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ÍNDICE
RESUMO ...................................................................................................................................4
CAPITULO I – INTRODUÇÃO.................................................................................................5
1.Introdução ............................................................................................................................5
2.Objectivos ............................................................................................................................6
2.1.Objectivo Geral..............................................................................................................6
2.2.Objectivos específicos....................................................................................................6
3.Metodologias........................................................................................................................6
3.1.Métodos de análise de dados ..........................................................................................6
3.2.Técnica de colecta de dados ...........................................................................................7
3.3.Tipo de pesquisa.............................................................................................................7
3.4.População alvo...............................................................................................................7
3.4.1.Universo da pesquisa...................................................................................................7
3.4.2.Amostra da pesquisa....................................................................................................8
CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................9
2.1.Definição de Avaliação do Desempenho ............................................................................9
2.2.Condições de Bom Funcionamento da Avaliação do Desempenho ...................................10
2.2.1.Objectivos da Avaliação do Desempenho ..................................................................11
2.3.Métodos de Avaliação......................................................................................................12
2.3.1.Métodos Tradicionais ................................................................................................12
2.3.2.Avaliação do Desempenho por Competências............................................................12
2.3.3.Avaliação 360º ..........................................................................................................13
2.4.Avaliação por Objectivos.................................................................................................13
2.5.Vantagens e Limitações da Avaliação do Desempenho ....................................................14
2.5.1.Vantagens..................................................................................................................14
CAPITULO III - CARATERIZAÇÃO DA ENTIDADE ...........................................................15
3.1.Gabinete do Governador da Província de Nampula ..........................................................15
3.1.1.Natureza....................................................................................................................15
3.1.2.Princípios de funcionamento......................................................................................15
3
3.1.3.Estrutura Orgânica.....................................................................................................15
3.1.4.Gabinete do Governador da Província .......................................................................16
3.1.5.Competência do Chefe do Gabinete...........................................................................16
3.1.6.Assessores.................................................................................................................16
3.1.7.Principio da boa administração..................................................................................17
CAPITULO IV - DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ........................................................18
4.1.Descrição das Actividades Desenvolvidas........................................................................18
4.2.Registo do Absentismo ....................................................................................................18
4.3.Gestão de Correspondência..............................................................................................18
4.4.Saúde no Trabalho ...........................................................................................................18
4.5.Processamento Salarial ....................................................................................................19
4.6.Registo das Formações ....................................................................................................19
4.6.1.Registo do Plano de Férias.........................................................................................20
4.6.2.Registo do Correio ....................................................................................................20
4.6.3.Registo das Deslocações............................................................................................20
4.6.4.Outras Actividades ....................................................................................................20
4.7.Avaliação do Desempenho no Gabinete do Governador de Nampula ...............................21
4.7.1.Periodicidade.............................................................................................................21
4.7.2.Métodos de Avaliação ...............................................................................................21
4.7.3.Objectivos Atingidos.................................................................................................21
4.8.Competências ..................................................................................................................22
4.9.Fases do Processo de Avaliação do Desempenho .............................................................23
4.10.Factores de Avaliação ....................................................................................................23
4.11.Efeitos da Avaliação ......................................................................................................24
CAPÍTULO V – DISCUSSÃO E CONCLUSÕES....................................................................25
5.1.Análise do Estágio ...........................................................................................................25
5.2.Conclusão........................................................................................................................27
5.3.Limitações .......................................................................................................................29
5.4.Recomendações ...............................................................................................................30
Referências bibliográficas .........................................................................................................31
4
RESUMO
O presente relatório de estágio é o resultado de meses de pesquisas bibliográficas e documentais, relacionado com o
tema Avaliação de Desempenho: estudo de caso do Gabinete do Governador, propõe analisar o grau de satisfação
dos trabalhadores do Gabinete do Governador com a actual avaliação de desempenho existente. Para esse efeito, fez-
se uma análise dos instrumentos utilizados e as principais causas da sua insatisfação. Este relatório de estágio foi
baseado numa pesquisa exploratória mediante o uso de um questionário. Dos resultados recolhidos podemos
constatar que a maioria dos trabalhadores consideram poucos informados sobre o modelo utilizado no Gabinete do
Governador para avaliar para avaliar os trabalhadores o que gere por parte dos trabalhadores pouco conhecimento
dos instrumentos e criando insatisfação face ao mesmo.
Palavras-chave: Avaliação de desempenho.
5
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
1.Introdução
Este relatório de estágio insere-se no âmbito de culminação do nível médio do curso de Gestão
de Recursos Humanos (GRH), no Instituto politécnico de Nampula. A principal razão que levou
a esta opção foi o desejo de colocar em prática os conhecimentos adquiridos sobre GRH ao longo
da realização do meu nível médio.
O estágio decorreu no Gabinete do governador no departamento Direcção Financeira e Recursos
Humanos. A orientação académica foi realizada pelo supervisor. Por parte da instituição, a
coorientação ficou a cargo do departamento financeiro, administração e recursos humanos,
ajudando na atribuição e coordenação de todas as actividades desempenhadas.
Os principais objectivos do estágio foram a colaboração na adaptação do sistema de Avaliação
de Desempenho, no desenvolvimento de novas práticas de recursos humanos, na implementação
de ferramentas de desburocratização de pedidos administrativos de colaboradores à entidade
patronal, na elaboração do Manual de Procedimentos dos Recursos Humanos, na elaboração de
conteúdos e no acompanhamento das rotinas diárias dos Recursos Humanos.
Este Relatório tem dois objectivos principais: dar transparência ao processo avaliativo de
desempenho, para que sua história, fragilidades, limitações, melhorias e desafios possam ser
conhecidos; e cumprir uma das principais funções da avaliação, a de disponibilizar subsídios
para o planeamento estratégico das políticas de pessoal como um todo.
Este Relatório busca dar visibilidade a esses dados, para que possam ser considerados nas acções
e decisões de servidores e gestores do gabinete do governador na província de Nampula.
6
2.Objectivos
De acordo HAYDT (2003:113), “Objectivo é a descrição clara do que se pretende alcançar como
resultado da nossa actividade”.
Dessa ideia o relatório pretende alcançar o seguinte:
2.1.Objectivo Geral
 Pretende-se com este relatório dar a conhecer a importância e a contribuição da
Avaliação de Desempenho nas empresas, em particular no Gabinete do Governador.
2.2.Objectivos específicos
 Demonstrar a importância da Avaliação de Desempenho nas empresas, em particular
no Gabinete do Governador de Nampula;
 Verificar se há diferentes graus de satisfação com o modelo, consoante as categorias
profissionais dos trabalhadores.
 Comprovar se há uma boa aceitação da avaliação de desempenho conforme o sexo
dos trabalhadores.
 Analisar os erros de avaliação de desempenho mais comuns no modelo de avaliação
de desempenho utilizado pelo Gabinete do Governador de Nampula.
3.Metodologias
3.1.Métodos de análise de dados
Segundo BARROS e LEHFELD (2003:83), “Análise significa buscar o sentido mais explicativo
da pesquisa, significa ler através dos índices dos percentuais obtidos a partir da medição e
fabulação dos dados ou leitura e composição do depoimento obtido em pesquisa.”
FRAGATA (1980:16) diz que, “é a maneira de proceder em ordem para conseguir um fim
determinado com maior facilidade e perfeição”.
7
Quanto ao procedimento metodológico usar-se-á o método bibliográfico que consistirá no uso de
diversas fontes para obtenção de pressupostos teóricos necessários para a realização do presente
trabalho. E também para o alcance dos objectivos do presente trabalho, realizar-se-á um trabalho
de campo no Gabinete do Governador, consistindo na observação directa.
Quanto a abordagem usar-se-á o método indutivo, pois necessita-se partir de um número e
considerável que compõe o Gabinete do Governador, para posteriormente chegar-se a uma dada
conclusão, isto quer dizer do particular para o geral.
3.2.Técnica de colecta de dados
Para a realização da pesquisa, para além do uso do método bibliográfico e de trabalho do campo
no Gabinete do Governador, também serão usadas técnica bibliográfica, a realização de
questionários dirigidos a população alvo com intuito de saber se existe uma ideia concernente ao
tema em alusão.
3.3.Tipo de pesquisa
A pesquisa quanto a definição dos objectivos será do tipo descritiva, visto que pretende-se fazer
uma análise sobre avaliação de desempenho, quanto aos procedimentos técnicos e metodológicos
será do tipo bibliográfico e documental pois terá em vista análise de documentos que tratam
dizeres sobre o tema em causa.
3.4.População alvo
Na ideia de GIL (1999:104), “População alvo é aquela em que o pesquisador se dirige
intencionalmente o grupo de indivíduos que deseja opinião acreditando que esta possa
representar um universo”. A pesquisa será realizada no edifício do governo, mas concretamente
no Gabinete do Governador.
3.4.1.Universo da pesquisa
O universo desta pesquisa irá recair aos colaboradores do Gabinete do Governador.
8
3.4.2.Amostra da pesquisa
Amostra é um subconjunto de elementos pertencentes a uma população. A informação recolhida
para uma amostra é depois generalizada a toda a população.
Segundo MARCONI e LAKATOS (1996:28), “Amostra é uma parcela conveniente seleccionada
do universo (população); é um subconjunto do universo”. No presente trabalho a amostra é
probabilística e aleatória, porque cada elemento do universo tem a mesma probabilidade de ser
escolhido para pertencer a amostra.
9
CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA
2.1.Definição de Avaliação do Desempenho
A avaliação do desempenho é uma das mais poderosas ferramentas para a gestão de recursos
humanos. O seu principal objectivo é melhorar os resultados, ajudando os colaboradores a
atingirem níveis mais elevados de desempenho. A avaliação do desempenho torna-se
indispensável, já que as organizações têm a necessidade de obtenção e manutenção da
competitividade. Esta avaliação tem como principal objectivo analisar o desenvolvimento dos
colaboradores, promovendo um melhor crescimento pessoal e profissional.
De acordo com Gonçalves (2002), a característica essencial para uma organização é que aplique
com sucesso os seus indicadores para a medição do desempenho, possibilitando assim conhecer
melhor os seus processos, permitindo uma avaliação contínua da eficiência de seus processos e
colaboradores. É fulcral que a organização encontre mecanismos de avaliação mais efectivos,
para atingir resultados mais amplos e duradouros para a organização e para os colaboradores.
Rocha (2010) afirma ainda que a avaliação do desempenho não se esgota nestes objectivos,
prosseguindo várias finalidades, tais como:
1. Constitui um mecanismo que permite a contribuição dos subordinados para o
desenvolvimento organizacional;
2. A ênfase é na visão do empregado sobre o modo como se desenvolve o papel do
colaborador;
3. Ajuda o empregado a compreender a responsabilidade do seu contributo para os
objectivos da organização;
4. Informação dos subordinados das expectativas da direcção;
5. Dá aos subordinados uma visão periódica de como vão ao encontro dos standards de
desempenho;
6. Desenvolve a documentação necessária para o tratamento dos recursos humanos e das
suas carreiras e obtenções de dados para finalidades puramente internas, como sejam
a análise de funções, a estrutura organizacional, manual de procedimentos, processos
de selecção e métodos de trabalho,
10
7. A avaliação do desempenho estabelece uma apreciação, sistemática porque requer
uma observação orientada e continuada do desempenho dos colaboradores, periódica
já que tem de ser observada em períodos regulares, estandardizada e qualificada uma
vez que obedece a um conjunto de critérios e procedimentos, do valor demonstrado
pelo colaborador na sua função (Torrington, Hall & Taylor 2002).
