev/RJ - Jan.2017
 
Jornal Sindsprev - Janeiro 2017
Jornal Sindsprev - Janeiro 2017Jornal Sindsprev - Janeiro 2017
Jornal Sindsprev - Janeiro 2017
 
Jornal do sintuperj nº 13
Jornal do sintuperj nº 13Jornal do sintuperj nº 13
Jornal do sintuperj nº 13
 
Novidades Legislativas Nº 16 27/03/2012
Novidades Legislativas Nº 16 27/03/2012Novidades Legislativas Nº 16 27/03/2012
Novidades Legislativas Nº 16 27/03/2012
 

Mais de sindsprevrj

Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018sindsprevrj
 
Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016
Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016
Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019sindsprevrj
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008
Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008
Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008sindsprevrj
 

Mais de sindsprevrj (12)

Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Setembro 2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Junho 2018
 
Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016
Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016
Boletim do Sindsprev/RJ - Novembro 2016
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Dez./2014
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Ago./2014
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2014
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Jul./2015
 
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - ESPECIAL Aposentados - Jun./2015
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015
Jornal do Sindsprev/RJ - Fev./2015
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
Jornal do Sindsprev/RJ - Jun.2018
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019
Jornal do Sindsprev/RJ - Mar.2019
 
Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008
Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008
Jornal do Sindsprev/RJ - Set.2008
 

Jornal do Sindsprev/RJ - Dez.2017

  • 1. Aumentar as mobilizações será decisivo para barrar a reforma da previdência e garantir o direito a aposentadoria A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estabelece a reforma da previdência ameaça o direito de aposentadoria de milhões de trabalhadores. Apesar de o governo Temer (PMDB) e o Congresso terem adiado a votação para fevereiro de 2018, não podemos baixar a guarda agora. É preciso reagir e aumentar a mobilização em todo o país, para barrar definitivamente a reforma – páginas 4 e 5. Sindicalize-se:preenchasuafichadefiliaçãoefortaleçaumsindicatoquelutapelosseusdireitos.Liguepara(21)34788210. Niko Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência no Estado do RJ Jornal do Sindsprev-RJ | 18 de dezembro de 2017 MP do 'confisco salarial' tramita no Congresso Caos na saúde estadual aumentou ainda mais no governo Pezão • página 8. Sindsprev/RJ consegue progressão de nível na Vigilância em Saúde • página 7. Falta de pessoal aumenta risco de terceirização no INSS • página 2. Luta contra ponto eletrônico continua na saúde federal • página 3. Entre os alvos de recentes protestos nacionais ocorridos dia 5/12 está a MP 805/2017, que tramita na Comissão Mista do Congresso Nacional. As organizações sindicais do funcionalismo público defendem a derrubada da MP, que aumenta a alíquota de contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para 14%, sobre o que exceder o teto do Regime Geral da Previdência Social. A MP também adia para 2019 uma série de parcelas de reajustes de categorias do serviço público vinculadas ao Executivo, previstos em lei e, em sua maioria, conquistados na greve de 2015. O mais provável é que a apresentação do parecer sobre a MP e a possível votação aconteçam em 2018, mas a mobilização tem que continuar, a exemplo da luta contra a reforma previdenciária. A MP 805 caduca em abril, caso não seja apreciada antes. Dirigentes e servidores da base do Sindsprev/RJ no ato unificado contra a reforma da previdência, que ocupou o Centro do Rio no dia 5 de dezembro. Mobilizações têm que continuar para forçar o Congresso a arquivar definitivamente a reforma.
  • 2. JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 20172 Informativo do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência no Estado do RJ Edição sob responsabilidade da diretoria colegiada do Sindsprev/RJ | (www.sindsprevrj.org.br) Redação: André Pelliccione, Olyntho Contente e Helcio Duarte Filho. Edição: Secretaria de Imprensa do Sindsprev/RJ Diagramação: Juarez Quirino | Impressão: Monitor Mercantil | Tiragem: 30 mil exemplares Rua Joaquim Silva, 98 A - Lapa Tels. (21) 34788221 Fax: 34788233 Geap: ação do Sindsprev/RJ contra abusivo aumento de 23,44% prossegue na Justiça No dia 9 de novembro deste ano, o então presidente do INSS, Leonardo Gadelha, enviou Ofício ao Ministério do Plane- jamento, Orçamento e Gestão, ao qual anexou Nota Técnica produzida pela Diretoria de Gestão de Pessoas do Instituto com considerações acerca da necessidade de recomposição ime- diata do quadro de pessoal na autarquia. Após apresentar dados sobre a redução de efetivos do INSS, ocorrida por fatores como aposentadorias, evasões e mortes de servidores, entre outros, a Nota Técnica solicita ampliação