REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 - Artigo_Bioterra_V24_...
Artigo bioterra v22_n1_01
1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 22 - Número 1 - 1º Semestre 2022
ASPECTOS DA MARÉ E SUAS INFLUÊNCIAS SOBRE A PESCA
Jasmyn Tognere¹*, Marielce de Cássia Ribeiro Tosta²
RESUMO
A pesca é uma atividade praticada desde as origens da civilização para obtenção dos meios
necessários à sua sobrevivência. Com o passar do tempo, houve avanços tecnológicos que levaram
ao aprimoramento de apetrechos e barcos. Além destes fatores, tem-se que os pescadores possuem
conhecimentos empíricos da combinação de ventos e/ou condições das marés e das fases da lua e
como estes podem influenciar a segurança e a rentabilidade das embarcações. Desta forma fez-se
necessário realizar uma revisão de literatura com o objetivo de elucidar sobre as marés astronômicas
e suas variações em relação aos resultados da pesca. Por este estudo percebe-se que as principais
interferências da maré estão relacionadas a comportamentos migratórios ou de desova de espécies
marinhas e mudança do habitat de muitas espécies, o que interfere nos locais de exploração e nos
horários da pesca.
Palavras-chave: Comportamento na pesca, Influência de marés, Influência da lua, Maré astronômica.
TIDE ASPECTS AND THEIR INFLUENCES ON FISHING
ABSTRACT
Fishing is an activity practiced since the origins of civilization to obtain the means necessary for its
survival. Over time, there were technological advances that led to the improvement of equipment and
boats. In addition to these factors, fishermen have empirical knowledge of the combination of winds
and / or tidal conditions and moon phases and how they can influence the safety and profitability of
vessels. Thus, it was necessary to carry out a literature review in order to clarify the astronomical
tides and their variations in relation to the results of fishing. This study shows that the main tidal
interferences are related to migratory or spawning behaviors of marine species and changes in the
habitat of many species, which interferes in the exploration locations and fishing times.
Keywords: Fishing behavior, Tidal influence, Influence of the moon, Astronomical tide.
1
2. INTRODUÇÃO
Definida como o ato de captura de
organismos aquáticos em rios, lagos ou mares
com finalidade comercial ou de subsistência, a
pesca é considerada uma das profissões mais
antigas já exercidas pelo homem, juntamente
com a caça e a agricultura (SAHRHAGE e
LUNDBECK, 1992; COSTA, 2008; FAO,
2019). Segundo Afonso Dias (2007) foi possível
encontrar, ao Sul dos continentes Africano e
Europeu, pinturas rupestres que retratam
imagens de peixes e cenas de pesca, as quais são
datadas há cerca de 25.000 anos. Também foi
possível identificar depósitos de conchas e restos
de ossos pelos litorais de todo o mundo, os quais
são utilizados para identificação de
assentamentos de populações antigas e que
revelam a utilização principalmente de bivalves
na alimentação da época, o que reforça ainda
mais o fato de que a pesca, desde muito cedo, fez-
se presente na vida do homem.
Algumas indicações de atividades de
pesca também podem ser percebidas no período
Paleolítico Superior, quando o Homo sapiens
apareceu na Europa Cerca de 50.000 anos atrás,
onde demonstrava um desenvolvimento de
ferramentas de pedra para a aplicação de artes
feitas de madeira, ossos, marfim e chifres
(SAHRHAGE e LUNDBECK,1992). No Brasil,
a presença remota da pesca é comprovada pela
presença dos sambaquis, que são sítios
arqueológicos que abrigam vestígios da pesca e
coleta de recursos de manguezal, principalmente
conchas e peixes, que compunham a dieta do
homem primitivo, como já citado (INSTITUTO
DE PESCA, 2017). De acordo com o Instituto de
Pesca (2017) durante o processo de formação do
povo brasileiro, indígenas, escravos e imigrantes
exerceram influência nas técnicas e na cultura da
pesca em todo o país, havendo também a
participação dos índios durante a época pré-
colonial, já que estes também utilizavam a pesca
para seu próprio sustento antes da chegada dos
portugueses, fazendo uso de canoas e jangadas.
Com o passar do tempo a atividade da
pesca foi aprimorada. Após a revolução
industrial, houve maior desenvolvimento de
técnicas e apetrechos de modo a obter maior
quantidade e qualidade do pescado. De acordo
com Sahrhage e Lundbeck (1992) a invenção de
máquinas levou a pesca a desenvolvimentos
revolucionários que causaram mudanças
completa e positiva em sua estrutura, vê-se isso,
principalmente na categoria da pesca industrial,
que passou a ser executada a partir do emprego
de navios de grande porte, bem equipados,
dispondo de redes potentes e de equipamentos
necessários ao congelamento e conservação do
pescado (MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL,
2017; ICMBIO, 2019; MINISTÉRIO DA
AGRICULTURA, PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO, 2019).
