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MANUAL DE FORMAÇÃO
Fundamentos Gerais de Segurança no Trabalho
PEDRO TORRES
Conceitos Gerais de Higiene e Segurança no Trabalho
O que é a Higiene e Segurança no Trabalho?
A higiene e a segurança são duas atividades que estão intimamente relacionadas com o objetivo de
garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores
de uma Empresa.
Segundo a O.M.S.-Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Higiene e Segurança
consiste na avaliação da Saúde do trabalhador, em que este conceito define "um estado de bem-estar
físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade ".
A Higiene do Trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais,
identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou
reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e
bem estar do trabalhador).
A Segurança do Trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes
de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a
utilizarem medidas preventivas.
Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento
material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o
aumento da competitividade com diminuição da sinistralidade.
Podemos então afirmar que:
• Acidente de Trabalho
• O que é um acidente de trabalho? (Definição)
• Segundo a Lei n.º 98/2009 de 04 de setembro, considera-se acidente de trabalho: “Todo aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho,
produzindo lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho, ou de ganho, ou a morte”.
• • “Local de Trabalho”: Todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho em que esteja, direta ou
indiretamente, sujeito ao controlo do empregador;
• • “Tempo de Trabalho”: Além do período normal de trabalho, o que precede o seu início, em atos de preparação ou com eles relacionados e o que se
lhe segue, e ainda as interrupções normais e forçosas de trabalho.
• • “Lesão Corporal”: é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um
membro.
• • “Perturbação Funcional”: é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada
na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional.
• • “Doença profissional”: são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si.
• • “Doenças do trabalho”: são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado.
• Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho. Um funcionário pode apanhar uma
gripe, por contágio com colegas de trabalho. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença
profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção.
• Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício da sua atividade, temos aí um caso equiparado a
um acidente de trabalho. Por exemplo, se operador de
• um banho de decapagem se queimar com ácido ao encher a tina do banho ácido, isso é um acidente de
trabalho.
• Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar um longo período de tempo sem proteção
auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande
prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho.
• Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas horas, o
que é chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num
pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida.
• Se formos procurar no dicionário podemos então definir um acidente como um acontecimento inesperado,
imprevisto ou casual que resulta num dano ou lesão corporal, prejuízo ou ruína. Em Higiene e Segurança no
Trabalho é importante definir a diferença que há em “dano”, porque este pode ser um dano corporal (lesão
ou doença) ou material (estrago).
• Assim sendo, um acidente pode causar uma lesão corporal, perturbação funcional, doença ou a morte do
trabalhador, no entanto, um incidente não causa um dano corporal mas pode causar danos materiais.
• Torna-se tão importante prevenir os acidentes como os incidentes porque um incidente pode levar ao
acidente!
• A lesão corporal ou perturbação funcional pode fazer com que o trabalhador fique incapacitado para o
trabalho, levando-o ao absentismo, ou seja à sua ausência no local de trabalho. Neste caso estamos
• perante uma situação de acidente com afastamento, que pode ser definido como uma
incapacidade temporária, ou permanente (parcial ou total).
•  A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado
de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais.
•  A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade física total
para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma
vista.
•  A incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.
• Causas e Consequências dos Acidentes de Trabalho
• Causas
• Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre os quais se destacam as falhas humanas, falhas materiais e falhas organizacionais. Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa,
no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se
encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.
• Os pontos que se seguem apresentam, de uma forma resumida, as principais causas dos acidentes de trabalho.
• A) Causas Humanas
• • Stress (cansaço, distrações);
• • Falta de interesse (desmotivação);
• • Incumprimento das regras de segurança (negligência);
• • Ingestão de álcool e drogas.
• B) Causas Materiais
• • Ausência de planos de manutenção de máquinas e equipamentos;
• • Mau estado de conservação dos materiais e equipamentos.
• C) Causas Organizacionais
• • Ausência de sinalização de segurança;
• • Desorganização do espaço de trabalho;
• • Má avaliação dos riscos associados à tarefa ou ao local de trabalho;
• • Falta de informação e formação dadas aos trabalhadores.
Consequências
Trabalhador
Perda de autoestima, depressão, isolamento social, sensação de fardo, dependência;
Incapacidade para o trabalho (permanente ou temporária);
Dor, sofrimento, traumas;
Dificuldades financeiras (perda do poder de compra).
Família
Perda de um familiar;
Baixas por assistência a um familiar (absentismo);
Dificuldades financeiras (perda do poder de compra);
Problemas familiares (divórcios, violência doméstica);
Empresa
Plano Humano
Desmotivação/receio de colaboradores;
Má reputação/ publicidade negativa.
Plano Material
Estragos/Paragem da máquina ou instalação;
Atrasos/Perda de produção;
Perda Qualidade/rendimento
Seleção/Formação de substitutos;
Perdas comerciais;
Degradação imagem externa;
Prémios de seguro maior;
Indemnizações/Gastos com assistência médica.
País
Plano Humano
• Baixa do potencial humano.
Plano Material
• Perda de produção;
• Recuperação do acidentado;
• Reformas antecipadas;
• Despesas de reeducação;
• Diminuição do poder de compra.
• Noção de Perigo e Risco
• Perigo e Risco (Definição)
• Em Higiene e Segurança no Trabalho existem dois conceitos importantes que devem ficar bem esclarecidos. O perigo pode ser definido como; “uma condição ou
um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte”. O risco pode ser definido como; “o resultado medido
do efeito potencial do perigo”. Por outras palavras o perigo pode ser definido como a situação que constitui ameaça ao homem (por exemplo um leão à solta)
enquanto que o risco é a consequência dessa ameaça (mordedura ou morte).
• Perigo: Carga suspensa mal acondicionada Risco: Queda de objetos
• Riscos Associados ao Ambiente de Trabalho e Riscos Associados aos Acidentes de Trabalho
• Riscos Associados ao Ambiente de Trabalho
• O ambiente de trabalho tem a ver com o meio envolvente, ou seja com todos os fatores que nos rodeiam no nosso local de trabalho. È costume ouvir falar num
“Bom Ambiente de Trabalho”, o qual associamos a um ambiente onde há boas relações entre colegas e chefias, boa organização, recursos materiais e humanos,
higiene e limpeza, entre outros. Um mau ambiente de trabalho pode levar á perda de produtividade dos colaboradores, a conflitos, desmotivação e mesmo à
depressão do trabalhador aumentando os casos de absentismo laboral. É importante que as empresas se preocupem com o ambiente de trabalho, este deve
proporcionar o bem-estar do trabalhador. Trabalhador motivado e saudável é sinónimo de produtividade e de um maior rendimento para a empresa.
• Os riscos que associados ao ambiente de trabalho podem ser:
• Químicos
• Biológicos
• Físicos
• Incêndio
• Psicossociais
• Ergonómicos
• Riscos Associados aos Acidentes de Trabalho
• Os riscos associados aos acidentes de trabalho podem ser:
• • Quedas em altura / Ao mesmo nível
• • Escorregadelas
• • Cortes/ Golpes/ Choques
• • Entalamentos / Amputações
• • Eletricidade
• • Incêndio/ Explosões
• • Posturas e Cargas
• • Inundações / Derrames
• Os fatores que potenciam este tipo de riscos são essencialmente o ambiente social, a causa pessoal e as causas mecânicas (materiais).
• A influência social em que o comportamento de cada um é muitas vezes influenciado pelo ambiente social em que cada um vive.
• A causa pessoal está relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades que cada um possui para desempenhar uma tarefa num dado momento. A probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são
as melhores (depressão), ou quando não existe preparação e treino suficiente.
• A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho. Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do
equipamento, os riscos de acidente aumentam consideravelmente. È muito importante fazer a manutenção preventiva das máquinas e equipamentos, bem como estes estarem equipados com dispositivos de segurança tais como sistemas de bloqueio (corte
de corrente), comandos bimanuais, entre outros.
• Segurança do Posto de Trabalho
• Significado e importância da prevenção
• A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o Trabalhador.
• A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão de que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realização do seu trabalho.
• Prevenir quer dizer: “...ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar todas as
providências para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer...”
• Desta forma para poder prevenir o acidente é prioritário que se identifiquem os perigos a que o
trabalhador está exposto, se avaliem os riscos, ou seja as consequências desses perigos para o
trabalhador, se tentem eliminá-los na fonte/origem e, caso não seja possível, controlá-los ou
minimizá-los, afastando o homem da fonte de perigo ou protegendo-o do perigo.
• Perigo: Crocodilo Risco: Mordedura ou Morte 1) Identificar 2) Eliminar/ Controlar 3) Proteger o
Homem
• Para eliminar ou controlar os riscos, temos de primeiro saber quais são os riscos a que o
trabalhador está exposto, e isso é feito pensando na tarefa a executar, levantando os riscos
associados a essa tarefa, avaliando-os e controlando-os através de procedimentos preventivos
(implementar controles e executar o trabalho em segurança).
• Cabe também ao trabalhador ter um papel ativo nesta política de prevenção, o qual tem o dever de:
• • Cumprir as normas de Higiene e Segurança no seu local de Trabalho;
• • Informar-se sobre os riscos do seu PT;
• • Seguir as indicações da sinalização de segurança;
• • Utilizar os equipamentos de segurança e mantê-los em bom estado de conservação;
• • Cuidar da Higiene, limpeza e arrumação do seu local de trabalho;
• • Informar a chefia de qualquer anomalia verificada.
