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REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228
Volume 21 - Número 2 - 2º Semestre 2021
ESPÉCIES NATIVAS INDICADAS PARA USO NA ARBORIZAÇÃO URBANA DA
CIDADE DO RECIFE - PE
Daniel Leite de Almeida 1 *
; Roxana Cardoso Barreto 2
RESUMO
A flora brasileira conta com grande riqueza de espécies ornamentais, mas é constatado que o uso de
exóticas prevalece na paisagem urbana. O conhecimento de espécies arbóreas nativas e
potencialmente ornamentais precisa ser ampliado para a intensificação de seu uso. Esse estudo
objetivou promover o levantamento informativo de espécies nativas para indicação de uso na
arborização urbana da Cidade do Recife (PE). Foi montado banco de dados com 57 espécies nativas
e 13 descritores selecionados, como altura, diâmetro do caule, tipos de folha, flor e fruto, além de
informações referentes à fenologia e locais de ocorrência. Através dos dados foram selecionadas 20
espécies nativas, destacáveis por sua beleza e potencial ornamental, a serem indicadas e apresentadas
com a descrição de algumas de suas características consideradas importantes. Estudos relacionados
ao uso de espécies nativas na arborização urbana resultam em estratégias de conservação e valoração
dessas árvores no cotidiano da população em áreas urbanas.
Palavras-chave: Arborização urbana, Arbóreas nativas, Biodiversidade brasileira.
NATIVE SPECIES INDICATED FOR USE IN URBAN AFFORESTATION OF RECIFE
CITY - PE
ABSTRACT
The Brazilian flora has great richness of ornamental species, but it is observed that the use of exotic
plants prevails in urban landscapes. The knowledge of native arboreal and potentially tree ornamental
species needs to be expanded for the intensification of your use. This study has the objective of
promote the informative survey of native species for the indication and use for urban afforestation of
the Recife (PE) city. A database was assembled with 57 native species, 13 descriptors chosen, like
height, stem diameter, leaf, flower and fruit types, besides information about phenology and
occurrence places. With that data, 20 native species were selected, detachable by your beauty and
ornamental potential, to be indicated and promoted with the description from some of your features
considered important. Studies related with the use of native species in the urban afforestation results
in strategies for the conservation and valuation of those trees in the daily life of the population.
Keywords: Urban afforestation, Native trees, Brazilian biodiversity.
70
INTRODUÇÃO
A arborização urbana atua como um
agente determinante da qualidade ambiental,
principalmente por estar intimamente ligada ao
bem-estar dos seres humanos. São incalculáveis
os benefícios que a arborização proporciona ao
ambiente, contribuindo com a estabilidade do
clima, atuando como obra de beleza por suas
vastas cores, além de fornecer sombra, alimento
e abrigo para diversas espécies (DANTAS;
SOUZA, 2004).
A flora brasileira conta com uma grande
riqueza de espécies interessantes para o
paisagismo, no entanto, a maior parte das árvores
cultivadas nas cidades não é constituída por
espécies nativas, sendo consideradas exóticas por
terem origem em outros países (LORENZI,
2009).
Novas opções de plantas ornamentais
nativas têm sido apontadas e apresentadas,
trazendo informações básicas que permitam
iniciar um cultivo mínimo das espécies. Tais
informações levam em consideração critérios
básicos como: beleza, porte, coloração,
resistência, floração, frutificação, relativa
facilidade de reprodução, utilidade paisagística e
comercialização (BARRETO; CASTRO, 2018).
Diante do reconhecimento da
importância do uso de espécies nativas na
paisagem urbana, nesse trabalho são
apresentadas sugestões de árvores da flora
brasileira, especialmente nordestina, como
opções na implantação de vegetação nativa na
arborização da Cidade do Recife.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
De acordo com Abbud (2010), as árvores
têm um papel importante na harmonização dos
espaços urbanos, oferecendo regularidade e
unidade à paisagem. Além disso, sua presença
retira do cenário a imagem caótica que surge com
o desenvolvimento descontínuo e irregular das
edificações.
Segundo Mittermeier et al. (1997), o
Brasil comporta cerca de 15 a 20% da variedade
biológica mundial, podendo ser considerado o
mais importante dos 17 países megadiversos. Em
seu território há ocorrência da maior riqueza
referente à flora mundial e aos remanescentes
majoritários de ecossistemas tropicais (MYERS
et al., 2000; ULLOA et al., 2017). Segundo
Siqueira-Filho (2012), na Caatinga, por exemplo,
há uma representatividade de cerca de 5.000
espécies, dentre essas, aproximadamente 380 são
endêmicas.
De acordo com o Ministério do Meio
Ambiente (2017a), a Caatinga encontra-se com
menos de 50% de sua vegetação original. Além
disso, 68% da área do bioma estão sujeitas a
certos níveis de antropização. Essa redução de
sua cobertura vegetal está relacionada à
excessiva exploração de espécies arbóreas, para
a produção de carvão, lenha e energia térmica
(DRUMMOND et al., 2000).
O Cerrado do Nordeste brasileiro
comporta uma flora rica, possuindo cerca de
6.000 espécies de angiospermas situadas em 176
famílias (FLORA DO BRASIL..., 2017). Este
bioma encontra-se excessivamente ameaçado,
em decorrência da ocupação desordenada e do
desmatamento para a agricultura e pecuária.
Estes dados são muito importantes, quando se
leva em consideração o baixo número de áreas
protegidas por lei na região (FLORA DO
BRASIL..., 2017).
A Amazônia e a Mata Atlântica
nordestina são biomas que apresentam grande
quantidade de espécies vegetais. Vale ressaltar
também que a região da Mata Atlântica possui
uma diversidade de 8.000 espécies endêmicas
(MUNIZ, 2011; TABARELLI et al., 2012). Estes
biomas costumam sofrer bastante com os
impactos na sua cobertura vegetal. De acordo
com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
– INPE (2013), a região amazônica, no Nordeste,
encontra-se extremamente desmatada em
decorrência de atividades madeireiras e
queimadas em áreas florestais para o cultivo de
soja (MMA, 2017b). Ao longo dos séculos, a
Mata Atlântica também está sendo submetida à
destruição de seu bioma, podendo apresentar a
situação mais crítica por ter sua cobertura
original estimada em apenas 2% (TABARELLI
et al., 2006).
A Praça de Casa Forte, muito estudada
por diferentes autores, encontra-se no bairro de
mesmo nome, na Cidade do Recife, estando
situada diante da matriz de Casa Forte. Após a
guerra contra a dominância holandesa do século
XVII, este local foi considerado um marco da
história recifense (FARIAS, 1997).
Originalmente foram cultivadas espécies de
plantas arbóreas da Amazônia e Mata Atlântica
(CARNEIRO; MESQUITA, 2000), mas o
inventário da vegetação cultivada na Praça de
Casa Forte realizado por Chagas et al. (2007)
indica que, como parte do projeto original da
praça, ainda há ocorrência de representantes
arbóreos nativos, entretanto, existindo
prevalência de componentes exóticos que foram
cultivados posteriormente, tais como flamboyant
e cássia-amarela. Foram listadas 27 espécies
constituindo os espaços herbáceos, arbóreos e
arbustivos do local (CHAGAS et al., 2007).
Como descrito por Carneiro e Mesquita
(2000), a Praça da República teve origem por
volta do século XVII, quando o governador do
Brasil holandês, Conde João Maurício de
Nassau, deu início a criação de um parque
situado em torno do Palácio de Friburgo. Este
provavelmente introduziu a ideia de jardim
renascentista nas Américas, sendo para o
Município do Recife sua primeira área verde.
Silva et al. (2007) indicaram que a vegetação de
grande porte cultivada na Praça da República
constitui um total de 21 espécies, classificadas
em oito famílias distintas, havendo
predominância de palmeiras (Arecaceae), sendo
a maioria das plantas observadas de origem
exótica.
Situada no Bairro da Várzea, a Praça
Pinto Damásio (Praça da Várzea) encontra-se em
um dos pontos mais antigos da Cidade do Recife.
O bairro apresenta casarões de arquiteturas
barroquistas e igrejas (SILVA et al., 2016). Sua
história agrega a economia voltada à cana-de-
açúcar e constitui um comércio bastante
diversificado. O bairro destaca-se pelos seus
pontos turísticos e a praça representa importante
local de encontro entre seus habitantes. Azevedo
et al. (2018) indicam que, para os usuários, a
vegetação é o principal atrativo da Praça da
Várzea em Recife e ressaltam que a importância
daquela área para o bairro e para as questões
ambientais desperta o sentimento de apropriação
daquele espaço urbano induzindo à colaboração
espontânea em sua conservação.
Segundo Santiago e Coradin (2018), o
surgimento de novos conhecimentos atrelados à
biodiversidade nativa é muito importante para a
sua devida valoração. As informações
relacionadas a cada espécie, suas propriedades e
seu potencial uso em escala comercial, podem
despertar, no brasileiro, o interesse para a
utilização sustentável dessa diversidade nativa.
MATERIAL E MÉTODOS
Localidades com potencial para aplicação do
estudo
A Cidade do Recife, capital do Estado de
Pernambuco (8º 04' 03'' S e 34º 55' 00'' W),
possui uma população de 1.537.704 habitantes e
uma área de unidade territorial com 218.843
Km², sendo 60,5% de domicílios urbanos em vias
públicas, com arborização. Seu clima é tropical,
quente-úmido e apresenta uma média de
temperatura anual de 25,2ºC (IBGE, 2017).
Procedimentos metodológicos
O estudo considerou aspectos qualitativos
e quantitativos que agem como influenciadores
para o pertencimento e a apropriação do espaço
de áreas urbanas, incluindo a conservação e a
ocorrência de árvores nativas.
Inicialmente, foram levadas em
consideração informações relacionadas a três
praças com potencial para aplicação do estudo na
Cidade do Recife – PE: Praça de Casa Forte,
Praça da República e Praça Pinto Damásio (Praça
da Várzea).
Posteriormente, foi montado um banco de
dados com 57 espécies nativas, incluindo 13
descritores, tais como altura, diâmetro do caule,
tipo de folha, tipo de flor e de fruto, além de
informações referentes à fenologia e locais de
ocorrência das espécies. As árvores foram
selecionadas inicialmente a partir de bibliografia
que trata de inúmeras espécies arbóreas nativas
exclusivamente do Brasil (LORENZI, 1998a,
1998b, 2009), somando-se dados observados em
campo e bibliografia voltada sobretudo ao estudo
de espécies nativas.
Após o preenchimento e análise dos
descritores foram selecionadas 20 espécies
nativas do Nordeste, algumas dessas com área de
ocorrência mais ampla, sendo consideradas de
relevância para o paisagismo urbano e
apresentadas com a descrição de suas
características mais importantes.
Finalmente, foi construída e apresentada
uma tabela com informações sobre as condições
de germinação e crescimento para as 20 espécies
selecionadas.
RESULTADOS
Apresentação das espécies
As espécies nativas selecionadas (Tabela
1) apresentam características morfológicas e
fenológicas que justificam a sua escolha,
conforme as descrições apresentadas. Elas
possuem flores vistosas e de potencial
ornamental, folhas apropriadas para áreas com
circulação de pessoas, sem a presença de
estruturas que podem causar acidentes e algumas
espécies com frutos comestíveis e folhas com
potencial medicinal.
Tabela 1 – Espécies arbóreas nativas selecionadas para uso em áreas urbanizadas.
Nome Científico Nome Popular Família Ocorrência
Annona leptopetala (R.E.Fr.) H.
Rainer
Bananinha Annonaceae
Nordeste e
Sudeste
Annona salzmannii A. DC. Araticum Annonaceae Nordeste
Auxemma oncocalyx (Fr. All.)
Baill.
Pau-branco Boraginaceae Nordeste
Byrsonima sericea DC. Murici Malpighiaceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Cordia bahiensis DC. Casca-fina Boraginaceae Nordeste
Crataeva tapia L. Tapiá, cabaceira Brassicaceae
Nordeste,
Sudeste e
Centro-Oeste
Handroanthus cristatus (A.H.