do número de vagas do concurso de 2015, cuja va- lidade expira em 5 de agosto de 2018, e que sejam realizados novos concursos públicos, num total de 16.548 vagas. Os car- gos contemplados seriam de Técnico do Seguro Social (áreas fim e meio); Analista do Seguro Social com formação em Servi- ço Social; Analista do Seguro Social (diversas formações); e Perito Médico Previdenciário. Caminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirizaçãoCaminho aberto à terceirização no Institutono Institutono Institutono Institutono Instituto Embora tardia, a iniciativa do então presidente do INSS foi importante para demonstrar o quanto a autarquia vem sen- do progressivamente esvaziada nos últimos anos, como par- te de um conjunto de ataques à previdência pública dos tra- balhadores brasileiros. É preciso lembrar que uma das pri- meiras medidas do governo Temer (PMDB) foi acabar com o Ministério da Previdência Social e passar o INSS para a ges- tão do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, que nada tem a ver com Previdência. Segundo estimativas da Fenasps, de sindicatos filiados e do próprio governo, o déficit de pessoal no INSS é atualmente superior a 15 mil servidores em nível nacional.Ao mesmo tem- po, outros 13 mil servidores do Instituto já estão em abono- permanência, aguardando a incorporação da GDASS até 2019 para se aposentarem. Não foi à toa que, em março deste ano, o Congresso Na- cional, com apoio do governo Temer, aprovou o Projeto de Lei 4302, de 1998, que permite a terceirização de todas as ativi- dades, incluindo as atividades-fim. É isso o que o governo quer implantar no INSS. Em junho deste ano, o Sindsprev/ RJ, por meio de seu Departamento Jurídico, ingressou com ação civil pública (processo nº 0130241.64.2017.8.19.0001), junto à 6ª Vara Empresarial do Rio, contra o abusivo aumento de 23,44% no custeio da Geap Saúde, em vigor desde 1º de fevereiro de 2017. Na ação o Sindsprev/RJ pede concessão de liminar (antecipação de tutela) para sustar os efeitos do reajuste e que a Geap seja condenada a devolver aos segurados, com juros e correção monetária, as diferenças cobradas a mais por conta do reajuste de 23,44%. Até o momento, porém, ainda não houve decisão por parte do Judiciário. Reajuste é abusivoReajuste é abusivoReajuste é abusivoReajuste é abusivoReajuste é abusivo e brutale brutale brutale brutale brutal O reajuste de 23,44% é exorbitante e muito além da capacidade de pagamento dos cerca de 600 mil segurados da Geap e seus dependentes. É preciso lembrar que o INPC, índice que mede a inflação oficial do país, fechou o ano de 2016 no percentual de 6,57%. Ou seja: o aumento aplicado pela Geap foi quase quatro vezes superior à inflação acumulada naquele ano. Considerando que, no início de 2016, já havia sido aplicado um reajuste de 37,55% no custeio da Geap, o reajuste cumulativo de 2016 e 2017 chegou, em alguns casos, a aumentos de quase 170%. Esses fatos mostram que há uma política deliberada, por parte da Geap, de expulsar do plano milhares de segurados, especialmente os mais idosos, considerados 'não lucrativos' pela seguradora. Falta de pessoal é parte do desmonte do INSS Fórum deFórum deFórum deFórum deFórum de Qualidade deQualidade deQualidade deQualidade deQualidade de Vida se reúneVida se reúneVida se reúneVida se reúneVida se reúne com Geapcom Geapcom Geapcom Geapcom Geap O Fórum de Qualidade de Vida e Saúde/GT/Aposentados continua se reunindo todas as quartas-feiras, no Sindsprev/RJ, para formular propostas alternativas dos trabalhadores para a Geap. No dia 5/12, representantes do Fórum participaram de audiência com a gerência da Geap no Rio de Janeiro (av. Pres. Vargas, 2555 - 10º andar - Praça XI). Além de questionamentos aos abusivos reajustes aplicados no custeio da Geap, o Fórum questionou a própria forma de organização da seguradora, que não possui rede própria e atua na mesma lógica dos planos privados de saúde. "Precisamos avançar nessa discussão. Os abusivos reajustes são apenas a ponta de um processo de degradação muito mais profundo que hoje ocorre na Geap, uma seguradora que não se preocupa em ter rede própria e atua na mesma lógica dos planos privados de saúde, uma lógica perversa e desumana. É isso que precisamos mudar", explicou Crispim Vanderley, do Fórum de Qualidade de Vida/GT/Aposentados. Niko Por André Pelliccione Por André Pelliccione Agência do INSS: sobrecarga e falta de pessoal
  • 3. JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 2017 3 E m reunião da Mesa Nacional da Saúde Federal com Sindsprev/ RJ, Fenasps e outras entidades, dia 30/11, em Brasília, questionado pelos sindicalistas, o coordenador-ge- ral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, Pablo Gomes, frisou mais uma vez que nenhum servidor sofrerá desconto salarial enquanto todos os problemas de funcionamento do pon- to biométrico não forem resolvidos. Disse que não autorizou qualquer des- conto, a não ser em casos de falta não justificada. O encontro tratou exclusivamente dos problemas no funcionamento do Sistema de Registro Eletrônico de Fre- quência (Siref) nos hospitais federais do Rio de Janeiro. Respondendo aos dirigentes sindicais, Gomes disse que não autorizou pressões de gestores