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A importância da contabilidade nacional
O crescimento e a globalização da actividade das empresas e dos mercados provocaram um
aumento das aquisições de sociedades estrangeiras, assim como um aumento das necessidades
financeiras que estiveram na origem do desenvolvimento dos mercados de capitais
internacionais. Este constante crescimento internacional originou a que a contabilidade, elemento
essencial de comunicação financeira, diferisse pelo seu conteúdo e seus modos de aplicação de
país para país.
Neste ponto é necessário avaliar se tal facto é ou não de extrema importância. Aqui as opiniões
divergem e não é possível chegar a uma resposta exacta; por um lado, em certos casos essas
diferenças podem provocar ineficiências ou distorções no comportamento económico, mas por
outro também se defende que a contabilidade nacional preenche perfeitamente a sua função,
onde uma evolução eventual para uma harmonização contabilística também poderá provocar
essas mesmas e outras ineficiências. O que parece ser mais correcto é que as alterações
contabilísticas que venham a surgir num determinado país são mais facilmente explicadas e
previstas se estiver em vigor uma política de harmonização contabilística.
O problema da contabilidade a nível internacional não é tão simples quanto aparenta, dado que
qualquer tentativa de modificação da linguagem contabilística pode criar um efeito nefasto sobre
a qualidade da mensagem transmitida. Por exemplo, no caso de vir a existir uma alteração no
modo de medição dos proveitos, justificado pelo facto de se pretender chegar a uma aproximação
a nível internacional, tal poderá modificar o relacionamento com investidores nacionais ou de vir
a ter consequências fiscais significativas.
Analisando estes factos admite-se que as regras e práticas contabilísticas são influenciadas pelo
ambiente onde se inserem, tendo em consideração que a internacionalização económica e
cultural, que temos vindo a assistir desde os anos 60 tem vindo a criar um impacto forte sobre a
contabilidade. Este último é também, com efeito, confrontado com o problema da
internacionalização da comunicação financeira.
Certo é, que poucas pesquisas e estudos têm sido feitos neste sentido e devido a isso existe, de
uma forma geral, uma grande diversidade contabilística que perturba os utilizadores dos
mercados financeiros, as empresas multinacionais e as uniões económicas, como é o caso da
União Europeia. O conceito de mercado único pressupõem, no verdadeiro sentido da palavra
uma regulamentação idêntica para cada estado-membro, o que não se tem vindo a verificar
relativamente à contabilidade e, principalmente à fiscalidade.
De qualquer forma, tem-se vindo a verificar uma maior aproximação entre países no sentido de
existir uma harmonização contabilística e até quem sabe, uma harmonização fiscal. Mas para
isso é preciso ter em conta as características de cada país. A natureza e o crescimento das
empresas multinacionais são dos principais factores para que se verifique um desenvolvimento
da contabilidade neste novo século.
Existem pelo menos quatro razões pelas quais a contabilidade internacional é considerada de
extrema importância:
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 Razão histórica
 Razão multinacional
 Razão de comparação
 Razão de harmonização
De acordo com as razões atrás enumeradas, considera-se interessante fazer uma referência a cada
uma delas separadamente, não esquecendo porém, que estão intimamente relacionadas.
Historicamente, um vasto número de países tem vindo a contribuir, ao longo dos tempos, de
forma extremamente importante, para o desenvolvimento da contabilidade. Temos Itália, que
assumiu a liderança com o método das partidas dobradas, seguindo-se a Inglaterra e os Estados
Unidos da América também eles com inovações. Como resultado destas mais marcantes
lideranças a língua inglesa tornou-se assim, a língua oficial da contabilidade. Na Figura 2
verifica-se que as maiores sociedades internacionais de contabilidade têm a sua origem ou nos
Estados unidos da América ou na Inglaterra.
Avaliação de empresas
Na administração, a avaliação de empresas e negócios consiste no processo usado para o
apuramento do valor de uma determinada entidade, seja ela comercial, industrial, de serviços ou
ainda de investimento, que tem como intuito exercer uma actividade económica.
Existem diversos modelos e variadas técnicas, simples ou mais complexas para o apuramento do
valor da empresa, residindo no entanto a complexidade de apuramento sobretudo nos valores
subjectivos que revestem a avaliação, pois o valor de uma empresa é em última análise o
equilíbrio entre o que o vendedor aceita como preço perante todas as alternativas de que dispõe,
e o que o comprador estiver disposto a pagar, que poderá incluir além do valor de mercado
esperado, o Goodwill envolvido na aquisição.
Avaliar significa apurar ou estimar o valor de determinada coisa, assim avaliar é sem dúvida um
processo bastante subjectivo, pois depende de um conjunto vário de condicionantes alguns deles
deveras subjectivos como por exemplo: as características do avaliador, a finalidade da avaliação
(compra, venda, fusão, liquidação), do contexto económico, social e político em que a avaliação
é realizada, bem como dos diversos modelos de avaliação existentes.

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Valor e preço
O preço é a expressão numérica do valor de troca, expressão vulgarmente utilizada em economia
para reflectir a quantidade de unidade monetária necessária para que se verifique a troca, no se
esgotando no entanto a noção de valor neste contexto, como é exemplificado pelo Professor J.
Carvalho das Neves no seu livro "Avaliação de Empresas e Negócios" na pag. 4 "um computador
com um processador 386 não tem valor de troca; portanto, o seu preço ou valor de troca é nulo.
No entanto, tem valor de uso, na medida em que, estando em funcionamento, é utilizado para
processar textos e folhas de cálculo, pelo que acrescenta valor". Desta forma, considera-se valor,
ao valor de uso do bem, à sua utilidade. O bem pode já não ter valor de troca/mercado, mas ter
ainda valor de uso pois permite ainda gerar valor com a sua utilização para além do seu tempo de
vida esperado e até após ser já considerado obsoleto. Ao preço, atribui-se a designação de valor
(monetário) de troca, valor pelo qual o vendedor está disposto a vender o bem e o comprador está
disposto a comprá-lo.
Valor de mercado (esperado)
A definição de valor de mercado traduz o valor pelo qual uma empresa poderia ser
transaccionada no mercado que seja competitivo e aberto para uma troca justa entre vendedor e
comprador, sendo ambos conhecedores do negócio, prudentes e sem urgência em efectuar o
negócio, embora interessados e dispondo de alternativas.
Estão envolvidos factores internos à empresa como a qualidade dos seus recursos humanos,
produtos e imagem da empresa, assim como factores externos à mesma como são exemplos a
concorrência, regulamentação do sector e tendências da economia em geral.
Valor intrínseco ou de rendimento
O valor intrínseco ou de rendimento representa uma opinião de valor produzida por um
avaliador, baseada na percepção das características inerentes ao investimento, através do método
do valor esperado fluxos de caixa actualizados ou dos lucros supranormais.
Não é tomada em consideração a existência de um investidor específico e quando congrega a
opinião de todos os investidores, o valor intrínseco acaba por se transformar em valor de
mercado.
Valor fundamental
O valor fundamental é uma perspectiva utilizada no mercado de capitais com o pressuposto de
que o valor intrínseco de uma acção pode ser determinado através da avaliação rigorosa de
algumas variáveis fundamentais como o lucro, os dividendos, a estrutura financeira, as
perspectivas de mercado ou a qualidade da gestão entre outras. Não pressupõe a existência de um
investidor/comprador específico.
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O valor fundamental é usado para comparação com os preços de cotação e consequente tomada
de decisão:
 Se a cotação estiveracimadovalorfundamental,adecisãopassaporrecomendara venda.
 Se a cotação estiverabaixodadovalorfundamental,adecisãopassaporrecomendara compra.
Na essência, o valor intrínseco e o valor fundamental têm o mesmo significado.
Valor para o investidor
A avaliação de valor para o investidor é efectuada levando em conta nos seus cálculos factores
que diferem dos utilizados no valor intrínseco, já que considera variáveis específicas que dizem
respeito aquele investidor em particular. Por exemplo, a recente aquisição da Compal pela
Sumolis teve com certeza em conta as sinergias que esta aquisição geraria em termos de
enriquecimento do seu portfólio, permitindo aumentar a massa crítica dos seus negócios. Estaria
pois em posição de atribuir maior valor por esse negócio do que por exemplo uma instituição
financeira como a CGD, anterior accionista maioritário.
Valor residual
As análises do valor fundamental e do valor intrínseco consistem em dois períodos de vida da
empresa:
 O períodode previsãoanual
 O períodoresidual
No primeiro período, é projectada a actividade da empresa anualmente para apuramento dos
lucros, dividendos e fluxos de caixa anuais. O valor residual refere-se ao valor da empresa no
final do período de previsão explícito.
O período residual refere-se ao valor da empresa no final do período previsto
Justo valor
A noção de justo valor é ambígua e de utilizações diversas, pelo que se opta pela designação
utilizada pelos International Valuation Standards, que diz que "o preço, expresso em dinheiro ou
equivalente, a que uma propriedade troca de proprietário entre um hipotético e interessado
comprador e um hipotético e interessado vendedor, num mercado aberto e sem restrições, sem
que nenhum esteja forçado a comprar ou a vender, e em que ambos têm conhecimento razoável
dos factos relevantes". Se entendermos propriedade a empresa, chegarmos assim ao justo valor
desta.
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Valor Percebido (pelo cliente)
Valor Percebido é a utilidade dada a determinado produto ou serviço em função da percepção
do cliente, e não da posição da empresa no mercado. Tem subjacente o conceito de benefícios
incorporados versus o seu custo de aquisição. Para um determinado produto ou serviço gozar de
um valor percebido pelo cliente quererá dizer que o cliente reconhece um benefício na oferta da
empresa em comparação com os benefícios oferecidos pela concorrência.
(Valoroferta– Preçooferta= BenefíciosdaOferta) >(Valoralternativa - Preçoalternativa=
BenefíciosdaAlternativa)
Valor de liquidação
O valor de liquidação é aquele que a empresa tem caso seja necessário proceder à sua
liquidação ou no caso do seu valor de mercado ser inferior ao valor dos activos deduzidos do
passivo, tornando-se mais interessante para o investidor.
Este valor tenderá a ser menor quanto maior for a urgência na venda e menor for o poder de
decisão do vendedor.
Valor contabilístico ajustado
O valor contabilístico ajustado encontra-se após se adicionar, retirar ou diminuir valores ao
activo e passivo contabilístico da empresa.
Verificando-se a existência de activos ou passivos não afectos à exploração do negócio, torna-se
então necessário fazer alguns ajustamentos para que possamos obter apenas o montante de
capital efectivamente empregue nas operações. Segue-se exemplos de alguns ajustamentos que
se podem efectuar:
 ImobilizadosemCurso – Uma vezque se tratam de activosque aindanão se encontramem
exploraçãoe que,comotal,não contribuemaindaparao retornodo negócioestesvaloresnão
serãoincluídosnoCE Operacional;
 ImobilizadosnãoAfectosàExploração – No caso de se verificara existênciade imobilizadosque
não são assignáveisàsoperaçõesdonegócio estesnãodeverãoserconsideradosnocálculodo
CE Operacional;
 ActivosOperacionaisnãoReflectidosnoBalanço – Sempre que se verifique aexistênciade
activosoperacionaisque nãoestejamreflectidosnobalançoestesdeverãoseradicionadosno
cálculodo CE Operacional (ex- imobilizadostotalmente amortizadosgeradoresde resultado);
 InvestimentosFinanceiros –Os investimentosfinanceirosrepresentamoinvestimentonum
negócio,susceptíveltambémeledanecessidade de realizaçãode ajustamentos,e não
contribuemparaa performance operacional peloque nãoserãoconsideradosnoCE
Operacional.A suaanálise seráfeitaaoavaliarmososnegóciosque essasparticipações
representam;
 Goodwill –O Capital Empregue Operacionalpoderásercalculadoantese depoisde goodwill.Se
pretendermosanalisarnãoapenasaforma comoo negócioremuneraocapital nele investido,
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
mas tambémumprémioque o accionistatenhapagopelasuaaquisiçãodeveremosentão
incluirogoodwill nocálculo.Ogoodwill serásempreconsideradopeloseuvalorbrutono
pressupostode que,sendoumprémiopagopeloaccionista,nãosofre depreciação.
 Empréstimosde/aEmpresasdoGrupo – Osempréstimosde/aempresasdogruponão
relacionadascoma actividade operacional donegócionãodevemserconsideradasparaefeitos
do CE Operacional.
 Clientes/Fornecedores/OutrosDevedores/OutrosCredores –Nocaso de se verificarem
créditos/débitosnãoresultantesdaactividade operacional estesnãoserãoincluídosnocálculo
do CE Operacional (Ex:Relaçõesde maximizaçãodaeficiênciafiscal,fee’sde gestãode cariz
extraoperacional);
 Fornecedoresde Imobilizado –Considera-se que osvaloresemfornecedoresde imobilizado
estarãorelacionadoscomo imobilizadoemcursopeloque nãosãoconsideradosparaefeitosde
cálculodo CE Operacional
 SubsídiosaoInvestimento –Os subsídiosaoinvestimento,porseremequiparadosaumafonte
de financiamento,serãoretiradosaopassivocirculante.
Valor substancial
O valor substancial é o valor que se apura através da soma dos valores atribuídos aos diferentes
valores patrimoniais, segundo um dos critérios antes referidos. O valor substancial pode ser
determinado na óptica da entidade (valor substancial bruto) ou na óptica dos capitais próprios
(valor substancial líquido).
Na óptica da entidade, quanto ao valor substancial bruto, pode ser apurado de duas formas: - O
valor substancial bruto corresponde à avaliação individual dos elementos do activo, e inclui todas
as rubricas do activo do balanço contabilístico avaliadas ao justo valor, sendo esta, a óptica
tradicional do balanço - O valore substancial bruto económico corresponde ao valor substancial
bruto reduzido do passivo cíclico. Desta forma, apresenta-se o valor substancial seguindo a
perspectiva do balanço funcional para a análise financeira, sendo esta, a forma mais usada na
determinação do valor económico acrescentado.
Na óptica dos capitais próprios, o valor substancial líquido corresponde ao valor substancial
bruto deduzido de todo o passivo, isto é, corresponde ao capital próprio.
Justo valor pela Directriz Contabilística nº 13
Sabendo a importância do valor substancial líquido baseado no "justo valor" para a determinação
do Goodwill (Trespasse), são descritas os critérios definidos pela Comissão Contabilística para a
determinação desse valor. A directriz contabilística tem como objectivo a determinação do valor
substancial líquido ao justo valor, que é determinado por avaliação rubrica a rubrica do justo
valor do activo, deduzindo do justo valor do passivo.
As rubricasdo balançoao justovalorsão apuradas,de acordo com a referidadirectriz,sãofeitasapartir
do
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- Títulos Negociáveis e de Investimento; - Dívidas a receber; - Matérias-primas; - Obras e
trabalhos em curso; - Produtos acabados e semi-acabados; - Terrenos e edifícios: - Equipamento
e instalações (Sendo estas avaliadas em função do uso) - Se para uso continuado; - Se para uso
temporário; - Se para venda ou detidos para posterior venda de a uso; - Activos Intangíveis; -
Outros activos (incluindo Recursos Naturais); - Activos líquidos afectos a pensões ou obrigações
respeitantes a pensões; - Activos e passivos por efeito de imposto; - Dívidas a pagar e
acréscimos; - Passivos contingentes e compromissos com probabilidade de originar passivos;
Goodwill (valor de trespasse)
O Goodwill é resultado da soma de uma variedade intangível de valores integrantes da empresa e
que dela não são dissociáveis como a reputação, fidelidade da clientela, notoriedade das marcas
entre outros factores que a valorizam.
Este valor representa o excedente entre o preço da transacção e o valor dos activos e passivos da
empresa, avaliados individualmente e ao justo valor (valor do capital próprio).
Caso resulte da avaliação dos activos e passivos da empresa, efectuada como atrás se descreve,
um valor negativo, o valor do Goodwill é negativo e não deve ser designado de Badwill.
Por norma, os analistas financeiros tendem a encontrar este valor pela diferença entre o valor
intrínseco e o valor substancial, avaliado ao justo valor.
Justo valor, pelas novas normas contabilísticas, é a quantia pela qual um activo pode ser trocado
ou um passivo liquidado, entre as partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em
que não exista relacionamento entre elas.
A atribuição deste valor é extremamente difícil, pelo que muitas vezes ultrapassa
significativamente o valor contabilístico dos seus activos.
No entanto, pela entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), no dia 1 de
janeiro de 2010, o Goodwill, através da Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 14,
passa a ser mesurado ao justo valor, deduzido de perdas por imparidade, deixando de ser
amortizado.
Esta norma deverá ser aplicada na contabilização de concentrações de actividades empresariais,
onde esta pode envolver a aquisição dos activos líquidos, onde se inclui qualquer trespasse
(goodwill), de outra entidade em vez da compra do capital próprio da outra entidade, ou seja, é a
junção de entidades ou actividades empresariais separadas numa única entidade que relata,
resumindo, o goodwill corresponde a benefícios económicos futuros, resultantes de activos que
não são capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos.
Pelo que segundo esta norma, uma actividade empresarial define-se como um conjunto integrado
de actividades conduzidas e de activos geridos com a finalidade de proporcionar:
 Um retornoaos investidores,ou;
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 Custosmaisbaixosououtrosbenefícioseconómicosdirectae proporcionalmente aos
participantes.
Premissas fundamentais de cada avaliação
Princípio da continuidade
Admite-se que uma empresa funciona de forma continuada, com duração ilimitada, sem intenção
nem necessidade de encerrar, nem diminuir a sua actividade, partindo do principio de que é
viável. Os valores intrinseco e fundamental, pressupõem o normal funcionamento da empresa,
enquanto que o seu valor de liquidação indicaria o seu valor à data de alienação se tal situação se
verificasse.
Nível de controlo do capital social
Determina quem tem acesso à tomada de decisão sobre a vida da empresa. A percentagem de
capital detido, vai ser decisiva no controle da empresa. O nível de controlo pode variar de acordo
com a percentagem de capital detido por cada sócio, o número de sócios, o seu poder na empresa
etc.
Grau de Liquidez
Os accionistas necessitam poder a qualquer momento transformar em dinheiro o investimento
que realizaram. Se a empresa, estiver cotada em bolsa e o seu desempenho for bom, então o
volume de transacção dos seus títulos será grande, o que vai permitir uma maior liquidez.
A liquidez é o termo usado para nos dizer à "quantia" pela qual um bem pode ser comprado ou
vendido sem que o preço seja prejudicado. No caso das acções, também se refere à capacidade de
um accionista em vender rapidamente a acção. Muitas vezes, os novos investidores preferem
bens líquidos uma vez que podem ficar com o dinheiro mal necessite dele.
A liquidez é uma característica indispensável a considerar numa decisão de investimento.
Resumidamente, podemos descrever liquidez como o grau de conversão de um activo em
dinheiro. Um activo é tão mais líquido quanto mais fácil for convertê-lo em notas e moedas. Pelo
contrário, um activo pouco líquido é difícil de vender. A importância da liquidez de um título é
fundamental para que o valor do mesmo não se altere. Por muito alto que seja o valor de um
Propósitos da avaliação
A avaliação pode ser feita, com a intenção de venda ou compra, de uma parte ou totalidade da
empresa. Pode também, ser efectuada por motivo de separação de sócios ou accionistas, divórcio
de um deles, por motivos fiscais ou para cisão da empresa. Estes propósitos conduzem
evidentemente a medidas diferentes de avaliação de acordo com o propósito.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Due diligence
Para se poder conhecer melhor a empresa que se pretende avaliar, é necessário recolher toda a
informação disponível sobre todos os seus recursos, o meio onde está inserida, oportunidades e
riscos de negócio que podem ter um impacto significativo nos seus fluxos de caixa.
Depois de definidos o objecto e os objectivos da avaliação, é importante a escolha das técnicas a
utilizar, para assim se poder definir um plano de recolha de informação, fundamentalmente para
conhecer melhor a empresa que é objecto de avaliação.
Para isso é necessário ter a noção da importância da pesquisa de informação que é relevante
sobre todos os recursos da empresa, tais como os activos, os passivos, a tecnologia, as pessoas e
a situação jurídica. As oportunidades de negócio, os riscos associados ao passado, ao presente e
ao futuro da empresa que possam de alguma forma ter impacte sobre os fluxos de caixa.