Gentry) S.O. Grose
Ipê-rajado, ipê-amarelo Bignoniaceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Hibiscus pernambucenses Arruda Algodão-do-brejo Malvaceae Nordeste
Hymenaea martiana Hayne Jatobá
Fabaceae
Caesalpinioideae
Brasil, incluindo
Nordeste
Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. Jacarandá-boca-de-sapo Bignoniaceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Mimosa caesalpiniaefolia Benth.
Sabiá, sanção-do-
campo
Fabaceae
Mimosoideae
Nordeste
Physocalymma scaberrimum Pohl Pau-de-rosas Lythraceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Poincianella pyramidalis (Tul.)
L.P. Queiroz
Catingueira
Fabaceae
Caesalpinioideae
Nordeste
Pouteria grandiflora Aubl. Bapeba, oiti-toroba Sapotaceae
Nordeste e
Sudeste
Senna spectabilis (DC.) Irwin et
Barn. var. excelsa (Schrad.) Irwin
et Barn.
Cássia-do-nordeste
Fabaceae
Caesalpinioideae
Nordeste
Spondias tuberosa Arruda Umbuzeiro Anacardiaceae Nordeste
Syagrus coronata (Mart.) Becc Licuri, aricuri Arecaceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Syagrus oleracea (Mart.) Becc Coco-catolé Arecaceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Tabebuia aurea (Benth. &
Hook.f.) ex S.Moore
Craibeira Bignoniaceae
Brasil, incluindo
Nordeste
Tabebuia cassinoides DC. Caxeta Bignoniaceae
Nordeste,
Sudeste e Sul
Fonte: Daniel Leite de Almeida, 2019.
Análise das espécies
Annona leptopetala (R.E.Fr.) H. Rainer -
Bananinha
Árvore caducifólia, heliófila e xerófita,
com 3-8m de altura e 15-25cm de diâmetro no
tronco; folhas com 4-8cm de comprimento e 1,5-
3,2cm de largura, com pecíolo de 0,3-0,7cm,
lâmina ovalada a elíptica; flores de cor vermelha,
solitárias ou em grupos de 2-3; frutos do tipo
apocárpico, com sementes negras e sabor
adocicado (LORENZI, 2009).
Nativa em Pernambuco, a espécie tem
registros de floração durante os meses de janeiro
a março e frutificação a partir de março. Sua
distribuição geográfica é indicada nos Estados do
Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais
(SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE A
BIODIVERSIDADE BRASILEIRA – SiBBr,
2020).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
por seu pequeno porte é adequada ao plantio em
áreas com pouca disponibilidade de espaço. Seus
frutos são apreciados pela avifauna, ressaltando
o seu valor para a arborização urbana.
Considerada como pioneira, há indicações de uso
em reflorestamento de áreas para preservação,
ocorrendo preferencialmente em formações
abertas e secundárias, em áreas secas e com solo
de boa drenagem.
Annona salzmannii A. DC. – Araticum
Árvore perenifólia, halófita e higrófita,
com 6-20m de altura e 30-40cm de diâmetro no
tronco; folhas coriáceas, obovadas a largamente
obovadas, frequentemente emarginadas no ápice,
com 9-13cm de comprimento; flores amareladas,
solitárias ou em pares; frutos sincárpicos, com
epicarpo espesso, muricado (LORENZI, 2009).
Ocorrente em Pernambuco, essa espécie
flora durante os primeiros meses do verão. Foi
registrada na Bahia, em Ilhéus, Itanagra, Porto
Seguro, Salvador, Una, em florestas costeiras ao
longo da Mata Atlântica (MAAS et al., 2001).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
habitante de florestas costeiras na restinga, em
terrenos arenosos, apresenta grande adequação
ao uso em cidades litorâneas, mas apesar do bom
crescimento em áreas abertas não tem sido
cultivada. Seus frutos bastante saborosos e
ornamentais por sua cor alaranjada tornam a
espécie mais indicada ao cultivo longe de
calçadas ou estacionamentos.
Auxemma oncocalyx (Fr. All.) Baill. – Pau-
branco
Árvore decídua durante a seca, heliófila,
com 5-8m de altura e 30-40cm de diâmetro no
tronco; folhas simples, alternas, elípticas, glabras
e de 12-18cm de comprimento por 5-8cm de
largura; inflorescências em panículas do tipo
tirso, com flores alvas; frutos drupas elipsoides,
piriformes, envolvidas por um cálice persistente,
com 5-8cm de comprimento (LORENZI, 1998a).
Endêmica da caatinga (SAMPAIO et al.,
2002), essa espécie tem a sua floração registrada
nos primeiros meses do ano.
Qualidades paisagísticas e econômicas:
bastante indicada à arborização urbana por seu
pequeno porte e baixa exigência hídrica, sendo
também recomendada pela bela floração branca
apesar da perda de suas folhas no período de
crescimento dos frutos, que são peculiarmente
protegidos por um cálice persistente cordiforme.
Byrsonima sericea DC. – Murici
Árvore com 3-20m de altura; folhas
glabras na face adaxial e piloso-douradas na
abaxial; flores em cachos, pentâmeras, com
14mm de comprimento e 7mm de largura, com
pétalas amarelas, unguiculadas; frutos
comestíveis e de polpa oleaginosa (LORENZI,
1998b; ALEXANDRINO, 2013).
Espécie de larga distribuição geográfica
no Brasil, incluindo a Região Nordeste, apresenta
registros em diferentes formações vegetais. Sua
floração na caatinga foi registrada no período de
junho a dezembro (LIMA, 2009).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
potencialmente ornamental por sua floração
amarela e bela folhagem, tem indicação de uso na
recuperação de áreas degradadas. Seus frutos têm
crescimento rápido e são utilizados na culinária
das regiões Norte e Nordeste do país, além de
serem muito atrativos para a avifauna. De acordo
com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), a
espécie apresenta um sistema de polinização por
abelhas.
Cordia bahiensis DC. – Casca-fina
Árvore decídua, heliófila, com 6-10m de
altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas
opostas ou ternadas, simples, curto-pecioladas,
margens irregularmente crenadas ou lisas,
medindo 3-10cm de comprimento e 1,5-4cm de
largura; inflorescências em panículas terminais;
frutos cápsulas globosas com ápice apiculado
rígido com espinho (LORENZI, 2009).
Segundo o Boletim do Levantamento
Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie
ocorre no Estado da Bahia. Nativa em
Pernambuco, essa espécie flora entre os meses de
janeiro e março e frutifica no período de março a
maio (LORENZI, 2009).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
árvore de grande potencial ornamental,
sobretudo no período de floração. Sua adequação
ao uso no paisagismo urbano volta-se
especialmente à arborização de ruas e avenidas.
Sua utilização é bastante recomendável diante da
facilidade na produção de mudas através de
sementes e há indicação de importância no
reflorestamento de áreas degradadas.
Crataeva tapia L. – Tapiá
Árvore decídua, heliófila e higrófita com
5-12m de altura e 20-40cm de diâmetro no
tronco; folhas compostas trifolioladas, com
pecíolo de 4-12cm de comprimento;
inflorescências em racemos terminais com flores
esbranquiçadas e frutos do tipo baga globosa
(LORENZI, 1998b).
Há registros da espécie nas Regiões
Nordeste, incluindo Pernambuco, e Sudeste do
país. Segundo Lorenzi (1998b), também ocorre
no Pantanal Mato-grossense, com floração entre
os meses de agosto a novembro e frutificação no
período de janeiro a maio.
Qualidades paisagísticas e econômicas:
possui potencial ornamental, desde que seu
cultivo não seja realizado ao longo de calçadas
ou estacionamentos, devido aos frutos, e há
indicações de seu uso no reestabelecimento de
áreas degradadas. Habitante de ambientes
úmidos tais como várzeas, pode ser utilizada em
áreas urbanas sem grandes exigências. Partes da
planta são medicinais e seus frutos são
comestíveis e especialmente apreciados por
diversos animais. De acordo com a Rede de
Catálogos Polínicos (2020), a espécie apresenta
um sistema de polinização por morcegos.
Handroanthus cristatus (A.H. Gentry) S. O.
Grose – Ipê-rajado
Árvore com 15-35m de altura e 40-50cm
de diâmetro no tronco; folhas compostas
palmadas, com 5 folíolos peciolulados medindo
4-10cm de comprimento por 1,7-4cm de largura;
inflorescências terminais em panículas com
poucas flores amarelas ou esbranquiçadas e
frutos capsulares com superfície denso-
tomentosa (LORENZI, 2009).
Espécie com registros de ocorrência nas
regiões Nordeste e Sudeste do país (PLANTS OF
THE WORLD ONLINE, 2020). Flora entre os
meses de agosto a setembro e frutifica no período
de outubro a novembro (LORENZI, 2009).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
seus valores ornamentais são ressaltados pela
floração amarela, sendo recomendada para áreas
com maior disponibilidade de espaço tais como
praças e parques, pelo porte que pode atingir.
Além do paisagismo urbano há indicações de seu
uso para reflorestamentos.
Hibiscus pernambucenses Arruda – Algodão-
do-brejo
Árvore perenifólia, heliófila e higrófita,
com 3-6m de altura e 20-30cm de diâmetro no
tronco; folhas simples, membranáceas e denso-
tornentosas de 9-12cm de comprimento e 10-
15cm de largura; flores amarelas com tricomas
nas ramificações do estilete; frutos do tipo
cápsula loculicida, pilosa e multisseminada
(LORENZI, 1998a; ROCHA; NEVES, 2000).
Distribuída no Nordeste, ocorrendo em
mata de restinga, essa espécie flora ao longo de
quase todo o ano.
Qualidades paisagísticas e econômicas:
apresenta grande potencial ornamental,
sobretudo por suas flores amarelas, grandes e
vistosas, sendo mais indicada à arborização de
parques e jardins, sejam públicos ou privados,
pois suas flores podem se tornar escorregadias ao
caírem em calçadas. Tem importância econômica
na indústria têxtil e medicina popular.
Hymenaea martiana Hayne. – Jatobá
Árvore caducifólia e heliófila, com 8-
18m de altura e 40-90cm de diâmetro no tronco;
folhas compostas bifolioladas medindo 5-7cm de
comprimento e 2,7-3,2cm de largura;
inflorescências em cimeiras terminais com flores
brancas; frutos do tipo legume semicilíndrico e
indeiscente (LORENZI, 2009).
Espécie com larga distribuição
geográfica em diferentes regiões do país,
apresentando registros no Paraguai e Argentina,
floresce entre os meses de dezembro e fevereiro
e frutifica entre março e maio (SIQUEIRA
FILHO, 2009).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
recomendada ao uso no paisagismo de parques e
amplos jardins devido ao grande porte alcançado
por essa árvore. Seus frutos são muito apreciados
por alguns animais da fauna brasileira, relevando
assim a sua importância, além de ser indicada
para a recomposição de áreas degradadas.
Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. –
Jacarandá-boca-de-sapo
Árvore decídua e heliófila, com 4-10m de
altura e 20-30cm de diâmetro no tronco; folhas
bipinadas, com 17-31 pinas, cada pina com 30-
50 folíolos sésseis na extremidade com 1,4cm de
comprimento; inflorescências em panículas
abertas, com flores roxas (LORENZI, 1998b).
Segundo o Boletim do Levantamento
Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie
apresenta registros de ocorrência no Maranhão,
Piauí, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Tocantins.
Essa distribuição é ampliada para os Estados de
Pernambuco, Minas Gerais e sul do Pará, com
indicação para a floração entre os meses de
agosto a setembro e frutificação no período de
julho a agosto (LORENZI, 1998b).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
planta com floração roxa, extremamente
ornamental e porte bastante apropriado ao cultivo
na paisagem urbana, ainda assim necessitando de
grande incentivo à produção de mudas e ao seu
plantio. De acordo com a Rede de Catálogos
Polínicos (2020), a espécie apresenta um sistema
de polinização por abelhas.