2.2.Condições de Bom Funcionamento da Avaliação do Desempenho
Longenecker e Fink (1999) apresentam dez medidas para as organizações ajudarem os seus
colaboradores a dar o seu melhor:
1. Valor nitidamente definido do sistema de avaliação do desempenho;
2. Envolvimento do avaliado na concessão do sistema;
3. Tem que estar relacionado com o trabalho e os procedimentos;
4. Planeamento eficaz,
5. Avaliadores formados de acordo com os objectivos do sistema;
6. Avaliações e formações constantes;
7. Avaliadores motivados para realizarem avaliações justas e sinceras;
8. Ter apoio dos gestores de topo;
9. Avaliação do desempenho ligado à avaliação de resultados; e
10. Rever continuamente os sistemas e proceder às correcções necessárias.
A avaliação do desempenho tem que ser eficaz e para isso acontecer todos os intervenientes da
avaliação têm de perceber porque é importante. O avaliador não pode ver a avaliação como uma
mera burocracia, mas sim como um processo que contribui para a motivação dos colaboradores
(Longenecker, Sims & Gioia, 1987).
Muitos sistemas de avaliação são utilizados para recompensar o mérito, portanto esses sistemas
devem estar bem estruturados para não afectar a motivação dos colaboradores e não colocar em
causa a confiança depositada no sistema de avaliação. É necessário que os sistemas sejam
revistos regularmente, para que seja assegurado que os processos e práticas estão a ser seguidos e
que são eficazes (Longenecker & Fink, 1999).
11
Regularmente é a chefia directa a realizar a avaliação, isso acontece por causa da própria
estrutura organizacional, já que se considera que é este, que orientando o desempenho do
colaborador, está em melhores condições para avaliar a adequação do seu desempenho (Caetano
1996). Os avaliadores e os avaliados deverão definir quais os deveres e obrigações esperados da
função, quais os objectivos a alcançar, que comportamentos e resultados previstos e que
recompensas serão atribuídas.
2.2.1.Objectivos da Avaliação do Desempenho
A avaliação pode ser usada para melhorar o desempenho actual, aumentar a motivação,
identificar necessidades de formação, possibilitar o desenvolvimento de carreira, detectar
problemas dos recursos humanos da empresa e permite que os colaboradores saibam o que é
esperado deles. (Torrington et al 2002)
O sistema de avaliação do desempenho deve assentar na adaptação do colaborador ao posto de
trabalho e não sobre o colaborador em si mesmo. Este sistema deve ajudar a ter medidas
correctivas a curto prazo e orientações de carreira e ainda permitir um reforço de eficácia da
empresa (Aguinis & Pierce 2008). A avaliação feita ao valor comprovado pelo colaborador é
sempre feita tendo em conta as responsabilidades e tarefas da função que desempenha. O
avaliador deve ser objectivo, deve conhecer o que o avaliado faz, como faz e para que faz
(Chiavenato, 1981).
A análise e descrição de funções é o pré-requisito da avaliação do desempenho, é a base da
gestão de recursos humanos, as informações sobre recrutamento, selecção, formação e
remuneração vêm da análise e descrição de funções (Sousa, Duarte, Sanches e Gomes, 2006).
Para Sousa et al (2006), uma análise e descrição de funções permite a descrição das principais
funções, descreve as competências necessárias para desempenhar as funções e identifica as
principais tarefas de uma função.
12
2.3.Métodos de Avaliação
2.3.1.Métodos Tradicionais
Para Chiavenato (1981) a avaliação do desempenho serve de base às políticas de promoção das
organizações. O sistema tem normalmente um carácter anual, e consiste na análise objectiva do
desempenho do avaliado no seu posto de trabalho, com a consequente comunicação dos
resultados.
Nos métodos tradicionais competia aos superiores hierárquicos avaliarem os seus subordinados.
Essa avaliação muitas vezes tem que ter um resultado final condizente com a política de
promoções da organização, podendo assim a avaliação sofrer correcções após a sua realização.
2.3.2.Avaliação do Desempenho por Competências
Segundo Levy-Leboyer (1997), as competências são repertórios de comportamentos que algumas
pessoas ou organizações dominam, o que as faz destacar de outras em contextos específicos.
Gramigna (2002) afirma que a avaliação do desempenho por competências é um eficaz meio de
identificar os potenciais dos colaboradores, melhorar o desempenho da equipa e melhorar as
relações entre chefias e subordinados, assim como estimular os colaboradores a assumir
responsabilidades pelos resultado pessoais e empresariais.
Para Vroom (1997), esta abordagem reformula o papel dos colaboradores no sistema de
avaliação. Deve ser feita uma autoavaliação, identificando os pontos fracos, fortes e os seus
potenciais. Os colaboradores passam a ser agentes activos da avaliação do seu próprio
desempenho. O papel dos superiores, passa por ajudar o colaborador a relacionar o seu
desempenho às necessidades e à realidade da organização.
A avaliação do desempenho por competências é um processo que ajuda na estruturação de uma
visão mais objectiva do potencial de cada colaborador (Rynes, Brown & Colbert, 2002). Já
Chiavenato (1981) referia que através da avaliação do desempenho podem ser observadas e
avaliadas competências como visão estratégica, planeamento, organização, responsabilidade,
liderança, tomada de decisão, trabalho em equipa, etc.
13
Competência não é tudo aquilo que o funcionário faz, mas sim que capacitações devem ser
fomentadas, protegidas e diminuídas.
As competências geralmente incluídas nos sistemas de avaliação do desempenho são as
competências cognitivas, as competências relacionais e as competências técnicas.
2.3.3.Avaliação 360º
Um dos novos métodos é a avaliação 360º. Esta avaliação é feita de forma circular por todos os
elementos que interajam com o avaliado, incluindo os colegas, clientes, superior hierárquico,
subordinados e o próprio colaborador, produzindo assim diferentes informações vindas de todos
os lados. Em contrapartida, o avaliado fica sobre o escrutínio de todos, podendo levar a alguma
vulnerabilidade, se não tiver bem preparado ou não tiver uma mente aberta e receptiva a este tipo
de avaliação.
A utilização combinada de diversos avaliadores, que se vão debruçar sobre diferentes critérios de
avaliação, permite ao avaliado receber feedback sobre o seu desempenho, para assim melhorar o
seu desempenho. Esta avaliação pode ser usada como tomada de decisão sobre promoções,
remunerações ou mudança do posto do avaliado (Fernandes 2008).
As vantagens deste método são que a coerência com o sistema de valores da empresa, o aumento
da objectividade da avaliação. Como são avaliados por várias fontes, os avaliados sentem que a
avaliação é mais justa, rigorosa e credível, obtendo uma avaliação mais precisa do seu
desempenho (Fernandes & Caetano 2007)
As desvantagens podem vir quando os avaliados sentem que existem diferenças nas avaliações
das diversas fontes, perdendo assim confiança no processo. Os colaboradores que não estão
habituados a este método podem sentir-se ameaçados.
2.4.Avaliação por Objectivos
Na avaliação por objectivos, avalia-se a contribuição de cada colaborador no sucesso da
organização. Este sistema tem em conta os resultados fixados para cada colaborador e os
resultados que efectivamente alcançou. Os objectivos da avaliação do desempenho devem ser
planeados e conter indicadores, prazos e metas a atingir, para que os colaboradores da empresa
14
sejam orientados e responsabilizados para os resultados da sua função. O desempenho é assim
comprovado efectivamente. Quando o período de avaliação chega ao fim cabe ao avaliador,
efectuar a avaliação dos objectivos previamente definidos (Fernandes 2008).
Chiavenato (1981) diz-nos que nesta avaliação o gestor e o colaborador devem negociar os
objectivos a alcançar durante um período de tempo. Os objectivos devem ser específicos,
mensuráveis e estar alinhados aos objectivos da organização.
2.5.Vantagens e Limitações da Avaliação do Desempenho
2.5.1.Vantagens
O principal objectivo da avaliação do desempenho é melhorar os resultados, ajudando os
colaboradores a atingirem níveis de desempenho mais elevados (Fernandes 2008). Um programa
de avaliação do desempenho, traz benefícios tanto para a organização, como para as chefias,
colaboradores a curto, médio e longo prazo, se for bem estruturado e coordenado.
15
CAPITULO III - CARATERIZAÇÃO DA ENTIDADE
3.1.Gabinete do Governador da Província de Nampula
3.1.1.Natureza
O gabinete do Governador é um órgão de apoio directo, de carácter organizativo técnico
administrativo e protocolar ao Governador Provincial
3.1.2.Princípios de funcionamento
No desempenho das suas atribuições e/ou competências o gabinete do Governador funcionara
com base nos seguintes princípios:
a) Princípio da legalidade administrativa.
b) Princípio de organização e funcionamento;
c) Princípio de relacionamento.
d) Princípio de boa administração.
e) Principio imparcialidade.
3.1.3.Estrutura Orgânica
O Gabinete do Governador da Província de Nampula tem a seguinte estrutura orgânica:
a) Governador da Província
b) Chefe do Gabinete
c) Assessores
d) Secretariado
e) Repartições
f) Secções
Os assessores e os Secretários (as) particulares subordinam-se directamente ao Governador da
província.
16
3.1.4.Gabinete do Governador da Província
1. O Gabinete do Governador Provincial é dirigido pelo chefe do Gabinete;
2. Nas suas ausências ou impedimentos por período igual ou inferior a 30 dia, o Chefe
do Gabinete designara o seu substituto;
3. Na falta de indicação expressa, coordenara as actividades um Chefe de repartição,
escolhido pelo chefe de gabinete.
3.1.5.Competência do Chefe do Gabinete
1.Compete ao Chefe do Gabinete do Governador da Província:
a) Garantir a organização e planificação das actividades do Governador da província;
b) Assegurar o funcionamento dos serviços sob sua responsabilidade, garantir a
administração adequada dos recursos humanos, materiais, patrimoniais e financeiros
do Gabinete do Governador Provincial;
c) Promover e assegurar a interligação entre o Governador Provincial e os Directores
Provinciais, Administradores Distritais e Chefe dos serviços.
2.Ao Chefe do Gabinete do Governador compete ainda:
a) Assegurar a execução de tarefas de apoio organizativo e técnicas ao Governador
Provincial;
b) Assinar a correspondência do Gabinete;
c) Elaborar a proposta do orçamento do Gabinete e proceder a gestão financeira e
patrimonial.