A value diligence deve servir e contribuir desta forma, para o processo de avaliação e para a
elaboração do plano de integração da empresa após a aquisição, de modo que, não haja uma
concentração técnica de avaliação, deixando de analisar outros riscos que podem ser também
importantes para a mesma avaliação de empresa.
Assim, deve proceder-se à pesquisa de informação nas áreas fundamentais de análise sobre todos
os aspectos relevantes com impacte sobre o valor da empresa, através de auditorias que permitam
esta análise.
Deve assim estudar e avaliar: - A estratégia - As estratégias de Marketing e Distribuição - A
tecnologia e as operações laborais - O pessoal e a cultura organizacional - O Imobilizado - A
situação financeira - A situação fiscal - A legalidade - A relação ambiental
Métodos de avaliação de empresas
Avaliação por comparação com o mercado
Escolhe-se uma empresa concorrente que esteja cotada e utiliza-se o preço de transacção como
base comparativa com a empresa que se está a avaliar. Neste método existe a dificuldade de se
encontrar uma empresa que permita uma comparação adequada visto nenhuma empresa ser igual
a outra.
a) Avaliação pelo PER – O múltiplo dos resultados líquidos
Quando queremos fazer a avaliação de uma empresa por comparação com o mercado, o PER
(price earnings ratio) é um dos múltiplos mais utilizados no mercado financeiro.
O Múltiplo dos resultados líquidos (PER) é igual ao Preço de cotação (P) a dividir pelo
Resultado por acção (RPA). Os resultados líquidos devem ser ajustados e o número de acções
podem ser sem diluição ou com diluição total.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
O ajustamento dos resultados líquidos tem cmo objectivo essencial, compatibilizar os critérios
contabilísticos das empresas a comparar, nomeadamente os seguintes pontos.
 Capitalizaçãode custos – uniformizarocritérionasempresasemcomparação;
 Amortizaçõese provisõesdoexercício –uniformizaroscritériosparaas empresasem
comparação;
 Mais-valiase menos-valias–anularo valor dosresultadosantesde impostose ajustaros
impostosemconsonância.
Ao realizar este tipo de análise também devem ser considerados os Resultados Líquidos numa
base de potencial continuidade, por este motivo é frequente não se usar os resultados
extraordinários no cálculo.
Multiplicando o numerador e o denominador do rácio pelo número de acções obtém-se
respectivamente, a capitalização bolsista ou o valor de mercados dos capitais próprios (VCP, e os
resultados líquidos da empresa (RL):
Desta forma a avaliação da empresa pode ser feita por comparação com outra através do PER.
Deste modo, um PER elevado pode indicar:
 boas expectativasde crescimentoesperado
 acções com poucorisco
 empresasobreavaliada
Um PER negativo indica que a empresa tem prejuízos e é de evitar, a não ser que se espere um
turnaround vigoroso na sua situação económica.
Essas situações dão os maiores lucros que há nas Bolsas, mas é muito difícil e arriscado
aproveitá-las plenamente, pois frequentemente, uma acção em crise continuará a cair mais e mais
antes do turnaround que a fará subir. Mais seguro é investir em empresas lucrativas.
VantagensdoPER na Avaliação
 Facilidade de cálculo
 Incorporaas percepçõesdomercado
 Inclui a rendibilidade, crescimentoe oriscodas empresas
InconvenientesdoPERna Avaliação
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 Divergênciaentre osconceitosde preçode cotaçãoe de resultadoporacção
 Os métodose as políticascontabilísticasseguidaspelasempresasafectamoPER
 Não temsignificadoquandoas empresastêmprejuízos
 Torna-se poucosignificativoquandoosresultadostêmelevadavariabilidade
Aplicabilidade comoindicadorcomparativo
 Evoluçãoao longodo tempo
Para uma mesma empresa, analisar evolução do PER durante um determinado período de tempo;
 Entre empresasdomesmosector
Comparação entre empresas do mesmo sector, normalmente as concorrentes da empresa em
estudo;
 Entre diferentessectores
Permite aos agentes que investem em diversos negócios ou sectores de actividade, identificarem
alternativas de investimento mais ou menos atractivas;
 Entre diferentespaíses
A fim de avaliar mercados sub ou sobrevalorizado.
b) Avaliação pelo PCE - O múltiplo do autofinanciamento bruto
O autofinanciamento bruto é igual à soma dos Resultados liquidos com Amortizações e
Provisões do exercicio.
O múltiplo do autofinanciamento bruto é igual ao Preço de cotação (P) a dividir pelo
autofinanciamento bruto por acção (CEA ou ABA)
A estimativa do preço da empresa a faz-se multiplicando o PCE da empresa comparável com o
autofinanciamento bruto por acção da empresa a avaliar
c) Avaliação pelo PBV - O múltiplo do valor contabilistico
O price book value (PBV) permite comparar a cotação da empresa com o valor contavbilistico
do capital próprio. Desta forma: PBV < 1 → as ações da empresa são vendidas a um valor
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inferior ao valor contabilistico PBV > 1 → as ações da empresa são vendidas a um valor superior
ao valor contabilistico
Sendo que: P - Preço de cotação VCA - Valor contabilístico por acção, ou seja, o capital próprio
a dividir pelo número de acções em circulação.
Este rácio é utilizado para comparação com empresas do sector, comparáveis por semelhança de
competitividade, antiguidade e tipo de tecnologia utilizada, estruturra financeira, estrutura de
activos, recursos humanos estruturados de forma equivalente, com o mesmo nível de
produtividade e sujeitas às mesmas condições económicas como a inflação, taxas de câmbio, etc.
A avaliação através deste rácio tem alguns inconvenientes: - Valor influenciado pelas práticas
contabilísticas das empresas; - Dificuldade na identificação de empresas comparáveis; - Pouco
relevante para empresas de serviços com activos fixos de valor reduzido; - Não aplicável a
empresas tecnicamente falidas.
Este valor, price bookvaluecomparacotações da empresacomo valorcontabilísticode capital
próprio.Logo,umPBV inferiora1, significaque asacçõesda empresaestãoa servendidasaum valor
inferioraoseuvalorcontabilístico,enquantoque umPBV superiora1, reflecte umvalorsuperioraoseu
valorcontabilístico.
Pode-se então dizer, para outros métodos comparativos, o essencial é existir empresas cotadas
com características semelhantes às da empresa que se pretende avaliar ou então haver preços de
transacção fora de bolsa.Para empresas com base de comparação devem ter um nível de risco
semelhante ao da empresa que se pretende avaliar.Logo, pressupõe-se que as empresas que se
pretende avaliar tenham as mesmas condições económicas, como por exemplo as taxas de
câmbio, inflação,, competitividade,etc, perante os mesmos princípios contabilísticos e
semelhantes dentro destes aspectos: competitividade; antiguidade dos activos e tipo de
tecnologia, estrutura financeira, estrutura de activos, estrutura de recursos humanos, tecnológicos
e produtividade. Algumas vantagens para a utilização do PBV, deve-se ao facto de se poder
utilizar para empresas com resultados negativos ao contrario do PER: O PBV,é um indicador
estável, simplista, e mede o valor criado relativo aos capitais investidos pelos accionistas na
empresa. Por outro lado, o valor contabilístico do capital próprio é influenciado pelas políticas
contabilísticas das empresas, é difícil encontrar no mercado empresas que sejam comparareis, e o
PBV não é aplicável a empresas tecnicamente falidas, isto é, que apresentem valores
contabilísticos do capital próprio negativo. Para calcular o PBV, será possível a partir de
variáveis da empresa, como por exemplo o modelo de Gordon, que será uma avaliação feita a
partir dos dividendos.Este modelo vai poder medir, os dividendos do próximo ano, que por sua
vez estima os custos do capital próprio, e mede também a taxa de crescimento dos dividendos.
d) Avaliação pelo PS - O múltiplo do volume de negócios
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
O Price to Sules (PS)é igual ao preço de cotação (P) a dividir pelo Volume de negócios por acção
ou pode calcular-se pela divisão entre o Valor do Capital Próprio a preços de mercado(VCP) e o
Volume de negócios (VN). Calcula-se:
O PS apresenta uma relação directamente proporcional com a rendibilidade das vendas, a taxa de
distribuiçãop dos lucros, e a taxa de crescimento da empresa e é proporcionalmente inversa ao
risco da empresa assim como ao seu custo de capital.
VantagensdoPS
 Aplica-se aempresascomresultadoslíquidosnegativosoutecnicamentefalidas
 Menor impactodas políticascontabilísticas
 Menor volatilidade doque oPER
InconvenientesdoPS
 Não consideraoriscode negócioe o riscofinanceiro
 Não reflete asdiferençasemtermosde margense estruturade custos
 Afectadopelapolíticade preços
Custos do capital
O conceito de custo de capital é normalmente associado ao retorno que determinado
investimento deve proporcionar, sendo definido como a taxa de remuneração exigida pelos
investidores, tendo em conta o risco do negócio. Particularizando ao nível das empresas, o
conceito de custo do capital prende-se com as decisões dos investidores sobre os activos em que
investir e a forma de os financiar, tendo presente a maximização do valor da empresa. Num
mercado intensivo em capital, como o das comunicações electrónicas, este problema é
particularmente importante.
Em geral só serão concretizados os projectos de investimento que à partida garantam, no
mínimo, rentabilidades iguais às que são proporcionadas pelo mercado para investimentos de
risco semelhante. Esta taxa de mercado seria o custo de capital adequado.
A obrigação de orientação dos preços para os custos, aplicável a operadores com PMS em alguns
mercados relevantes, visa fixar os preços a um nível que permita ao mercado funcionar
adequadamente, tanto quanto possível como se de um mercado em concorrência se tratasse tendo
em consideração o investimento realizado pelo operador e permitindo-lhe uma rentabilidade
desse capital adequada, tendo em conta os riscos envolvidos.
Este custo de capital pode não ser o mesmo para os vários serviços da empresa, pelo que o factor
de desconto deve ter em consideração o risco associado a cada projecto.
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A taxa de custo de capital próprio aplicada na actualização dos fluxos deve corresponder ao
respectivo risco associado a esses fluxos. Mesmo partindo deste principio é muito dificil
quantificar rigorosamente o risco associado a cada tipo de fluxo.
Os métodos de avaliacção do risco e da rendibilidade baseiam-se maioritariamente na análise de
mercado e das empresas comparáveis. A exactidão desta estimativa depende da eficiência dos
mercados, de modo que a relação entre risco e rendibilidade é consistente entre os diversos
investimentos com risco possivelmente comparável. É importante que os investidores estejam
bem informados e de forma atempada sobre as expectativas de rendimento e risco das empresas
no mercado de capitais, para que o preço de cotação possa reflectir correctamente a percepção
dos investidores acerca da situação da empresa. É igualmente importante a estabilidade
prolongada entre o risco e a rendibilidade, sobretudo quando aplicados modelos que se baseiam
em dados históricos. Caso isto não se verifique, poderá ser colocada em causa a veracidade dos
resultados, quando aplicada uma média, pois coloca todos os anos com valores iguais quando
estes podem não ser lineares.
1.1. Custo médio do capital (WACC)
Representa o custo da utilização do capital empregue no negócio. É obtido multiplicando o CE
pela taxa do custo médio ponderado do capital próprio e alheio (WACC). No cálculo do custo do
capital devemos utilizar o valor médio do capital empregue ao longo do período. A taxa WACC,
ao considerar também o custo do capital alheio, considera o benefício fiscal pelo facto de se
verificar o pagamento de juros sobre esse capital.
Na definição de uma rendibilidade de capitais razoável para os operadores notificados, o método
geralmente aceite é o WACC (Weighted Average Cost of Capital). O WACC deve ser aplicado
ao valor do capital para determinar qual o rendimento que deve ser recuperado.
Assim, o WACC corresponde ao custo do capital e é calculado com base no custo da estrutura
financeira da empresa, isto é, tendo em consideração o recurso a dívida e a capitais próprios, ou
seja
A carga de imposto a que os operadores notificados estão sujeitos, devido ao efeito de
alavancagem que provocam, devem ser considerados no cálculo do custo de capital. Deste modo,
a fórmula seria:
É normal considerar, para efeitos de financiamento dos activos fixos, os empréstimos que se
encontram associados aos investimentos estruturais de médio e longo prazo, possuindo, portanto,
carácter de permanência na empresa. O custo da dívida é uma média ponderada do custo dos
vários empréstimos da empresa ou o rating de crédito de longo prazo.
No que respeita ao custo dos capitais próprios, este deve ser igual à remuneração proporcionada
por investimentos alternativos de risco semelhante. Para a determinação deste custo existem
vários métodos, sendo mais utilizado o CAPM.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
A taxa de imposto a considerar deverá ser a taxa efectiva de imposto incorrida pelo operador no
ano para o qual se está a calcular o custo de capital.
1.2. Método CAPM
A definição do custo dos capitais próprios é determinante para a realização de investimentos
eficientes e para o bem-estar dos consumidores. Um custo demasiado alto obriga os
consumidores a pagar preços superiores aos preços competitivos gerando uma perda de bem-
estar social. Um valor muito baixo vai permitir aos consumidores beneficiarem de um preço mais
baixo no curto prazo, no entanto investimentos eficientes não são feitos o que cria um nível de
concorrência em infra-estruturas sub-óptimo.
Os modelos mais utilizados para estimar o custo dos capitais próprios, ou seja, a rendibilidade
que os investidores exigem para suportar o risco sistemático de investir na empresa, são:
- CAPM (Capital Asset Pricing Method) - é um modelo que explica a diferença no risco e
rentabilidade entre as várias empresas através de um único factor: a correlação com o mercado. -
APT (Arbitrage Pricing Theory) - esta teoria defende que a rendibilidade é explicada por vários
factores, nomeadamente influências macroeconómicas como a volatilidade dos preços do
petróleo, taxas de juro, taxas de câmbio, etc… - Fama-French Three Factor Model - este modelo
é um caso particular do anterior, dado que utiliza três factores: um factor de mercado, um factor
relacionado com o tamanho da empresa e outro de valores de mercado.
Em geral, o modelo mais utilizado é o CAPM, dado que tem uma base teórica mais clara e a sua
implementação é mais simples.
PressupostosdoCAPM
 Os investimentosemBilhetesde Tesouro(BT's) estãoisentosde risco;
 As probabilidadesde insolvênciadosBT'ssão minímas,masnão garantemrendibilidadereal,
devidoaoriscoda inflação;
 O risco total decompõe-se emdoistipos:riscoespec´´ificoe riscode mercado;
 Os investidorespodemreduziroriscodo investimentoatravésdadiversificação;e,
 Os investidorespodemendividar-se aumataxa de juroigual áquelaque obtêmpelos
empréstimosque realizam.
CustoCapital Próprio= Taxa semrisco + β* PrémioRisco
Dados para o CAPM
(a) Taxa de juro sem risco (b) Prémio de risco; e, (c) beta dos activos em análise
A) A Taxa de Juro semRisco
 Para os activossemrisco,a rendibilidadeactual é igual à rendibilidade esperada.Correspondem
aos activosemque não há variânciana rendibilidade esperada.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
 Pode usar-se ataxa de juro de longoprazo dostítulosde dívidapública(Obrigaçõesde Tesouro -
OT).
 Embora as OT's estejamsujeitasaoriscoda taxa de jurosão os títulosque têmmenorrisco
total.
B) EstimaçãoPrática dosPrémiosde Risco
 O prémiode riscoé a remuneraçãoque osinvestidoresexigemparainvestiremnumaaplicação
de risco médio,emrelaçãoainvestimentossemrisco.
 Teóricamente,podemos questionarosinvestidoressobre osprémiosdesejadose calcularum
prémiomédio.
 A aproximaçãotradicional assume que oprémioaolongodosanosé igual ao prémioesperado,
calculadocom base emdadoshistóricos.
 Uma forma alternativaé estimaroprémiousadonomomentosobre ospreçosdos activos.
C) Estimaçãodo Beta
 O Beta é estimadoapartir do modelogeral doCAPM:
 Esta expressãopode transformar-se numaregressãolinearsimplesdotipo:
 A formamaissimplesde estimarobetadosCP é atravésda regressãolinearsimplesentre a
rendibilidade dasacçõesdaempresa(re - var.dependente) e arendibilidade domercado(rm -
Var.independente):

 Modelode Mercado: O Declive daregressãocorresponde ao beta daacção e mede o riscoda
acção.
Este modelo postula que o custo de oportunidade dos capitais próprios é igual à taxa de
remuneração que é possível obter em investimentos sem risco, acrescido de um prémio de risco.
Este prémio de risco é o prémio de risco de mercado ajustado por um coeficiente β.
O prémio de risco do mercado corresponde à diferença entre a taxa de rendimento proporcionada
pelo mercado e a que é proporcionada pelos investimentos sem risco. Corresponde, basicamente,
a uma previsão dos rendimentos que os investidores irão exigir no futuro para aplicarem o seu
capital no mercado de acções.
O β reflecte o risco sistemático de um determinado sector de actividade relativamente ao risco de
mercado, ou, dito de outro modo, reflecte a volatilidade da remuneração proporcionada pela
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
empresa, face à remuneração do mercado no seu conjunto, assumindo que a empresa é
totalmente financiada por capitais próprios.
1.3. Parâmetros de cálculo
A definição dos parâmetros necessários para o cálculo do CAPM é determinante para uma
correcta valorização do custo dos capitais próprios.
A taxa de remuneração de investimentos sem risco é, normalmente, determinada com base em
obrigações do tesouro de longo prazo (10-30 anos). Idealmente deveriam ser utilizadas
obrigações com uma maturidade que corresponda ao horizonte temporal sobre o qual a taxa de
rendibilidade será aplicada ou, alternativamente, uma maturidade que reflicta a vida económica
dos activos relevantes. Deve-se ainda ter em conta o horizonte temporal considerado para a
definição do prémio de risco.
O prémio de risco do mercado é uma medida das expectativas de longo prazo do investidor e
pode ser derivado com base em dados históricos ou através da construção de um modelo
forward-looking. O prémio de risco de mercado histórico corresponde às diferenças históricas
entre as rendibilidades do mercado e obrigações do tesouro. Um modelo forward-looking para
determinar o prémio do risco de mercado seria baseado em previsões da taxa de crescimento dos
dividendos e em valores de mercado actuais. Este modelo tem sido usado recentemente em
algumas análises através da seguinte fórmula:
Em que D1 corresponde aos dividendos do período seguinte, P0 é o valor actual de mercado, g a
taxa de crescimento de dividendos estimada e rf a taxa de rendibilidade sem risco.
O coeficiente β reflecte o montante de risco sistemático que se aplica a uma determinada série de
cash-flows sendo calculado com base na covariância entre as rendibilidades do mercado e as da
empresa ou de um projecto da empresa. Assim, como é determinado por variações nas
rendibilidades, as expectativas de cash-flows futuros desempenham um papel mais importante na
determinação do coeficiente β do que os cash-flows actuais. No entanto, tendo em conta a maior
complexidade e subjectividade subjacente ao desenvolvimento de modelos preditivos, este
coeficiente também pode ser calculado com base em dados históricos.
1.4. Diferenciação do custo de capital
O custo de capital pode ser calculado de forma uniforme, considerando globalmente todas as
actividades prestadas pelo operador notificado, ou, alternativamente, poderá equacionar-se a
aplicação de uma taxa de remuneração de capital distinta para os diversos serviços que o
operador presta, reflectindo-se as diferentes condições concorrenciais do mercado, o risco
específico de cada mercado e o nível de investimento e capitais empregues em cada um dos
serviços.
Esta abordagem suscita algumas questões que podem dificultar a sua implementação.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Embora o valor da dívida e capitais próprios possa ser facilmente determinado para um operador
como um todo, não é fácil fazê-lo para cada uma das suas actividades ou para cada um dos
mercados onde o operador actua. Tal deve-se ao facto de as decisões financeiras constituírem
decisões tomada ao nível global do operador, e não necessariamente relacionadas com cada uma
das suas actividades em particular. Também a posição de dívida da empresa pode não estar
directamente relacionada com as necessidades de dívida de cada uma das suas actividades.
Assim, surge o problema de determinar o valor do capital de cada actividade.
No entanto, reconhece-se que a diferentes actividades podem estar subjacentes riscos diferentes,
o que poderá ter reflexo em diferentes custos de capitais próprios, mesmo que a estrutura
financeira da empresa seja a mesma.
Avaliação por actualização dos dividendos
Calcula-se o valor da empresa pela actualização dos dividendos futuros. É bastante importante
para participações minoritárias, pois o rendimento esperado pelos accionistas baseia-se nos
dividendos e nas mais valias realizadas pelo potencial crescimento.
