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i
Sérgio Alfredo Macore
Análise do Papel dos Stocks na Gestão Financeira das Pequenas e Medias Empresas: um
estudo de caso na empresa Nova Base, Lda. - Nampula, 2014 – 2015
Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira
ii
Universidade Pedagógica
Nampula
2016
Sérgio Alfredo Macore
Análise do Papel dos Stocks na Gestão Financeira das Pequenas e Medias
Empresas: um estudo de caso na empresa Nova Base, Lda. - Nampula, 2014 – 2015
Monografia Científica Apresentada a
Escola de Contabilidade e Gestão,
Delegação de Nampula para obtenção do
grau académico de licenciatura em Gestão
de Empresas com Habilitações em Gestão
Financeira.
Supervisor: dr. Benedito Machado
iii
Universidade Pedagógica
Nampula
2016
Índice
LISTA DE TABELAS......................................................................................................vi
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................vii
LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................. viii
LISTA DE ABREVIATURAS .........................................................................................ix
DECLARAÇÃO ................................................................................................................x
DEDICATÓRIA ...............................................................................................................xi
AGRADECIMENTO ......................................................................................................xii
RESUMO........................................................................................................................ xiii
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO ..................................................................................... 15
1.1. Introdução ............................................................................................................ 15
1.2. Objectivos do Estudo ........................................................................................... 16
1.2.1. Objectivo Geral ............................................................................................. 16
1.2.2. Objectivos Específicos .................................................................................. 16
1.3. Justificativa .......................................................................................................... 16
1.4. Definição do Problema......................................................................................... 17
1.5. Hipóteses de Estudo............................................................................................. 17
1.6. Delimitação do Estudo......................................................................................... 18
1.7. Estrutura do trabalho............................................................................................ 18
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA ............................................................. 20
2.1. Introdução ............................................................................................................ 20
2.2. STOCKS: CONCEITO E CARACTERISTICAS ............................................... 20
2.2.1. A Importância dos Stocks.............................................................................. 21
2.2.2. Tipos de Stocks.............................................................................................. 23
2.2.3 Função dos Stocks .......................................................................................... 23
2.2.4. Stock de Segurança........................................................................................ 24
iv
2.2.5. Procedimentos da administração de materiais .................................................. 25
2.2.5.1. Cadastro...................................................................................................... 25
2.2.5.2. Compras...................................................................................................... 25
2.2.5.3. Recebimento ............................................................................................... 27
2.2.5.4. Armazenamento.......................................................................................... 27
2.2.5.5. Inventário Físico......................................................................................... 28
2.2.5.6. Giro dos stocks ........................................................................................... 29
2.2.5.7. Tempo de cobertura do stock (ponto de pedido e tempo de reposição) ..... 30
2.2.6. Gestão de Stocks ............................................................................................... 30
2.2.6.1. Função da Gestão de Stock......................................................................... 31
2.2.6.2. Planeamento e controlo de stocks............................................................... 31
2.2.6.3. Função do controlo de stock....................................................................... 32
2.2.6.4. Custos dos Stocks....................................................................................... 32
2.2.6.5. Classificação de sistemas de gestão de stocks ............................................... 33
2.2.6.5.1. Sistemas de quantidade fixa de encomenda ............................................ 33
2.2.6.5.2. Sistemas periódicos de encomenda ......................................................... 34
2.2.6.6. Elementos a ter em conta com a Gestão de Stocks .................................... 34
2.2.6.7. Técnicas de Gestão dos stocks ................................................................... 34
2.2.6.7.1. Classificação dos stocks segundo o valor de uso – Sistema ABC .......... 35
2.2.6.7.2. Classificação XYZ................................................................................... 36
2.2.6.7.3. Sistema Just-in-time (JIT) ....................................................................... 36
2.2.6.7.4. Tempo de Reposição por ponto de pedido .............................................. 38
2.2.6.7.5. Modelo de Reposição - Sistema duas Gavetas........................................ 38
2.2.6.8. Modelo de Controlo de stocks.................................................................... 39
2.2.6.8.1. Controle de stocks pelo MRP .................................................................. 40
2.2.6.9. Analise e Níveis de Stocks............................................................................. 41
2.2.6.9.1. Método PEPS ou FIFO............................................................................ 41
2.2.6.9.2. Método UEPS ou LIFO ........................................................................... 41
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................... 44
3.1 Tipo da pesquisa.................................................................................................... 44
3.2.Método de abordagem da pesquisa ....................................................................... 44
3.3. Método de procedimento da pesquisa.................................................................. 44
3.4. Técnicas de colecta de dados ............................................................................... 44
v
3.5. População em estudo e tamanho da amostra........................................................ 45
3.5.1. População em estudo ..................................................................................... 45
3.5.2. Tamanho da amostra...................................................................................... 45
3.6. Ferramentas da análise e softwares usados.......................................................... 45
CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .................................... 46
4.1. Introdução ............................................................................................................ 46
4.2. Localização geográfica do campo de estudo........................................................ 46
4.3. Caracterização da Empresa .................................................................................. 46
4.4. Apresentação de dados obtidos............................................................................ 47
4.4.1. Pesquisa sobre controlo de stocks ................................................................. 48
CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E SUGESTÕES ............................................................ 56
5.1. Conclusão............................................................................................................. 56
5.2. Sugestões.............................................................................................................. 57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................... 58
APÊNDICE..................................................................................................................... 60
ANEXOS ........................................................................................................................ 63
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela. 1. Hipóteses, Variáveis e Indicadores ............................................................... 17
Tabela. 2. Classificação da dificuldade na obtenção dos itens ...................................... 25
Tabela. 3. Técnica XYZ................................................................................................. 35
Tabela. 4. Exemplos de enfoques JIT para alguns problemas ....................................... 36
Tabela. 5. Movimento de stocks e cálculo do custo médio pelo método PEPS ............ 40
Tabela. 6. Movimento de stocks e cálculo médio pelo método UEPS .......................... 41
Tabela. 7. A Influência da Gestão de Stocks nos Índices Financeiros .......................... 42
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura. 1. Curva ABC para classificação de stocks....................................................... 34
Figura. 2. Sistema de duas gavetas ................................................................................ 37
Figura. 3. Sistema de duas gavetas ................................................................................ 38
Figura. 5. Vista frontal do edifício da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula. . 45
Figura. 6. Organograma da empresa Nova Base, Lda. .................................................. 46
viii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico. 1. Nível Académico dos respondentes ao questionário ................................... 47
Gráfico. 2. Género dos respondentes ao questionário ................................................... 47
Gráfico. 3. Tipos de stock de matérias vendidos na empresa ........................................ 48
Gráfico. 4. Modelo de controlo de stock realizado na empresa..................................... 48
Gráfico. 5. Quantidade de pedidos de compra mensal .................................................. 49
Gráfico. 6. Critério usado para reabastecimento dos stocks .......................................... 50
Gráfico. 7. Custos associados na manutenção dos stocks em armazém........................ 50
Gráfico. 8. Quantidade de stocks mensal necessária para atender as necessidades dos
pedidos dos clientes ........................................................................................................ 51
Gráfico. 9. Principal critério na escolha do fornecedor ................................................. 52
Gráfico. 10. Principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos stocks
eficiente........................................................................................................................... 52
Gráfico. 11. Análise pessoal em relação a adopção de um sistema informatizado na
empresa ........................................................................................................................... 53
ix
LISTA DE ABREVIATURAS
LIFO Last In First Out: Ultimo a Entrar, Primeiro a Sair
FIFO First In First Out: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair
QOE Quantidade Óptima a Encomendar
PNE Ponto da Nova Encomenda
PME Pequena e Medias Empresas
APE Atraso no Prazo de Entrega
ROI Return on Inventory Investiments / Retorno sobre
Investimento em Stock
MRP Manufacturing Resource Planning: Planeamento das
Necessidades de Materiais
JIT Just In Time
AC Aumento do Consumo Diário
PE Prazo de Entrega
S Seg. Stock de Segurança ou de Reserva
TR Tempo de Reposição
CF Custo Financeiro de Manter o Stock
PP Ponto de Pedido
ed. Editora
Q Quantidade
x
C Consumo Diário
D Procura anual
S Custo de preparação da encomenda
H Custo anual de posse ou armazenamento
R Ponto da nova encomenda
L Prazo de acomodamento
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria, resulta da minha
investigação e sob orientação do meu Supervisor. Esta é a primeira vez que submeto
numa instituição Académica para obter o grau Académico de Licenciatura em Gestão de
Empresas com Habilitações em Gestão Financeira.
Nampula, aos ______ de Março de 2016
Nome do Autor
______________________________________________
(Sérgio Alfredo Macore)
Nome do Supervisor
_____________________________________________
(dr. Benedito Machado)
xi
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha mãe Dona Jacinta João Baptista.
xii
AGRADECIMENTO
Em primeiro lugar agradeço à Deus por me dar o dom da vida e a capacidade de superar
todas as dificuldades e barreiras encontradas.
Aos meus parentes, amigos e colegas do curso que lutamos juntos durante todo o
percurso sempre com o mesmo objectivo.
Ao meu supervisor dr. Benedito Machado pela sua orientação e todos os docentes que
contribuíram para que o meu objectivo fosse atingido.
A todos que deram o seu contributo, respondendo os questionários.
Meu muito obrigado!
xiii
RESUMO
O presente estudo trata-se sobre o tema Analise do papel dos Stocks na gestão
financeira das pequenas e medias empresas, uma vez que a gestão de stocks constitui
em acções que permitem o gestor analisar se os stocks estão sendo bem utilizados, bem
localizados, bem manuseados e controlados. A gestão de stock busca garantir a máxima
disponibilidade de produto, com o menor de stock possível. Portanto o objectivo da
pesquisa é analisar a contribuição da Gestão de stocks no desempenho financeiro das
pequenas e medias empresas, dessa forma, a pesquisa aqui desenvolvida tem por
finalidade analisar as técnicas e modelos de controlo de stock utilizadas pela empresa
Nova Base, Lda. no intuito de averiguar como estes contribuem para eficiência, eficácia
e prevenção de desperdícios de materiais. Para tanto, foi realizado um estudo de caso na
referida empresa, por meio de questionário com alguns trabalhadores da empresa e os
responsáveis da gestão de Stocks na organização. Por fim, conclui-se que a gestão de
stock segundo os autores pesquisados é sem dúvida uma das ferramentas que os
gestores podem utilizar para a redução de custos dentro da organização.
Palavras-chave: Stock. Controlo. Gestão.
xiv
15
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
O cenário em que as empresas estão vivenciando no momento tem uma característica de
alta competitividade, devido ao alto grau de instabilidade vindo do exterior como as
crises, sem contar com a grande competitividade das empresas locais onde a cada
instante surgem um novo concorrente que entra para dividir a fatia de clientes que antes
eram fiéis a uma empresa.
Deste modo as empresas que pretendem permanecer no mercado estão focalizando em
novas técnicas de controlo e na procura de funcionários especializados. Um controlo
efectivo do stock só gera benefícios, como redução de perdas que leva a maximização
dos lucros e um ganho capital.
Assim a gestão eficaz de stock é cada vez mais fundamental nas organizações,
tornando-se uma questão determinante no desempenho das empresas. Dai que
aperfeiçoar o investimento em stocks, sua gestão e possuir um stock eficiente, influi no
desempenho da produção e nas vendas.
Em tempos de competitividade, as empresas travam uma verdadeira guerra pela busca e
fidelização de clientes. Para tanto, são investidos muitos recursos da mesma, não apenas
financeiro, mas de tempo. Dessa forma, a gestão de stocks, propiciando atendimento
pontual aos clientes, no momento e quantidade desejada, é um diferencial competitivo,
assumindo então características estratégicas.
A gestão de stocks começa antes mesmo do produto estar finalizado. Toda empresa
existe por que produz bens ou serviços visando suprir uma necessidade, obtendo dessa
transacção um retorno financeiro. Para tanto, as empresas passam pelo modelo de
produção: inputs1
, transformação e outputs2
.
Entretanto, no processo produtivo podem ocorrer diversos factores que interrompam a
produção (greve operacional, falta de matéria prima, por exemplo) justificando assim,
um stock de produtos acabados, para que as vendas e as receitas da organização não
1
Input (entradas)-Trata-se do primeiro item a entrar no processo de transformação, geralmente uma
matéria-prima ou um outro produto terminado que agora será transformado novamente.
2
Output (saídas) - versa-se do produto final depois de concluído o processo de transformação, este por
sua vez já pronto para ser fornecido ao consumidor.
16
sejam afectadas todas as vezes que problemas ocorram. Assim a presente pesquisa visa
analisar uma série de acções que permitem o Gestor verificar se os stocks estão sendo
bem utilizados, bem localizados em relações aos sectores que eles utilizam, bem
manuseados e bem controlados do modo a contribuir no desempenho financeiro da
empresa.
1.2. Objectivos do Estudo
A presente pesquisa procura alcançar os objectivos traçados, isto é, geral e os
específicos de modo que se materialize a questão acima colocada acerca da gestão de
stock nas pequenas e medias empresas, em particular a empresa NOVA BASE LDA.
1.2.1. Objectivo Geral
Assim a presente pesquisa tem como objectivo geral:
 Demonstrar a contribuição da gestão de stocks no desempenho financeiro das
pequenas e medias empresas, em particular a empresa Nova Base, Lda.
1.2.2. Objectivos Específicos
 Descrever as principais funções da gestão de stocks;
 Identificar o melhor nível de stock a ser usado pelas empresas;
 Apresentar os modelos de gestão de stock que possam melhorar a empresas.
 Avaliar os métodos usados no controlo de stocks;
 Mostrar os principais custos associados a manutenção dos stocks.
1.3. Justificativa
O mundo actual está ficando cada vez mais competitivo devido a globalização, com isto
os negócios estão se tornando um campo de batalha, cujo objectivo é manter e
conquistar mais clientes. Esta nova realidade está transformando as empresas em geral.
Os clientes estão ficando cada vez mas selectivos e exigentes, acompanhando a
evolução dos produtos e da tecnologia. Devido a isto as empresas estão se sentindo
forçadas a competir e utilizar de tudo para reduzir despesas e custos sem perder a
qualidade dos seus produtos.
Dai que a gestão de stocks engloba o planeamento do stock e o seu controlo. O
planeamento irá determinar antecipadamente a quantidade do stock a data de entrada e
17
saída e os pontos de pedido do material. O controlo consiste em registar os dados e
comparar com o planeamento, apontando possíveis desvios.
Destaca-se, ainda, o interesse do pesquisador na realização da presente pesquisa o que
amplia a possibilidade de sua aplicação prática, sem contar no acréscimo de
conhecimento e um melhor entendimento sobre o assunto. Trata-se, portanto, de um
verdadeiro incremento de competência profissional para o autor.
Desta forma pretende-se com a realização deste trabalho contribuir para que empresas
possam atender aos seus anseios de redução de custos e maximizar os seus lucros na
área dos stocks. Com este trabalho espera-se que as pequenas e médias empresas
tenham uma visão mais aprofundada sobre a gestão de stock.
1.4. Definição do Problema
A gestão das pequenas e médias empresas normalmente não dão prioridade o controlo
de stocks e este nem sempre é realizado de forma eficiente, podendo levar os gestores a
tomar decisões controversas.
Pode-se dizer que devido à má gestão dos stocks, o caixa da empresa é atingido
directamente, pois as compras não são feitas com bases técnicas, ou seja, pessoas que
não tem qualificação para gerir os stocks. Neste caso, o gestor de stock tem como maior
objectivo buscar métodos que o leve a melhorar o seu controlo de mercadorias. Com
isso a principal questão que será levantada nesta pesquisa é: Até que ponto a Gestão de
stock influencia no desempenho financeiro das empresas?
1.5. Hipóteses de Estudo
Em menção ao problema em estudo, o autor propõe as seguintes hipóteses:
H1: A utilização de ferramentas adequadas de planeamento e controlo dos Stocks,
contribui na melhoria da gestão das pequenas e medias empresas.
H2: O uso dos modelos eficazes de controlo de Stocks, influenciam significamente na
redução dos níveis de ruptura dos mesmos.
18
Tabela 1. Hipóteses, Variáveis e Indicadores
Hipóteses Variáveis Indicadores
H1: A utilização de ferramentas
adequadas de planeamento e
controlo dos Stocks, contribui na
melhoria da gestão das pequenas e
medias empresas.
Independente: Utilização de
ferramentas de planeamento e
controlo de stocks.
 Definição dos
objectivos.
 Definição de metas.
Dependente: Melhora a gestão das
Pequenas e Medias Empresas.
 Definição dos
objectivos e a forma de
os atingir;
 Coordenar a execução
de tudo o que foi
planeado;
 Controlar os resultados
obtidos, comparando-
os com os objectivos
pretendidos.
H2: O uso dos modelos eficazes de
controlo de Stocks, influenciam
significamente na redução dos
níveis de ruptura dos mesmos.
Independente: Uso dos modelos
eficazes de controlo de stocks.
 Disponibilidade de
produtos;
 Reduz o índice de
atrasos na entrega.
Dependente: Reduz níveis de
ruptura dos mesmos.
 Existência de material
disponível para fazer
face aos pedidos;
 Redução de trabalho na
elaboração de novos
pedidos.
Fonte: adaptado pelo autor.
1.6. Delimitação do Estudo
A presente pesquisa realizou-se na empresa Nova Base, Lda. – filial de Nampula, no
período de 2014 a 2015. Onde irá abordar como a gestão de stock colabora nas
actividades dentro da organização.
1.7. Estrutura do trabalho
Para uma melhor percepção e análise, o trabalho está estruturado em cinco capítulos,
sendo:
No capítulo introdutório é apresentada a introdução, os objectivos do estudo: geral e
específico que se esperam alcançar e a justificativa. Depois, é apresentada a definição
do problema de pesquisa, a hipótese de estudo e a delimitação do estudo.
19
No segundo capítulo é apresentada a revisão da literatura, onde diferentes autores
apresentam os principais delineamentos acerca da gestão de stock.
No terceiro capítulo é apresentada a metodologia da pesquisa, onde foi evidenciada a
classificação da pesquisa, fontes de dados, universo e amostra, dados da pesquisa, o
plano de colecta de dados e por fim instrumentos usados para a colecta de dados.
O quarto capítulo apresenta uma caracterização actual da empresa em análise e faz
análise, apresentação e interpretação dos dados dos inquiridos.
No último capítulo é apresentada conclusões e sugestões, referencia bibliográfica
utilizada para a elaboração do trabalho, sem deixar de lado os apêndices em anexos.
20
CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Introdução
Para melhor compreensão do tema proposto no trabalho, faz-se necessária a
apresentação dos conceitos teóricos que envolvem a situação analisada. Neste capítulo,
serão apresentadas abordagens de autores referentes ao estudo de gestão de stock,
2.2. STOCKS: CONCEITO E CARACTERISTICAS
Stocks são mercadorias tanto acabadas quanto em processo de finalização que estão nas
dependências da empresa. Conforme a definição do autor Slack (2009), stock pode ser
definido como:
Stock é definido aqui como a acumulação armazenada de recursos
materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes, o termo
stock também é usado para descrever qualquer recurso transformador de
capitais. (SLACK, 2009, p. 356).
Segundo Slack (2009), stocks são quantidades armazenadas ou em processo de
produção, que tem a finalidade de dar uma independência entre os processos da cadeia
produtiva. Os stocks geralmente são usados como uma forma de se proteger contra a
imprevisibilidade dos processos ou da demanda do mercado.
O termo stock pode ter vários significados, visto tradicionalmente pode-se considerá-lo
como representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, acabados,
componentes para montagem, sobressalentes, materiais administrativos e suprimentos
variados, ou então no stock pode configurar máquinas, equipamentos, ferramentas,
recursos financeiros e até humanos, podendo ser de livros, imóveis, dinheiro em banco,
cientistas, professores, etc. (SEGALL E VIANA, 1988, p.35).
Quando se busca as características do stock deve-se levar em conta alguns factores que
podem influenciar nas operações de uma determinada empresa, levando em
consideração que cada produto deve ser armazenado de forma específica. As principais
características segundo o autor Slack (2009) são: “Stock de segurança, stock de ciclo,
stock de desacoplamento, stock de antecipação e stock no canal de distribuição”
(SLACK, 2009, p. 358-360).
21
Stock de ciclo: Este tipo de stock aparece à medida que as empresas aumentam seu mix
de produtos com objectivos de redução do custo unitário e redução da ociosidade dos
equipamentos, mantendo sempre em produção. Assim Slack (2009, p. 358), salienta que
“o stock de ciclo ocorre porque um ou mais estágios na operação não podem fornecer
simultaneamente todos os itens que produzem”.