Além de todo o desenvolvimento
tecnológico quanto ao processo da atividade,
outros fatores também exercem influência na
rentabilidade e segurança das embarcações,
dentre estes se destaca a maré, que faz parte dos
mecanismos sinalizadores. Cunha (2004) ressalta
que os pescadores possuem conhecimentos
empíricos da combinação de ventos e/ou
condições das marés e das fases da lua utilizando
estes como indicadores naturais quanto a
informações de quando a pesca estará ou não
favorável. Estes mecanismos são adquiridos
socialmente, com base em observações,
experimentações e visão do cosmos.
O conhecimento sob as condições das
navegações e a conexão das marés com a lua, já
eram conhecidas pelos pescadores desde os
primórdios. Entretanto, sua relação só foi
confirmada após a da Lei da Gravitação
Universal, formulada por Isaac Newton, que
afirmou que as marés eram causadas pelas
diferenças na atração gravitacional entre a lua e a
terra sobre os lados opostos da terra (HEWITT,
2015).
Para ALMEIDA et al. (2009) a análise da
divergência entre os níveis das marés é
indispensável para o melhor sucesso de
atividades que tenham relação com os oceanos e
a costa, dentre estas, a navegação e a pesca.
Devido a isso, o objetivo deste artigo foi elucidar
sobre as marés astronômicas e suas variações em
relação a sua interferência nos resultados da
pesca.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo constitui uma revisão
bibliográfica de caráter informativo com o
objetivo de articular dados e informações sobre a
3. maré e sua influência na pesca. Desta forma, a
busca de informações foi realizada do período de
julho de 2019 a dezembro de 2019, sendo
utilizada na pesquisa a bases eletrônica de dados
Google acadêmico, pois foi considerada a mais
adequada, visto que esta filtra resultados
advindos de diversas outras bases eletrônicas,
como o Scielo e o Researchgate. Também foi
utilizada a plataforma Google Docs, para a
pesquisa em livros.
Para o apuramento dos dados e
informações, foram usadas palavras chaves
como: pesca industrial, industrial fishing,
história da pesca, marés, pesca e maré, pesca
industrial, marés, oceanografia, marés e a lua.
Foram utilizados filtros de data de 1980 a 2019,
a fim de reunir o máximo de informações para
escrita do artigo na tentativa de que essas
informações abordassem dados históricos e em
ordem cronológica.
Durante a busca, a seleção de trabalhos
foi feita através da leitura de títulos e resumos,
onde os artigos que pudessem contribuir foram
pré-selecionados, descartando-se aqueles que
não abrangessem o tema proposto. Ao todo,
foram reunidos 45 trabalhos, onde destes, 29
foram utilizados.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
As marés são alterações de curto prazo na
altura da superfície do oceano e resultam de
diferenças na atração gravitacional entre a lua e a
terra sobre os lados opostos do planeta. Isso
ocorre devido ao fato da força gravitacional entre
a terra e a lua ser mais forte no polo em que estão
próximas e mais fracas no polo oposto, onde a
terra e a lua ficam separadas (GARRISON, 2010;
BORGES, 2010; CARVALHO, 2014; HEWITT,
2015). De forma mais exata, a origem dos
fenômenos das marés está relacionada à
heterogeneidade dos campos gravitacional lunar
e solar em todo mundo (BUTIKOV, 2002).
A posição lua-terra e as diferentes fases
da lua também influenciam as alturas das marés.
Luas cheia e nova criam marés mais altas e com
correntes mais fortes, sendo estas chamadas
marés de sizígia; e as luas crescente e minguante
podem levar a marés de menor intensidade e
amplitude, que são as marés de quadratura
(MALTA, 2005; MEURER, 2010).
Apesar da força gravitacional da lua sobre
os corpos na superfície da terra ser muito menor
quando comparada com a força gravitacional do
sol, a heterogeneidade do campo gravitacional da
lua se faz maior devido ao fato desta estar mais
próxima à terra do que o sol, o que resulta nas
marés induzidas pela lua, chamadas marés
astronômicas (BUTIKOV, 2002; MALTA,
2005), ou seja, a lua controla muito mais as marés
por estar bem mais próxima da terra do que o sol.
Os relatos sobre as fases da lua dizem
respeito a comportamentos migratórios ou de
desova de espécies marinhas, comportamentos
estes que são motivados pela altura das marés
(MILLAR, 1997) e que fazem com que haja um
deslocamento de comunidades de espécies
aquáticas para diferentes locais, podendo, por
exemplo, tirar cardumes de peixes de rotas de
pesca industrial.