Mimosa caesalpiniaefolia Benth. – Sabiá
Árvore decídua, heliófila e xerófita, com
5-8m de altura e 20-30cm de diâmetro no tronco;
folhas compostas, bipinadas com 3-8cm de
comprimento; inflorescências do tipo panícula de
espigas com 5-10cm de comprimento, com flores
brancas; frutos craspédios, castanhos e espessos
(LORENZI, 1998a).
Endêmica da caatinga (SAMPAIO et al.,
2002), essa espécie flora entre os meses de
novembro a março e frutifica no período de
setembro a novembro (LORENZI, 1998a).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
seu caráter ornamental é reforçado pelo modo
peculiar como o caule se divide, formando
touceiras, e por sua floração alva que se dispõe
como pequenas escovas densamente compostas
por flores melíferas. Vale ressaltar que apresenta
restrições devidas à presença de espinhos na
planta. Apesar de ser cultivada para outros fins
no interior da região nordestina, não tem sido
muito explorada no paisagismo. Apresenta
rápido crescimento e indicação de plantio em
áreas de reflorestamento, especialmente no
semiárido. De acordo com a Rede de Catálogos
Polínicos (2020), a espécie apresenta um sistema
de polinização por abelhas.
Physocalymma scaberrimum Pohl – Pau-de-
rosas
Árvore decídua, heliófila e xerófita com
5-10m de altura e 20-35cm de diâmetro no
tronco; folhas simples, opostas cruzadas,
coriáceas de 5-11cm de comprimento e 2,5-
6,5cm de largura; inflorescências em panículas
terminais, flores de cor lilás ou rósea e frutos do
tipo cápsula (LORENZI, 1998b).
Segundo o Boletim do Levantamento
Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie
ocorre nos Estados de Goiás e Mato Grosso. Sua
distribuição inclui o Nordeste do Brasil com
floração registrada entre os meses de agosto a
setembro e frutificação no período de setembro a
outubro (LORENZI, 1998b).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
árvore muito ornamental durante a floração,
assumindo aspecto diferenciado quando se enche
de frutos secos, que ao amadurecerem tomam
formas estreladas. São indicadas ao uso
paisagístico tanto na arborização viária quanto no
plantio em áreas mais abertas. Seu cultivo pode
ser observado em algumas áreas da cidade,
porém, ainda em pequena escala, apesar de sua
beleza. Há indicações de adequação ao seu uso
em áreas de reflorestamento.
Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz –
Catingueira
Árvore heliófila e xerófita, com 4-10m de
altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas
compostas, bipinadas com três jugas; flores
amarelas em inflorescências racemosas terminais
e subterminais; frutos do tipo legume (vagem)
achatado (LORENZI, 2009).
Ocorrente na Região Nordeste, esta
planta é endêmica e amplamente distribuída na
Caatinga. Flora entre os meses de outubro e
fevereiro e frutifica no período entre dezembro e
junho (SIQUEIRA FILHO, 2009).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
árvore de pequeno porte e bela floração amarela,
seu nome popular se deve ao odor desagradável
em suas folhas. Sua altura pode variar conforme
o ambiente onde se encontra, crescendo mais em
locais com maior disponibilidade hídrica. Esta é
mais uma espécie nativa ornamental de
importante uso em áreas de reflorestamento. De
acordo com a Rede de Catálogos Polínicos
(2020), apresenta um sistema de polinização por
abelhas.
Pouteria grandiflora Aubl. – Bapeba
Árvore perenifólia e heliófila,
lactescente, com 6-14m de altura e 15-30cm de
diâmetro no tronco; folhas simples, alternas,
espiraladas, coriáceas, com 9-19cm de
comprimento por 3,2-7cm de largura;
inflorescências em fascículos axilares com 1-7
flores verde-pálidas; frutos bagas depresso-
globosas (LORENZI, 1998b).
Segundo o Boletim do Levantamento
Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie
ocorre nos cerrados da Bahia. Há registros da
espécie em matas de restinga ao longo da costa,
desde o Nordeste, incluindo Pernambuco, até o
Sudeste do país. A espécie flora entre os meses
de julho a outubro e frutifica no período de
outubro a janeiro (LORENZI, 1998b).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
sua copa piramidal em tronco cilíndrico e folhas
com venação secundária bem marcada lhe
conferem o caráter ornamental e adequação ao
uso paisagístico. Seus frutos são bastante
consumidos pela fauna e suas sementes
apreciadas especialmente pelo bicho-preguiça.
Senna spectabilis (DC.) Irwin et Barn. var.
excelsa (Schrad.) Irwin et Barn. – Cássia-do-
nordeste
Árvore decídua, heliófila e xerófita com
6-9m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco;
folhas compostas, pinadas com 2-4cm de
comprimento; flores amarelas; frutos tipo vagem
(LORENZI, 1998a).
Segundo o Boletim do Levantamento
Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie
tem registros nos cerrados da Bahia. De modo
geral, sua distribuição é indicada na caatinga
nordestina. Essa espécie flora entre os meses de
dezembro a abril e frutifica no período de agosto
a setembro (LORENZI, 1998a).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
no paisagismo urbano presta-se tanto ao cultivo
em ruas e avenidas quanto em jardins públicos e
particulares, sendo muito ornamental por sua
copa arredondada e suas inflorescências amarelas
e vistosas. Essa espécie da caatinga tem sido
bastante estudada pela presença de princípios
ativos antibactericidas e antifúngicos, assim
como tem sido indicada à recuperação de áreas
degradadas. De acordo com a Rede de Catálogos
Polínicos (2020), apresenta um sistema de
polinização por abelhas.
Spondias tuberosa Arruda – Umbuzeiro
Árvore decídua durante o período de
estiagem e heliófila, com 4-7m de altura e 40-
60cm de diâmetro no tronco, com sistema
radicular dotado de órgãos de reserva de água e
nutrientes; folhas compostas com 3-7 folíolos
membranáceos; inflorescências em panículas
terminais com flores brancas e frutos do tipo
drupa (LORENZI, 1998a).
Distribuída amplamente no Nordeste
brasileiro, essa espécie floresce entre os meses de
outubro e janeiro e frutifica entre novembro e
março (SIQUEIRA FILHO, 2009).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
planta muito importante nos estados nordestinos,
sobretudo pela sombra que produz, servindo de
abrigo aos homens e animais sob o sol do sertão,
assim como pelos frutos comestíveis e utilizados
na produção de diversas receitas típicas locais.
Resistente a grandes períodos de seca, pode ser
utilizada no paisagismo de áreas amplas devido
ao diâmetro de sua copa.
Syagrus coronata (Mart.) Becc – Licuri
Palmeira solitária, heliotrópica, inerme,
com 1,5-12m de altura, caule ereto, com
diâmetro entre 20-25cm, de aparência angular,
muitas vezes escondido pelas bases das folhas
persistentes; folhas (10-30) dispostas em cinco
fileiras ou linhas, com internós quase ausentes,
geralmente em espiral para a esquerda ou para a
direita, podendo ultrapassar 3m de comprimento;
inflorescências pêndulas, ramificadas
espiraladamente, com flores estaminadas, creme
a amarelas e flores pistiladas piramidais, verdes
a marrom claro; frutos do tipo drupa (NOBLICK;
BARRETO, 2018).
Espécie endêmica do Brasil, de
ocorrência principalmente na caatinga a leste do
Rio São Francisco, esta palmeira floresce e
frutifica ao longo do ano, mas tem um pico de
floração e frutificação nos meses de verão, de
dezembro a março.
Qualidades paisagísticas e econômicas:
extremamente ornamental, sobretudo pela beleza
de seu caule, deve ser cultivada em praças e
jardins públicos ou privados, podendo suportar
diferentes variações de solo, mas preferindo os
arenosos e rochosos. Apresenta tolerância à
salinidade, adequando o seu uso em áreas
litorâneas. Seu crescimento lento, embora não
vantajoso para os viveiristas, torna-se bastante
favorável aos paisagistas, por preferirem uma
paisagem imutável por mais tempo. Suas folhas
produzem fibra, cera e servem como alimento
animal; os frutos e as sementes também servem
como alimento, para a extração de óleo e na
produção de artesanato; quando trituradas, as
sementes podem ser usadas como complemento
alimentar na ração de aves. Os frutos imaturos
são usados com fins medicinais.
Syagrus oleracea (Mart.) Becc – Coco-catolé
Palmeira solitária, heliófila e xerófita,
com 10-20m de altura, caule ereto, com diâmetro
entre 20-30cm; folhas (15-20) dispostas
espiraladamente e levemente arqueadas, com 2-
3m de comprimento, de bainha estreita, com 2-5
folíolos agrupados e dispostos em diferentes
planos; inflorescências pêndulas; frutos
elípticos, verde-amarelados (LORENZI, 1998a;
LORENZI et al., 1996).
Ocorrente em áreas de cerrado e caatinga.
Segundo o Boletim do Levantamento Botânico
do IFN no Cerrado (2020), essa espécie apresenta
registros no Distrito Federal e em Goiás, mas há
indicação de dispersão mais ampla, incluindo
estados do Nordeste, Sudeste e Sul, com floração
ao longo de quase todo o ano.
Qualidades paisagísticas e econômicas:
palmeira de grande beleza, sobretudo pela
folhagem, necessita de maior incentivo ao uso
como ornamental na região nordestina. Seu
cultivo pode ajudar na preservação da espécie
cuja sobrevivência pode estar ameaçada em
algumas localidades. As folhas e frutos são
usados como forrageiras. As amêndoas são
bastante apreciadas pelos nordestinos e dela
também se extrai óleo de qualidade.
Tabebuia aurea (Benth. & Hook.f.) ex S.
Moore – Craibeira
Árvore heliófila, com 12-20m de altura e
30-40cm de diâmetro no tronco; folhas
compostas com 3-7 folíolos, folíolos com 10-
15cm de comprimento, com ápice arredondado,
glabros e coriáceos; inflorescências em panículas
terminais, portando muitas flores amarelas;
frutos tipo cápsula loculicida, linear, com 8,5-
15cm de comprimento (LORENZI, 1998a;
ZUNTINI; LOHMANN, 2018).
Espécie de larga distribuição em todas as
regiões do Brasil e outros países da América do
Sul (ZUNTINI; LOHMANN, 2018). Floresce de
agosto a setembro com a árvore quase totalmente
despida de folhagem e frutifica desde o mês de
setembro até meados de outubro (LORENZI,
1998a).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
planta de grande valor ornamental por sua
floração exuberante, com a vantagem de não
necessitar de maiores cuidados em sua
manutenção, podendo ser utilizada no
paisagismo viário e na composição de jardins
residenciais ou públicos. Apesar de relatos sobre
o crescimento lento, seu uso deve ser
intensificado na arborização urbana. Árvore
também indicada para a recuperação de áreas
degradadas.
Tabebuia cassinoides DC. – Caxeta
Árvore semidecídua, heliófila e higrófita
com 6-12m de altura e 30-40cm de diâmetro no
tronco; folhas simples, coriáceas, medindo 12-
22cm de comprimento e 4-8cm de largura; flores
de cor branca (LORENZI, 1998a).
Espécie amplamente distribuída ao longo
do litoral, com registros desde a Região Nordeste
até a Região Sul do país. Essa espécie flora entre
os meses julho a janeiro e frutifica no período de
outubro a março (LORENZI, 1998a).
Qualidades paisagísticas e econômicas:
apresenta características bastante ornamentais,
com suas belas flores e sua copa alongada, que
facilita o seu uso na arborização viária. Relatos
populares indicam que quando uma árvore dessa
espécie é cortada, esta rebrota vigorosamente,
crescendo tanto em terrenos secos quanto em
terrenos pantanosos. Indicada como pioneira e
bastante adequada para a recomposição da
vegetação natural.