3.1.6.Assessores
O Gabinete do Governador integra 3 assessores, na área jurídica, económica, sociedade Civil.
17
Figura 1: Vista do governo da província de Nampula
Fonte: Foto tirado pela autora, 2017
3.1.7.Principio da boa administração
1. Os funcionários e os agentes do Gabinete do Governador devem tramitar e/ou
responder as solicitações dentro dos prazos estabelecidos pela legislação em vigor.
2. Os funcionários e agentes do Gabinete do Governador nos exercícios das suas funções
actuam de acordo com os valores democráticos e profissionais baseados na ética e
respeitos pelos cidadãos.
3. Os valores democráticos se consubstanciam nos seguintes:
a) Fornecer aos superiores hierárquico informações ou opinião fundamentada e
imparcial sobre questões a decidir a por a sua disposição informações pertinentes para
a tomada de decisões.
b) Executar lealmente as decisões dos superiores hierárquicos sem prejuízo da legalidade
administrativa.
18
CAPITULO IV - DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO
4.1.Descrição das Actividades Desenvolvidas
As actividades desenvolvidas englobaram as mais variadas áreas, entre elas, processamento
salarial, saúde no trabalho, registo das formações, registo das deslocações, registo do absentismo,
gestão de correspondência, registo do correio, realização do manual de procedimentos, registo do
plano de férias e arquivo de documentos.
Estas actividades serão descritas nos pontos seguintes, deixando-se para o fim a descrição da
participação na adaptação do sistema de avaliação do desempenho do Gabinete do Governador
de Nampula, explicando todos os passos seguidos na implementação do sistema, as competências
e objectivos medidos, os requisitos da avaliação e os efeitos desta para os colaboradores.
4.2.Registo do Absentismo
O registo do absentismo é efectuado através do registo das entradas e saídas dos colaboradores
do local de trabalho, através de um relógio de ponto, que reporta a informação para uma
aplicação no computador, onde é feito o registo no fim de cada mês do número de faltas de cada
colaborador. A minha tarefa aqui era a de ir à aplicação e fazer o registo das faltas que eram
transmitidas pelo relógio de ponto.
4.3.Gestão de Correspondência
A gestão de correspondência estava pendente há umas semanas e eu fiquei encarregue de fazer o
registo dos ofícios que chegavam e os que saiam do Gabinete do Governador de Nampula, ou
seja as entradas e saídas de correspondência, registo este feito numa aplicação.
Cada uma destas entradas e saídas tinha um processo ligado e muitas vezes faltavam processos
que tive que criar, para esses ofícios serem inseridos no sistema.
4.4.Saúde no Trabalho
Participei na organização e controlo dos seguros de saúde dos colaboradores para a ADSE e
Segurança Social (SS). No Gabinete do Governador de Nampula existem dois tipos de seguros
19
de saúde dos colaboradores, os seguros da ADSE e Segurança Social (SS), tendo participado na
organização e controlo de ambos.
Primeiramente faz-se o lançamento das facturas/recibos médicos do subsistema da ADSE, onde
no fim do registo se anota o valor comparticipado. De seguida faz-se o lançamento das
facturas/recibos médicos do subsistema da Segurança Social.
É necessário fazer o registo do seguro de saúde da Segurança Social de cada colaborador. Depois
destes passos, enviam-se os recibos à seguradora que trabalha com o Gabinete do Governador de
Nampula. Dias mais tarde verifica-se ver o lançamento de comparticipações por parte da
seguradora, para serem conferidas e entregues uma cópia a cada colaborador.
4.5.Processamento Salarial
Esta tarefa é uma das de maior importância, uma vez que é feita todos os meses e é um processo
muito moroso. Este processo começa com o registo do absentismo, para se verificar o número de
faltas de cada colaborador. De seguida é feito o lançamento das ajudas de custo. Depois do
lançamento é calculado o vencimento, que nos dá uma listagem de todos os movimentos
processados.
De seguida é feito o cálculo da parte financeira dos vencimentos e este cálculo leva-nos a criar
um ficheiro para a Direcção Geral do Tesouro (DGT). Este ficheiro tem o valor auferido por
todos os colaboradores, que no fim é impresso para ser arquivado nos recursos humanos e para
ser enviado para a tesouraria.
4.6.Registo das Formações
O registo das formações era feito através de um formulário. Os colaboradores que sentiam que
necessitavam de formação, faziam os pedidos e nos recursos humanos havia o preenchimento
desse formulário, onde se inseria a data e duração da formação, o valor da mesma, a entidade
formadora e os objectivos da formação.
Também me foi pedido a elaboração de um inquérito de satisfação da formação, para identificar
a adequação dos programas e o impacto da acção de formação, nível do desenvolvimento pessoal
e profissional dos formandos, bem como do desempenho no contexto de trabalho.
20
4.6.1.Registo do Plano de Férias
A marcação do plano de férias era executada nos recursos humanos. Até ao fim do mês de Março
cada colaborador tinha que marcar as suas férias através de uma plataforma informática do
Gabinete do Governador de Nampula, para os recursos humanos as validarem e as chefias
autorizarem.
Quando um colaborador queria alterar um dia de férias era preenchido um formulário pelo
colaborador, que posteriormente era entregue nos recursos humanos que o validavam e era
encaminhado para a chefia do colaborador.
A minha função aqui era de receber os formulários, preenche-los e depois entregar na chefia do
colaborador. Também fazia a validação na plataforma informática quando os pedidos de
marcação de férias eram registados pelos colaboradores.
4.6.2.Registo do Correio
O registo do correio era uma tarefa realizada todos os dias. No final de cada dia eram contadas e
pesadas todas as cartas que iriam ser enviadas, essas cartas eram registadas numa aplicação dos
CTT, cartas essas que depois eram entregues ao motorista para serem enviadas pelo correio.
4.6.3.Registo das Deslocações
Foi-me pedido a elaboração de um formulário para o registo das deslocações dos colaboradores.
Este formulário continha a duração da deslocação, o motivo da deslocação, a origem e o destino
e ainda se era uma deslocação nacional ou estrangeira. No fim do preenchimento do formulário é
enviado para a tesouraria.
4.6.4.Outras Actividades
Uma das actividades executadas foi arquivar processos para depois serem guardadas no arquivo,
para serem posteriormente consultadas por qualquer colaborador.
No fim de cada tarefa eram registados todos os passos, para serem integrados no manual de
procedimentos, para que no futuro seja mais fácil aos futuros colaboradores conhecerem as
21
diferentes práticas de recursos humanos executadas e assim puderem executa-las sem
dificuldade.
Outra actividade realizada foi um levantamento de todos os colaboradores, tirando as chefias, da
sua área operacional, habilitações literárias e principais funções. Este levantamento foi realizado
para ajudar a organização a conhecer melhor as suas equipas de trabalho para a realização de
futuras acções de formação, já que existem áreas operacionais com colaboradores com diferentes
habilitações literárias e diferentes competências.
4.7.Avaliação do Desempenho no Gabinete do Governador de Nampula
O principal objectivo do estágio era a colaboração na adaptação do sistema de Avaliação de
Desempenho do Gabinete do Governador de Nampula, no contexto das novas práticas de
recursos humanos.
O objectivo primordial da avaliação do desempenho do Gabinete do Governador de Nampula, é
o de envolver todos os colaboradores na procura da qualidade em todos os níveis, em todas as
funções e em todos os momentos, avaliando o contributo individual e da equipa para se alcançar
os objectivos da empresa e ainda desenvolver uma melhor integração, estimulando o trabalho em
equipa, a cooperação e a comunicação entre chefias e colaboradores.
4.7.1.Periodicidade
A avaliação do desempenho tem carácter anual, integrando-se no ciclo de gestão de cada serviço.
4.7.2.Métodos de Avaliação
A avaliação do desempenho no Gabinete do Governador de Nampula é efectuada com base em
duas componentes, os objectivos atingidos e as competências de cada colaborador.
4.7.3.Objectivos Atingidos
Os objectivos atingidos visam avaliar o nível de concretização dos resultados por parte do
colaborador, tendo em ponderação os objectivos da empresa.
22
A qualidade da avaliação do desempenho, depende de como os objectivos forem previamente
fixados, devendo estes ser claros, mensuráveis, calendarizados e alcançáveis.
Existem três tipos de objectivos que contribuem para a avaliação do colaborador e das chefias,
objectivos da empresa, do serviço e do colaborador. Os objectivos da empresa, fixados no Plano
Estratégico, traduzem os objectivos globais da empresa para um determinado ano económico.
Os objectivos do serviço, são objectivos genéricos de performance partilhados pelas chefias, são
determinados pelos directores de cada serviço de forma a constituírem um contributo para
alcançar os objectivos globais da empresa e tratando-se da formulação dos objectivos da equipa.
Os objectivos do colaborador, são facultativos, individualizados e o resultado depende do seu
esforço pessoal e poderá ter diversos âmbitos, objectivos de negócio, objectivos
comportamentais, objectivos de melhoria pessoal, objectivos de incentivo e contribuições de
longo prazo e objectivos de desenvolvimento de pessoas.
Quando se fixam os objectivos estes deverão ter um acompanhamento para o avaliado ter um
desempenho superior. Esse acompanhamento faz-se através de um feedback periódico sobre o
progresso do avaliado e a forma como está a gerir os seus objectivos.
Se durante o período de avaliação, o colaborador esteve em parte ausente, por algum motivo
atendível, os objectivos dever ser reajustados em função desse fato ou eliminados caso se tornem
inviáveis.
4.8.Competências
As competências visam avaliar a superação do gap de competências identificado para um
determinado colaborador durante o período em avaliação, de acordo com requisitos exigidos para
o desempenho das suas funções. Na sua avaliação devem ser atendidos os comportamentos
observáveis.
23
4.9.Fases do Processo de Avaliação do Desempenho
A fase de planeamento deve decorrer no último trimestre de cada ano civil. O avaliador, que tem
um papel fundamental, encontra-se com o seu avaliado com o objectivo da determinação dos
objectivos, indicadores de medida, valores e respectiva ponderação.
A fixação de objectivos é um processo que deve ser concordante com os objectivos e plano de
actividades dos serviços e organismos e a missão da unidade orgânica. A fixação de objectivos
da empresa e dos serviços deverá ser realizada na última semana do mês de Outubro, pelo
Conselho de Administração em concertação com as chefias de topo.
A fixação de objectivos individuais deverá ser acordada entre avaliador e avaliado, no decurso
do mês de Novembro, prevalecendo em caso de discordância, a posição do avaliador. A ausência
da fixação dos objectivos individuais deverá ser evitada e apenas admitida em casos
excepcionais e devem ser justificados. A justificação deverá ser exarada na ficha de avaliação, no
campo previsto para a fixação dos objectivos do colaborador.
Se a fixação dos objectivos do colaborador for impossível de se fazer, a avaliação deste item
deverá ser substituída pela média da pontuação do conjunto das competências. Uma vez fixados,
os objectivos deverão ser exarados na ficha de avaliação, devendo o avaliado assiná-la.