• PROTEÇÃO COLETIVA E PROTEÇÃO INDIVIDUAL
• Medidas de Proteção Coletiva
• As medidas de proteção coletiva, através dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s), devem ter prioridade, conforme determina a legislação, uma vez que beneficiam todos
os trabalhadores, indistintamente.
• Os EPC´s devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança estabelecerem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência.
• Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPC´s:
• Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho;
• Enclausuramento de uma máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo;
• Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina;
• Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender;
• Redes, barreiras de proteção, andaimes, sinalização de segurança, etc.
• No interior e exterior das instalações das Empresas, devem existir formas de aviso e informação
rápida, que possam auxiliar os elementos da Empresa atuar em conformidade com os
procedimentos de segurança.
• Com este objetivo, existem conjunto de símbolos e sinais especificamente criados para garantir a
fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas diversas situações laborais que
podem ocorrer no interior de uma Empresa ou em lugares públicos. Em seguida dão-se alguns
exemplos do tipo
• de sinalização existente e a ser aplicada nas Empresas .
• Sinais de Perigo
• Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados
em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.
• Têm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.
Sinais de Proibição
Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no
sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e
procedimentos, etc.
Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo
branco
Sinais de Obrigação
Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc.
Têm forma circular, fundo azul e pictograma a branco.
Sinais de Combate a Incêndios
Sinalizam e indicam equipamentos de extinção e combate a incêndios.
Têm forma retangular ou quadrada e um pictograma branco sobre fundo vermelho
Sinais de Emergência
Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em
instalação, acessos e equipamentos, etc.
Têm forma retangular, fundo verde e pictograma a branco.
• Equipamentos de Proteção Individual (EPI`S)
• Quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI.
• São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador.
• Na seleção dos equipamentos de proteção individual deve-se ter em conta:
• Os riscos a que está exposto o trabalhador;
• As condições em que trabalha;
• A parte do corpo a proteger;
• As características do próprio trabalhador.
• Assim os EPI’S devem obedecer aos seguintes requisitos:
• Serem cómodos, robustos, leves e adaptáveis.
• A entidade patronal tem o dever de fornecer gratuitamente, aos trabalhadores, os equipamentos de proteção individual que devem:
• Ser adequados relativamente aos riscos a prevenir;
• Não ser eles próprios geradores de novos riscos;
• Assegurar a higiene, segurança e saúde dos trabalhadores.
• Os principais tipos de proteção individual são:
• Proteção da cabeça;
• Proteção dos olhos e rosto;
• Proteção das vias respiratórias;
• Proteção dos ouvidos;
• Proteção do tronco;
• Proteção dos pés e dos membros inferiores;
• Proteção das mãos e dos membros superiores.
• Proteção da cabeça
• A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos pesados, pancadas violentas ou projeção de partículas. A proteção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacete de proteção o qual deve apresentar elevada resistência ao
impacto e à penetração.
• Proteção dos olhos e rosto
• Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a
maior gravidade. Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos
vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos.
• As lesões nos olhos podem ser devidas a diferentes causas:
•  Ações mecânicas: através de poeiras, partículas ou aparas.
•  Ações óticas: através da luz visível, invisível ou raios laser.
•  Ações térmicas: devidas a temperaturas extremas.
•  Ações químicas: através de produtos corrosivos ou tóxicos.
• Proteção das vias respiratórias
• A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se muitas vezes, contaminada em virtude da existência
de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras. A proteção das
vias respiratórias é feita através dos dispositivos de proteção respiratória – aparelhos filtrantes
(máscaras).
• Proteção dos ouvidos
• O ruído constitui uma causa de incómodo para o trabalho, um obstáculo às comunicações verbais e
sonoras. Pode provocar fadiga, distúrbios gastrointestinais, diminuição da memória, irritabilidade,
depressão. Existem dois tipos de protetores de ouvidos:
• Auriculares ou tampões
• Auscultadores ou abafadores.
• Proteção do tronco
• O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser de diferentes tecidos.
Deve ser cingido ao corpo por forma a evitar a prisão pelos órgãos em
movimento. A gravata ou cachecol constituem geralmente um risco.
• Proteção dos pés e dos membros inferiores
• A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a
partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos. Quando há
possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas
revestidos com biqueira e palmilha de aço.
• Proteção das mãos e dos membros superiores
• Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente. Daí a
necessidade da sua proteção. O braço e antebraço estão geralmente menos
expostos do que as mãos. A proteção é feita através de luvas, sendo que estas
são escolhidas de acordo com a função do trabalhador (ação química, mecânica,
térmica, etc).
• RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO
• Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias.
• Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas
pressões e abaixas temperaturas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam
por cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham ou sobem à superfície.
• Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis ocupacionais, de maneira subtil,
praticamente impercetível. Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados.
• Os principais tipos de risco ambiental que afetam os trabalhadores de um modo geral, estão separados em:
• Riscos Físicos;
• Riscos Químicos;
• Riscos Biológicos;
• Riscos Ergonómicos.
• RISCOS FÍSICOS
• São considerados riscos físicos várias formas de energia tais como:
•  Ruídos;
•  Temperaturas excessivas;
•  Vibrações;
•  Pressões anormais;
•  Radiações;
•  Iluminação;
•  Humidade.
• O ruído é definido como um som indesejado, causador de poluição sonora, cuja intensidade é medida em decibéis (dB). O ruído, enquanto
poluição sonora, pode provocar efeitos nocivos à saúde que vão desde o incómodo às perturbações psicológicas ou fisiológicas,
normalmente associadas a reações de stress, alterações de níveis consideráveis no humor, falta de concentração, hipertensão arterial e até
mesmo graves distúrbios cardiovasculares. O ruído também é responsável por problemas graves no aparelho auditivo que podem chegar
até à perfuração do tímpano ou a uma surdez parcial ou total. A ação do ruído sobre a audição pode ocasionar uma perda auditiva por
dois mecanismos:
• - Por exposição aguda – Exemplo: um indivíduo estar exposto a um ruído de intensidade de 100 (dB) durante 1 hora;
• - Por exposição crónica – Exemplo: surdez profissional resultante da exposição repetida ao ruído excessivo de uma atividade laboral,
durante anos.
• Deste modo, a prevenção e o controlo da poluição sonora devem ser assegurados, salvaguardando a saúde humana e o bem-estar das
populações, com especial relevância para as indústrias que se localizam na proximidade de zonas residenciais. Os valores-limite de
exposição definidos no Regulamento Geral do Ruído (RGR) para os respetivos períodos de referência devem ser assegurados e
cumpridos.
• No que respeita ao ruído ocupacional, o empregador tem o dever de, nas atividades suscetíveis de apresentar riscos de exposição ao ruído,
proceder à avaliação dos riscos tendo em conta, entre outros aspetos, os valores limite de exposição e os valores de ação indicados no
artigo 3.º do Decreto de Lei n.º 182/2006 de 06 de Setembro. Diariamente, milhões de trabalhadores europeus são expostos ao ruído
e a todos os riscos inerentes a essa exposição nos seus locais de trabalho. Sendo o ruído um problema quase óbvio para determinados
setores como a indústria transformadora e o setor da construção, pode, no entanto, constituir um problema para um vasto leque de
outros ambientes de trabalho, desde centros de atendimento telefónico a escolas, a bares e discotecas.
• O ruído pode ter causado de uma forma:
• Contínua (causado por um motor de uma motosserra);
• Intermitente (causado por uma fila de trânsito);
• Por impacto (causado por um martelo).
• As consequências do ruído para a saúde do trabalhador podem ser;
•  Surdez profissional (PAIR);
•  Fadiga nervosa, Depressão;
•  Irritabilidade;
•  Hipertensão;
•  Alteração ritmos cardíaco e da respiração;
•  Perturbações gastrointestinais;
•  Alteração da visão noturna;
•  Dificuldades na perceção das cores.
• ESCALA DE DECIBÉIS (Consequências para o trabalhador)
• Ambiente térmico
• O Ambiente Térmico desempenha um papel importante no melhoramento das condições de trabalho.
• De acordo com a American Society of Heating Refrigeration and Air Conditions (ASHRAE), conforto térmico pode ser definido como "o estado de espirito em que o
indivíduo expressa satisfação em relação ao ambiente térmico". Este estado é obtido quando um indivíduo está numa condição de equilíbrio com o ambiente que
o rodeia, o que significa que é possível a manutenção da temperatura dos tecidos constituintes do corpo, num domínio de variação estrito, sem que haja um
esforço sensível.
• Esta é a situação ideal, que corresponde a um ambiente neutro ou confortável. Fora deste ambiente pode haver alterações fisiológicas no ser humano.
Temperaturas altas (calor)
A subida da temperatura acima da zona de conforto começa a provocar problemas, primeiro de natureza subjetiva, depois mais a mais de natureza fisiológica até atingir o limite
físico de tolerância.
Quando o calor cedido pelo organismo ao meio ambiente, é inferior ao calor recebido ou produzido pelo metabolismo total (metabolismo basal + metabolismo de trabalho), o
organismo tende a aumentar sua temperatura, e para evitar esta hipertermia (aumento da temperatura do corpo), põe em marcha outros mecanismos entre os quais podemos
citar:
 Desidratação;
 Erupções na pele;
 Cãibras;
 Fadiga física;
 Distúrbios neurológicos;
 Problemas cardiovasculares;
 Insolação.