Segundo este tipo de avaliação, o valor da empresa ou das acções da empresa, corresponde ao
valor actual dos dividendos esperados (DPA), actualizados à taxa de retorno mínima exigida
pelos accionistas, ou seja, ao custo do capital próprio (ke).
Aquandodaaquisiçãode acções,o investidoresperaobterdoistiposde retorno
- dividendos durante o período de posse das acções;
- mais-valias através de um preço de venda superior ao preço de aquisição da acção.
Contudo o preço de venda das acções no final do período de posse é ele próprio calculado com
base nas expectativas quanto aos dividendos futuros a partir dessa data.
O principal indicador para o investidor que quer apostar nessa categoria de renda variável é o
chamado dividend yield, que mostra o retorno em dividendos frente ao preço da ação. Quanto
mais alto esse índice, maior o valor do dividendo pago.
Modelo Geral
Modelo geral P0 =D1/((1+Ke))+P1/((1+Ke)) Os pequenos accionistas, podem apenas esperar
(como fluxos de um investimento, dividendos anuais que a empresa vier a pagar enquanto
detiverem a acção e o valor realizado na alienação desta. Assim, para o accionista que detém a
acção durante 1 ano, o valor actual de 1 acção (P0) pode ser estimado com base nos dividendos
do próximo ano (P1) actualizado à taxa de oportunidade do custo de capital (Ke)
Modelo de GORDON
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Podemos considerar que para um pequeno accionista que seja detentor de uma acção por um
período de um ano, o valor actual dessa acção (D1) pode ser estimado com base nos dividendos
do próximo ano (𝐷1) e no preço esperado de cotação das acções no próximo ano P1 actualizado
à taxa de oportunidade do custo do capital (Ke).
P0= (D0(1+g))/(Ke-g)= D1/(Ke-g) Simplifica o Modelo Geral O analista financeiro só tem de
estimar 3 variáveis (dividendos do próximo ano, custo do C.Prop. e taxa de crescimento dos
dividendos) Dividendos não são certos nem previamente determinados O mercado financeiro e a
exigência de rendibilidade dos accionistas varia ao longo do tempo e não é igual para todos os
accionistas. O modelo só é aplicável se o custo do cap.pr. for superior à taxa de crescimento dos
dividendos. Não é imaginável que uma empresa possa sustentar até n→ ∞ taxas de crescimento
anuais médias superiores ao custo do capital. Usa uma única taxa de crescimento previsional
como média de um período demasiado longo.
Existem algumas limitações no modelo de Gordon. Os dividendos não são certos, o mercado
financeiro e a exigência de rendibilidade dos accionistas varia ao longo do tempo e não é igual
para todos os accionistas e o modelo só se aplica se o custo do capital próprio for superior à taxa
de crescimento dos dividendos.
Apesar de não se aplicar nestes casos, este não será um problema major do modelo dado que
pensando efectivamente no longo prazo, uma empresa não poderá sustentar infinitamente taxas
de crescimento anual médias, sempre superiores ao custo que tem do seu capital.
Modelo de MALKIEL
P0=(D0*(1+g1))/(Ke-g1)*[1-〖((g1-gn))/((ke-gn))((1+g1)/(1+ke))〗^(T-1) ]
Uma das principais críticas ao modelo de Gordon é que prevê apenas uma taxa de crescimento.
Para tentar resolver esse problema, Malkiel desenvolveu um modelo com duas fases distintas de
crescimento, sendo a primeira fase com taxa de crescimento ultranatural; como é comum nas
empresas iniciantes e principalmente, em empresas de tecnologia; e a segunda fase considerando
que a empresa atingira um determinado estagio de crescimento e passara então a ter crescimento
constante ou de cruzeiro.
1ª fase – taxa de crescimento constante e normal supranormal (g1); dividendos do ponto de vista
financeiro se definem como uma renda postecipada de termos finitos com início no período 1 até
ao período T com taxa de crescimento (g1) 2ª fase – taxa de crescimento constante e normal até
ao infinito (gn); trata-se de uma renda perpétua a partir de T+1, de termos crescentes à taxa de gn
Permite trabalhar com duas taxas de crescimento Utiliza pressuposto de ocorrência pouco
provável que é a taxa de crescimento dos dividendos cair abruptamente no ano T, de g1 para gn.
Seria mais natural que g1 fosse reduzindo progressivamente.
Criticas ao modelo de Malkiel: Este modelo pressupõe uma queda da taxa de dividendos abrupta
entre os dois períodos, o que é pouco provável.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Limitações: É difícil definir o nº de anos da fase de crescimento supranormal e quanto mais
longo for este período,maior será o P0. Quebra radical na taxa de crescimento, quando, na
realidade, o que se verifica é uma redução gradual até à estabilidade.
Modelo H
Fuller e Hsia desenvolveram um modelo de dividendos e avaliações de acções(1984), que lhe
chamaram de H (half), por dividir o período ao meio, ou seja, eles introduziram o que Gordon e
Malkiel não tinham feito, ao considerar três taxas de crescimento. A primeira taxa foi chamada
de supranormal, quando a empresa cresce a taxas elevadas e, principalmente, quando esta no
processo de start up. A segunda taxa é a de transição (do crescimento acelarado para o normal) e
a terceira, que é a taxa de crescimento constante ou de cruzeiro, acontece quando a empresa se
encontra num estágio maduro. Aproxima-se mais da realidade do que os modelos anteriores, e
consegue estimar o valor da acção de uma empresa usando apenas 4 parâmetros: dividendo do
ano, duas taxas, de crescimento e custo de capital próprio
Este Modelo tem uma aprximação com o modelo de Malkiel da seguinte forma: P0=D0/(ke-
Gn)*[(1+Gn)+T1*(G1-Gn)]
Pode ser entendido por mais duas fases.por exemplo um modelo a três fases tem: P0=D0/(Ke-
Gn)*[(1+Gn)+T1*(g1-Gn)+(T2-T1)*(G2-Gn)]
O modelo H pressupõe que a taxa intermédia, G2, é metade das taxas G1 e Gn. G2=(G1+Gn)/2
Isto, substituindo na formula obtém-se: Po=D0/(Ke-Gn)*[(1+Gn)+((T1+T2)/2)*(G1-Gn)] sendo
que: G1= Taxa de crescimento supranormal Gn=Taxa de crescimento normal em velocidade de
cruzeiro T1=Anos de crescimento supranormal T2=Início do crescimento normal
Limitações: O modelo é muito conservador, dado que o valor de uma empresa traduz
expectativas quanto a muitas outras variáveis e não apenas aos dividendos. Esta crítica é
igualmente aplicável a todos os outros modelos de avaliação referente ao Método dos
Dividendos Actualizados.
Modelo dos dividendos em duas fases
Com os modelos de Gordon, Malkiel e H evita-se estimar os dividendos ano a ano até ao infinito.
Estes 3 modelos só são exequíveis se as taxas de crescimento forem inferiores à respectiva taxa
de custo de capital do período em análise. Na prática pode acontecer que nos primeiros anos do
período previsional o crescimento supranormal conduza a taxas de crescimento superiores ao
custo de capital. Por isso, o mais viável será utilizar um modelo geral de avaliação dos
dividendos para esses primeiros anos combinando-o com pressupostos do modelo de Gordon (ou
outro) para estimar o valor futuro de venda da acção (valor residual) num ano futuro designado
por T em que o preço de venda da acção no ano T pode assumir, por exemplo, os pressupostos de
continuidade do modelo de Gordon, de modo que:
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Pt= (Dt+1)/█(Ke-g@)
Em alternativa, pode utilizar-se o modelo de Malkiel, um modelo por fases ou o modelo H para
estimar o valor residual da acção na data T Limitações: quando as empresas não distribuem
dividendos, a actualização de dividendos nulos dará um valor nulo, o que indica que a empresa
não tem valor, o que é falso. Mesmo sem distribuir dividendos as empresas tem valor de mercado
pois o reinvestimento dos lucros pode gerar mais valias para os accionistas e, por isso, aumentar
o valor residual da acção.
Custo do capital próprio baseado no modelo de dividendos
Qualquer dos modelos de dividendos apresentados para avaliar empresas na óptica dos sócios e
accionistas pode ser usado sobre empresas cotadas ou sobre empresas adquiridas para estimar o
custo do capital próprio implícito na transacção. Esse custo poderá ser usado em processos de
avaliação de empresas concorrentes com risco idêntico.
Modelo de Gordon: a partir deste pode-se facilmente estimar o custo de capital próprio, bastando
para o efeito resolver a respectiva equação em ordem à variável custo do capital, obtendo-se: Ke
= D1/(P0)+g Daqui se conclui que o custo do C.P. é função da taxa de rendibilidade em
dividendo e da taxa de crescimento do dividendo (que corresponde ao ganho de mais-valias)
Modelo H: Simplificado, permite estimar o custo do capital próprio de imediato: Ke = D0/P0
[(1+gn)+H(g1-gn) ]+gn
Avaliação por actualização dos fluxos de caixa actualizados
De acordo com a teoria financeira moderna, não faz sentido basear o valor da empresa em
modelos estáticos históricos (tais como a óptica patrimonial e a comparação com o mercado),
pois uma empresa vale pela sua potencialidade de gerar riqueza no futuro. Por outro lado,
modelos baseados no lucro tem o inconveniente de não considerar a necessidade de investimento
para sustentar o nível de lucros actuais e, como referimos anteriormente, a utilização dos lucros
supranormais não afasta o problema da dependência de utilização de critérios contabilísticos
adoptados pela gestão. Esses critérios não deveriam influenciar o valor da empresa, excepto
quando tenham implicações sobre os fluxos de caixa gerados para a empresa e para os
accionistas. Com base neste método e em termos gerais, o valor da empresa ou das acções da
empresa, corresponde ao valor actual dos fluxos de caixa ou Cash-flows futuros, actualizado ao
custo de capital que reflicta o risco associado aos mesmos.
Estimam-se os fluxos de caixa previsionais e actualizam-se ao custo de capital.
Tipologia dos fluxos de caixa
A tendência hoje é para considerar que uma empresa vale pela sua capacidade de gerar fluxos de
caixa futuros, sendo esses actualizados ao custo de capital ajustado ao risco desses fluxos.
Modelo Genérico
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
VAL - Valor actual liquido é o mais recomendado por ser o valor actual dos fluxos de caixa
actualizados e considerar como fluxo de caixa do amo zero, o próprio investimento.
VAL= -Io+[FC1/(1+K1)]+[FC2/((1+K1)(1+K2))]+…+[FCn/((1+K1)(1+K2)…(1+Kn))]
Se o VAL for positivo, então o projecto de investimento cria valor para o investidor porque o
valor dos fluxos futuros é superior ao investimento a realizar. Na avaliação de empresas tudo é
idêntico à avaliação de investimentos. A única diferença do ponto de vista matemático é que a
incógnita passa a ser o valor do investimento I 0 e não o VAL. A questão é a de saber qual o
preço máximo a pagar pela aquisição da empresa, de modo a que o investimento que se vai fazer
tenha um VAL positivo
Fluxos de caixa na avaliação de empresas
Fluxo de caixa livre (FCL)
FCL representa os meios financeiros líquidos gerados pelas actividades operacionais, de
investimento e de financiamento externo que ficam disponíveis para os accionistas ou sócios.
FCL=RL+A+P+ΔNMF-I-R+E
FCL Fluxo de caixa livre RL Resultado Liquido A Amortizações do exercício P Provisões do
exercício ΔNFM Acréscimo das necessidades de fundo de maneio I Investimento em activos
fixos R Reembolso de capital dos empréstimos obtidos E Empréstimos obtidos no exercício
As Variações das necessidades de fundo de maneio (ΔNFM) apuram-se pela variação estimada
nas contas do activo e passivo cíclicos. Se a empresa mantiver constante a sua estrutura de
capitais, então o fluxo de caixa livre pode estimar-se do seguinte modo (Damadoran, 1996): FCL
= RL – (1-d ) x (I – A) – (1-d ) x ΔNFM
d → representa o rácio de endividamento da empresa (Capital alheio/ Capital Total investido)
Esta fórmula é mais relevante para calcular o valor residual da empresa pelos fluxos de caixa
actualizados pois pressupõe a não existência de provisões do exercício, o que é frequente nas
avaliações de empresas e negócios.
Consideram-se actividades operacionais (NCRF 3) a quantia de fluxos proveniente de
actividades operacionais, é um indicador chave na medida em que as operações geraram fluxos
de caixa suficientes para pagar empréstimos, manter a capacidade operacional da entidade, pagar
dividendos e fazer novos investimentos, sem recurso a fontes externas de financiamento. A
informação acerca dos componentes específicos dos fluxos de caixa operacionais históricos é
útil, juntamente com outras informações, na previsão de futuros fluxos de caixa operacionais. Os
fluxos de caixa das actividades operacionais são principalmente derivados das principais
actividades geradoras de réditos da entidade. Por isso, eles são geralmente consequência das
operações e outros acontecimentos que entram na determinação dos resultados da entidade.
Temos como exemplos de fluxos de caixa de actividades operacionais os: Ø Recebimentos de
caixa provenientes da venda de bens e da prestação de serviços, de royalties, honorários,
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
comissões e outros réditos; Ø Pagamentos de caixa a fornecedores de bens e serviços, por conta e
a empregados; Ø Pagamentos ou recebimentos de caixa por restituições de impostos sobre
rendimentos, amenos que estes se relacionem com as outras actividades; Ø Recebimentos e
pagamentos de caixa de contratos detidos com a finalidade de negócio.
Algumas transacções, tal como a alienação de um elemento do activo fixo tangível originam
ganhos ou perdas que são incluídos na demonstração de resultados. Contudo, os fluxos de caixa
relacionados com estas transacções são classificados como pertencentes a actividades de
investimento. Uma entidade pode deter títulos e empréstimos para finalidade do negócio,
situação em que são similares a inventários adquiridos especificamente para revenda. Por isso, os
fluxos de caixa provenientes da compra e venda de títulos para negociar ou comercializar são
classificados como actividades operacionais. De forma semelhante, os adiantamentos de caixa e
empréstimos feitos por instituições financeiras são geralmente classificados como actividades
operacionais desde que se relacionem com as principais actividades geradoras de rédito dessa
actividade. Um rédito (NCRF 20 – Rédito), é o rendimento que surge no decurso das actividades
ordinárias de uma entidade e que pode ser referido por uma variedade de nomes diferentes
incluindo vendas, honorários, juros, dividendos e royalties. Corresponde, portanto, ao influxo
bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das actividades
ordinárias de uma entidade quando esses influxos resultarem em aumentos de capital próprio,
que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio.
Desta definição resulta que o rédito inclui apenas os influxos brutos de benefícios económicos
recebidos e a receber pela entidade de sua própria conta. As quantias cobradas por conta de
terceiros, tais como impostos sobre vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre o
valor acrescentado, não são benefícios económicos que fluam para a entidade e não resultem em
aumentos de capital próprio. Por isso, são excluídos do rédito. Da mesma forma, num
relacionamento de agência, os influxos brutos de benefícios económicos não resultam em
aumentos de capital próprio para a entidade. As quantias cobradas por conta do capital não são
rédito. Em vez disso, o rédito é a quantia de comissão. A questão primordial na contabilização do
rédito é a de determinar quando reconhecer o mesmo. O rédito é reconhecido quando for
provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade e esses benefícios possam ser
fiavelmente mensurados. Esta norma identifica as circunstâncias em que estes critérios serão
satisfeitos e, por isso, o rédito será reconhecido. Ela também proporciona orientação prática na
aplicação destes critérios. Resumindo: Rédito é o influxo bruto de benefícios económicos
durante o período proveniente do curso das actividades ordinárias de uma entidade quando esses
influxos resultarem em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com
contribuições de participantes no capital próprio. O rédito inclui somente os fluxos brutos de
benefícios económicos recebidos e a receber pela entidade de sua própria conta. As quantias
cobradas por conta de terceiros tais como impostos sobre vendas, impostos sobre bens e serviços
e impostos sobre o valor acrescentado não são benefícios económicos que fluam para a entidade
e não resultem em aumentos de capital próprio. Por isso, são excluídos do rédito.
Fluxo de caixa de caixa operacional líquido (FCO)
representa os meios gerados pelas operações, líquidos de investimentos em activo fixo e em
necessidades de fundo de maneio, necessários para o desenvolvimento da empresa.
FCO=RO.(1-t)+A+P-ΔNFM-I
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
RO = Resultados Operacionais esperados t = Taxa esperada de imposto sobre lucros Nos FCO
para avaliação de empresas, os impostos sobre os lucros calculam-se sobre os resultados
operacionais e deduzem-se´os investimentos necessários para garantir o crescimento.
Avaliação pelos fluxos de caixa actualizados
Os métodos de avaliação pelos fluxos de caixa agrupam-se em três categorias: - Método dos
capitais próprios (mais utilizado nos anos 1980) - Método do custo médio (adoptado em 1986,
ganhou imediata adesão dos analistas tornando-se o mais usado) - Método do valor actual líquido
ajustado (VALA)
Método dos capitais próprios
Este método utiliza os fluxos de caixa livres (FCL). Pela teoria financeira o fluxo de caixa deve
ser actualizado à taxa de custo do capital ajustada ao risco correspondente. Desta frma, o fluxo
de caixa livre corresponde a valores disponíveis para os accionistas, logo a taxa de actualização
apropriada é o custo do capital próprio (Ke).
A fórmula de avaliação apura de forma directa o valor dos capitais próprios (VCPo).
O modelo é usado para prever em duas fases: → na 1.ª faz-se a previsão (anual), explícita dos
FCL → na 2.ª pressupõe-se um padrão para a sua evolução e calcula-se ovalor residual no final
da 1.ª fase. Estimam-se os fluxos de caixa livres para os primeiros anos de actividade até ao ano
de cruzeiro, T, e o valor residual da empresa nessa data (URCPT), que é actualizado para o ano
zero ao custo do capital próprio.
Valor Residual
Para calcular o valor residual podem utilizar-se diversos métodos.Para manter a coerência na
avaliação dos FCF actualizados, pressupõe-se um nível de endividamento constante, d, e taxa de
crescimento constante, g, para os FCF e a empresa um periudo de vida útil, n, que tende para
infinito. Nessa base tem-se uma série de progressão geométrica que é convergente desde que Ke
>g cuja soma é: VRCP(T)= [FCF(T)*(1+g)]/(ke-g)
"Taxa de crescimento sustentável no longo prazo" g* = RCP(1-d) em que: g* →Taxa de
crescimento sustentável RCP→ Rendibilidade de capital próprio expectável no longo prazo d
→Taxa de distribuição dos lucros no longo prazo
A taxa de crescimento sustentável pode ser determinada a partir do modelo aditivo de cálculo de
rendibilidade dos capitais próprios
g* =[RCI + (CA/CP)*(RCI-Kd)*(1-T)*(1-d)
T →Taxa de imposto sobre lucros 1-d →Taxa de retenção de lucros RCI →Rendibilidade dos
capitais totais investidos que se calcula do seguinte modo:
RCI = RO/(CP+CA)
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
RO →Resultados operacionais CP →Capital próprio CA →Capital alheio
««Características do método dos capitais próprios:»» A aplicação deste método é aconselhada
particularmente em empresas com taxas de crescimento muitoelevadas a curto prazo. É
importante assegurar a consistência entre os pressupostos de evolução das variáveisneste método
e as características de cada fase de crescimento por forma a assegurar a viabilidade dos
resultados, nomeadamente quanto a: - Investimentos em activo fixo → quando a empresa se
apresenta em fase de grande crescimento, o investimento tende a ser superior às amortizações do
exercício, na fase de transição os montantes tendem a aproximar-se e na fase de maturidade, as
amortizações tendem a ser superiores aos investimentos. Para ser consistente com o pressuposto
de continuidade até ao infinito terá de haver investimentos de reposição capazes de manter o
nível produtivo da empresa. - Fluxo de dívida → o valor é muito sensível a esta rubrica pelo que
é importante elaborar um plano financeiro integrado com balanços e demonstrações de resultados
e fluxos de caixa considerarando os fluxos de empréstimos e reembolsos que se prevê de forma
anual e sustentável. - Risco → o risco diminui à medida que a sua dimensão aumenta e que se
torna mais estável, sólida e diversificada. Assim pelo CAPM ao longo das fases de crescimento,
o beta da empresa deveria reduzir-se, e, consequentemente também o custo do capital próprio.