Stock de desacoplamento: Esse tipo de stock para Slack (2009) é o stock de materiais
que estão esperando para ser transformados, com isto pode-se programar a velocidade
de cada operação optimizando suas operações. Com isto o gestor pode desmembrar as
operações e aplicar a velocidade necessária para seu processamento sem que prejudique
a qualidade dos outros processos.
Stock de antecipação: O stock de antecipação segundo Slack (2009), pode ser muito
utilizado quando se tem uma variação muito grande de fornecimento de matérias-primas
ou de produtos essenciais para o funcionamento da organização. Utiliza-se este tipo de
stock no varejo quando em alguns períodos pré-definidos, como uma época do ano já
conhecida que aumenta as vendas dos produtos oferecidos pela empresa, exemplo:
natal, carnaval etc. Promoção de certos produtos, período de férias de fornecedores, etc.
Com o stock de antecipação os gestores podem se prevenir dos imprevistos ligados à
demanda, ou seja, evita um desabastecimento e o não atendimento das demandas
previstas.
Stock no canal de distribuição: Slack (2009), define stock no canal de distribuição
como: stock no canal existem porque o material não pode ser transportado
instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda. Se uma loja de
varejo encomendar itens de consignação de um de seus fornecedores, o fornecedor vai
alocar stocks para a loja de varejo em seu próprio armazém embalá-lo, carregá-lo em
seus próprios caminhões, transporta-lo para seu destino, e descarregá-lo no stock do
varejista. (Slack, 2009, p. 281) portanto Slack (2009), diz que este tipo de stock ocorre
quando não se pode locomover os produtos desejados pelas empresas rapidamente do
fornecedor ao depósito.
2.2.1. A Importância dos Stocks
Os stocks representam boa parte dos activos da empresa, em alguns casos podendo
representar aproximadamente 46% dos activos totais.
22
Então, pode-se considerar que, “os stocks são recursos ociosos que possuem valor
económico, os quais representam um investimento destinado a incrementar as
actividades de produção e servir aos clientes” (VIANA, 2000, p.144).
Hoje o relacionamento cliente/fornecedor é totalmente diferente de alguns anos atrás,
quando cada um procurava tirar o máximo de proveito do outro, e, se não eram amigos,
pelo menos a desconfiança era mútua. Actualmente o relacionamento é do tipo parceria,
com elevada confiança, em que cliente e fornecedor se ajudam sempre na procura de
soluções eficazes e que possam trazer mais benefícios aos consumidores finais,
(MARTINS e CAMPOS, 2006, p.171).
Contudo, houve a necessidade de se estudar uma melhor forma para manter um stock de
segurança. Para Ballou (1993), Um dos mais respeitados gurus da logística, afirmou
que, em sistemas logísticos, os inventários são mantidos para:
 Melhorar o serviço ao cliente: dando suporte a área de marketing, que ao criar
demanda precisa de material disponível para concretizar vendas.
 Economia de escala: os custos são tipicamente menores quando o produto é
fabricado continuamente e em quantidades constantes.
 Protecção contra mudanças de preços em tempo de inflação alta: um alto
volume de compras minimiza o impacto do aumento de preços dos fornecedores.
 Protecção contra incertezas na demanda e no tempo de entrega: considera o
problema que advém do sistema logístico quando tanto o comportamento de
demanda dos clientes quanto o tempo de entrega dos fornecedores não são
perfeitamente conhecidos, ou seja, para atender os clientes são necessários
stocks de segurança.
 Protecção contra contingências: proteger a empresa contra greves, incêndios,
inundações, instabilidades políticas e outras variáveis exógenas que podem criar
problemas. O risco diminuiria com a manutenção de stocks.
Atender aos clientes na hora certa, com a quantidade certa e requerida, tem sido o
objectivo da maioria das empresas. Assim, a rapidez e presteza na distribuição das
mercadorias assumem cada vez mais um papel preponderante na obtenção de uma
vantagem competitiva duradoura.
23
2.2.2. Tipos de Stocks
Segundo o autor Pozo (2007, p 41) em uma organização pode-se encontrar vários tipos
de stocks, dentre eles:
 Stock de matérias-primas: corresponde aos materiais básicos da produção que
não sofreram nenhuma transformação dentro das dependências da organização.
Este tipo de stock pode ser lã, tecidos, madeiras;
 Stock de materiais intermediários: também conhecido como produtos em
processamento. Este tipo de stock é o que está em fase mais avançada de
processamento, faltando poucos processos para a finalização do produto;
 Stock de materiais acabados: é o Stock que já passou por todas as fases de
processos como matéria-prima e semi -acabado é está embalados e prontos para
a revenda;
 Materiais de manutenção: são materiais que servem para fazer a manutenção
das máquinas e do edifício, podem ser ferramentas, papel, rolamentos etc.
2.2.3 Função dos Stocks
Os stocks têm a função de regular o volume de materiais, auxiliando como regulador na
diferença entre entradas e saídas de materiais.
Para Mayer:
Os stocks devem compensar erros na projecção e demanda dos produtos da
empresa, mas para que isso ocorra à matéria-prima e partes adquiridas devam
ser programadas e que estejam disponíveis na hora certa, assim como os
produtos finais, função quase impossível. Por isso as maiorias das organizações
optam em manter stocks, para prevenir possíveis imprevistos. (MAYER, 1990,
p.41).
As funções do stock para Ballou (1993), podem estar nos diversos sectores da
organização, pois melhoram o nível de serviço oferecido devido à localização dos
stocks mais próximos dos clientes e pontos de vendas, fazendo com que o produto esteja
sempre disponível.
O stock incentiva economias de produção, pois quando se produz grande lote, o custo
unitário é o mínimo, permitindo assim economias de escala nas compras e descontos no
transporte, protecção contra contingências, como greves, incêndios e inundações. No
24
entanto, apesar dos inúmeros benefícios dos stocks é necessário destacar os custos
elevados que advêm da sua manutenção.
2.2.4. Stock de Segurança
Conhecido também como stock isolador, para Slack (2002) este compensa as incertezas
inerentes ao fornecimento e demanda, variação que pode surgir devido às variações
humanas no tempo de processamento ou outros motivos como quebras ocasionais,
perturbações, atrasos de entrega etc.
Tubino (1997) complementa que quanto maior as variações na demanda, maior devem
ser o stock de segurança, que deve estar relacionado a dois factores, o custo de
manutenção do stock e dos custos decorrentes do esgotamento do item.
Quantidade mínima possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao
programado ou um consumo desproporcional. Ao ser atingido pelo stock em declínio,
indica a condição do material, desencadeando providências, como, por exemplo, a
activação das encomendas em andamento, objectivando evitar a ruptura do stock.
(VIANA, 2000, p151).
Podendo ser calculado pela fórmula geral:
SS: Stock de reserva ou de segurança;
C: consumo diário;
APE: atraso no prazo de entrega;
AC: aumento do consumo diário;
PE: prazo de entrega.
As principais falhas no processo de reposição de stock ocorrem em três pontos
principais:
 Atraso de entrega pelo fornecedor: muitas vezes o fornecedor não tem as
condições necessárias para cumprir com os prazos de entrega, por ter falhas no
sistema de transporte ou produção gerando falta de stocks por parte do
fornecedor.
 Aumento repentino da demanda: ocorre fora da previsão da empresa, pela
grande alta rotatividade de um determinado item, ou por outras causas, como
25
exemplo promoções, a chegada de um grande pedido para um determinado
cliente, aumento da produção para manter o stock.
 Demora no procedimento do pedido de compra: são um conjunto de falhas do
sistema de gestão e controle do stock de materiais, falhas em gerar informações
do almoxarifado relativas à área de compras, que podem incidir em atrasos
excessivos no processo de pedidos.
2.2.5. Procedimentos da administração de materiais
O objectivo da administração de materiais é agrupar os produtos de diversas origens e
finalidades, a fim de que na hora de reabastecer a loja, possa ser feita com mais
agilidade, e com controlo dos materiais referentes à demanda da empresa. Na
administração de materiais, estão incluídos os sectores típicos da maioria das empresas,
dos quais trataremos a seguir.
2.2.5.1. Cadastro
O cadastro dos produtos é fundamental para uma empresa, pois é aqui se encontram
todos os dados referentes a ele.
Para Viana (2002) o cadastro de materiais é essencial para cadastrar os materiais
necessários para a manutenção e o desenvolvimento da organização, no qual precisa ser
completo, com todos os dados necessários para a identificação do produto, no qual os
envolvidos na administração de materiais tenham facilidade na hora que trabalhar com
os produtos.
De acordo com Bowersox, Closs e Cooper (2006) antigamente o processo de cadastro
de produtos, era um sistema burocrático ou de baixa importância, com o passar dos
anos, esse conceito foi mudando.
Segundo Francischini e Gurgel (2002) para cada item do mix, precisa-se criar uma lista
de fornecedores do mesmo, sendo que apenas devem-se comprar os produtos do
fornecedor cadastrado na lista. Por outro lado, a empresa deve acompanhar a logística
de fornecimento, sendo que a partir do momento que o produto é cadastrado, ele deve
estar em vigor quando aprovado o cadastro do fornecedor.
2.2.5.2. Compras
Dias (1993), menciona que a função de compras é essencial no departamento de
matérias, por ela ser responsável pelo suprimento de materiais, devendo assim ser
26
planeada para que sejam supridas a necessidade no momento certo e quantidade corre ta
de acordo com o que foi citado no pedido e planear o armazenamento dos produtos
comprados.
Conforme Viana (2002) a actividade de compras tem por função, suprir as necessidades
da empresa, de acordo com a demanda dos clientes, buscando sempre as melhores
condições comerciais para a satisfação do cliente.
Bowersox, Closs e Cooper (2006) citam que antigamente, a função principal do
comprador, era de conseguir manter a empresa, com recursos de baixo custo, agregando
valor maior e assim obtendo mais lucro.
Gasnier (2010) exemplifica a classificação de aquisição 1 2 3, que diz respeito ao
processo de compras dos itens em stock, fazendo assim a qualificação e confiabilidade
dos fornecedores quanto ao prazo de entrega proposto no ato da compra. As classes 1, 2
e 3 são denominadas da seguinte forma:
Tabela 2. Classificação da dificuldade na obtenção dos itens
Classe Dificuldade
1
Complexa: tratam-se dos itens de obtenção muito difícil,
pois envolvem diversos factores complicadores
combinados;
2
Difícil: Envolve alguns poucos factores complicadores
relacionados acima, tornando o processo de obtenção
relativamente difícil
3
Fácil: Fornecimento, ágil, rápidos e pontuais, o item
possui amplas alternativas a disposição no mercado
fornecedor.
Fonte: GASNIER (2010 p.43)
Para Chiavenato (2005, p. 100):
A área de compras tem por finalidade a aquisição de materiais,
componentes e serviços para suprir às necessidades da empresa e do seu
sistema de produção nas quantidades certas, nas especificações exactas
e no tempo certo.
27
2.2.5.3. Recebimento
A função do sector de recebimento de materiais é a de garantir que o produto entregue
está de acordo com as especificações descritas na ordem de compra.
Segundo Francischini e Gurgel (2002) é denominado recebimento de materiais a partir
do momento que a empresa passa a ter responsabilidade pelo material comprado, após
conferir todas as informações junto à ordem de compra da empresa. Após esse
momento, a empresa não tem mais o direito de reclamar sobre possíveis danos, avarias
sobre os produtos adquiridos.
Para Martins e Laugeni (2003) os procedimentos para o recebimento de materiais são:
verificar o pedido de compra, verificar os elementos fiscais constantes na nota fiscal de
entrega, conferir unidades e preços, vistoriar as embalagens e por último verificar
qualidade dos produtos adquiridos pela empresa.
De acordo com Chiavenato (2005), o recebimento de materiais é responsável pelas
características do produto, qualidade, preço e prazo, sendo de obrigação do sector de
compras repassar estas informações ao sector de recebimento. Chiavenato ainda diz que
conferias as informações, o sector recebe os produtos e armazena-os e com isso esta
autorizando o sector de finanças pagar pelos produtos adquiridos.
2.2.5.4. Armazenamento
Para Viana (2002) o armazenamento dos produtos pode ser simples ou complexa,
dependendo da variação da armazenagem se da em função do tipo do produto, peso,
volume, fragilidade, etc.
De acordo com Martins e Laugeni (2003 p.445) o armazenamento de materiais é
importante para reduzir o custo de fretes, reduzirem o custo de produção e melhor
atendimento ao cliente. Os objectivos de um bom armazenamento são:
 Permitir o sistema PEPS (primeiro ao entrar, primeiro ao sair);
 Manter a qualidade dos materiais tomando o devido cuidado para que o
armazenamento não altere as suas características;
 Obter identificação clara dos materiais;
 Controle sobre a quantidade armazenada;
28
 Promover o equilíbrio sobre compra e demanda, identificando materiais com
baixo nível de demanda com stock alto, materiais iguais com denominações
diferentes;
 Diminuir os espaços alocados;
 Diminuição de custos referente a stocks;
 Manter um sistema de informação rápido e eficaz.
Dias (1993) diz que um sistema coreto de armazenamento influi no aproveitamento dos
produtos e dos meios de movimentação, evita rejeição de peças com danos ocasionados
por batidas e impactos, devido ao manuseio inadequado, e reduzem as perdas.
Dias, Martins e Laugeni, falam que o armazenamento de matérias é responsável pela
qualidade dos produtos e pelo controlo de que os primeiros materiais que entram são os
primeiros a sair. A organização deste sector é que expressa a administração de uma
empresa.
2.2.5.5. Inventário Físico
Conforme Viana (2002) o inventário físico visa o estabelecimento de auditoria de stocks
em poder do almoxarifado, cujo objectivo é garantir confiança e exactidão dos registos
contabilísticos e físicos, essencial para que o sistema funcione de forma eficaz.
Para Martins e Alt (2001) o inventário físico é o responsável pela informação da
quantidade dos itens constantes no stock. O autor ainda salienta que um dos meios que a
empresa tem para auxiliar no fluxo de caixa é os inventários. Com um inventário físico
alto, a empresa gera custos, que não trarão benefícios. Os recursos utilizados pela
empresa para fabricação de deus produtos devem ser bem administrados, com isso
pode-se agregar mais valor a ele e o custo final diminuirá.
Para Dias (1993 p. 399), as empresas devem salvar seus dados de inventários em
softwares ou em documentos seguros, com estes dados em mãos, auxiliarão o gestor na
sua tomada de decisão na hora da compra.
Gasnier (2010 p. 316) diz que existem tipos de inventários de acordo com a necessidade
de cada empresa:
 Inventário geral: é a contagem física de todos os itens da empresa a portas
fechadas e em uma data pré-fixada, ou no fechamento contabilístico do ano;
29
 Inventário permanente: consiste na contagem dos produtos pelo menos uma
vez ao ano;
 Inventário rotativo: neste inventário, os produtos são contados semanal ou
diariamente conforme a determinação do gestor quanto a frequência do
inventário. A partir do resultado deste, os registos que encontram transacções
divergentes são reconciliados, buscando identificar e remover as causas das
divergências.
2.2.5.6. Giro dos stocks
Para Martins e Alt (2001), giro de stock consiste em medir a quantidade de vezes por
um determinado período o stock se renovou ou girou.
Francischini e Gurgel (2002 p.310) têm o mesmo pensamento: “Giro ou rotatividade de
stock é definido como o número de vezes em que o stock é totalmente renovado em um
período de tempo, geralmente anual”. Dá-se o cálculo pela seguinte fórmula:
Utilizando o exemplo de um item em stock que sua demanda média anual foi de 1420
unidades e seu stock médio foi de 109 unidades:
Os autores ainda falam que alem do giro de stock calculado, pode-se calcular o tempo
médio dos produtos em stock, este é definido pelo tempo médio que o stock é renovado,
tem como calculo o inverso do giro de stock:
Que ao utilizar o mesmo exemplo do giro de stocks, tem-se o seguinte resultado:
Tempo Médio em Stock = 0,077 anos = 0,92 meses
30
Com as informações acima geradas correctamente, o gestor de stocks tem segurança
para saber quando comprar novamente sem prejudicar a empresa. Com o tempo médio,
o gestor poderá saber qual o tempo ideal par renovação de seu stock e dar maior atenção
aos itens que tem maior giro e demanda.
2.2.5.7. Tempo de cobertura do stock (ponto de pedido e tempo de reposição)
Segundo Martins e Alt (2001) a cobertura dos stocks é definida pela quantidade do
stock dividido pela quantidade média da demanda, resultante em dias que o stock
suprirá as necessidades. Desta forma, o autor mostra um modelo de cálculo para a
cobertura do stock:
Utilizando o exemplo de um período de 6 (seis) meses:
6meses x 30 dias/mês = 180dias
Giro = 17,34 Unidades/dia
Com o cálculo acima apurado, o gestor tem a quantidade em dias que terá produtos a
venda, programando assim a compra ideal para o próximo período (tempo de entrega
em dias do próximo pedido).
2.2.6. Gestão de Stocks
Segundo Martins e Alt (quinta tiragem, 2003) ambos mestres em engenharia de
Produção afirmam que a gestão de stocks constitui em acções que permitem o gestor
analisar se os stocks estão sendo bem utilizados, bem localizados, bem manuseados e
controlados. A gestão de stock busca garantir a máxima disponibilidade de produto,
com o menor de stock possível.
A gestão de stocks entende que quantidade de stock parada é capital parado. Ou seja,
não esta tendo nenhum retorno do investimento efectuado e, por outro lado, este capital
investido poderia estar suprindo a urgência de outro segmento da empresa, motivo pelo
qual a gestão deve projectar níveis adequados, objectivando manter o equilíbrio entre
stock e consumo. Os níveis devem ser actualizados periodicamente para evitar
problemas provocados pelo crescimento do consumo ou vendas e alterações dos tempos
de reposição.
31
2.2.6.1. Função da Gestão de Stock
Uma má gestão no stock acarretaria em inúmeros prejuízos à empresa. Dentre eles
elevação do cancelamento de pedidos, parada de produção por falta de matérias, falta de
espaço para armazenamento, quantidades maiores de stock enquanto a produção
permanece constante, e assim vai. Portanto, sua existência em meio ao planeamento do
controle de stock torna-se essencial. A gestão age como protectora do aumento dos
preços é quem incentiva as economias na produção e mais, é a gestão quem protege as
empresas das incertezas na demanda e no tempo de reabastecimento do stock.
(MARTINS e ALT, 2003)
2.2.6.2. Planeamento e controlo de stocks
De acordo com Arnold (1999), nas técnicas de planeamento e controlo de material, a
decisão de o que, quando e quanto comprar é tomado com base em modelos de stocks
que, além de procurarem atender essas questões considerando, basicamente, o factor
custo e o factor capital, minimizando um e maximizando o outro, utilizam previsões que
supõem uma demanda do tipo contínuo, na qual os seus instantes são relativamente
próximos e as suas variações razoavelmente pequenas, o seu enfoque, na gestão de
stock convencional, como observa Arnold (1999), cada item é controlado
individualmente e suas demandas são previstas com base em factores de aleatoriedade,
o que ocorre, porém, na produção, são relações de dependência simples de demandas
entre diversos materiais.
Para Slack; Chambers; Johnston (2002), para melhor gestão de stocks, os gestores
devem realizar duas tarefas: primeiramente, precisam discriminar todos os diferentes
itens armazenados, de maneira que possam aplicar um grau de controlo em cada item,
de acordo com sua importância e, posteriormente a esta distinção, necessitam realizar
um investimento em um sistema de processamento de informação que tenha capacidade
de gerir o controlo dos stocks.
Para Francischini e Gurgel (2002 p.310), controlo, é definido como fluxo de informação
que permite comparar o resultado real com o planeado. Esse fluxo pode ser visual ou
oral. Recomenda-se que seja documentado, para que possa ser analisado, visualizado e
recuperado quando necessário.
32
De acordo com Ching (2007 p.220), o controlo de stock exerce grande influência sobre
a rentabilidade da empresa. Os stocks usam capital de uso potencial e tem o mesmo
custo de capital de qualquer outro projecto de investimento.
Viana (2002 p.448) enfatiza que, qualquer que seja o método, é fundamental a
observância das rotinas em prática, a fim de evitar problemas de controlo, com
consequências no inventário, que tragam prejuízos para a empresa.
2.2.6.3. Função do controlo de stock
A função do controlo de stocks é a de controlar entradas e saídas de mercadorias,
registando seus preços conforme a operação e no final verificar as informações
registadas com o saldo físico disponível no stock.