Temperaturas baixas (frio)
Quando o calor cedido ao meio ambiente, é superior ao calor recebido ou produzido por meio do metabolismo basal ou de trabalho, devido à atividade física que se está
exercendo, o organismo tende a esfriar-se e, para evitar esta hipotermia (descida da temperatura do corpo), põe em marcha múltiplos mecanismos, entre os quais podemos
indicar:
 Feridas;
 Gretas e necrose da pele;
 Enregelamento;
 Agravamento das doenças reumáticas;
 Problemas respiratórios.
Vibrações
As vibrações são agentes físicos nocivos produzidos por certas máquinas, equipamentos e ferramentas vibrantes, que atuam por transmissão de energia mecânica, emitindo
oscilações com amplitudes percetíveis pelos seres humanos (Decreto de Lei 46/2006 de 24 de fevereiro). As vibrações encontram-se presentes em quase todas as atividades,
nomeadamente em construção e obras públicas, indústrias extrativas, exploração florestal, fundições e transportes. Podem ser localizadas (sistema mão-braço) ou generalizadas
(corpo inteiro) e são expressas em m/s2 ou em Hz (Hertz).
• Pressões anormais
• São atividades que expõem o homem a condições de pressão superior a uma
atmosfera (1kg/cm²). Exemplos: mergulho, construção civil (tubulações e túneis
pressurizados), trabalhadores de minas e voos a elevadas altitudes.
• Efeitos da Pressão Atmosférica no organismo
• Como o corpo é constituído de muitas cavidades pneumáticas e o sangue é uma
solução que se presta para o transporte de gases, sofre muito com as variações
de pressão, que alteram o volume dos gases, bem como a solubilidade dos gases
no sangue. Essas alterações são regidas pelas leis dos gases.
• No caso dessas variações, o sangue atinge o seu equilíbrio em poucos minutos,
no entanto o tecido adiposo pode levar horas para liberar o nitrogênio dissolvido.
Daí a necessidade de se aumentar ou diminuir a pressão vagarosamente e em
estágios que são função da pressão e do período que o trabalhador ficou nessa
pressão.
• Pressões altas (Ambientes hiperbáricos)
• Trabalhos sob ar comprimido são efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões acima da pressão atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão.
• Exemplos desses ambientes são os trabalhos em ambientes submersos (mergulho) e em espaços confinados (minas, plataformas petrolíferas).
• Pressões baixas (Ambientes hipobáricos)
• Quando o ser humano está sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem quando o colaborador está a trabalhar em elevadas altitudes, exemplo: no cimo de algum arranha-céus, a pilotar um avião, no topo de uma montanha,
etc.
• Consequências das pressões anormais
• Rebentamento de um tímpano
• Embolia (Morte)
• AVC (Acidente Vascular Cerebral)
• Aumento dos níveis de CO2 no sangue
• Libertação de Nitrogénio nos tecidos e vasos sanguíneos
• Iluminação
• A Iluminação no Local de Trabalho é tratada, do ponto de vista da Higiene do Trabalho, como um risco físico passível de afetar o trabalhador. Uma iluminação deficiente ou desadequada ao local de trabalho, pode degradar a saúde física ou psicológica de um
trabalhador, afetar o seu rendimento, ou provocar um acidente de trabalho. Como tal, a Iluminação no Local de Trabalho deve ser considerada como um risco, que, consoante as características dos locais e as circunstâncias, pode ser tão ou mais perigosos que
o risco das substâncias explosivas, por exemplo.
• Em baixo apresentam-se algumas das consequências, para o trabalhador, da iluminação deficiente num posto de trabalho:
• • Maior esforço visual;
• • Cansaço visual;
• • Tensão nervosa;
• • Dores de cabeça;
• • Visão toldada;
• • Contrações dos músculos;
• • Postura incorreta do corpo;
• •Ansiedade e nervosismo;
• • Falta de concentração
• •Diminuição da eficácia e da produtividade;
• •Aumento do número e gravidade acidentes de trabalho.
• Humidade excessiva
• As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com humidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são
situações insalubres e devem ter a atenção dos técnicos de prevenção por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implementação de medidas
de controlo.
• Para o trabalhador, as consequências de um ambiente de trabalho húmido são:
•  Problemas respiratórios;
•  Problemas nas articulações;
•  Problemas circulatórios;
•  Doenças de pele.
• PREVENÇÃO
• A prevenção de riscos físicos pode ser feita adotando-se medidas de engenharia ou construtivas, logo na fase de projeto (conceção), eliminando-se os perigos na
origem. Medidas organizacionais também podem ser implementadas tais como, sinalização de segurança, formação e sensibilização de colaboradores, vigilância
periódica da saúde dos trabalhadores e controlo/monitorização das condições ambientais (ruído, temperatura, iluminação, etc.), nos locais de trabalho e
diminuição dos tempos de exposição (como por exemplo rotatividade de tarefas entre os trabalhadores).
• RISCOS QUÍMICOS
• Os riscos químicos são derivados à presença de contaminantes nos locais de trabalho. Os contaminantes químicos são todos os agentes, de origem química,
suscetíveis de provocar efeitos adversos, ou doenças profissionais no trabalhador.
• Vias de entrada dos agentes químicos no organismo
humano
• São várias as vias pelas quais o trabalhador pode ser contaminado pelas
poeiras, ou seja, a entrada destas no organismo pode ocorrer por inalação
- via respiratória -; por ingestão - via digestiva - ; em contacto com a pele -
via cutânea-, ou por via parentérica- através da corrente sanguínea.
Contudo, a inalação é de longe a forma mais importante de interação com
o funcionamento do organismo humano, uma vez que a maioria das
poeiras penetra no organismo humano através das vias respiratórias.
• O ponto de partida para a redução dos riscos para a saúde nos locais de
trabalho é efetuar o diagnóstico das condições reais de trabalho. Portanto,
em primeiro lugar cabe à entidade patronal a realização da avaliação dos
riscos e uma gestão adequada dos mesmos. Desta maneira, o trabalhador
poderá adquirir práticas de trabalho seguras e a promover um ambiente
de trabalho saudável e seguro.
• Formas dos agentes químicos
• No local de trabalho, os agentes químicos podem existir em suspensão na atmosfera:
• a) No estado sólido, sob a forma de: • Poeiras – suspensão no ar de partículas esferoidais
de pequeno tamanho, formadas durante o manuseamento de certos materiais e por
processos mecânicos de desintegração; • Fibras – partículas aciculares provenientes de
degradação mecânica, cujo comprimento excede em mais de três vezes o seu diâmetro; •
Fumos – suspensão no ar de partículas esféricas provenientes de uma combustão
incompleta ou resultante da sublimação de vapores, geralmente depois da volatilização a
elevadas temperaturas de metais fundidos (fumes).
• b) No estado líquido, sob a forma de: • Aerossóis – suspensão no ar de gotículas cujo
tamanho não é visível à vista desarmada e provenientes da dispersão mecânica de
líquidos; • Neblinas e Névoas – suspensão no ar de gotículas líquidas visíveis produzidas
por condensação de vapor e produzidas por partículas líquidas que sofreram rutura e
dispersaram, respetivamente.
• c) No estado gasoso, sob a forma de: • Gases – estado físico de certas substâncias a 25ºC
e 760 mm Hg;
• • Vapores – fase gasosa de substâncias que nas condições – padrão (25ºC e 760 mm Hg) se encontram no estado
sólido ou líquido.
• Formas dos agentes químicos
• As medidas ou avaliações dos agentes químicos em suspensão no ar são obtidas por meio de aparelhos especiais que
medem a concentração, ou seja, a percentagem existente em relação ao ar atmosférico de um determinado poluente
químico.
• A partir dessas medições estabelecem-se os Valores Limites de Exposição (VLE), que não são mais do que as
concentrações máximas, permitidas por lei, de diferentes substâncias existentes no ar dos locais de trabalho, acima dos
quais a saúde dos trabalhadores pode ser afetada. Abaixo destes valores a exposição contínua do trabalhador não
representa qualquer risco para o mesmo.
• Os limites máximos de concentração de cada um dos produtos diferem de acordo com o seu grau de perigosidade para
a saúde, sendo que na legislação ambiental portuguesa constam os valores limite de exposição de diferentes
substâncias (NP – 1796:2004).
• Mediante os valores obtidos há que tomar medidas, devendo recorrer-se a equipamento de proteção individual sempre
que possível, bem como a alterações no processo produtivo que permitam a redução das emissões de poluentes. Estas
alterações podem ser ao nível do equipamento ou de matérias-primas, mas também medidas mais gerais,
nomeadamente:
• • Formação e informação dos trabalhadores; • Organização da vigilância física e médica; • Organização e manutenção
de processos e registos adequados; • Sinalização de segurança;
• • Limitação da duração e da intensidade de exposição; • Planificação da eliminação e armazenamento dos resíduos radioativos, etc.
• Principais doenças
• O organismo tem vários mecanismos para eliminar as partículas aspiradas. Nas vias respiratórias, o muco cobre as partículas de modo que
seja fácil expulsá-las através da tosse. Nos pulmões, existem células purificadoras especiais que "engolem” a maioria das partículas e as
tornam inofensivas. No entanto, quando as substâncias químicas são absorvidas pelo organismo em doses elevadas e quando ultrapassam
os VLE, provocam lesões nos trabalhadores.
• As lesões ou doenças que mais vulgarmente se aplicam a este tipo de agentes e que apresentam problemas para a saúde do trabalhador
são: • Anemias; • Queimaduras; • Encefalopatias; • Ulcerações cutâneas; • Perturbações cutâneas, etc.
