1. Maria Angela de O Champion Barreto
Fonoaudióloga
fonochampion@gmail.com
Parte 1
2. DEFASAGEM ESCOLAR – DISTORÇÃO SÉRIE/IDADE
DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM
INTERDISCIPLINARIDADE
3. IDENTIFICAR
COMPREENDER DISTÚRBIOS DE
APRENDIZAGEM
AUXILIAR
4.
5. MATEMÁTICA LÍNGUA PORTUGUESA
Apenas 9,8% dos alunos do 3º. Apenas 24,5% dos alunos do 3º.
ano do ensino médio sabem o ano do ensino médio sabem o
conteúdo esperado de conteúdo esperado de língua
matemática portuguesa
42,6% dos alunos da 3ª. série do ensino médio estão acima da idade adequada
6. Ensino fundamental Ensino médio
39,5% dos jovens brasileiros de 55% dos jovens brasileiros de 19
16 anos não terminaram o ensino anos não conseguiram concluir o
fundamental ensino médio
74% da população brasileira não consegue entender um texto um simples
(INAF – Indicador de Alfabetismo Funcional)
7. REVOLUÇÃO INDUSTRIAL REVOLUÇÃO FRANCESA
INFÂNCIA SOCIAL E DECLARAÇÃO DOS DIREITOS
HISTORICAMENTE DO HOMEM
CONSTRUÍDA
MOVIMENTO SOCIALISTA
TRABALHO INFANTIL NO INÍCIO
DA R.I. TRABALHO INFANTIL
PROIBIDO
SURGIMENTO DA ESCOLA
COMO LOCAL APROPRIADO
PARA A PERMANÊNCIA DA
CRIANÇA E PARA SUA
SOCIALIZAÇÃO
8. ESCOLA ASSOCIADA À INFÂNCIA
PEDAGOGIA - PAIDÓS (GREGO) – CRIANÇA
VIDA PROFISSIONAL (TRABALHO) – REFERÊNCIA CHAVE DA
VIDA SOCIAL
ESTUDAR, FORMAR-SE PARA TRABALHAR – TER UMA
PROFISSÃO
ASSUMIR UM PAPEL SOCIAL ESPECÍFICO
A FORMAÇÃO ESCOLAR VISA FORMAR O INDIVÍDUO PARA
QUE ESTE ASSUMA UM PAPEL SOCIAL
CURRÍCULOS E CONTEÚDOS ESTANQUES E RÍGIDOS QUE
POUCO PRIVILEGIAM A CRIATIVIDADE DOS ALUNOS
10. DSM – IV CID – 10
(Diagnostic and statistical Manual of Mental Classificação Internacional de Doença
Disorders) Capítulo: Transtorno do desenvolvimento das
habilidades escolares
Dificuldade de Aprendizagem: transtornos Transtornos nos quais as modalidades
de aprendizagem são diagnosticados habituais de aprendizado estão alteradas
quando os resultados do indivíduo em desde as primeiras etapas do
testes padronizados e individualmente desenvolvimento.
administrados de leitura, matemática ou O comprometimento não é somente a
expressão escrita estão substancialmente conseqüência da falta de oportunidade de
abaixo do esperado para sua idade. aprendizagem ou de um retardo mental, e
não é devido a um traumatismo ou doenças
cerebrais.
11. Dificuldades naturais Dificuldades secundárias
Referem-se aquelas dificuldades Dificuldades secundárias a outros
experimentadas por todos os indivíduos em quadros diagnósticos: problema na
alguma matéria e/ ou algum momento de aprendizagem escolar decorrentes de
sua vida escolar. São dificuldades alterações que atuam primariamente
transitórias, que tendem a desaparecer a sobre o desenvolvimento humano normal
partir de um esforço maior do aprendiz ou e secundariamente sobre a
de intervenção na sua rede de relações. aprendizagem.
Fatores causadores: proposta pedagógica, Nessa subcategoria estão incluídos os
capacitação do professor, padrões de portadores de deficiência mental,
exigência da escola e/ ou dos pais, falta de sensorial e com quadros neurológicos ou
assiduidade do aluno, conflitos familiares. com transtornos emocionais
significativos.
12. Inabilidade específica na leitura, na expressão escrita ou na matemática, em
indivíduos que apresentam resultados abaixo do esperado para seu nível de
desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual.
Se relaciona a alterações específicas do sistema nervoso central (SNC).
Etiologia multifatorial e NÃO pode ser consequência de :
* falta de oportunidade de aprender;
* descontinuidades educacionais;
* traumatismos ou doença cerebral adquirida;
* comprometimento da inteligência global;
* comprometimentos visuais ou auditivos não corrigidos.