Dias (1993 p.399), diz que as funções para a organização do sector de controlo de stock
são:
 Determinar “o que” deve permanecer em stock, em números;
 Determinar “quando” se devem reabastecer os stocks, em períodos;
 Determinar “quanto” de stock é necessário para o período pré determinado;
 Receber, armazenar e atender os produtos adquiridos de acordo com as
necessidades;
 Controlar os stocks em quantidades e valores e fornecer as informações sobre
posição de stock;
 Manter inventários periódicos para conferência das quantidades e avaliação do
estado dos materiais, e
 Identificar e retirar do stock os produtos antigos ou danificados.
Assim, a função de do controlo de stock denomina-se o controlo sobre a posição dos
produtos, a hora de comprar, a quantidade a ser comprado, o que realmente se possui no
stock e todas as informações necessárias sobre os produtos armazenados.
2.2.6.4. Custos dos Stocks
A gestão de stock incorre em dois tipos básicos de custo: custos de manutenção de stock
e os custos associados à falta do mesmo. Este segundo tipo de custo é relacionado ao
nível de serviço da empresa, sendo muitas vezes negligenciado pela mesma.
Para Dias (1993 p.399); Existem certos componentes de custo que não podem ser
calculados com grande precisão, mas que ocorrem quando um pedido atrasa ou não
33
pode ser entregue pelo fornecedor. Podemos determinar os custos de falta de stock ou
Custo de Ruptura das seguintes maneiras:
 Por meio de lucros cessantes, devidos a incapacidade de fornecer. Perdas de
lucros, com cancelamento de pedidos.
 Por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituição com
material de terceiros.
 Por meio de custos causados pelo não cumprimento dos prazos contratuais como
multas, prejuízos, bloqueio de reajustes.
 Por meio de “quebra de imagem” da empresa, e em consequência beneficiando o
concorrente.
Como a gestão de stock abrange uma grande gama de actividades de uma empresa,
normalmente existem custos, que não os de manutenção de stock ou associados
directamente à falta de produto, que são impactados pelo processo de gestão.
Contador (1998) descreve a relação de custos mais relevantes e seus componentes:
Custo de obtenção: È proporcional a ordem de produção ou a compra do lote, este custo
é fixo e se refere:
 Preparação para a produção de itens.
 Preparação das máquinas (setup).
 Inspecção das primeiras peças.
Custo de manutenção de stocks: São proporcionais ao volume do stock e ao tempo de
permanência deste.
 Custo de seguro (impostos e juros).
 Custos de stock que incluem um espaço e manuseio.
 Custos de obsolescência.
 Custos de depreciação.
 Custos de oportunidade do capital.
2.2.6.5. Classificação de sistemas de gestão de stocks
2.2.6.5.1. Sistemas de quantidade fixa de encomenda
As respostas às questões quando e quanto encomendar, dependem do natureza da
procura e dos parâmetros usados para caracterizar o sistema. Neste caso, é assumido que
34
a procura é conhecida e constante, o que significa que o número de artigos a
encomendar e o tempo entre o processamento de encomendas não sofrem variações. Os
artigos são sujeitos a uma revisão contínua e quando o ponto de encomenda atinge um
determinado nível, é feito o pedido de uma nova encomenda com um número fixo de
artigos. (SEGALL, 1988)
2.2.6.5.2. Sistemas periódicos de encomenda
São sistemas em que as encomendas são colocadas de períodos em períodos de tempo
previamente determinados e onde a quantidade a encomendar depende da procura
(conhecida) entre revisões. De períodos em períodos de tempo faz-se uma revisão do
stock e encomenda-se a quantidade necessária para elevar o nível de stock ao nível
máximo pretendido. (SEGALL, 1998)
2.2.6.6. Elementos a ter em conta com a Gestão de Stocks
1. Quantidade Óptima a encomendar
√
D – Procura anual
S – Custo de preparação da encomenda
H – Custo anual de posse ou armazenamento.
2. Ponto da Nova Encomenda
R – Ponto da nova encomenda
d – Procura media diária
L – Prazo de acomodamento
3. Custo Total Anual
2.2.6.7. Técnicas de Gestão dos stocks
As técnicas e ferramentas utilizadas para auxiliar e orientar o administrador em uma
eficiente gestão de materiais busca reduzir e eliminar falhas nos processos de
atendimento ao cliente. O excesso e falta de mercadoria, que podem gerar um custo não
programado, além de complicar o fluxo de caixa da empresa.
35
2.2.6.7.1. Classificação dos stocks segundo o valor de uso – Sistema ABC
Nas organizações de hoje, existem várias ferramentas para fazer a medida dos custos e
uma das mais usadas é o sistema de custeio ABC, que são os custos baseados em
actividades.
O método ABC é o mais utilizado, pois leva em consideração a sua abrangência em
relação a determinado factor, separando os itens por classes de acordo com sua
importância relativa. Para classificar os itens podem ser utilizados vários parâmetros,
peso, volume ou número de movimentações, ou ainda por volume financeiro investido
em stock. No entanto o mais utilizado é o emprego da demanda valorizada, ou seja, a
quantidade do produto pelo seu custo unitário.
Dias (1993, p.77), Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as
classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
 Classe A: grupo de itens importantes que devem ser tratados com uma atenção
especial pela administração.
 Classe B: grupo de itens em situação intermediaria entre as classes A e C.
 Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por
parte da administração.
De acordo com a classificação ABC, os itens podem ser separados em classe A, que são
os itens em pequenas quantidades, porém caros, e o contrário ocorre na classe C, onde
grandes quantidades, mas, porém com custos menores e a classe B que seria o
intermediário entre as duas classes.
Figura. 1 - Curva ABC para classificação de stocks
Fonte: (MOREIRA, 1996, p.463).
36
2.2.6.7.2. Classificação XYZ
Itens são segmentados baseando-se no critério de criticidade e facilita as rotinas de
planeamento, reposição e gestão de stocks.
Tabela 3. Técnica XYZ
Classe Designação
X
Ordinário: Item de baixa criticidade, cuja falta
naturalmente compromete o atendimento de um
usuário interno (serviço ou produção) ou externos
(clientes finais), mas não implica em maiores
consequências.
Y
Inter-cambiável: Apresenta razoável
possibilidade de substituição com outros itens
disponíveis em stock sem comprometer os
processos críticos, caso seja necessário e em
detrimento dos custos envolvidos.
Z
Vital: Item cuja falta acarreta consequências
críticas, tais como interrupção dos processos da
empresa, podendo comprometer a integridade de
equipamentos ou segurança operacional. Para
facilitar a memorização, optamos por denominar
os itens mais críticos pela letra Z devido a sua
posição no extremo oposto do alfabeto.
Fonte: Prof. Fernando Augusto Silva Marins
2.2.6.7.3. Sistema Just-in-time (JIT)
“O sistema jus in time é um método de produção com o objectivo de disponibilizar os
materiais requeridos pela manufactura apenas quando forem necessários para que o
custo de stock seja maior. (MARTINS e CAMPOS, 2006, p.127).”
Segundo Viana (2000), É a produção na quantidade necessária, no momento necessário,
para atender a variação de vendas com o mínimo de stocks em produtos acabados, em
processos e em matéria-prima. Para Martins e Campos (2006), O sistema just-in-time3
é
3
Just in time (na hora certa” ou "momento certo) - é umsistema de administração da produção que
determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa.
37
um método de reprodução com objectivo de disponibilizar os materiais requeridos pela
manufactura apenas quando forem necessários para que o custo de stock seja menor.
Aborda-se geralmente o JIT, alguns de seus aspectos, como:
 Melhoria contínua dos processos.
 Eliminação de desperdícios.
 Esforço contínuo na resolução de problemas.
 Produção em stock.
 Manufactura de fluxo contínuo.
O JIT é muito mais do que uma simples ferramenta de gestão, é um conjunto de técnicas
de administração do stock e da produção, considerada uma derivação do sistema
japonês “Kanban” (quantidade e momento da necessidade de reabastecimento),
especificando quanto será retirado do stock do fornecedor. (CHING, 2001, p.136).
Moura 2006, O objectivo do JIT é estreitar ainda mais o relacionamento entre
vendedores e clientes, eliminando a necessidade de intermediários, na medida em que o
vendedor assume responsabilidades dentro das instalações dos clientes, dispensando,
desse modo, parte das funções de compras para o cliente e de vendas para o fornecedor.
Tabela 4. Exemplos de enfoques JIT para alguns problemas
Problemas Solução JIT
Maquina não confiável Torna-la confiável
Grandes tamanhos de lote Produzir necessidade do cliente e adoptar sistema
de puxar a demanda
Longos lead times4
de produção Melhorar a flexibilidade da produção e reduzir
tempo de set up5
Qualidade insatisfatória Melhorar processos e trabalhar com fornecedores
para garantir a qualidade assegurada
Fonte. Adaptado HONG (2006, p. 39).
4
Lead times (tempo de aprovisionamento ) - é o tempo entre o momento de entrada do material até à sua
saída do inventário.
5
Set up - é o tempo decorrido para a troca (ferramenta, programa, equipamento) de um processo em
execução até a inicialização do próximo processo.
38
2.2.6.7.4. Tempo de Reposição por ponto de pedido
Uma das informações básicas de que se necessita para calcular o stock mínimo é o
tempo de reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o stock precisa ser
reposto até a chegada efectiva do material no almoxarifado da empresa. Segundo Dias
(1993), este tempo pode ser desmembrado em três partes:
1. Emissão do pedido: Tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela
empresa até ele chegar ao fornecedor.
2. Preparação do pedido: Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos,
separar os produtos, emitir facturamento e deixá-los em condições de serem
transportados.
3. Transportes: Tempo que leva da saída do fornecedor ate o recebimento dos
materiais encomendados.
2.2.6.7.5. Modelo de Reposição - Sistema duas Gavetas
O modelo de reposição contínua, também chamado de modelo do lote económico
padrão, modelo de stock mínimo ou modelo do ponto de reposição, consiste em emitir
um pedido de compras, com quantidade igual ao lote económico (ou outro, a critério do
administrador de materiais), sempre que o nível de stocks atingirem o ponto de pedido.
(MARTINS e CAMPOS, 2006).
Esse é um método que consiste em executar o pedido de compra quando o stock de um
certo item atinge um nível previamente determinado. Este sistema é ainda mais
relevante para itens de baixo valor, os da classe C, procurando-se reduzir a burocracia
de compra do produto, sem cálculos, garantindo o suprimento normal dos itens.
Gonçalves e Schwember (1979) representaram este sistema por uma representação
gráfica de maneira bem prática, Sejam duas caixas:
Figura. 2 - Sistema de duas gavetas
Fonte: (GONÇALVES e SCHWEMBER, 1979, p.207)
39
Todo material necessário é retirado da caixa 1, ficando fechada a caixa 2. Quando a
caixa nº 1 mostrar-se insuficiente para atender a demanda abre-se a caixa nº 2, uma
ordem é emitida para que se permita encher as duas caixas, sendo a demanda e o tempo
de reposição determinísticos. O material chegará exactamente no momento que o
material da caixa nº 2 tenha chegado à zero. Para uma melhor compreensão a disposição
das caixas ficará da seguinte maneira:
Figura. 3 - Sistema de duas gavetas
Fonte: (GONÇALVES e SCHWEMBER, 1979, p.208)
Logo, adiciona-se um stock de segurança para evitar possíveis imprevistos, então se
trabalha com um sistema de reposição com quantidade fixa com a vantagem de não
precisar de um registo com anotações e controle permanente. No entanto, esse sistema
não é adequado para itens que apresentem uma alta variação no consumo.
2.2.6.8. Modelo de Controlo de stocks
Os modelos de controlo de stocks podem ser divididos em dois grupos: os de emissão
directa e os de emissão indirecta. Nos modelos de emissão indirecta, os itens são
considerados independentes dos demais, cuja necessidade de reposição é função apenas
da previsão da demanda do item do mercado, ao contrário dos dependentes cujas
necessidades de reposição não são conhecidas até que a demanda dos itens aos quais
este item tem dependência seja determinada. Ex. de emissão indirecta: modelo de
controlo por ponto de pedido e por revisões periódicas.
40
Os modelos de controlo de stock baseado em emissão directa são baseados na lógica do
MRP (Manufacturing Resource Planning6
) que incluem itens com demanda dependente
e independente.
2.2.6.8.1. Controlo de stocks pelo MRP
Para Gonçalves e Schwember (1979), o sistema de planeamento dos requerimentos é
um tipo de gerência sistemática dos stocks baseados em um conjunto de procedimentos
e regras de decisão projectadas para determinar as necessidades de stocks dos itens que
compõem o produto em todos os níveis, a partir do produto final, com a finalidade de
gerar ordens de acção para esses requerimentos.
Mas, para Martins e Campos (2006), O Planeamento das necessidades de materiais é
uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que serão
utilizados na fabricação de um certo produto.
Os principais pré-requisitos e suposições envolvidos no MRP são:
 Existe um programa mestre de produção que contém a lista de materiais.
 Todos os itens do stock têm uma identificação única.
 Os registos dos stocks contêm os dados históricos de cada item.
 Os prazos de entrega são conhecidos.
 Existem informações para conhecer oportunamente os recebimentos e consumos
de cada item.
 Existe processamento independente dos itens em fabricação.
O MRP apoia-se num pacote de software para cálculo das necessidades de materiais e
de outros recursos, garantindo a sua disponibilidade no exacto momento em que são
necessários, nem antes (o que eu significa desperdícios) e nem depois (atrasando o
planeamento). (MOURA, 2006).
As quantidades devem estar correctas nos momentos certos para que a programação das
actividades seja no momento mais tarde possível, de modo a minimizar os stocks.
Quando se deduz as necessidades brutas do stock já existente, têm-se as necessidades
líquidas, a partir da qual são geradas as ordens de compra ou de produção.
6
Manufacturing Resource Planning MRP – Planeamento das necessidades de materiais
41
2.2.6.9. Analise e Níveis de Stocks
2.2.6.9.1. Método PEPS ou FIFO
Conforme Pozo (2007) o sistema PEPS (Primeiro que entra, Primeiro a Sair): É baseado
na cronologia das entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens de stocks é feito
por ordem de entrada do material na empresa, o primeiro que entrou será o primeiro que
sairá, e assim utilizamos seus valores na contabilização do stock. (POZO, 2007, p. 88)
O autor Gonçalves (2007) contribui com Pozo (2007), sobre o método PEPS, ao utilizar
este método deverá considerar a ordem em que o produto entrou no stock. A saída ira
levar em conta o histórico das entradas.
O autor Francischini (2002), contribui com os demais autores dando sua definição para
o método PEPS:
PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou FIFO (First In, First Out)
é o método que da prioridade a ordem cronológica das entradas. Ou
seja, sai o primeiro material que entrou no stock, com seu respectivo
preço unitário. Neste caso, cada lote de compra é controlado
separadamente. (FRANCISCHINI, 2002, p. 172)
Exemplo 1.
Exemplo de movimento de stock utilizando o método PEPS, “Numa empresa entraram
em stock, no dia 6-5, 100 unidades, de peça, ao preço de 15,00 cada; no dia seguinte 7-5
entraram mais 150 unidades a 20,00 cada: no dia 8-5, saíram de stock 150
unidades”.(DIAS, 2006, p. 161)
Tabela 5. Movimento de stocks e cálculo do custo médio pelo método PEPS
Fonte. Adaptado Dias (2006, p. 161).
2.2.6.9.2. Método UEPS ou LIFO
Para Pozo (2007), o método UEPS último que entra, primeiro que sai consiste na
cronologia das saídas e entradas, levando em considerarão o último que entrou, que será
42
o primeiro a sair. Conforme Pozo (2007, p. 89) “é um procedimento muito utilizado em
economias inflacionárias, facilitando a contabilização dos produtos para definição de
preços de venda e reflectindo custos mais próximos da realidade de mercado.
Neste contexto o autor Gonçalves (2007), salienta que este método UEPS consiste ao
inverso do método PEPS, as entradas e saídas deverão proceder de maneira que o último
a entrar deverá ser o último a sair. Assim o autor Gonçalves (2007), ressalta que:
As saídas são processadas conforme as quantidades de cada, reduzindo
as quantidades de acordo com o histórico das entradas; porém,
considerando sempre que as primeiras unidades a sair devem ser
valorizadas com base na última entrada e, assim, sucessivamente.
(GONÇALVES, 2007, p. 185)
O autor Francischini (2002), contribui com a definição do método UEPS ou LIFO:
UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) ou LIFO (Last In, First Out) inverte a
ordem cronológica de entrada no stock. Ou seja, o último lote a entrar no stock
que é o primeiro a ser considerado separadamente. (FRANCISCHINI, 2002, p.
172)
Exemplo 2.
O autor Dias (2006) exemplifica com um exemplo similar aos anteriores o
funcionamento do método UEPS, “Em uma empresa entraram em stock, no dia 2 -3,
150 unidades de uma peça ao preço unitário de 15,00; no dia 3-3, entraram mais 100
unidades a 20,00 cada, e saíram do stock, no dia 5-3, 150 unidades” (DIAS, 2006, p.
162).
Tabela 6. Movimento de stocks e cálculo médio pelo método UEPS
Fonte. Adaptado Dias (2006, p. 162)
43
Tabela 7. A Influência da Gestão de Stocks nos Índices Financeiros
Índice Financeiro Influência da Logística
LIQUIDEZ SECA
(Mostra a capacidade da empresa em
atender suas obrigações no curto prazo
em suas datas de vencimento)
Melhora a composição do Activo
Circulante
 Aceleração da conversão dos stocks
em vendas;
 Gestão económica dos stocks.
Reduz o Passivo
 Requisição dos recursos nas
quantidades e nos momentos certos
(duplicatas com valores menores);
 Evita necessidade de empréstimos.
ACTIVIDADE
(Mostra a rapidez com que certas contas
são convertidas em vendas ou em caixa).
Aumento do Giro de Stock
Aumento do Giro do Activo Total
 Diminuição dos stocks;
 Troca dos stocks por informações;
 Redução das áreas de armazenagem.
ENDIVIDAMENTO GERAL
(mostra o montante de terceiros usados
para gerar lucros)
 A gestão eficiente da logística
diminui o endividamento da empresa
e ajuda facilitando o pagamento de
suas dívidas.
RENTABILIDADE
(quanto maiores as vendas e menores os
custos, maiores os lucros) ROI (RETURN ON INVENTORY
INVESTMENTS/RETORNO SOBRE
INVESTIMENTOS EM ESTOQUE):
É o indicador de desempenho que mede o
resultado em relação a investimentos em
stock. O denominador mais utilizado no
cálculo desse indicador é o stock médio
para o período (normalmente anual), por ser
mais representativo em termos de níveis de
stock ao longo do ano em comparação ao
balanço do último dia do ano.
Fonte: CORRÉA, 2001
44
CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA
Este capítulo reserva-se em descrever o delineamento metodológico da pesquisa, para
melhor se compreender os métodos científicos usados na elaboração do trabalho, como
base inequívoca para a apresentação das conclusões do mesmo.
3.1 Tipo da pesquisa
Quanto ao tipo esta pesquisa caracteriza-se como pesquisa do tipo descritiva, esta
pesquisa consiste em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o
delineamento ou análise das características de factos ou fenómenos, a avaliação de
programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chave.
3.2.Método de abordagem da pesquisa
A elaboração da presente pesquisa foi delineada com base na seguinte abordagem:
Quanto ao problema, o estudo contempla uma abordagem do método indutivo, uma vez
que usou-se a Matemática através da Estatística. Utilizando como exemplo a
enumeração, trata-se de um raciocínio indutivo baseado na contagem.
3.3. Método de procedimento da pesquisa
Para a realização da pesquisa foi utilizado o método de procedimento monográfico ou
estudo de caso, em que a literatura empírica que fornece um fenómeno antigo para
actual dentro do seu contexto da realidade é a base no qual são utilizadas várias fontes
de evidência.
O que significa que para este trabalho, a investigação pressupõe uma abordagem
concreta em que o proponente inteirou-se sobre a matéria da analise do papel dos stocks
na gestão financeiras das PMEs, em particular a empresa Nova Base, Lda. Filial de
Nampula.
3.4. Técnicas de colecta de dados
Os dados necessários para a realização terão fonte primária, uma vez que serão obtidos
a partir das observações feitas directamente na empresa, sem a necessidade de consultar
documentos, pastas ou arquivos armazenados. Os dados primários, são aqueles colhidos
directamente na fonte.
Na recolha das informações referentes ao problema em estudo normalmente é
imprescindível o questionário. O uso desta técnica prende-se no facto de querer colher
45
opiniões e ideias das individualidades escolhidas como amostra mediante uma série de
perguntas elaboradas pelo autor de forma clara, coerente e concisa.