Condições de plantio
Foi elaborada uma tabela com
indicadores sobre o tempo e condições de
germinação das sementes, tipo de crescimento
das mudas e substrato para o plantio de sementes
das espécies escolhidas (Tabela 2). Tais
informações estão baseadas em resultados
apresentados por Lorenzi, 1998a, 1998b, 2009.
Tabela 2 – Tempo e condições de germinação, velocidade de crescimento das mudas e substrato para o plantio de
sementes das espécies selecionadas.
Nome Científico
Tempo de
Germinação
Crescimento
Condições
de
Germinação
Substrato
Annona leptopetala (R.E.Fr.) H.
Rainer 70-90 dias Rápido
Semi-
sombreado
Arenoso
Annona salzmannii A. DC. 40-50 dias Lento
Semi-
sombreado
Areno-
argiloso
Auxemma oncocalyx (Fr. All.) Baill.
70-100 dias Lento
Semi-
sombreado
Organo-
argiloso
Byrsonima sericea DC. 35-49 dias Moderado Pleno sol Arenoso
Cordia bahiensis DC. 14 dias Rápido Pleno sol
Organo-
arenoso
Crataeva tapia L. 14-21 dias Rápido Pleno sol
Organo-
arenoso
Handroanthus cristatus (A.H.
Gentry) S.O. Grose
10-15 dias Rápido
Semi-
sombreado
Organo-
arenoso
Hibiscus pernambucenses Arruda - Rápido
Semi-
sombreados
Organo-
argiloso
Hymenaea martiana Hayne. 15-30 dias Lento
Semi-
sombreado
Argilo-
arenoso
Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. 8-15 dias Rápido
Semi-
sombreado
Argilo-
Arenoso
Mimosa caesalpiniaefolia Benth. 5-20 dias Rápido
Semi-
sombreado
Organo-
arenoso
Physocalymma scaberrimum Pohl 21-35 dias Rápido Pleno sol Arenoso
Poincianella pyramidalis (Tul.) LP
Queiroz
7-14 dias Rápido Pleno sol
Organo-
arenoso
Pouteria grandiflora Aubl. 28-49 dias Moderado Pleno sol
Organo-
arenoso
Senna spectabilis (DC.) Irwin et Barn.
var. excelsa (Schrad.) Irwin et Barn.
10-30 dias Rápido
Semi-
sombreado
Organo-
arenoso
Spondias tuberosa Arruda - Lento - Orgânico
Syagrus coronata (Mart.) Becc. 365 dias Lento Sombreado Orgânico
Syagrus oleracea (Mart.) Becc 60-120 dias Lento
Semi-
sombreado
Organo-
arenoso
Tabebuia aurea (Benth. & Hook.f.)
ex S.Moore
10-20 dias Lento
Semi-
sombreado
Organo-
arenoso
Tabebuia cassinoides DC. 7-12 dias Rápido
Semi-
sombreado
Orgânico
Fonte: Daniel Leite de Almeida, 2019.
DISCUSSÃO
Diversos são os problemas causados
pelo uso de espécies exóticas, incluindo danos à
fauna, ausência de identidade entre a vegetação e
usuários, assim como possibilidade de
introdução de espécies tóxicas e/ou invasoras nos
espaços urbanos.
Apesar do reconhecimento de que as
espécies nativas possibilitam a criação de
ambientes mais naturais, observa-se que na
vegetação urbana prevalece o uso de plantas
exóticas, muitas delas trazendo prejuízos à fauna
local.
Como exemplo, Spathodea campanulata
(Bisnagueira), espécie muito encontrada na
paisagem urbana, segundo Portugal-Araújo
(1963), apresenta efeitos tóxicos relatados
através da constatação de aproximadamente 200
insetos mortos, entre formigas, abelhas e
dípteros, em uma só inflorescência. Ele sugeriu
também que o efeito tóxico estava relacionado à
presença da mucilagem misturada ao néctar.
A ideia de que o uso de espécies nativas
pode fortalecer a relação entre a população e os
espaços públicos onde são cultivadas é ressaltada
por Azevedo et al. (2018). Tal efeito foi
observado na Praça Pinto Damásio (Praça da
Várzea), onde para os usuários, a vegetação é o
seu principal atrativo e ocorre grande uso de
serviços ecossistêmicos, cumprindo assim seus
valores ambientais, funcionais e estético-
simbólicos.
Segundo Blum et al. (2008), deve ser
ressaltado ainda que, além dos benefícios diretos
trazidos ao homem, a arborização de cidades
pode também desempenhar importante função
ecológica salvaguardando a identidade biológica
regional.
Outro problema muitas vezes decorrente
do uso de exóticas é a possibilidade de cultivo de
espécies consideradas invasoras. Blum et al.
(2008) avaliaram a questão das espécies exóticas
invasoras na arborização de vias públicas de
Maringá, no sentido de alertar para esta
problemática que pode trazer grandes prejuízos
para o meio ambiente regional e para a própria
sociedade. Os autores observaram que 16
espécies exóticas registradas na cidade têm
potencial de invasão, destacando-se Hovenia
dulcis, Leucaena leucocephala, Melia azedarach
e Tecoma stans como as que possuem maior
capacidade de invasão biológica, dispersando-se
vigorosamente a partir das vias públicas, através
de florestas ciliares e áreas degradadas,
sugerindo que em futuros planejamentos de
manejo da arborização deverá ser prevista a
substituição gradativa destas espécies por outras,
preferencialmente nativas da região.
O sucesso na produção de mudas está
diretamente relacionado às exigências
apresentadas pelas espécies quanto à germinação
das sementes e crescimento das plântulas, que
envolvem o conhecimento de composição
adequada do substrato, além de outros aspectos,
tais como iluminação e temperatura do ambiente
de cultivo. Estas informações têm o propósito de
instigar o comércio de mudas em áreas urbanas e
facilitar o acesso da população às espécies
nativas.
Coradin et al. (2018) apresentam
características de cultivo para cada espécie nativa
da flora brasileira indicada com potencial uso
econômico, com o objetivo de facilitar a escolha
de espécies propícias ao cultivo e mais
facilmente adotadas pelos produtores e
comerciantes de mudas.
CONCLUSÃO
A ocorrência de espécies arbóreas nativas
no meio urbano é uma boa estratégia de
conservação, garantindo a introdução de árvores
nativas no cotidiano do brasileiro que vive em
áreas urbanas.
Para a indicação de espécies nativas ao
uso no paisagismo urbano torna-se necessário um
maior conhecimento sobre suas características
morfológicas, ecológicas e paisagísticas.
O conhecimento voltado às condições de
reprodução das espécies é de fundamental
importância como fator seletivo para a indicação
daquelas a serem cultivadas e comercializadas
para o paisagismo urbano.
Ter ciência da importância da utilização
de espécies arbóreas nativas em ruas, avenidas,
praças e parques públicos, abre caminho para a
conservação da diversidade biológica brasileira.
Quanto mais estudos relacionados ao uso de
espécies nativas na arborização urbana forem
realizados, maiores serão os resultados atrelados
às estratégias de conservação e valoração dessas
árvores no cotidiano da população.
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Ambiente, 2018. p.1212-1220. Disponível
em:https://www.mma.gov.br/publicações/biodiv
ersidade/category/54agrobiodiversidade. Acesso
em: 19 set. 2019.
______________________________________
1- Graduado no Curso de Bacharelado em
Ciências Biológicas do Centro de Biociências da
Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof.
Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, CEP:
50670-901. Recife - PE, Brasil. * Autor para
correspondência:
daniel_almeida4@outlook.com
2- Professora do Departamento de Botânica do
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de Pernambuco. Av. Prof. Moraes Rego, 1235 -
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Espécies nativas para arborização urbana no Recife

  • 1. REVISTA DE BIOLOGIA E CIÊNCIAS DA TERRA ISSN 1519-5228 Volume 21 - Número 2 - 2º Semestre 2021 ESPÉCIES NATIVAS INDICADAS PARA USO NA ARBORIZAÇÃO URBANA DA CIDADE DO RECIFE - PE Daniel Leite de Almeida 1 * ; Roxana Cardoso Barreto 2 RESUMO A flora brasileira conta com grande riqueza de espécies ornamentais, mas é constatado que o uso de exóticas prevalece na paisagem urbana. O conhecimento de espécies arbóreas nativas e potencialmente ornamentais precisa ser ampliado para a intensificação de seu uso. Esse estudo objetivou promover o levantamento informativo de espécies nativas para indicação de uso na arborização urbana da Cidade do Recife (PE). Foi montado banco de dados com 57 espécies nativas e 13 descritores selecionados, como altura, diâmetro do caule, tipos de folha, flor e fruto, além de informações referentes à fenologia e locais de ocorrência. Através dos dados foram selecionadas 20 espécies nativas, destacáveis por sua beleza e potencial ornamental, a serem indicadas e apresentadas com a descrição de algumas de suas características consideradas importantes. Estudos relacionados ao uso de espécies nativas na arborização urbana resultam em estratégias de conservação e valoração dessas árvores no cotidiano da população em áreas urbanas. Palavras-chave: Arborização urbana, Arbóreas nativas, Biodiversidade brasileira. NATIVE SPECIES INDICATED FOR USE IN URBAN AFFORESTATION OF RECIFE CITY - PE ABSTRACT The Brazilian flora has great richness of ornamental species, but it is observed that the use of exotic plants prevails in urban landscapes. The knowledge of native arboreal and potentially tree ornamental species needs to be expanded for the intensification of your use. This study has the objective of promote the informative survey of native species for the indication and use for urban afforestation of the Recife (PE) city. A database was assembled with 57 native species, 13 descriptors chosen, like height, stem diameter, leaf, flower and fruit types, besides information about phenology and occurrence places. With that data, 20 native species were selected, detachable by your beauty and ornamental potential, to be indicated and promoted with the description from some of your features considered important. Studies related with the use of native species in the urban afforestation results in strategies for the conservation and valuation of those trees in the daily life of the population. Keywords: Urban afforestation, Native trees, Brazilian biodiversity. 70
  • 2. INTRODUÇÃO A arborização urbana atua como um agente determinante da qualidade ambiental, principalmente por estar intimamente ligada ao bem-estar dos seres humanos. São incalculáveis os benefícios que a arborização proporciona ao ambiente, contribuindo com a estabilidade do clima, atuando como obra de beleza por suas vastas cores, além de fornecer sombra, alimento e abrigo para diversas espécies (DANTAS; SOUZA, 2004). A flora brasileira conta com uma grande riqueza de espécies interessantes para o paisagismo, no entanto, a maior parte das árvores cultivadas nas cidades não é constituída por espécies nativas, sendo consideradas exóticas por terem origem em outros países (LORENZI, 2009). Novas opções de plantas ornamentais nativas têm sido apontadas e apresentadas, trazendo informações básicas que permitam iniciar um cultivo mínimo das espécies. Tais informações levam em consideração critérios básicos como: beleza, porte, coloração, resistência, floração, frutificação, relativa facilidade de reprodução, utilidade paisagística e comercialização (BARRETO; CASTRO, 2018). Diante do reconhecimento da importância do uso de espécies nativas na paisagem urbana, nesse trabalho são apresentadas sugestões de árvores da flora brasileira, especialmente nordestina, como opções na implantação de vegetação nativa na arborização da Cidade do Recife. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA De acordo com Abbud (2010), as árvores têm um papel importante na harmonização dos espaços urbanos, oferecendo regularidade e unidade à paisagem. Além disso, sua presença retira do cenário a imagem caótica que surge com o desenvolvimento descontínuo e irregular das edificações. Segundo Mittermeier et al. (1997), o Brasil comporta cerca de 15 a 20% da variedade biológica mundial, podendo ser considerado o mais importante dos 17 países megadiversos. Em seu território há ocorrência da maior riqueza referente à flora mundial e aos remanescentes majoritários de ecossistemas tropicais (MYERS et al., 2000; ULLOA et al., 2017). Segundo Siqueira-Filho (2012), na Caatinga, por exemplo, há uma representatividade de cerca de 5.000 espécies, dentre essas, aproximadamente 380 são endêmicas. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2017a), a Caatinga encontra-se com menos de 50% de sua vegetação original. Além disso, 68% da área do bioma estão sujeitas a certos níveis de antropização. Essa redução de sua cobertura vegetal está relacionada à excessiva exploração de espécies arbóreas, para a produção de carvão, lenha e energia térmica (DRUMMOND et al., 2000). O Cerrado do Nordeste brasileiro comporta uma flora rica, possuindo cerca de 6.000 espécies de angiospermas situadas em 176 famílias (FLORA DO BRASIL..., 2017). Este bioma encontra-se excessivamente ameaçado, em decorrência da ocupação desordenada e do desmatamento para a agricultura e pecuária. Estes dados são muito importantes, quando se leva em consideração o baixo número de áreas protegidas por lei na região (FLORA DO BRASIL..., 2017). A Amazônia e a Mata Atlântica nordestina são biomas que apresentam grande quantidade de espécies vegetais. Vale ressaltar também que a região da Mata Atlântica possui uma diversidade de 8.000 espécies endêmicas (MUNIZ, 2011; TABARELLI et al., 2012). Estes biomas costumam sofrer bastante com os impactos na sua cobertura vegetal. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE (2013), a região amazônica, no Nordeste, encontra-se extremamente desmatada em decorrência de atividades madeireiras e queimadas em áreas florestais para o cultivo de soja (MMA, 2017b). Ao longo dos séculos, a Mata Atlântica também está sendo submetida à destruição de seu bioma, podendo apresentar a situação mais crítica por ter sua cobertura original estimada em apenas 2% (TABARELLI et al., 2006). A Praça de Casa Forte, muito estudada por diferentes autores, encontra-se no bairro de mesmo nome, na Cidade do Recife, estando situada diante da matriz de Casa Forte. Após a guerra contra a dominância holandesa do século XVII, este local foi considerado um marco da história recifense (FARIAS, 1997).
