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O parto e nascimento são eventos definidores da saúde materna e neonatal, e
momentos únicos de cunho familiar, afetivo e sexual, para a mulher, criança
e família. O modo como o parto é vivenciado influencia no vínculo mãe e filho
e na amamentação. As expectativas das mulheres neste momento devem
ser consideradas e suas decisões apoiadas. Para isto as mulheres devem
ter acesso a informações qualificadas sobre quais as melhores práticas de
atenção, baseadas em evidências científicas e em direitos.
Assim,estasdiretrizesservemparaorientarapráticaprofissionaleparainformar
as mulheres sobre as melhores práticas de cuidado a elas e aos seus bebês,
de forma a fazerem escolhas conscientes em relação ao modo de assistência
ao parto e nascimento.
DIRETRIZES NACIONAIS DE ASSISTÊNCIA AO
NORMAL
PARTO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
BRASÍLIA, 08 DE MARÇO DE 2017
RECOMENDAÇÕES
1 As mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscos dos diversos locais de parto
(domicílio, centro de parto normal, maternidade).
2 As mulheres nulíparas ou multíparas que optarem pelo parto em Centro de Parto Normal
devem ser apoiadas em sua decisão.
3 A assistência ao parto e nascimento de baixo risco que se mantenha dentro dos limites da
normalidade pode ser realizada tanto por médico obstetra quanto por enfermeira obstétrica
e obstetriz. A inclusão da enfermeira obstétrica e obstetriz na assistência ao parto de
baixo risco apresenta vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação
das mulheres.
4 Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações
baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões.
5 Todas as parturientes devem ter apoio contínuo e individualizado durante o trabalho de parto
e parto, de preferência por pessoal que não seja membro da equipe da maternidade.
6 As mulheres devem ter acompanhantes de sua escolha durante o trabalho de parto e parto,
não invalidando o apoio dado por pessoal de fora da rede social da mulher (ex. doula).
7 Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e dieta leve.
8 Os métodos não farmacológicos de alívio da dor devem ser oferecidos à mulher antes da
utilização de métodos farmacológicos.
9 O enema (lavagem intestinal) não deve ser realizado de forma rotineira durante o trabalho
de parto.
10 A tricotomia (raspagem dos pelos) pubiana e perineal não deve ser realizada de forma
rotineira durante o trabalho de parto.
11 A amniotomia (rompimento da bolsa das águas) precoce, associada ou não à ocitocina, não
deve ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam progredindo bem.
12 As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem posições diferentes da
posição deitada, no trabalho de parto e no parto.
13 A episiotomia (corte no períneo) não deve ser realizada de rotina.
14 Reconhecerqueoperíodoimediatamenteapósonascimentoéumperíodobastantesensível,
quando a mulher e seus acompanhantes vão finalmente conhecer a criança. Assegurar
que a assistência e qualquer intervenção que for realizada levem em consideração esse
momento, no sentido de minimizar a separação entre mãe e filho.
15 A mulher deve ser informada sobre os riscos e benefícios do manejo ativo e expectante
para a saída da placenta, e optar por um deles, salvo em situações onde o manejo ativo
é imperativo.
16 O pinçamento do cordão umbilical deve ser realizado entre 1 a 5 minutos ou quando cessar
a pulsação, exceto se houver alguma contra indicação.
17 As mulheres devem ser estimuladas a terem contato pele-a-pele imediato com a criança e
a amamentar, logo após o nascimento.
18 Não se recomenda a aspiração de secreções sistemática do recém-nascido saudável.
SEGUEM ABAIXO ALGUMAS DAS RECOMENDAÇÕES DE INTERESSE DAS MULHERES
MINISTÉRIO DA SAÚDE
BRASÍLIA, 08 DE MARÇO DE 2017

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  • 1. O parto e nascimento são eventos definidores da saúde materna e neonatal, e momentos únicos de cunho familiar, afetivo e sexual, para a mulher, criança e família. O modo como o parto é vivenciado influencia no vínculo mãe e filho e na amamentação. As expectativas das mulheres neste momento devem ser consideradas e suas decisões apoiadas. Para isto as mulheres devem ter acesso a informações qualificadas sobre quais as melhores práticas de atenção, baseadas em evidências científicas e em direitos. Assim,estasdiretrizesservemparaorientarapráticaprofissionaleparainformar as mulheres sobre as melhores práticas de cuidado a elas e aos seus bebês, de forma a fazerem escolhas conscientes em relação ao modo de assistência ao parto e nascimento. DIRETRIZES NACIONAIS DE ASSISTÊNCIA AO NORMAL PARTO MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASÍLIA, 08 DE MARÇO DE 2017 RECOMENDAÇÕES
  • 2. 1 As mulheres devem ser informadas sobre os benefícios e riscos dos diversos locais de parto (domicílio, centro de parto normal, maternidade). 2 As mulheres nulíparas ou multíparas que optarem pelo parto em Centro de Parto Normal devem ser apoiadas em sua decisão. 3 A assistência ao parto e nascimento de baixo risco que se mantenha dentro dos limites da normalidade pode ser realizada tanto por médico obstetra quanto por enfermeira obstétrica e obstetriz. A inclusão da enfermeira obstétrica e obstetriz na assistência ao parto de baixo risco apresenta vantagens em relação à redução de intervenções e maior satisfação das mulheres. 4 Mulheres em trabalho de parto devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões. 5 Todas as parturientes devem ter apoio contínuo e individualizado durante o trabalho de parto e parto, de preferência por pessoal que não seja membro da equipe da maternidade. 6 As mulheres devem ter acompanhantes de sua escolha durante o trabalho de parto e parto, não invalidando o apoio dado por pessoal de fora da rede social da mulher (ex. doula). 7 Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e dieta leve. 8 Os métodos não farmacológicos de alívio da dor devem ser oferecidos à mulher antes da utilização de métodos farmacológicos. 9 O enema (lavagem intestinal) não deve ser realizado de forma rotineira durante o trabalho de parto. 10 A tricotomia (raspagem dos pelos) pubiana e perineal não deve ser realizada de forma rotineira durante o trabalho de parto. 11 A amniotomia (rompimento da bolsa das águas) precoce, associada ou não à ocitocina, não deve ser realizada de rotina em mulheres em trabalho de parto que estejam progredindo bem. 12 As mulheres devem ser encorajadas a se movimentarem e adotarem posições diferentes da posição deitada, no trabalho de parto e no parto. 13 A episiotomia (corte no períneo) não deve ser realizada de rotina. 14 Reconhecerqueoperíodoimediatamenteapósonascimentoéumperíodobastantesensível, quando a mulher e seus acompanhantes vão finalmente conhecer a criança. Assegurar que a assistência e qualquer intervenção que for realizada levem em consideração esse momento, no sentido de minimizar a separação entre mãe e filho. 15 A mulher deve ser informada sobre os riscos e benefícios do manejo ativo e expectante para a saída da placenta, e optar por um deles, salvo em situações onde o manejo ativo é imperativo. 16 O pinçamento do cordão umbilical deve ser realizado entre 1 a 5 minutos ou quando cessar a pulsação, exceto se houver alguma contra indicação. 17 As mulheres devem ser estimuladas a terem contato pele-a-pele imediato com a criança e a amamentar, logo após o nascimento. 18 Não se recomenda a aspiração de secreções sistemática do recém-nascido saudável. SEGUEM ABAIXO ALGUMAS DAS RECOMENDAÇÕES DE INTERESSE DAS MULHERES MINISTÉRIO DA SAÚDE BRASÍLIA, 08 DE MARÇO DE 2017