Em Dezembro deverá ser apresentado, para aprovação, ao Conselho de Administração um
relatório com os objectivos fixados para o ano seguinte.
4.10.Factores de Avaliação
Objectivos Competências
Ponderação Parcial Ponderação
Global
Ponderação Parcial Ponderação
Global
Chefias
Geral: 20%
Serviço: 50%
Trabalhador: 30%
60% Competências Globais –
60% (15% / cada)
Individuais – 40%
40%
Grupos 1 e 2 Geral: 15%
Serviço: 35%
50% Competências Globais –
60% (15% / cada)
50%
24
Trabalhador: 50% Individuais – 40%
Grupos 3 e 6 Geral: 10%
Serviço: 30%
Trabalhador: 60%
40% 20% / cada 60%
Fonte: Adaptada pela autora, 2017
Como se pode observar pelo quadro acima referido os objectivos atingidos e as competências
têm diferentes ponderações para cada grupo profissional e estão divididos em ponderações
globais e ponderações parciais. Por exemplo no grupo profissional das chefias os objectivos
atingidos têm uma ponderação de 60 % na avaliação final do colaborador e esses 60%, estão
divididos em 20% nos objectivos atingidos pela organização, 50% nos objectivos atingidos pelo
seu departamento e 30% nos objectivos atingidos pelo próprio colaborador.
As competências têm um peso de 40% na avaliação final do colaborador e desses 40%, 60% são
para as competências globais do grupo profissional, divididos em 15% para cada uma das quatro
competências, que estão no anexo 6, e os restantes 40%, são as competências individuais de cada
colaborador.
Aos quadros superiores e às chefias são atribuídas 4 competências globais comuns que
anualmente serão definidas, assim como as competências individuais. A análise da aprendizagem
de competências é conferida através da avaliação da formação, através dos comportamentos
observáveis após esta.
4.11.Efeitos da Avaliação
Os efeitos da avaliação nos colaboradores são os mais variados, como por exemplo, o
diagnóstico de necessidades de formação, alteração do escalão remuneratório do colaborador e
atribuição de prémios de desempenho, identificação de competências e comportamentos dignos
de melhoria e identificação de potencialidades pessoais e profissionais do colaborador.
25
CAPÍTULO V – DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
5.1.Análise do Estágio
Neste ponto será feita uma apreciação do estágio, sublinhando os pontos mais importantes.
Relativamente à opção de realizar um estágio em detrimento das outras opções do Gabinete do
Governador de Nampula, esta foi a mais acertada, já que foi possível experimentar, aplicar,
fortalecer e desenvolver as minhas competências, na prática do mundo empresarial, com os
conhecimentos adquiridos durante o nível médio de GRH, o que futuramente me vai ajudar na
minha vida profissional.
Existiu uma dificuldade na transição da vida académica para a vida profissional, já que temos
que ter uma rápida adaptação e estar atento às mais diversas situações do novo meio.
Em relação o Gabinete do Governador, esta tem uma cultura organizacional assente nas boas
relações interpessoais, valorização das pessoas e uma boa entreajuda, que nos faz acreditar no
nosso desempenho das funções.
A opção de estagiar numa empresa pública, pode não ter sido a mais acertada, já que a empresa
não tem um departamento de recursos humanos bem definido e algumas práticas de recursos
humanos não são implementadas, como o recrutamento e selecção, gestão de carreiras, devido à
conjuntura do país, onde neste momento as progressões estão congeladas.
Em contrapartida a minha integração no departamento Direcção Financeira e Recursos, veio-me
dar também conhecimentos não só em actividades ligadas aos recursos humanos mas também em
actividades ligadas à parte financeira.
Em termos de acolhimento, integração, acompanhamento e avaliação o estágio foi bem
estruturado. Em termos de acolhimento e integração foi-me dado o manual de acolhimento e o
código de ética, conheci ainda todos os locais de trabalho do Gabinete do Governador e as
ferramentas de trabalho que iria utilizar no decorrer do estágio. Em termos de acompanhamento
e avaliação, de duas em duas semanas conversava com o meu orientador, para receber feedback
do meu trabalho e recebia instruções para melhorar o meu desempenho. No final foi-me feita
26
uma avaliação com os pontos fortes e fracos que me vão ajudar na minha vida profissional
futura.
Em termos globais o estágio permitiu-me melhorar a minha comunicação, pois tive que ter um
contacto social muito forte com os outros colaboradores. As expectativas em relação ao mundo
empresarial foram correspondidas pela positiva, onde realço o excelente ambiente de trabalho e
todo o apoio que me foi dado pelos outros colaboradores e as valências de GRH que obtive pelo
contacto diário com as mais variadas práticas de recursos humanos.
Este estágio mostrou-se enriquecedor e gratificante, devido à nova realidade em que me colocou,
que me ajudará na minha vida profissional futura.
27
5.2.Conclusão
Este estágio permitiu ter uma oportunidade de por em prática todo o conhecimento que adquiri
durante o meu percurso estudantil, possibilitando um crescimento profissional e pessoal.
Um dos objectivos deste estágio era o de ter um primeiro contacto com o mundo profissional,
uma primeira experiência profissional. Essa experiência foi positiva e possibilitou-me obter
muita informação e conhecimento.
No que toca à literatura sobre avaliação do desempenho, pude ver que existem muitos métodos
de avaliação, mas que a maior parte deles, como os métodos tradicionais, estão a cair em desuso,
surgindo agora uma nova concessão, como a avaliação por competências e a por objectivos a
emergir. A avaliação do desempenho é uma sistemática apreciação do comportamento das
pessoas nos cargos que ocupam dentro de uma organização. Os principais favorecidos desta
avaliação, são a organização, os órgãos de gestão e os colaboradores, ou seja, todos saem
beneficiados com a avaliação do desempenho.
Os sistemas de avaliação do desempenho ocupam um lugar de evidência no conjunto das
ferramentas da gestão de recursos humanos. É um instrumento de desenvolvimento da
organização. Um sistema de avaliação do desempenho ajustado e a sua cuidadosa introdução na
cultura de uma organização, significam uma decisão de gestão traduzível em valor para o
accionista e em desenvolvimento para os colaboradores.
As pessoas deixaram de ser apenas recursos e passaram a ser tratadas como seres vivos, dotados
de sentimentos, inteligência e aspirações. A busca de desenvolvimento das competências é a
razão.
A principal resposta que a organização dá sobre a avaliação de desempenho é um sistema de
recompensas que motiva os colaboradores e diferencia os bons dos maus colaboradores. Para que
o sistema de avaliação de desempenho tenha resultado eficaz, é necessário que todos estejam
envolvidos e comprometidos.
28
A avaliação do desempenho ajuda a melhorar o senso crítico dos profissionais, levando assim a
uma melhoria da prestação de serviços na organização. O importante na avaliação é o padrão de
desempenho do colaborador e a qualidade final da sua avaliação. A avaliação do desempenho
tornou-se numa ferramenta de gestão importantíssima, já que ajuda a identificar causas do
desempenho deficiente e ajuda o colaborador na busca de um desempenho profissional melhor.
A avaliação do desempenho por competências também ajuda no aumento da motivação no
trabalho, já que a sua objectividade, clareza e transparência resultam em melhores resultados
para todos na organização. A avaliação do desempenho é assim um importante meio para
identificar os potenciais dos colaboradores, melhorando a qualidade das relações entre
colaboradores e superiores.
Em termos de actividades realizadas, a realização deste estágio permitiu-me tirar o máximo
partido realizando muitas acções do dia-a-dia de um departamento de recursos humanos.
29
5.3.Limitações
Para se melhor compreender as limitações decidi dividir este subponto entre limitações tendo em
vista o estágio em si, a parte prática, e limitações inerentes ao relatório de estágio. As limitações
do estágio foram o tempo de realização do estágio, já que três meses não me permitiram
aprofundar todas as práticas de recursos humanos, como por exemplo a realização do relatório
único. Outra limitação foi a ausência da chefia do departamento devido a problemas de saúde, o
que não me permitiu conhecer a fundo práticas da empresa. Outra limitação foi não haver um
departamento apenas dedicado aos recursos humanos, o departamento onde estava inserido
dividia-se em parte financeira e recursos humanos, como foi referido anteriormente.
Relativamente ao relatório de estágio, as minhas limitações prenderam-se com o facto de
inicialmente não saber que informação deveria ou não colocar no relatório.
30
5.4.Recomendações
As minhas recomendações futuras prendem-se com a realização de estudos sobre avaliação do
desempenho em empresas públicas e privadas, a fim de averiguar quais são os métodos mais
utilizados e quais aqueles que são mais eficientes e eficazes.
Em relação ao Gabinete do Governador, as recomendações são a criação de um departamento
apenas focado nos recursos humanos, onde novas e melhores práticas seriam aplicadas, o que
levaria a um aumento de eficiência na empresa. Tendo em conta a avaliação do desempenho no
Gabinete do governador, sugiro de forma a melhorar o todo o processo que se adopte o Sistema
Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública, já que este é o sistema
adoptado por maior parte das instituições públicas e que deveria de ser obrigatório no sector
público.
Se o Gabinete do Governador continuar a utilizar o sistema de avaliação do desempenho em
vigor sugiro que os prazos estipulados sejam cumpridos já que este ano, o prazo de Março para
entrega das fichas de avaliação não foi cumprido. Sugiro também que se recapitulem os
objectivos atingidos e as competências que são avaliadas já que em alguns departamentos
existem diferenças significativas nas habilitações dos colaboradores.
31
Referências bibliográficas
AGUINIS, H. & Pierce, C. (2008). Enhancing the relevance of organizational behavior 29, 139
– 145.
CAETANO, A. (1996). Avaliação de desempenho: Metáforas, conceitos e práticas. Lisboa:
Editora RH.
CAETANO, A. (2008). Avaliação de desempenho: O essencial que avaliadores e avaliados
precisam de saber. Lisboa: Livros Horizonte.
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Atlas.
CLEVELAND, J. N. & Murphy, K. R. (1992). Analyzing performance appraisal as goal-directed
behaviour. Research in Personnel and Human Resources Management, 10, 121-185.
FERNANDES, A., & Caetano, A. (2007). Gestão de Recursos Humanos: contextos, processos e
técnicas. Lisboa: Editora RH.
FERNANDES, D. (2008). Avaliação de Desempenho Docente: Desafios, problemas e
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GONÇALVES, J. P. (2002). Desempenho Organizacional. Semanário Econômico, nº 815.
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Books.
LATHAM, G. P. & Wexley, K. N. (1981). Increasing productivity through performance
appraisal. Massachusetts: Addison-Wesley.
LEVY-LEBOYER, C. (1997). Gestión de la competencias. Barcelona: Adiciones Gestión.
Sousa, M. J.; Duarte. T.; Sanches. P. G.; & Gomes. J. (2006). Gestão de Recursos Humanos.
Lisboa: Edições Técnicas.
32
Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore
Nickname: Helldriver Rapper
Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira
E-mail: Sergio.macore@gmail.com
Contactos: +258846458829 ou +258826677547
Cidade: Pemba – Cabo Delgado
NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha duvida, contacte a mim!