13. Dificuldade Escolar
Problema pedagógico, de ordem acadêmica
Distúrbio de aprendizagem – envolvimento do SNC
*Linguagem oral – fonologia,morfologia, semântica, sintaxe,pragmática
*Leitura - habilidade no uso das palavras,reconhecimento de letras, compreensão
*Escrita – soletrar,ditado e cópia
*Matemática – habilidade de cálculos básicos, raciocínio matemático,combinação e
relação entre eles
14. Percentual de alunos com Percentual de alunos com
dificuldades escolares distúrbios de aprendizagem
no Brasil no Brasil
30 a 40% 5 a 7%
Primeiros anos escolares Primeiros anos escolares
15. Processo evolutivo e constante
que implica uma sequência de modificações
observáveis e reais
no comportamento do indivíduo (físico e biológico)
e no meio que o rodeia (atuante e atuado)
16.
17. . O INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO DE UM INDIVÍDUO É O MEIO
SOCIOCULTURAL
. O MEIO OFERECE AO INDIVÍDUO SIGNOS EXTERNOS COMPATÍVEIS
COM SUA CULTURA E LÍNGUA MATERNA
. A BASE ORGÂNICA PRECISA ESTAR EM EXCELÊNCIA PARA RECEBER
OS SIGNOS LINGUÍSTICOS E DESTA MANEIRA FORMAR O
PENSAMENTO
. O DESENVOLVIMENTO SE DÁ EM ESPIRAL, PASSANDO PELO MESMO
PONTO A CADA TRANSFORMAÇÃO E AVANÇANDO PARA O NÍVEL
SUPERIOR – RECONSTRUÇÃO INTERNA DE UMA OPERAÇÃO
EXTERNA = INTERNALIZAÇÃO
18. Início (mãe x bebê): a mãe se dirige à criança atribuindo-lhe
turnos. Constrói e atribui significados para o silêncio ou sons que a
criança emite, uma vez que coloca conteúdos comunicativos
nessas manifestações.
Aos poucos a criança vai sendo habilitada a participar de situações
linguísticas, assumindo papéis discursivos que se associam a
papéis sociais.
Por meio do processo de observação e interação a criança
aprende a identificar e ser identificada.
23. FONOLOGIA
Aquisição dos padrões de sons da língua
Opera em nível cognitivo
Propicia o desenvolvimento da consciência fonológica
.Capacidade de perceber e manipular os segmentos da fala
.Correlação dos aspectos da fala com o código escrito
.Indispensável durante a aprendizagem da leitura e da escrita
.Canal auditivo – processamento auditivo
26. Transposição silábica Transposição fonêmica
/pata/ /és/
/dona/ /amor/
Manipulação silábica Manipulação fonêmica
Adicionar /rrão/ ao final de /maca/ Adicionar /r/ no fim de /come/
Subtrair /da/ do final de /salada/ Subtrair /f/ do início de /falta/
27. Segmentação da palavra no fluxo da Consciência silábica
fala
Adquirida na linguagem oral Adquirida desde 4 / 5 anos
Rima Consciência fonêmica
Manipula desde 3 / 4 anos Desenvolvida pela alfabetização
28. Conteúdo da linguagem
Significado das palavras e das combinações das palavras
Envolve os processos de:
Compreensão
Produção
Seleção adequada de palavras
Organização de elementos na frase
Entonação pertinente
29.
30. Permanência e consolidação do que é adquirido.
Processo não só de recuperação de dados e informações, mas também de
construção, influenciado por experiências anteriores e correntes.
(Sternberg, 2000).
31. MEMÓRIA DE CURTO PRAZO, OPERACIONAL, DE
TRABALHO
Arquivamento temporário de informações para a realização de
tarefas cognitivas: ler, falar, escrever.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Retenção de informações por um período prolongado de
tempo: léxico –mapa semântico – freqüência de uso,
familiaridade.
32. O lobo temporal é uma região no
cérebro que apresenta um
significativo envolvimento com a
memória.
Ele está localizado abaixo do osso
temporal (acima das orelhas), assim
chamado porque os cabelos nesta
região freqüentemente são os
primeiros a ser tornarem brancos
com o tempo.
33. MEMÓRIA
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO, OPERACIONAL, DE TRABALHO –
arquivamento temporário de informações para a realização de tarefas
cognitivas: ler, falar, escrever.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO – retenção de informações por um período
prolongado de tempo: léxico –mapa semântico – freqüência de uso,
familiaridade.