ou chefes contra servidores, com ameaças de desconto em função do ponto. Acrescentou, no entanto, que o ponto biométrico é uma exigência do Minis- tério do Planejamento, e que o Minis- tério da Saúde seguirá resolvendo as chamadas inconsistências. Para atingir esse objetivo foram formados dois Gru- pos de Trabalho (GTs). Os dirigentes das entidades reivin- dicaram monitorar esses GTs, junta- mente com representantes das unida- des, eleitos em assembleia. Seriam três da base, mais um de entidade sindical por unidade. Gomes propôs uma pró- xima reunião, no Rio de Janeiro, antes do Carnaval, com todos os participan- tes da Mesa e os gestores dos hospitais do Rio de Janeiro para discutir o as- sunto. Um dos pontos mais importan- tes seria a organização da Mesa Esta- dual do Ministério da Saúde, respon- sável por resolver os problemas locais. E uma Mesa específica do Inca. Ministério diz que ‘não haverá desconto’, mas luta contra ponto eletrônico continua Condições de atendimentoCondições de atendimentoCondições de atendimentoCondições de atendimentoCondições de atendimento OdiretordoSindsprev/RJLuizHen- rique Santos, que participou da Mesa Nacional, questiona a maneira como o ponto eletrônico foi implantado. "Os equipamentos não funcionam, não emi- tem recibo comprobatório da presença, os servidores têm que ficar horas procu- rando uma máquina boa e, mesmo as- sim, quando encontram, o equipamento nãoregistraapresença,entreoutrospro- blemas",afirmou.Todaestasituaçãotem prejudicado os servidores, produzindo um estresse a mais, danos à saúde e ao desempenho do seu trabalho. "O gover- no deveria se preocupar em garantir me- lhores condições de atendimento, atra- vés da realização de concurso público, investimentos em equipamentos e com- pra de medicamentos e outros insumos que estão em falta", afirmou. A servidora do Hospital Geral de Bonsucesso TatianaAlves fez um rela- to dos problemas relativos ao ponto biométrico na unidade, desde a dificul- dade de ingresso ou de encontrar um aparelho funcionando, o que exige o deslocamento entre sete ou oito prédi- os para conseguir encontrar um equi- pamento que faça a leitura correta do registro, além da falta de um servidor que ajude a resolver esses problemas. Ela aproveitou para fazer um relato sobre as precárias condições de traba- lho, o sucateamento e a falta de mate- rial. Registrou também os problemas gerados pelo ponto em relação aos APHs. O ministério apresentou um re- latório dando conta das iniciativas no sentido de minimizar os problemas. Siref não tem soluçãoSiref não tem soluçãoSiref não tem soluçãoSiref não tem soluçãoSiref não tem solução Entre muitos outros problemas, as máquinas não funcionam (ou fun- cionam, mas não registram a presen- ça do servidor) ou então registram na matrícula de outro; a rede fica fora do ar; a máquina informa que a pre- sença foi registrada, mas a operação não aparece no Siref; a máquina não fornece comprovante e a maioria das máquinas estão quebradas. E mesmo as que funcionam não recebem a de- vida manutenção. A situação do Siref está gerando uma pressão emocional gigantesca so- bre quase todos os servidores da saúde federal, o que foi classificado pelo di- retor do Sindsprev/RJ Sidney Castro como 'assédio moral coletivo'. Em par- ticular no Hospital Federal de Bonsu- cesso, muitos estão ficando doentes sem saber se vão ser descontados ou deixar de receber o salário ou o APH. Em assembleia com a presença de representantes do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH/RJ), em se- tembro, Sidney deu um recado em nome dos servidores: "Já dissemos a vocês (do DGH) e ao ministro da saú- de por inúmeras vezes: o ponto biomé- trico não funciona nem vai funcionar. Vocês têm que parar de tentar nos pro- var o contrário e dizer ao ministro que pare de insistir em querer consertar um sistema que não funciona. Já fizemos várias assembleias em que esse proble- ma foi discutido, há anos. Vamos fazer várias outras para dizer o mesmo. E essa realidade mostra que o ministério da saúde não está preocupado em fa- zer funcionar, até porque ele sabe que não vai funcionar", afirmou, sendo aplaudido pelos presentes Niko Por Olyntho Contente Ponto biométrico na Saúde Federal Servidores em ato no Into, dia 5/12, contra o sucateamento de hospitais, o ponto eletrônico e a reforma da previdência
  • 4. JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 20174 N a TV, a propaganda ofi- cial do governo diz que a crise fiscal é grave e que, se a reforma não for apro- vada, a Previdência vai quebrar e o grande responsável por isso são os servidores, privilegiados que "trabalham pouco, ganham muito e se aposentam cedo". No Congresso Nacional, o presiden- te Temer trabalha para aprovar não só a Proposta de Emenda Constitucional da Previdência (PEC 287/2016), como a Medi- da Provisória de sua autoria que livra empresas gigantes da ex- ploração de petróleo, nacionais e estrangeiras, de pagar impos- tos bilionários referentes a im- portações - há avaliações que falam em algo próximo a R$ 1 trilhão ao longo de 25 anos. Esse montante de recursos que seriam desviados dos cofres públi- cos para beneficiar multinacionais gi- gantes do mercado petrolífero represen- ta mais