Método do Custo Médio
Neste método utilizam-se as seguintes variáveis: - os fluxos de caixa operacionais (FCO)→ficam
disponíveis para os accionistas e credores, pelo que a taxa de actualização deve corresponder à
taxa de custo médio do capital. - o custo médio de capital (km).
A avaliação é feita na óptica da empresa como entidade. Actualizam-se os fluxos de caixa
operacionais ao custo médio do capital para avaliar a actividade operacional da empresa. A este
valor soma-se o valor dos activos não afectos à exploração, aplicações de tesouraria e de
investimento, de modo a apurar o valor total da empresa.
Os fluxos de caixa (operacionais e não operacionais) são apurados de independentemente do
financiamento. A estrutura financeira como objectivo e a consequente poupança fiscal obtida
pela utilização de capital alheio reflecte-se na estimativa do custo médio do capital.
É utilizado o modelo em duas fases primeiro onde os fluxos de caixa operacionais são estimados
de modo explícito e discreto (anual), e a depois pressupõe-se uma taxa de crescimento constante
para os fluxos de caixa operacionais.
Valor residual
Para calcular o valor residual da empresa em laboração (VRE), pode usar-se qualquer das ópticas
antes referidas. Na prática é frequente usar-se o modelo da perpetuidade com taxas de
crescimento constantes: VRE(T)=(FCOt+1)/(km-gu)
g u → Taxa de crescimento dos fluxos de caixa operacionais, isto é, dos fluxos de caixa não
alavancados pela dívida.
Taxa de crescimento sustentável no longo prazo
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
g* e = RCP (1-d)
Método do valor actual líquido ajustado
VEo= VAOo+VANOo+VCDo
VEo → Valor total da empresa VAOu → Valor dos activos operacionais (afectos à exploração)
semendividamento VANOu → Valor dos activos não operacionais (não afectos à exploração)
sem endividamento VCD → Valor criado pela dívida
O valor intrínseco dos capitais próprios calcula-se: VCPo=VEo-VDo
VD → Valor da dívida VCP → Valor do capital próprio
Características do VALA É o método que melhor se adapta à avaliação de empresas com
diversos negócios e em fase de reestruturação de activos. Cada unidade de negócios pode ser
avaliada autónomamente.
Coerência entre os três métodos de avaliação pelos fluxos de caixa
Em teoria, o valor actualizado da empresa para os accionistas é o mesmo em qualquer dos
métodos, se na prática não ocorrer a igualdade, significa que o avaliador introduziu pressupostos
simplificadores ou foram cometidos erros. Desde que se utilizem os mesmos pressupostos e se
apliquem de forma coerente e adequada a teoria financeira, os três métodos de avaliação dão
precisamente valores iguais.
Métodos de apuramento do valor residual
Entende-se por valor residual o valor da empresa no final do período para o qual foram feitas
previsões anuais discretas de forma explícita, e para o seu cálculo podem usar-se três ópticas em
função do mais adequado à perspectiva da empresa.
- óptica patrimonial →pressupõe que a empresa não tem continuidade, daí que não seja um
critério adequado às empresa em funcionamento.
- óptica de comparação → o seu valor de transacção pode estimar-se por comparação com outras
empresa no mercado.
- óptica do rendimento → O valor residual pode ser estimado através de um padrão de evolução
para os fluxos de caixa ou para os resultados, desta forma o valor residual será calculado pela
evolução continuada e uniforme dos fluxos de caixa até determinado período.
Modelos de avaliação em duas fases
Os modelos de avaliação mais usados na prática apresentam as seguintes características: - Numa
1ª fase estimam-se os fluxos de caixa de forma explícita e discreta, ano a ano até ao período T; -
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
A partir de T faz-se previsão residual com uma evolução estandardizada dos fluxos; - É
frequente considerar-se a empresa com vida económica infinita.
Modelos de avaliação em três fases
Na avaliação da empresa por vezes durante um determinado número de anos seguidos a T, data
em que termina a previsão discreta explicita, ainda terá vantagens competitivas e crescimento
supranormal, e que mais adiante (no período T+n) é que se podem considerar fluxos de caixa a
entrar em regime cruzeiro, pelo que agora é possível criar modelos com três fases: → na 1ª fase
faz-se a previsão discreta e explicita dos fluxos de caixa anuais até período T; → na 2ª fase
considera-se um modelo de valor residual com termos finitos até ao período T+n → na 3ª fase
considera-se um modelo de valor residual de termos perpétuos a partir de T+n+1
Custo do capital baseado nos fluxos de caixa actualizados
Neste método o custo de capital pode ser calculado para trás,isto é, depois de conhecer o valor
dos capitais próprios pode-se estimar o custo do capital próprio, o custo médio do capital, de
acordo com o método de fluxos de caixa escolhido.
Bibliografia
 NEVES,JoãoCarvalhodas - Avaliaçãode Empresase Negócios.Lisboa:McGraw-Hill de Portugal,
cop. 2002, D.L. 2003. ISBN 978-972-773-131-2
Ligações externas
 O valoreconómicodasempresas (textoelaboradoapartirdo livroAvaliaçãode Empresase
Negóciosde JoãoCarvalhodasNeves,McGraw-Hill,2002)
O que é isto?
Credibilidade
Imparcialidade
Profundidade
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Diferenças conceptuais entre a normativacontabilísticainternacional e
a portuguesa
RESUMO
A convergência das práticas contabilísticas no âmbito internacional tem se tornado uma realidade
neste início de século e se insere no contexto da globalização dos mercados. Os organismos
internacionais, dentre eles o IASC, IOSCO, UE e SEC, têm patrocinado o processo de
convergência das práticas de contabilidade como uma ferramenta valiosa de sinergia entre
mercados, fluição dos investimentos no âmbito global, dentre outros factores relevantes.
Dentro deste contexto, este estudo procura comparar os aspectos divergentes e convergentes
entre as normas contabilísticas internacionais e as portuguesas.
Palavras-chave: Normalização Contabilística, Harmonização Contabilística, IAS, IFRS, IASC.
CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO
1. Tema
O objectivo principal deste trabalho é o estudo das principais diferenças conceptuais entre o
normativo contabilístico internacional e o português.
Depois de realizar e analisar o estudo sobre essas diferenças, serão apresentadas conclusões
sobre o impacto da aplicação das normas nas empresas portuguesas, assim como uma lista de
recursos de informação externa para a aplicação das normas internacionais de contabilidade.
1.2 Metodologia e estrutura do trabalho
A pesquisa segue um método conceptual – comparativo, já que examina, estuda e compara
alguns dos princípios de contabilidade e algumas das diferenças entre as normas contabilísticas
internacionais e as portuguesas.
Utiliza também o método descritivo porque analisa algumas das normas contabilísticas
internacionais e portuguesas.
O Trabalho será estruturado em quatro capítulos, com os seguintes conteúdos:
Capitulo 1: Introdução, incluindo a apresentação do tema, metodologia utilizada
e o relato da evolução do processo de harmonização.
Capitulo 2: Serão apresentadas as principais diferenças nas normas
contabilísticas internacionais e portuguesas.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Capitulo 3: Apresenta-se uma avaliação do impacto da aplicação das IAS em
algumas das principais nas empresas portuguesas cotadas na Bolsa de Valores
portuguesa.
Capitulo 4: Apresenta-se uma lista de recursos de informação externa específicos
para a aplicação das normas internacionais de contabilidade.
1.3 Processo de Harmonização Contabilística Desenvolvida pelo IASC/IASB
A economia mundial sofreu nas últimas décadas um desenvolvimento extraordinário. As trocas
comerciais incrementaram-se, as forças produtivas passaram a deslocar-se com toda a facilidade
e os meios de comunicação atingiram uma eficiência e rapidez que há poucos anos era
inimaginável.
Os agentes económicos acompanharam este progresso, expandiram as suas relações e é cada vez
maior o número de empresas a actuar a nível mundial. É a globalização da economia.
Simultaneamente, ocorre um desenvolvimento paralelo no mercado de capitais e nos mercados
financeiros com a difusão e diversificação das operações existentes, a criação de novas operações
e a transmissão de riscos empresariais.
Com efeito, o desenvolvimento económico assenta na informação que está disponível para
aqueles que têm de tomar decisões. E assim os mercados requerem que a informação financeira
fornecida pelas empresas seja preparada e apresentada com a necessária qualidade a partir de
princípios de aceitação geral conhecidos de todos os intervenientes. A informação deve ser dada
através de um conjunto completo de demonstrações financeiras compreensíveis, credíveis e que
mostrem tudo o que seja relevante para a tomada de decisões.
Hoje muitas empresas, mesmo sem ser as ditas grandes, estão também cotadas em bolsas
estrangeiras e solicitam empréstimos a financiadores situados fora do seu país. Na defesa da
liberação e transparência do mercado, as entidades reguladoras supervisoras das bolsas e das
entidades financiadoras são bastante rigorosas com a qualidade de informação financeira das
empresas emitentes.
Todavia, as normas contabilísticas que servem de referencial variam de país para país e as
empresas que queiram aceder a esses mercados vêm-se na obrigação de produzir tantos
conjuntos de contas quanto os mercados a que querem aceder.
São bem conhecidos os casos de empresas europeias que para serem negociadas na Bolsa de
Nova Iorque tiveram de refazer as suas contas. Foi noticia em Portugal o caso do B.C.P. – Banco
Comercial Português que apresenta os seus resultados no 1º semestre de 2002 nos US, Securities
and Exchange Commission (SEC), com prejuízo de 60,9 M€ e em Portugal na Euronext Lisboa,
lucro de 320,9 milhões de euros. As diferenças apresentadas resultam exclusivamente de
distintas regras contabilísticas que divergem de país para país.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Estas reformulações têm conduzido, por vezes, a resultados surpreendentes e por vezes
antagónicos. Os critérios de amortização do goodwill, de tratamento de custos de pesquisa e
desenvolvimento, da capitalização de juros e diferenças de cambio, de valorimetria de
existências, de transposição de demonstrações financeiras, de tratamento dos intangíveis, são
alguns exemplos muito simples de politicas contabilísticas que podem se aplicadas de forma
diferente e alterar de forma significativa a posição financeira e os resultados de uma empresa,
sem que os vários conjuntos de contas deixem de cumprir as normas locais.
O processo de internacionalização dos negócios levado a cabo por um razoável número de
empresas e de grupos económicos dos países que integram a UE, conduziu à constatação das
limitações das Normas Contabilísticas dos diversos países membros bem como à constatação de
insuficiências nas Directivas Contabilísticas Comunitárias sempre que o horizonte geográfico se
expande para além fronteiras, seja devido a necessidades de financiamento junto de grandes
bancos internacionais, seja devido à necessidade de cotação em Bolsas de Valores estrangeiras,
seja por razões de consolidação de contas (e auditoria).
Os principais requisitos da União Europeia no domínio contabilístico baseiam-se
fundamentalmente na seguinte legislação comunitária:
 A Quarta Directiva78/660/CEE do Conselho,de 25de Julhode 1978, relativaàs contasanuaisde
certas formasde sociedades,estabeleceosrequisitosemmatériade elaboraçãodascontas
anuaisdas empresas.
 A SétimaDirectiva83/349/CEE do Conselho,de 13 de Julhode 1983, relativaàsContas
Consolidadas,define osrequisitosquantoàelaboraçãodestascontas.
 A Directiva86/635/CEE do Conselho,de 8de Dezembrode 1986, relativaàs contasanuaise às
contas consolidadasdosbancose outrasinstituiçõesfinanceiras,abordaasquestõesespecíficas
às referidasinstituições.
 A Directiva91/674/CEE, de 19 de Dezembrode 1991, relativaàscontasanuaise às contas
consolidadasdasempresasde seguros,estabelece osrequisitosespecíficosrelevantesparaa
elaboraçãodascontas por essasentidades.
Assim numa conjuntura económica com forte investimento no estrangeiro como a que se
começou a verificar no início dos anos setenta do século passado, surgiram variados sinais de
receptividade à preparação de Normas Internacionais de Contabilidade, com vista à resolução de
diversos problemas derivados da existência de vários regimes contabilísticos nacionais no
interior de grupos económicos operando em diversos países, os quais não só constituíam
obstáculos ao crescimento e dispersão geográfica dos negócios, como também complicavam os
mecanismos de controlo, de consolidação de contas, provocavam acréscimos de prazos e de
custos das tarefas contabilísticas ou seja revelavam-se prejudiciais à internacionalização e
competitividade das empresas.
Neste contexto foi criado em 1973 o International Accounting Standards Committee cuja
principal actividade se centrou na emissão de Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e de
Interpretações da Standing Interpretations Committee (SIC).
No período 1973/2000 podem reconhecer-se 3 grandes etapas na trajectória do IASC, tendo, na
última etapa compreendida entre 1996/2000, em consequência de acordos estabelecidos com a
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
International Organization of Securities Commissions (IOSCO), sido revistas, reformatadas e
emitidas diversas normas e interpretações que constituem o actual corpo de Normas
Internacionais de Contabilidade e de Interpretações da Standing Interpretations Committee
(SIC).
Em 19 de Julho de 2002 foi aprovado o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu
e do Conselho (proposto pela Comissão e com o parecer favorável do Comité Económico e
Social), publicado no Jornal Oficial das Comunidades Europeias em 11 de Setembro de 2002
relativo à aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade, estipulando no essencial:
o A adopçãoe a utilizaçãonaComunidade dasNormasInternacionaisde Contabilidade
(IAS/IFRS) e dasInterpretações Internacionaisde RelatoFinanceiroSIC/IFRIC).
o A publicaçãonaíntegra das Normasadoptadas,emtodasas línguasoficiaisda
Comunidade,sobaformade RegulamentodaComissão,noJornal Oficial das
ComunidadesEuropeias.
o Que a partirde 1 de Janeirode 2005 as sociedadescujostítulosestejamadmitidosà
negociaçãonummercadoregulamentadode qualquerEstadoMembro,deverão
elaboraras suascontas consolidadasemconformidade comasInternational Financial
ReportingStandards(IFRS).(Artigo4ºContas Consolidadasdassociedadescujostítulos
são negociadospublicamente).
o Que a partirde 1 de Janeirode 2005 os Estados-Membrospodempermitirourequerer
que as contas (individuais) anuaisdassociedadescujosvaloresmobiliáriosestejam
admitidosànegociaçãonummercadoregulamentadode qualquerEstadoMembro,
bemcomo as contas consolidadase/ouindividuaisdassociedadescujostítulosnão
sejamnegociadospublicamente,sejamelaboradosemconformidadecomas
International Financial ReportingStandards. (Artigo5ºOpçõesrelativasàsContas
Anuaise às sociedadescujostítulosnãosãonegociadospublicamente).
Os objectivos do IASB são:
 Desenvolver,nointeressepúblico,umconjuntode normasde RelatoFinanceirode alta
qualidade,"Global AccountingStandards"–IFRSe IFRI – orientadasparaas Bolsasde Valores
Mundiaise para outras entidades,que sejamúteisnatomadade decisõeseconómicas.
 Promoverouso e a rigorosaaplicaçãodas normas.
 Trabalhar activamente comasComissõesde NormalizaçãoContabilísticasdosváriospaíses
(AccountingStandardsSettingBodies –ASSB) comvistaà convergênciadanormalização
contabilística.
As Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) passaram a designar-se por International
Financial Reporting Standards (IFRS) e as Interpretações da SIC passaram a designar-se por
International Financial Reporting Interpretations (IFRI).
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
Em Portugal o processo de normalização contabilística pode ser decomposto em três grandes
fases:
 A primeira,de 1976 até 1988, que se caracterizapelacriação da Comissãode Normalização
Contabilísticae pelaaprovaçãodoprimeiroPlanoOficial de Contabilidade (POC)em1977,
influenciadopelanormalizaçãocontabilísticafrancesa.
 A segunda,de 1989 até 1991,que se caracterizapelaobrigatoriedadede ajustamentodos
normativosnacionaisàsIV e VIIDirectivasComunitárias,nasequênciadaadesãode Portugal à
Comunidade Europeia,em1986.
Esquematicamente temos:
Figura 1 – Evolução da normalização contabilística em Portugal (elaboração própria)
 A terceira,apartir de 1992, que se caracterizapelapublicaçãode DirectrizesContabilísticas(DC)
preparadaspelaComissãoNormalizaçãoContabilística(CNC).Umaaproximaçãoevidente às
normasinternacionaisde contabilidade (NIC) emitidaspeloInternational AccountingStandards
Board (IASB)
O principal organismo português de normalização contabilística – a Comissão de Normalização
Contabilística (CNC) - está dependente administrativa e financeiramente do Ministério das
Finanças.
A contabilidade tem de ser vista como um instrumento importante para a gestão das empresas, e
esta gestão é tão ou mais importante numa pequena empresa como numa grande empresa. A
preocupação da contabilidade e de quem produz os mapas financeiros é de produzir informação
fidedigna e em tempo útil para os gestores, proprietários, investidores potenciais, entre muitos
outros e a normalização da contabilidade vem realçar esta importância.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
A necessidade de aumentar a comparabilidade da informação está na base da harmonização
contabilística que tem sido definida como um processo que visa a comparabilidade das práticas
contabilísticas.
A normalização é um processo que visa a uniformidade das práticas contabilísticas enquanto que
a harmonização contabilística é um processo que atende mais às especificidades económicas,
sociais e culturais de cada país.
No actual cenário denominado por «globalização», a harmonização contabilística surge como o
instrumento indispensável devido à sua suposta eficácia no aumento da comparabilidade da
informação financeira.
As vantagens da harmonização contabilística são:
 Apresentaçãode umúnicoconjuntode contas:reduçãode custossignificativos.
 Aceitaçãodirectadascontas das entidadesemitentesnacionaisnasdiversaspraças
internacionais:facilidadede cross-border.
 Facilidade de acessoàcaptação de recursosjuntodos investidoresinternacionais:
comparabilidadedascontase confiançana aplicaçãodos respectivoscritérioscontabilísticos.
Esquematicamente temos:
Figura 2 – Vantagens da harmonização contabilística Internacional (elaboração própria)
Desta forma, a harmonização contabilística serviria eficazmente para que os investidores
financeiros tomassem as suas decisões em mercados financeiros globais.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
O processo de globalização e a melhoria de eficiência dos mercados financeiros, faz com que o
custo histórico comece a ser substituído pelo fair value ou justo valor. O custo histórico embora
garanta uma maior fiabilidade, pode evidenciar falta de relevância.
É neste contexto que uma das possíveis respostas da contabilidade a este novo ambiente se situe
no possível abandono do custo histórico e na sua substituição progressiva pelo fair value,
associada ao reconhecimento de activos intangíveis, que são na maior parte dos casos os factores
de geração do valor da empresa.
A passagem para o fair value representa a vantagem de uma maior relevância mas também uma
série de inconvenientes, entre os quais, depender da existência de um mercado secundário onde
se possa negociar o elemento patrimonial, de que podem ser exemplos o valor presente dos
fluxos de caixa ou o custo de reposição e também ser vulnerável aos factores de subjectividade,
próprios das asserções estabelecidas para a determinação do fair value.
Sem prejuízo das vantagens e desvantagens que estão associadas a um e outro critério
valorimétrico, é possível afirmar que se começa a impor um modelo híbrido, segundo o qual as
partidas de curto prazo e de índole financeira são valorizadas pelo fair value, enquanto que para
os restantes elementos o critério do custo histórico mantém a sua prevalência.
As normas do IASB apresentam-se cada vez mais próximas da aplicação do justo valor. Para o
IASB, os investimentos financeiros, são os elementos patrimoniais mais susceptíveis de serem
valorizados segundo o justo valor.
Num futuro próximo, é provável que o custo histórico se veja substituído na valorização de
outros elementos patrimoniais, já que as mudanças que a revolução tecnológica está a causar no
domínio contabilístico, tais como o reporting e a auditoria em contínuo e o desenvolvimento de
novas técnicas de valorização para bens não cotados em mercados secundários.
Tendo em consideração a contabilidade como um sistema de informação que se encontra entre a
actividade empresarial e os decisores, (que podem ser variados, desde sócios/accionistas,
investidores potenciais, credores, fisco e Estado, clientes, empregados, entre outros), a
normalização contabilística torna-se da maior importância. A informação que a contabilidade
disponibiliza tem de ser quantificável, objectiva e em formato normalizado. Informação
objectiva é um pouco difícil, será mais correcto afirmar que a informação que a contabilidade
disponibiliza deve ser concreta e fidedigna.
Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829
CONCLUSÃO
A normalização a nível nacional era necessária, uma vez que em Portugal não existia, qualquer
tipo de harmonização contabilística, uma vez que existem empresas que seguem o Plano Oficial
de Contabilidade, outras as Directrizes Contabilísticas e outras ainda a Normas Internacionais de
Relato Financeiro, para além daquelas empresas que misturam os vários instrumentos, conforme
as suas necessidades contabilísticas.
INFORMAÇÃO DO AUTOR
Nome: Sérgio Alfredo Macore
Facebook: Sergio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper Rapper
Contactos: +258 846458829 ou +258 826677547
Morada: Pemba – Cabo Delgado MOZAMBIQUE
E-mail: Sergio.macore@gmail.com ou Sergio.macore@outlook.com
NOTA: Qualquer duvida que tiver, me contacte e não hesite em me contactar.
PAZ e LUCIDEZ

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A importância da contabilidade nacional

  • 1. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 A importância da contabilidade nacional O crescimento e a globalização da actividade das empresas e dos mercados provocaram um aumento das aquisições de sociedades estrangeiras, assim como um aumento das necessidades financeiras que estiveram na origem do desenvolvimento dos mercados de capitais internacionais. Este constante crescimento internacional originou a que a contabilidade, elemento essencial de comunicação financeira, diferisse pelo seu conteúdo e seus modos de aplicação de país para país. Neste ponto é necessário avaliar se tal facto é ou não de extrema importância. Aqui as opiniões divergem e não é possível chegar a uma resposta exacta; por um lado, em certos casos essas diferenças podem provocar ineficiências ou distorções no comportamento económico, mas por outro também se defende que a contabilidade nacional preenche perfeitamente a sua função, onde uma evolução eventual para uma harmonização contabilística também poderá provocar essas mesmas e outras ineficiências. O que parece ser mais correcto é que as alterações contabilísticas que venham a surgir num determinado país são mais facilmente explicadas e previstas se estiver em vigor uma política de harmonização contabilística. O problema da contabilidade a nível internacional não é tão simples quanto aparenta, dado que qualquer tentativa de modificação da linguagem contabilística pode criar um efeito nefasto sobre a qualidade da mensagem transmitida. Por exemplo, no caso de vir a existir uma alteração no modo de medição dos proveitos, justificado pelo facto de se pretender chegar a uma aproximação a nível internacional, tal poderá modificar o relacionamento com investidores nacionais ou de vir a ter consequências fiscais significativas. Analisando estes factos admite-se que as regras e práticas contabilísticas são influenciadas pelo ambiente onde se inserem, tendo em consideração que a internacionalização económica e cultural, que temos vindo a assistir desde os anos 60 tem vindo a criar um impacto forte sobre a contabilidade. Este último é também, com efeito, confrontado com o problema da internacionalização da comunicação financeira. Certo é, que poucas pesquisas e estudos têm sido feitos neste sentido e devido a isso existe, de uma forma geral, uma grande diversidade contabilística que perturba os utilizadores dos mercados financeiros, as empresas multinacionais e as uniões económicas, como é o caso da União Europeia. O conceito de mercado único pressupõem, no verdadeiro sentido da palavra uma regulamentação idêntica para cada estado-membro, o que não se tem vindo a verificar relativamente à contabilidade e, principalmente à fiscalidade. De qualquer forma, tem-se vindo a verificar uma maior aproximação entre países no sentido de existir uma harmonização contabilística e até quem sabe, uma harmonização fiscal. Mas para isso é preciso ter em conta as características de cada país. A natureza e o crescimento das empresas multinacionais são dos principais factores para que se verifique um desenvolvimento da contabilidade neste novo século. Existem pelo menos quatro razões pelas quais a contabilidade internacional é considerada de extrema importância:
  • 2. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829  Razão histórica  Razão multinacional  Razão de comparação  Razão de harmonização De acordo com as razões atrás enumeradas, considera-se interessante fazer uma referência a cada uma delas separadamente, não esquecendo porém, que estão intimamente relacionadas. Historicamente, um vasto número de países tem vindo a contribuir, ao longo dos tempos, de forma extremamente importante, para o desenvolvimento da contabilidade. Temos Itália, que assumiu a liderança com o método das partidas dobradas, seguindo-se a Inglaterra e os Estados Unidos da América também eles com inovações. Como resultado destas mais marcantes lideranças a língua inglesa tornou-se assim, a língua oficial da contabilidade. Na Figura 2 verifica-se que as maiores sociedades internacionais de contabilidade têm a sua origem ou nos Estados unidos da América ou na Inglaterra. Avaliação de empresas Na administração, a avaliação de empresas e negócios consiste no processo usado para o apuramento do valor de uma determinada entidade, seja ela comercial, industrial, de serviços ou ainda de investimento, que tem como intuito exercer uma actividade económica. Existem diversos modelos e variadas técnicas, simples ou mais complexas para o apuramento do valor da empresa, residindo no entanto a complexidade de apuramento sobretudo nos valores subjectivos que revestem a avaliação, pois o valor de uma empresa é em última análise o equilíbrio entre o que o vendedor aceita como preço perante todas as alternativas de que dispõe, e o que o comprador estiver disposto a pagar, que poderá incluir além do valor de mercado esperado, o Goodwill envolvido na aquisição. Avaliar significa apurar ou estimar o valor de determinada coisa, assim avaliar é sem dúvida um processo bastante subjectivo, pois depende de um conjunto vário de condicionantes alguns deles deveras subjectivos como por exemplo: as características do avaliador, a finalidade da avaliação (compra, venda, fusão, liquidação), do contexto económico, social e político em que a avaliação é realizada, bem como dos diversos modelos de avaliação existentes. 
  • 3. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Valor e preço O preço é a expressão numérica do valor de troca, expressão vulgarmente utilizada em economia para reflectir a quantidade de unidade monetária necessária para que se verifique a troca, no se esgotando no entanto a noção de valor neste contexto, como é exemplificado pelo Professor J. Carvalho das Neves no seu livro "Avaliação de Empresas e Negócios" na pag. 4 "um computador com um processador 386 não tem valor de troca; portanto, o seu preço ou valor de troca é nulo. No entanto, tem valor de uso, na medida em que, estando em funcionamento, é utilizado para processar textos e folhas de cálculo, pelo que acrescenta valor". Desta forma, considera-se valor, ao valor de uso do bem, à sua utilidade. O bem pode já não ter valor de troca/mercado, mas ter ainda valor de uso pois permite ainda gerar valor com a sua utilização para além do seu tempo de vida esperado e até após ser já considerado obsoleto. Ao preço, atribui-se a designação de valor (monetário) de troca, valor pelo qual o vendedor está disposto a vender o bem e o comprador está disposto a comprá-lo. Valor de mercado (esperado) A definição de valor de mercado traduz o valor pelo qual uma empresa poderia ser transaccionada no mercado que seja competitivo e aberto para uma troca justa entre vendedor e comprador, sendo ambos conhecedores do negócio, prudentes e sem urgência em efectuar o negócio, embora interessados e dispondo de alternativas. Estão envolvidos factores internos à empresa como a qualidade dos seus recursos humanos, produtos e imagem da empresa, assim como factores externos à mesma como são exemplos a concorrência, regulamentação do sector e tendências da economia em geral. Valor intrínseco ou de rendimento O valor intrínseco ou de rendimento representa uma opinião de valor produzida por um avaliador, baseada na percepção das características inerentes ao investimento, através do método do valor esperado fluxos de caixa actualizados ou dos lucros supranormais. Não é tomada em consideração a existência de um investidor específico e quando congrega a opinião de todos os investidores, o valor intrínseco acaba por se transformar em valor de mercado. Valor fundamental O valor fundamental é uma perspectiva utilizada no mercado de capitais com o pressuposto de que o valor intrínseco de uma acção pode ser determinado através da avaliação rigorosa de algumas variáveis fundamentais como o lucro, os dividendos, a estrutura financeira, as perspectivas de mercado ou a qualidade da gestão entre outras. Não pressupõe a existência de um investidor/comprador específico.
  • 4. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 O valor fundamental é usado para comparação com os preços de cotação e consequente tomada de decisão:  Se a cotação estiveracimadovalorfundamental,adecisãopassaporrecomendara venda.  Se a cotação estiverabaixodadovalorfundamental,adecisãopassaporrecomendara compra. Na essência, o valor intrínseco e o valor fundamental têm o mesmo significado. Valor para o investidor A avaliação de valor para o investidor é efectuada levando em conta nos seus cálculos factores que diferem dos utilizados no valor intrínseco, já que considera variáveis específicas que dizem respeito aquele investidor em particular. Por exemplo, a recente aquisição da Compal pela Sumolis teve com certeza em conta as sinergias que esta aquisição geraria em termos de enriquecimento do seu portfólio, permitindo aumentar a massa crítica dos seus negócios. Estaria pois em posição de atribuir maior valor por esse negócio do que por exemplo uma instituição financeira como a CGD, anterior accionista maioritário. Valor residual As análises do valor fundamental e do valor intrínseco consistem em dois períodos de vida da empresa:  O períodode previsãoanual  O períodoresidual No primeiro período, é projectada a actividade da empresa anualmente para apuramento dos lucros, dividendos e fluxos de caixa anuais. O valor residual refere-se ao valor da empresa no final do período de previsão explícito. O período residual refere-se ao valor da empresa no final do período previsto Justo valor A noção de justo valor é ambígua e de utilizações diversas, pelo que se opta pela designação utilizada pelos International Valuation Standards, que diz que "o preço, expresso em dinheiro ou equivalente, a que uma propriedade troca de proprietário entre um hipotético e interessado comprador e um hipotético e interessado vendedor, num mercado aberto e sem restrições, sem que nenhum esteja forçado a comprar ou a vender, e em que ambos têm conhecimento razoável dos factos relevantes". Se entendermos propriedade a empresa, chegarmos assim ao justo valor desta.
  • 5. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Valor Percebido (pelo cliente) Valor Percebido é a utilidade dada a determinado produto ou serviço em função da percepção do cliente, e não da posição da empresa no mercado. Tem subjacente o conceito de benefícios incorporados versus o seu custo de aquisição. Para um determinado produto ou serviço gozar de um valor percebido pelo cliente quererá dizer que o cliente reconhece um benefício na oferta da empresa em comparação com os benefícios oferecidos pela concorrência. (Valoroferta– Preçooferta= BenefíciosdaOferta) >(Valoralternativa - Preçoalternativa= BenefíciosdaAlternativa) Valor de liquidação O valor de liquidação é aquele que a empresa tem caso seja necessário proceder à sua liquidação ou no caso do seu valor de mercado ser inferior ao valor dos activos deduzidos do passivo, tornando-se mais interessante para o investidor. Este valor tenderá a ser menor quanto maior for a urgência na venda e menor for o poder de decisão do vendedor. Valor contabilístico ajustado O valor contabilístico ajustado encontra-se após se adicionar, retirar ou diminuir valores ao activo e passivo contabilístico da empresa. Verificando-se a existência de activos ou passivos não afectos à exploração do negócio, torna-se então necessário fazer alguns ajustamentos para que possamos obter apenas o montante de capital efectivamente empregue nas operações. Segue-se exemplos de alguns ajustamentos que se podem efectuar:  ImobilizadosemCurso – Uma vezque se tratam de activosque aindanão se encontramem exploraçãoe que,comotal,não contribuemaindaparao retornodo negócioestesvaloresnão serãoincluídosnoCE Operacional;  ImobilizadosnãoAfectosàExploração – No caso de se verificara existênciade imobilizadosque não são assignáveisàsoperaçõesdonegócio estesnãodeverãoserconsideradosnocálculodo CE Operacional;  ActivosOperacionaisnãoReflectidosnoBalanço – Sempre que se verifique aexistênciade activosoperacionaisque nãoestejamreflectidosnobalançoestesdeverãoseradicionadosno cálculodo CE Operacional (ex- imobilizadostotalmente amortizadosgeradoresde resultado);  InvestimentosFinanceiros –Os investimentosfinanceirosrepresentamoinvestimentonum negócio,susceptíveltambémeledanecessidade de realizaçãode ajustamentos,e não contribuemparaa performance operacional peloque nãoserãoconsideradosnoCE Operacional.A suaanálise seráfeitaaoavaliarmososnegóciosque essasparticipações representam;  Goodwill –O Capital Empregue Operacionalpoderásercalculadoantese depoisde goodwill.Se pretendermosanalisarnãoapenasaforma comoo negócioremuneraocapital nele investido,
  • 6. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 mas tambémumprémioque o accionistatenhapagopelasuaaquisiçãodeveremosentão incluirogoodwill nocálculo.Ogoodwill serásempreconsideradopeloseuvalorbrutono pressupostode que,sendoumprémiopagopeloaccionista,nãosofre depreciação.  Empréstimosde/aEmpresasdoGrupo – Osempréstimosde/aempresasdogruponão relacionadascoma actividade operacional donegócionãodevemserconsideradasparaefeitos do CE Operacional.  Clientes/Fornecedores/OutrosDevedores/OutrosCredores –Nocaso de se verificarem créditos/débitosnãoresultantesdaactividade operacional estesnãoserãoincluídosnocálculo do CE Operacional (Ex:Relaçõesde maximizaçãodaeficiênciafiscal,fee’sde gestãode cariz extraoperacional);  Fornecedoresde Imobilizado –Considera-se que osvaloresemfornecedoresde imobilizado estarãorelacionadoscomo imobilizadoemcursopeloque nãosãoconsideradosparaefeitosde cálculodo CE Operacional  SubsídiosaoInvestimento –Os subsídiosaoinvestimento,porseremequiparadosaumafonte de financiamento,serãoretiradosaopassivocirculante. Valor substancial O valor substancial é o valor que se apura através da soma dos valores atribuídos aos diferentes valores patrimoniais, segundo um dos critérios antes referidos. O valor substancial pode ser determinado na óptica da entidade (valor substancial bruto) ou na óptica dos capitais próprios (valor substancial líquido). Na óptica da entidade, quanto ao valor substancial bruto, pode ser apurado de duas formas: - O valor substancial bruto corresponde à avaliação individual dos elementos do activo, e inclui todas as rubricas do activo do balanço contabilístico avaliadas ao justo valor, sendo esta, a óptica tradicional do balanço - O valore substancial bruto económico corresponde ao valor substancial bruto reduzido do passivo cíclico. Desta forma, apresenta-se o valor substancial seguindo a perspectiva do balanço funcional para a análise financeira, sendo esta, a forma mais usada na determinação do valor económico acrescentado. Na óptica dos capitais próprios, o valor substancial líquido corresponde ao valor substancial bruto deduzido de todo o passivo, isto é, corresponde ao capital próprio. Justo valor pela Directriz Contabilística nº 13 Sabendo a importância do valor substancial líquido baseado no "justo valor" para a determinação do Goodwill (Trespasse), são descritas os critérios definidos pela Comissão Contabilística para a determinação desse valor. A directriz contabilística tem como objectivo a determinação do valor substancial líquido ao justo valor, que é determinado por avaliação rubrica a rubrica do justo valor do activo, deduzindo do justo valor do passivo. As rubricasdo balançoao justovalorsão apuradas,de acordo com a referidadirectriz,sãofeitasapartir do
  • 7. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 - Títulos Negociáveis e de Investimento; - Dívidas a receber; - Matérias-primas; - Obras e trabalhos em curso; - Produtos acabados e semi-acabados; - Terrenos e edifícios: - Equipamento e instalações (Sendo estas avaliadas em função do uso) - Se para uso continuado; - Se para uso temporário; - Se para venda ou detidos para posterior venda de a uso; - Activos Intangíveis; - Outros activos (incluindo Recursos Naturais); - Activos líquidos afectos a pensões ou obrigações respeitantes a pensões; - Activos e passivos por efeito de imposto; - Dívidas a pagar e acréscimos; - Passivos contingentes e compromissos com probabilidade de originar passivos; Goodwill (valor de trespasse) O Goodwill é resultado da soma de uma variedade intangível de valores integrantes da empresa e que dela não são dissociáveis como a reputação, fidelidade da clientela, notoriedade das marcas entre outros factores que a valorizam. Este valor representa o excedente entre o preço da transacção e o valor dos activos e passivos da empresa, avaliados individualmente e ao justo valor (valor do capital próprio). Caso resulte da avaliação dos activos e passivos da empresa, efectuada como atrás se descreve, um valor negativo, o valor do Goodwill é negativo e não deve ser designado de Badwill. Por norma, os analistas financeiros tendem a encontrar este valor pela diferença entre o valor intrínseco e o valor substancial, avaliado ao justo valor. Justo valor, pelas novas normas contabilísticas, é a quantia pela qual um activo pode ser trocado ou um passivo liquidado, entre as partes conhecedoras e dispostas a isso, numa transacção em que não exista relacionamento entre elas. A atribuição deste valor é extremamente difícil, pelo que muitas vezes ultrapassa significativamente o valor contabilístico dos seus activos. No entanto, pela entrada em vigor do Sistema de Normalização Contabilística (SNC), no dia 1 de janeiro de 2010, o Goodwill, através da Norma Contabilística e de Relato Financeiro (NCRF) 14, passa a ser mesurado ao justo valor, deduzido de perdas por imparidade, deixando de ser amortizado. Esta norma deverá ser aplicada na contabilização de concentrações de actividades empresariais, onde esta pode envolver a aquisição dos activos líquidos, onde se inclui qualquer trespasse (goodwill), de outra entidade em vez da compra do capital próprio da outra entidade, ou seja, é a junção de entidades ou actividades empresariais separadas numa única entidade que relata, resumindo, o goodwill corresponde a benefícios económicos futuros, resultantes de activos que não são capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos. Pelo que segundo esta norma, uma actividade empresarial define-se como um conjunto integrado de actividades conduzidas e de activos geridos com a finalidade de proporcionar:  Um retornoaos investidores,ou;
  • 8. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829  Custosmaisbaixosououtrosbenefícioseconómicosdirectae proporcionalmente aos participantes. Premissas fundamentais de cada avaliação Princípio da continuidade Admite-se que uma empresa funciona de forma continuada, com duração ilimitada, sem intenção nem necessidade de encerrar, nem diminuir a sua actividade, partindo do principio de que é viável. Os valores intrinseco e fundamental, pressupõem o normal funcionamento da empresa, enquanto que o seu valor de liquidação indicaria o seu valor à data de alienação se tal situação se verificasse. Nível de controlo do capital social Determina quem tem acesso à tomada de decisão sobre a vida da empresa. A percentagem de capital detido, vai ser decisiva no controle da empresa. O nível de controlo pode variar de acordo com a percentagem de capital detido por cada sócio, o número de sócios, o seu poder na empresa etc. Grau de Liquidez Os accionistas necessitam poder a qualquer momento transformar em dinheiro o investimento que realizaram. Se a empresa, estiver cotada em bolsa e o seu desempenho for bom, então o volume de transacção dos seus títulos será grande, o que vai permitir uma maior liquidez. A liquidez é o termo usado para nos dizer à "quantia" pela qual um bem pode ser comprado ou vendido sem que o preço seja prejudicado. No caso das acções, também se refere à capacidade de um accionista em vender rapidamente a acção. Muitas vezes, os novos investidores preferem bens líquidos uma vez que podem ficar com o dinheiro mal necessite dele. A liquidez é uma característica indispensável a considerar numa decisão de investimento. Resumidamente, podemos descrever liquidez como o grau de conversão de um activo em dinheiro. Um activo é tão mais líquido quanto mais fácil for convertê-lo em notas e moedas. Pelo contrário, um activo pouco líquido é difícil de vender. A importância da liquidez de um título é fundamental para que o valor do mesmo não se altere. Por muito alto que seja o valor de um Propósitos da avaliação A avaliação pode ser feita, com a intenção de venda ou compra, de uma parte ou totalidade da empresa. Pode também, ser efectuada por motivo de separação de sócios ou accionistas, divórcio de um deles, por motivos fiscais ou para cisão da empresa. Estes propósitos conduzem evidentemente a medidas diferentes de avaliação de acordo com o propósito.