Para o presente trabalho, foi elaborado um questionário dirigido a dez (10)
individualidades dos quais responsáveis da logística e pessoal do armazém. (Vide
apêndice).
3.5. População em estudo e tamanho da amostra
3.5.1. População em estudo
No presente trabalho, o universo é de 17 trabalhadores, o que corresponde ao total de
trabalhadores da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula, distribuídos entre
pessoal de escritório, postos de venda, distribuição e armazém, considerado pelo
proponente do presente trabalho, como reunindo características pretendidas para a
pesquisa.
3.5.2. Tamanho da amostra
Para a efectivação deste trabalho utilizou-se uma amostra disponível e probabilística,
pois, cada elemento do universo tem a mesma probabilidade de ser escolhido para
pertencer a amostra. Dada a natureza do tema em estudo, a amostra cingiu-se aos
gestores do departamento da logística e o pessoal do armazém.
A amostra deste trabalho é constituída por 10 individualidades, sendo 2 responsáveis do
departamento de logística e 8 trabalhadores afectos em armazéns, que se mostraram
disponíveis.
3.6. Ferramentas da análise e softwares usados
Como parte prática de colecta de dados, para o presente trabalho, a pesquisa teve como
foco analisar a gestão de stock da empresa e com isso a colecta de dados ocorreu com
visitas a organização, foi usada a observação direita participativa em que o proponente
participou na colecta de dados observando directamente e questionário com alguns
trabalhadores responsáveis pela administração de materiais da empresa e para análise
dos dados colectados usou-se o método comparativo percentual.
46
CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Introdução
Este capítulo faz referência ao cenário actual da empresa, descreve e analisa os
procedimentos de controlo dos stocks adoptado pela mesma no seu departamento
logístico e apresenta as sugestões de melhoria necessárias para alguns destes
procedimentos.
Com o intuito de almejar os objectivos gerais e específicos desta pesquisa, foi aplicado
um questionário conforme apêndice A, direccionado ao pessoal do armazém da
empresa.
4.2. Localização geográfica do campo de estudo
A empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula, está estabelecida na cidade de
Nampula, na Rua da Unidade, nº 101.
Figura 5. Vista frontal do edifício da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula.
Fonte: adaptado pelo autor
4.3. Caracterização da Empresa
A Nova Base, Lda. dedica-se ao comércio de equipamentos de higiene e segurança no
trabalho, contando com a experiência e dedicação de mais de 15 anos neste ramo,
47
sempre com os olhos postos no futuro. Possui uma vasta gama de produtos e
comercialização das melhores marcas do mercado, sempre a preços muito acessíveis.
Desde Janeiro de 2009 as empresas que desempenham o serviço de manutenção de
extintores estão obrigadas por lei a estarem certificadas com a norma de 2012.
A Nova Base, Lda. possui todas as certificações oficiais para desempenhar o serviço de
manutenção de extintores em pequena ou larga escala.
Faz-se a manutenção de todos os tipos de extintores. Tem oficina certificada e todos os
equipamentos necessários para esta tarefa, bem como pessoal especializado para a
desempenhar. Também oferece formação de plano de evacuação de emergência e
Manuseamento de Equipamentos de Combate a Incêndio, ministrada na empresa
referida.
A Nova Base, Lda. possui um grande stock e variedade de produtos na área dos
equipamentos de segurança no trabalho: Calçado de trabalho, equipamento anti - queda,
mascaras, óculos e capacetes, vestuário de trabalho, luvas, produtos de higiene, combate
a incêndios, sinalizadores e outros.
4.4. Apresentação de dados obtidos
Os dados apurados do questionário dirigido aos responsáveis e pessoal do armazém da
empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula, estão organizados em categorias de
acordo com a natureza das respostas que foram dadas pelos inqueridos e os resultados
são apresentados em gráficos de acordo com o tipo de respostas, estes gráficos mostram
o estado de prevalência do fenómeno do controlo dos stocks da empresa.
Figura 6. Organograma da empresa Nova Base, Lda.
Fonte: adaptado pelo autor
Director
Contabilista Area Tecnica Gestor de Stock
Supervisores de
Armazens
Gestor de RH
48
Gráfico 1. Nível Académico dos respondentes ao questionário
Fonte: Adaptado pelo autor
Dos 10 respondentes dos questionários encaminhados apenas 1 que corresponde a 10%
possui nível superior, 3 que correspondem a 30% possuem nível técnico médio e 6 que
perfazem 60% possuem nível médio do ensino geral.
Gráfico 2. Género dos respondentes ao questionário
Fonte: adaptado pelo autor
Numa amostra de 10 trabalhadores inqueridos apenas 2 que correspondem 20% da
pesquisa são do sexo feminino e os restantes 8 que por sua vez correspondem 80% são
do sexo masculino, deste modo nota-se que há um desequilíbrio em termos de género na
empresa em questão.
4.4.1. Pesquisa sobre controlo de stocks
Para efectuar esta presente pesquisa, foi usado como critério a escolha de dez
trabalhadores da empresa, que tenham correlação directa com o armazém da empresa,
0
1
2
3
4
5
6
7
Doutorado Mestrado Superior Tecnico Medio Medio Basico
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Masculino Feminino
49
tendendo a possibilidade de uma visão geral e ao mesmo tempo direccionado a sectores
que solicitam e efectuam compras.
Gráfico 3. Tipos de stock de matérias vendidos na empresa
Fonte: adaptado pelo autor
Dos 10 trabalhadores inqueridos no que correspondem 100% da amostra da pesquisa
afirmam que a empresa em questão utiliza um e único tipo de stock para a venda que é
stock de materiais de higiene e segurança no trabalho.
Gráfico 4. Modelo de controlo de stock realizado na empresa
Fonte: Elaborado pelo autor
Numa amostra de 10 trabalhadores inquiridos, 4 que correspondem a 40% afirma que o
controlo de stock e feito manualmente e por volta de 6 que perfazem 60% responderam
que o controlo é informatizado. Contudo, foi constatado que a empresa Nova Base, Lda.
0
2
4
6
8
10
12
Stock de material
de construção
Stock de material
eléctrico
Stocks de material
de higiene e
segurança no
trabalho
Stocks de matérias
perecíveis
Outro
0
1
2
3
4
5
6
7
Controlo Manual Visual Contrlo Informatizado Outro Nenhum
50
possui o controlo de stock informatizado, mas ainda é utilizado o modelo de controlo
manual visual, que está sujeito a erros no processo de gestão dos stocks. Com isso a
empresa não trabalha de maneira eficiente e positiva com os softwares, gerando dois
relatórios, um manual e um visual.
Gráfico 5. Quantidade de pedidos de compra mensal
Fonte: Elaborado pelo autor
Dos trabalhadores inqueridos 3 que correspondem a 30% da amostra afirmam que a
empresa efectua ate 10 pedidos de compra mensal, 2 que correspondem a 20% da
amostra afirmam que a empresa efectua de 11 a 20 pedidos de compras mensal, 1 que
corresponde a 10% afirma que a empresa efectua de 21 a 30 pedidos por mês e por sua
volta os 4 que perfazem 40% sendo a maioria responderam que a empresa efectua mais
de 30 pedidos por mês.
Esta análise aponta para grande necessidade de implantação de um controlo de stock
muito bem elaborado.
0
0.5
1
1.5
2
2.5
3
3.5
4
4.5
Ate 10 pedidos de 11 a 20 pedidos de 21 a 30 pedidos mais de 30 pedidos
51
Gráfico 6. Critério usado para reabastecimento dos stocks
Fonte: adaptado pelo autor
Numa amostra de 10 trabalhadores inquiridos, apenas 3 que correspondem 30% da
amostra afirmam que a empresa utiliza o critério de reabastecimento de stock em função
do tempo, este sistema vai em função do período independentemente ter o stock ou não
e os 7 trabalhadores que correspondem a 70% afirmam que a empresa utiliza o critério
de reabastecimento de stock em função das quantidades. Pode-se notar que a empresa
preocupa-se mais com aquisição de stock em função da quantidade fixa de encomenda,
dai que o controlo de stock é com base na quantidade de stock que a empresa usa.
Gráfico 7. Custos associados na manutenção dos stocks em armazém
Fonte: adaptado pelo autor
Dos 10 trabalhadores inqueridos, 2 que correspondem a 20% responderam que os custos
associados na manutenção de stocks é o custo de posse, 1 que corresponde 10% da
0
1
2
3
4
5
6
7
8
Em função do tempo Em função das quantidades
0
1
2
3
4
5
6
Custo de posse Custos de
obsolescência
Custos de
depreciação
Custo de
encomenda
Custo de ruptura
de stock
52
amostra afirma que a empresa associa custo de depreciação na manutenção dos stocks, 5
que correspondem 50% da amostra, sendo assim a maioria afirmam que os custos
associados na manutenção dos stocks da empresa é o custo de encomenda e por sua
volta 2 que perfazem 20% afirmam que o custo de ruptura de stock é associado ao
custos de manutenção dos stocks.
Gráfico 8. Quantidade de stocks mensal necessária para atender as necessidades
dos pedidos dos clientes
Fonte: adaptado pelo autor
Numa amostra de 10 trabalhadores, apenas 2 que perfazem 20% afirmam que a
quantidade de stock necessária para atender as necessidades dos pedidos dos clientes é
de 41 a 60 unidades por mês e por sua vez 8 que correspondem 80% sendo assim, a
maioria afirmam que a empresa precisa de mais de 60 unidades mensais para atender as
necessidades dos pedidos dos clientes. Dessa forma nota-se que a empresa apresenta um
stock necessário para atender a demanda dos clientes.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
ate 20 Unidades de 21 a 40 Unidades de 41 a 60 Unidades mais de 60 Unidades
53
Gráfico 9. Principal critério na escolha do fornecedor
Fonte: Elaborado pelo autor
Dos trabalhadores inqueridos podemos perceber que 6 trabalhadores no qual
correspondem 60% da amostra afirmam que a empresa utiliza o preço como critério da
escolha de seus fornecedores e 2 que correspondem a 20% optam na qualidade do
produto, o restante dividem-se entre confiança e prazo de entrega.
Diante desse facto, é perceptivo que no processo de cotação de preços, não é avaliado o
histórico dos fornecedores, pois não há preocupação com a formação de parcerias,
lembrando que a confiança e a parceria reduzem os custos e auxilia no controlo, que no
médio e longo prazo propicia um retorno financeiro bastante atractivo para empresa.
Gráfico 10. Principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos
stocks eficiente
Fonte: Elaborado pelo autor
0
1
2
3
4
5
6
7
Preco Qualidade do produto Prazo de entrega Confianca
0
1
2
3
4
5
6
7
Dificuldade de
entendimento
Financeira Falta de software
informático
apropriado de
gestão de stock
Falta de pessoal
qualificado em
matéria de gestão
de stock
Outro
54
O gráfico mostra que 6 trabalhadores inqueridos que corresponde a 60% da amostra,
respondem que as principais barreiras encontradas para a não gestão eficiente de stock
da organização, é devido à falta de software informático apropriado para a gestão de
stocks, em seguida apenas 3 que perfazem 30% da amostra afirmam que há falta de
pessoal qualificado em matéria de gestão de stocks, e não menos importante a
dificuldade financeira.
Gráfico 11 - Análise pessoal em relação a adopção de um sistema informatizado na
empresa
Fonte: Elaborado pelo autor
Numa amostra de 10 trabalhadores inqueridos, 6 que correspondem a 60% respondem
que a adopção de um sistema informatizado melhoraria o processo de aquisição de
mercadorias, 3 que correspondem 30% respondem que melhoraria o processo de
controlo de stock e apenas 1 que corresponde a 10% afirma que melhoraria e evitaria
perdas. Com base no gráfico acima, nota-se que as opiniões dos colaboradores são
argumentos suficientes para que a empresa reavalie seus processos, conforme os dados
obtidos, pois nenhum deles acredita que com a implantação de um sistema bem
elaborado, não iria melhorar em aspecto algum os processos de gestão e controlo do
stock.
4.4.1.1. Descrição do departamento de controlo de stocks da empresa
De acordo com o questionário respondido pelos responsáveis do sector, percebe-se que
não existe um bom relacionamento do órgão com algumas áreas como a de vendas,
finanças, manutenção, e desenvolvimento dos recursos humanos. Os critérios mais
importantes para a obtenção de vantagens competitivas segundo a empresa são o menor
0
1
2
3
4
5
6
7
Melhoraria o
processo de
aquisição/compra
de mercadorias
Melhoraria e
evitaria perdas
(prazo de validade)
Melhoraria o
processo de
controlo de stock
Não melhoraria Outro
55
custo comparado à concorrência, a qualidade, o desempenho de entrega e a
flexibilidade.
A empresa Nova Base, Lda. tem conhecimento do custo médio anual de seu sistema de
stock e possui espaço suficiente para armazenamento da quantidade necessária de
mercadorias.
O lote económico de compra è calculado para a definição do tamanho do pedido, para
esse cálculo é levado em consideração o custo de manter o stock e o custo de obter o
stock, mas, no entanto não é utilizado o lote económico de compra para todos os
materiais.
4.4.1.2. Processo de aquisição de mercadorias
Departamento de aquisição coordena as contratações de serviços, materiais e
equipamentos para a empresa Nova base, Lda. A empresa planeia a forma de aquisição
de mercadorias e serviços conforme a necessidade, elaborando editais de licitação para a
respectiva contratação.
4.4.1.3. Processo de armazenamento
Toda mercadoria que ingressa na empresa é inspeccionada pelo departamento de
qualidade o qual tem o papel de verificar se os bens foram entregues conforme as
especificações. As inspecções são feitas na fábrica ou no recebimento. A partir da
liberação pela inspecção as mercadorias são endereçadas para guarda, armazenamento e
posterior distribuição.
56
CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E SUGESTÕES
5.1. Conclusão
Conforme foi proposto no objectivo geral desse trabalho a metodologia utilizada gerou
informações que possibilitaram a chegar as seguintes conclusões:
Foi constatado que a empresa em questão demanda mais de 60 unidades mensais para
atender as necessidades dos pedidos dos clientes. Dessa forma nota-se que a empresa
apresenta um stock necessário para atender a demanda dos clientes.
Para uma gestão eficiente a empresa optou pelo critério de reabastecimento de stock em
função das quantidades. Pode-se notar que a empresa preocupa-se mais com aquisição
de stock em função da quantidade fixa de encomenda, dai que o controlo de stock é com
base na quantidade de stock que a empresa utiliza.
Contudo, foi constatado ainda que a empresa Nova Base, Lda. possui o controlo de
stock informatizado, mas ainda é utilizado o modelo de controlo manual, que está
sujeito a erros no processo de gestão dos stocks. Com isso a empresa não trabalha de
maneira eficiente e positiva com o software.
O modelo de controlo adequado dos stocks permite saber quais são as quantidades e a
qualidade dos mesmos existentes, assim como o seu valor actual, permitindo minimizar
as eventuais rupturas em armazém, garantindo a plena satisfação dos pedidos dos
clientes.
Conclui-se ainda que os custos associados na manutenção dos stocks da empresa é o
custo de encomenda e por sua volta não menos importante o custo de ruptura, custo de
posse, custo de depreciação e custo de obsolescência.
57
5.2. Sugestões
Tendo se chegado as conclusões da pesquisa, sugere – se o seguinte:
 Que se incremente de controlo de stock informatizado na sua totalidade do modo
que a empresa possa estar de acordo com a sua estrutura, sempre pronto a
oferecer seus produtos e serviço desejado pelo cliente, mantendo o mínimo de
stock, vislumbrando um menor custo possível.
 Que se adopte um sistema de informações eficiente e pessoas qualificadas para
cuidar deste sector que é muito importante dentro da organização.
 Que se faça aperfeiçoamento e domínio das ferramentas responsáveis pelo
sistema de cálculos de perdas na movimentação de stock, bem como no controlo
dos produtos que se encontram próximos do seu prazo de validade.
 Que se fixe os limites de stock mínimo e máximo, já que este é um ponto
importante na gestão da produção, como forma de evitar o excesso e as rupturas
dos mesmos.
58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas,
1999.
2. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e
Distribuição Física. 1ª Ed.14ª tiragem. São Paulo: Atlas, 1993.
3. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J; COOPER, M. Bixby. Gestão logística
de cadeias de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. 528 p.
4. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de vendas: uma abordagem introdutória.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 164 p.
5. CHING, Hong Yuh. Gestão de stocks na cadeia de logística integrada - Supply
chain. 3. ed São Paulo: Atlas, 2007. 220 p.
6. CONTADOR, José Celso. Gestão de operações. 2° Ed. São Paulo: Editora: Edgard
Blücher Ltda, 1998.
7. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4.
Ed. São Paulo: Atlas, 1993. 399 p.
8. FRANCISCHINI, Paulino; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de
materiais e do património. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. 310 p.
9. GASNIER, Daniel Georges, A dinâmica dos stocks: Guia prático para
planeamento, gestão de materiais e logística. São Paulo: Instituto IMAM, 2010.
316p.
10. GONÇALVES, Paulo Sérgio; SCHWEMBER, Enrique. Administração de stock:
Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Interciência, 1979.
11. MARTINS, Petrónio G. e CAMPOS, Paulo R. Administração de Materiais e
Recursos Patrimoniais. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
12. MARTINS, Petrónio Garcia, ALT, Paulo R. Campos. Administração de Materiais e
Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2001.
13. MARTINS, Petrónio G.; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São
Paulo: Ed. Saraiva, 2003. 445 p.
14. MAYER, Raymond R. Administração da Produção. Tradução de Clóvis Leite
Monteiro e Rubens Valdergaren. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 1990.
59
15. MOURA, Benjamim. Logística: Conceitos e Tendências. 1ª ed. Lisboa: Centro
Atlântico Ltda, 2006.
16. Prof. Fernando Augusto Silva Marins. DPD-FEG-UNESP
www.feg.unesp.br/fmarins
17. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma
abordagem logística. 3. São Paulo: Atlas, 2007.
18. _____________. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma
abordagem logística. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2010.
19. SLACK, Nigel. Administração da produção. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
20. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2
Edição. Atlas, 2002.
21. SEGALL, Salomão Gomes; VIANA, João José. Técnicas de gestão de stocks. São
Paulo: ABM, 1988.
22. SOUZA, Alceu. Dimensionamento de Stocks. Uma Introdução ao conceito de troca.
1982. UFPR; (mímeo).
23. TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planeamento e Controlo da Produção. São
Paulo: Editora Atlas, 1997.
24. VIANA, João J. Administração de Materiais: Um Enfoque Prático. 1ª Ed. São
Paulo: Atlas, 2000.
25. _____________. Administração de Materiais: Um enfoque prático. São Paulo:
Atlas, 2002. 448 p.
60
APÊNDICE
61
APÊNDICE – QUESTIONARIO: PESQUISA SOBRE CONTROLO DE STOCKS
Cargo/Função: _____________________________________________________
Nível de escolaridade: Nível Básico do ensino geral ( ) Nível Médio do ensino geral ( )
Técnico Médio ( ) Superior ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( )
Género: Masculino ( ) Feminino ( )
Quais são os tipos de stock de matérias vendidos na empresa?
( ) Stock de material de construção
( ) Stock de material eléctrico
( ) Stocks de material de higiene e segurança no trabalho
( ) Stocks de matérias perecíveis
( ) Outro. Qual? __________________________________________________
Qual é a principal forma de controlo de Stock realizado?
( ) Controlo manual visual
( ) Controlo informatizado
( ) Outro
( ) Nenhum
Qual é a quantidade de pedidos de compras mensal?
( ) até 10 pedidos
( ) de 11 e 20 pedidos
( ) de 21 a 30 pedidos
( ) mais de 30 pedidos
Qual o critério usado para reabastecimento dos stocks?
( ) Em função do tempo
( ) Em função das quantidades
Quais são os custos associados na manutenção dos stocks em armazém?
( ) Custo de posse
( ) Custos de obsolescência
( ) Custos de depreciação
( ) Custo de encomenda
62
( ) Custo de ruptura de stock
Qual a quantidade de stocks mensal necessária para atender as necessidades dos pedidos
dos clientes?
( ) ate 20 Unidades
( ) de 21 a 40 Unidades
( ) de 41 a 60 Unidades
( ) mais de 60 Unidades
Qual o principal critério na escolha do fornecedor?
( ) Preço
( ) Qualidade do produto
( ) Prazo de entrega
( ) Confiança
( ) Outro. Qual? __________________________________________________
Qual a principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos stocks?