35. TÁLAMO –
BUSCA INFORMAÇÃO ARMAZENADA NAS
DIVERSAS PARTES DO CÓRTEX
FORMAÇÃO RETICULAR
Integração das funções sensoriais
Ativação do córtex cerebral
Conexão com todo o SNC: córtex, tálamo,
hipotálamo, sistema límbico, cerebelo,
nervos cranianos e medula
Controla a atenção seletiva
36. PROCESSAMENTO LINGUÍSTICO
Morais, 1994
Identificação das palavras pelo processo de decodificação fonológica
Conversão dos sinais gráficos em representações fonológicas
Esse processo de conversão grafema/ fonema é realizado lentamente
durante a alfabetização
A decodificação fonológica deverá estar automatizada no fim do primeiro
semestre da primeira série, permitindo que o esforço cognitivo exigido pela
leitura esteja direcionado para o seu objetivo final – a compreensão do texto
A leitura com ritmo entrecortado, com interrupções, repetições, trocas,
omissões e acréscimos dificulta a automatização da decodificação
fonológica impedindo o acesso ao significado das palavras e do texto
37. Processamento visual dos sinais gráficos
Lent, 2001
Tarefa que implica necessidade de atenção,
Alternância entre movimentos oculares sacádicos que realizam
varreduras no texto e fixações,
Esses movimentos estão sujeitos à influência de variáveis
psicolinguísticas (frequência, familiaridade, extensão) das palavras, que
tornam mais comuns as imagens visuais de algumas palavras
Essas variáveis favorecem o rápido reconhecimento das palavras
Também explicam erros de leitura por troca ou omissão nos casos de
desatenção pela dificuldade na discriminação de palavras diferentes
mas com imagens visuais semelhantes.
38. Modelo Genético
(Emília Ferreiro; Luria; Uta Frith)
Estratégia Logográfica
- Predomínio guestáltico
- Correspondência global da palavra escrita com o respectivo significado
- Produção instantânea das palavras, apresentadas de acordo com suas características
gráficas (traços físicos), sem possibilidade de análise (segmentação fonológica)
- Palavras memorizadas como se fossem fotografias. Não há leitura propriamente dita
Exemplo: COCA-COLA e BOLA
39. Modelo Genético
(Uta Frith)
Estratégia Alfabética
- Conhecimento do princípio alfabético
- Capacidade de segmentar a palavra em fonemas,o que demanda consciência fonológica
- Aplicação das regras de conversão fonema-grafema
- Escrita de palavras novas e inventadas
- Escrita com apoio na oralidade
Exemplo de decodificação sequencial: PATO e CAVALO = pode-se ler na ordem das
letras, que não provoca alteração
Exemplo de decodificação hierárquica: GIRAFA e CAMPO = necessário prever qual o
fonema que vem depois para atribuir valor sonoro à letra precedente. Caso contrário pode-se
ler: GUIRRAFA, pois normalmente o G possui este som e o R idem.
Na escrita, por mais que conheça a regra, se não puder prever o grafema que vem depois (P
ou B ou outra consoante), colocará aleatoriamente M ou N.
40. Modelo Genético
(Uta Frith)
Estratégia Ortográfica
- Interação das atividades de leitura-escrita
- Experiência suficiente com a leitura para montar um dicionário visual das palavras (léxico)
- Acesso visual direto à palavra
- Agiliza a leitura e atinge o significado mais rapidamente
- Permite escrita de palavras irregulares
- Uso de analogias lexicais ou palavras conhecidas para escrever novas palavras
Exemplo: TÁXI e EXERCÍCIO= só é possível ler corretamente se já estiver no léxico. Caso
contrário o X pode ser lido com o mesmo som de CAIXA
Exemplo: SINTO e CINTO = para se escrever corretamente, os dois já devem fazer parte do léxico
41. Dupla Rota
(Ellis & Yong)
Rota Fonológica
- Processamento fonológico por meio de informações baseadas na estrutura fonológica
da língua oral
- Decodificação de estímulos gráficos. Para compreender, deve-se ouvir
- Leitura de palavras: regra, novas, pseudopalavras, regulares
Rota Lexical
- Identificação direta da palavra com acesso direto ao significado
- Arquivos que armazenam informações acústico/ortográficas, semânticas e fonológicas
(léxico de input visual)
- Dependem de fixação visual
- Leitura de palavras: Frequentes, irregulares
44. Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente
leia corretamente o que está escrito.
E5T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R
COMO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545
1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO
35T4V4 M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4
M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO QU453
4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO,
C3RTO? POD3 F1C4R B3M ORGULHO5O D155O! SU4
C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!