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Avaliacao de desempenho relatorio de estagio

  • 1. 2 ÍNDICE RESUMO ...................................................................................................................................4 CAPITULO I – INTRODUÇÃO.................................................................................................5 1.Introdução ............................................................................................................................5 2.Objectivos ............................................................................................................................6 2.1.Objectivo Geral..............................................................................................................6 2.2.Objectivos específicos....................................................................................................6 3.Metodologias........................................................................................................................6 3.1.Métodos de análise de dados ..........................................................................................6 3.2.Técnica de colecta de dados ...........................................................................................7 3.3.Tipo de pesquisa.............................................................................................................7 3.4.População alvo...............................................................................................................7 3.4.1.Universo da pesquisa...................................................................................................7 3.4.2.Amostra da pesquisa....................................................................................................8 CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................9 2.1.Definição de Avaliação do Desempenho ............................................................................9 2.2.Condições de Bom Funcionamento da Avaliação do Desempenho ...................................10 2.2.1.Objectivos da Avaliação do Desempenho ..................................................................11 2.3.Métodos de Avaliação......................................................................................................12 2.3.1.Métodos Tradicionais ................................................................................................12 2.3.2.Avaliação do Desempenho por Competências............................................................12 2.3.3.Avaliação 360º ..........................................................................................................13 2.4.Avaliação por Objectivos.................................................................................................13 2.5.Vantagens e Limitações da Avaliação do Desempenho ....................................................14 2.5.1.Vantagens..................................................................................................................14 CAPITULO III - CARATERIZAÇÃO DA ENTIDADE ...........................................................15 3.1.Gabinete do Governador da Província de Nampula ..........................................................15 3.1.1.Natureza....................................................................................................................15 3.1.2.Princípios de funcionamento......................................................................................15
  • 2. 3 3.1.3.Estrutura Orgânica.....................................................................................................15 3.1.4.Gabinete do Governador da Província .......................................................................16 3.1.5.Competência do Chefe do Gabinete...........................................................................16 3.1.6.Assessores.................................................................................................................16 3.1.7.Principio da boa administração..................................................................................17 CAPITULO IV - DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ........................................................18 4.1.Descrição das Actividades Desenvolvidas........................................................................18 4.2.Registo do Absentismo ....................................................................................................18 4.3.Gestão de Correspondência..............................................................................................18 4.4.Saúde no Trabalho ...........................................................................................................18 4.5.Processamento Salarial ....................................................................................................19 4.6.Registo das Formações ....................................................................................................19 4.6.1.Registo do Plano de Férias.........................................................................................20 4.6.2.Registo do Correio ....................................................................................................20 4.6.3.Registo das Deslocações............................................................................................20 4.6.4.Outras Actividades ....................................................................................................20 4.7.Avaliação do Desempenho no Gabinete do Governador de Nampula ...............................21 4.7.1.Periodicidade.............................................................................................................21 4.7.2.Métodos de Avaliação ...............................................................................................21 4.7.3.Objectivos Atingidos.................................................................................................21 4.8.Competências ..................................................................................................................22 4.9.Fases do Processo de Avaliação do Desempenho .............................................................23 4.10.Factores de Avaliação ....................................................................................................23 4.11.Efeitos da Avaliação ......................................................................................................24 CAPÍTULO V – DISCUSSÃO E CONCLUSÕES....................................................................25 5.1.Análise do Estágio ...........................................................................................................25 5.2.Conclusão........................................................................................................................27 5.3.Limitações .......................................................................................................................29 5.4.Recomendações ...............................................................................................................30 Referências bibliográficas .........................................................................................................31
  • 3. 4 RESUMO O presente relatório de estágio é o resultado de meses de pesquisas bibliográficas e documentais, relacionado com o tema Avaliação de Desempenho: estudo de caso do Gabinete do Governador, propõe analisar o grau de satisfação dos trabalhadores do Gabinete do Governador com a actual avaliação de desempenho existente. Para esse efeito, fez- se uma análise dos instrumentos utilizados e as principais causas da sua insatisfação. Este relatório de estágio foi baseado numa pesquisa exploratória mediante o uso de um questionário. Dos resultados recolhidos podemos constatar que a maioria dos trabalhadores consideram poucos informados sobre o modelo utilizado no Gabinete do Governador para avaliar para avaliar os trabalhadores o que gere por parte dos trabalhadores pouco conhecimento dos instrumentos e criando insatisfação face ao mesmo. Palavras-chave: Avaliação de desempenho.
  • 4. 5 CAPITULO I – INTRODUÇÃO 1.Introdução Este relatório de estágio insere-se no âmbito de culminação do nível médio do curso de Gestão de Recursos Humanos (GRH), no Instituto politécnico de Nampula. A principal razão que levou a esta opção foi o desejo de colocar em prática os conhecimentos adquiridos sobre GRH ao longo da realização do meu nível médio. O estágio decorreu no Gabinete do governador no departamento Direcção Financeira e Recursos Humanos. A orientação académica foi realizada pelo supervisor. Por parte da instituição, a coorientação ficou a cargo do departamento financeiro, administração e recursos humanos, ajudando na atribuição e coordenação de todas as actividades desempenhadas. Os principais objectivos do estágio foram a colaboração na adaptação do sistema de Avaliação de Desempenho, no desenvolvimento de novas práticas de recursos humanos, na implementação de ferramentas de desburocratização de pedidos administrativos de colaboradores à entidade patronal, na elaboração do Manual de Procedimentos dos Recursos Humanos, na elaboração de conteúdos e no acompanhamento das rotinas diárias dos Recursos Humanos. Este Relatório tem dois objectivos principais: dar transparência ao processo avaliativo de desempenho, para que sua história, fragilidades, limitações, melhorias e desafios possam ser conhecidos; e cumprir uma das principais funções da avaliação, a de disponibilizar subsídios para o planeamento estratégico das políticas de pessoal como um todo. Este Relatório busca dar visibilidade a esses dados, para que possam ser considerados nas acções e decisões de servidores e gestores do gabinete do governador na província de Nampula.
  • 5. 6 2.Objectivos De acordo HAYDT (2003:113), “Objectivo é a descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade”. Dessa ideia o relatório pretende alcançar o seguinte: 2.1.Objectivo Geral  Pretende-se com este relatório dar a conhecer a importância e a contribuição da Avaliação de Desempenho nas empresas, em particular no Gabinete do Governador. 2.2.Objectivos específicos  Demonstrar a importância da Avaliação de Desempenho nas empresas, em particular no Gabinete do Governador de Nampula;  Verificar se há diferentes graus de satisfação com o modelo, consoante as categorias profissionais dos trabalhadores.  Comprovar se há uma boa aceitação da avaliação de desempenho conforme o sexo dos trabalhadores.  Analisar os erros de avaliação de desempenho mais comuns no modelo de avaliação de desempenho utilizado pelo Gabinete do Governador de Nampula. 3.Metodologias 3.1.Métodos de análise de dados Segundo BARROS e LEHFELD (2003:83), “Análise significa buscar o sentido mais explicativo da pesquisa, significa ler através dos índices dos percentuais obtidos a partir da medição e fabulação dos dados ou leitura e composição do depoimento obtido em pesquisa.” FRAGATA (1980:16) diz que, “é a maneira de proceder em ordem para conseguir um fim determinado com maior facilidade e perfeição”.
  • 6. 7 Quanto ao procedimento metodológico usar-se-á o método bibliográfico que consistirá no uso de diversas fontes para obtenção de pressupostos teóricos necessários para a realização do presente trabalho. E também para o alcance dos objectivos do presente trabalho, realizar-se-á um trabalho de campo no Gabinete do Governador, consistindo na observação directa. Quanto a abordagem usar-se-á o método indutivo, pois necessita-se partir de um número e considerável que compõe o Gabinete do Governador, para posteriormente chegar-se a uma dada conclusão, isto quer dizer do particular para o geral. 3.2.Técnica de colecta de dados Para a realização da pesquisa, para além do uso do método bibliográfico e de trabalho do campo no Gabinete do Governador, também serão usadas técnica bibliográfica, a realização de questionários dirigidos a população alvo com intuito de saber se existe uma ideia concernente ao tema em alusão. 3.3.Tipo de pesquisa A pesquisa quanto a definição dos objectivos será do tipo descritiva, visto que pretende-se fazer uma análise sobre avaliação de desempenho, quanto aos procedimentos técnicos e metodológicos será do tipo bibliográfico e documental pois terá em vista análise de documentos que tratam dizeres sobre o tema em causa. 3.4.População alvo Na ideia de GIL (1999:104), “População alvo é aquela em que o pesquisador se dirige intencionalmente o grupo de indivíduos que deseja opinião acreditando que esta possa representar um universo”. A pesquisa será realizada no edifício do governo, mas concretamente no Gabinete do Governador. 3.4.1.Universo da pesquisa O universo desta pesquisa irá recair aos colaboradores do Gabinete do Governador.
  • 7. 8 3.4.2.Amostra da pesquisa Amostra é um subconjunto de elementos pertencentes a uma população. A informação recolhida para uma amostra é depois generalizada a toda a população. Segundo MARCONI e LAKATOS (1996:28), “Amostra é uma parcela conveniente seleccionada do universo (população); é um subconjunto do universo”. No presente trabalho a amostra é probabilística e aleatória, porque cada elemento do universo tem a mesma probabilidade de ser escolhido para pertencer a amostra.