( ) Dificuldade de entendimento
( ) Financeira
( ) Falta de software informático apropriado de gestão de stock
( ) Falta de pessoal qualificado em matéria de gestão de stock
( ) Outro. Qual? ___________________________________________
Como o Sr. (a) analisa a mudança em sua empresa com a implantação de um sistema
informatizado?
( ) Melhoraria o processo de aquisição/compra de mercadorias
( ) Melhoraria e evitaria perdas (prazo de validade)
( ) Melhoraria o processo de controle de stock
( ) Não melhoraria
( ) Outro. Qual? ____________________________________________
63
ANEXOS

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  • 1. i Sérgio Alfredo Macore Análise do Papel dos Stocks na Gestão Financeira das Pequenas e Medias Empresas: um estudo de caso na empresa Nova Base, Lda. - Nampula, 2014 – 2015 Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira
  • 2. ii Universidade Pedagógica Nampula 2016 Sérgio Alfredo Macore Análise do Papel dos Stocks na Gestão Financeira das Pequenas e Medias Empresas: um estudo de caso na empresa Nova Base, Lda. - Nampula, 2014 – 2015 Monografia Científica Apresentada a Escola de Contabilidade e Gestão, Delegação de Nampula para obtenção do grau académico de licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira. Supervisor: dr. Benedito Machado
  • 3. iii Universidade Pedagógica Nampula 2016 Índice LISTA DE TABELAS......................................................................................................vi LISTA DE FIGURAS......................................................................................................vii LISTA DE GRÁFICOS.................................................................................................. viii LISTA DE ABREVIATURAS .........................................................................................ix DECLARAÇÃO ................................................................................................................x DEDICATÓRIA ...............................................................................................................xi AGRADECIMENTO ......................................................................................................xii RESUMO........................................................................................................................ xiii CAPITULO 1: INTRODUÇÃO ..................................................................................... 15 1.1. Introdução ............................................................................................................ 15 1.2. Objectivos do Estudo ........................................................................................... 16 1.2.1. Objectivo Geral ............................................................................................. 16 1.2.2. Objectivos Específicos .................................................................................. 16 1.3. Justificativa .......................................................................................................... 16 1.4. Definição do Problema......................................................................................... 17 1.5. Hipóteses de Estudo............................................................................................. 17 1.6. Delimitação do Estudo......................................................................................... 18 1.7. Estrutura do trabalho............................................................................................ 18 CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA ............................................................. 20 2.1. Introdução ............................................................................................................ 20 2.2. STOCKS: CONCEITO E CARACTERISTICAS ............................................... 20 2.2.1. A Importância dos Stocks.............................................................................. 21 2.2.2. Tipos de Stocks.............................................................................................. 23 2.2.3 Função dos Stocks .......................................................................................... 23 2.2.4. Stock de Segurança........................................................................................ 24
  • 4. iv 2.2.5. Procedimentos da administração de materiais .................................................. 25 2.2.5.1. Cadastro...................................................................................................... 25 2.2.5.2. Compras...................................................................................................... 25 2.2.5.3. Recebimento ............................................................................................... 27 2.2.5.4. Armazenamento.......................................................................................... 27 2.2.5.5. Inventário Físico......................................................................................... 28 2.2.5.6. Giro dos stocks ........................................................................................... 29 2.2.5.7. Tempo de cobertura do stock (ponto de pedido e tempo de reposição) ..... 30 2.2.6. Gestão de Stocks ............................................................................................... 30 2.2.6.1. Função da Gestão de Stock......................................................................... 31 2.2.6.2. Planeamento e controlo de stocks............................................................... 31 2.2.6.3. Função do controlo de stock....................................................................... 32 2.2.6.4. Custos dos Stocks....................................................................................... 32 2.2.6.5. Classificação de sistemas de gestão de stocks ............................................... 33 2.2.6.5.1. Sistemas de quantidade fixa de encomenda ............................................ 33 2.2.6.5.2. Sistemas periódicos de encomenda ......................................................... 34 2.2.6.6. Elementos a ter em conta com a Gestão de Stocks .................................... 34 2.2.6.7. Técnicas de Gestão dos stocks ................................................................... 34 2.2.6.7.1. Classificação dos stocks segundo o valor de uso – Sistema ABC .......... 35 2.2.6.7.2. Classificação XYZ................................................................................... 36 2.2.6.7.3. Sistema Just-in-time (JIT) ....................................................................... 36 2.2.6.7.4. Tempo de Reposição por ponto de pedido .............................................. 38 2.2.6.7.5. Modelo de Reposição - Sistema duas Gavetas........................................ 38 2.2.6.8. Modelo de Controlo de stocks.................................................................... 39 2.2.6.8.1. Controle de stocks pelo MRP .................................................................. 40 2.2.6.9. Analise e Níveis de Stocks............................................................................. 41 2.2.6.9.1. Método PEPS ou FIFO............................................................................ 41 2.2.6.9.2. Método UEPS ou LIFO ........................................................................... 41 CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA ....................................................... 44 3.1 Tipo da pesquisa.................................................................................................... 44 3.2.Método de abordagem da pesquisa ....................................................................... 44 3.3. Método de procedimento da pesquisa.................................................................. 44 3.4. Técnicas de colecta de dados ............................................................................... 44
  • 5. v 3.5. População em estudo e tamanho da amostra........................................................ 45 3.5.1. População em estudo ..................................................................................... 45 3.5.2. Tamanho da amostra...................................................................................... 45 3.6. Ferramentas da análise e softwares usados.......................................................... 45 CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS .................................... 46 4.1. Introdução ............................................................................................................ 46 4.2. Localização geográfica do campo de estudo........................................................ 46 4.3. Caracterização da Empresa .................................................................................. 46 4.4. Apresentação de dados obtidos............................................................................ 47 4.4.1. Pesquisa sobre controlo de stocks ................................................................. 48 CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E SUGESTÕES ............................................................ 56 5.1. Conclusão............................................................................................................. 56 5.2. Sugestões.............................................................................................................. 57 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................... 58 APÊNDICE..................................................................................................................... 60 ANEXOS ........................................................................................................................ 63
  • 6. vi LISTA DE TABELAS Tabela. 1. Hipóteses, Variáveis e Indicadores ............................................................... 17 Tabela. 2. Classificação da dificuldade na obtenção dos itens ...................................... 25 Tabela. 3. Técnica XYZ................................................................................................. 35 Tabela. 4. Exemplos de enfoques JIT para alguns problemas ....................................... 36 Tabela. 5. Movimento de stocks e cálculo do custo médio pelo método PEPS ............ 40 Tabela. 6. Movimento de stocks e cálculo médio pelo método UEPS .......................... 41 Tabela. 7. A Influência da Gestão de Stocks nos Índices Financeiros .......................... 42
  • 7. vii LISTA DE FIGURAS Figura. 1. Curva ABC para classificação de stocks....................................................... 34 Figura. 2. Sistema de duas gavetas ................................................................................ 37 Figura. 3. Sistema de duas gavetas ................................................................................ 38 Figura. 5. Vista frontal do edifício da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula. . 45 Figura. 6. Organograma da empresa Nova Base, Lda. .................................................. 46
  • 8. viii LISTA DE GRÁFICOS Gráfico. 1. Nível Académico dos respondentes ao questionário ................................... 47 Gráfico. 2. Género dos respondentes ao questionário ................................................... 47 Gráfico. 3. Tipos de stock de matérias vendidos na empresa ........................................ 48 Gráfico. 4. Modelo de controlo de stock realizado na empresa..................................... 48 Gráfico. 5. Quantidade de pedidos de compra mensal .................................................. 49 Gráfico. 6. Critério usado para reabastecimento dos stocks .......................................... 50 Gráfico. 7. Custos associados na manutenção dos stocks em armazém........................ 50 Gráfico. 8. Quantidade de stocks mensal necessária para atender as necessidades dos pedidos dos clientes ........................................................................................................ 51 Gráfico. 9. Principal critério na escolha do fornecedor ................................................. 52 Gráfico. 10. Principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos stocks eficiente........................................................................................................................... 52 Gráfico. 11. Análise pessoal em relação a adopção de um sistema informatizado na empresa ........................................................................................................................... 53
  • 9. ix LISTA DE ABREVIATURAS LIFO Last In First Out: Ultimo a Entrar, Primeiro a Sair FIFO First In First Out: Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair QOE Quantidade Óptima a Encomendar PNE Ponto da Nova Encomenda PME Pequena e Medias Empresas APE Atraso no Prazo de Entrega ROI Return on Inventory Investiments / Retorno sobre Investimento em Stock MRP Manufacturing Resource Planning: Planeamento das Necessidades de Materiais JIT Just In Time AC Aumento do Consumo Diário PE Prazo de Entrega S Seg. Stock de Segurança ou de Reserva TR Tempo de Reposição CF Custo Financeiro de Manter o Stock PP Ponto de Pedido ed. Editora Q Quantidade
  • 10. x C Consumo Diário D Procura anual S Custo de preparação da encomenda H Custo anual de posse ou armazenamento R Ponto da nova encomenda L Prazo de acomodamento DECLARAÇÃO Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria, resulta da minha investigação e sob orientação do meu Supervisor. Esta é a primeira vez que submeto numa instituição Académica para obter o grau Académico de Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira. Nampula, aos ______ de Março de 2016 Nome do Autor ______________________________________________ (Sérgio Alfredo Macore) Nome do Supervisor _____________________________________________ (dr. Benedito Machado)
  • 11. xi DEDICATÓRIA Dedico este trabalho à minha mãe Dona Jacinta João Baptista.
  • 12. xii AGRADECIMENTO Em primeiro lugar agradeço à Deus por me dar o dom da vida e a capacidade de superar todas as dificuldades e barreiras encontradas. Aos meus parentes, amigos e colegas do curso que lutamos juntos durante todo o percurso sempre com o mesmo objectivo. Ao meu supervisor dr. Benedito Machado pela sua orientação e todos os docentes que contribuíram para que o meu objectivo fosse atingido. A todos que deram o seu contributo, respondendo os questionários. Meu muito obrigado!
  • 13. xiii RESUMO O presente estudo trata-se sobre o tema Analise do papel dos Stocks na gestão financeira das pequenas e medias empresas, uma vez que a gestão de stocks constitui em acções que permitem o gestor analisar se os stocks estão sendo bem utilizados, bem localizados, bem manuseados e controlados. A gestão de stock busca garantir a máxima disponibilidade de produto, com o menor de stock possível. Portanto o objectivo da pesquisa é analisar a contribuição da Gestão de stocks no desempenho financeiro das pequenas e medias empresas, dessa forma, a pesquisa aqui desenvolvida tem por finalidade analisar as técnicas e modelos de controlo de stock utilizadas pela empresa Nova Base, Lda. no intuito de averiguar como estes contribuem para eficiência, eficácia e prevenção de desperdícios de materiais. Para tanto, foi realizado um estudo de caso na referida empresa, por meio de questionário com alguns trabalhadores da empresa e os responsáveis da gestão de Stocks na organização. Por fim, conclui-se que a gestão de stock segundo os autores pesquisados é sem dúvida uma das ferramentas que os gestores podem utilizar para a redução de custos dentro da organização. Palavras-chave: Stock. Controlo. Gestão.
  • 14. xiv
  • 15. 15 CAPITULO 1: INTRODUÇÃO 1.1. Introdução O cenário em que as empresas estão vivenciando no momento tem uma característica de alta competitividade, devido ao alto grau de instabilidade vindo do exterior como as crises, sem contar com a grande competitividade das empresas locais onde a cada instante surgem um novo concorrente que entra para dividir a fatia de clientes que antes eram fiéis a uma empresa. Deste modo as empresas que pretendem permanecer no mercado estão focalizando em novas técnicas de controlo e na procura de funcionários especializados. Um controlo efectivo do stock só gera benefícios, como redução de perdas que leva a maximização dos lucros e um ganho capital. Assim a gestão eficaz de stock é cada vez mais fundamental nas organizações, tornando-se uma questão determinante no desempenho das empresas. Dai que aperfeiçoar o investimento em stocks, sua gestão e possuir um stock eficiente, influi no desempenho da produção e nas vendas. Em tempos de competitividade, as empresas travam uma verdadeira guerra pela busca e fidelização de clientes. Para tanto, são investidos muitos recursos da mesma, não apenas financeiro, mas de tempo. Dessa forma, a gestão de stocks, propiciando atendimento pontual aos clientes, no momento e quantidade desejada, é um diferencial competitivo, assumindo então características estratégicas. A gestão de stocks começa antes mesmo do produto estar finalizado. Toda empresa existe por que produz bens ou serviços visando suprir uma necessidade, obtendo dessa transacção um retorno financeiro. Para tanto, as empresas passam pelo modelo de produção: inputs1 , transformação e outputs2 . Entretanto, no processo produtivo podem ocorrer diversos factores que interrompam a produção (greve operacional, falta de matéria prima, por exemplo) justificando assim, um stock de produtos acabados, para que as vendas e as receitas da organização não 1 Input (entradas)-Trata-se do primeiro item a entrar no processo de transformação, geralmente uma matéria-prima ou um outro produto terminado que agora será transformado novamente. 2 Output (saídas) - versa-se do produto final depois de concluído o processo de transformação, este por sua vez já pronto para ser fornecido ao consumidor.
  • 16. 16 sejam afectadas todas as vezes que problemas ocorram. Assim a presente pesquisa visa analisar uma série de acções que permitem o Gestor verificar se os stocks estão sendo bem utilizados, bem localizados em relações aos sectores que eles utilizam, bem manuseados e bem controlados do modo a contribuir no desempenho financeiro da empresa. 1.2. Objectivos do Estudo A presente pesquisa procura alcançar os objectivos traçados, isto é, geral e os específicos de modo que se materialize a questão acima colocada acerca da gestão de stock nas pequenas e medias empresas, em particular a empresa NOVA BASE LDA. 1.2.1. Objectivo Geral Assim a presente pesquisa tem como objectivo geral:  Demonstrar a contribuição da gestão de stocks no desempenho financeiro das pequenas e medias empresas, em particular a empresa Nova Base, Lda. 1.2.2. Objectivos Específicos  Descrever as principais funções da gestão de stocks;  Identificar o melhor nível de stock a ser usado pelas empresas;  Apresentar os modelos de gestão de stock que possam melhorar a empresas.  Avaliar os métodos usados no controlo de stocks;  Mostrar os principais custos associados a manutenção dos stocks. 1.3. Justificativa O mundo actual está ficando cada vez mais competitivo devido a globalização, com isto os negócios estão se tornando um campo de batalha, cujo objectivo é manter e conquistar mais clientes. Esta nova realidade está transformando as empresas em geral. Os clientes estão ficando cada vez mas selectivos e exigentes, acompanhando a evolução dos produtos e da tecnologia. Devido a isto as empresas estão se sentindo forçadas a competir e utilizar de tudo para reduzir despesas e custos sem perder a qualidade dos seus produtos. Dai que a gestão de stocks engloba o planeamento do stock e o seu controlo. O planeamento irá determinar antecipadamente a quantidade do stock a data de entrada e
  • 17. 17 saída e os pontos de pedido do material. O controlo consiste em registar os dados e comparar com o planeamento, apontando possíveis desvios. Destaca-se, ainda, o interesse do pesquisador na realização da presente pesquisa o que amplia a possibilidade de sua aplicação prática, sem contar no acréscimo de conhecimento e um melhor entendimento sobre o assunto. Trata-se, portanto, de um verdadeiro incremento de competência profissional para o autor. Desta forma pretende-se com a realização deste trabalho contribuir para que empresas possam atender aos seus anseios de redução de custos e maximizar os seus lucros na área dos stocks. Com este trabalho espera-se que as pequenas e médias empresas tenham uma visão mais aprofundada sobre a gestão de stock. 1.4. Definição do Problema A gestão das pequenas e médias empresas normalmente não dão prioridade o controlo de stocks e este nem sempre é realizado de forma eficiente, podendo levar os gestores a tomar decisões controversas. Pode-se dizer que devido à má gestão dos stocks, o caixa da empresa é atingido directamente, pois as compras não são feitas com bases técnicas, ou seja, pessoas que não tem qualificação para gerir os stocks. Neste caso, o gestor de stock tem como maior objectivo buscar métodos que o leve a melhorar o seu controlo de mercadorias. Com isso a principal questão que será levantada nesta pesquisa é: Até que ponto a Gestão de stock influencia no desempenho financeiro das empresas? 1.5. Hipóteses de Estudo Em menção ao problema em estudo, o autor propõe as seguintes hipóteses: H1: A utilização de ferramentas adequadas de planeamento e controlo dos Stocks, contribui na melhoria da gestão das pequenas e medias empresas. H2: O uso dos modelos eficazes de controlo de Stocks, influenciam significamente na redução dos níveis de ruptura dos mesmos.
  • 18. 18 Tabela 1. Hipóteses, Variáveis e Indicadores Hipóteses Variáveis Indicadores H1: A utilização de ferramentas adequadas de planeamento e controlo dos Stocks, contribui na melhoria da gestão das pequenas e medias empresas. Independente: Utilização de ferramentas de planeamento e controlo de stocks.  Definição dos objectivos.  Definição de metas. Dependente: Melhora a gestão das Pequenas e Medias Empresas.  Definição dos objectivos e a forma de os atingir;  Coordenar a execução de tudo o que foi planeado;  Controlar os resultados obtidos, comparando- os com os objectivos pretendidos. H2: O uso dos modelos eficazes de controlo de Stocks, influenciam significamente na redução dos níveis de ruptura dos mesmos. Independente: Uso dos modelos eficazes de controlo de stocks.  Disponibilidade de produtos;  Reduz o índice de atrasos na entrega. Dependente: Reduz níveis de ruptura dos mesmos.  Existência de material disponível para fazer face aos pedidos;  Redução de trabalho na elaboração de novos pedidos. Fonte: adaptado pelo autor. 1.6. Delimitação do Estudo A presente pesquisa realizou-se na empresa Nova Base, Lda. – filial de Nampula, no período de 2014 a 2015. Onde irá abordar como a gestão de stock colabora nas actividades dentro da organização. 1.7. Estrutura do trabalho Para uma melhor percepção e análise, o trabalho está estruturado em cinco capítulos, sendo: No capítulo introdutório é apresentada a introdução, os objectivos do estudo: geral e específico que se esperam alcançar e a justificativa. Depois, é apresentada a definição do problema de pesquisa, a hipótese de estudo e a delimitação do estudo.
  • 19. 19 No segundo capítulo é apresentada a revisão da literatura, onde diferentes autores apresentam os principais delineamentos acerca da gestão de stock. No terceiro capítulo é apresentada a metodologia da pesquisa, onde foi evidenciada a classificação da pesquisa, fontes de dados, universo e amostra, dados da pesquisa, o plano de colecta de dados e por fim instrumentos usados para a colecta de dados. O quarto capítulo apresenta uma caracterização actual da empresa em análise e faz análise, apresentação e interpretação dos dados dos inquiridos. No último capítulo é apresentada conclusões e sugestões, referencia bibliográfica utilizada para a elaboração do trabalho, sem deixar de lado os apêndices em anexos.
  • 20. 20 CAPÍTULO 2: REVISÃO DA LITERATURA 2.1. Introdução Para melhor compreensão do tema proposto no trabalho, faz-se necessária a apresentação dos conceitos teóricos que envolvem a situação analisada. Neste capítulo, serão apresentadas abordagens de autores referentes ao estudo de gestão de stock, 2.2. STOCKS: CONCEITO E CARACTERISTICAS Stocks são mercadorias tanto acabadas quanto em processo de finalização que estão nas dependências da empresa. Conforme a definição do autor Slack (2009), stock pode ser definido como: Stock é definido aqui como a acumulação armazenada de recursos materiais em um sistema de transformação. Algumas vezes, o termo stock também é usado para descrever qualquer recurso transformador de capitais. (SLACK, 2009, p. 356). Segundo Slack (2009), stocks são quantidades armazenadas ou em processo de produção, que tem a finalidade de dar uma independência entre os processos da cadeia produtiva. Os stocks geralmente são usados como uma forma de se proteger contra a imprevisibilidade dos processos ou da demanda do mercado. O termo stock pode ter vários significados, visto tradicionalmente pode-se considerá-lo como representativo de matérias-primas, produtos semi-acabados, acabados, componentes para montagem, sobressalentes, materiais administrativos e suprimentos variados, ou então no stock pode configurar máquinas, equipamentos, ferramentas, recursos financeiros e até humanos, podendo ser de livros, imóveis, dinheiro em banco, cientistas, professores, etc. (SEGALL E VIANA, 1988, p.35). Quando se busca as características do stock deve-se levar em conta alguns factores que podem influenciar nas operações de uma determinada empresa, levando em consideração que cada produto deve ser armazenado de forma específica. As principais características segundo o autor Slack (2009) são: “Stock de segurança, stock de ciclo, stock de desacoplamento, stock de antecipação e stock no canal de distribuição” (SLACK, 2009, p. 358-360).