  • 9. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Due diligence Para se poder conhecer melhor a empresa que se pretende avaliar, é necessário recolher toda a informação disponível sobre todos os seus recursos, o meio onde está inserida, oportunidades e riscos de negócio que podem ter um impacto significativo nos seus fluxos de caixa. Depois de definidos o objecto e os objectivos da avaliação, é importante a escolha das técnicas a utilizar, para assim se poder definir um plano de recolha de informação, fundamentalmente para conhecer melhor a empresa que é objecto de avaliação. Para isso é necessário ter a noção da importância da pesquisa de informação que é relevante sobre todos os recursos da empresa, tais como os activos, os passivos, a tecnologia, as pessoas e a situação jurídica. As oportunidades de negócio, os riscos associados ao passado, ao presente e ao futuro da empresa que possam de alguma forma ter impacte sobre os fluxos de caixa. A value diligence deve servir e contribuir desta forma, para o processo de avaliação e para a elaboração do plano de integração da empresa após a aquisição, de modo que, não haja uma concentração técnica de avaliação, deixando de analisar outros riscos que podem ser também importantes para a mesma avaliação de empresa. Assim, deve proceder-se à pesquisa de informação nas áreas fundamentais de análise sobre todos os aspectos relevantes com impacte sobre o valor da empresa, através de auditorias que permitam esta análise. Deve assim estudar e avaliar: - A estratégia - As estratégias de Marketing e Distribuição - A tecnologia e as operações laborais - O pessoal e a cultura organizacional - O Imobilizado - A situação financeira - A situação fiscal - A legalidade - A relação ambiental Métodos de avaliação de empresas Avaliação por comparação com o mercado Escolhe-se uma empresa concorrente que esteja cotada e utiliza-se o preço de transacção como base comparativa com a empresa que se está a avaliar. Neste método existe a dificuldade de se encontrar uma empresa que permita uma comparação adequada visto nenhuma empresa ser igual a outra. a) Avaliação pelo PER – O múltiplo dos resultados líquidos Quando queremos fazer a avaliação de uma empresa por comparação com o mercado, o PER (price earnings ratio) é um dos múltiplos mais utilizados no mercado financeiro. O Múltiplo dos resultados líquidos (PER) é igual ao Preço de cotação (P) a dividir pelo Resultado por acção (RPA). Os resultados líquidos devem ser ajustados e o número de acções podem ser sem diluição ou com diluição total.
  • 10. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 O ajustamento dos resultados líquidos tem cmo objectivo essencial, compatibilizar os critérios contabilísticos das empresas a comparar, nomeadamente os seguintes pontos.  Capitalizaçãode custos – uniformizarocritérionasempresasemcomparação;  Amortizaçõese provisõesdoexercício –uniformizaroscritériosparaas empresasem comparação;  Mais-valiase menos-valias–anularo valor dosresultadosantesde impostose ajustaros impostosemconsonância. Ao realizar este tipo de análise também devem ser considerados os Resultados Líquidos numa base de potencial continuidade, por este motivo é frequente não se usar os resultados extraordinários no cálculo. Multiplicando o numerador e o denominador do rácio pelo número de acções obtém-se respectivamente, a capitalização bolsista ou o valor de mercados dos capitais próprios (VCP, e os resultados líquidos da empresa (RL): Desta forma a avaliação da empresa pode ser feita por comparação com outra através do PER. Deste modo, um PER elevado pode indicar:  boas expectativasde crescimentoesperado  acções com poucorisco  empresasobreavaliada Um PER negativo indica que a empresa tem prejuízos e é de evitar, a não ser que se espere um turnaround vigoroso na sua situação económica. Essas situações dão os maiores lucros que há nas Bolsas, mas é muito difícil e arriscado aproveitá-las plenamente, pois frequentemente, uma acção em crise continuará a cair mais e mais antes do turnaround que a fará subir. Mais seguro é investir em empresas lucrativas. VantagensdoPER na Avaliação  Facilidade de cálculo  Incorporaas percepçõesdomercado  Inclui a rendibilidade, crescimentoe oriscodas empresas InconvenientesdoPERna Avaliação
  • 11. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829  Divergênciaentre osconceitosde preçode cotaçãoe de resultadoporacção  Os métodose as políticascontabilísticasseguidaspelasempresasafectamoPER  Não temsignificadoquandoas empresastêmprejuízos  Torna-se poucosignificativoquandoosresultadostêmelevadavariabilidade Aplicabilidade comoindicadorcomparativo  Evoluçãoao longodo tempo Para uma mesma empresa, analisar evolução do PER durante um determinado período de tempo;  Entre empresasdomesmosector Comparação entre empresas do mesmo sector, normalmente as concorrentes da empresa em estudo;  Entre diferentessectores Permite aos agentes que investem em diversos negócios ou sectores de actividade, identificarem alternativas de investimento mais ou menos atractivas;  Entre diferentespaíses A fim de avaliar mercados sub ou sobrevalorizado. b) Avaliação pelo PCE - O múltiplo do autofinanciamento bruto O autofinanciamento bruto é igual à soma dos Resultados liquidos com Amortizações e Provisões do exercicio. O múltiplo do autofinanciamento bruto é igual ao Preço de cotação (P) a dividir pelo autofinanciamento bruto por acção (CEA ou ABA) A estimativa do preço da empresa a faz-se multiplicando o PCE da empresa comparável com o autofinanciamento bruto por acção da empresa a avaliar c) Avaliação pelo PBV - O múltiplo do valor contabilistico O price book value (PBV) permite comparar a cotação da empresa com o valor contavbilistico do capital próprio. Desta forma: PBV < 1 → as ações da empresa são vendidas a um valor
  • 12. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 inferior ao valor contabilistico PBV > 1 → as ações da empresa são vendidas a um valor superior ao valor contabilistico Sendo que: P - Preço de cotação VCA - Valor contabilístico por acção, ou seja, o capital próprio a dividir pelo número de acções em circulação. Este rácio é utilizado para comparação com empresas do sector, comparáveis por semelhança de competitividade, antiguidade e tipo de tecnologia utilizada, estruturra financeira, estrutura de activos, recursos humanos estruturados de forma equivalente, com o mesmo nível de produtividade e sujeitas às mesmas condições económicas como a inflação, taxas de câmbio, etc. A avaliação através deste rácio tem alguns inconvenientes: - Valor influenciado pelas práticas contabilísticas das empresas; - Dificuldade na identificação de empresas comparáveis; - Pouco relevante para empresas de serviços com activos fixos de valor reduzido; - Não aplicável a empresas tecnicamente falidas. Este valor, price bookvaluecomparacotações da empresacomo valorcontabilísticode capital próprio.Logo,umPBV inferiora1, significaque asacçõesda empresaestãoa servendidasaum valor inferioraoseuvalorcontabilístico,enquantoque umPBV superiora1, reflecte umvalorsuperioraoseu valorcontabilístico. Pode-se então dizer, para outros métodos comparativos, o essencial é existir empresas cotadas com características semelhantes às da empresa que se pretende avaliar ou então haver preços de transacção fora de bolsa.Para empresas com base de comparação devem ter um nível de risco semelhante ao da empresa que se pretende avaliar.Logo, pressupõe-se que as empresas que se pretende avaliar tenham as mesmas condições económicas, como por exemplo as taxas de câmbio, inflação,, competitividade,etc, perante os mesmos princípios contabilísticos e semelhantes dentro destes aspectos: competitividade; antiguidade dos activos e tipo de tecnologia, estrutura financeira, estrutura de activos, estrutura de recursos humanos, tecnológicos e produtividade. Algumas vantagens para a utilização do PBV, deve-se ao facto de se poder utilizar para empresas com resultados negativos ao contrario do PER: O PBV,é um indicador estável, simplista, e mede o valor criado relativo aos capitais investidos pelos accionistas na empresa. Por outro lado, o valor contabilístico do capital próprio é influenciado pelas políticas contabilísticas das empresas, é difícil encontrar no mercado empresas que sejam comparareis, e o PBV não é aplicável a empresas tecnicamente falidas, isto é, que apresentem valores contabilísticos do capital próprio negativo. Para calcular o PBV, será possível a partir de variáveis da empresa, como por exemplo o modelo de Gordon, que será uma avaliação feita a partir dos dividendos.Este modelo vai poder medir, os dividendos do próximo ano, que por sua vez estima os custos do capital próprio, e mede também a taxa de crescimento dos dividendos. d) Avaliação pelo PS - O múltiplo do volume de negócios
  • 13. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 O Price to Sules (PS)é igual ao preço de cotação (P) a dividir pelo Volume de negócios por acção ou pode calcular-se pela divisão entre o Valor do Capital Próprio a preços de mercado(VCP) e o Volume de negócios (VN). Calcula-se: O PS apresenta uma relação directamente proporcional com a rendibilidade das vendas, a taxa de distribuiçãop dos lucros, e a taxa de crescimento da empresa e é proporcionalmente inversa ao risco da empresa assim como ao seu custo de capital. VantagensdoPS  Aplica-se aempresascomresultadoslíquidosnegativosoutecnicamentefalidas  Menor impactodas políticascontabilísticas  Menor volatilidade doque oPER InconvenientesdoPS  Não consideraoriscode negócioe o riscofinanceiro  Não reflete asdiferençasemtermosde margense estruturade custos  Afectadopelapolíticade preços Custos do capital O conceito de custo de capital é normalmente associado ao retorno que determinado investimento deve proporcionar, sendo definido como a taxa de remuneração exigida pelos investidores, tendo em conta o risco do negócio. Particularizando ao nível das empresas, o conceito de custo do capital prende-se com as decisões dos investidores sobre os activos em que investir e a forma de os financiar, tendo presente a maximização do valor da empresa. Num mercado intensivo em capital, como o das comunicações electrónicas, este problema é particularmente importante. Em geral só serão concretizados os projectos de investimento que à partida garantam, no mínimo, rentabilidades iguais às que são proporcionadas pelo mercado para investimentos de risco semelhante. Esta taxa de mercado seria o custo de capital adequado. A obrigação de orientação dos preços para os custos, aplicável a operadores com PMS em alguns mercados relevantes, visa fixar os preços a um nível que permita ao mercado funcionar adequadamente, tanto quanto possível como se de um mercado em concorrência se tratasse tendo em consideração o investimento realizado pelo operador e permitindo-lhe uma rentabilidade desse capital adequada, tendo em conta os riscos envolvidos. Este custo de capital pode não ser o mesmo para os vários serviços da empresa, pelo que o factor de desconto deve ter em consideração o risco associado a cada projecto.
  • 14. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 A taxa de custo de capital próprio aplicada na actualização dos fluxos deve corresponder ao respectivo risco associado a esses fluxos. Mesmo partindo deste principio é muito dificil quantificar rigorosamente o risco associado a cada tipo de fluxo. Os métodos de avaliacção do risco e da rendibilidade baseiam-se maioritariamente na análise de mercado e das empresas comparáveis. A exactidão desta estimativa depende da eficiência dos mercados, de modo que a relação entre risco e rendibilidade é consistente entre os diversos investimentos com risco possivelmente comparável. É importante que os investidores estejam bem informados e de forma atempada sobre as expectativas de rendimento e risco das empresas no mercado de capitais, para que o preço de cotação possa reflectir correctamente a percepção dos investidores acerca da situação da empresa. É igualmente importante a estabilidade prolongada entre o risco e a rendibilidade, sobretudo quando aplicados modelos que se baseiam em dados históricos. Caso isto não se verifique, poderá ser colocada em causa a veracidade dos resultados, quando aplicada uma média, pois coloca todos os anos com valores iguais quando estes podem não ser lineares. 1.1. Custo médio do capital (WACC) Representa o custo da utilização do capital empregue no negócio. É obtido multiplicando o CE pela taxa do custo médio ponderado do capital próprio e alheio (WACC). No cálculo do custo do capital devemos utilizar o valor médio do capital empregue ao longo do período. A taxa WACC, ao considerar também o custo do capital alheio, considera o benefício fiscal pelo facto de se verificar o pagamento de juros sobre esse capital. Na definição de uma rendibilidade de capitais razoável para os operadores notificados, o método geralmente aceite é o WACC (Weighted Average Cost of Capital). O WACC deve ser aplicado ao valor do capital para determinar qual o rendimento que deve ser recuperado. Assim, o WACC corresponde ao custo do capital e é calculado com base no custo da estrutura financeira da empresa, isto é, tendo em consideração o recurso a dívida e a capitais próprios, ou seja A carga de imposto a que os operadores notificados estão sujeitos, devido ao efeito de alavancagem que provocam, devem ser considerados no cálculo do custo de capital. Deste modo, a fórmula seria: É normal considerar, para efeitos de financiamento dos activos fixos, os empréstimos que se encontram associados aos investimentos estruturais de médio e longo prazo, possuindo, portanto, carácter de permanência na empresa. O custo da dívida é uma média ponderada do custo dos vários empréstimos da empresa ou o rating de crédito de longo prazo. No que respeita ao custo dos capitais próprios, este deve ser igual à remuneração proporcionada por investimentos alternativos de risco semelhante. Para a determinação deste custo existem vários métodos, sendo mais utilizado o CAPM.
  • 15. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 A taxa de imposto a considerar deverá ser a taxa efectiva de imposto incorrida pelo operador no ano para o qual se está a calcular o custo de capital. 1.2. Método CAPM A definição do custo dos capitais próprios é determinante para a realização de investimentos eficientes e para o bem-estar dos consumidores. Um custo demasiado alto obriga os consumidores a pagar preços superiores aos preços competitivos gerando uma perda de bem- estar social. Um valor muito baixo vai permitir aos consumidores beneficiarem de um preço mais baixo no curto prazo, no entanto investimentos eficientes não são feitos o que cria um nível de concorrência em infra-estruturas sub-óptimo. Os modelos mais utilizados para estimar o custo dos capitais próprios, ou seja, a rendibilidade que os investidores exigem para suportar o risco sistemático de investir na empresa, são: - CAPM (Capital Asset Pricing Method) - é um modelo que explica a diferença no risco e rentabilidade entre as várias empresas através de um único factor: a correlação com o mercado. - APT (Arbitrage Pricing Theory) - esta teoria defende que a rendibilidade é explicada por vários factores, nomeadamente influências macroeconómicas como a volatilidade dos preços do petróleo, taxas de juro, taxas de câmbio, etc… - Fama-French Three Factor Model - este modelo é um caso particular do anterior, dado que utiliza três factores: um factor de mercado, um factor relacionado com o tamanho da empresa e outro de valores de mercado. Em geral, o modelo mais utilizado é o CAPM, dado que tem uma base teórica mais clara e a sua implementação é mais simples. PressupostosdoCAPM  Os investimentosemBilhetesde Tesouro(BT's) estãoisentosde risco;  As probabilidadesde insolvênciadosBT'ssão minímas,masnão garantemrendibilidadereal, devidoaoriscoda inflação;  O risco total decompõe-se emdoistipos:riscoespec´´ificoe riscode mercado;  Os investidorespodemreduziroriscodo investimentoatravésdadiversificação;e,  Os investidorespodemendividar-se aumataxa de juroigual áquelaque obtêmpelos empréstimosque realizam. CustoCapital Próprio= Taxa semrisco + β* PrémioRisco Dados para o CAPM (a) Taxa de juro sem risco (b) Prémio de risco; e, (c) beta dos activos em análise A) A Taxa de Juro semRisco  Para os activossemrisco,a rendibilidadeactual é igual à rendibilidade esperada.Correspondem aos activosemque não há variânciana rendibilidade esperada.
  • 16. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829  Pode usar-se ataxa de juro de longoprazo dostítulosde dívidapública(Obrigaçõesde Tesouro - OT).  Embora as OT's estejamsujeitasaoriscoda taxa de jurosão os títulosque têmmenorrisco total. B) EstimaçãoPrática dosPrémiosde Risco  O prémiode riscoé a remuneraçãoque osinvestidoresexigemparainvestiremnumaaplicação de risco médio,emrelaçãoainvestimentossemrisco.  Teóricamente,podemos questionarosinvestidoressobre osprémiosdesejadose calcularum prémiomédio.  A aproximaçãotradicional assume que oprémioaolongodosanosé igual ao prémioesperado, calculadocom base emdadoshistóricos.  Uma forma alternativaé estimaroprémiousadonomomentosobre ospreçosdos activos. C) Estimaçãodo Beta  O Beta é estimadoapartir do modelogeral doCAPM:  Esta expressãopode transformar-se numaregressãolinearsimplesdotipo:  A formamaissimplesde estimarobetadosCP é atravésda regressãolinearsimplesentre a rendibilidade dasacçõesdaempresa(re - var.dependente) e arendibilidade domercado(rm - Var.independente):   Modelode Mercado: O Declive daregressãocorresponde ao beta daacção e mede o riscoda acção. Este modelo postula que o custo de oportunidade dos capitais próprios é igual à taxa de remuneração que é possível obter em investimentos sem risco, acrescido de um prémio de risco. Este prémio de risco é o prémio de risco de mercado ajustado por um coeficiente β. O prémio de risco do mercado corresponde à diferença entre a taxa de rendimento proporcionada pelo mercado e a que é proporcionada pelos investimentos sem risco. Corresponde, basicamente, a uma previsão dos rendimentos que os investidores irão exigir no futuro para aplicarem o seu capital no mercado de acções. O β reflecte o risco sistemático de um determinado sector de actividade relativamente ao risco de mercado, ou, dito de outro modo, reflecte a volatilidade da remuneração proporcionada pela
  • 17. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 empresa, face à remuneração do mercado no seu conjunto, assumindo que a empresa é totalmente financiada por capitais próprios. 1.3. Parâmetros de cálculo A definição dos parâmetros necessários para o cálculo do CAPM é determinante para uma correcta valorização do custo dos capitais próprios. A taxa de remuneração de investimentos sem risco é, normalmente, determinada com base em obrigações do tesouro de longo prazo (10-30 anos). Idealmente deveriam ser utilizadas obrigações com uma maturidade que corresponda ao horizonte temporal sobre o qual a taxa de rendibilidade será aplicada ou, alternativamente, uma maturidade que reflicta a vida económica dos activos relevantes. Deve-se ainda ter em conta o horizonte temporal considerado para a definição do prémio de risco. O prémio de risco do mercado é uma medida das expectativas de longo prazo do investidor e pode ser derivado com base em dados históricos ou através da construção de um modelo forward-looking. O prémio de risco de mercado histórico corresponde às diferenças históricas entre as rendibilidades do mercado e obrigações do tesouro. Um modelo forward-looking para determinar o prémio do risco de mercado seria baseado em previsões da taxa de crescimento dos dividendos e em valores de mercado actuais. Este modelo tem sido usado recentemente em algumas análises através da seguinte fórmula: Em que D1 corresponde aos dividendos do período seguinte, P0 é o valor actual de mercado, g a taxa de crescimento de dividendos estimada e rf a taxa de rendibilidade sem risco. O coeficiente β reflecte o montante de risco sistemático que se aplica a uma determinada série de cash-flows sendo calculado com base na covariância entre as rendibilidades do mercado e as da empresa ou de um projecto da empresa. Assim, como é determinado por variações nas rendibilidades, as expectativas de cash-flows futuros desempenham um papel mais importante na determinação do coeficiente β do que os cash-flows actuais. No entanto, tendo em conta a maior complexidade e subjectividade subjacente ao desenvolvimento de modelos preditivos, este coeficiente também pode ser calculado com base em dados históricos. 1.4. Diferenciação do custo de capital O custo de capital pode ser calculado de forma uniforme, considerando globalmente todas as actividades prestadas pelo operador notificado, ou, alternativamente, poderá equacionar-se a aplicação de uma taxa de remuneração de capital distinta para os diversos serviços que o operador presta, reflectindo-se as diferentes condições concorrenciais do mercado, o risco específico de cada mercado e o nível de investimento e capitais empregues em cada um dos serviços. Esta abordagem suscita algumas questões que podem dificultar a sua implementação.