  • 3. Originalmente foram cultivadas espécies de plantas arbóreas da Amazônia e Mata Atlântica (CARNEIRO; MESQUITA, 2000), mas o inventário da vegetação cultivada na Praça de Casa Forte realizado por Chagas et al. (2007) indica que, como parte do projeto original da praça, ainda há ocorrência de representantes arbóreos nativos, entretanto, existindo prevalência de componentes exóticos que foram cultivados posteriormente, tais como flamboyant e cássia-amarela. Foram listadas 27 espécies constituindo os espaços herbáceos, arbóreos e arbustivos do local (CHAGAS et al., 2007). Como descrito por Carneiro e Mesquita (2000), a Praça da República teve origem por volta do século XVII, quando o governador do Brasil holandês, Conde João Maurício de Nassau, deu início a criação de um parque situado em torno do Palácio de Friburgo. Este provavelmente introduziu a ideia de jardim renascentista nas Américas, sendo para o Município do Recife sua primeira área verde. Silva et al. (2007) indicaram que a vegetação de grande porte cultivada na Praça da República constitui um total de 21 espécies, classificadas em oito famílias distintas, havendo predominância de palmeiras (Arecaceae), sendo a maioria das plantas observadas de origem exótica. Situada no Bairro da Várzea, a Praça Pinto Damásio (Praça da Várzea) encontra-se em um dos pontos mais antigos da Cidade do Recife. O bairro apresenta casarões de arquiteturas barroquistas e igrejas (SILVA et al., 2016). Sua história agrega a economia voltada à cana-de- açúcar e constitui um comércio bastante diversificado. O bairro destaca-se pelos seus pontos turísticos e a praça representa importante local de encontro entre seus habitantes. Azevedo et al. (2018) indicam que, para os usuários, a vegetação é o principal atrativo da Praça da Várzea em Recife e ressaltam que a importância daquela área para o bairro e para as questões ambientais desperta o sentimento de apropriação daquele espaço urbano induzindo à colaboração espontânea em sua conservação. Segundo Santiago e Coradin (2018), o surgimento de novos conhecimentos atrelados à biodiversidade nativa é muito importante para a sua devida valoração. As informações relacionadas a cada espécie, suas propriedades e seu potencial uso em escala comercial, podem despertar, no brasileiro, o interesse para a utilização sustentável dessa diversidade nativa. MATERIAL E MÉTODOS Localidades com potencial para aplicação do estudo A Cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco (8º 04' 03'' S e 34º 55' 00'' W), possui uma população de 1.537.704 habitantes e uma área de unidade territorial com 218.843 Km², sendo 60,5% de domicílios urbanos em vias públicas, com arborização. Seu clima é tropical, quente-úmido e apresenta uma média de temperatura anual de 25,2ºC (IBGE, 2017). Procedimentos metodológicos O estudo considerou aspectos qualitativos e quantitativos que agem como influenciadores para o pertencimento e a apropriação do espaço de áreas urbanas, incluindo a conservação e a ocorrência de árvores nativas. Inicialmente, foram levadas em consideração informações relacionadas a três praças com potencial para aplicação do estudo na Cidade do Recife – PE: Praça de Casa Forte, Praça da República e Praça Pinto Damásio (Praça da Várzea). Posteriormente, foi montado um banco de dados com 57 espécies nativas, incluindo 13 descritores, tais como altura, diâmetro do caule, tipo de folha, tipo de flor e de fruto, além de informações referentes à fenologia e locais de ocorrência das espécies. As árvores foram selecionadas inicialmente a partir de bibliografia que trata de inúmeras espécies arbóreas nativas exclusivamente do Brasil (LORENZI, 1998a, 1998b, 2009), somando-se dados observados em campo e bibliografia voltada sobretudo ao estudo de espécies nativas. Após o preenchimento e análise dos descritores foram selecionadas 20 espécies nativas do Nordeste, algumas dessas com área de ocorrência mais ampla, sendo consideradas de relevância para o paisagismo urbano e apresentadas com a descrição de suas características mais importantes. Finalmente, foi construída e apresentada uma tabela com informações sobre as condições de germinação e crescimento para as 20 espécies selecionadas.
  • 4. RESULTADOS Apresentação das espécies As espécies nativas selecionadas (Tabela 1) apresentam características morfológicas e fenológicas que justificam a sua escolha, conforme as descrições apresentadas. Elas possuem flores vistosas e de potencial ornamental, folhas apropriadas para áreas com circulação de pessoas, sem a presença de estruturas que podem causar acidentes e algumas espécies com frutos comestíveis e folhas com potencial medicinal. Tabela 1 – Espécies arbóreas nativas selecionadas para uso em áreas urbanizadas. Nome Científico Nome Popular Família Ocorrência Annona leptopetala (R.E.Fr.) H. Rainer Bananinha Annonaceae Nordeste e Sudeste Annona salzmannii A. DC. Araticum Annonaceae Nordeste Auxemma oncocalyx (Fr. All.) Baill. Pau-branco Boraginaceae Nordeste Byrsonima sericea DC. Murici Malpighiaceae Brasil, incluindo Nordeste Cordia bahiensis DC. Casca-fina Boraginaceae Nordeste Crataeva tapia L. Tapiá, cabaceira Brassicaceae Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste Handroanthus cristatus (A.H. Gentry) S.O. Grose Ipê-rajado, ipê-amarelo Bignoniaceae Brasil, incluindo Nordeste Hibiscus pernambucenses Arruda Algodão-do-brejo Malvaceae Nordeste Hymenaea martiana Hayne Jatobá Fabaceae Caesalpinioideae Brasil, incluindo Nordeste Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. Jacarandá-boca-de-sapo Bignoniaceae Brasil, incluindo Nordeste Mimosa caesalpiniaefolia Benth. Sabiá, sanção-do- campo Fabaceae Mimosoideae Nordeste Physocalymma scaberrimum Pohl Pau-de-rosas Lythraceae Brasil, incluindo Nordeste Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz Catingueira Fabaceae Caesalpinioideae Nordeste Pouteria grandiflora Aubl. Bapeba, oiti-toroba Sapotaceae Nordeste e Sudeste Senna spectabilis (DC.) Irwin et Barn. var. excelsa (Schrad.) Irwin et Barn. Cássia-do-nordeste Fabaceae Caesalpinioideae Nordeste Spondias tuberosa Arruda Umbuzeiro Anacardiaceae Nordeste Syagrus coronata (Mart.) Becc Licuri, aricuri Arecaceae Brasil, incluindo Nordeste Syagrus oleracea (Mart.) Becc Coco-catolé Arecaceae Brasil, incluindo Nordeste Tabebuia aurea (Benth. & Hook.f.) ex S.Moore Craibeira Bignoniaceae Brasil, incluindo Nordeste Tabebuia cassinoides DC. Caxeta Bignoniaceae Nordeste, Sudeste e Sul Fonte: Daniel Leite de Almeida, 2019.