  • 21. 21 Stock de ciclo: Este tipo de stock aparece à medida que as empresas aumentam seu mix de produtos com objectivos de redução do custo unitário e redução da ociosidade dos equipamentos, mantendo sempre em produção. Assim Slack (2009, p. 358), salienta que “o stock de ciclo ocorre porque um ou mais estágios na operação não podem fornecer simultaneamente todos os itens que produzem”. Stock de desacoplamento: Esse tipo de stock para Slack (2009) é o stock de materiais que estão esperando para ser transformados, com isto pode-se programar a velocidade de cada operação optimizando suas operações. Com isto o gestor pode desmembrar as operações e aplicar a velocidade necessária para seu processamento sem que prejudique a qualidade dos outros processos. Stock de antecipação: O stock de antecipação segundo Slack (2009), pode ser muito utilizado quando se tem uma variação muito grande de fornecimento de matérias-primas ou de produtos essenciais para o funcionamento da organização. Utiliza-se este tipo de stock no varejo quando em alguns períodos pré-definidos, como uma época do ano já conhecida que aumenta as vendas dos produtos oferecidos pela empresa, exemplo: natal, carnaval etc. Promoção de certos produtos, período de férias de fornecedores, etc. Com o stock de antecipação os gestores podem se prevenir dos imprevistos ligados à demanda, ou seja, evita um desabastecimento e o não atendimento das demandas previstas. Stock no canal de distribuição: Slack (2009), define stock no canal de distribuição como: stock no canal existem porque o material não pode ser transportado instantaneamente entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda. Se uma loja de varejo encomendar itens de consignação de um de seus fornecedores, o fornecedor vai alocar stocks para a loja de varejo em seu próprio armazém embalá-lo, carregá-lo em seus próprios caminhões, transporta-lo para seu destino, e descarregá-lo no stock do varejista. (Slack, 2009, p. 281) portanto Slack (2009), diz que este tipo de stock ocorre quando não se pode locomover os produtos desejados pelas empresas rapidamente do fornecedor ao depósito. 2.2.1. A Importância dos Stocks Os stocks representam boa parte dos activos da empresa, em alguns casos podendo representar aproximadamente 46% dos activos totais.
  • 22. 22 Então, pode-se considerar que, “os stocks são recursos ociosos que possuem valor económico, os quais representam um investimento destinado a incrementar as actividades de produção e servir aos clientes” (VIANA, 2000, p.144). Hoje o relacionamento cliente/fornecedor é totalmente diferente de alguns anos atrás, quando cada um procurava tirar o máximo de proveito do outro, e, se não eram amigos, pelo menos a desconfiança era mútua. Actualmente o relacionamento é do tipo parceria, com elevada confiança, em que cliente e fornecedor se ajudam sempre na procura de soluções eficazes e que possam trazer mais benefícios aos consumidores finais, (MARTINS e CAMPOS, 2006, p.171). Contudo, houve a necessidade de se estudar uma melhor forma para manter um stock de segurança. Para Ballou (1993), Um dos mais respeitados gurus da logística, afirmou que, em sistemas logísticos, os inventários são mantidos para:  Melhorar o serviço ao cliente: dando suporte a área de marketing, que ao criar demanda precisa de material disponível para concretizar vendas.  Economia de escala: os custos são tipicamente menores quando o produto é fabricado continuamente e em quantidades constantes.  Protecção contra mudanças de preços em tempo de inflação alta: um alto volume de compras minimiza o impacto do aumento de preços dos fornecedores.  Protecção contra incertezas na demanda e no tempo de entrega: considera o problema que advém do sistema logístico quando tanto o comportamento de demanda dos clientes quanto o tempo de entrega dos fornecedores não são perfeitamente conhecidos, ou seja, para atender os clientes são necessários stocks de segurança.  Protecção contra contingências: proteger a empresa contra greves, incêndios, inundações, instabilidades políticas e outras variáveis exógenas que podem criar problemas. O risco diminuiria com a manutenção de stocks. Atender aos clientes na hora certa, com a quantidade certa e requerida, tem sido o objectivo da maioria das empresas. Assim, a rapidez e presteza na distribuição das mercadorias assumem cada vez mais um papel preponderante na obtenção de uma vantagem competitiva duradoura.
  • 23. 23 2.2.2. Tipos de Stocks Segundo o autor Pozo (2007, p 41) em uma organização pode-se encontrar vários tipos de stocks, dentre eles:  Stock de matérias-primas: corresponde aos materiais básicos da produção que não sofreram nenhuma transformação dentro das dependências da organização. Este tipo de stock pode ser lã, tecidos, madeiras;  Stock de materiais intermediários: também conhecido como produtos em processamento. Este tipo de stock é o que está em fase mais avançada de processamento, faltando poucos processos para a finalização do produto;  Stock de materiais acabados: é o Stock que já passou por todas as fases de processos como matéria-prima e semi -acabado é está embalados e prontos para a revenda;  Materiais de manutenção: são materiais que servem para fazer a manutenção das máquinas e do edifício, podem ser ferramentas, papel, rolamentos etc. 2.2.3 Função dos Stocks Os stocks têm a função de regular o volume de materiais, auxiliando como regulador na diferença entre entradas e saídas de materiais. Para Mayer: Os stocks devem compensar erros na projecção e demanda dos produtos da empresa, mas para que isso ocorra à matéria-prima e partes adquiridas devam ser programadas e que estejam disponíveis na hora certa, assim como os produtos finais, função quase impossível. Por isso as maiorias das organizações optam em manter stocks, para prevenir possíveis imprevistos. (MAYER, 1990, p.41). As funções do stock para Ballou (1993), podem estar nos diversos sectores da organização, pois melhoram o nível de serviço oferecido devido à localização dos stocks mais próximos dos clientes e pontos de vendas, fazendo com que o produto esteja sempre disponível. O stock incentiva economias de produção, pois quando se produz grande lote, o custo unitário é o mínimo, permitindo assim economias de escala nas compras e descontos no transporte, protecção contra contingências, como greves, incêndios e inundações. No
  • 24. 24 entanto, apesar dos inúmeros benefícios dos stocks é necessário destacar os custos elevados que advêm da sua manutenção. 2.2.4. Stock de Segurança Conhecido também como stock isolador, para Slack (2002) este compensa as incertezas inerentes ao fornecimento e demanda, variação que pode surgir devido às variações humanas no tempo de processamento ou outros motivos como quebras ocasionais, perturbações, atrasos de entrega etc. Tubino (1997) complementa que quanto maior as variações na demanda, maior devem ser o stock de segurança, que deve estar relacionado a dois factores, o custo de manutenção do stock e dos custos decorrentes do esgotamento do item. Quantidade mínima possível capaz de suportar um tempo de ressuprimento superior ao programado ou um consumo desproporcional. Ao ser atingido pelo stock em declínio, indica a condição do material, desencadeando providências, como, por exemplo, a activação das encomendas em andamento, objectivando evitar a ruptura do stock. (VIANA, 2000, p151). Podendo ser calculado pela fórmula geral: SS: Stock de reserva ou de segurança; C: consumo diário; APE: atraso no prazo de entrega; AC: aumento do consumo diário; PE: prazo de entrega. As principais falhas no processo de reposição de stock ocorrem em três pontos principais:  Atraso de entrega pelo fornecedor: muitas vezes o fornecedor não tem as condições necessárias para cumprir com os prazos de entrega, por ter falhas no sistema de transporte ou produção gerando falta de stocks por parte do fornecedor.  Aumento repentino da demanda: ocorre fora da previsão da empresa, pela grande alta rotatividade de um determinado item, ou por outras causas, como
  • 25. 25 exemplo promoções, a chegada de um grande pedido para um determinado cliente, aumento da produção para manter o stock.  Demora no procedimento do pedido de compra: são um conjunto de falhas do sistema de gestão e controle do stock de materiais, falhas em gerar informações do almoxarifado relativas à área de compras, que podem incidir em atrasos excessivos no processo de pedidos. 2.2.5. Procedimentos da administração de materiais O objectivo da administração de materiais é agrupar os produtos de diversas origens e finalidades, a fim de que na hora de reabastecer a loja, possa ser feita com mais agilidade, e com controlo dos materiais referentes à demanda da empresa. Na administração de materiais, estão incluídos os sectores típicos da maioria das empresas, dos quais trataremos a seguir. 2.2.5.1. Cadastro O cadastro dos produtos é fundamental para uma empresa, pois é aqui se encontram todos os dados referentes a ele. Para Viana (2002) o cadastro de materiais é essencial para cadastrar os materiais necessários para a manutenção e o desenvolvimento da organização, no qual precisa ser completo, com todos os dados necessários para a identificação do produto, no qual os envolvidos na administração de materiais tenham facilidade na hora que trabalhar com os produtos. De acordo com Bowersox, Closs e Cooper (2006) antigamente o processo de cadastro de produtos, era um sistema burocrático ou de baixa importância, com o passar dos anos, esse conceito foi mudando. Segundo Francischini e Gurgel (2002) para cada item do mix, precisa-se criar uma lista de fornecedores do mesmo, sendo que apenas devem-se comprar os produtos do fornecedor cadastrado na lista. Por outro lado, a empresa deve acompanhar a logística de fornecimento, sendo que a partir do momento que o produto é cadastrado, ele deve estar em vigor quando aprovado o cadastro do fornecedor. 2.2.5.2. Compras Dias (1993), menciona que a função de compras é essencial no departamento de matérias, por ela ser responsável pelo suprimento de materiais, devendo assim ser
  • 26. 26 planeada para que sejam supridas a necessidade no momento certo e quantidade corre ta de acordo com o que foi citado no pedido e planear o armazenamento dos produtos comprados. Conforme Viana (2002) a actividade de compras tem por função, suprir as necessidades da empresa, de acordo com a demanda dos clientes, buscando sempre as melhores condições comerciais para a satisfação do cliente. Bowersox, Closs e Cooper (2006) citam que antigamente, a função principal do comprador, era de conseguir manter a empresa, com recursos de baixo custo, agregando valor maior e assim obtendo mais lucro. Gasnier (2010) exemplifica a classificação de aquisição 1 2 3, que diz respeito ao processo de compras dos itens em stock, fazendo assim a qualificação e confiabilidade dos fornecedores quanto ao prazo de entrega proposto no ato da compra. As classes 1, 2 e 3 são denominadas da seguinte forma: Tabela 2. Classificação da dificuldade na obtenção dos itens Classe Dificuldade 1 Complexa: tratam-se dos itens de obtenção muito difícil, pois envolvem diversos factores complicadores combinados; 2 Difícil: Envolve alguns poucos factores complicadores relacionados acima, tornando o processo de obtenção relativamente difícil 3 Fácil: Fornecimento, ágil, rápidos e pontuais, o item possui amplas alternativas a disposição no mercado fornecedor. Fonte: GASNIER (2010 p.43) Para Chiavenato (2005, p. 100): A área de compras tem por finalidade a aquisição de materiais, componentes e serviços para suprir às necessidades da empresa e do seu sistema de produção nas quantidades certas, nas especificações exactas e no tempo certo.
  • 27. 27 2.2.5.3. Recebimento A função do sector de recebimento de materiais é a de garantir que o produto entregue está de acordo com as especificações descritas na ordem de compra. Segundo Francischini e Gurgel (2002) é denominado recebimento de materiais a partir do momento que a empresa passa a ter responsabilidade pelo material comprado, após conferir todas as informações junto à ordem de compra da empresa. Após esse momento, a empresa não tem mais o direito de reclamar sobre possíveis danos, avarias sobre os produtos adquiridos. Para Martins e Laugeni (2003) os procedimentos para o recebimento de materiais são: verificar o pedido de compra, verificar os elementos fiscais constantes na nota fiscal de entrega, conferir unidades e preços, vistoriar as embalagens e por último verificar qualidade dos produtos adquiridos pela empresa. De acordo com Chiavenato (2005), o recebimento de materiais é responsável pelas características do produto, qualidade, preço e prazo, sendo de obrigação do sector de compras repassar estas informações ao sector de recebimento. Chiavenato ainda diz que conferias as informações, o sector recebe os produtos e armazena-os e com isso esta autorizando o sector de finanças pagar pelos produtos adquiridos. 2.2.5.4. Armazenamento Para Viana (2002) o armazenamento dos produtos pode ser simples ou complexa, dependendo da variação da armazenagem se da em função do tipo do produto, peso, volume, fragilidade, etc. De acordo com Martins e Laugeni (2003 p.445) o armazenamento de materiais é importante para reduzir o custo de fretes, reduzirem o custo de produção e melhor atendimento ao cliente. Os objectivos de um bom armazenamento são:  Permitir o sistema PEPS (primeiro ao entrar, primeiro ao sair);  Manter a qualidade dos materiais tomando o devido cuidado para que o armazenamento não altere as suas características;  Obter identificação clara dos materiais;  Controle sobre a quantidade armazenada;
  • 28. 28  Promover o equilíbrio sobre compra e demanda, identificando materiais com baixo nível de demanda com stock alto, materiais iguais com denominações diferentes;  Diminuir os espaços alocados;  Diminuição de custos referente a stocks;  Manter um sistema de informação rápido e eficaz. Dias (1993) diz que um sistema coreto de armazenamento influi no aproveitamento dos produtos e dos meios de movimentação, evita rejeição de peças com danos ocasionados por batidas e impactos, devido ao manuseio inadequado, e reduzem as perdas. Dias, Martins e Laugeni, falam que o armazenamento de matérias é responsável pela qualidade dos produtos e pelo controlo de que os primeiros materiais que entram são os primeiros a sair. A organização deste sector é que expressa a administração de uma empresa. 2.2.5.5. Inventário Físico Conforme Viana (2002) o inventário físico visa o estabelecimento de auditoria de stocks em poder do almoxarifado, cujo objectivo é garantir confiança e exactidão dos registos contabilísticos e físicos, essencial para que o sistema funcione de forma eficaz. Para Martins e Alt (2001) o inventário físico é o responsável pela informação da quantidade dos itens constantes no stock. O autor ainda salienta que um dos meios que a empresa tem para auxiliar no fluxo de caixa é os inventários. Com um inventário físico alto, a empresa gera custos, que não trarão benefícios. Os recursos utilizados pela empresa para fabricação de deus produtos devem ser bem administrados, com isso pode-se agregar mais valor a ele e o custo final diminuirá. Para Dias (1993 p. 399), as empresas devem salvar seus dados de inventários em softwares ou em documentos seguros, com estes dados em mãos, auxiliarão o gestor na sua tomada de decisão na hora da compra. Gasnier (2010 p. 316) diz que existem tipos de inventários de acordo com a necessidade de cada empresa:  Inventário geral: é a contagem física de todos os itens da empresa a portas fechadas e em uma data pré-fixada, ou no fechamento contabilístico do ano;
  • 29. 29  Inventário permanente: consiste na contagem dos produtos pelo menos uma vez ao ano;  Inventário rotativo: neste inventário, os produtos são contados semanal ou diariamente conforme a determinação do gestor quanto a frequência do inventário. A partir do resultado deste, os registos que encontram transacções divergentes são reconciliados, buscando identificar e remover as causas das divergências. 2.2.5.6. Giro dos stocks Para Martins e Alt (2001), giro de stock consiste em medir a quantidade de vezes por um determinado período o stock se renovou ou girou. Francischini e Gurgel (2002 p.310) têm o mesmo pensamento: “Giro ou rotatividade de stock é definido como o número de vezes em que o stock é totalmente renovado em um período de tempo, geralmente anual”. Dá-se o cálculo pela seguinte fórmula: Utilizando o exemplo de um item em stock que sua demanda média anual foi de 1420 unidades e seu stock médio foi de 109 unidades: Os autores ainda falam que alem do giro de stock calculado, pode-se calcular o tempo médio dos produtos em stock, este é definido pelo tempo médio que o stock é renovado, tem como calculo o inverso do giro de stock: Que ao utilizar o mesmo exemplo do giro de stocks, tem-se o seguinte resultado: Tempo Médio em Stock = 0,077 anos = 0,92 meses
  • 30. 30 Com as informações acima geradas correctamente, o gestor de stocks tem segurança para saber quando comprar novamente sem prejudicar a empresa. Com o tempo médio, o gestor poderá saber qual o tempo ideal par renovação de seu stock e dar maior atenção aos itens que tem maior giro e demanda. 2.2.5.7. Tempo de cobertura do stock (ponto de pedido e tempo de reposição) Segundo Martins e Alt (2001) a cobertura dos stocks é definida pela quantidade do stock dividido pela quantidade média da demanda, resultante em dias que o stock suprirá as necessidades. Desta forma, o autor mostra um modelo de cálculo para a cobertura do stock: Utilizando o exemplo de um período de 6 (seis) meses: 6meses x 30 dias/mês = 180dias Giro = 17,34 Unidades/dia Com o cálculo acima apurado, o gestor tem a quantidade em dias que terá produtos a venda, programando assim a compra ideal para o próximo período (tempo de entrega em dias do próximo pedido). 2.2.6. Gestão de Stocks Segundo Martins e Alt (quinta tiragem, 2003) ambos mestres em engenharia de Produção afirmam que a gestão de stocks constitui em acções que permitem o gestor analisar se os stocks estão sendo bem utilizados, bem localizados, bem manuseados e controlados. A gestão de stock busca garantir a máxima disponibilidade de produto, com o menor de stock possível. A gestão de stocks entende que quantidade de stock parada é capital parado. Ou seja, não esta tendo nenhum retorno do investimento efectuado e, por outro lado, este capital investido poderia estar suprindo a urgência de outro segmento da empresa, motivo pelo qual a gestão deve projectar níveis adequados, objectivando manter o equilíbrio entre stock e consumo. Os níveis devem ser actualizados periodicamente para evitar problemas provocados pelo crescimento do consumo ou vendas e alterações dos tempos de reposição.
  • 31. 31 2.2.6.1. Função da Gestão de Stock Uma má gestão no stock acarretaria em inúmeros prejuízos à empresa. Dentre eles elevação do cancelamento de pedidos, parada de produção por falta de matérias, falta de espaço para armazenamento, quantidades maiores de stock enquanto a produção permanece constante, e assim vai. Portanto, sua existência em meio ao planeamento do controle de stock torna-se essencial. A gestão age como protectora do aumento dos preços é quem incentiva as economias na produção e mais, é a gestão quem protege as empresas das incertezas na demanda e no tempo de reabastecimento do stock. (MARTINS e ALT, 2003) 2.2.6.2. Planeamento e controlo de stocks De acordo com Arnold (1999), nas técnicas de planeamento e controlo de material, a decisão de o que, quando e quanto comprar é tomado com base em modelos de stocks que, além de procurarem atender essas questões considerando, basicamente, o factor custo e o factor capital, minimizando um e maximizando o outro, utilizam previsões que supõem uma demanda do tipo contínuo, na qual os seus instantes são relativamente próximos e as suas variações razoavelmente pequenas, o seu enfoque, na gestão de stock convencional, como observa Arnold (1999), cada item é controlado individualmente e suas demandas são previstas com base em factores de aleatoriedade, o que ocorre, porém, na produção, são relações de dependência simples de demandas entre diversos materiais. Para Slack; Chambers; Johnston (2002), para melhor gestão de stocks, os gestores devem realizar duas tarefas: primeiramente, precisam discriminar todos os diferentes itens armazenados, de maneira que possam aplicar um grau de controlo em cada item, de acordo com sua importância e, posteriormente a esta distinção, necessitam realizar um investimento em um sistema de processamento de informação que tenha capacidade de gerir o controlo dos stocks. Para Francischini e Gurgel (2002 p.310), controlo, é definido como fluxo de informação que permite comparar o resultado real com o planeado. Esse fluxo pode ser visual ou oral. Recomenda-se que seja documentado, para que possa ser analisado, visualizado e recuperado quando necessário.