• No âmbito dos riscos associados a agentes químicos existem quatro tipos de agentes, que pelo seu elevado grau de perigosidade para o
ser humano, devem ser referenciados e são: • Os cancerígenos; • O cloreto de vinilo monómero; • O amianto; • O chumbo;
• Estes agentes químicos específicos, embora se enquadrem no âmbito dos riscos associados a agentes químicos gerais, têm legislação
(comunitária e nacional) específica que regulamenta os VLE, definição do tipo de agentes e medidas de prevenção a implementar.
• As doenças provocadas por este tipo de agentes passam por: • Asbestose (exposição ao amianto); • Cancro pulmonar; • Mesoteliama; •
Lesões pleurais; • Fibroses do fígado e do baço; • Perturbações circulatórias das mãos e dos pés, etc.
• Rótulo e fichas de dados de segurança
• A informação sobre os riscos que as substâncias ou preparações perigosas apresentam para o homem e para o ambiente é transmitida
pelos fabricantes ao consumidor no rótulo e/ou nas fichas de dados de
• segurança. Estas últimas assumem particular importância na indústria e construção atendendo à grande diversidade e quantidade de produtos químicos perigosos
utilizados.
• O rótulo;
• Informa o tipo de produto que se encontra na embalagem;
• Permite evitar confusões e erros de manipulação;
• Ajuda a organizar a prevenção;
• É um auxiliar no armazenamento de produtos;
• É precioso em caso de acidente;
• Alerta para a gestão de resíduos e a proteção do ambiente.
• No rótulo a informação sobre a perigosidade é transmitida através de símbolos, frases de risco (R) e frases de segurança (S) e símbolos de perigo que são
pictogramas que identificam, de forma universal, as características e perigos associados aos produtos químicos perigosos.
• Frases de Risco
• Estas frases descrevem os efeitos concretos do produto sobre a saúde humana, sobre o meio ambiente ou as características perigosas para a segurança.
Apresentamos de seguida uma listagem com as Frases de Risco mais utilizadas e que podem ser encontradas em rótulos de vários produtos.
• R 1 Explosivo no estado seco.
• R 2 Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição.
• R 3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição.
• R 4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.
• R 5 Perigo de explosão sob a acção do calor.
• R 6 Perigo de explosão com ou sem contacto com o ar.
• R 7 Pode provocar incêndio.
• R 8 Favorece a inflamação de matérias combustíveis.
• R 9 Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis.
• R 10 Inflamável.
• R 11 Facilmente inflamável.
• R 12 Extremamente inflamável.
• R 14 Reage violentamente em contacto com a água.
• R 15 Em contacto com a água liberta gases extremamente inflamáveis.
• R 16 Explosivo quando misturado com substâncias comburentes.
• R 17 Espontaneamente inflamável ao ar.
• R 18 Pode formar mistura vapor-ar explosiva/inflamável durante a utilização.
• R 19 Pode formar peróxidos explosivos.
• R 20 Nocivo por inalação.
• R 21 Nocivo em contacto com a pele.
• R 22 Nocivo por ingestão.
• R 23 Tóxico por inalação.
• R 24 Tóxico em contacto com a pele.
• R 25 Tóxico por ingestão.
• R 26 Muito tóxico por inalação.
• R 27 Muito tóxico em contacto com a pele.
• Frases de Segurança
• Estas frases constituem conselhos de prudência a ter em conta no manuseamento e utilização do produto. Apresentamos de seguida uma listagem com as Frases
de Segurança mais utilizadas e que podem ser encontradas em rótulos de vários produtos.
• S 1 Guardar fechado à chave.
• S 2 Manter fora do alcance das crianças.
• S 3 Guardar em lugar fresco.
• S 4 Manter fora de qualquer zona de habitação.
• S 7 Manter o recipiente bem fechado.
• S 8 Manter o recipiente ao abrigo da humidade.
• S 9 Manter o recipiente num local bem ventilado.
• S 12 Não fechar o recipiente hermeticamente.
• S 13 Manter afastado de alimentos e bebidas, incluindo os dos animais.
• S 15 Manter afastado do calor.
• S 16 Manter afastado de qualquer chama ou fonte de ignição - Não fumar.
• S 17 Manter afastado de matérias combustíveis.
• S 18 Manipular e abrir o recipiente com prudência.
• S 20 Não comer nem beber durante a utilização.
• Fichas de dados de segurança
• As fichas de dados de segurança constituem o principal instrumento para assegurar que os fabricantes e os importadores
comuniquem informações suficientes em toda a cadeia de abastecimento para permitir uma utilização segura das suas
substâncias e misturas.
• As fichas de dados de segurança incluem informações sobre as propriedades da substância e os seus perigos, instruções de
manuseamento, eliminação e transporte e medidas relativas aos primeiros socorros, ao combate a incêndios e ao controlo da
exposição. As fichas de dados de segurança devem estar em local acessível e ser do conhecimento de todos os
colaboradores. São constituídas por 16 campos obrigatórios:
• 1- Identificação da substância/preparação e da sociedade /empresa;
• 2. Identificação dos perigos;
• 3. Composição/informação sobre os componentes;
• 4. Primeiros socorros;
• 5. Medidas de combate a incêndio;
• 6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais;
• 7. Manuseamento e armazenagem;
• 8. Controlo da exposição/proteção pessoal;
• 9. Propriedades físicas e químicas;
• 10. Estabilidade e reatividade;
• 11. Informação toxicológica;
• 12. Informação ecológica;
• 13. Considerações relativas à eliminação;
• 14. Informações relativas ao transporte;
• 15. Informação sobre regulamentação;
• 16. Outras informações.
• Regras e cuidados a ter na manipulação e armazenamento de substâncias perigosas
• Afastar o mais possível, substâncias explosivas, substâncias comburentes e substâncias inflamáveis;
• Assegurar que todos os recipientes de substâncias químicas perigosas têm rótulo;
• Conceber vias de acesso adequadas à zona de armazenagem;
• Não utilizar recipientes vazios para colocação de outras substâncias;
• Eliminar corretamente as embalagens e recipientes;
• Não fumar no local de armazenagem;
• Nunca comer nem beber durante o manuseamento de substâncias químicas perigosas;
• Deve-se ter em atenção que, todas as pequenas lesões na pele são vias de penetração privilegiadas para as substâncias perigosas;
• No manuseamento de substâncias corrosivas, irritantes, tóxicas e nocivas, é obrigatório o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado nomeadamente, óculos, máscara, luvas e avental
com perneiras;
• Em caso de acidente provocado pela ingestão ou inalação de substâncias tóxicas e nocivas deve-se:
• Ler cuidadosamente as informações contidas na embalagem ou, preferencialmente, a ficha de segurança do produto;
• Prestar, quando possível, os primeiros socorros;
• Entregar aos técnicos de saúde, o rótulo do produto que provocou o acidente.
• Em caso de acidente (irritação ou queimadura) provocado pelo contacto com substâncias irritantes e corrosivas, deve-se:
• Proceder de igual forma, mencionado no ponto anterior;
• Utilizar imediatamente o chuveiro de emergência sobre a zona afetada.
• RISCOS BIOLÓGICOS
• Os agentes biológicos são microrganismos capazes de originar qualquer tipo de infeção, alergia ou toxicidade no corpo humano. Da sua presença nos locais de
trabalho podem advir situações de risco para os trabalhadores.
• Com frequência, os meios de comunicação social noticiam a existência de alergias e sintomas diversos relacionados, em geral, com a qualidade do ar dos edifícios
modernos. Tradicionalmente, os maiores riscos encontram-se nas explorações agrícolas, matadouros, hospitais, laboratórios e determinados locais de trabalho
relacionados com o tratamento de águas e saneamento.
• Nos últimos tempos a ameaça da gripe das aves coloca esta questão na ordem do dia!
• Para prevenir estas ameaças é necessário aplicar a legislação comunitária e nacional (1) e organizar as atividades de segurança e saúde no trabalho nos setores
profissionais de risco.
• Por microrganismo entende-se qualquer entidade microbiológica, celular ou não, dotada de capacidade de reprodução ou de transferência do material genético.
• Assim, os agentes biológicos são seres vivos de dimensões microscópicas, bem como todas as substâncias derivadas dos mesmos, presentes no trabalho, que
podem provocar efeitos negativos na saúde dos trabalhadores.
• A grande diferença entre os agentes biológicos e as demais substâncias perigosas é a respetiva capacidade de reprodução. Em condições favoráveis, uma pequena
quantidade de um microrganismo pode desenvolver-se consideravelmente num curto período de tempo.
• Os agentes biológicos estão omnipresentes em todo o meio que nos rodeia e coabitam com todos os seres vivos. Todavia, apenas uma pequena porção destes
microrganismos que abundam na natureza, provoca doença nas pessoas.
• São os microrganismos patogénicos que, englobando as bactérias, vírus, parasitas e fungos, conseguem vencer as defesas do organismo humano e infetar os
tecidos da pessoa saudável.
• Para a prevenção e identificação das doenças infeciosas é muito importante reconhecer as fontes e os meios de transmissão dos agentes biológicos patogénicos
nomeadamente na água, no ar, nas instalações do ar condicionado, no solo, com os animais domésticos ou selvagens e em algumas matérias-primas como o
algodão, a lã e a carne.