  • 5. Análise das espécies Annona leptopetala (R.E.Fr.) H. Rainer - Bananinha Árvore caducifólia, heliófila e xerófita, com 3-8m de altura e 15-25cm de diâmetro no tronco; folhas com 4-8cm de comprimento e 1,5- 3,2cm de largura, com pecíolo de 0,3-0,7cm, lâmina ovalada a elíptica; flores de cor vermelha, solitárias ou em grupos de 2-3; frutos do tipo apocárpico, com sementes negras e sabor adocicado (LORENZI, 2009). Nativa em Pernambuco, a espécie tem registros de floração durante os meses de janeiro a março e frutificação a partir de março. Sua distribuição geográfica é indicada nos Estados do Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais (SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA – SiBBr, 2020). Qualidades paisagísticas e econômicas: por seu pequeno porte é adequada ao plantio em áreas com pouca disponibilidade de espaço. Seus frutos são apreciados pela avifauna, ressaltando o seu valor para a arborização urbana. Considerada como pioneira, há indicações de uso em reflorestamento de áreas para preservação, ocorrendo preferencialmente em formações abertas e secundárias, em áreas secas e com solo de boa drenagem. Annona salzmannii A. DC. – Araticum Árvore perenifólia, halófita e higrófita, com 6-20m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas coriáceas, obovadas a largamente obovadas, frequentemente emarginadas no ápice, com 9-13cm de comprimento; flores amareladas, solitárias ou em pares; frutos sincárpicos, com epicarpo espesso, muricado (LORENZI, 2009). Ocorrente em Pernambuco, essa espécie flora durante os primeiros meses do verão. Foi registrada na Bahia, em Ilhéus, Itanagra, Porto Seguro, Salvador, Una, em florestas costeiras ao longo da Mata Atlântica (MAAS et al., 2001). Qualidades paisagísticas e econômicas: habitante de florestas costeiras na restinga, em terrenos arenosos, apresenta grande adequação ao uso em cidades litorâneas, mas apesar do bom crescimento em áreas abertas não tem sido cultivada. Seus frutos bastante saborosos e ornamentais por sua cor alaranjada tornam a espécie mais indicada ao cultivo longe de calçadas ou estacionamentos. Auxemma oncocalyx (Fr. All.) Baill. – Pau- branco Árvore decídua durante a seca, heliófila, com 5-8m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas simples, alternas, elípticas, glabras e de 12-18cm de comprimento por 5-8cm de largura; inflorescências em panículas do tipo tirso, com flores alvas; frutos drupas elipsoides, piriformes, envolvidas por um cálice persistente, com 5-8cm de comprimento (LORENZI, 1998a). Endêmica da caatinga (SAMPAIO et al., 2002), essa espécie tem a sua floração registrada nos primeiros meses do ano. Qualidades paisagísticas e econômicas: bastante indicada à arborização urbana por seu pequeno porte e baixa exigência hídrica, sendo também recomendada pela bela floração branca apesar da perda de suas folhas no período de crescimento dos frutos, que são peculiarmente protegidos por um cálice persistente cordiforme. Byrsonima sericea DC. – Murici Árvore com 3-20m de altura; folhas glabras na face adaxial e piloso-douradas na abaxial; flores em cachos, pentâmeras, com 14mm de comprimento e 7mm de largura, com pétalas amarelas, unguiculadas; frutos comestíveis e de polpa oleaginosa (LORENZI, 1998b; ALEXANDRINO, 2013). Espécie de larga distribuição geográfica no Brasil, incluindo a Região Nordeste, apresenta registros em diferentes formações vegetais. Sua floração na caatinga foi registrada no período de junho a dezembro (LIMA, 2009). Qualidades paisagísticas e econômicas: potencialmente ornamental por sua floração amarela e bela folhagem, tem indicação de uso na recuperação de áreas degradadas. Seus frutos têm crescimento rápido e são utilizados na culinária das regiões Norte e Nordeste do país, além de serem muito atrativos para a avifauna. De acordo com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), a espécie apresenta um sistema de polinização por abelhas. Cordia bahiensis DC. – Casca-fina Árvore decídua, heliófila, com 6-10m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas opostas ou ternadas, simples, curto-pecioladas, margens irregularmente crenadas ou lisas, medindo 3-10cm de comprimento e 1,5-4cm de
  • 6. largura; inflorescências em panículas terminais; frutos cápsulas globosas com ápice apiculado rígido com espinho (LORENZI, 2009). Segundo o Boletim do Levantamento Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie ocorre no Estado da Bahia. Nativa em Pernambuco, essa espécie flora entre os meses de janeiro e março e frutifica no período de março a maio (LORENZI, 2009). Qualidades paisagísticas e econômicas: árvore de grande potencial ornamental, sobretudo no período de floração. Sua adequação ao uso no paisagismo urbano volta-se especialmente à arborização de ruas e avenidas. Sua utilização é bastante recomendável diante da facilidade na produção de mudas através de sementes e há indicação de importância no reflorestamento de áreas degradadas. Crataeva tapia L. – Tapiá Árvore decídua, heliófila e higrófita com 5-12m de altura e 20-40cm de diâmetro no tronco; folhas compostas trifolioladas, com pecíolo de 4-12cm de comprimento; inflorescências em racemos terminais com flores esbranquiçadas e frutos do tipo baga globosa (LORENZI, 1998b). Há registros da espécie nas Regiões Nordeste, incluindo Pernambuco, e Sudeste do país. Segundo Lorenzi (1998b), também ocorre no Pantanal Mato-grossense, com floração entre os meses de agosto a novembro e frutificação no período de janeiro a maio. Qualidades paisagísticas e econômicas: possui potencial ornamental, desde que seu cultivo não seja realizado ao longo de calçadas ou estacionamentos, devido aos frutos, e há indicações de seu uso no reestabelecimento de áreas degradadas. Habitante de ambientes úmidos tais como várzeas, pode ser utilizada em áreas urbanas sem grandes exigências. Partes da planta são medicinais e seus frutos são comestíveis e especialmente apreciados por diversos animais. De acordo com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), a espécie apresenta um sistema de polinização por morcegos. Handroanthus cristatus (A.H. Gentry) S. O. Grose – Ipê-rajado Árvore com 15-35m de altura e 40-50cm de diâmetro no tronco; folhas compostas palmadas, com 5 folíolos peciolulados medindo 4-10cm de comprimento por 1,7-4cm de largura; inflorescências terminais em panículas com poucas flores amarelas ou esbranquiçadas e frutos capsulares com superfície denso- tomentosa (LORENZI, 2009). Espécie com registros de ocorrência nas regiões Nordeste e Sudeste do país (PLANTS OF THE WORLD ONLINE, 2020). Flora entre os meses de agosto a setembro e frutifica no período de outubro a novembro (LORENZI, 2009). Qualidades paisagísticas e econômicas: seus valores ornamentais são ressaltados pela floração amarela, sendo recomendada para áreas com maior disponibilidade de espaço tais como praças e parques, pelo porte que pode atingir. Além do paisagismo urbano há indicações de seu uso para reflorestamentos. Hibiscus pernambucenses Arruda – Algodão- do-brejo Árvore perenifólia, heliófila e higrófita, com 3-6m de altura e 20-30cm de diâmetro no tronco; folhas simples, membranáceas e denso- tornentosas de 9-12cm de comprimento e 10- 15cm de largura; flores amarelas com tricomas nas ramificações do estilete; frutos do tipo cápsula loculicida, pilosa e multisseminada (LORENZI, 1998a; ROCHA; NEVES, 2000). Distribuída no Nordeste, ocorrendo em mata de restinga, essa espécie flora ao longo de quase todo o ano. Qualidades paisagísticas e econômicas: apresenta grande potencial ornamental, sobretudo por suas flores amarelas, grandes e vistosas, sendo mais indicada à arborização de parques e jardins, sejam públicos ou privados, pois suas flores podem se tornar escorregadias ao caírem em calçadas. Tem importância econômica na indústria têxtil e medicina popular. Hymenaea martiana Hayne. – Jatobá Árvore caducifólia e heliófila, com 8- 18m de altura e 40-90cm de diâmetro no tronco; folhas compostas bifolioladas medindo 5-7cm de comprimento e 2,7-3,2cm de largura; inflorescências em cimeiras terminais com flores brancas; frutos do tipo legume semicilíndrico e indeiscente (LORENZI, 2009). Espécie com larga distribuição geográfica em diferentes regiões do país, apresentando registros no Paraguai e Argentina, floresce entre os meses de dezembro e fevereiro
  • 7. e frutifica entre março e maio (SIQUEIRA FILHO, 2009). Qualidades paisagísticas e econômicas: recomendada ao uso no paisagismo de parques e amplos jardins devido ao grande porte alcançado por essa árvore. Seus frutos são muito apreciados por alguns animais da fauna brasileira, relevando assim a sua importância, além de ser indicada para a recomposição de áreas degradadas. Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. – Jacarandá-boca-de-sapo Árvore decídua e heliófila, com 4-10m de altura e 20-30cm de diâmetro no tronco; folhas bipinadas, com 17-31 pinas, cada pina com 30- 50 folíolos sésseis na extremidade com 1,4cm de comprimento; inflorescências em panículas abertas, com flores roxas (LORENZI, 1998b). Segundo o Boletim do Levantamento Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie apresenta registros de ocorrência no Maranhão, Piauí, Bahia, Goiás, Mato Grosso e Tocantins. Essa distribuição é ampliada para os Estados de Pernambuco, Minas Gerais e sul do Pará, com indicação para a floração entre os meses de agosto a setembro e frutificação no período de julho a agosto (LORENZI, 1998b). Qualidades paisagísticas e econômicas: planta com floração roxa, extremamente ornamental e porte bastante apropriado ao cultivo na paisagem urbana, ainda assim necessitando de grande incentivo à produção de mudas e ao seu plantio. De acordo com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), a espécie apresenta um sistema de polinização por abelhas. Mimosa caesalpiniaefolia Benth. – Sabiá Árvore decídua, heliófila e xerófita, com 5-8m de altura e 20-30cm de diâmetro no tronco; folhas compostas, bipinadas com 3-8cm de comprimento; inflorescências do tipo panícula de espigas com 5-10cm de comprimento, com flores brancas; frutos craspédios, castanhos e espessos (LORENZI, 1998a). Endêmica da caatinga (SAMPAIO et al., 2002), essa espécie flora entre os meses de novembro a março e frutifica no período de setembro a novembro (LORENZI, 1998a). Qualidades paisagísticas e econômicas: seu caráter ornamental é reforçado pelo modo peculiar como o caule se divide, formando touceiras, e por sua floração alva que se dispõe como pequenas escovas densamente compostas por flores melíferas. Vale ressaltar que apresenta restrições devidas à presença de espinhos na planta. Apesar de ser cultivada para outros fins no interior da região nordestina, não tem sido muito explorada no paisagismo. Apresenta rápido crescimento e indicação de plantio em áreas de reflorestamento, especialmente no semiárido. De acordo com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), a espécie apresenta um sistema de polinização por abelhas. Physocalymma scaberrimum Pohl – Pau-de- rosas Árvore decídua, heliófila e xerófita com 5-10m de altura e 20-35cm de diâmetro no tronco; folhas simples, opostas cruzadas, coriáceas de 5-11cm de comprimento e 2,5- 6,5cm de largura; inflorescências em panículas terminais, flores de cor lilás ou rósea e frutos do tipo cápsula (LORENZI, 1998b). Segundo o Boletim do Levantamento Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie ocorre nos Estados de Goiás e Mato Grosso. Sua distribuição inclui o Nordeste do Brasil com floração registrada entre os meses de agosto a setembro e frutificação no período de setembro a outubro (LORENZI, 1998b). Qualidades paisagísticas e econômicas: árvore muito ornamental durante a floração, assumindo aspecto diferenciado quando se enche de frutos secos, que ao amadurecerem tomam formas estreladas. São indicadas ao uso paisagístico tanto na arborização viária quanto no plantio em áreas mais abertas. Seu cultivo pode ser observado em algumas áreas da cidade, porém, ainda em pequena escala, apesar de sua beleza. Há indicações de adequação ao seu uso em áreas de reflorestamento. Poincianella pyramidalis (Tul.) L.P. Queiroz – Catingueira Árvore heliófila e xerófita, com 4-10m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas compostas, bipinadas com três jugas; flores amarelas em inflorescências racemosas terminais e subterminais; frutos do tipo legume (vagem) achatado (LORENZI, 2009). Ocorrente na Região Nordeste, esta planta é endêmica e amplamente distribuída na Caatinga. Flora entre os meses de outubro e
  • 8. fevereiro e frutifica no período entre dezembro e junho (SIQUEIRA FILHO, 2009). Qualidades paisagísticas e econômicas: árvore de pequeno porte e bela floração amarela, seu nome popular se deve ao odor desagradável em suas folhas. Sua altura pode variar conforme o ambiente onde se encontra, crescendo mais em locais com maior disponibilidade hídrica. Esta é mais uma espécie nativa ornamental de importante uso em áreas de reflorestamento. De acordo com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), apresenta um sistema de polinização por abelhas. Pouteria grandiflora Aubl. – Bapeba Árvore perenifólia e heliófila, lactescente, com 6-14m de altura e 15-30cm de diâmetro no tronco; folhas simples, alternas, espiraladas, coriáceas, com 9-19cm de comprimento por 3,2-7cm de largura; inflorescências em fascículos axilares com 1-7 flores verde-pálidas; frutos bagas depresso- globosas (LORENZI, 1998b). Segundo o Boletim do Levantamento Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie ocorre nos cerrados da Bahia. Há registros da espécie em matas de restinga ao longo da costa, desde o Nordeste, incluindo Pernambuco, até o Sudeste do país. A espécie flora entre os meses de julho a outubro e frutifica no período de outubro a janeiro (LORENZI, 1998b). Qualidades paisagísticas e econômicas: sua copa piramidal em tronco cilíndrico e folhas com venação secundária bem marcada lhe conferem o caráter ornamental e adequação ao uso paisagístico. Seus frutos são bastante consumidos pela fauna e suas sementes apreciadas especialmente pelo bicho-preguiça. Senna spectabilis (DC.) Irwin et Barn. var. excelsa (Schrad.) Irwin et Barn. – Cássia-do- nordeste Árvore decídua, heliófila e xerófita com 6-9m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas compostas, pinadas com 2-4cm de comprimento; flores amarelas; frutos tipo vagem (LORENZI, 1998a). Segundo o Boletim do Levantamento Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie tem registros nos cerrados da Bahia. De modo geral, sua distribuição é indicada na caatinga nordestina. Essa espécie flora entre os meses de dezembro a abril e frutifica no período de agosto a setembro (LORENZI, 1998a). Qualidades paisagísticas e econômicas: no paisagismo urbano presta-se tanto ao cultivo em ruas e avenidas quanto em jardins públicos e particulares, sendo muito ornamental por sua copa arredondada e suas inflorescências amarelas e vistosas. Essa espécie da caatinga tem sido bastante estudada pela presença de princípios ativos antibactericidas e antifúngicos, assim como tem sido indicada à recuperação de áreas degradadas. De acordo com a Rede de Catálogos Polínicos (2020), apresenta um sistema de polinização por abelhas. Spondias tuberosa Arruda – Umbuzeiro Árvore decídua durante o período de estiagem e heliófila, com 4-7m de altura e 40- 60cm de diâmetro no tronco, com sistema radicular dotado de órgãos de reserva de água e nutrientes; folhas compostas com 3-7 folíolos membranáceos; inflorescências em panículas terminais com flores brancas e frutos do tipo drupa (LORENZI, 1998a). Distribuída amplamente no Nordeste brasileiro, essa espécie floresce entre os meses de outubro e janeiro e frutifica entre novembro e março (SIQUEIRA FILHO, 2009). Qualidades paisagísticas e econômicas: planta muito importante nos estados nordestinos, sobretudo pela sombra que produz, servindo de abrigo aos homens e animais sob o sol do sertão, assim como pelos frutos comestíveis e utilizados na produção de diversas receitas típicas locais. Resistente a grandes períodos de seca, pode ser utilizada no paisagismo de áreas amplas devido ao diâmetro de sua copa. Syagrus coronata (Mart.) Becc – Licuri Palmeira solitária, heliotrópica, inerme, com 1,5-12m de altura, caule ereto, com diâmetro entre 20-25cm, de aparência angular, muitas vezes escondido pelas bases das folhas persistentes; folhas (10-30) dispostas em cinco fileiras ou linhas, com internós quase ausentes, geralmente em espiral para a esquerda ou para a direita, podendo ultrapassar 3m de comprimento; inflorescências pêndulas, ramificadas espiraladamente, com flores estaminadas, creme a amarelas e flores pistiladas piramidais, verdes a marrom claro; frutos do tipo drupa (NOBLICK; BARRETO, 2018).