  • 18. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Embora o valor da dívida e capitais próprios possa ser facilmente determinado para um operador como um todo, não é fácil fazê-lo para cada uma das suas actividades ou para cada um dos mercados onde o operador actua. Tal deve-se ao facto de as decisões financeiras constituírem decisões tomada ao nível global do operador, e não necessariamente relacionadas com cada uma das suas actividades em particular. Também a posição de dívida da empresa pode não estar directamente relacionada com as necessidades de dívida de cada uma das suas actividades. Assim, surge o problema de determinar o valor do capital de cada actividade. No entanto, reconhece-se que a diferentes actividades podem estar subjacentes riscos diferentes, o que poderá ter reflexo em diferentes custos de capitais próprios, mesmo que a estrutura financeira da empresa seja a mesma. Avaliação por actualização dos dividendos Calcula-se o valor da empresa pela actualização dos dividendos futuros. É bastante importante para participações minoritárias, pois o rendimento esperado pelos accionistas baseia-se nos dividendos e nas mais valias realizadas pelo potencial crescimento. Segundo este tipo de avaliação, o valor da empresa ou das acções da empresa, corresponde ao valor actual dos dividendos esperados (DPA), actualizados à taxa de retorno mínima exigida pelos accionistas, ou seja, ao custo do capital próprio (ke). Aquandodaaquisiçãode acções,o investidoresperaobterdoistiposde retorno - dividendos durante o período de posse das acções; - mais-valias através de um preço de venda superior ao preço de aquisição da acção. Contudo o preço de venda das acções no final do período de posse é ele próprio calculado com base nas expectativas quanto aos dividendos futuros a partir dessa data. O principal indicador para o investidor que quer apostar nessa categoria de renda variável é o chamado dividend yield, que mostra o retorno em dividendos frente ao preço da ação. Quanto mais alto esse índice, maior o valor do dividendo pago. Modelo Geral Modelo geral P0 =D1/((1+Ke))+P1/((1+Ke)) Os pequenos accionistas, podem apenas esperar (como fluxos de um investimento, dividendos anuais que a empresa vier a pagar enquanto detiverem a acção e o valor realizado na alienação desta. Assim, para o accionista que detém a acção durante 1 ano, o valor actual de 1 acção (P0) pode ser estimado com base nos dividendos do próximo ano (P1) actualizado à taxa de oportunidade do custo de capital (Ke) Modelo de GORDON
  • 19. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Podemos considerar que para um pequeno accionista que seja detentor de uma acção por um período de um ano, o valor actual dessa acção (D1) pode ser estimado com base nos dividendos do próximo ano (𝐷1) e no preço esperado de cotação das acções no próximo ano P1 actualizado à taxa de oportunidade do custo do capital (Ke). P0= (D0(1+g))/(Ke-g)= D1/(Ke-g) Simplifica o Modelo Geral O analista financeiro só tem de estimar 3 variáveis (dividendos do próximo ano, custo do C.Prop. e taxa de crescimento dos dividendos) Dividendos não são certos nem previamente determinados O mercado financeiro e a exigência de rendibilidade dos accionistas varia ao longo do tempo e não é igual para todos os accionistas. O modelo só é aplicável se o custo do cap.pr. for superior à taxa de crescimento dos dividendos. Não é imaginável que uma empresa possa sustentar até n→ ∞ taxas de crescimento anuais médias superiores ao custo do capital. Usa uma única taxa de crescimento previsional como média de um período demasiado longo. Existem algumas limitações no modelo de Gordon. Os dividendos não são certos, o mercado financeiro e a exigência de rendibilidade dos accionistas varia ao longo do tempo e não é igual para todos os accionistas e o modelo só se aplica se o custo do capital próprio for superior à taxa de crescimento dos dividendos. Apesar de não se aplicar nestes casos, este não será um problema major do modelo dado que pensando efectivamente no longo prazo, uma empresa não poderá sustentar infinitamente taxas de crescimento anual médias, sempre superiores ao custo que tem do seu capital. Modelo de MALKIEL P0=(D0*(1+g1))/(Ke-g1)*[1-〖((g1-gn))/((ke-gn))((1+g1)/(1+ke))〗^(T-1) ] Uma das principais críticas ao modelo de Gordon é que prevê apenas uma taxa de crescimento. Para tentar resolver esse problema, Malkiel desenvolveu um modelo com duas fases distintas de crescimento, sendo a primeira fase com taxa de crescimento ultranatural; como é comum nas empresas iniciantes e principalmente, em empresas de tecnologia; e a segunda fase considerando que a empresa atingira um determinado estagio de crescimento e passara então a ter crescimento constante ou de cruzeiro. 1ª fase – taxa de crescimento constante e normal supranormal (g1); dividendos do ponto de vista financeiro se definem como uma renda postecipada de termos finitos com início no período 1 até ao período T com taxa de crescimento (g1) 2ª fase – taxa de crescimento constante e normal até ao infinito (gn); trata-se de uma renda perpétua a partir de T+1, de termos crescentes à taxa de gn Permite trabalhar com duas taxas de crescimento Utiliza pressuposto de ocorrência pouco provável que é a taxa de crescimento dos dividendos cair abruptamente no ano T, de g1 para gn. Seria mais natural que g1 fosse reduzindo progressivamente. Criticas ao modelo de Malkiel: Este modelo pressupõe uma queda da taxa de dividendos abrupta entre os dois períodos, o que é pouco provável.
  • 20. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Limitações: É difícil definir o nº de anos da fase de crescimento supranormal e quanto mais longo for este período,maior será o P0. Quebra radical na taxa de crescimento, quando, na realidade, o que se verifica é uma redução gradual até à estabilidade. Modelo H Fuller e Hsia desenvolveram um modelo de dividendos e avaliações de acções(1984), que lhe chamaram de H (half), por dividir o período ao meio, ou seja, eles introduziram o que Gordon e Malkiel não tinham feito, ao considerar três taxas de crescimento. A primeira taxa foi chamada de supranormal, quando a empresa cresce a taxas elevadas e, principalmente, quando esta no processo de start up. A segunda taxa é a de transição (do crescimento acelarado para o normal) e a terceira, que é a taxa de crescimento constante ou de cruzeiro, acontece quando a empresa se encontra num estágio maduro. Aproxima-se mais da realidade do que os modelos anteriores, e consegue estimar o valor da acção de uma empresa usando apenas 4 parâmetros: dividendo do ano, duas taxas, de crescimento e custo de capital próprio Este Modelo tem uma aprximação com o modelo de Malkiel da seguinte forma: P0=D0/(ke- Gn)*[(1+Gn)+T1*(G1-Gn)] Pode ser entendido por mais duas fases.por exemplo um modelo a três fases tem: P0=D0/(Ke- Gn)*[(1+Gn)+T1*(g1-Gn)+(T2-T1)*(G2-Gn)] O modelo H pressupõe que a taxa intermédia, G2, é metade das taxas G1 e Gn. G2=(G1+Gn)/2 Isto, substituindo na formula obtém-se: Po=D0/(Ke-Gn)*[(1+Gn)+((T1+T2)/2)*(G1-Gn)] sendo que: G1= Taxa de crescimento supranormal Gn=Taxa de crescimento normal em velocidade de cruzeiro T1=Anos de crescimento supranormal T2=Início do crescimento normal Limitações: O modelo é muito conservador, dado que o valor de uma empresa traduz expectativas quanto a muitas outras variáveis e não apenas aos dividendos. Esta crítica é igualmente aplicável a todos os outros modelos de avaliação referente ao Método dos Dividendos Actualizados. Modelo dos dividendos em duas fases Com os modelos de Gordon, Malkiel e H evita-se estimar os dividendos ano a ano até ao infinito. Estes 3 modelos só são exequíveis se as taxas de crescimento forem inferiores à respectiva taxa de custo de capital do período em análise. Na prática pode acontecer que nos primeiros anos do período previsional o crescimento supranormal conduza a taxas de crescimento superiores ao custo de capital. Por isso, o mais viável será utilizar um modelo geral de avaliação dos dividendos para esses primeiros anos combinando-o com pressupostos do modelo de Gordon (ou outro) para estimar o valor futuro de venda da acção (valor residual) num ano futuro designado por T em que o preço de venda da acção no ano T pode assumir, por exemplo, os pressupostos de continuidade do modelo de Gordon, de modo que:
  • 21. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Pt= (Dt+1)/█(Ke-g@) Em alternativa, pode utilizar-se o modelo de Malkiel, um modelo por fases ou o modelo H para estimar o valor residual da acção na data T Limitações: quando as empresas não distribuem dividendos, a actualização de dividendos nulos dará um valor nulo, o que indica que a empresa não tem valor, o que é falso. Mesmo sem distribuir dividendos as empresas tem valor de mercado pois o reinvestimento dos lucros pode gerar mais valias para os accionistas e, por isso, aumentar o valor residual da acção. Custo do capital próprio baseado no modelo de dividendos Qualquer dos modelos de dividendos apresentados para avaliar empresas na óptica dos sócios e accionistas pode ser usado sobre empresas cotadas ou sobre empresas adquiridas para estimar o custo do capital próprio implícito na transacção. Esse custo poderá ser usado em processos de avaliação de empresas concorrentes com risco idêntico. Modelo de Gordon: a partir deste pode-se facilmente estimar o custo de capital próprio, bastando para o efeito resolver a respectiva equação em ordem à variável custo do capital, obtendo-se: Ke = D1/(P0)+g Daqui se conclui que o custo do C.P. é função da taxa de rendibilidade em dividendo e da taxa de crescimento do dividendo (que corresponde ao ganho de mais-valias) Modelo H: Simplificado, permite estimar o custo do capital próprio de imediato: Ke = D0/P0 [(1+gn)+H(g1-gn) ]+gn Avaliação por actualização dos fluxos de caixa actualizados De acordo com a teoria financeira moderna, não faz sentido basear o valor da empresa em modelos estáticos históricos (tais como a óptica patrimonial e a comparação com o mercado), pois uma empresa vale pela sua potencialidade de gerar riqueza no futuro. Por outro lado, modelos baseados no lucro tem o inconveniente de não considerar a necessidade de investimento para sustentar o nível de lucros actuais e, como referimos anteriormente, a utilização dos lucros supranormais não afasta o problema da dependência de utilização de critérios contabilísticos adoptados pela gestão. Esses critérios não deveriam influenciar o valor da empresa, excepto quando tenham implicações sobre os fluxos de caixa gerados para a empresa e para os accionistas. Com base neste método e em termos gerais, o valor da empresa ou das acções da empresa, corresponde ao valor actual dos fluxos de caixa ou Cash-flows futuros, actualizado ao custo de capital que reflicta o risco associado aos mesmos. Estimam-se os fluxos de caixa previsionais e actualizam-se ao custo de capital. Tipologia dos fluxos de caixa A tendência hoje é para considerar que uma empresa vale pela sua capacidade de gerar fluxos de caixa futuros, sendo esses actualizados ao custo de capital ajustado ao risco desses fluxos. Modelo Genérico
  • 22. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 VAL - Valor actual liquido é o mais recomendado por ser o valor actual dos fluxos de caixa actualizados e considerar como fluxo de caixa do amo zero, o próprio investimento. VAL= -Io+[FC1/(1+K1)]+[FC2/((1+K1)(1+K2))]+…+[FCn/((1+K1)(1+K2)…(1+Kn))] Se o VAL for positivo, então o projecto de investimento cria valor para o investidor porque o valor dos fluxos futuros é superior ao investimento a realizar. Na avaliação de empresas tudo é idêntico à avaliação de investimentos. A única diferença do ponto de vista matemático é que a incógnita passa a ser o valor do investimento I 0 e não o VAL. A questão é a de saber qual o preço máximo a pagar pela aquisição da empresa, de modo a que o investimento que se vai fazer tenha um VAL positivo Fluxos de caixa na avaliação de empresas Fluxo de caixa livre (FCL) FCL representa os meios financeiros líquidos gerados pelas actividades operacionais, de investimento e de financiamento externo que ficam disponíveis para os accionistas ou sócios. FCL=RL+A+P+ΔNMF-I-R+E FCL Fluxo de caixa livre RL Resultado Liquido A Amortizações do exercício P Provisões do exercício ΔNFM Acréscimo das necessidades de fundo de maneio I Investimento em activos fixos R Reembolso de capital dos empréstimos obtidos E Empréstimos obtidos no exercício As Variações das necessidades de fundo de maneio (ΔNFM) apuram-se pela variação estimada nas contas do activo e passivo cíclicos. Se a empresa mantiver constante a sua estrutura de capitais, então o fluxo de caixa livre pode estimar-se do seguinte modo (Damadoran, 1996): FCL = RL – (1-d ) x (I – A) – (1-d ) x ΔNFM d → representa o rácio de endividamento da empresa (Capital alheio/ Capital Total investido) Esta fórmula é mais relevante para calcular o valor residual da empresa pelos fluxos de caixa actualizados pois pressupõe a não existência de provisões do exercício, o que é frequente nas avaliações de empresas e negócios. Consideram-se actividades operacionais (NCRF 3) a quantia de fluxos proveniente de actividades operacionais, é um indicador chave na medida em que as operações geraram fluxos de caixa suficientes para pagar empréstimos, manter a capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e fazer novos investimentos, sem recurso a fontes externas de financiamento. A informação acerca dos componentes específicos dos fluxos de caixa operacionais históricos é útil, juntamente com outras informações, na previsão de futuros fluxos de caixa operacionais. Os fluxos de caixa das actividades operacionais são principalmente derivados das principais actividades geradoras de réditos da entidade. Por isso, eles são geralmente consequência das operações e outros acontecimentos que entram na determinação dos resultados da entidade. Temos como exemplos de fluxos de caixa de actividades operacionais os: Ø Recebimentos de caixa provenientes da venda de bens e da prestação de serviços, de royalties, honorários,
  • 23. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 comissões e outros réditos; Ø Pagamentos de caixa a fornecedores de bens e serviços, por conta e a empregados; Ø Pagamentos ou recebimentos de caixa por restituições de impostos sobre rendimentos, amenos que estes se relacionem com as outras actividades; Ø Recebimentos e pagamentos de caixa de contratos detidos com a finalidade de negócio. Algumas transacções, tal como a alienação de um elemento do activo fixo tangível originam ganhos ou perdas que são incluídos na demonstração de resultados. Contudo, os fluxos de caixa relacionados com estas transacções são classificados como pertencentes a actividades de investimento. Uma entidade pode deter títulos e empréstimos para finalidade do negócio, situação em que são similares a inventários adquiridos especificamente para revenda. Por isso, os fluxos de caixa provenientes da compra e venda de títulos para negociar ou comercializar são classificados como actividades operacionais. De forma semelhante, os adiantamentos de caixa e empréstimos feitos por instituições financeiras são geralmente classificados como actividades operacionais desde que se relacionem com as principais actividades geradoras de rédito dessa actividade. Um rédito (NCRF 20 – Rédito), é o rendimento que surge no decurso das actividades ordinárias de uma entidade e que pode ser referido por uma variedade de nomes diferentes incluindo vendas, honorários, juros, dividendos e royalties. Corresponde, portanto, ao influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das actividades ordinárias de uma entidade quando esses influxos resultarem em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. Desta definição resulta que o rédito inclui apenas os influxos brutos de benefícios económicos recebidos e a receber pela entidade de sua própria conta. As quantias cobradas por conta de terceiros, tais como impostos sobre vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre o valor acrescentado, não são benefícios económicos que fluam para a entidade e não resultem em aumentos de capital próprio. Por isso, são excluídos do rédito. Da mesma forma, num relacionamento de agência, os influxos brutos de benefícios económicos não resultam em aumentos de capital próprio para a entidade. As quantias cobradas por conta do capital não são rédito. Em vez disso, o rédito é a quantia de comissão. A questão primordial na contabilização do rédito é a de determinar quando reconhecer o mesmo. O rédito é reconhecido quando for provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade e esses benefícios possam ser fiavelmente mensurados. Esta norma identifica as circunstâncias em que estes critérios serão satisfeitos e, por isso, o rédito será reconhecido. Ela também proporciona orientação prática na aplicação destes critérios. Resumindo: Rédito é o influxo bruto de benefícios económicos durante o período proveniente do curso das actividades ordinárias de uma entidade quando esses influxos resultarem em aumentos de capital próprio, que não sejam aumentos relacionados com contribuições de participantes no capital próprio. O rédito inclui somente os fluxos brutos de benefícios económicos recebidos e a receber pela entidade de sua própria conta. As quantias cobradas por conta de terceiros tais como impostos sobre vendas, impostos sobre bens e serviços e impostos sobre o valor acrescentado não são benefícios económicos que fluam para a entidade e não resultem em aumentos de capital próprio. Por isso, são excluídos do rédito. Fluxo de caixa de caixa operacional líquido (FCO) representa os meios gerados pelas operações, líquidos de investimentos em activo fixo e em necessidades de fundo de maneio, necessários para o desenvolvimento da empresa. FCO=RO.(1-t)+A+P-ΔNFM-I
  • 24. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 RO = Resultados Operacionais esperados t = Taxa esperada de imposto sobre lucros Nos FCO para avaliação de empresas, os impostos sobre os lucros calculam-se sobre os resultados operacionais e deduzem-se´os investimentos necessários para garantir o crescimento. Avaliação pelos fluxos de caixa actualizados Os métodos de avaliação pelos fluxos de caixa agrupam-se em três categorias: - Método dos capitais próprios (mais utilizado nos anos 1980) - Método do custo médio (adoptado em 1986, ganhou imediata adesão dos analistas tornando-se o mais usado) - Método do valor actual líquido ajustado (VALA) Método dos capitais próprios Este método utiliza os fluxos de caixa livres (FCL). Pela teoria financeira o fluxo de caixa deve ser actualizado à taxa de custo do capital ajustada ao risco correspondente. Desta frma, o fluxo de caixa livre corresponde a valores disponíveis para os accionistas, logo a taxa de actualização apropriada é o custo do capital próprio (Ke). A fórmula de avaliação apura de forma directa o valor dos capitais próprios (VCPo). O modelo é usado para prever em duas fases: → na 1.ª faz-se a previsão (anual), explícita dos FCL → na 2.ª pressupõe-se um padrão para a sua evolução e calcula-se ovalor residual no final da 1.ª fase. Estimam-se os fluxos de caixa livres para os primeiros anos de actividade até ao ano de cruzeiro, T, e o valor residual da empresa nessa data (URCPT), que é actualizado para o ano zero ao custo do capital próprio. Valor Residual Para calcular o valor residual podem utilizar-se diversos métodos.Para manter a coerência na avaliação dos FCF actualizados, pressupõe-se um nível de endividamento constante, d, e taxa de crescimento constante, g, para os FCF e a empresa um periudo de vida útil, n, que tende para infinito. Nessa base tem-se uma série de progressão geométrica que é convergente desde que Ke >g cuja soma é: VRCP(T)= [FCF(T)*(1+g)]/(ke-g) "Taxa de crescimento sustentável no longo prazo" g* = RCP(1-d) em que: g* →Taxa de crescimento sustentável RCP→ Rendibilidade de capital próprio expectável no longo prazo d →Taxa de distribuição dos lucros no longo prazo A taxa de crescimento sustentável pode ser determinada a partir do modelo aditivo de cálculo de rendibilidade dos capitais próprios g* =[RCI + (CA/CP)*(RCI-Kd)*(1-T)*(1-d) T →Taxa de imposto sobre lucros 1-d →Taxa de retenção de lucros RCI →Rendibilidade dos capitais totais investidos que se calcula do seguinte modo: RCI = RO/(CP+CA)
  • 25. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 RO →Resultados operacionais CP →Capital próprio CA →Capital alheio ««Características do método dos capitais próprios:»» A aplicação deste método é aconselhada particularmente em empresas com taxas de crescimento muitoelevadas a curto prazo. É importante assegurar a consistência entre os pressupostos de evolução das variáveisneste método e as características de cada fase de crescimento por forma a assegurar a viabilidade dos resultados, nomeadamente quanto a: - Investimentos em activo fixo → quando a empresa se apresenta em fase de grande crescimento, o investimento tende a ser superior às amortizações do exercício, na fase de transição os montantes tendem a aproximar-se e na fase de maturidade, as amortizações tendem a ser superiores aos investimentos. Para ser consistente com o pressuposto de continuidade até ao infinito terá de haver investimentos de reposição capazes de manter o nível produtivo da empresa. - Fluxo de dívida → o valor é muito sensível a esta rubrica pelo que é importante elaborar um plano financeiro integrado com balanços e demonstrações de resultados e fluxos de caixa considerarando os fluxos de empréstimos e reembolsos que se prevê de forma anual e sustentável. - Risco → o risco diminui à medida que a sua dimensão aumenta e que se torna mais estável, sólida e diversificada. Assim pelo CAPM ao longo das fases de crescimento, o beta da empresa deveria reduzir-se, e, consequentemente também o custo do capital próprio. Método do Custo Médio Neste método utilizam-se as seguintes variáveis: - os fluxos de caixa operacionais (FCO)→ficam disponíveis para os accionistas e credores, pelo que a taxa de actualização deve corresponder à taxa de custo médio do capital. - o custo médio de capital (km). A avaliação é feita na óptica da empresa como entidade. Actualizam-se os fluxos de caixa operacionais ao custo médio do capital para avaliar a actividade operacional da empresa. A este valor soma-se o valor dos activos não afectos à exploração, aplicações de tesouraria e de investimento, de modo a apurar o valor total da empresa. Os fluxos de caixa (operacionais e não operacionais) são apurados de independentemente do financiamento. A estrutura financeira como objectivo e a consequente poupança fiscal obtida pela utilização de capital alheio reflecte-se na estimativa do custo médio do capital. É utilizado o modelo em duas fases primeiro onde os fluxos de caixa operacionais são estimados de modo explícito e discreto (anual), e a depois pressupõe-se uma taxa de crescimento constante para os fluxos de caixa operacionais. Valor residual Para calcular o valor residual da empresa em laboração (VRE), pode usar-se qualquer das ópticas antes referidas. Na prática é frequente usar-se o modelo da perpetuidade com taxas de crescimento constantes: VRE(T)=(FCOt+1)/(km-gu) g u → Taxa de crescimento dos fluxos de caixa operacionais, isto é, dos fluxos de caixa não alavancados pela dívida. Taxa de crescimento sustentável no longo prazo