• Transmissão por contacto direto
• O conceito de doença contagiosa abrange apenas a transmissão por contacto direto, isto é, as situações em que o microrganismo causal passa diretamente do
indivíduo doente para o indivíduo são. Exemplos: através de um espirro ou da tosse, relações sexuais desprotegidas, ou outros fluídos corporais.
• Transmissão por contacto indireto
• O contacto pode ser indireto quando a transmissão se realiza através de objetos contaminados. Este tipo de contacto realiza-se frequentemente na cadeia
chamada mão-boca. Também se costuma incluir na transmissão por contacto indireto, a emissão de gotículas de saliva através da tosse ou espirro, entre dois
indivíduos relativamente próximos, a transmissão através da ingestão de água e alimentos contaminados que estabelecem a ligação entre o agente contaminante e
o hospedeiro, a transmissão através do contacto com artrópodes (ex: moscas, mosquitos, pulgas, carraças, etc), que transmitem o germe infecioso através das
mucosas ou da pele, em consequência de uma picada ou por depósito do material infetado. Outra via de contágio é a via respiratória, e neste caso a transmissão é
feita pelo ar, no caso de inalação de pequenas gotículas (poeiras ou aerossóis), em locais infetados.
• Por último temos a via de transmissão pelo sangue através de objetos cortantes contaminados (ex; agulhas de seringas, bisturis, etc), ou de transfusões sanguíneas
de sangue infetado.
• Principais agentes biológicos patogénicos
• Os principais agentes biológicos patogénicos ao homem são;
• -As bactérias;
• - Os vírus;
• - Os fungos;
• - Os parasitas (protozoários e helmintas)
• - Os priões.
• Todos estes agentes conseguem vencer as defesas do organismo humano e infetar os tecidos da pessoa saudável. A patogenia é a capacidade de desencadear
uma doença
Atividade profissionais que apresentam risco biológico
Para que se possa ter uma ideia da importância do risco biológico apresentamos algumas atividades
onde existe uma maior exposição:
Atividades agrícolas e em unidades de produção alimentar: O leite não tratado, por exemplo, pode
ser veículo de infeções bacterianas e a manipulação de azeites vegetais pode ocasionar doenças
cutâneas.
Atividades ligadas à pecuária: Contacto com animais ou produtos de origem animal. O sector
profissional ligado à criação e abate de aves é agora um sector que exige cuidados especiais!
Atividades ligadas à saúde e a laboratórios: Os riscos biológicos a que os trabalhadores se expõem
derivam do contacto direto ou indireto com doentes ou cadáveres infetados. Nos laboratórios o risco
será devido ao manuseamento de microrganismos, patogénicos ou desconhecidos, ou do contacto com
animais para experimentação, por exemplo.
Atividades em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos: Os detritos são um meio
ideal para a proliferação de microrganismos
• Trabalho em instalações de tratamento de águas residuais: As águas residuais podem veicular
diversas doenças.
• Trabalho em lares da 3.ª idade e creches/jardins escola: Os riscos biológicos a que os
trabalhadores se expõem derivam do contacto direto ou indireto com utentes infetados, bem como
a uma má qualidade do ar (sistemas de ventilação deficientes) e à falta de cuidados de higienização
dos utensílios e instalações.
• Classificação dos agentes biológicos patogénicos
• Segundo o DL n.º 84/97, de 16 de Abril, os agentes biológicos são classificados quanto à natureza
do grau de risco para a saúde humana. Assim temos:
•  Grupo 1- Agente biológico cuja probabilidade de causar doença no ser humano é baixa;
•  Grupo 2- Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um perigo
para os trabalhadores;
•  Grupo 3- Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um risco grave
para os trabalhadores;
•  Grupo 4- Agente biológico que causa doenças graves no ser humano e constitui um risco grave
para os trabalhadores.
• Avaliação dos riscos e medidas de proteção e prevenção
• Por força da legislação comunitária e nacional (2) as empresas devem avaliar os riscos inerentes aos agentes biológicos e reduzir os mesmos através de medidas de:
• Eliminação ou substituição;
• Prevenção e controlo da exposição (uso de equipamentos de proteção coletiva e individual - epc´s e epi´s), alteração de procedimentos e processos, medidas de
engenharia, etc);
• Informação e formação dos trabalhadores;
• Controlo médico adequado.
• As medidas necessárias à eliminação ou redução dos riscos para os trabalhadores dependem de cada risco biológico em concreto, existindo, todavia, um número
de ações comuns possíveis de implementar, nomeadamente:
• Evitar a formação de aerossóis e de poeiras, inclusive durante as atividades de limpeza ou manutenção. Muitos agentes são transmitidos através do ar;
• Manter uma boa higiene doméstica, procedimentos de trabalho higiénicos e utilização de sinais de aviso pertinentes são condições indispensáveis e seguras de
trabalho;
• Adotar medidas de descontaminação de resíduos, equipamento e vestuário, bem como medidas de higiene dirigidas aos trabalhadores, pois muitos organismos
desenvolvem mecanismos de sobrevivência ou resistência ao calor, à desidratação ou à radiação através, por exemplo, da produção de esporos;
• Dar instruções sobre a eliminação com segurança de resíduos, procedimentos de emergência e primeiros socorros;
• Em alguns casos, entre as medidas de prevenção, pode incluir-se a vacinação colocada à disposição dos trabalhadores.
• PREVENÇÃO
• Como foi anteriormente referido, os agentes biológicos podem ser absorvidos por inalação, ingestão, cortes, lesões na
pele ou transmissão sexual. Podem ser transmitidos por contacto pessoal, chamado de direto, ou indireto, através de
insetos ou animais que funcionam como vetores, pelo contacto com fezes contaminadas ou outros fluídos corporais
(por exemplo, sangue, saliva, secreções sexuais, objetos contaminados, terra, aerossóis, alimentos e água). Algumas
atividades facilitam o contacto dos trabalhadores com esse tipo de agentes como atividades em hospitais, lares de 3.ª
idade, jardins escola e creches, a recolha do lixo, as indústrias de alimentação, laboratórios, indústrias de tratamento de
águas residuais, entre outros. Esses agentes podem causar doenças como tuberculose, intoxicação alimentar
(gastroenterites), brucelose, malária, febre-amarela, tétano, etc. O grande problema reside na diferença do nível de
compreensão do público sobre a exposição aos microrganismos (bactérias, fungos, vírus, protozoários, etc.) na vida
quotidiana, e o nível de compreensão sobre a exposição aos agentes biológicos no local de trabalho. As medidas
preventivas mais comuns para esse tipo de agentes são o controlo médico permanente, o uso de equipamentos de
proteção individual (máscara, luvas, toucas, batas, entre outros), a higiene rigorosa nos locais de trabalho, os hábitos de
higiene pessoal, o uso de roupas adequadas, a vacinação e a informação/formação dos trabalhadores. Os empregadores
devem ainda avaliar os riscos para a saúde a que os trabalhadores estão expostos, a aplicar controlos proporcionais e
adequados, e a certificarem-se que os controlos aplicados estão a funcionar.
• Em suma, a saúde biológica e mental do trabalhador deve SEMPRE ser preservada através de ações preventivas. É mais
lucrativo ter custos com os EPI’s e EPC’s e com a vigilância da saúde do que gastos
• RISCOS ERGONÓMICOS
• A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da
engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho".
• Os riscos ergonómicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença.
• São considerados riscos ergonômicos:
• Esforço físico;
• Levantamento de pesos;
• Postura inadequadas;
• Controlo rígido de produtividade;
• Situações de stress geradas pelo ambiente de trabalho;
• Trabalhos em período noturno;
• Jornadas de trabalho prolongadas;
• Monotonia e repetitividade;
• Imposição de rotinas intensas.
• Os riscos ergonómicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e as DORT
(Distúrbios Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc.
• Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspetos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho,
modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, entre outros.
• Principais fatores de risco ergonómico
• Podemos dizer que os principais fatores de risco relacionados com as Lesões Músculo Esqueléticas (LME´S) são:
• Relacionados com as atividades de trabalho;
• Individuais (Sexo, Idade, Obesidade, Patologias na coluna);
• Organizacionais/Psicossociais (Organização dos postos de trabalho e dos turnos de trabalho, Iluminação. Máquinas e ferramentas de trabalho/ Relação entre chefias-colaborador, colaborador-colaborador)
• CONCLUSÃO
• As condições de trabalho e as regras de Segurança e Higiene
correspondentes constituem um fator da maior importância para a
melhoria de desempenho das Empresas, através do aumento da sua
produtividade obtida em condições de menor absentismo e sinistralidade.
• Por parte dos trabalhadores de uma Empresa, o Emprego não deve
representar somente o trabalho que se realiza num dado local para auferir
um ordenado, mas também uma oportunidade para a sua valorização
pessoal e profissional, para o que contribuem em mito as boas condições
do seu posto de trabalho. Querendo evitar a curto prazo um desperdício
de recursos humanos e monetários e a longo prazo garantir a
competitividade da Empresa, deverá prestar-se maior atenção às
condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus colaboradores,
reconhecendo-se que, uma Empresa desempenha não só uma função
técnica e económica mas também um importante papel social.