  • 32. 32 De acordo com Ching (2007 p.220), o controlo de stock exerce grande influência sobre a rentabilidade da empresa. Os stocks usam capital de uso potencial e tem o mesmo custo de capital de qualquer outro projecto de investimento. Viana (2002 p.448) enfatiza que, qualquer que seja o método, é fundamental a observância das rotinas em prática, a fim de evitar problemas de controlo, com consequências no inventário, que tragam prejuízos para a empresa. 2.2.6.3. Função do controlo de stock A função do controlo de stocks é a de controlar entradas e saídas de mercadorias, registando seus preços conforme a operação e no final verificar as informações registadas com o saldo físico disponível no stock. Dias (1993 p.399), diz que as funções para a organização do sector de controlo de stock são:  Determinar “o que” deve permanecer em stock, em números;  Determinar “quando” se devem reabastecer os stocks, em períodos;  Determinar “quanto” de stock é necessário para o período pré determinado;  Receber, armazenar e atender os produtos adquiridos de acordo com as necessidades;  Controlar os stocks em quantidades e valores e fornecer as informações sobre posição de stock;  Manter inventários periódicos para conferência das quantidades e avaliação do estado dos materiais, e  Identificar e retirar do stock os produtos antigos ou danificados. Assim, a função de do controlo de stock denomina-se o controlo sobre a posição dos produtos, a hora de comprar, a quantidade a ser comprado, o que realmente se possui no stock e todas as informações necessárias sobre os produtos armazenados. 2.2.6.4. Custos dos Stocks A gestão de stock incorre em dois tipos básicos de custo: custos de manutenção de stock e os custos associados à falta do mesmo. Este segundo tipo de custo é relacionado ao nível de serviço da empresa, sendo muitas vezes negligenciado pela mesma. Para Dias (1993 p.399); Existem certos componentes de custo que não podem ser calculados com grande precisão, mas que ocorrem quando um pedido atrasa ou não
  • 33. 33 pode ser entregue pelo fornecedor. Podemos determinar os custos de falta de stock ou Custo de Ruptura das seguintes maneiras:  Por meio de lucros cessantes, devidos a incapacidade de fornecer. Perdas de lucros, com cancelamento de pedidos.  Por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituição com material de terceiros.  Por meio de custos causados pelo não cumprimento dos prazos contratuais como multas, prejuízos, bloqueio de reajustes.  Por meio de “quebra de imagem” da empresa, e em consequência beneficiando o concorrente. Como a gestão de stock abrange uma grande gama de actividades de uma empresa, normalmente existem custos, que não os de manutenção de stock ou associados directamente à falta de produto, que são impactados pelo processo de gestão. Contador (1998) descreve a relação de custos mais relevantes e seus componentes: Custo de obtenção: È proporcional a ordem de produção ou a compra do lote, este custo é fixo e se refere:  Preparação para a produção de itens.  Preparação das máquinas (setup).  Inspecção das primeiras peças. Custo de manutenção de stocks: São proporcionais ao volume do stock e ao tempo de permanência deste.  Custo de seguro (impostos e juros).  Custos de stock que incluem um espaço e manuseio.  Custos de obsolescência.  Custos de depreciação.  Custos de oportunidade do capital. 2.2.6.5. Classificação de sistemas de gestão de stocks 2.2.6.5.1. Sistemas de quantidade fixa de encomenda As respostas às questões quando e quanto encomendar, dependem do natureza da procura e dos parâmetros usados para caracterizar o sistema. Neste caso, é assumido que
  • 34. 34 a procura é conhecida e constante, o que significa que o número de artigos a encomendar e o tempo entre o processamento de encomendas não sofrem variações. Os artigos são sujeitos a uma revisão contínua e quando o ponto de encomenda atinge um determinado nível, é feito o pedido de uma nova encomenda com um número fixo de artigos. (SEGALL, 1988) 2.2.6.5.2. Sistemas periódicos de encomenda São sistemas em que as encomendas são colocadas de períodos em períodos de tempo previamente determinados e onde a quantidade a encomendar depende da procura (conhecida) entre revisões. De períodos em períodos de tempo faz-se uma revisão do stock e encomenda-se a quantidade necessária para elevar o nível de stock ao nível máximo pretendido. (SEGALL, 1998) 2.2.6.6. Elementos a ter em conta com a Gestão de Stocks 1. Quantidade Óptima a encomendar √ D – Procura anual S – Custo de preparação da encomenda H – Custo anual de posse ou armazenamento. 2. Ponto da Nova Encomenda R – Ponto da nova encomenda d – Procura media diária L – Prazo de acomodamento 3. Custo Total Anual 2.2.6.7. Técnicas de Gestão dos stocks As técnicas e ferramentas utilizadas para auxiliar e orientar o administrador em uma eficiente gestão de materiais busca reduzir e eliminar falhas nos processos de atendimento ao cliente. O excesso e falta de mercadoria, que podem gerar um custo não programado, além de complicar o fluxo de caixa da empresa.
  • 35. 35 2.2.6.7.1. Classificação dos stocks segundo o valor de uso – Sistema ABC Nas organizações de hoje, existem várias ferramentas para fazer a medida dos custos e uma das mais usadas é o sistema de custeio ABC, que são os custos baseados em actividades. O método ABC é o mais utilizado, pois leva em consideração a sua abrangência em relação a determinado factor, separando os itens por classes de acordo com sua importância relativa. Para classificar os itens podem ser utilizados vários parâmetros, peso, volume ou número de movimentações, ou ainda por volume financeiro investido em stock. No entanto o mais utilizado é o emprego da demanda valorizada, ou seja, a quantidade do produto pelo seu custo unitário. Dias (1993, p.77), Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:  Classe A: grupo de itens importantes que devem ser tratados com uma atenção especial pela administração.  Classe B: grupo de itens em situação intermediaria entre as classes A e C.  Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção por parte da administração. De acordo com a classificação ABC, os itens podem ser separados em classe A, que são os itens em pequenas quantidades, porém caros, e o contrário ocorre na classe C, onde grandes quantidades, mas, porém com custos menores e a classe B que seria o intermediário entre as duas classes. Figura. 1 - Curva ABC para classificação de stocks Fonte: (MOREIRA, 1996, p.463).
  • 36. 36 2.2.6.7.2. Classificação XYZ Itens são segmentados baseando-se no critério de criticidade e facilita as rotinas de planeamento, reposição e gestão de stocks. Tabela 3. Técnica XYZ Classe Designação X Ordinário: Item de baixa criticidade, cuja falta naturalmente compromete o atendimento de um usuário interno (serviço ou produção) ou externos (clientes finais), mas não implica em maiores consequências. Y Inter-cambiável: Apresenta razoável possibilidade de substituição com outros itens disponíveis em stock sem comprometer os processos críticos, caso seja necessário e em detrimento dos custos envolvidos. Z Vital: Item cuja falta acarreta consequências críticas, tais como interrupção dos processos da empresa, podendo comprometer a integridade de equipamentos ou segurança operacional. Para facilitar a memorização, optamos por denominar os itens mais críticos pela letra Z devido a sua posição no extremo oposto do alfabeto. Fonte: Prof. Fernando Augusto Silva Marins 2.2.6.7.3. Sistema Just-in-time (JIT) “O sistema jus in time é um método de produção com o objectivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufactura apenas quando forem necessários para que o custo de stock seja maior. (MARTINS e CAMPOS, 2006, p.127).” Segundo Viana (2000), É a produção na quantidade necessária, no momento necessário, para atender a variação de vendas com o mínimo de stocks em produtos acabados, em processos e em matéria-prima. Para Martins e Campos (2006), O sistema just-in-time3 é 3 Just in time (na hora certa” ou "momento certo) - é umsistema de administração da produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora certa.
  • 37. 37 um método de reprodução com objectivo de disponibilizar os materiais requeridos pela manufactura apenas quando forem necessários para que o custo de stock seja menor. Aborda-se geralmente o JIT, alguns de seus aspectos, como:  Melhoria contínua dos processos.  Eliminação de desperdícios.  Esforço contínuo na resolução de problemas.  Produção em stock.  Manufactura de fluxo contínuo. O JIT é muito mais do que uma simples ferramenta de gestão, é um conjunto de técnicas de administração do stock e da produção, considerada uma derivação do sistema japonês “Kanban” (quantidade e momento da necessidade de reabastecimento), especificando quanto será retirado do stock do fornecedor. (CHING, 2001, p.136). Moura 2006, O objectivo do JIT é estreitar ainda mais o relacionamento entre vendedores e clientes, eliminando a necessidade de intermediários, na medida em que o vendedor assume responsabilidades dentro das instalações dos clientes, dispensando, desse modo, parte das funções de compras para o cliente e de vendas para o fornecedor. Tabela 4. Exemplos de enfoques JIT para alguns problemas Problemas Solução JIT Maquina não confiável Torna-la confiável Grandes tamanhos de lote Produzir necessidade do cliente e adoptar sistema de puxar a demanda Longos lead times4 de produção Melhorar a flexibilidade da produção e reduzir tempo de set up5 Qualidade insatisfatória Melhorar processos e trabalhar com fornecedores para garantir a qualidade assegurada Fonte. Adaptado HONG (2006, p. 39). 4 Lead times (tempo de aprovisionamento ) - é o tempo entre o momento de entrada do material até à sua saída do inventário. 5 Set up - é o tempo decorrido para a troca (ferramenta, programa, equipamento) de um processo em execução até a inicialização do próximo processo.
  • 38. 38 2.2.6.7.4. Tempo de Reposição por ponto de pedido Uma das informações básicas de que se necessita para calcular o stock mínimo é o tempo de reposição, isto é, o tempo gasto desde a verificação de que o stock precisa ser reposto até a chegada efectiva do material no almoxarifado da empresa. Segundo Dias (1993), este tempo pode ser desmembrado em três partes: 1. Emissão do pedido: Tempo que leva desde a emissão do pedido de compra pela empresa até ele chegar ao fornecedor. 2. Preparação do pedido: Tempo que leva o fornecedor para fabricar os produtos, separar os produtos, emitir facturamento e deixá-los em condições de serem transportados. 3. Transportes: Tempo que leva da saída do fornecedor ate o recebimento dos materiais encomendados. 2.2.6.7.5. Modelo de Reposição - Sistema duas Gavetas O modelo de reposição contínua, também chamado de modelo do lote económico padrão, modelo de stock mínimo ou modelo do ponto de reposição, consiste em emitir um pedido de compras, com quantidade igual ao lote económico (ou outro, a critério do administrador de materiais), sempre que o nível de stocks atingirem o ponto de pedido. (MARTINS e CAMPOS, 2006). Esse é um método que consiste em executar o pedido de compra quando o stock de um certo item atinge um nível previamente determinado. Este sistema é ainda mais relevante para itens de baixo valor, os da classe C, procurando-se reduzir a burocracia de compra do produto, sem cálculos, garantindo o suprimento normal dos itens. Gonçalves e Schwember (1979) representaram este sistema por uma representação gráfica de maneira bem prática, Sejam duas caixas: Figura. 2 - Sistema de duas gavetas Fonte: (GONÇALVES e SCHWEMBER, 1979, p.207)
  • 39. 39 Todo material necessário é retirado da caixa 1, ficando fechada a caixa 2. Quando a caixa nº 1 mostrar-se insuficiente para atender a demanda abre-se a caixa nº 2, uma ordem é emitida para que se permita encher as duas caixas, sendo a demanda e o tempo de reposição determinísticos. O material chegará exactamente no momento que o material da caixa nº 2 tenha chegado à zero. Para uma melhor compreensão a disposição das caixas ficará da seguinte maneira: Figura. 3 - Sistema de duas gavetas Fonte: (GONÇALVES e SCHWEMBER, 1979, p.208) Logo, adiciona-se um stock de segurança para evitar possíveis imprevistos, então se trabalha com um sistema de reposição com quantidade fixa com a vantagem de não precisar de um registo com anotações e controle permanente. No entanto, esse sistema não é adequado para itens que apresentem uma alta variação no consumo. 2.2.6.8. Modelo de Controlo de stocks Os modelos de controlo de stocks podem ser divididos em dois grupos: os de emissão directa e os de emissão indirecta. Nos modelos de emissão indirecta, os itens são considerados independentes dos demais, cuja necessidade de reposição é função apenas da previsão da demanda do item do mercado, ao contrário dos dependentes cujas necessidades de reposição não são conhecidas até que a demanda dos itens aos quais este item tem dependência seja determinada. Ex. de emissão indirecta: modelo de controlo por ponto de pedido e por revisões periódicas.
  • 40. 40 Os modelos de controlo de stock baseado em emissão directa são baseados na lógica do MRP (Manufacturing Resource Planning6 ) que incluem itens com demanda dependente e independente. 2.2.6.8.1. Controlo de stocks pelo MRP Para Gonçalves e Schwember (1979), o sistema de planeamento dos requerimentos é um tipo de gerência sistemática dos stocks baseados em um conjunto de procedimentos e regras de decisão projectadas para determinar as necessidades de stocks dos itens que compõem o produto em todos os níveis, a partir do produto final, com a finalidade de gerar ordens de acção para esses requerimentos. Mas, para Martins e Campos (2006), O Planeamento das necessidades de materiais é uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos materiais que serão utilizados na fabricação de um certo produto. Os principais pré-requisitos e suposições envolvidos no MRP são:  Existe um programa mestre de produção que contém a lista de materiais.  Todos os itens do stock têm uma identificação única.  Os registos dos stocks contêm os dados históricos de cada item.  Os prazos de entrega são conhecidos.  Existem informações para conhecer oportunamente os recebimentos e consumos de cada item.  Existe processamento independente dos itens em fabricação. O MRP apoia-se num pacote de software para cálculo das necessidades de materiais e de outros recursos, garantindo a sua disponibilidade no exacto momento em que são necessários, nem antes (o que eu significa desperdícios) e nem depois (atrasando o planeamento). (MOURA, 2006). As quantidades devem estar correctas nos momentos certos para que a programação das actividades seja no momento mais tarde possível, de modo a minimizar os stocks. Quando se deduz as necessidades brutas do stock já existente, têm-se as necessidades líquidas, a partir da qual são geradas as ordens de compra ou de produção. 6 Manufacturing Resource Planning MRP – Planeamento das necessidades de materiais
  • 41. 41 2.2.6.9. Analise e Níveis de Stocks 2.2.6.9.1. Método PEPS ou FIFO Conforme Pozo (2007) o sistema PEPS (Primeiro que entra, Primeiro a Sair): É baseado na cronologia das entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens de stocks é feito por ordem de entrada do material na empresa, o primeiro que entrou será o primeiro que sairá, e assim utilizamos seus valores na contabilização do stock. (POZO, 2007, p. 88) O autor Gonçalves (2007) contribui com Pozo (2007), sobre o método PEPS, ao utilizar este método deverá considerar a ordem em que o produto entrou no stock. A saída ira levar em conta o histórico das entradas. O autor Francischini (2002), contribui com os demais autores dando sua definição para o método PEPS: PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) ou FIFO (First In, First Out) é o método que da prioridade a ordem cronológica das entradas. Ou seja, sai o primeiro material que entrou no stock, com seu respectivo preço unitário. Neste caso, cada lote de compra é controlado separadamente. (FRANCISCHINI, 2002, p. 172) Exemplo 1. Exemplo de movimento de stock utilizando o método PEPS, “Numa empresa entraram em stock, no dia 6-5, 100 unidades, de peça, ao preço de 15,00 cada; no dia seguinte 7-5 entraram mais 150 unidades a 20,00 cada: no dia 8-5, saíram de stock 150 unidades”.(DIAS, 2006, p. 161) Tabela 5. Movimento de stocks e cálculo do custo médio pelo método PEPS Fonte. Adaptado Dias (2006, p. 161). 2.2.6.9.2. Método UEPS ou LIFO Para Pozo (2007), o método UEPS último que entra, primeiro que sai consiste na cronologia das saídas e entradas, levando em considerarão o último que entrou, que será
  • 42. 42 o primeiro a sair. Conforme Pozo (2007, p. 89) “é um procedimento muito utilizado em economias inflacionárias, facilitando a contabilização dos produtos para definição de preços de venda e reflectindo custos mais próximos da realidade de mercado. Neste contexto o autor Gonçalves (2007), salienta que este método UEPS consiste ao inverso do método PEPS, as entradas e saídas deverão proceder de maneira que o último a entrar deverá ser o último a sair. Assim o autor Gonçalves (2007), ressalta que: As saídas são processadas conforme as quantidades de cada, reduzindo as quantidades de acordo com o histórico das entradas; porém, considerando sempre que as primeiras unidades a sair devem ser valorizadas com base na última entrada e, assim, sucessivamente. (GONÇALVES, 2007, p. 185) O autor Francischini (2002), contribui com a definição do método UEPS ou LIFO: UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) ou LIFO (Last In, First Out) inverte a ordem cronológica de entrada no stock. Ou seja, o último lote a entrar no stock que é o primeiro a ser considerado separadamente. (FRANCISCHINI, 2002, p. 172) Exemplo 2. O autor Dias (2006) exemplifica com um exemplo similar aos anteriores o funcionamento do método UEPS, “Em uma empresa entraram em stock, no dia 2 -3, 150 unidades de uma peça ao preço unitário de 15,00; no dia 3-3, entraram mais 100 unidades a 20,00 cada, e saíram do stock, no dia 5-3, 150 unidades” (DIAS, 2006, p. 162). Tabela 6. Movimento de stocks e cálculo médio pelo método UEPS Fonte. Adaptado Dias (2006, p. 162)
  • 43. 43 Tabela 7. A Influência da Gestão de Stocks nos Índices Financeiros Índice Financeiro Influência da Logística LIQUIDEZ SECA (Mostra a capacidade da empresa em atender suas obrigações no curto prazo em suas datas de vencimento) Melhora a composição do Activo Circulante  Aceleração da conversão dos stocks em vendas;  Gestão económica dos stocks. Reduz o Passivo  Requisição dos recursos nas quantidades e nos momentos certos (duplicatas com valores menores);  Evita necessidade de empréstimos. ACTIVIDADE (Mostra a rapidez com que certas contas são convertidas em vendas ou em caixa). Aumento do Giro de Stock Aumento do Giro do Activo Total  Diminuição dos stocks;  Troca dos stocks por informações;  Redução das áreas de armazenagem. ENDIVIDAMENTO GERAL (mostra o montante de terceiros usados para gerar lucros)  A gestão eficiente da logística diminui o endividamento da empresa e ajuda facilitando o pagamento de suas dívidas. RENTABILIDADE (quanto maiores as vendas e menores os custos, maiores os lucros) ROI (RETURN ON INVENTORY INVESTMENTS/RETORNO SOBRE INVESTIMENTOS EM ESTOQUE): É o indicador de desempenho que mede o resultado em relação a investimentos em stock. O denominador mais utilizado no cálculo desse indicador é o stock médio para o período (normalmente anual), por ser mais representativo em termos de níveis de stock ao longo do ano em comparação ao balanço do último dia do ano. Fonte: CORRÉA, 2001
  • 44. 44 CAPÍTULO 3: METODOLOGIA DA PESQUISA Este capítulo reserva-se em descrever o delineamento metodológico da pesquisa, para melhor se compreender os métodos científicos usados na elaboração do trabalho, como base inequívoca para a apresentação das conclusões do mesmo. 3.1 Tipo da pesquisa Quanto ao tipo esta pesquisa caracteriza-se como pesquisa do tipo descritiva, esta pesquisa consiste em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de factos ou fenómenos, a avaliação de programas, ou o isolamento de variáveis principais ou chave. 3.2.Método de abordagem da pesquisa A elaboração da presente pesquisa foi delineada com base na seguinte abordagem: Quanto ao problema, o estudo contempla uma abordagem do método indutivo, uma vez que usou-se a Matemática através da Estatística. Utilizando como exemplo a enumeração, trata-se de um raciocínio indutivo baseado na contagem. 3.3. Método de procedimento da pesquisa Para a realização da pesquisa foi utilizado o método de procedimento monográfico ou estudo de caso, em que a literatura empírica que fornece um fenómeno antigo para actual dentro do seu contexto da realidade é a base no qual são utilizadas várias fontes de evidência. O que significa que para este trabalho, a investigação pressupõe uma abordagem concreta em que o proponente inteirou-se sobre a matéria da analise do papel dos stocks na gestão financeiras das PMEs, em particular a empresa Nova Base, Lda. Filial de Nampula. 3.4. Técnicas de colecta de dados Os dados necessários para a realização terão fonte primária, uma vez que serão obtidos a partir das observações feitas directamente na empresa, sem a necessidade de consultar documentos, pastas ou arquivos armazenados. Os dados primários, são aqueles colhidos directamente na fonte. Na recolha das informações referentes ao problema em estudo normalmente é imprescindível o questionário. O uso desta técnica prende-se no facto de querer colher
  • 45. 45 opiniões e ideias das individualidades escolhidas como amostra mediante uma série de perguntas elaboradas pelo autor de forma clara, coerente e concisa. Para o presente trabalho, foi elaborado um questionário dirigido a dez (10) individualidades dos quais responsáveis da logística e pessoal do armazém. (Vide apêndice). 3.5. População em estudo e tamanho da amostra 3.5.1. População em estudo No presente trabalho, o universo é de 17 trabalhadores, o que corresponde ao total de trabalhadores da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula, distribuídos entre pessoal de escritório, postos de venda, distribuição e armazém, considerado pelo proponente do presente trabalho, como reunindo características pretendidas para a pesquisa. 3.5.2. Tamanho da amostra Para a efectivação deste trabalho utilizou-se uma amostra disponível e probabilística, pois, cada elemento do universo tem a mesma probabilidade de ser escolhido para pertencer a amostra. Dada a natureza do tema em estudo, a amostra cingiu-se aos gestores do departamento da logística e o pessoal do armazém. A amostra deste trabalho é constituída por 10 individualidades, sendo 2 responsáveis do departamento de logística e 8 trabalhadores afectos em armazéns, que se mostraram disponíveis. 3.6. Ferramentas da análise e softwares usados Como parte prática de colecta de dados, para o presente trabalho, a pesquisa teve como foco analisar a gestão de stock da empresa e com isso a colecta de dados ocorreu com visitas a organização, foi usada a observação direita participativa em que o proponente participou na colecta de dados observando directamente e questionário com alguns trabalhadores responsáveis pela administração de materiais da empresa e para análise dos dados colectados usou-se o método comparativo percentual.