45. LEITURA ESCRITA
Estratégia fonológica estágio alfabético palavras novas
Estratégia lexical estágio ortográfico palavras
irregulares de alta
freqüência
46. Conjunto de processos de conceituação, lexicalização e formulação
Representações semânticas são associadas a representações fonológicas
Conversão fonema/ grafema
Descoberta da base alfabética de nosso sistema de escrita
Aquisição da ortografia e a constituição da memória grafêmica
Dificuldades fonológicas atuam sobre o processo de conversão fonema/ grafema,
comprometendo o domínio da base alfabética
Dificuldades de atenção prejudicam a constituição da memória grafêmica, pois
atrapalham a aquisição do sistema ortográfico.
47. Aspectos grafomotores Produtividade da escrita
autônoma
Organização espacial
Competência comunicativa
Planejamento do traçado
Manutenção e desenvolvimento de
tópico – oral
Coordenação motora
Planejamento e estruturação de
relatos - oral
48. Perceber a padronização da grafia
Compreender as razões da norma culta
Aspecto grafomotor
49. VARIÁVEIS PSICOLONGUÍSTICAS DA PALAVRA
Regularidade
REGULARES – letras tem valor sonoro estável ( fonema/ grafema)
PATO, BOLA...( P, B, T, D, F, V)
REGRA - valor sonoro depende de regras
CAMPO, GAVETA/ GUITARRA
IRREGULARES-valor sonoro é arbitrário ( dependem da competência
lexical)
SINTO/ CINTO, GELO/ JEITO, EXATO/CASA,
TAXA /MANCHA...
50. VARIÁVEIS PSICOLINGUÍSTICAS DAS PALAVRAS
FREQUÊNCIA - alta familiaridade
baixa
EXTENSÃO - maior número de sílabas e fonemas
menor
Lexicalidade – palavras reais
pseudopalavras (inventadas) = gavo; inha = (curtas)
(obedecem as regras fonológicas) vacalo, telacocho (longas)
51. OUTRAS VARIÁVEIS
TONICIDADE : sábia, sabiá, sabia
TIMBRE: o gosto, eu gosto
VARIEDADES REGIONAIS: caro/ carro
dente/denti
ORALIDADE: pastel /pasteu, filho /filhu, menino/ mininu, cerveja/ceveja
vamos lá/ vamulá, problema /poblema, ploblema,
andando /andano
52. Raciocínio lógico Aspectos sócio- afetivos
e culturais do leitor
Estabelecer relações entre as Hábito de leitura
informações: explícitas e implícitas
Habilidade cognitiva Textos ao nível da capacidade
leitora
Comparar informações para poder
classificá-las e ordená-las Adequar o texto ao leitor e não o
leitor ao texto
53. Nível da palavra
* nível mais simples - podemos trabalhar com palavras compostas,
com grafias semelhantes ou integrantes de uma mesma categoria, por
exemplo:
Unindo as palavras às gravuras correspondentes = guarda-roupa/
sorvete/ guarda-chuva/ pirulito
* nível mais complexo - atribuir diferentes significados a uma única palavra. Os
significados serão diferentes conforme o contexto em que se encontrar a
palavra, por exemplo:
a palavra SILÊNCIO, se encontrada num hospital, numa escola ou em
nossa casa.
54. Nível da Frase e do Parágrafo
Neste nível desenvolvemos habilidades lingüísticas para destacar as
funções das palavras-chave, gramaticais e fatiamento no sentido global.
Podemos oferecer atividades de leitura tais como:
• Estabelecer equivalências entre expressões diferentes.
• Inferir informações não explícitas nas frases.
• Associar enunciados complexos, aparentemente semelhantes, referidos
a diferentes fatos.
• Estabelecer comparações entre informações referidas a situações que
não são explícitas.
55. Nível do Texto completo e complexo
As operações de leitura necessárias para a compreensão do texto
completo e complexo envolvem as habilidades para inferir, reter e
relacionar as informações textuais.
O leitor poderá ampliar as suas habilidades de compreensão da
leitura experimentando diferentes formas para trabalhar com os
textos. Por exemplo:
56. Técnica Cloze
Diz respeito às relações parte/todo.
Oferecemos um texto completo ao leitor e em seguida o mesmo texto
com lacunas, para que ele as preencha conservando o sentido do texto,
ainda que não utilize as mesmas palavras.
As chaves de respostas serão semânticas, sintáticas ou fonológica, conforme
a intenção da atividade de leitura. Assim podemos omitir, em intervalos
regulares, substantivos, verbos, adjetivos, advérbios ou letras e sílabas em
palavras.
57. Mapas conceituais - diz respeito a identificar e destacar as palavras- chave
dos diferentes segmentos da frase e do texto, de tal forma que correlacionando-
as seja possível recuperar o texto completo.
Leitura compartilhada - trata-se de uma leitura interativa, um diálogo entre dois
leitores de um mesmo texto.
Os comentários de um facilitarão ao outro, recursos para encontrar, destacar e
correlacionar os diferentes fatos daquele texto, entre si ou com informações de
outros textos já lidos.