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  • 1. MANUAL DE FORMAÇÃO Fundamentos Gerais de Segurança no Trabalho PEDRO TORRES
  • 2. Conceitos Gerais de Higiene e Segurança no Trabalho O que é a Higiene e Segurança no Trabalho? A higiene e a segurança são duas atividades que estão intimamente relacionadas com o objetivo de garantir condições de trabalho capazes de manter um nível de saúde dos colaboradores e trabalhadores de uma Empresa. Segundo a O.M.S.-Organização Mundial de Saúde, a verificação de condições de Higiene e Segurança consiste na avaliação da Saúde do trabalhador, em que este conceito define "um estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença e enfermidade ". A Higiene do Trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afetar a saúde, segurança e bem estar do trabalhador). A Segurança do Trabalho propõe-se combater, também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas. Para além disso, as condições de segurança, higiene e saúde no trabalho constituem o fundamento material de qualquer programa de prevenção de riscos profissionais e contribuem, na empresa, para o aumento da competitividade com diminuição da sinistralidade. Podemos então afirmar que:
  • 3. • Acidente de Trabalho • O que é um acidente de trabalho? (Definição) • Segundo a Lei n.º 98/2009 de 04 de setembro, considera-se acidente de trabalho: “Todo aquele que se verifique no local e no tempo de trabalho, produzindo lesão corporal, perturbação funcional ou doença de que resulte redução na capacidade de trabalho, ou de ganho, ou a morte”. • • “Local de Trabalho”: Todo o lugar em que o trabalhador se encontra ou deva dirigir-se em virtude do seu trabalho em que esteja, direta ou indiretamente, sujeito ao controlo do empregador; • • “Tempo de Trabalho”: Além do período normal de trabalho, o que precede o seu início, em atos de preparação ou com eles relacionados e o que se lhe segue, e ainda as interrupções normais e forçosas de trabalho. • • “Lesão Corporal”: é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro. • • “Perturbação Funcional”: é o prejuízo do funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Por exemplo, a perda da visão, provocada por uma pancada na cabeça, caracteriza uma perturbação funcional. • • “Doença profissional”: são aquelas que são adquiridas na sequência do exercício do trabalho em si. • • “Doenças do trabalho”: são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho é realizado. • Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a incapacidade para o trabalho. Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contágio com colegas de trabalho. Essa doença, embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção. • Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício da sua atividade, temos aí um caso equiparado a um acidente de trabalho. Por exemplo, se operador de
  • 4. • um banho de decapagem se queimar com ácido ao encher a tina do banho ácido, isso é um acidente de trabalho. • Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar um longo período de tempo sem proteção auditiva adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho. • Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida. • Se formos procurar no dicionário podemos então definir um acidente como um acontecimento inesperado, imprevisto ou casual que resulta num dano ou lesão corporal, prejuízo ou ruína. Em Higiene e Segurança no Trabalho é importante definir a diferença que há em “dano”, porque este pode ser um dano corporal (lesão ou doença) ou material (estrago). • Assim sendo, um acidente pode causar uma lesão corporal, perturbação funcional, doença ou a morte do trabalhador, no entanto, um incidente não causa um dano corporal mas pode causar danos materiais. • Torna-se tão importante prevenir os acidentes como os incidentes porque um incidente pode levar ao acidente! • A lesão corporal ou perturbação funcional pode fazer com que o trabalhador fique incapacitado para o trabalho, levando-o ao absentismo, ou seja à sua ausência no local de trabalho. Neste caso estamos
  • 5. • perante uma situação de acidente com afastamento, que pode ser definido como uma incapacidade temporária, ou permanente (parcial ou total). •  A incapacidade temporária é a perda da capacidade para o trabalho por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna às suas atividades normais. •  A incapacidade parcial e permanente é a diminuição, por toda vida, da capacidade física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de um dedo ou de uma vista. •  A incapacidade total e permanente é a invalidez incurável para o trabalho.
  • 6. • Causas e Consequências dos Acidentes de Trabalho • Causas • Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de fatores, entre os quais se destacam as falhas humanas, falhas materiais e falhas organizacionais. Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para cumprir nossas obrigações diárias. Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorre porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos. • Os pontos que se seguem apresentam, de uma forma resumida, as principais causas dos acidentes de trabalho. • A) Causas Humanas • • Stress (cansaço, distrações); • • Falta de interesse (desmotivação); • • Incumprimento das regras de segurança (negligência); • • Ingestão de álcool e drogas. • B) Causas Materiais • • Ausência de planos de manutenção de máquinas e equipamentos; • • Mau estado de conservação dos materiais e equipamentos. • C) Causas Organizacionais • • Ausência de sinalização de segurança; • • Desorganização do espaço de trabalho; • • Má avaliação dos riscos associados à tarefa ou ao local de trabalho; • • Falta de informação e formação dadas aos trabalhadores.
  • 7. Consequências Trabalhador Perda de autoestima, depressão, isolamento social, sensação de fardo, dependência; Incapacidade para o trabalho (permanente ou temporária); Dor, sofrimento, traumas; Dificuldades financeiras (perda do poder de compra). Família Perda de um familiar; Baixas por assistência a um familiar (absentismo); Dificuldades financeiras (perda do poder de compra); Problemas familiares (divórcios, violência doméstica); Empresa Plano Humano Desmotivação/receio de colaboradores; Má reputação/ publicidade negativa. Plano Material Estragos/Paragem da máquina ou instalação; Atrasos/Perda de produção; Perda Qualidade/rendimento Seleção/Formação de substitutos; Perdas comerciais; Degradação imagem externa; Prémios de seguro maior; Indemnizações/Gastos com assistência médica. País Plano Humano • Baixa do potencial humano. Plano Material • Perda de produção; • Recuperação do acidentado; • Reformas antecipadas; • Despesas de reeducação; • Diminuição do poder de compra.
  • 8. • Noção de Perigo e Risco • Perigo e Risco (Definição) • Em Higiene e Segurança no Trabalho existem dois conceitos importantes que devem ficar bem esclarecidos. O perigo pode ser definido como; “uma condição ou um conjunto de circunstâncias que têm o potencial de causar ou contribuir para uma lesão ou morte”. O risco pode ser definido como; “o resultado medido do efeito potencial do perigo”. Por outras palavras o perigo pode ser definido como a situação que constitui ameaça ao homem (por exemplo um leão à solta) enquanto que o risco é a consequência dessa ameaça (mordedura ou morte). • Perigo: Carga suspensa mal acondicionada Risco: Queda de objetos • Riscos Associados ao Ambiente de Trabalho e Riscos Associados aos Acidentes de Trabalho • Riscos Associados ao Ambiente de Trabalho • O ambiente de trabalho tem a ver com o meio envolvente, ou seja com todos os fatores que nos rodeiam no nosso local de trabalho. È costume ouvir falar num “Bom Ambiente de Trabalho”, o qual associamos a um ambiente onde há boas relações entre colegas e chefias, boa organização, recursos materiais e humanos, higiene e limpeza, entre outros. Um mau ambiente de trabalho pode levar á perda de produtividade dos colaboradores, a conflitos, desmotivação e mesmo à depressão do trabalhador aumentando os casos de absentismo laboral. É importante que as empresas se preocupem com o ambiente de trabalho, este deve proporcionar o bem-estar do trabalhador. Trabalhador motivado e saudável é sinónimo de produtividade e de um maior rendimento para a empresa. • Os riscos que associados ao ambiente de trabalho podem ser: • Químicos • Biológicos • Físicos • Incêndio • Psicossociais • Ergonómicos
  • 9. • Riscos Associados aos Acidentes de Trabalho • Os riscos associados aos acidentes de trabalho podem ser: • • Quedas em altura / Ao mesmo nível • • Escorregadelas • • Cortes/ Golpes/ Choques • • Entalamentos / Amputações • • Eletricidade • • Incêndio/ Explosões • • Posturas e Cargas • • Inundações / Derrames • Os fatores que potenciam este tipo de riscos são essencialmente o ambiente social, a causa pessoal e as causas mecânicas (materiais). • A influência social em que o comportamento de cada um é muitas vezes influenciado pelo ambiente social em que cada um vive. • A causa pessoal está relacionada com o conjunto de conhecimentos e habilidades que cada um possui para desempenhar uma tarefa num dado momento. A probabilidade de envolvimento em acidentes aumenta quando as condições psicológicas não são as melhores (depressão), ou quando não existe preparação e treino suficiente. • A causa mecânica diz respeito às falhas materiais existentes no ambiente de trabalho. Quando o equipamento não apresenta proteção para o trabalhador, quando a iluminação do ambiente de trabalho é deficiente ou quando não há boa manutenção do equipamento, os riscos de acidente aumentam consideravelmente. È muito importante fazer a manutenção preventiva das máquinas e equipamentos, bem como estes estarem equipados com dispositivos de segurança tais como sistemas de bloqueio (corte de corrente), comandos bimanuais, entre outros. • Segurança do Posto de Trabalho • Significado e importância da prevenção • A Prevenção é certamente o melhor processo de reduzir ou eliminar as possibilidades de ocorrerem problemas de segurança com o Trabalhador. • A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, na previsão de que a segurança física do operador possa ser colocada em risco durante a realização do seu trabalho.
  • 10. • Prevenir quer dizer: “...ver antecipadamente; chegar antes do acidente; tomar todas as providências para que o acidente não tenha possibilidade de ocorrer...” • Desta forma para poder prevenir o acidente é prioritário que se identifiquem os perigos a que o trabalhador está exposto, se avaliem os riscos, ou seja as consequências desses perigos para o trabalhador, se tentem eliminá-los na fonte/origem e, caso não seja possível, controlá-los ou minimizá-los, afastando o homem da fonte de perigo ou protegendo-o do perigo. • Perigo: Crocodilo Risco: Mordedura ou Morte 1) Identificar 2) Eliminar/ Controlar 3) Proteger o Homem • Para eliminar ou controlar os riscos, temos de primeiro saber quais são os riscos a que o trabalhador está exposto, e isso é feito pensando na tarefa a executar, levantando os riscos associados a essa tarefa, avaliando-os e controlando-os através de procedimentos preventivos (implementar controles e executar o trabalho em segurança).