da metade do que o governo fala em economizar com a reforma da previdência. O governo contesta os números da isenção fiscal, já aprova- da na Câmara, mas, independentemen- te da precisão dos dados, é irrefutável a constatação de que as cifras são bi- lionárias e derrubam a ideia de que a preocupação do governo com as con- tas públicas é real. Juros da dívidaJuros da dívidaJuros da dívidaJuros da dívidaJuros da dívida Para a economista Denise Gentil, professora da UFRJ e autora de estu- dos que mostram que o déficit na Pre- vidência não existe, essa política de renúncia fiscal já se revelou um fiasco para o país e contribui para aumentar os lucros das grandes empresas, redu- zir as receitas tributárias e desviar mais recursos para o pagamento de juros das REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Temer diz que aposentado ‘pode quebrar o país’, mas isenta petroleiras em bilhões de impostos SERVIDORES CONTESTAM PROPAGANDA OFICIAL DO GOVERNO NA TV, QUE SEGUE TENTANDO APROVAR REFORMAS; SINDICATOS DE SERVIDORES CONVOCAM RESISTÊNCIA NESTA FASE DECISIVA PARA PEC 287 Por Hélcio Duarte Filho dívidas públicas a especuladores do mercado financeiro. "O governo ado- tou uma política fiscal de renúncia de contribuições sociais na expectativa de que o aumento da margem de lucro das empresas - elas deixam de pagar tribu- tos e, portanto, uma parte dos tributos vira margem de lucro - seriam conver- tidos em investimentos. Mas isso não aconteceu, [esse lucro adicional] foi para a esfera financeira, onde há um lucro líquido, rentável e seguro, que são os títulos públicos", disse em recente debate na UFF. PPPPPropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosaropaganda enganosa A propaganda oficial do governo vem sendo contestada nas redes sociais e na Justiça por entidades sindicais de todo o país, o que inclui o Fonasefe (Fórum das Entidades Sindicais Naci- onais dos Servidores Públicos Fede- rais), que reúne mais de duas dezenas de federações, sindicatos nacionais e posto estudo do Banco Mundial tentamostrarqueoBrasiléopaís de servidores marajás. Essa combinação de refor- mas fecharia o cerco em curso a direitos da classe trabalhadora. Enquanto duas delas foram apro- vadas - a trabalhista e a que as- fixia os orçamentos do setor pú- blico por 20 anos -, o governo ainda tenta votar a previdenciá- ria e pavimentar o ambiente para reduzir salários. VVVVVotação adiadaotação adiadaotação adiadaotação adiadaotação adiada A pedra no caminho do Pla- nalto e da elite empresarial foi que, como não havia, até a pri- meira semana de dezembro, os 308 votos necessários para apro- var a PEC 287 na Câmara, o governo Temer teve que anun- ciar o adiamento da votação para fevereiro de 2018. "O governo tenta fazer uma onda positiva, mas por baixo dessa espuma está longe de ter os votos de que preci- sa, porém ainda não jogou a toalha", disse, à reportagem, o analista parla- mentar Thiago Queiroz, que presta as- sessoria a entidades sindicais. Apesar da falta de votos na Câma- ra, o governo segue com o objetivo de votar a reforma. Para isso, tem ao seu lado os meios de comunicação comer- ciais, os grandes empresários - boa par- te envolvidos em denúncias de corrup- ção -, o Banco Mundial e, mesmo que de forma velada, a cúpula do Poder Judiciário. Essa constatação faz com que as entidades sindicais dos trabalhadores não possam baixar a guarda: as mo- bilizações nacionais contra a refor- ma serão ainda mais decisivas para o futuro dos trabalhadores e da Previ- dência no Brasil. centrais sindicais. As peças miram o servidor e veiculam mensagens que passam a ideia de que os servidores têm direito à aposentadoria integral e se aposentam com qualquer idade - o que é falso. Liminar suspendendo a propagan- da chegou a ser concedida pela 14ªVara Federal do Distrito Federal, mas aca- bou cassada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região poucos dias de- pois. A rapidez com que isso se suce- deu sinaliza a dimensão das articula- ções em curso para aprovar a PEC 287. AAAAAtaque aos saláriostaque aos saláriostaque aos saláriostaque aos saláriostaque aos salários Na esteira da investida contra a pre- vidência, já se costuram as bases para outra 'reforma', que teria como alvo der- rubar o patamar médio salarial do país. Isso ficou explícito no "Jornal Nacio- nal",daTVGlobo,nanoitede5/12,data deprotestosnacionaiscontraaPEC287, que pôs no ar 'reportagem' na qual su- Niko Passeata de servidores e categorias do setor privado contra a reforma da previdência, dia 5/12, no Centro do Rio. Mobilizações serão ainda mais decisivas, mesmo com o adiamento da votação