Em relação à atividade pesqueira, a
importância das marés se dá, sobretudo, com a
mudança do habitat de muitas espécies
(GODEFROID et al., 2003), o que influencia em
hábitos migratórios (MILLAR, 1997), onde
valida-se o exemplo dado sobre o deslocamento
de massas de pescado; reprodutivos (GIBSON,
1978; SCOTT & SCOTT, 1998),
comportamentais (VANCE,1992; STONER,
2004; KUPARINEN et al., 2009) e,
principalmente, na abundância (FERREIRA et.
al., 2017), interferindo em fatores como horários
de pesca; em locais de exploração - o que pode
obrigar o pescador a procurar novas rotas devido
à falta de pescado; espécies a serem buscadas e
nas técnicas aplicadas pelos pescadores
(RAMIRES et al., 2012).
De acordo com Ramires et. al. (2012), as
marés, aliadas a condições ambientais como
chuva e estágios da lua, estão fortemente
associadas ao sucesso ou fracasso na
performance pesqueira. Ainda de acordo com os
autores, o nível de preferência que se encontra a
maré é variável de acordo com cada região, pois
existe locais onde a maré alta apresenta maiores
rendimentos e locais onde a maré baixa é
preferível. Há ainda locais onde a maré média
proporciona melhor rendimento; e os locais
longe da costa, longe da área da pesca industrial,
onde a maré não apresenta influência direta.
Segundo Millar (1997) muitos pescadores
marinhos se baseiam nos ciclos lunares para
programarem suas atividades, utilizando-se de
4. calendários para prever a qualidade do pescado
em determinado dia do mês. Além desta questão,
é possível observar que há uma ligação do
conhecimento empírico e o científico por parte
dos pescadores, ao aliar as fases da lua com a
melhor “época” para pescaria.
Bezerra et. al., (2012) corrobora que os
fatores climáticos que mais interferem na
atividade pesqueira são os ventos e a
periodicidade das marés. Por este motivo estudos
sobre as consequências das marés na pesca são
de grande importância, já que estas podem
interferir tanto positivamente quanto
negativamente na atividade.
CONCLUSÃO
Por este estudo, conclui-se que as
principais interferências da maré na pesca
industrial estão relacionadas à comportamentos
migratórios ou de desova de espécies marinhas,
acarretando mudanças de habitat de muitas
espécies, o que acaba por interferir nos locais de
exploração e nos horários da pesca.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AFONSO-DIAS, M. Breves notas sobre a história
da pesca. Biologia Marinha. FCMA-Universidade
do Algarve, p. 1-4, 2007.
ALMEIDA, A.; PINTO, F. T.; GOMES, F. V. &
PAREDES, G. Análise das marés
meteorológicas em leixões. In: 6AS
JORNADAS PORTUGUESAS DE
ENGENHARIA COSTEIRA E PORTUÁRIA.
Funchal, 2009
BEZERRA, D. M. M.; NASCIMENTO, D. M.;
FERREIRA, E. N.; ROCHA, P. D. & MOURÃO,
J. S. Influence of tides and winds on fishing
techniques and strategies in the Mamanguape River
Estuary, Paraíba State, NE Brazil. In: ANAIS DA
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS,
2005, v. 84, p. 775-788.
BORGES, F. B. Variações nas marés atmosféricas
e nos ventos meteóricos observados em São João
do Cariri - PB e em Cachoeira Paulista-SP. 2010.
36 f. Dissertação (Mestrado em CIÊNCIA E
Tecnologia Ambiental) – Curso de Ciência e
Tecnologia Ambiental, Departamento de Ciências
e Tecnologia, UEP, Campina Grande, 2010.
BUTIKOV, E. I. A dynamical picture of the
oceanic tides. American Journal of Physics, 12 de
set de 2002, p. 1001-1011.
CARVALHO, L. R. M. & AMORIM, H. S.
Observando as marés atmosféricas: Uma aplicação
da placa Arduino com sensores de pressão
barométrica e temperatura. Revista Brasileira de
Ensino de Física, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 1-3501,
Set, 2014.
COSTA, A. M. R. Caracterização da pescaria do
camarão-da-costa com arrasto de portas na figueira
da foz, aspectos biológicos e sócio-económicos.
2008. 78 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do
Mar) – Curso de Recursos Marinhos, UP, Portugal,
2005.
CUNHA, L. H. O. Saberes patrimoniais pesqueiros.
In: Diegues AC (Org) Enciclopédia caiçara. São
Paulo: Hucitec: NUPAUB: CEC/ESP, p. 105-114,
2004.
FAO – Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura. La pesca. Itália, 2019.
Disponível em < http://www.fao.org/fisheries/es/
>. Acesso em: 26 agosto 2019.
FERREIRA, P. V. C.; AMORIM, A. L. A.;
PESSOA, W. V. N. & RAMOS, J. A. A. Influência
das fases da lua na abundância de Larimus
breviceps na zona de arrebentação da praia de
Miramar-PB. In: Divulgação Científica e
Tecnológica do IFPB, 2017. v. 36, p. 1-115.