58. Um bom leitor é aquele que lê com profunda compreensão, o que é
demonstrado por meio de habilidades como a de abstrair, aplicar ou
generalizar as informações de um texto.
• habilidades de decodificação;
• habilidades de linguagem;
• fatores lexicais;
• capacidade de fazer inferências;
• domínio do conhecimento;
• fatores sociais.
Caccamise; Snyder
59. LEITURA ESCRITA
Capacidade cognitiva Capacidade
que transforma uma cognitiva que
representação gráfica transforma a
em representação
representação
fonológica.
fonológica em
representação
Decodificação
gráfica.
Codificação
60.
61. DISLEXIA
Transtorno de linguagem de origem neurobiológica . É caracterizada por
uma dificuldade específica para aquisição da leitura bem como para reconhecer
palavras, soletrar e decodificar palavras.
DSM-IV: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos mentais:
Transtornos de aprendizagem que incluem transtorno da leitura, transtorno de
matemática e transtorno da expressão escrita.
CID-10: Classificação Internacional das Doenças – OMS:
Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares
abrangendo transtornos da leitura e outros.
62. DISLEXIA
Podemos dizer que a dislexia é: um transtorno ESPECÍFICO de leitura; um
funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da linguagem; um
déficit lingüístico, mais especificamente uma falta de habilidade no nível
fonológico; uma dificuldade específica para aprendizagem da leitura bem
como para reconhecer, soletrar e decodificar palavras. Podemos também
excluir a presença de dificuldades visuais, auditivas, problemas emocionais,
distúrbios neurológicos ou dificuldades socioeconômicas como origem do
transtorno.
(Mousinho)
63. Maior ativação da parte Sub-ativação da região
Posterior do cérebro posterior do cérebro e
super- estimulação na
região anterior
64.
65.
66.
67. Dislexia Fonológica Dislexia Lexical (superficial)
• Aglutinações de palavras • Dificuldade na formação do léxico visual
• Leitura lenta, silabada • Dificuldade na ortografia
• Sequência das linhas • Dificuldade em palavras homófonas
• Pontuação = entonação, (concerto / conserto
compreensão • Dificuldade em palavras homógrafas
• Deciframento parcial da palavra, (manga, colher, ...)
envocando outra similar fonologicamente • Dificuldades em grupos consonantais,
(plástico / prático) prefixos, sufixos
• Erros derivativos (comeriam /comiam)
• Tenta ler palavras por analogia (utilize
moeda / última moda)
Dislexia Mista
• Confundem letras visualmente
semelhantes (tio /fio)
• Combina as duas formas de dificuldades:
• Inversões(perto / preto)
fonológica
• Lêem palavras longas e novas como
lexical (ortográfica)
familiares (espadaúdo / espada)
• Omissões, acréscimos, substituições
• Junção de palavras
68. NÍVEL FUNÇÕES
FONOLÓGICO SUPERIORES
AUTOMATIZADO LIBERADAS
69. ORAL Texto ouvido
Com dificuldade no processo da Boa compreensão
leitura e na compreensão
• Silabação
• Aglutinação
• Pontuação
• lentidão
SILENCIOSA
Com dificuldade de compreensão
• Reauditorização
• Lentidão
70. Alteração na planificação da linguagem escrita, que causa transtornos na
aprendizagem da ortografia, gramática e redação.