  • 5. A s mudanças na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera a Previdência Social no Brasil mantêm um 'ataque brutal' ao direito à aposentadoria dos trabalhadores, dos setores público e privado. É o que afirmam sindicatos dos mais variados setores, que seguem em campanha pela não aprovação da PEC 287/2016. Na avaliação das direções sindicais, apesar de o governo ter adiado a votação para fevereiro de 2018, é necessário ampliar a mobilização para barrar a reforma. Essa resposta não aconteceu no dia 5 de dezembro, data para qual tinha sido convocada uma greve nacional por oito centrais sindicais. A três dias da data, seis das oito centrais divulgaram nota suspendendo o protesto, sob a alegação de que a PEC não seria mais votada no dia 6/12. Assinaram a nota as centrais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central e CSB. Apenas a CSP-Conlutas e a Intersindical não assinaram a nota de suspensão da greve. A CTB, pouco depois, divulgou outra nota na qual disse considerar um erro a suspensão da greve. A medida recebeu muitas críticas das entidades sindicais de base. Mesmo assim, o dia 5/12 foi marcado por dezenas de atos em todo o país e no Rio, com mobilizações no Hospital Universitário Antonio Pedro, em Niterói, no Hospital Federal de Bonsucesso, e com o ato conjunto da Candelária à Cinelândia, à noite. Essas lutas não podem parar. CASO APROVADA, REFORMA ADIA OU INVIABILIZA DIREITO À APOSENTADORIA DA MAIORIA DOS TRABALHADORES; MOBILIZAÇÃO CONTRA PEC 287 TEM QUE CONTINUAR Mudanças na PEC 287 mantêm brutal ataque à aposentadoria, afirmam sindicatos MP da reforma trabalhista aumenta perdas para trabalhadores Quem ingressou no serviço público após fevereiro de 2013 Requisitos: • 65 anos para homens e 62 anos para mulheres; • 25 anos de contribuição • 10 anos de serviço público Toda vez que a expectativa de sobrevida do brasileiro au- mentar, aumentará também a idade mínima para aposenta- doria. Valor da aposentadoria O teto é o do Regime Geral de Previdência Social (hoje, R$ 5.531,31). Como seria calculado o benefício Quem tem 25 anos de contri- buição, recebe 70% da média aritmética simples das remunerações (hoje, essa média é calculada com base nos 80% maiores salários desde julho de 1994). Para receber 100% da média, serão ne- cessários 40 anos de contribuição. Veja, na tabela ao lado, o percentual da média de remu- nerações a ser re- cebido de acordo comotempodecon- tribuição: Como fica a aposentadoria do servidor se a PEC 287 for aprovada Aposentadoria por invalidez Segue o mesmo cálculo, inclusi- ve nos casos de doenças graves e incuráveis, que hoje dão direito à integralidade. Acúmulo de benefícios Não pode ultrapassar dois salários mínimos (hoje, R$ 1.874,00). Se isso ocorrer, o be- neficiário deverá optar por um dos benefícios. Pensão por morte Só será integral (100% da média) se houver cinco de- pendentes. Cônjuge sem filhos recebe 60%. Só será vitalícia se o cônjuge ti- ver mais de 44 anos. Quem ingressou no serviço público antes de fevereiro de 2013 Requisitos: • 65 anos para homens e 62 anos para mulheres.Aidade mí- nima atual (60/55 anos) aumen- tagradualmenteapartirde2020, conforme a tabela abaixo: • 25 anos de contribuição (mí- nimo para receber 70% da mé- dia) e pedágio de 30% sobre o que faltar para o tempo mínimo de contribuição Valor da aposentadoria Será a média aritmética das remunerações, sem a limita- ção ao teto. Quem ingressou depois de janeiro de 2004 só recebe 100% da média se tiver 40 anos de contribuição. Quem ingressou antes de ja- neiro de 2004 só tem direito à paridade e à integralidade se tiver 62 anos (mulher) ou 65 anos (homem), mesmo se cumprir os demais requisitos. *Dados extraídos do novo texto da PEC 287 e de estudos de assessorias jurídicas sindicais. Niko O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) divulgou estudo sobre a Medida Provisória 808/2017, que altera a reforma trabalhista decorrente da Lei 13.467/2017. Entre os prejuízos mantidos são citados: 1) flexibilização de direitos trabalhistas, resguardados apenas os escritos na Constituição Federal; 2) ampliação das possibilidades de terceirização e pejotização; 3) criação de novas formas de contratação, especialmente o autônomo exclusivo e o intermitente; 4) restrições de acesso à Justiça do Trabalho; 5) retirada de poderes, atribuições e prerrogativas das entidades sindicais; 6) universalização da negociação coletiva sem o limite ou a proteção da lei; e 7) autorização de negociação direta entre patrões e empregados para redução ou supressão de direitos". O Diap observa ainda que em alguns aspectos a MP piora a reforma. É o caso da aplicação da lei para todos os contratos de trabalho, inclusive os anteriores à vigência das mudanças - o que não está previsto na reforma (HDF). Por Hélcio Duarte Filho
  • 6. JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 20176 De 27 a 30/11, no auditório do Sin ds- prev/RJ, foi realizada a II Reu- nião Na- cional Ordinária da Confederação Naci- onal dos Agentes Comunitários de Saú- de (Conacs), com participação de espe- cialistasemsaúdepública,dirigentessin- dicais eACS eACEs de todo o país. Os dois principais debates do even- to foram realizados dia 29/11, com os temas: 'O novo perfil dosACS eACEs' e 'Papel dos ACS e ACEs na Política de Atenção Básica do SUS'. Sobre o novo perfil dos profissio- nais, a discussão tomou por base as im- plicações do Projeto de Lei (PL) 6437, que define as atribuições privativas de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias (ACEs). Aprovado em setembro pelo plenário do Senado Federal, o PL re- tornou à Câmara dos Deputados por- que recebeu emendas da relatora, se- nadora Marta Suplicy (PMDB-SP). Na Câmara, o PL aguarda votação em plenário. Se for aprovado, irá a san- ção presidencial. Conacs: reunião