  • 26. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 g* e = RCP (1-d) Método do valor actual líquido ajustado VEo= VAOo+VANOo+VCDo VEo → Valor total da empresa VAOu → Valor dos activos operacionais (afectos à exploração) semendividamento VANOu → Valor dos activos não operacionais (não afectos à exploração) sem endividamento VCD → Valor criado pela dívida O valor intrínseco dos capitais próprios calcula-se: VCPo=VEo-VDo VD → Valor da dívida VCP → Valor do capital próprio Características do VALA É o método que melhor se adapta à avaliação de empresas com diversos negócios e em fase de reestruturação de activos. Cada unidade de negócios pode ser avaliada autónomamente. Coerência entre os três métodos de avaliação pelos fluxos de caixa Em teoria, o valor actualizado da empresa para os accionistas é o mesmo em qualquer dos métodos, se na prática não ocorrer a igualdade, significa que o avaliador introduziu pressupostos simplificadores ou foram cometidos erros. Desde que se utilizem os mesmos pressupostos e se apliquem de forma coerente e adequada a teoria financeira, os três métodos de avaliação dão precisamente valores iguais. Métodos de apuramento do valor residual Entende-se por valor residual o valor da empresa no final do período para o qual foram feitas previsões anuais discretas de forma explícita, e para o seu cálculo podem usar-se três ópticas em função do mais adequado à perspectiva da empresa. - óptica patrimonial →pressupõe que a empresa não tem continuidade, daí que não seja um critério adequado às empresa em funcionamento. - óptica de comparação → o seu valor de transacção pode estimar-se por comparação com outras empresa no mercado. - óptica do rendimento → O valor residual pode ser estimado através de um padrão de evolução para os fluxos de caixa ou para os resultados, desta forma o valor residual será calculado pela evolução continuada e uniforme dos fluxos de caixa até determinado período. Modelos de avaliação em duas fases Os modelos de avaliação mais usados na prática apresentam as seguintes características: - Numa 1ª fase estimam-se os fluxos de caixa de forma explícita e discreta, ano a ano até ao período T; -
  • 27. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 A partir de T faz-se previsão residual com uma evolução estandardizada dos fluxos; - É frequente considerar-se a empresa com vida económica infinita. Modelos de avaliação em três fases Na avaliação da empresa por vezes durante um determinado número de anos seguidos a T, data em que termina a previsão discreta explicita, ainda terá vantagens competitivas e crescimento supranormal, e que mais adiante (no período T+n) é que se podem considerar fluxos de caixa a entrar em regime cruzeiro, pelo que agora é possível criar modelos com três fases: → na 1ª fase faz-se a previsão discreta e explicita dos fluxos de caixa anuais até período T; → na 2ª fase considera-se um modelo de valor residual com termos finitos até ao período T+n → na 3ª fase considera-se um modelo de valor residual de termos perpétuos a partir de T+n+1 Custo do capital baseado nos fluxos de caixa actualizados Neste método o custo de capital pode ser calculado para trás,isto é, depois de conhecer o valor dos capitais próprios pode-se estimar o custo do capital próprio, o custo médio do capital, de acordo com o método de fluxos de caixa escolhido. Bibliografia  NEVES,JoãoCarvalhodas - Avaliaçãode Empresase Negócios.Lisboa:McGraw-Hill de Portugal, cop. 2002, D.L. 2003. ISBN 978-972-773-131-2 Ligações externas  O valoreconómicodasempresas (textoelaboradoapartirdo livroAvaliaçãode Empresase Negóciosde JoãoCarvalhodasNeves,McGraw-Hill,2002) O que é isto? Credibilidade Imparcialidade Profundidade
  • 28. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Diferenças conceptuais entre a normativacontabilísticainternacional e a portuguesa RESUMO A convergência das práticas contabilísticas no âmbito internacional tem se tornado uma realidade neste início de século e se insere no contexto da globalização dos mercados. Os organismos internacionais, dentre eles o IASC, IOSCO, UE e SEC, têm patrocinado o processo de convergência das práticas de contabilidade como uma ferramenta valiosa de sinergia entre mercados, fluição dos investimentos no âmbito global, dentre outros factores relevantes. Dentro deste contexto, este estudo procura comparar os aspectos divergentes e convergentes entre as normas contabilísticas internacionais e as portuguesas. Palavras-chave: Normalização Contabilística, Harmonização Contabilística, IAS, IFRS, IASC. CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO 1. Tema O objectivo principal deste trabalho é o estudo das principais diferenças conceptuais entre o normativo contabilístico internacional e o português. Depois de realizar e analisar o estudo sobre essas diferenças, serão apresentadas conclusões sobre o impacto da aplicação das normas nas empresas portuguesas, assim como uma lista de recursos de informação externa para a aplicação das normas internacionais de contabilidade. 1.2 Metodologia e estrutura do trabalho A pesquisa segue um método conceptual – comparativo, já que examina, estuda e compara alguns dos princípios de contabilidade e algumas das diferenças entre as normas contabilísticas internacionais e as portuguesas. Utiliza também o método descritivo porque analisa algumas das normas contabilísticas internacionais e portuguesas. O Trabalho será estruturado em quatro capítulos, com os seguintes conteúdos: Capitulo 1: Introdução, incluindo a apresentação do tema, metodologia utilizada e o relato da evolução do processo de harmonização. Capitulo 2: Serão apresentadas as principais diferenças nas normas contabilísticas internacionais e portuguesas.
  • 29. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Capitulo 3: Apresenta-se uma avaliação do impacto da aplicação das IAS em algumas das principais nas empresas portuguesas cotadas na Bolsa de Valores portuguesa. Capitulo 4: Apresenta-se uma lista de recursos de informação externa específicos para a aplicação das normas internacionais de contabilidade. 1.3 Processo de Harmonização Contabilística Desenvolvida pelo IASC/IASB A economia mundial sofreu nas últimas décadas um desenvolvimento extraordinário. As trocas comerciais incrementaram-se, as forças produtivas passaram a deslocar-se com toda a facilidade e os meios de comunicação atingiram uma eficiência e rapidez que há poucos anos era inimaginável. Os agentes económicos acompanharam este progresso, expandiram as suas relações e é cada vez maior o número de empresas a actuar a nível mundial. É a globalização da economia. Simultaneamente, ocorre um desenvolvimento paralelo no mercado de capitais e nos mercados financeiros com a difusão e diversificação das operações existentes, a criação de novas operações e a transmissão de riscos empresariais. Com efeito, o desenvolvimento económico assenta na informação que está disponível para aqueles que têm de tomar decisões. E assim os mercados requerem que a informação financeira fornecida pelas empresas seja preparada e apresentada com a necessária qualidade a partir de princípios de aceitação geral conhecidos de todos os intervenientes. A informação deve ser dada através de um conjunto completo de demonstrações financeiras compreensíveis, credíveis e que mostrem tudo o que seja relevante para a tomada de decisões. Hoje muitas empresas, mesmo sem ser as ditas grandes, estão também cotadas em bolsas estrangeiras e solicitam empréstimos a financiadores situados fora do seu país. Na defesa da liberação e transparência do mercado, as entidades reguladoras supervisoras das bolsas e das entidades financiadoras são bastante rigorosas com a qualidade de informação financeira das empresas emitentes. Todavia, as normas contabilísticas que servem de referencial variam de país para país e as empresas que queiram aceder a esses mercados vêm-se na obrigação de produzir tantos conjuntos de contas quanto os mercados a que querem aceder. São bem conhecidos os casos de empresas europeias que para serem negociadas na Bolsa de Nova Iorque tiveram de refazer as suas contas. Foi noticia em Portugal o caso do B.C.P. – Banco Comercial Português que apresenta os seus resultados no 1º semestre de 2002 nos US, Securities and Exchange Commission (SEC), com prejuízo de 60,9 M€ e em Portugal na Euronext Lisboa, lucro de 320,9 milhões de euros. As diferenças apresentadas resultam exclusivamente de distintas regras contabilísticas que divergem de país para país.
  • 30. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Estas reformulações têm conduzido, por vezes, a resultados surpreendentes e por vezes antagónicos. Os critérios de amortização do goodwill, de tratamento de custos de pesquisa e desenvolvimento, da capitalização de juros e diferenças de cambio, de valorimetria de existências, de transposição de demonstrações financeiras, de tratamento dos intangíveis, são alguns exemplos muito simples de politicas contabilísticas que podem se aplicadas de forma diferente e alterar de forma significativa a posição financeira e os resultados de uma empresa, sem que os vários conjuntos de contas deixem de cumprir as normas locais. O processo de internacionalização dos negócios levado a cabo por um razoável número de empresas e de grupos económicos dos países que integram a UE, conduziu à constatação das limitações das Normas Contabilísticas dos diversos países membros bem como à constatação de insuficiências nas Directivas Contabilísticas Comunitárias sempre que o horizonte geográfico se expande para além fronteiras, seja devido a necessidades de financiamento junto de grandes bancos internacionais, seja devido à necessidade de cotação em Bolsas de Valores estrangeiras, seja por razões de consolidação de contas (e auditoria). Os principais requisitos da União Europeia no domínio contabilístico baseiam-se fundamentalmente na seguinte legislação comunitária:  A Quarta Directiva78/660/CEE do Conselho,de 25de Julhode 1978, relativaàs contasanuaisde certas formasde sociedades,estabeleceosrequisitosemmatériade elaboraçãodascontas anuaisdas empresas.  A SétimaDirectiva83/349/CEE do Conselho,de 13 de Julhode 1983, relativaàsContas Consolidadas,define osrequisitosquantoàelaboraçãodestascontas.  A Directiva86/635/CEE do Conselho,de 8de Dezembrode 1986, relativaàs contasanuaise às contas consolidadasdosbancose outrasinstituiçõesfinanceiras,abordaasquestõesespecíficas às referidasinstituições.  A Directiva91/674/CEE, de 19 de Dezembrode 1991, relativaàscontasanuaise às contas consolidadasdasempresasde seguros,estabelece osrequisitosespecíficosrelevantesparaa elaboraçãodascontas por essasentidades. Assim numa conjuntura económica com forte investimento no estrangeiro como a que se começou a verificar no início dos anos setenta do século passado, surgiram variados sinais de receptividade à preparação de Normas Internacionais de Contabilidade, com vista à resolução de diversos problemas derivados da existência de vários regimes contabilísticos nacionais no interior de grupos económicos operando em diversos países, os quais não só constituíam obstáculos ao crescimento e dispersão geográfica dos negócios, como também complicavam os mecanismos de controlo, de consolidação de contas, provocavam acréscimos de prazos e de custos das tarefas contabilísticas ou seja revelavam-se prejudiciais à internacionalização e competitividade das empresas. Neste contexto foi criado em 1973 o International Accounting Standards Committee cuja principal actividade se centrou na emissão de Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) e de Interpretações da Standing Interpretations Committee (SIC). No período 1973/2000 podem reconhecer-se 3 grandes etapas na trajectória do IASC, tendo, na última etapa compreendida entre 1996/2000, em consequência de acordos estabelecidos com a
  • 31. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 International Organization of Securities Commissions (IOSCO), sido revistas, reformatadas e emitidas diversas normas e interpretações que constituem o actual corpo de Normas Internacionais de Contabilidade e de Interpretações da Standing Interpretations Committee (SIC). Em 19 de Julho de 2002 foi aprovado o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho (proposto pela Comissão e com o parecer favorável do Comité Económico e Social), publicado no Jornal Oficial das Comunidades Europeias em 11 de Setembro de 2002 relativo à aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade, estipulando no essencial: o A adopçãoe a utilizaçãonaComunidade dasNormasInternacionaisde Contabilidade (IAS/IFRS) e dasInterpretações Internacionaisde RelatoFinanceiroSIC/IFRIC). o A publicaçãonaíntegra das Normasadoptadas,emtodasas línguasoficiaisda Comunidade,sobaformade RegulamentodaComissão,noJornal Oficial das ComunidadesEuropeias. o Que a partirde 1 de Janeirode 2005 as sociedadescujostítulosestejamadmitidosà negociaçãonummercadoregulamentadode qualquerEstadoMembro,deverão elaboraras suascontas consolidadasemconformidade comasInternational Financial ReportingStandards(IFRS).(Artigo4ºContas Consolidadasdassociedadescujostítulos são negociadospublicamente). o Que a partirde 1 de Janeirode 2005 os Estados-Membrospodempermitirourequerer que as contas (individuais) anuaisdassociedadescujosvaloresmobiliáriosestejam admitidosànegociaçãonummercadoregulamentadode qualquerEstadoMembro, bemcomo as contas consolidadase/ouindividuaisdassociedadescujostítulosnão sejamnegociadospublicamente,sejamelaboradosemconformidadecomas International Financial ReportingStandards. (Artigo5ºOpçõesrelativasàsContas Anuaise às sociedadescujostítulosnãosãonegociadospublicamente). Os objectivos do IASB são:  Desenvolver,nointeressepúblico,umconjuntode normasde RelatoFinanceirode alta qualidade,"Global AccountingStandards"–IFRSe IFRI – orientadasparaas Bolsasde Valores Mundiaise para outras entidades,que sejamúteisnatomadade decisõeseconómicas.  Promoverouso e a rigorosaaplicaçãodas normas.  Trabalhar activamente comasComissõesde NormalizaçãoContabilísticasdosváriospaíses (AccountingStandardsSettingBodies –ASSB) comvistaà convergênciadanormalização contabilística. As Normas Internacionais de Contabilidade (IAS) passaram a designar-se por International Financial Reporting Standards (IFRS) e as Interpretações da SIC passaram a designar-se por International Financial Reporting Interpretations (IFRI).
  • 32. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 Em Portugal o processo de normalização contabilística pode ser decomposto em três grandes fases:  A primeira,de 1976 até 1988, que se caracterizapelacriação da Comissãode Normalização Contabilísticae pelaaprovaçãodoprimeiroPlanoOficial de Contabilidade (POC)em1977, influenciadopelanormalizaçãocontabilísticafrancesa.  A segunda,de 1989 até 1991,que se caracterizapelaobrigatoriedadede ajustamentodos normativosnacionaisàsIV e VIIDirectivasComunitárias,nasequênciadaadesãode Portugal à Comunidade Europeia,em1986. Esquematicamente temos: Figura 1 – Evolução da normalização contabilística em Portugal (elaboração própria)  A terceira,apartir de 1992, que se caracterizapelapublicaçãode DirectrizesContabilísticas(DC) preparadaspelaComissãoNormalizaçãoContabilística(CNC).Umaaproximaçãoevidente às normasinternacionaisde contabilidade (NIC) emitidaspeloInternational AccountingStandards Board (IASB) O principal organismo português de normalização contabilística – a Comissão de Normalização Contabilística (CNC) - está dependente administrativa e financeiramente do Ministério das Finanças. A contabilidade tem de ser vista como um instrumento importante para a gestão das empresas, e esta gestão é tão ou mais importante numa pequena empresa como numa grande empresa. A preocupação da contabilidade e de quem produz os mapas financeiros é de produzir informação fidedigna e em tempo útil para os gestores, proprietários, investidores potenciais, entre muitos outros e a normalização da contabilidade vem realçar esta importância.
  • 33. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 A necessidade de aumentar a comparabilidade da informação está na base da harmonização contabilística que tem sido definida como um processo que visa a comparabilidade das práticas contabilísticas. A normalização é um processo que visa a uniformidade das práticas contabilísticas enquanto que a harmonização contabilística é um processo que atende mais às especificidades económicas, sociais e culturais de cada país. No actual cenário denominado por «globalização», a harmonização contabilística surge como o instrumento indispensável devido à sua suposta eficácia no aumento da comparabilidade da informação financeira. As vantagens da harmonização contabilística são:  Apresentaçãode umúnicoconjuntode contas:reduçãode custossignificativos.  Aceitaçãodirectadascontas das entidadesemitentesnacionaisnasdiversaspraças internacionais:facilidadede cross-border.  Facilidade de acessoàcaptação de recursosjuntodos investidoresinternacionais: comparabilidadedascontase confiançana aplicaçãodos respectivoscritérioscontabilísticos. Esquematicamente temos: Figura 2 – Vantagens da harmonização contabilística Internacional (elaboração própria) Desta forma, a harmonização contabilística serviria eficazmente para que os investidores financeiros tomassem as suas decisões em mercados financeiros globais.
  • 34. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 O processo de globalização e a melhoria de eficiência dos mercados financeiros, faz com que o custo histórico comece a ser substituído pelo fair value ou justo valor. O custo histórico embora garanta uma maior fiabilidade, pode evidenciar falta de relevância. É neste contexto que uma das possíveis respostas da contabilidade a este novo ambiente se situe no possível abandono do custo histórico e na sua substituição progressiva pelo fair value, associada ao reconhecimento de activos intangíveis, que são na maior parte dos casos os factores de geração do valor da empresa. A passagem para o fair value representa a vantagem de uma maior relevância mas também uma série de inconvenientes, entre os quais, depender da existência de um mercado secundário onde se possa negociar o elemento patrimonial, de que podem ser exemplos o valor presente dos fluxos de caixa ou o custo de reposição e também ser vulnerável aos factores de subjectividade, próprios das asserções estabelecidas para a determinação do fair value. Sem prejuízo das vantagens e desvantagens que estão associadas a um e outro critério valorimétrico, é possível afirmar que se começa a impor um modelo híbrido, segundo o qual as partidas de curto prazo e de índole financeira são valorizadas pelo fair value, enquanto que para os restantes elementos o critério do custo histórico mantém a sua prevalência. As normas do IASB apresentam-se cada vez mais próximas da aplicação do justo valor. Para o IASB, os investimentos financeiros, são os elementos patrimoniais mais susceptíveis de serem valorizados segundo o justo valor. Num futuro próximo, é provável que o custo histórico se veja substituído na valorização de outros elementos patrimoniais, já que as mudanças que a revolução tecnológica está a causar no domínio contabilístico, tais como o reporting e a auditoria em contínuo e o desenvolvimento de novas técnicas de valorização para bens não cotados em mercados secundários. Tendo em consideração a contabilidade como um sistema de informação que se encontra entre a actividade empresarial e os decisores, (que podem ser variados, desde sócios/accionistas, investidores potenciais, credores, fisco e Estado, clientes, empregados, entre outros), a normalização contabilística torna-se da maior importância. A informação que a contabilidade disponibiliza tem de ser quantificável, objectiva e em formato normalizado. Informação objectiva é um pouco difícil, será mais correcto afirmar que a informação que a contabilidade disponibiliza deve ser concreta e fidedigna.
  • 35. Elaboradopelo:SergioAlfredoMacore - 846458829 CONCLUSÃO A normalização a nível nacional era necessária, uma vez que em Portugal não existia, qualquer tipo de harmonização contabilística, uma vez que existem empresas que seguem o Plano Oficial de Contabilidade, outras as Directrizes Contabilísticas e outras ainda a Normas Internacionais de Relato Financeiro, para além daquelas empresas que misturam os vários instrumentos, conforme as suas necessidades contabilísticas. INFORMAÇÃO DO AUTOR Nome: Sérgio Alfredo Macore Facebook: Sergio Alfredo Macore ou Helldriver Rapper Rapper Contactos: +258 846458829 ou +258 826677547 Morada: Pemba – Cabo Delgado MOZAMBIQUE E-mail: Sergio.macore@gmail.com ou Sergio.macore@outlook.com NOTA: Qualquer duvida que tiver, me contacte e não hesite em me contactar. PAZ e LUCIDEZ