  • 46. 46 CAPÍTULO 4: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 4.1. Introdução Este capítulo faz referência ao cenário actual da empresa, descreve e analisa os procedimentos de controlo dos stocks adoptado pela mesma no seu departamento logístico e apresenta as sugestões de melhoria necessárias para alguns destes procedimentos. Com o intuito de almejar os objectivos gerais e específicos desta pesquisa, foi aplicado um questionário conforme apêndice A, direccionado ao pessoal do armazém da empresa. 4.2. Localização geográfica do campo de estudo A empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula, está estabelecida na cidade de Nampula, na Rua da Unidade, nº 101. Figura 5. Vista frontal do edifício da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula. Fonte: adaptado pelo autor 4.3. Caracterização da Empresa A Nova Base, Lda. dedica-se ao comércio de equipamentos de higiene e segurança no trabalho, contando com a experiência e dedicação de mais de 15 anos neste ramo,
  • 47. 47 sempre com os olhos postos no futuro. Possui uma vasta gama de produtos e comercialização das melhores marcas do mercado, sempre a preços muito acessíveis. Desde Janeiro de 2009 as empresas que desempenham o serviço de manutenção de extintores estão obrigadas por lei a estarem certificadas com a norma de 2012. A Nova Base, Lda. possui todas as certificações oficiais para desempenhar o serviço de manutenção de extintores em pequena ou larga escala. Faz-se a manutenção de todos os tipos de extintores. Tem oficina certificada e todos os equipamentos necessários para esta tarefa, bem como pessoal especializado para a desempenhar. Também oferece formação de plano de evacuação de emergência e Manuseamento de Equipamentos de Combate a Incêndio, ministrada na empresa referida. A Nova Base, Lda. possui um grande stock e variedade de produtos na área dos equipamentos de segurança no trabalho: Calçado de trabalho, equipamento anti - queda, mascaras, óculos e capacetes, vestuário de trabalho, luvas, produtos de higiene, combate a incêndios, sinalizadores e outros. 4.4. Apresentação de dados obtidos Os dados apurados do questionário dirigido aos responsáveis e pessoal do armazém da empresa Nova Base, Lda. - filial de Nampula, estão organizados em categorias de acordo com a natureza das respostas que foram dadas pelos inqueridos e os resultados são apresentados em gráficos de acordo com o tipo de respostas, estes gráficos mostram o estado de prevalência do fenómeno do controlo dos stocks da empresa. Figura 6. Organograma da empresa Nova Base, Lda. Fonte: adaptado pelo autor Director Contabilista Area Tecnica Gestor de Stock Supervisores de Armazens Gestor de RH
  • 48. 48 Gráfico 1. Nível Académico dos respondentes ao questionário Fonte: Adaptado pelo autor Dos 10 respondentes dos questionários encaminhados apenas 1 que corresponde a 10% possui nível superior, 3 que correspondem a 30% possuem nível técnico médio e 6 que perfazem 60% possuem nível médio do ensino geral. Gráfico 2. Género dos respondentes ao questionário Fonte: adaptado pelo autor Numa amostra de 10 trabalhadores inqueridos apenas 2 que correspondem 20% da pesquisa são do sexo feminino e os restantes 8 que por sua vez correspondem 80% são do sexo masculino, deste modo nota-se que há um desequilíbrio em termos de género na empresa em questão. 4.4.1. Pesquisa sobre controlo de stocks Para efectuar esta presente pesquisa, foi usado como critério a escolha de dez trabalhadores da empresa, que tenham correlação directa com o armazém da empresa, 0 1 2 3 4 5 6 7 Doutorado Mestrado Superior Tecnico Medio Medio Basico 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Masculino Feminino
  • 49. 49 tendendo a possibilidade de uma visão geral e ao mesmo tempo direccionado a sectores que solicitam e efectuam compras. Gráfico 3. Tipos de stock de matérias vendidos na empresa Fonte: adaptado pelo autor Dos 10 trabalhadores inqueridos no que correspondem 100% da amostra da pesquisa afirmam que a empresa em questão utiliza um e único tipo de stock para a venda que é stock de materiais de higiene e segurança no trabalho. Gráfico 4. Modelo de controlo de stock realizado na empresa Fonte: Elaborado pelo autor Numa amostra de 10 trabalhadores inquiridos, 4 que correspondem a 40% afirma que o controlo de stock e feito manualmente e por volta de 6 que perfazem 60% responderam que o controlo é informatizado. Contudo, foi constatado que a empresa Nova Base, Lda. 0 2 4 6 8 10 12 Stock de material de construção Stock de material eléctrico Stocks de material de higiene e segurança no trabalho Stocks de matérias perecíveis Outro 0 1 2 3 4 5 6 7 Controlo Manual Visual Contrlo Informatizado Outro Nenhum
  • 50. 50 possui o controlo de stock informatizado, mas ainda é utilizado o modelo de controlo manual visual, que está sujeito a erros no processo de gestão dos stocks. Com isso a empresa não trabalha de maneira eficiente e positiva com os softwares, gerando dois relatórios, um manual e um visual. Gráfico 5. Quantidade de pedidos de compra mensal Fonte: Elaborado pelo autor Dos trabalhadores inqueridos 3 que correspondem a 30% da amostra afirmam que a empresa efectua ate 10 pedidos de compra mensal, 2 que correspondem a 20% da amostra afirmam que a empresa efectua de 11 a 20 pedidos de compras mensal, 1 que corresponde a 10% afirma que a empresa efectua de 21 a 30 pedidos por mês e por sua volta os 4 que perfazem 40% sendo a maioria responderam que a empresa efectua mais de 30 pedidos por mês. Esta análise aponta para grande necessidade de implantação de um controlo de stock muito bem elaborado. 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Ate 10 pedidos de 11 a 20 pedidos de 21 a 30 pedidos mais de 30 pedidos
  • 51. 51 Gráfico 6. Critério usado para reabastecimento dos stocks Fonte: adaptado pelo autor Numa amostra de 10 trabalhadores inquiridos, apenas 3 que correspondem 30% da amostra afirmam que a empresa utiliza o critério de reabastecimento de stock em função do tempo, este sistema vai em função do período independentemente ter o stock ou não e os 7 trabalhadores que correspondem a 70% afirmam que a empresa utiliza o critério de reabastecimento de stock em função das quantidades. Pode-se notar que a empresa preocupa-se mais com aquisição de stock em função da quantidade fixa de encomenda, dai que o controlo de stock é com base na quantidade de stock que a empresa usa. Gráfico 7. Custos associados na manutenção dos stocks em armazém Fonte: adaptado pelo autor Dos 10 trabalhadores inqueridos, 2 que correspondem a 20% responderam que os custos associados na manutenção de stocks é o custo de posse, 1 que corresponde 10% da 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Em função do tempo Em função das quantidades 0 1 2 3 4 5 6 Custo de posse Custos de obsolescência Custos de depreciação Custo de encomenda Custo de ruptura de stock
  • 52. 52 amostra afirma que a empresa associa custo de depreciação na manutenção dos stocks, 5 que correspondem 50% da amostra, sendo assim a maioria afirmam que os custos associados na manutenção dos stocks da empresa é o custo de encomenda e por sua volta 2 que perfazem 20% afirmam que o custo de ruptura de stock é associado ao custos de manutenção dos stocks. Gráfico 8. Quantidade de stocks mensal necessária para atender as necessidades dos pedidos dos clientes Fonte: adaptado pelo autor Numa amostra de 10 trabalhadores, apenas 2 que perfazem 20% afirmam que a quantidade de stock necessária para atender as necessidades dos pedidos dos clientes é de 41 a 60 unidades por mês e por sua vez 8 que correspondem 80% sendo assim, a maioria afirmam que a empresa precisa de mais de 60 unidades mensais para atender as necessidades dos pedidos dos clientes. Dessa forma nota-se que a empresa apresenta um stock necessário para atender a demanda dos clientes. 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 ate 20 Unidades de 21 a 40 Unidades de 41 a 60 Unidades mais de 60 Unidades
  • 53. 53 Gráfico 9. Principal critério na escolha do fornecedor Fonte: Elaborado pelo autor Dos trabalhadores inqueridos podemos perceber que 6 trabalhadores no qual correspondem 60% da amostra afirmam que a empresa utiliza o preço como critério da escolha de seus fornecedores e 2 que correspondem a 20% optam na qualidade do produto, o restante dividem-se entre confiança e prazo de entrega. Diante desse facto, é perceptivo que no processo de cotação de preços, não é avaliado o histórico dos fornecedores, pois não há preocupação com a formação de parcerias, lembrando que a confiança e a parceria reduzem os custos e auxilia no controlo, que no médio e longo prazo propicia um retorno financeiro bastante atractivo para empresa. Gráfico 10. Principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos stocks eficiente Fonte: Elaborado pelo autor 0 1 2 3 4 5 6 7 Preco Qualidade do produto Prazo de entrega Confianca 0 1 2 3 4 5 6 7 Dificuldade de entendimento Financeira Falta de software informático apropriado de gestão de stock Falta de pessoal qualificado em matéria de gestão de stock Outro
  • 54. 54 O gráfico mostra que 6 trabalhadores inqueridos que corresponde a 60% da amostra, respondem que as principais barreiras encontradas para a não gestão eficiente de stock da organização, é devido à falta de software informático apropriado para a gestão de stocks, em seguida apenas 3 que perfazem 30% da amostra afirmam que há falta de pessoal qualificado em matéria de gestão de stocks, e não menos importante a dificuldade financeira. Gráfico 11 - Análise pessoal em relação a adopção de um sistema informatizado na empresa Fonte: Elaborado pelo autor Numa amostra de 10 trabalhadores inqueridos, 6 que correspondem a 60% respondem que a adopção de um sistema informatizado melhoraria o processo de aquisição de mercadorias, 3 que correspondem 30% respondem que melhoraria o processo de controlo de stock e apenas 1 que corresponde a 10% afirma que melhoraria e evitaria perdas. Com base no gráfico acima, nota-se que as opiniões dos colaboradores são argumentos suficientes para que a empresa reavalie seus processos, conforme os dados obtidos, pois nenhum deles acredita que com a implantação de um sistema bem elaborado, não iria melhorar em aspecto algum os processos de gestão e controlo do stock. 4.4.1.1. Descrição do departamento de controlo de stocks da empresa De acordo com o questionário respondido pelos responsáveis do sector, percebe-se que não existe um bom relacionamento do órgão com algumas áreas como a de vendas, finanças, manutenção, e desenvolvimento dos recursos humanos. Os critérios mais importantes para a obtenção de vantagens competitivas segundo a empresa são o menor 0 1 2 3 4 5 6 7 Melhoraria o processo de aquisição/compra de mercadorias Melhoraria e evitaria perdas (prazo de validade) Melhoraria o processo de controlo de stock Não melhoraria Outro
  • 55. 55 custo comparado à concorrência, a qualidade, o desempenho de entrega e a flexibilidade. A empresa Nova Base, Lda. tem conhecimento do custo médio anual de seu sistema de stock e possui espaço suficiente para armazenamento da quantidade necessária de mercadorias. O lote económico de compra è calculado para a definição do tamanho do pedido, para esse cálculo é levado em consideração o custo de manter o stock e o custo de obter o stock, mas, no entanto não é utilizado o lote económico de compra para todos os materiais. 4.4.1.2. Processo de aquisição de mercadorias Departamento de aquisição coordena as contratações de serviços, materiais e equipamentos para a empresa Nova base, Lda. A empresa planeia a forma de aquisição de mercadorias e serviços conforme a necessidade, elaborando editais de licitação para a respectiva contratação. 4.4.1.3. Processo de armazenamento Toda mercadoria que ingressa na empresa é inspeccionada pelo departamento de qualidade o qual tem o papel de verificar se os bens foram entregues conforme as especificações. As inspecções são feitas na fábrica ou no recebimento. A partir da liberação pela inspecção as mercadorias são endereçadas para guarda, armazenamento e posterior distribuição.
  • 56. 56 CAPÍTULO 5: CONCLUSÃO E SUGESTÕES 5.1. Conclusão Conforme foi proposto no objectivo geral desse trabalho a metodologia utilizada gerou informações que possibilitaram a chegar as seguintes conclusões: Foi constatado que a empresa em questão demanda mais de 60 unidades mensais para atender as necessidades dos pedidos dos clientes. Dessa forma nota-se que a empresa apresenta um stock necessário para atender a demanda dos clientes. Para uma gestão eficiente a empresa optou pelo critério de reabastecimento de stock em função das quantidades. Pode-se notar que a empresa preocupa-se mais com aquisição de stock em função da quantidade fixa de encomenda, dai que o controlo de stock é com base na quantidade de stock que a empresa utiliza. Contudo, foi constatado ainda que a empresa Nova Base, Lda. possui o controlo de stock informatizado, mas ainda é utilizado o modelo de controlo manual, que está sujeito a erros no processo de gestão dos stocks. Com isso a empresa não trabalha de maneira eficiente e positiva com o software. O modelo de controlo adequado dos stocks permite saber quais são as quantidades e a qualidade dos mesmos existentes, assim como o seu valor actual, permitindo minimizar as eventuais rupturas em armazém, garantindo a plena satisfação dos pedidos dos clientes. Conclui-se ainda que os custos associados na manutenção dos stocks da empresa é o custo de encomenda e por sua volta não menos importante o custo de ruptura, custo de posse, custo de depreciação e custo de obsolescência.
  • 57. 57 5.2. Sugestões Tendo se chegado as conclusões da pesquisa, sugere – se o seguinte:  Que se incremente de controlo de stock informatizado na sua totalidade do modo que a empresa possa estar de acordo com a sua estrutura, sempre pronto a oferecer seus produtos e serviço desejado pelo cliente, mantendo o mínimo de stock, vislumbrando um menor custo possível.  Que se adopte um sistema de informações eficiente e pessoas qualificadas para cuidar deste sector que é muito importante dentro da organização.  Que se faça aperfeiçoamento e domínio das ferramentas responsáveis pelo sistema de cálculos de perdas na movimentação de stock, bem como no controlo dos produtos que se encontram próximos do seu prazo de validade.  Que se fixe os limites de stock mínimo e máximo, já que este é um ponto importante na gestão da produção, como forma de evitar o excesso e as rupturas dos mesmos.
  • 58. 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. ARNOLD, J. R. T. Administração de materiais: uma introdução. São Paulo: Atlas, 1999. 2. BALLOU, R. H. Logística Empresarial: Transportes, Administração de Materiais e Distribuição Física. 1ª Ed.14ª tiragem. São Paulo: Atlas, 1993. 3. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J; COOPER, M. Bixby. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. 528 p. 4. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de vendas: uma abordagem introdutória. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 164 p. 5. CHING, Hong Yuh. Gestão de stocks na cadeia de logística integrada - Supply chain. 3. ed São Paulo: Atlas, 2007. 220 p. 6. CONTADOR, José Celso. Gestão de operações. 2° Ed. São Paulo: Editora: Edgard Blücher Ltda, 1998. 7. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem logística. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1993. 399 p. 8. FRANCISCHINI, Paulino; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de materiais e do património. São Paulo: Pioneira Thomson, 2002. 310 p. 9. GASNIER, Daniel Georges, A dinâmica dos stocks: Guia prático para planeamento, gestão de materiais e logística. São Paulo: Instituto IMAM, 2010. 316p. 10. GONÇALVES, Paulo Sérgio; SCHWEMBER, Enrique. Administração de stock: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Interciência, 1979. 11. MARTINS, Petrónio G. e CAMPOS, Paulo R. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 12. MARTINS, Petrónio Garcia, ALT, Paulo R. Campos. Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2001. 13. MARTINS, Petrónio G.; LAUGENI, Fernando P. Administração da produção. São Paulo: Ed. Saraiva, 2003. 445 p. 14. MAYER, Raymond R. Administração da Produção. Tradução de Clóvis Leite Monteiro e Rubens Valdergaren. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 1990.
  • 59. 59 15. MOURA, Benjamim. Logística: Conceitos e Tendências. 1ª ed. Lisboa: Centro Atlântico Ltda, 2006. 16. Prof. Fernando Augusto Silva Marins. DPD-FEG-UNESP www.feg.unesp.br/fmarins 17. POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 3. São Paulo: Atlas, 2007. 18. _____________. Administração de recursos materiais e patrimoniais: uma abordagem logística. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 19. SLACK, Nigel. Administração da produção. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2009. 20. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2 Edição. Atlas, 2002. 21. SEGALL, Salomão Gomes; VIANA, João José. Técnicas de gestão de stocks. São Paulo: ABM, 1988. 22. SOUZA, Alceu. Dimensionamento de Stocks. Uma Introdução ao conceito de troca. 1982. UFPR; (mímeo). 23. TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planeamento e Controlo da Produção. São Paulo: Editora Atlas, 1997. 24. VIANA, João J. Administração de Materiais: Um Enfoque Prático. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, 2000. 25. _____________. Administração de Materiais: Um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2002. 448 p.
  • 61. 61 APÊNDICE – QUESTIONARIO: PESQUISA SOBRE CONTROLO DE STOCKS Cargo/Função: _____________________________________________________ Nível de escolaridade: Nível Básico do ensino geral ( ) Nível Médio do ensino geral ( ) Técnico Médio ( ) Superior ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Género: Masculino ( ) Feminino ( ) Quais são os tipos de stock de matérias vendidos na empresa? ( ) Stock de material de construção ( ) Stock de material eléctrico ( ) Stocks de material de higiene e segurança no trabalho ( ) Stocks de matérias perecíveis ( ) Outro. Qual? __________________________________________________ Qual é a principal forma de controlo de Stock realizado? ( ) Controlo manual visual ( ) Controlo informatizado ( ) Outro ( ) Nenhum Qual é a quantidade de pedidos de compras mensal? ( ) até 10 pedidos ( ) de 11 e 20 pedidos ( ) de 21 a 30 pedidos ( ) mais de 30 pedidos Qual o critério usado para reabastecimento dos stocks? ( ) Em função do tempo ( ) Em função das quantidades Quais são os custos associados na manutenção dos stocks em armazém? ( ) Custo de posse ( ) Custos de obsolescência ( ) Custos de depreciação ( ) Custo de encomenda
  • 62. 62 ( ) Custo de ruptura de stock Qual a quantidade de stocks mensal necessária para atender as necessidades dos pedidos dos clientes? ( ) ate 20 Unidades ( ) de 21 a 40 Unidades ( ) de 41 a 60 Unidades ( ) mais de 60 Unidades Qual o principal critério na escolha do fornecedor? ( ) Preço ( ) Qualidade do produto ( ) Prazo de entrega ( ) Confiança ( ) Outro. Qual? __________________________________________________ Qual a principal barreira encontrada por sua empresa para a gestão dos stocks? ( ) Dificuldade de entendimento ( ) Financeira ( ) Falta de software informático apropriado de gestão de stock ( ) Falta de pessoal qualificado em matéria de gestão de stock ( ) Outro. Qual? ___________________________________________ Como o Sr. (a) analisa a mudança em sua empresa com a implantação de um sistema informatizado? ( ) Melhoraria o processo de aquisição/compra de mercadorias ( ) Melhoraria e evitaria perdas (prazo de validade) ( ) Melhoraria o processo de controle de stock ( ) Não melhoraria ( ) Outro. Qual? ____________________________________________