nacional organiza luta pelo PL 6437 e contra nova PNAB Críticas à nova PNABCríticas à nova PNABCríticas à nova PNABCríticas à nova PNABCríticas à nova PNAB No segundo ponto ('Papel dos ACS e ACEs na Política de Atenção Básica do SUS'), o centro da discus- são foi a proposta do governo Temer (PMDB) para a nova Política deAten- ção Básica (PNAB), considerada le- siva ao SUS, a agentes comunitários de saúde e a famílias atendidas. Entre outros problemas, a nova PNAB flexibiliza a implementação das equipes de atenção básica, que agora podem ser criadas fora da Estratégia da Saúde da Família, abrindo mão da prioridade do financiamento induti- vo. A PNAB também retira a obriga- toriedade de um número mínimo de ACS nas Equipes de Saúde da Famí- lia, fragilizando o profissional e a cobertura dos territórios. Alerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentaçãoAlerj debateu regulamentação Em audiência pública no plenário da Alerj, realizada dia 1/12, dirigentes do Sindsprev/RJ, do sindicato dosACS e da Conacs decidiram aumentar a pres- são para que os prefeitos do estado do Rio respeitem a Lei 11.350. Duas reso- luções nesse sentido foram aprovadas: fazer um levantamento das mais de 80 prefeituras fluminenses que continuam desrespeitando a lei, entre elas a da ci- dade do Rio de Janeiro, e decidir o que aAlerj poderá fazer a partir daí, no sen- tido de exigir a efetivação. Servidores do Ministério da Saúde (MS) e anistia- dos do governo Collor reuniram-se no último dia 7/12, no Sindsprev/RJ, em continuidade à luta pela reintegra- ção dos que ainda não conseguiram retornar ao serviço público com base na Lei 8878/94. Na reunião foram apre- sentados informes sobre as principais ações judiciais mo- vidas em benefício desses trabalhadores. Em novembro, os anistiados fizeram assembleia para organizar essa luta (foto). Para esses trabalhadores ain- da permanece uma situação dramática, em nível nacio- nal, pois cerca de 15 mil servidores ainda não consegui- ram retornar a seus postos de trabalho após terem sido demitidos durante a reforma administrativa implementa- da pelo então presidente Fernando Collor. Quanto à luta judicial, além das demandas já exis- tentes, o Sindsprev/RJ estuda a possibilidade de ingres- sar com ações pela garantia da contagem de tempo es- pecial para fins de aposentadoria e pela incorporação de gratificações como Gacen e GDPST, entre outras. Por André Pelliccione e Olyntho Contente Em reunião ocorrida dia 21/11, o novo titular da Superinten- dência Regional de Trabalho e Emprego do Rio de Janeiro (SRTE-RJ), Adriano Bernardo, revogou a Portaria 478/2017, de 19 de setembro de 2017, que extinguia o turno ininterrup- to dos servidores na sede e em todos os postos de atendimen- to no Estado. Com a decisão, o atendimento na Superintendên- cia e em todo o Estado conti- nua sendo de 12 horas, o que beneficia milhares de trabalha- dores que diariamente procu- ram a SRTE-RJ. Na época em que foi assinada a Portaria, durante a gestão an- terior da SRTE-RJ, o único pos- to que teve o horário reduzido de 12h para 8h diárias foi o de Madureira, que teve seu horá- rio de 12h restabelecido. Criação de Associação dá novo impulso às lutas dos ACS e ACEs de Nilópolis SRTE-RJ: novo titular revoga Portaria que extinguia turno ininterrupto Anistiados do governo Collor reorganizam luta pela reintegração "A nova PNAB é uma proposta ile- gítima de um governo ilegítimo. Uma proposta não referendada pelo Conse- lho Nacional de Saúde. A nova PNAB promove a desuniversalização do SUS, abrindo caminho à privatização e re- duzindo a cobertura da saúde da famí- lia", explicou Liu Leal, do Centro Bra- sileiro de Estudos em Saúde (Cebs). A luta dos agentes comu- nitários de saúde (ACS) e agentes de combate a ende- mias (ACEs) de Nilópolis ga- nhou novo impulso em outubro deste ano, com a criação da Associação de ACS do muni- cípio. A criação da Associação responde a uma necessidade objetiva de organização dos ACS e ACEs de Nilópolis, cuja principal luta no momento é pela mudança de regime. Representantes da Asso- ciação participaram, de 27/11 a 1/12, da II Reunião Nacional Ordinária da Confederação Nacional dos Agentes Comu- nitários de Saúde (Conacs), que debateu importantes te- mas para os ACS e ACEs (leia acima). Na Reunião Nacional da Conacs, a Associação dos ACS de Nilópolis foi represen- tada por seu presidente, Mar- cos Aurélio, e pelo vice, Paulo Assis, que receberam o apoio da presidente da Conacs, Ilda Angélica (foto). Fernando França Niko Reunião nacional da Conacs debateu questões relevantes para ACS e ACEs Paulo Assis, Ilda Angélica e Marcos Aurélio