  • 11. • Cabe também ao trabalhador ter um papel ativo nesta política de prevenção, o qual tem o dever de: • • Cumprir as normas de Higiene e Segurança no seu local de Trabalho; • • Informar-se sobre os riscos do seu PT; • • Seguir as indicações da sinalização de segurança; • • Utilizar os equipamentos de segurança e mantê-los em bom estado de conservação; • • Cuidar da Higiene, limpeza e arrumação do seu local de trabalho; • • Informar a chefia de qualquer anomalia verificada. • PROTEÇÃO COLETIVA E PROTEÇÃO INDIVIDUAL • Medidas de Proteção Coletiva • As medidas de proteção coletiva, através dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC´s), devem ter prioridade, conforme determina a legislação, uma vez que beneficiam todos os trabalhadores, indistintamente. • Os EPC´s devem ser mantidos nas condições que os especialistas em segurança estabelecerem, devendo ser reparados sempre que apresentarem qualquer deficiência. • Vejamos alguns exemplos de aplicação de EPC´s: • Sistema de exaustão que elimina gases, vapores ou poeiras contaminantes do local de trabalho; • Enclausuramento de uma máquina ruidosa para livrar o ambiente do ruído excessivo; • Comando bimanual, que mantém as mãos ocupadas, fora da zona de perigo, durante o ciclo de uma máquina; • Cabo de segurança para conter equipamentos suspensos sujeitos a esforços, caso venham a se desprender; • Redes, barreiras de proteção, andaimes, sinalização de segurança, etc.
  • 12. • No interior e exterior das instalações das Empresas, devem existir formas de aviso e informação rápida, que possam auxiliar os elementos da Empresa atuar em conformidade com os procedimentos de segurança. • Com este objetivo, existem conjunto de símbolos e sinais especificamente criados para garantir a fácil compreensão dos riscos ou dos procedimentos a cumprir nas diversas situações laborais que podem ocorrer no interior de uma Empresa ou em lugares públicos. Em seguida dão-se alguns exemplos do tipo • de sinalização existente e a ser aplicada nas Empresas . • Sinais de Perigo • Indicam situações de risco potencial de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. • Têm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.
  • 13.
  • 14. Sinais de Proibição Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco
  • 15. Sinais de Obrigação Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc. Têm forma circular, fundo azul e pictograma a branco.
  • 16. Sinais de Combate a Incêndios Sinalizam e indicam equipamentos de extinção e combate a incêndios. Têm forma retangular ou quadrada e um pictograma branco sobre fundo vermelho
  • 17. Sinais de Emergência Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no sinal. São utilizados em instalação, acessos e equipamentos, etc. Têm forma retangular, fundo verde e pictograma a branco.
  • 18. • Equipamentos de Proteção Individual (EPI`S) • Quando não for possível adotar medidas de segurança de ordem geral, para garantir a proteção contra os riscos de acidentes e doenças profissionais, devem-se utilizar os equipamentos de proteção individual, conhecidos pela sigla EPI. • São considerados equipamentos de proteção individual todos os dispositivos de uso pessoal destinados a proteger a integridade física e a saúde do trabalhador. • Na seleção dos equipamentos de proteção individual deve-se ter em conta: • Os riscos a que está exposto o trabalhador; • As condições em que trabalha; • A parte do corpo a proteger; • As características do próprio trabalhador. • Assim os EPI’S devem obedecer aos seguintes requisitos: • Serem cómodos, robustos, leves e adaptáveis. • A entidade patronal tem o dever de fornecer gratuitamente, aos trabalhadores, os equipamentos de proteção individual que devem: • Ser adequados relativamente aos riscos a prevenir; • Não ser eles próprios geradores de novos riscos; • Assegurar a higiene, segurança e saúde dos trabalhadores. • Os principais tipos de proteção individual são: • Proteção da cabeça; • Proteção dos olhos e rosto; • Proteção das vias respiratórias; • Proteção dos ouvidos; • Proteção do tronco; • Proteção dos pés e dos membros inferiores; • Proteção das mãos e dos membros superiores. • Proteção da cabeça • A cabeça deve ser adequadamente protegida perante o risco de queda de objetos pesados, pancadas violentas ou projeção de partículas. A proteção da cabeça obtém-se mediante o uso de capacete de proteção o qual deve apresentar elevada resistência ao impacto e à penetração.
  • 19. • Proteção dos olhos e rosto • Os olhos constituem uma das partes mais sensíveis do corpo onde os acidentes podem atingir a maior gravidade. Os olhos e também o rosto protegem-se com óculos e viseiras apropriados, cujos vidros deverão resistir ao choque, à corrosão e às radiações, conforme os casos. • As lesões nos olhos podem ser devidas a diferentes causas: •  Ações mecânicas: através de poeiras, partículas ou aparas. •  Ações óticas: através da luz visível, invisível ou raios laser. •  Ações térmicas: devidas a temperaturas extremas. •  Ações químicas: através de produtos corrosivos ou tóxicos.
  • 20. • Proteção das vias respiratórias • A atmosfera dos locais de trabalho encontra-se muitas vezes, contaminada em virtude da existência de agentes químicos agressivos, tais como gases, vapores, neblinas, fibras, poeiras. A proteção das vias respiratórias é feita através dos dispositivos de proteção respiratória – aparelhos filtrantes (máscaras). • Proteção dos ouvidos • O ruído constitui uma causa de incómodo para o trabalho, um obstáculo às comunicações verbais e sonoras. Pode provocar fadiga, distúrbios gastrointestinais, diminuição da memória, irritabilidade, depressão. Existem dois tipos de protetores de ouvidos: • Auriculares ou tampões • Auscultadores ou abafadores.
  • 21. • Proteção do tronco • O tronco é protegido através do vestuário, que pode ser de diferentes tecidos. Deve ser cingido ao corpo por forma a evitar a prisão pelos órgãos em movimento. A gravata ou cachecol constituem geralmente um risco. • Proteção dos pés e dos membros inferiores • A proteção dos pés deve ser considerada quando há possibilidade de lesões a partir de efeitos mecânicos, térmicos, químicos ou elétricos. Quando há possibilidade de queda de materiais, deverão ser usados sapatos ou botas revestidos com biqueira e palmilha de aço. • Proteção das mãos e dos membros superiores • Os ferimentos nas mãos constituem o tipo de lesão mais frequente. Daí a necessidade da sua proteção. O braço e antebraço estão geralmente menos expostos do que as mãos. A proteção é feita através de luvas, sendo que estas são escolhidas de acordo com a função do trabalhador (ação química, mecânica, térmica, etc).
  • 22. • RISCOS NOS LOCAIS DE TRABALHO • Há vários fatores de risco que afetam o trabalhador no desenvolvimento das suas tarefas diárias. • Alguns destes riscos atingem grupos específicos de profissionais, como é o caso, dos mergulhadores, que trabalham submetidos a altas pressões e abaixas temperaturas. Por esse facto, são obrigados a usar roupas especiais, para conservar a temperatura do corpo, e passam por cabines de compressão e descompressão, cada vez que mergulham ou sobem à superfície. • Outros fatores de risco não escolhem profissão: agridem trabalhadores de diferentes áreas e níveis ocupacionais, de maneira subtil, praticamente impercetível. Esses últimos são os mais perigosos, porque são os mais ignorados. • Os principais tipos de risco ambiental que afetam os trabalhadores de um modo geral, estão separados em: • Riscos Físicos; • Riscos Químicos; • Riscos Biológicos; • Riscos Ergonómicos. • RISCOS FÍSICOS • São considerados riscos físicos várias formas de energia tais como: •  Ruídos; •  Temperaturas excessivas; •  Vibrações; •  Pressões anormais; •  Radiações; •  Iluminação; •  Humidade.
  • 23. • O ruído é definido como um som indesejado, causador de poluição sonora, cuja intensidade é medida em decibéis (dB). O ruído, enquanto poluição sonora, pode provocar efeitos nocivos à saúde que vão desde o incómodo às perturbações psicológicas ou fisiológicas, normalmente associadas a reações de stress, alterações de níveis consideráveis no humor, falta de concentração, hipertensão arterial e até mesmo graves distúrbios cardiovasculares. O ruído também é responsável por problemas graves no aparelho auditivo que podem chegar até à perfuração do tímpano ou a uma surdez parcial ou total. A ação do ruído sobre a audição pode ocasionar uma perda auditiva por dois mecanismos: • - Por exposição aguda – Exemplo: um indivíduo estar exposto a um ruído de intensidade de 100 (dB) durante 1 hora; • - Por exposição crónica – Exemplo: surdez profissional resultante da exposição repetida ao ruído excessivo de uma atividade laboral, durante anos. • Deste modo, a prevenção e o controlo da poluição sonora devem ser assegurados, salvaguardando a saúde humana e o bem-estar das populações, com especial relevância para as indústrias que se localizam na proximidade de zonas residenciais. Os valores-limite de exposição definidos no Regulamento Geral do Ruído (RGR) para os respetivos períodos de referência devem ser assegurados e cumpridos. • No que respeita ao ruído ocupacional, o empregador tem o dever de, nas atividades suscetíveis de apresentar riscos de exposição ao ruído, proceder à avaliação dos riscos tendo em conta, entre outros aspetos, os valores limite de exposição e os valores de ação indicados no artigo 3.º do Decreto de Lei n.º 182/2006 de 06 de Setembro. Diariamente, milhões de trabalhadores europeus são expostos ao ruído e a todos os riscos inerentes a essa exposição nos seus locais de trabalho. Sendo o ruído um problema quase óbvio para determinados setores como a indústria transformadora e o setor da construção, pode, no entanto, constituir um problema para um vasto leque de outros ambientes de trabalho, desde centros de atendimento telefónico a escolas, a bares e discotecas. • O ruído pode ter causado de uma forma: • Contínua (causado por um motor de uma motosserra); • Intermitente (causado por uma fila de trânsito); • Por impacto (causado por um martelo).