  • 8. 9 CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA 2.1.Definição de Avaliação do Desempenho A avaliação do desempenho é uma das mais poderosas ferramentas para a gestão de recursos humanos. O seu principal objectivo é melhorar os resultados, ajudando os colaboradores a atingirem níveis mais elevados de desempenho. A avaliação do desempenho torna-se indispensável, já que as organizações têm a necessidade de obtenção e manutenção da competitividade. Esta avaliação tem como principal objectivo analisar o desenvolvimento dos colaboradores, promovendo um melhor crescimento pessoal e profissional. De acordo com Gonçalves (2002), a característica essencial para uma organização é que aplique com sucesso os seus indicadores para a medição do desempenho, possibilitando assim conhecer melhor os seus processos, permitindo uma avaliação contínua da eficiência de seus processos e colaboradores. É fulcral que a organização encontre mecanismos de avaliação mais efectivos, para atingir resultados mais amplos e duradouros para a organização e para os colaboradores. Rocha (2010) afirma ainda que a avaliação do desempenho não se esgota nestes objectivos, prosseguindo várias finalidades, tais como: 1. Constitui um mecanismo que permite a contribuição dos subordinados para o desenvolvimento organizacional; 2. A ênfase é na visão do empregado sobre o modo como se desenvolve o papel do colaborador; 3. Ajuda o empregado a compreender a responsabilidade do seu contributo para os objectivos da organização; 4. Informação dos subordinados das expectativas da direcção; 5. Dá aos subordinados uma visão periódica de como vão ao encontro dos standards de desempenho; 6. Desenvolve a documentação necessária para o tratamento dos recursos humanos e das suas carreiras e obtenções de dados para finalidades puramente internas, como sejam a análise de funções, a estrutura organizacional, manual de procedimentos, processos de selecção e métodos de trabalho,
  • 9. 10 7. A avaliação do desempenho estabelece uma apreciação, sistemática porque requer uma observação orientada e continuada do desempenho dos colaboradores, periódica já que tem de ser observada em períodos regulares, estandardizada e qualificada uma vez que obedece a um conjunto de critérios e procedimentos, do valor demonstrado pelo colaborador na sua função (Torrington, Hall & Taylor 2002). 2.2.Condições de Bom Funcionamento da Avaliação do Desempenho Longenecker e Fink (1999) apresentam dez medidas para as organizações ajudarem os seus colaboradores a dar o seu melhor: 1. Valor nitidamente definido do sistema de avaliação do desempenho; 2. Envolvimento do avaliado na concessão do sistema; 3. Tem que estar relacionado com o trabalho e os procedimentos; 4. Planeamento eficaz, 5. Avaliadores formados de acordo com os objectivos do sistema; 6. Avaliações e formações constantes; 7. Avaliadores motivados para realizarem avaliações justas e sinceras; 8. Ter apoio dos gestores de topo; 9. Avaliação do desempenho ligado à avaliação de resultados; e 10. Rever continuamente os sistemas e proceder às correcções necessárias. A avaliação do desempenho tem que ser eficaz e para isso acontecer todos os intervenientes da avaliação têm de perceber porque é importante. O avaliador não pode ver a avaliação como uma mera burocracia, mas sim como um processo que contribui para a motivação dos colaboradores (Longenecker, Sims & Gioia, 1987). Muitos sistemas de avaliação são utilizados para recompensar o mérito, portanto esses sistemas devem estar bem estruturados para não afectar a motivação dos colaboradores e não colocar em causa a confiança depositada no sistema de avaliação. É necessário que os sistemas sejam revistos regularmente, para que seja assegurado que os processos e práticas estão a ser seguidos e que são eficazes (Longenecker & Fink, 1999).
  • 10. 11 Regularmente é a chefia directa a realizar a avaliação, isso acontece por causa da própria estrutura organizacional, já que se considera que é este, que orientando o desempenho do colaborador, está em melhores condições para avaliar a adequação do seu desempenho (Caetano 1996). Os avaliadores e os avaliados deverão definir quais os deveres e obrigações esperados da função, quais os objectivos a alcançar, que comportamentos e resultados previstos e que recompensas serão atribuídas. 2.2.1.Objectivos da Avaliação do Desempenho A avaliação pode ser usada para melhorar o desempenho actual, aumentar a motivação, identificar necessidades de formação, possibilitar o desenvolvimento de carreira, detectar problemas dos recursos humanos da empresa e permite que os colaboradores saibam o que é esperado deles. (Torrington et al 2002) O sistema de avaliação do desempenho deve assentar na adaptação do colaborador ao posto de trabalho e não sobre o colaborador em si mesmo. Este sistema deve ajudar a ter medidas correctivas a curto prazo e orientações de carreira e ainda permitir um reforço de eficácia da empresa (Aguinis & Pierce 2008). A avaliação feita ao valor comprovado pelo colaborador é sempre feita tendo em conta as responsabilidades e tarefas da função que desempenha. O avaliador deve ser objectivo, deve conhecer o que o avaliado faz, como faz e para que faz (Chiavenato, 1981). A análise e descrição de funções é o pré-requisito da avaliação do desempenho, é a base da gestão de recursos humanos, as informações sobre recrutamento, selecção, formação e remuneração vêm da análise e descrição de funções (Sousa, Duarte, Sanches e Gomes, 2006). Para Sousa et al (2006), uma análise e descrição de funções permite a descrição das principais funções, descreve as competências necessárias para desempenhar as funções e identifica as principais tarefas de uma função.
  • 11. 12 2.3.Métodos de Avaliação 2.3.1.Métodos Tradicionais Para Chiavenato (1981) a avaliação do desempenho serve de base às políticas de promoção das organizações. O sistema tem normalmente um carácter anual, e consiste na análise objectiva do desempenho do avaliado no seu posto de trabalho, com a consequente comunicação dos resultados. Nos métodos tradicionais competia aos superiores hierárquicos avaliarem os seus subordinados. Essa avaliação muitas vezes tem que ter um resultado final condizente com a política de promoções da organização, podendo assim a avaliação sofrer correcções após a sua realização. 2.3.2.Avaliação do Desempenho por Competências Segundo Levy-Leboyer (1997), as competências são repertórios de comportamentos que algumas pessoas ou organizações dominam, o que as faz destacar de outras em contextos específicos. Gramigna (2002) afirma que a avaliação do desempenho por competências é um eficaz meio de identificar os potenciais dos colaboradores, melhorar o desempenho da equipa e melhorar as relações entre chefias e subordinados, assim como estimular os colaboradores a assumir responsabilidades pelos resultado pessoais e empresariais. Para Vroom (1997), esta abordagem reformula o papel dos colaboradores no sistema de avaliação. Deve ser feita uma autoavaliação, identificando os pontos fracos, fortes e os seus potenciais. Os colaboradores passam a ser agentes activos da avaliação do seu próprio desempenho. O papel dos superiores, passa por ajudar o colaborador a relacionar o seu desempenho às necessidades e à realidade da organização. A avaliação do desempenho por competências é um processo que ajuda na estruturação de uma visão mais objectiva do potencial de cada colaborador (Rynes, Brown & Colbert, 2002). Já Chiavenato (1981) referia que através da avaliação do desempenho podem ser observadas e avaliadas competências como visão estratégica, planeamento, organização, responsabilidade, liderança, tomada de decisão, trabalho em equipa, etc.
  • 12. 13 Competência não é tudo aquilo que o funcionário faz, mas sim que capacitações devem ser fomentadas, protegidas e diminuídas. As competências geralmente incluídas nos sistemas de avaliação do desempenho são as competências cognitivas, as competências relacionais e as competências técnicas. 2.3.3.Avaliação 360º Um dos novos métodos é a avaliação 360º. Esta avaliação é feita de forma circular por todos os elementos que interajam com o avaliado, incluindo os colegas, clientes, superior hierárquico, subordinados e o próprio colaborador, produzindo assim diferentes informações vindas de todos os lados. Em contrapartida, o avaliado fica sobre o escrutínio de todos, podendo levar a alguma vulnerabilidade, se não tiver bem preparado ou não tiver uma mente aberta e receptiva a este tipo de avaliação. A utilização combinada de diversos avaliadores, que se vão debruçar sobre diferentes critérios de avaliação, permite ao avaliado receber feedback sobre o seu desempenho, para assim melhorar o seu desempenho. Esta avaliação pode ser usada como tomada de decisão sobre promoções, remunerações ou mudança do posto do avaliado (Fernandes 2008). As vantagens deste método são que a coerência com o sistema de valores da empresa, o aumento da objectividade da avaliação. Como são avaliados por várias fontes, os avaliados sentem que a avaliação é mais justa, rigorosa e credível, obtendo uma avaliação mais precisa do seu desempenho (Fernandes & Caetano 2007) As desvantagens podem vir quando os avaliados sentem que existem diferenças nas avaliações das diversas fontes, perdendo assim confiança no processo. Os colaboradores que não estão habituados a este método podem sentir-se ameaçados. 2.4.Avaliação por Objectivos Na avaliação por objectivos, avalia-se a contribuição de cada colaborador no sucesso da organização. Este sistema tem em conta os resultados fixados para cada colaborador e os resultados que efectivamente alcançou. Os objectivos da avaliação do desempenho devem ser planeados e conter indicadores, prazos e metas a atingir, para que os colaboradores da empresa
  • 13. 14 sejam orientados e responsabilizados para os resultados da sua função. O desempenho é assim comprovado efectivamente. Quando o período de avaliação chega ao fim cabe ao avaliador, efectuar a avaliação dos objectivos previamente definidos (Fernandes 2008). Chiavenato (1981) diz-nos que nesta avaliação o gestor e o colaborador devem negociar os objectivos a alcançar durante um período de tempo. Os objectivos devem ser específicos, mensuráveis e estar alinhados aos objectivos da organização. 2.5.Vantagens e Limitações da Avaliação do Desempenho 2.5.1.Vantagens O principal objectivo da avaliação do desempenho é melhorar os resultados, ajudando os colaboradores a atingirem níveis de desempenho mais elevados (Fernandes 2008). Um programa de avaliação do desempenho, traz benefícios tanto para a organização, como para as chefias, colaboradores a curto, médio e longo prazo, se for bem estruturado e coordenado.
  • 14. 15 CAPITULO III - CARATERIZAÇÃO DA ENTIDADE 3.1.Gabinete do Governador da Província de Nampula 3.1.1.Natureza O gabinete do Governador é um órgão de apoio directo, de carácter organizativo técnico administrativo e protocolar ao Governador Provincial 3.1.2.Princípios de funcionamento No desempenho das suas atribuições e/ou competências o gabinete do Governador funcionara com base nos seguintes princípios: a) Princípio da legalidade administrativa. b) Princípio de organização e funcionamento; c) Princípio de relacionamento. d) Princípio de boa administração. e) Principio imparcialidade. 3.1.3.Estrutura Orgânica O Gabinete do Governador da Província de Nampula tem a seguinte estrutura orgânica: a) Governador da Província b) Chefe do Gabinete c) Assessores d) Secretariado e) Repartições f) Secções Os assessores e os Secretários (as) particulares subordinam-se directamente ao Governador da província.
  • 15. 16 3.1.4.Gabinete do Governador da Província 1. O Gabinete do Governador Provincial é dirigido pelo chefe do Gabinete; 2. Nas suas ausências ou impedimentos por período igual ou inferior a 30 dia, o Chefe do Gabinete designara o seu substituto; 3. Na falta de indicação expressa, coordenara as actividades um Chefe de repartição, escolhido pelo chefe de gabinete. 3.1.5.Competência do Chefe do Gabinete 1.Compete ao Chefe do Gabinete do Governador da Província: a) Garantir a organização e planificação das actividades do Governador da província; b) Assegurar o funcionamento dos serviços sob sua responsabilidade, garantir a administração adequada dos recursos humanos, materiais, patrimoniais e financeiros do Gabinete do Governador Provincial; c) Promover e assegurar a interligação entre o Governador Provincial e os Directores Provinciais, Administradores Distritais e Chefe dos serviços. 2.Ao Chefe do Gabinete do Governador compete ainda: a) Assegurar a execução de tarefas de apoio organizativo e técnicas ao Governador Provincial; b) Assinar a correspondência do Gabinete; c) Elaborar a proposta do orçamento do Gabinete e proceder a gestão financeira e patrimonial. 3.1.6.Assessores O Gabinete do Governador integra 3 assessores, na área jurídica, económica, sociedade Civil.