• Aspectos grafomotores = preensão,pressão,postura
• Aquisição do sistema ortográfico
• Desenvolvimento da escrita autônoma
71. Cópia = hábil / semi-servil / servil (sílaba por sílaba)
* Omissão, acréscimo,aglutinação de letras e palavras
* Ordenação das palavras
* Distância regular entre as palavras
* Reauditorização – repete e às vezes escreve como está falando
Ditado
* Falhas na correspondência fonema/ grafema (auditivo)
* Falhas de discriminação (auditivo e visual)
* Falhas na aquisição do sistema ortográfico
* Reauditorização (vocaliza,repete)
* Necessidade de repetição
72. Produção textual = vocabulário,uso de maiúscula,pontuação, acentuação
organização espacial do texto
• Representações múltiplas (vassoura / vasura; casa / cassa)
• Apoio na oralidade (vassoura / vassora; vestiu / vis tiu)
• Omissão de letras (quando /cundo)
• Junção/ separação (acordou / a cordou; tá chovendo / taju zendo)
• Fonemas surdos e sonoros ( viu / fiu; sala/ zala; fila / vila)
• Letras parecidas (menina / nenina)
• Generalização de regras (papel /papeu)
73. Transtorno funcional na execução da escrita, que afeta a forma, a
inteligibilidade, o ritmo ou o significado da mesma, sem alterações
intelectuais, sensoriais, neurológicas, motoras ou afetivas que a justifiquem
• Planejamento linguístico
• Recuperação visual
• Planejamento motor
74. Na Escrita Na Pessoa
Incoordenação de movimentos
Mau conhecimento do próprio corpo
Repasses, rasuras
Lateralidade mal definida
Alterações direcionais das letras
Alteração na organização espacial
Ângulos nas letras
Alteração de equilíbrio, tônus muscular e
postura
Traçado muito leve ou muito forte
Comportamento irriquieto e instável
Mau uso do espaço gráfico
Alteração na motricidade fina
Dificuldade de cópia do quadro para o
caderno
Dificuldades metalinguísticas
Caderno sujo, páginas amassadas
Possíveis problemas emocionais
Omissões, agregações, confusão entre
letras,sílabas,palavras
Lentidão
Rapidez (TDAH)
75. Disgrafia motora Disgrafia ideomotora
Alteração na qualidade e na Dificuldade na elaboração dos
inteligibilidade da escrita movimentos gráficos, o que
provoca erros direcionais na
movimentação das letras
Disgrafia disléxica Disgrafia Ideográfica
Alteração no conteúdo da escrita: Esquecimento da imagem gráfica,
aglutinações (derrepente) apresentando dificuldade de
escrever a letra
assimilações (pobre / probre)
substituições (faca / vaca)
76. Desordem específica que afeta a habilidade em compreender e manipular
números para executar operações matemáticas ou aritméticas.
Dificuldade na percepção, memória, abstração,leitura, funcionamento motor.
Envolve atividades combinadas dos dois hemisférios cerebrais.
5 a 6% da população.
77. Região Capacidade
Hemisfério Direito Organização viso-espacial
H. dominante da linguagem Habilidades linguísticas
Áreas de associação do H. dominante Leitura e compreensão de compreensão
de problemas verbais, compreensão de
conceitos e procedimentos matemáticos
Cálculos mentais rápidos, conceituação
Lobos frontais
abstrata, habilidade de solução de
problemas, execução oral e escrita
78. Região Capacidade
Lobos parietais Funções motoras,uso de sensações
táteis
Lobo parietal esquerdo Habilidades de sequenciação
Lobos temporais Memória de séries, sub-vocalização
durante a solução de problemas
79. Arábico
*Dificuldades de leitura,
Invasivo escrita e comparação de números
arábicos
*Falta dos conceitos semânticos
primários de números e *Não consegue representar
numerosidade números de vários dígitos
*Dificuldade com representações
Arábicas verbais e habilidades Verbal
Computacionais associadas
*Desordem lexical-sintática
da representação verbal
de números
*não consegue representar
números
81. Noções básicas para a aprendizagem da matemática
• Linguagem matemática
• Percepção visual
• Números ordinais e cardinais
• Reconhecimento de figuras geométricas
• Reconhecimento e reprodução de números
• Solução de problemas aritméticos
82. Afeta a produção e/ ou a representação mental dos sons da fala de
determinada língua.
Provoca impacto na articulação e no conhecimento internalizado de uma
língua.
Alterações na fala caracterizadas por substituições, omissões, inserções ou
transposições de sons no sistema fonológico
83. ALTERAÇÕES NA PRODUÇÃO DA FALA
Inventário fonético
Sistema fonológico
Regras fonológicas
Fonológico – organização e classificação dos sons da fala, incluindo o
aspecto cognitivo
Fonético – produção articulatória
Prof. Maria Angela de Oliveira Champion Barreto
84. A alteração fonética reflete na inabilidade
para articular os sons da fala
Componente fonético
Dificuldade de comunicação envolvendo
o componente motor
A alteração fonêmica afeta o modo pelo
Componente fonêmico qual a informação sonora é armazenada
e representada no léxico mental
Dificuldade de comunicação de base
linguística ou cognitiva
85. Processo fonológico Idade prevista para eliminação
Redução de sílaba 2 anos e 6 meses
Tartaruga/ taúga
Harmonia consonantal 2 anos e 6 meses
Sapato/ papato
Plosivação de fricativa 2 anos e 6 meses
Vovô/bobô; sapo/ tapo
Posteriorização para velar 3 anos e 6 meses
Tatu/ cacu; doce/ goce
Posteriorização para palatal 4 anos e 6 meses
Sapo/ xapo; zero/ jero
86. Frontalização de velares 3 anos
Caiu/ taiu
Frontalização de palatal 4 anos e 6 meses
Chave/ save
Simplificação de líquida 3 anos e 6 meses
Bolo /boio
Simplificação de EC 7 anos
Preto/ peto
Simplificação da consoante final 7 anos
Comer/ comê
87. Transtorno comportamental caracterizado pela tríade sintomatológica:
déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade
Presença de desatenção e/ ou hiperatividade e impulsividade em níveis
inadequados para idade e escolaridade
Comprometimento funcional
Não justificável por outras patologias
88. Desatenção Hiperatividade/impulsividade
Não presta atenção em detalhes – erros por Se remexe muito na cadeira ou mexe pés e
descuido em deveres e tarefas mãos
Dificuldade em manter a concentração em Levanta-se muito da cadeira em sala de aula
tarefas ou atividades lúdicas ou em outras situações
Parece não ouvir quando chamado Corre ou pula e trepa em demasia
Não segue instruções e não termina tarefas Fala em demasia
escolares, domésticas e profissionais
Respostas precipitadas a perguntas
Perde coisas necessárias
Dificuldade em aguardar a vez
Distraível por estímulos esternos
Interrompe ou se intromete em assuntos
alheios
89. É o processo de utilização da informação auditiva que acontece no sistema auditivo
periférico e central, que depende da capacidade inata e da experiência acústica do
indivíduo no meio ambiente.