  • 7. JORNAL DO SINDSPREV-RJ | DEZEMBRO DE 2017 7 O valor da progressão de nível dos servidores da Vigilância em Saúde (ex- Funasa) será creditado no salário de no- vembro, que sai agora em dezembro. O avanço foi conquistado em negocia- ção, dia 30/11, em Brasília, entre o Mi- nistério da Saúde e dirigentes de enti- dades sindicais, entre elas o Sindsprev/ RJ e a Federação Nacional (Fenasps). A progressão é para o último nível do plano de cargos, que deixou de ser feita pelo governo, pouco antes de os trabalhadores passarem para o Regime Jurídico Único (RJU), no final de 2014. No encontro, o Ministério da Saúde re- conheceu, também, o tempo de servi- ço da categoria a partir de 1994, o que é importante para efeito de aposenta- doria pelo Regime Geral da Previdên- cia Social (RGPS). Condições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalhoCondições de trabalho O diretor do Sindsprev/RJ e da Fe- nasps Pedro de Lima denunciou, no en- contronacapitalfederal,afaltadeacom- panhamento e de tratamento dos mata- mosquitos por parte do Ministério da Saúde (MS) e das Prefeituras a que es- tãocedidos,bemcomoascondiçõespre- cárias de trabalho. O MS aceitou a pro- postafeitapelasduasentidadessindicais, deformaçãodeumaComissãodeSaúde doTrabalhadorquefaráumlevantamen- to sobre as condições de trabalho e a si- tuação da saúde dos mata-mosquitos. "A Comissão vai vistoriar os locais de trabalho em todo o estado e entre- gar um dossiê para que o MS tome as medidas para garantir aos companhei- ros cedidos condições dignas de traba- lho", afirmou Pedrinho. Ele disse ain- da que a Comissão vai reivindicar do ministério um levantamento detalhado e o monitoramento das condições de saúde da categoria para que seja asse- gurada a realização de exames especí- ficos e o tratamento de todos. Segunda colocadaSegunda colocadaSegunda colocadaSegunda colocadaSegunda colocada em mortesem mortesem mortesem mortesem mortes "Depois da Polícia Militar, somos a categoria com maior número de mor- tes, no nosso caso, por enfermidades provocadas pelo uso contínuo de subs- Sindsprev/RJ garante progressão de nível na Vigilância em Saúde Servidores e pacientes do Hospital da Piedade protestaram dia 29/11 contra a precarização da unidade, onde a Prefeitura do Rio quer fechar cerca de 40 leitos. Do ato também participaram dirigentes do Sindsprev/RJ, Sindicato dos Médicos do Rio (Sinmed) e Sindicato dos Enfermeiros. A manifestação, que aconteceu na entrada do Hospital e teve a participa- ção de servidores da saúde estadual e saúde federal, exigiu da Prefeitura a retomada dos investimentos públicos na unidade, onde a maioria das cirurgias está suspensa, prejudicando a população usuária. Segundo levantamento feito pelos servidores do Hospital da Piedade, os exames regulares só estão sendo feitos para os pacientes já internados; o laboratório e o serviço de raios X estão fechados para o ambulatório; um apa- relho móvel de raios X está quebrado; e exames de biopsia estão suspensos. Sobre os vencimentos de novembro dos servidores associados ao Sindsprev/RJ (pagos em dezembro) incidiu - além do desconto normal de 1,13% sobre o salário bruto de novembro e da parcela fixa de R$ 15,00 (cota extra) - um percentual de 1,13% sobre a segunda parcela do décimo-terceiro, como acontece todos os anos. Ou seja: o Sindsprev/RJ não está aumentando o valor do desconto dos seus associados. É que, como em dezembro os servidores também receberam a segunda parcela do décimo- terceiro, foi aplicado o desconto de 1,13% sobre esta parcela. Mas só em dezembro. Para os meses seguintes, o desconto voltará a ser de 1,13% sobre a remuneração bruta. Atenção: o Sindsprev/RJ não aumentou o valor da mensalidade dos associados tâncias químicas que combatem trans- missores de doenças, como o mosqui- to da dengue. Estamos todos doentes. Alguns gravemente enfermos. Os nú- meros são alarmantes: só em novem- bro faleceram mais 76 companheiros", afirmou o dirigente. Condições precáriasCondições precáriasCondições precáriasCondições precáriasCondições precárias Segundo Pedrinho, ainda hoje as condições de trabalho são precárias e o uso de produtos químicos altamente tó- xicos é um risco também para as famíli- asdessestrabalhadores."Porfaltadepro- teção adequada, nossas roupas, que são lavadas em nossa casa, acabam atingin- do nossas famílias", denunciou ele, fri- sando que o Sindsprev/RJ vem pressi- onando por uma solução, organizando manifestações, como a do dia 29 de no- vembro, em frente ao Núcleo do Mi- nistério da Saúde, na Rua México, 128. No ato, os dirigentes denunciaram o descaso do MS e a negativa em reali- zar exames periódicos, garantir equi- pamentos individuais de segurança (EPI) e tratamento para a categoria. DirigentesdoDepartamentodeSaú- de do Trabalhador do Sindsprev/RJ en- tregaram ofício ao Coordenador da Ges- tão do Núcleo do Ministério da Saúde no Rio, Clécio Xavier, e à Chefe da Ges- tãoAdministrativadoNúcleo,LídiaFer- nandes. O documento reivindica a reali- zação de exames periódicos em agentes de combate a endemias e administrati- vos, exame de colinesterase e eletroneu- romiografia, fornecimento de EPIs, tra- tamento de todos os mata-mosquitos e produçãodelaudosestabelecendoacau- sa da doença e das mortes na categoria. Mesa da saúde federalMesa da saúde federalMesa da saúde federalMesa da saúde federalMesa da saúde federal Outra reivindicação do ofício é a formação de uma mesa permanente de saúde do trabalhador, que discuta as questões específicas dos servidores da Vigilância em Saúde, mas que abranja todos os servidores da saúde federal. O mesmo documento foi entregue pela Federação Nacional (Fenasps) ao Mi- nistério da Saúde, em Brasília. Servidores protestam contra sucateamento do Hospital da Piedade Mayara Alves Fernando França Servidores da Vigilância em Saúde (ex-Funasa) durante ato no Nerj Servidores e pacientes no ato em defesa do Hospital da Piedade