  • 9. Espécie endêmica do Brasil, de ocorrência principalmente na caatinga a leste do Rio São Francisco, esta palmeira floresce e frutifica ao longo do ano, mas tem um pico de floração e frutificação nos meses de verão, de dezembro a março. Qualidades paisagísticas e econômicas: extremamente ornamental, sobretudo pela beleza de seu caule, deve ser cultivada em praças e jardins públicos ou privados, podendo suportar diferentes variações de solo, mas preferindo os arenosos e rochosos. Apresenta tolerância à salinidade, adequando o seu uso em áreas litorâneas. Seu crescimento lento, embora não vantajoso para os viveiristas, torna-se bastante favorável aos paisagistas, por preferirem uma paisagem imutável por mais tempo. Suas folhas produzem fibra, cera e servem como alimento animal; os frutos e as sementes também servem como alimento, para a extração de óleo e na produção de artesanato; quando trituradas, as sementes podem ser usadas como complemento alimentar na ração de aves. Os frutos imaturos são usados com fins medicinais. Syagrus oleracea (Mart.) Becc – Coco-catolé Palmeira solitária, heliófila e xerófita, com 10-20m de altura, caule ereto, com diâmetro entre 20-30cm; folhas (15-20) dispostas espiraladamente e levemente arqueadas, com 2- 3m de comprimento, de bainha estreita, com 2-5 folíolos agrupados e dispostos em diferentes planos; inflorescências pêndulas; frutos elípticos, verde-amarelados (LORENZI, 1998a; LORENZI et al., 1996). Ocorrente em áreas de cerrado e caatinga. Segundo o Boletim do Levantamento Botânico do IFN no Cerrado (2020), essa espécie apresenta registros no Distrito Federal e em Goiás, mas há indicação de dispersão mais ampla, incluindo estados do Nordeste, Sudeste e Sul, com floração ao longo de quase todo o ano. Qualidades paisagísticas e econômicas: palmeira de grande beleza, sobretudo pela folhagem, necessita de maior incentivo ao uso como ornamental na região nordestina. Seu cultivo pode ajudar na preservação da espécie cuja sobrevivência pode estar ameaçada em algumas localidades. As folhas e frutos são usados como forrageiras. As amêndoas são bastante apreciadas pelos nordestinos e dela também se extrai óleo de qualidade. Tabebuia aurea (Benth. & Hook.f.) ex S. Moore – Craibeira Árvore heliófila, com 12-20m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas compostas com 3-7 folíolos, folíolos com 10- 15cm de comprimento, com ápice arredondado, glabros e coriáceos; inflorescências em panículas terminais, portando muitas flores amarelas; frutos tipo cápsula loculicida, linear, com 8,5- 15cm de comprimento (LORENZI, 1998a; ZUNTINI; LOHMANN, 2018). Espécie de larga distribuição em todas as regiões do Brasil e outros países da América do Sul (ZUNTINI; LOHMANN, 2018). Floresce de agosto a setembro com a árvore quase totalmente despida de folhagem e frutifica desde o mês de setembro até meados de outubro (LORENZI, 1998a). Qualidades paisagísticas e econômicas: planta de grande valor ornamental por sua floração exuberante, com a vantagem de não necessitar de maiores cuidados em sua manutenção, podendo ser utilizada no paisagismo viário e na composição de jardins residenciais ou públicos. Apesar de relatos sobre o crescimento lento, seu uso deve ser intensificado na arborização urbana. Árvore também indicada para a recuperação de áreas degradadas. Tabebuia cassinoides DC. – Caxeta Árvore semidecídua, heliófila e higrófita com 6-12m de altura e 30-40cm de diâmetro no tronco; folhas simples, coriáceas, medindo 12- 22cm de comprimento e 4-8cm de largura; flores de cor branca (LORENZI, 1998a). Espécie amplamente distribuída ao longo do litoral, com registros desde a Região Nordeste até a Região Sul do país. Essa espécie flora entre os meses julho a janeiro e frutifica no período de outubro a março (LORENZI, 1998a). Qualidades paisagísticas e econômicas: apresenta características bastante ornamentais, com suas belas flores e sua copa alongada, que facilita o seu uso na arborização viária. Relatos populares indicam que quando uma árvore dessa espécie é cortada, esta rebrota vigorosamente, crescendo tanto em terrenos secos quanto em terrenos pantanosos. Indicada como pioneira e bastante adequada para a recomposição da vegetação natural.
  • 10. Condições de plantio Foi elaborada uma tabela com indicadores sobre o tempo e condições de germinação das sementes, tipo de crescimento das mudas e substrato para o plantio de sementes das espécies escolhidas (Tabela 2). Tais informações estão baseadas em resultados apresentados por Lorenzi, 1998a, 1998b, 2009. Tabela 2 – Tempo e condições de germinação, velocidade de crescimento das mudas e substrato para o plantio de sementes das espécies selecionadas. Nome Científico Tempo de Germinação Crescimento Condições de Germinação Substrato Annona leptopetala (R.E.Fr.) H. Rainer 70-90 dias Rápido Semi- sombreado Arenoso Annona salzmannii A. DC. 40-50 dias Lento Semi- sombreado Areno- argiloso Auxemma oncocalyx (Fr. All.) Baill. 70-100 dias Lento Semi- sombreado Organo- argiloso Byrsonima sericea DC. 35-49 dias Moderado Pleno sol Arenoso Cordia bahiensis DC. 14 dias Rápido Pleno sol Organo- arenoso Crataeva tapia L. 14-21 dias Rápido Pleno sol Organo- arenoso Handroanthus cristatus (A.H. Gentry) S.O. Grose 10-15 dias Rápido Semi- sombreado Organo- arenoso Hibiscus pernambucenses Arruda - Rápido Semi- sombreados Organo- argiloso Hymenaea martiana Hayne. 15-30 dias Lento Semi- sombreado Argilo- arenoso Jacaranda brasiliana (Lam.) Pers. 8-15 dias Rápido Semi- sombreado Argilo- Arenoso Mimosa caesalpiniaefolia Benth. 5-20 dias Rápido Semi- sombreado Organo- arenoso Physocalymma scaberrimum Pohl 21-35 dias Rápido Pleno sol Arenoso Poincianella pyramidalis (Tul.) LP Queiroz 7-14 dias Rápido Pleno sol Organo- arenoso Pouteria grandiflora Aubl. 28-49 dias Moderado Pleno sol Organo- arenoso Senna spectabilis (DC.) Irwin et Barn. var. excelsa (Schrad.) Irwin et Barn. 10-30 dias Rápido Semi- sombreado Organo- arenoso Spondias tuberosa Arruda - Lento - Orgânico Syagrus coronata (Mart.) Becc. 365 dias Lento Sombreado Orgânico Syagrus oleracea (Mart.) Becc 60-120 dias Lento Semi- sombreado Organo- arenoso Tabebuia aurea (Benth. & Hook.f.) ex S.Moore 10-20 dias Lento Semi- sombreado Organo- arenoso Tabebuia cassinoides DC. 7-12 dias Rápido Semi- sombreado Orgânico Fonte: Daniel Leite de Almeida, 2019.
  • 11. DISCUSSÃO Diversos são os problemas causados pelo uso de espécies exóticas, incluindo danos à fauna, ausência de identidade entre a vegetação e usuários, assim como possibilidade de introdução de espécies tóxicas e/ou invasoras nos espaços urbanos. Apesar do reconhecimento de que as espécies nativas possibilitam a criação de ambientes mais naturais, observa-se que na vegetação urbana prevalece o uso de plantas exóticas, muitas delas trazendo prejuízos à fauna local. Como exemplo, Spathodea campanulata (Bisnagueira), espécie muito encontrada na paisagem urbana, segundo Portugal-Araújo (1963), apresenta efeitos tóxicos relatados através da constatação de aproximadamente 200 insetos mortos, entre formigas, abelhas e dípteros, em uma só inflorescência. Ele sugeriu também que o efeito tóxico estava relacionado à presença da mucilagem misturada ao néctar. A ideia de que o uso de espécies nativas pode fortalecer a relação entre a população e os espaços públicos onde são cultivadas é ressaltada por Azevedo et al. (2018). Tal efeito foi observado na Praça Pinto Damásio (Praça da Várzea), onde para os usuários, a vegetação é o seu principal atrativo e ocorre grande uso de serviços ecossistêmicos, cumprindo assim seus valores ambientais, funcionais e estético- simbólicos. Segundo Blum et al. (2008), deve ser ressaltado ainda que, além dos benefícios diretos trazidos ao homem, a arborização de cidades pode também desempenhar importante função ecológica salvaguardando a identidade biológica regional. Outro problema muitas vezes decorrente do uso de exóticas é a possibilidade de cultivo de espécies consideradas invasoras. Blum et al. (2008) avaliaram a questão das espécies exóticas invasoras na arborização de vias públicas de Maringá, no sentido de alertar para esta problemática que pode trazer grandes prejuízos para o meio ambiente regional e para a própria sociedade. Os autores observaram que 16 espécies exóticas registradas na cidade têm potencial de invasão, destacando-se Hovenia dulcis, Leucaena leucocephala, Melia azedarach e Tecoma stans como as que possuem maior capacidade de invasão biológica, dispersando-se vigorosamente a partir das vias públicas, através de florestas ciliares e áreas degradadas, sugerindo que em futuros planejamentos de manejo da arborização deverá ser prevista a substituição gradativa destas espécies por outras, preferencialmente nativas da região. O sucesso na produção de mudas está diretamente relacionado às exigências apresentadas pelas espécies quanto à germinação das sementes e crescimento das plântulas, que envolvem o conhecimento de composição adequada do substrato, além de outros aspectos, tais como iluminação e temperatura do ambiente de cultivo. Estas informações têm o propósito de instigar o comércio de mudas em áreas urbanas e facilitar o acesso da população às espécies nativas. Coradin et al. (2018) apresentam características de cultivo para cada espécie nativa da flora brasileira indicada com potencial uso econômico, com o objetivo de facilitar a escolha de espécies propícias ao cultivo e mais facilmente adotadas pelos produtores e comerciantes de mudas. CONCLUSÃO A ocorrência de espécies arbóreas nativas no meio urbano é uma boa estratégia de conservação, garantindo a introdução de árvores nativas no cotidiano do brasileiro que vive em áreas urbanas. Para a indicação de espécies nativas ao uso no paisagismo urbano torna-se necessário um maior conhecimento sobre suas características morfológicas, ecológicas e paisagísticas. O conhecimento voltado às condições de reprodução das espécies é de fundamental importância como fator seletivo para a indicação daquelas a serem cultivadas e comercializadas para o paisagismo urbano. Ter ciência da importância da utilização de espécies arbóreas nativas em ruas, avenidas, praças e parques públicos, abre caminho para a conservação da diversidade biológica brasileira. Quanto mais estudos relacionados ao uso de espécies nativas na arborização urbana forem realizados, maiores serão os resultados atrelados às estratégias de conservação e valoração dessas árvores no cotidiano da população.