Cavadas, 1998
Detecção, análise e interpretação de eventos sonoros.
Habilidades:
Figura-fundo – atenção seletiva/ atenção dividida
Ordenação temporal - memória de sequência
Fechamento - perceber o todo com uma parte fora
Aspectos temporais - frequência, duração
- som surdo/ sonoro
- entonação, acentuação
- prosódia
90. Quando suspeitar
Atenção prejudicada
Dificuldade em escutar em ambiente ruidoso
Dificuldade de compreender em ambiente ruidoso
Agitados, hiperativos ou muito quietos
Fala muito ãh? o quê?
Prejuízo de memória sequencial auditiva e localização sonora
Problemas de fala : /l/ e /r/, /s/ e /ch/
Alterações de escrita e leitura
Dificuldades na percepção auditiva
Historia de otites de repetição
92. Sugestões de atividades
Memória em sequência
Sons verbais Sons não verbais
Repetição acrescentando mais um ítem
Ex: fui a feira e comprei mamão
Fui a feira e comprei mamão e laranja ...
93. CD de histórias para a
Retirar letra de música criança repetir ou apontar
figuras relacionadas
94. Relacionada a uma desorganização no processamento cerebral das
informações recebidas pelo sistema visual. É caracterizada por
sensibilidade a certos comprimentos de onda de luz, que provoca
distorções no processamento pós-retiniano, com os impulsos elétricos
chegando ao córtex cerebral em momentos distintos, causando menor
qualidade da interpretação visual.
80% das informações que recebemos do ambiente é pela via visual
Em cada instante, apenas 1% do que vemos está focado. O restante é
representação memorizada
95. visão
maturidade
Leitura Características
movimentos Do texto
sacádicos dos
olhos
fadiga
postura iluminação
96. Sintomas físicos
tontura, cansaço, cefaléia, dores no estômago, enjôo
Dificuldades acadêmicas
leitura, caligrafia, ortografia,matemática,gráficos, mapas,quadro-negro
Dificuldades gerais
Computador,esportes com bola,escadas (rolante), dirigir (carona)
Os estímulos ambientais podem exigir processamento que excede a
capacidade cerebral. A utilização de filtros melhoram a entrada (informação)
– fotossensibilidade.
98. Falar tardiamente – nenhuma palavra até os 18 meses
Não colocar 2 palavras juntas até os 2 anos
Ausência de desempenho imitativo e simbólico aos 2 anos
Dificuldade para pronunciar alguns fonemas
Demorar a incorporar palavras novas ao seu vocabulário
Dificuldade para recitar rimas
Dificuldade para aprender cores, formas, números e escrita do nome
Dificuldade para seguir ordens e seguir rotinas
Dificuldade na habilidade motora fina
Dificuldade de contar ou recontar uma história na seqüência certa
Dificuldade para lembrar nomes e símbolos
Não formação de sentenças aos 3 anos
Discurso incompreensível aos 3 anos
99. Dificuldade em aprender o alfabeto
Dificuldade no planejamento motor de letras e números
Dificuldade para separar e seqüenciar sons (ex: p - a – t - o Dificuldade com
rimas (habilidades auditivas)
Dificuldade em discriminar fonemas homorgânicos (p-b, t-d, f-v, k-g, x-j, s-z)
Dificuldade em seqüência e memória de palavras
Dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar
Dificuldade em orientação temporal (ontem – hoje – amanhã, dias da
semana, meses do ano)
Dificuldade em orientação espacial (direita – esquerda, embaixo, em cima...)