  • 16. 17 Figura 1: Vista do governo da província de Nampula Fonte: Foto tirado pela autora, 2017 3.1.7.Principio da boa administração 1. Os funcionários e os agentes do Gabinete do Governador devem tramitar e/ou responder as solicitações dentro dos prazos estabelecidos pela legislação em vigor. 2. Os funcionários e agentes do Gabinete do Governador nos exercícios das suas funções actuam de acordo com os valores democráticos e profissionais baseados na ética e respeitos pelos cidadãos. 3. Os valores democráticos se consubstanciam nos seguintes: a) Fornecer aos superiores hierárquico informações ou opinião fundamentada e imparcial sobre questões a decidir a por a sua disposição informações pertinentes para a tomada de decisões. b) Executar lealmente as decisões dos superiores hierárquicos sem prejuízo da legalidade administrativa.
  • 17. 18 CAPITULO IV - DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO 4.1.Descrição das Actividades Desenvolvidas As actividades desenvolvidas englobaram as mais variadas áreas, entre elas, processamento salarial, saúde no trabalho, registo das formações, registo das deslocações, registo do absentismo, gestão de correspondência, registo do correio, realização do manual de procedimentos, registo do plano de férias e arquivo de documentos. Estas actividades serão descritas nos pontos seguintes, deixando-se para o fim a descrição da participação na adaptação do sistema de avaliação do desempenho do Gabinete do Governador de Nampula, explicando todos os passos seguidos na implementação do sistema, as competências e objectivos medidos, os requisitos da avaliação e os efeitos desta para os colaboradores. 4.2.Registo do Absentismo O registo do absentismo é efectuado através do registo das entradas e saídas dos colaboradores do local de trabalho, através de um relógio de ponto, que reporta a informação para uma aplicação no computador, onde é feito o registo no fim de cada mês do número de faltas de cada colaborador. A minha tarefa aqui era a de ir à aplicação e fazer o registo das faltas que eram transmitidas pelo relógio de ponto. 4.3.Gestão de Correspondência A gestão de correspondência estava pendente há umas semanas e eu fiquei encarregue de fazer o registo dos ofícios que chegavam e os que saiam do Gabinete do Governador de Nampula, ou seja as entradas e saídas de correspondência, registo este feito numa aplicação. Cada uma destas entradas e saídas tinha um processo ligado e muitas vezes faltavam processos que tive que criar, para esses ofícios serem inseridos no sistema. 4.4.Saúde no Trabalho Participei na organização e controlo dos seguros de saúde dos colaboradores para a ADSE e Segurança Social (SS). No Gabinete do Governador de Nampula existem dois tipos de seguros
  • 18. 19 de saúde dos colaboradores, os seguros da ADSE e Segurança Social (SS), tendo participado na organização e controlo de ambos. Primeiramente faz-se o lançamento das facturas/recibos médicos do subsistema da ADSE, onde no fim do registo se anota o valor comparticipado. De seguida faz-se o lançamento das facturas/recibos médicos do subsistema da Segurança Social. É necessário fazer o registo do seguro de saúde da Segurança Social de cada colaborador. Depois destes passos, enviam-se os recibos à seguradora que trabalha com o Gabinete do Governador de Nampula. Dias mais tarde verifica-se ver o lançamento de comparticipações por parte da seguradora, para serem conferidas e entregues uma cópia a cada colaborador. 4.5.Processamento Salarial Esta tarefa é uma das de maior importância, uma vez que é feita todos os meses e é um processo muito moroso. Este processo começa com o registo do absentismo, para se verificar o número de faltas de cada colaborador. De seguida é feito o lançamento das ajudas de custo. Depois do lançamento é calculado o vencimento, que nos dá uma listagem de todos os movimentos processados. De seguida é feito o cálculo da parte financeira dos vencimentos e este cálculo leva-nos a criar um ficheiro para a Direcção Geral do Tesouro (DGT). Este ficheiro tem o valor auferido por todos os colaboradores, que no fim é impresso para ser arquivado nos recursos humanos e para ser enviado para a tesouraria. 4.6.Registo das Formações O registo das formações era feito através de um formulário. Os colaboradores que sentiam que necessitavam de formação, faziam os pedidos e nos recursos humanos havia o preenchimento desse formulário, onde se inseria a data e duração da formação, o valor da mesma, a entidade formadora e os objectivos da formação. Também me foi pedido a elaboração de um inquérito de satisfação da formação, para identificar a adequação dos programas e o impacto da acção de formação, nível do desenvolvimento pessoal e profissional dos formandos, bem como do desempenho no contexto de trabalho.
  • 19. 20 4.6.1.Registo do Plano de Férias A marcação do plano de férias era executada nos recursos humanos. Até ao fim do mês de Março cada colaborador tinha que marcar as suas férias através de uma plataforma informática do Gabinete do Governador de Nampula, para os recursos humanos as validarem e as chefias autorizarem. Quando um colaborador queria alterar um dia de férias era preenchido um formulário pelo colaborador, que posteriormente era entregue nos recursos humanos que o validavam e era encaminhado para a chefia do colaborador. A minha função aqui era de receber os formulários, preenche-los e depois entregar na chefia do colaborador. Também fazia a validação na plataforma informática quando os pedidos de marcação de férias eram registados pelos colaboradores. 4.6.2.Registo do Correio O registo do correio era uma tarefa realizada todos os dias. No final de cada dia eram contadas e pesadas todas as cartas que iriam ser enviadas, essas cartas eram registadas numa aplicação dos CTT, cartas essas que depois eram entregues ao motorista para serem enviadas pelo correio. 4.6.3.Registo das Deslocações Foi-me pedido a elaboração de um formulário para o registo das deslocações dos colaboradores. Este formulário continha a duração da deslocação, o motivo da deslocação, a origem e o destino e ainda se era uma deslocação nacional ou estrangeira. No fim do preenchimento do formulário é enviado para a tesouraria. 4.6.4.Outras Actividades Uma das actividades executadas foi arquivar processos para depois serem guardadas no arquivo, para serem posteriormente consultadas por qualquer colaborador. No fim de cada tarefa eram registados todos os passos, para serem integrados no manual de procedimentos, para que no futuro seja mais fácil aos futuros colaboradores conhecerem as
  • 20. 21 diferentes práticas de recursos humanos executadas e assim puderem executa-las sem dificuldade. Outra actividade realizada foi um levantamento de todos os colaboradores, tirando as chefias, da sua área operacional, habilitações literárias e principais funções. Este levantamento foi realizado para ajudar a organização a conhecer melhor as suas equipas de trabalho para a realização de futuras acções de formação, já que existem áreas operacionais com colaboradores com diferentes habilitações literárias e diferentes competências. 4.7.Avaliação do Desempenho no Gabinete do Governador de Nampula O principal objectivo do estágio era a colaboração na adaptação do sistema de Avaliação de Desempenho do Gabinete do Governador de Nampula, no contexto das novas práticas de recursos humanos. O objectivo primordial da avaliação do desempenho do Gabinete do Governador de Nampula, é o de envolver todos os colaboradores na procura da qualidade em todos os níveis, em todas as funções e em todos os momentos, avaliando o contributo individual e da equipa para se alcançar os objectivos da empresa e ainda desenvolver uma melhor integração, estimulando o trabalho em equipa, a cooperação e a comunicação entre chefias e colaboradores. 4.7.1.Periodicidade A avaliação do desempenho tem carácter anual, integrando-se no ciclo de gestão de cada serviço. 4.7.2.Métodos de Avaliação A avaliação do desempenho no Gabinete do Governador de Nampula é efectuada com base em duas componentes, os objectivos atingidos e as competências de cada colaborador. 4.7.3.Objectivos Atingidos Os objectivos atingidos visam avaliar o nível de concretização dos resultados por parte do colaborador, tendo em ponderação os objectivos da empresa.
  • 21. 22 A qualidade da avaliação do desempenho, depende de como os objectivos forem previamente fixados, devendo estes ser claros, mensuráveis, calendarizados e alcançáveis. Existem três tipos de objectivos que contribuem para a avaliação do colaborador e das chefias, objectivos da empresa, do serviço e do colaborador. Os objectivos da empresa, fixados no Plano Estratégico, traduzem os objectivos globais da empresa para um determinado ano económico. Os objectivos do serviço, são objectivos genéricos de performance partilhados pelas chefias, são determinados pelos directores de cada serviço de forma a constituírem um contributo para alcançar os objectivos globais da empresa e tratando-se da formulação dos objectivos da equipa. Os objectivos do colaborador, são facultativos, individualizados e o resultado depende do seu esforço pessoal e poderá ter diversos âmbitos, objectivos de negócio, objectivos comportamentais, objectivos de melhoria pessoal, objectivos de incentivo e contribuições de longo prazo e objectivos de desenvolvimento de pessoas. Quando se fixam os objectivos estes deverão ter um acompanhamento para o avaliado ter um desempenho superior. Esse acompanhamento faz-se através de um feedback periódico sobre o progresso do avaliado e a forma como está a gerir os seus objectivos. Se durante o período de avaliação, o colaborador esteve em parte ausente, por algum motivo atendível, os objectivos dever ser reajustados em função desse fato ou eliminados caso se tornem inviáveis. 4.8.Competências As competências visam avaliar a superação do gap de competências identificado para um determinado colaborador durante o período em avaliação, de acordo com requisitos exigidos para o desempenho das suas funções. Na sua avaliação devem ser atendidos os comportamentos observáveis.