GARRISON, Tom. Fundamentos de oceanografia.
Cengage Learning, tradução da 4º edição norte
americana, 2010.
GIBSON, R. N. Lunar and tidal rhythms in fish. In:
Thorpe JE (ed) Rhythmic activity of fishes.
Academic Press, London, 1978. p. 201-213.
GODEFROID, R. S.; SPACH, H. L.; SCHWARZ
JUNIOR, R.; QUEIROZ, G. M. L. N. &
OLIEVIRA NETO, J. F. Efeito da lua e da maré na
captura de peixes em uma planície de maré da baía
5. de Paranaguá, Paraná, Brasil. Boletim do Instituto
de Pesca, v. 29, n. 1, p. 47-55, dez/out., 2003.
HEWITT, P. G. Física conceitual. 12. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2015.
ICMBIO - Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade. Artes de pesca. Santa Catarina;
2019. Disponível em <
http://www.icmbio.gov.br/cepsul/artes-de-
pesca.html >. Acesso em: 15 outubro 2019.
INSTITUTO DE PESCA. Sobre a pesca e o homem
- A pesca no Brasil. São Paulo, 2017. Disponível
em: < https://www.pesca.sp.gov.br/ip-na-
midia/249-sobre-a-pesca-e-o-homem-a-pesca-no-
brasil >. Acesso em: 02 agosto 2019.
KUPARINEN A.; O'HARA R. B. & MERILA, J.
Lunar periodicity and the timing of river entry in
Atlantic salmon Salmo salar. Journal of Fish
Biologyp. 24 jul. 2009. p. 2401-2408.
MALTA, F. S. Estudo de correntes de maré do
complexo estuarino da baía de Guanabara – RJ.
2005. 132 f. Dissertação (Mestrado em Ciências em
Engenharia Oceânica) – Curso de Engenharia
Oceânica, UFRJ, Rio de Janeiro, 2005.
MEURER, A. Z. Alteração da estrutura e
composição da meiofauna estuarina em diferentes
ciclos de maré no estuário do rio Itajaí-Açú – SC.
2010. 41 f. Dissertação (Mestrado em Ciência e
Tecnologia Ambiental) – Curso de Pós-Graduação
em Ciência e Tecnologia Ambiental. UNIVALI,
Itajaí, 2010.
MILLAR, R. B.; MCKENZIE, J. E.; BELL, J. D.
& TIERNEY, L. D. Evaluation of an indigenous
fishing calendar using recreational catch rates of
snapper Pagrus auratus in the North Island of New
Zealand. Marine Ecology Progress Series, v. 151,
p. 219-224, mai, 1997.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA
E ABASTECIMENTO. Pesca no Brasil. Brasília;
2019. Disponível em <
http://www.agricultura.gov.br/assuntos/aquicultur
a-e-pesca/pesca-no-brasil >. Acesso em: 10 agosto
2019.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL. Pesca
artesanal legal. Brasília, DF, MPF, 2017.
PUGH, D. Tides, Surges and Mean Sea Level. A
Handbook for Engineers and Scientists. New York,
John Wiley and Sons, 1987.
RAMIRES, M.; BARRELLA, W. & ESTEVES, A.
M. Caracterização da pesca artesanal e o
conhecimento pesqueiro local no vale do ribeira e
litoral sul de São Paulo. Revista Ceciliana, São
Paulo, v. 4 n. 1, p. 37-43, jun, 2012.
SAHRHAGE, D.; LUNDBECK, J. A History of
Fishing. Ed. 1. Berlin: Springer-Verlag, 1992.
SCOTT, W. B.; SCOTT, M. G. Atlantic fishes of
Canada. Canadian Bulletin of Fisheries and Aquatic
Science. 1988.
SENAR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.
Pesca industrial ganha força no Brasil. Brasília;
2016. Disponível em <
https://www.cnabrasil.org.br/noticias/pesca-
industrial-ganha-for%C3%A7a-no-brasil >. Acesso
em: 07 outubro 2019.
Stoner, A. W. Effects of environmental variables of
fish feeding ecology: implications for the
performance of baited fishing gear and stock
assessment. Journal of Fish Biology, v. 65, p. 1445–
1471, jun/set 2004.
VANCE, D. J. Activity patterns of juvenile penaied
prawns in response to artificial tidal and day-night
cycles: a comparison of three species. Marine
Ecology Progress Series, Austrália, v. 87, p. 215-
226, out, 1992.
________________________________________
¹Universidade Federal do Espírito Santo – Centro
Universitário Norte do Espírito Santo – CEUNES
UFES
² ¹Universidade Federal do Espírito Santo – Centro
Universitário Norte do Espírito Santo – CEUNES
UFES
*Autor para correspondência:
tognerejasmyn@gmail.com
5