Dificuldade na execução da letra cursiva
Dificuldade na preensão do lápis
Dificuldade de copiar do quadro
100. Nível de leitura abaixo do esperado para sua série
Dificuldade na sequenciação de letras em palavras
Dificuldade em soletração de palavras
Não gostar de ler em voz alta diante da turma
Dificuldade com enunciados de problemas matemáticos
Dificuldade na expressão através da escrita
Dificuldade na elaboração de textos escritos
Dificuldade na organização da escrita
Podem ter dificuldade na compreensão de textos
Podem ter dificuldade em aprender outros idiomas
Dificuldade na compreensão de piadas, provérbios e gírias
Presença de omissões, trocas e aglutinações de grafemas
Dificuldade de planejar e organizar (tempo) tarefas
Dificuldade em conseguir terminar as tarefas dentro do tempo
Dificuldade na compreensão da linguagem não verbal
Dificuldade em memorizar a tabuada
Dificuldade com figuras geométricas
Dificuldade com mapas
101. Leitura vagarosa e com muitos erros
Permanência da dificuldade em soletrar palavras mais complexas
Dificuldade em planejar e fazer redações
Dificuldade para reproduzir histórias
Dificuldade nas habilidades de memória
Dificuldade de entender conceitos abstratos
Dificuldade de prestar atenção em detalhes ou, ao contrário, atenção
demasiada a pequenos detalhes
Vocabulário empobrecido
Criação de subterfúgios para esconder sua dificuldade
102. Permanência da dificuldade em escrever em letra cursiva
Dificuldade em planejamento e organização
Dificuldade com horários (adiantam-se, chegam tarde ou esquecem)
Falta do hábito de leitura
Características Gerais Associadas
• A emissão oral é comparativamente muito melhor que a escrita
• Atenção limitada e dificuldade em manter-se na tarefa
103. Palavras de baixa freqüência
Palavras com R, L, NH, LH, PLURAL, AM/ÃO
Apoio na oralidade
Paragrafação
Pontuação
Adequação de linguagem- fala coloquial/ fala acadêmica e escrita
Coerência e coesão
Repetição de termos
Tempo verbal
104. Concordância
Uso de letra maiúscula
Acentuação
Pouca variação no uso de marcadores lingüísticos – artigos,
adjetivos, advérbios, conjunções, preposições, pronomes...
Fonemas com múltiplas possibilidades de representação gráfica
Organização espacial do texto
105. Conhecer o sistema alfabético e fonológico
25 letras para representar a escrita – variedade de sons
Recitar as vogais / recitar as consoantes
Jogos – forca
soletrando e vice versa
fonoletrando e vice versa – C.f.
106. Compreensão: reconhecimento prévio do texto – leitura de título e subtítulo
Palavras chaves
Distratores
Ensinar revisão de texto – dar um tempo entre escrita e reescrita –
distanciamento necessário para o aluno refletir sobre sua produção
Pontuação – teatralizar a prosódia
107. Intervalos freqüentes – alternar matérias
Pedir para o aluno escrever as respostas que deu oralmente
Pedir ao aluno para criar perguntas para determinadas respostas
Rimas e associações
108. Entrada visual simultânea à mensagem auditiva – memorização
Vocabulário chave
Aspectos relevantes – informações essenciais
Mensagem controlada em complexidade e extensão
Monitorar a compreensão – perguntas relativas a matéria feitas
periodicamente
Leitura compartilhada
110. Saúde – Conferência Internacional de Saúde (Declaração de
Alma-Ata, Cazaquistão, 1978):
Estado de completo bem estar físico, mental e
social e não apenas a ausência de doenças.
(OMS – UNICEF)
Segundo Andrade(1996) – a comunicação humana
(falar, ouvir, ler, escrever) é determinante para
autoconfiança, felicidade e segurança, sendo fundamental
para a saúde do indivíduo .
111. Habilidades comunicativas efetivas e eficientes compõem o ponto central
para o desenvolvimento do indivíduo e sua inserção na sociedade.
Alterações no processo de desenvolvimento da comunicação afetam a
inserção social da criança e do adolescente, seu aprendizado escolar e, em
indivíduos adultos, sua integração na vida profissional.
112. Pesquisas recentes, como a desenvolvida por Gombert (2003), têm
demonstrado
que os diferentes tipos de dislexia (fonológica, visual ou mista) são
conseqüência de
uma única deficiência: a fonológica. O que determina o tipo de dislexia são
fatores,
como, a gravidade do déficit, a natureza do sistema ortográfico, as
experiências de
leitura e a eficiência da abordagem pedagógica
Conceitos mais recentes de dislexia têm, inclusive, assumido esta visão,
como o de
Lyon; Shaywitz; Shaywitz, 2003:gógica.