  • 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBUD, B. Criando Paisagens: Guia de trabalho em arquitetura paisagística. 4. ed. São Paulo: Editora Senac, 2010. 208 p. ALEXANDRINO, C. D. Aplicação da amêndoa de sementes de Manga (Mangifera indica L.) e fruto do Murici (Byrsonima sericea DC.) na produção de biodiesel. [S.l., s.n.], 2013. 127f. il. CD-ROM, 4 ¾ pol. AZEVEDO, W.R.S. et al. Pertencimento e apropriação do espaço como suporte à educação ambiental em praças públicas: O caso da Praça da Várzea, Recife – PE. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA – CIDADES VERDES E RESILIENTES, 22., 2018, Salvador. Anais... Salvador: Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, 2018. p. 244- 247. BARRETO, R.C.; CASTRO, A.C.R. de. Espécies Ornamentais Nativas da Região Nordeste. In: CORADIN, L.; CAMILLO, J.; PAREYN, F. G. C. (Eds.). Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro: Região Nordeste. Brasília: MMA, 2018. cap. 5, p. 1073- 1238. (Série Biodiversidade; 51). Disponível em: <https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiver sidade/category/54-agrobiodiversidade>. Acesso em: 19 set. 2019. BLUM, C.T.; BORGO, M.; SAMPAIO, A.C.F. Espécies exóticas invasoras na arborização de vias públicas de Maringá-PR. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, Piracicaba, v. 3, n. 2, p. 78-97, jun., 2008. BOLETIM DO IFN CERRADO. Boletim ed.01 do levantamento botânico do IFN no Cerrado. Disponível em: <http://www.florestal.gov.br/documentos/public acoes/4360-anexo-a-levantamento-botanico- 3/file. Acesso em: 07 jul. 2020>. CARNEIRO, A. R.; MESQUITA, L. B. Espaços livres do Recife. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife / Universidade Federal de Pernambuco, 2000. 139 p. CHAGAS, N.J.H. et al. Inventário da Vegetação Cultivada na Praça de Casa Forte: um Estudo para a Conservação e Tombamento dos Jardins de Burle Marx. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. S1, p. 837-839, jul., 2007. CORADIN, L.; CAMILO, J.; PAREYN, F.G.C. (Eds.). Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econômico Atual ou Potencial - Plantas para o Futuro: Região Nordeste. Brasília: MMA, 2018. 1.311 p. (Série Biodiversidade; 51). Disponível em: <https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiver sidade/category/54-agrobiodiversidade>. Acesso em: 19 set. 2019. DANTAS, I.C.; SOUZA, C.M.C. Arborização urbana na cidade de Campina Grande - PB: Inventário e suas espécies. Revista de Biologia e Ciências da Terra, Campina Grande, v. 4, n. 2, p. 1-18, dez., 2004. DRUMOND, M.A. et al. (Coord.) Avaliação e identificação de ações prioritárias para a conservação, utilização sustentável e repartição de benefícios da biodiversidade do bioma Caatinga: Estratégias para o Uso Sustentável da Biodiversidade da Caatinga. Petrolina: [s.n.], 2000. 21 p. folder. Disponível em: < http://biodiversitas.org.br/caatinga/relatorios/us o_sustentavel.pdf>. Acesso em: 24 out. 2019. FARIAS, A.C. Praça de Casa Forte (Re) descoberta e resgate. 1997. Relatório de estágio supervisionado em Engenharia Florestal - Curso de Graduação em Engenharia Florestal, UFRPE, Recife, 1997. FLORA DO BRASIL 2020 EM CONSTRUÇÃO. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/>. Acesso em: 24 out. 2019. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades. 2017. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/recife/pan orama>. Acesso em: 26 set. 2019. INPE - INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Prodes:
  • 13. Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. 2013. Disponível em: <http://www.obt.inpe.br/OBT/assuntos/program as/amazonia/prodes>. Acesso em: 24 out. 2019. LIMA, L.C.M. DE; BARBOSA, D.C. DE A.; BARBOSA, M.C. DE A. Calendário didático de floração de espécies lenhosas da Caatinga de Pernambuco, com base em coleções do Herbário UFP – Geraldo Mariz. Recife:CEPE, 2009. 74p. LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. 2. ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, v. 1, 1998a. 352 p. ______. ______. ed. 2. Nova Odessa: Instituto Plantarum, v. 2, 1998b. 352 p. ______. ______. ed. 2. Nova Odessa: Instituto Plantarum, v. 3, 2009. 384 p. LORENZI, H. et al. Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa - SP: Editora Plantarum, 1996. 303p. il. MAAS, P.J.M. et al. Annonaceae from Central- eastern Brazil. Rodriguésia, 52(80):61-94, 2001. MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Contexto, características e estratégias de conservação. 2017a. Disponível em: < http://www.mma.gov.br/biomas/caatinga/item/1 91>. Acesso em: 24 out. 2019. MMA - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Biodiversidade. 2017b. Disponível em: <https://www.mma.gov.br/biodiversidade/>. Acesso em: 24 out. 2019. MITTERMEIER, R.A.; MITTERMEIER, C.G; ROBLES-GIL, P. Megadiversity: Earth’s biologically wealthiest nations. Mexico City: CEMEX, 1997. 501 p. ISBN-10: 9686397507. ISBN-13: 978-9686397505. MUNIZ, F.H. Efeito do manejo florestal sobre a composição florística e fitossociologia da floresta na Amazônia maranhense. In: MARTINS, M.B.; OLIVEIRA, T.G. (Eds.). Amazônia Maranhense: Diversidade e Conservação. Belém: MPEG, 2011. p. 118-140. MYERS, N. et al. Biodiversity hotspots for conservation priorities. Nature, [S.l.], v. 403, p. 853-858, fev., 2000. DOI: https://doi.org/10.1038/3500250. NOBLICK, L.R.; BARRETO, R.C. Syagrus coronata (Mart.) Becc. In: Coradin, Lidio; Camillo, Julcéia; Pareyn, Frans Germain Corneel (Eds). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial - Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2018. p.1206-1211. Disponível em: https://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversi dade/category/54-agrobiodiversidade. Acesso em: 19 set. 2019. PLANTS OF THE WORLD ONLINE. Handroanthus Cristatus (A.H. Gentry) S.O. Grose in Kew Sciense. Disponível em: http://www.plantsoftheworldonline.org/taxon/ur n:lsid:ipni.org:names:77085088-1. Acesso em: 08 jul. 2020. PORTUGAL-ARAÚJO, V. O perigo da dispersão da Tulipeira do Gabão (Spathodea campanulata Beauv.). Revista Chácaras e Quintais, [S.l.], v. 107, p. 562, 1963. REDE DE CATÁLOGOS POLÍNICOS online. disponível em: < http://chaves.rcpol.org.br/ >. acesso em: 16 maio 2020. ROCHA, J. F.; NEVES, L. J. Anatomia foliar de Hibiscus tiliaceus L. e Hibiscus pernambucensis Arruda (Malvaceae). Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 51, n. 78-79, p. 113-132, 2000. SAMPAIO, E.S.B.; GIULIETTI, A.M.; VIRGÍNIO, J. GAMARRA-ROJAS, C.F.L. (Eds.) Vegetação e flora da caatinga. Recife: Associação Plantas do Nordeste – APNE; Centro Nordestino de Informações sobre Plantas – CNIP, 2002. 176p. SANTIAGO, R. de A.C.; CORADIN, L (Eds.). Biodiversidade brasileira: sabores e aromas. Brasília: MMA, 2018. 906 p. (Série Biodiversidade, 52). Disponível em: <http://www.mma.gov.br/publicacoes/biodiversi dade/category/54-agrobiodiversidade>. Acesso em: 19 set. 2019.
  • 14. SILVA, K.M.M. et al. Inventário da vegetação cultivada na Praça da República: um estudo para a conservação e tombamento dos jardins de Burle Marx. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, n. S1, p. 396-398, jul., 2007. SILVA, T.R.F.; NASCIMENTO, C.R.; SEIXAS, A. de. Levantamento topográfico planimétrico da igreja Nossa Senhora do Rosário, Bairro da Várzea, Recife – Pernambuco e seu entorno. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS GEODÉSICAS E TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAÇÃO, 6., 2016, Recife. Anais... Recife: [s.n.], 2016. Disponível em: <https://www3.ufpe.br/visimgeo/includes/Anais _final_10_09_16/artigos/Todos_Artigos/089_3. pdf>. Acesso em: 27 out. 2019. SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE A BIODIVERSIDADE BRASILEIRA (SiBBr.). Annona leptopetala in Ficha de Espécies do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Disponível em: <https://ferramentas.sibbr.gov.br/ficha/bin/view/ especie/annona_leptopetala>. Acesso em 12-06- 2020. SIQUEIRA-FILHO, J.A. (Org.). A flora das Caatingas do Rio São Francisco: história natural e conservação. 1. ed. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson, 2012. 556 p. SIQUEIRA-FILHO, J.A. (Ed.) SANTOS, A.P.B.; NASCIMENTO, M.F. da S.; ESPÍRITO-SANTO, F.S. do. Guia de campo de árvores da caatinga. v.1. Petrolina – PE: Editora e Gráfica Franciscana Ltda., 2009. 64p. TABARELLI, M. et al. A conversão da Floresta Atlântica em paisagens antrópicas: lições para a conservação da diversidade biológica das florestas tropicais. Interciencia, Caracas, v. 37, n. 2, p. 88-92, fev., 2012. TABARELLI, M.; MELO, M.D.V.C.; LIRA, O.C. A Mata Atlântica do nordeste. In: CAMPANILI, M.; PROCHNOW, M. (Eds.). Mata Atlântica - uma rede pela floresta. Brasília: Rede de Ongs da Mata Atlântica, 2006. p. 149- 164. ULLOA, C.U. et al. An integrated assessment of the vascular plant species of the Americas. Science, [S.l.], v. 358, p. 1614-1617, dez., 2017. DOI: 10.1126/science.aao0398. ZUNTINI, A.R.; LOHMANN, L.G. Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex S.Moore. In: Coradin, Lidio; Camillo, Julcéia; Pareyn, Frans Germain Corneel (Eds). Espécies nativas da flora brasileira de valor econômico atual ou potencial - Plantas para o futuro: Região Nordeste. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2018. p.1212-1220. Disponível em:https://www.mma.gov.br/publicações/biodiv ersidade/category/54agrobiodiversidade. Acesso em: 19 set. 2019. ______________________________________ 1- Graduado no Curso de Bacharelado em Ciências Biológicas do Centro de Biociências da Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, CEP: 50670-901. Recife - PE, Brasil. * Autor para correspondência: daniel_almeida4@outlook.com 2- Professora do Departamento de Botânica do Centro de Biociências da Universidade Federal de Pernambuco. Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, CEP: 50670-901. Recife - PE, Brasil. 83