  • 8. A situação caótica e de total abandono vivida pela rede estadual de saúde demonstra como é uma falácia o argumento usado por presidentes, governadores e prefeitos de que o que é público não funciona e tem que ser privatizado. Os hospitais foram repassados para as mãos de organizações sociais (OS) ou fundações e o serviço piorou: faltam equipamentos, medicamentos, pessoal e os salários encontram-se atrasados. É o que se pode ver no Hospital Azevedo Lima, em Niterói, nas mãos de uma OS. Além disso, o serviço piora devido à grande rotatividade de mão de obra, já que os trabalhadores não passaram por concurso que comprovasse a sua qualificação. Muitos outros se retiram em função do sistemático atraso no pagamento, deixando sobrecarregados os servidores que também trabalham na unidade. Caos no ArCaos no ArCaos no ArCaos no ArCaos no Ary Py Py Py Py Parreirasarreirasarreirasarreirasarreiras O mesmo acontece no Ary Parreiras, que se encontra sob a gestão de uma fundação. Até o setor de tratamento de pacientes soropositivos foi desativado. O banheiro da ala masculina está em péssimas condições. O telhado das enfermarias é de telha de amianto, o que ajuda a criar um ambiente onde o calor é insuportável. Todas as ambulâncias estão quebradas. A OS comprou camas modernas, elétricas, que não cabem na enfermaria. Dinheiro jogado fora. Para piorar, a rede de energia elétrica é velha e não permite que as camas sejam ligadas ao mesmo tempo. AumentaAumentaAumentaAumentaAumenta número de óbitosnúmero de óbitosnúmero de óbitosnúmero de óbitosnúmero de óbitos No Instituto Estadual de Cardiologia (Iecac), também administrado por uma fundação, o paciente demora seis meses entre a marcação e a consulta. Faltam medicamentos e todo tipo de insumo, prejudicando o atendimento. O atraso dos salários atinge servidores e terceirizados. Segundo a diretora do Sindsprev/RJ Clara Fonseca, o número de óbitos tem aumentado, em função do caos. O mesmo acontece no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (Iede), sob comando Pezão deixa hospitais estaduais no mais completo caos Por Olyntho Contente prédio e climatização sejam resolvidos. O que vem permitindo a recuperação da unidade. 12% da saúde12% da saúde12% da saúde12% da saúde12% da saúde não são respeitadosnão são respeitadosnão são respeitadosnão são respeitadosnão são respeitados No Carlos Chagas, administrado por uma fundação, o número de servidores é cada vez menor e faltam insumos básicos. Os aparelhos de ultrassom e tomografia também estão quebrados. O setor terceirizado de endoscopia e colonoscopia tem aparelhos que até hoje não retornaram do conserto. Já na Perícia Médica, segundo a diretora do Sindicato Rosimeri Paiva (Rose), os elevadores foram consertados após estarem quebrados há um ano. Todo o terceiro andar, onde funciona o arquivo, é completamente insalubre. Não há ar- condicionado, faz muito calor, as paredes, o teto e o chão são muito sujos, além da poeira que vem dos prontuários velhos. As salas estão cheias de entulho. Saúde sem recursosSaúde sem recursosSaúde sem recursosSaúde sem recursosSaúde sem recursos No Hospital Getúlio Vargas, que passou para as mãos de uma OS, foram fechados vários setores como Oftalmologia, Buco-Maxilo e Otorrinolaringologia. "O governo, em vez de investir na melhora do atendimento, acaba com os serviços prestados à população. No PAM Cavalcanti e PAM Coelho, servidores estão sem se alimentar porque não têm como cozinhar nem ganham tíquete-refeição. Curupaiti e Tavares de Macedo estão sob ameaça de fechamento”, afirma Rose. Pezão não respeita o mínimo constitucional de verba orçamentária para a saúde. Em 2016, foram aplicados 6% dos 12% obrigatórios, ou seja, apenas a metade. Igualmente não respeita a lei do Sistema Único de Saúde (SUS), que exige a implantação de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), como condição para continuar recebendo verba federal. Mesmo assim, os recursos continuam sendo repassados por Brasília. Fernando França de uma fundação. "Assim como outros hospitais, o Iede vive da troca de equipamentos e outros insumos que não utiliza com hospitais federais. Falta pessoal e vários aparelhos como o de ecocardiograma, por exemplo. Tem paciente internado há meses aguardando um marcapasso. Há mais de um ano não tem stent", denuncia Clara. A dirigente disse que o Rio Imagem não marca ressonância, apesar de ter o aparelho, porque está atendendo à rede privada. O governo do estado vinha promovendo uma verdadeira asfixia financeira sobre o Hospital Eduardo Rabelo, o único em todo o estado do Rio especializado em geriatria. A unidade passou a viver uma situação de total abandono desde a saída da diretora Patrícia Janoii, servidora de carreira. Recentemente a gestora retornou ao cargo e está aos poucos mudando esta realidade. O Ministério Público vem exigindo da Secretaria de Saúde a solução de várias pendências, para que problemas como falta de equipamentos, de medicamentos, manutenção do Crise na Saúde Estadual Servidores durante ocupação da secretaria de saúde, para exigir salários em dia e fim do sucateamento de hospitais