  • 22. 23 4.9.Fases do Processo de Avaliação do Desempenho A fase de planeamento deve decorrer no último trimestre de cada ano civil. O avaliador, que tem um papel fundamental, encontra-se com o seu avaliado com o objectivo da determinação dos objectivos, indicadores de medida, valores e respectiva ponderação. A fixação de objectivos é um processo que deve ser concordante com os objectivos e plano de actividades dos serviços e organismos e a missão da unidade orgânica. A fixação de objectivos da empresa e dos serviços deverá ser realizada na última semana do mês de Outubro, pelo Conselho de Administração em concertação com as chefias de topo. A fixação de objectivos individuais deverá ser acordada entre avaliador e avaliado, no decurso do mês de Novembro, prevalecendo em caso de discordância, a posição do avaliador. A ausência da fixação dos objectivos individuais deverá ser evitada e apenas admitida em casos excepcionais e devem ser justificados. A justificação deverá ser exarada na ficha de avaliação, no campo previsto para a fixação dos objectivos do colaborador. Se a fixação dos objectivos do colaborador for impossível de se fazer, a avaliação deste item deverá ser substituída pela média da pontuação do conjunto das competências. Uma vez fixados, os objectivos deverão ser exarados na ficha de avaliação, devendo o avaliado assiná-la. Em Dezembro deverá ser apresentado, para aprovação, ao Conselho de Administração um relatório com os objectivos fixados para o ano seguinte. 4.10.Factores de Avaliação Objectivos Competências Ponderação Parcial Ponderação Global Ponderação Parcial Ponderação Global Chefias Geral: 20% Serviço: 50% Trabalhador: 30% 60% Competências Globais – 60% (15% / cada) Individuais – 40% 40% Grupos 1 e 2 Geral: 15% Serviço: 35% 50% Competências Globais – 60% (15% / cada) 50%
  • 23. 24 Trabalhador: 50% Individuais – 40% Grupos 3 e 6 Geral: 10% Serviço: 30% Trabalhador: 60% 40% 20% / cada 60% Fonte: Adaptada pela autora, 2017 Como se pode observar pelo quadro acima referido os objectivos atingidos e as competências têm diferentes ponderações para cada grupo profissional e estão divididos em ponderações globais e ponderações parciais. Por exemplo no grupo profissional das chefias os objectivos atingidos têm uma ponderação de 60 % na avaliação final do colaborador e esses 60%, estão divididos em 20% nos objectivos atingidos pela organização, 50% nos objectivos atingidos pelo seu departamento e 30% nos objectivos atingidos pelo próprio colaborador. As competências têm um peso de 40% na avaliação final do colaborador e desses 40%, 60% são para as competências globais do grupo profissional, divididos em 15% para cada uma das quatro competências, que estão no anexo 6, e os restantes 40%, são as competências individuais de cada colaborador. Aos quadros superiores e às chefias são atribuídas 4 competências globais comuns que anualmente serão definidas, assim como as competências individuais. A análise da aprendizagem de competências é conferida através da avaliação da formação, através dos comportamentos observáveis após esta. 4.11.Efeitos da Avaliação Os efeitos da avaliação nos colaboradores são os mais variados, como por exemplo, o diagnóstico de necessidades de formação, alteração do escalão remuneratório do colaborador e atribuição de prémios de desempenho, identificação de competências e comportamentos dignos de melhoria e identificação de potencialidades pessoais e profissionais do colaborador.
  • 24. 25 CAPÍTULO V – DISCUSSÃO E CONCLUSÕES 5.1.Análise do Estágio Neste ponto será feita uma apreciação do estágio, sublinhando os pontos mais importantes. Relativamente à opção de realizar um estágio em detrimento das outras opções do Gabinete do Governador de Nampula, esta foi a mais acertada, já que foi possível experimentar, aplicar, fortalecer e desenvolver as minhas competências, na prática do mundo empresarial, com os conhecimentos adquiridos durante o nível médio de GRH, o que futuramente me vai ajudar na minha vida profissional. Existiu uma dificuldade na transição da vida académica para a vida profissional, já que temos que ter uma rápida adaptação e estar atento às mais diversas situações do novo meio. Em relação o Gabinete do Governador, esta tem uma cultura organizacional assente nas boas relações interpessoais, valorização das pessoas e uma boa entreajuda, que nos faz acreditar no nosso desempenho das funções. A opção de estagiar numa empresa pública, pode não ter sido a mais acertada, já que a empresa não tem um departamento de recursos humanos bem definido e algumas práticas de recursos humanos não são implementadas, como o recrutamento e selecção, gestão de carreiras, devido à conjuntura do país, onde neste momento as progressões estão congeladas. Em contrapartida a minha integração no departamento Direcção Financeira e Recursos, veio-me dar também conhecimentos não só em actividades ligadas aos recursos humanos mas também em actividades ligadas à parte financeira. Em termos de acolhimento, integração, acompanhamento e avaliação o estágio foi bem estruturado. Em termos de acolhimento e integração foi-me dado o manual de acolhimento e o código de ética, conheci ainda todos os locais de trabalho do Gabinete do Governador e as ferramentas de trabalho que iria utilizar no decorrer do estágio. Em termos de acompanhamento e avaliação, de duas em duas semanas conversava com o meu orientador, para receber feedback do meu trabalho e recebia instruções para melhorar o meu desempenho. No final foi-me feita
  • 25. 26 uma avaliação com os pontos fortes e fracos que me vão ajudar na minha vida profissional futura. Em termos globais o estágio permitiu-me melhorar a minha comunicação, pois tive que ter um contacto social muito forte com os outros colaboradores. As expectativas em relação ao mundo empresarial foram correspondidas pela positiva, onde realço o excelente ambiente de trabalho e todo o apoio que me foi dado pelos outros colaboradores e as valências de GRH que obtive pelo contacto diário com as mais variadas práticas de recursos humanos. Este estágio mostrou-se enriquecedor e gratificante, devido à nova realidade em que me colocou, que me ajudará na minha vida profissional futura.
  • 26. 27 5.2.Conclusão Este estágio permitiu ter uma oportunidade de por em prática todo o conhecimento que adquiri durante o meu percurso estudantil, possibilitando um crescimento profissional e pessoal. Um dos objectivos deste estágio era o de ter um primeiro contacto com o mundo profissional, uma primeira experiência profissional. Essa experiência foi positiva e possibilitou-me obter muita informação e conhecimento. No que toca à literatura sobre avaliação do desempenho, pude ver que existem muitos métodos de avaliação, mas que a maior parte deles, como os métodos tradicionais, estão a cair em desuso, surgindo agora uma nova concessão, como a avaliação por competências e a por objectivos a emergir. A avaliação do desempenho é uma sistemática apreciação do comportamento das pessoas nos cargos que ocupam dentro de uma organização. Os principais favorecidos desta avaliação, são a organização, os órgãos de gestão e os colaboradores, ou seja, todos saem beneficiados com a avaliação do desempenho. Os sistemas de avaliação do desempenho ocupam um lugar de evidência no conjunto das ferramentas da gestão de recursos humanos. É um instrumento de desenvolvimento da organização. Um sistema de avaliação do desempenho ajustado e a sua cuidadosa introdução na cultura de uma organização, significam uma decisão de gestão traduzível em valor para o accionista e em desenvolvimento para os colaboradores. As pessoas deixaram de ser apenas recursos e passaram a ser tratadas como seres vivos, dotados de sentimentos, inteligência e aspirações. A busca de desenvolvimento das competências é a razão. A principal resposta que a organização dá sobre a avaliação de desempenho é um sistema de recompensas que motiva os colaboradores e diferencia os bons dos maus colaboradores. Para que o sistema de avaliação de desempenho tenha resultado eficaz, é necessário que todos estejam envolvidos e comprometidos.
  • 27. 28 A avaliação do desempenho ajuda a melhorar o senso crítico dos profissionais, levando assim a uma melhoria da prestação de serviços na organização. O importante na avaliação é o padrão de desempenho do colaborador e a qualidade final da sua avaliação. A avaliação do desempenho tornou-se numa ferramenta de gestão importantíssima, já que ajuda a identificar causas do desempenho deficiente e ajuda o colaborador na busca de um desempenho profissional melhor. A avaliação do desempenho por competências também ajuda no aumento da motivação no trabalho, já que a sua objectividade, clareza e transparência resultam em melhores resultados para todos na organização. A avaliação do desempenho é assim um importante meio para identificar os potenciais dos colaboradores, melhorando a qualidade das relações entre colaboradores e superiores. Em termos de actividades realizadas, a realização deste estágio permitiu-me tirar o máximo partido realizando muitas acções do dia-a-dia de um departamento de recursos humanos.
  • 28. 29 5.3.Limitações Para se melhor compreender as limitações decidi dividir este subponto entre limitações tendo em vista o estágio em si, a parte prática, e limitações inerentes ao relatório de estágio. As limitações do estágio foram o tempo de realização do estágio, já que três meses não me permitiram aprofundar todas as práticas de recursos humanos, como por exemplo a realização do relatório único. Outra limitação foi a ausência da chefia do departamento devido a problemas de saúde, o que não me permitiu conhecer a fundo práticas da empresa. Outra limitação foi não haver um departamento apenas dedicado aos recursos humanos, o departamento onde estava inserido dividia-se em parte financeira e recursos humanos, como foi referido anteriormente. Relativamente ao relatório de estágio, as minhas limitações prenderam-se com o facto de inicialmente não saber que informação deveria ou não colocar no relatório.
  • 29. 30 5.4.Recomendações As minhas recomendações futuras prendem-se com a realização de estudos sobre avaliação do desempenho em empresas públicas e privadas, a fim de averiguar quais são os métodos mais utilizados e quais aqueles que são mais eficientes e eficazes. Em relação ao Gabinete do Governador, as recomendações são a criação de um departamento apenas focado nos recursos humanos, onde novas e melhores práticas seriam aplicadas, o que levaria a um aumento de eficiência na empresa. Tendo em conta a avaliação do desempenho no Gabinete do governador, sugiro de forma a melhorar o todo o processo que se adopte o Sistema Integrado de Avaliação do Desempenho da Administração Pública, já que este é o sistema adoptado por maior parte das instituições públicas e que deveria de ser obrigatório no sector público. Se o Gabinete do Governador continuar a utilizar o sistema de avaliação do desempenho em vigor sugiro que os prazos estipulados sejam cumpridos já que este ano, o prazo de Março para entrega das fichas de avaliação não foi cumprido. Sugiro também que se recapitulem os objectivos atingidos e as competências que são avaliadas já que em alguns departamentos existem diferenças significativas nas habilitações dos colaboradores.
  • 30. 31 Referências bibliográficas AGUINIS, H. & Pierce, C. (2008). Enhancing the relevance of organizational behavior 29, 139 – 145. CAETANO, A. (1996). Avaliação de desempenho: Metáforas, conceitos e práticas. Lisboa: Editora RH. CAETANO, A. (2008). Avaliação de desempenho: O essencial que avaliadores e avaliados precisam de saber. Lisboa: Livros Horizonte. CHIAVENATO, I. (1981). Administração de Recursos Humanos, 2º Edição. São Paulo:, Editora Atlas. CLEVELAND, J. N. & Murphy, K. R. (1992). Analyzing performance appraisal as goal-directed behaviour. Research in Personnel and Human Resources Management, 10, 121-185. FERNANDES, A., & Caetano, A. (2007). Gestão de Recursos Humanos: contextos, processos e técnicas. Lisboa: Editora RH. FERNANDES, D. (2008). Avaliação de Desempenho Docente: Desafios, problemas e oportunidades. Cacém: Texto Editores. GONÇALVES, J. P. (2002). Desempenho Organizacional. Semanário Econômico, nº 815. GRAMIGNA, M. R. (2002). Modelo de Competências e Gestão de Talentos. São Paulo: Makron Books. LATHAM, G. P. & Wexley, K. N. (1981). Increasing productivity through performance appraisal. Massachusetts: Addison-Wesley. LEVY-LEBOYER, C. (1997). Gestión de la competencias. Barcelona: Adiciones Gestión. Sousa, M. J.; Duarte. T.; Sanches. P. G.; & Gomes. J. (2006). Gestão de Recursos Humanos. Lisboa: Edições Técnicas.
  • 31. 32 Nome do Autor: Sérgio Alfredo Macore Nickname: Helldriver Rapper Licenciatura: Gestão de Empresas / Gestão Financeira E-mail: Sergio.macore@gmail.com Contactos: +258846458829 ou +258826677547 Cidade: Pemba – Cabo Delgado NOTA: Estou disposto para qualquer esclarecimento. Caso tenha duvida, contacte a mim!