  • 24. • As consequências do ruído para a saúde do trabalhador podem ser; •  Surdez profissional (PAIR); •  Fadiga nervosa, Depressão; •  Irritabilidade; •  Hipertensão; •  Alteração ritmos cardíaco e da respiração; •  Perturbações gastrointestinais; •  Alteração da visão noturna; •  Dificuldades na perceção das cores. • ESCALA DE DECIBÉIS (Consequências para o trabalhador) • Ambiente térmico • O Ambiente Térmico desempenha um papel importante no melhoramento das condições de trabalho. • De acordo com a American Society of Heating Refrigeration and Air Conditions (ASHRAE), conforto térmico pode ser definido como "o estado de espirito em que o indivíduo expressa satisfação em relação ao ambiente térmico". Este estado é obtido quando um indivíduo está numa condição de equilíbrio com o ambiente que o rodeia, o que significa que é possível a manutenção da temperatura dos tecidos constituintes do corpo, num domínio de variação estrito, sem que haja um esforço sensível. • Esta é a situação ideal, que corresponde a um ambiente neutro ou confortável. Fora deste ambiente pode haver alterações fisiológicas no ser humano.
  • 25. Temperaturas altas (calor) A subida da temperatura acima da zona de conforto começa a provocar problemas, primeiro de natureza subjetiva, depois mais a mais de natureza fisiológica até atingir o limite físico de tolerância. Quando o calor cedido pelo organismo ao meio ambiente, é inferior ao calor recebido ou produzido pelo metabolismo total (metabolismo basal + metabolismo de trabalho), o organismo tende a aumentar sua temperatura, e para evitar esta hipertermia (aumento da temperatura do corpo), põe em marcha outros mecanismos entre os quais podemos citar:  Desidratação;  Erupções na pele;  Cãibras;  Fadiga física;  Distúrbios neurológicos;  Problemas cardiovasculares;  Insolação. Temperaturas baixas (frio) Quando o calor cedido ao meio ambiente, é superior ao calor recebido ou produzido por meio do metabolismo basal ou de trabalho, devido à atividade física que se está exercendo, o organismo tende a esfriar-se e, para evitar esta hipotermia (descida da temperatura do corpo), põe em marcha múltiplos mecanismos, entre os quais podemos indicar:  Feridas;  Gretas e necrose da pele;  Enregelamento;  Agravamento das doenças reumáticas;  Problemas respiratórios. Vibrações As vibrações são agentes físicos nocivos produzidos por certas máquinas, equipamentos e ferramentas vibrantes, que atuam por transmissão de energia mecânica, emitindo oscilações com amplitudes percetíveis pelos seres humanos (Decreto de Lei 46/2006 de 24 de fevereiro). As vibrações encontram-se presentes em quase todas as atividades, nomeadamente em construção e obras públicas, indústrias extrativas, exploração florestal, fundições e transportes. Podem ser localizadas (sistema mão-braço) ou generalizadas (corpo inteiro) e são expressas em m/s2 ou em Hz (Hertz).
  • 26. • Pressões anormais • São atividades que expõem o homem a condições de pressão superior a uma atmosfera (1kg/cm²). Exemplos: mergulho, construção civil (tubulações e túneis pressurizados), trabalhadores de minas e voos a elevadas altitudes. • Efeitos da Pressão Atmosférica no organismo • Como o corpo é constituído de muitas cavidades pneumáticas e o sangue é uma solução que se presta para o transporte de gases, sofre muito com as variações de pressão, que alteram o volume dos gases, bem como a solubilidade dos gases no sangue. Essas alterações são regidas pelas leis dos gases. • No caso dessas variações, o sangue atinge o seu equilíbrio em poucos minutos, no entanto o tecido adiposo pode levar horas para liberar o nitrogênio dissolvido. Daí a necessidade de se aumentar ou diminuir a pressão vagarosamente e em estágios que são função da pressão e do período que o trabalhador ficou nessa pressão.
  • 27. • Pressões altas (Ambientes hiperbáricos) • Trabalhos sob ar comprimido são efetuados em ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões acima da pressão atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão. • Exemplos desses ambientes são os trabalhos em ambientes submersos (mergulho) e em espaços confinados (minas, plataformas petrolíferas). • Pressões baixas (Ambientes hipobáricos) • Quando o ser humano está sujeito a pressões menores que a pressão atmosférica. Estas situações ocorrem quando o colaborador está a trabalhar em elevadas altitudes, exemplo: no cimo de algum arranha-céus, a pilotar um avião, no topo de uma montanha, etc. • Consequências das pressões anormais • Rebentamento de um tímpano • Embolia (Morte) • AVC (Acidente Vascular Cerebral) • Aumento dos níveis de CO2 no sangue • Libertação de Nitrogénio nos tecidos e vasos sanguíneos • Iluminação • A Iluminação no Local de Trabalho é tratada, do ponto de vista da Higiene do Trabalho, como um risco físico passível de afetar o trabalhador. Uma iluminação deficiente ou desadequada ao local de trabalho, pode degradar a saúde física ou psicológica de um trabalhador, afetar o seu rendimento, ou provocar um acidente de trabalho. Como tal, a Iluminação no Local de Trabalho deve ser considerada como um risco, que, consoante as características dos locais e as circunstâncias, pode ser tão ou mais perigosos que o risco das substâncias explosivas, por exemplo. • Em baixo apresentam-se algumas das consequências, para o trabalhador, da iluminação deficiente num posto de trabalho: • • Maior esforço visual; • • Cansaço visual; • • Tensão nervosa; • • Dores de cabeça; • • Visão toldada; • • Contrações dos músculos; • • Postura incorreta do corpo; • •Ansiedade e nervosismo; • • Falta de concentração
  • 28. • •Diminuição da eficácia e da produtividade; • •Aumento do número e gravidade acidentes de trabalho. • Humidade excessiva • As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com humidades excessivas, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, são situações insalubres e devem ter a atenção dos técnicos de prevenção por meio de verificações realizadas nesses locais para estudar a implementação de medidas de controlo. • Para o trabalhador, as consequências de um ambiente de trabalho húmido são: •  Problemas respiratórios; •  Problemas nas articulações; •  Problemas circulatórios; •  Doenças de pele. • PREVENÇÃO • A prevenção de riscos físicos pode ser feita adotando-se medidas de engenharia ou construtivas, logo na fase de projeto (conceção), eliminando-se os perigos na origem. Medidas organizacionais também podem ser implementadas tais como, sinalização de segurança, formação e sensibilização de colaboradores, vigilância periódica da saúde dos trabalhadores e controlo/monitorização das condições ambientais (ruído, temperatura, iluminação, etc.), nos locais de trabalho e diminuição dos tempos de exposição (como por exemplo rotatividade de tarefas entre os trabalhadores). • RISCOS QUÍMICOS • Os riscos químicos são derivados à presença de contaminantes nos locais de trabalho. Os contaminantes químicos são todos os agentes, de origem química, suscetíveis de provocar efeitos adversos, ou doenças profissionais no trabalhador.
  • 29.
  • 30. • Vias de entrada dos agentes químicos no organismo humano • São várias as vias pelas quais o trabalhador pode ser contaminado pelas poeiras, ou seja, a entrada destas no organismo pode ocorrer por inalação - via respiratória -; por ingestão - via digestiva - ; em contacto com a pele - via cutânea-, ou por via parentérica- através da corrente sanguínea. Contudo, a inalação é de longe a forma mais importante de interação com o funcionamento do organismo humano, uma vez que a maioria das poeiras penetra no organismo humano através das vias respiratórias. • O ponto de partida para a redução dos riscos para a saúde nos locais de trabalho é efetuar o diagnóstico das condições reais de trabalho. Portanto, em primeiro lugar cabe à entidade patronal a realização da avaliação dos riscos e uma gestão adequada dos mesmos. Desta maneira, o trabalhador poderá adquirir práticas de trabalho seguras e a promover um ambiente de trabalho saudável e seguro.
  • 31. • Formas dos agentes químicos • No local de trabalho, os agentes químicos podem existir em suspensão na atmosfera: • a) No estado sólido, sob a forma de: • Poeiras – suspensão no ar de partículas esferoidais de pequeno tamanho, formadas durante o manuseamento de certos materiais e por processos mecânicos de desintegração; • Fibras – partículas aciculares provenientes de degradação mecânica, cujo comprimento excede em mais de três vezes o seu diâmetro; • Fumos – suspensão no ar de partículas esféricas provenientes de uma combustão incompleta ou resultante da sublimação de vapores, geralmente depois da volatilização a elevadas temperaturas de metais fundidos (fumes). • b) No estado líquido, sob a forma de: • Aerossóis – suspensão no ar de gotículas cujo tamanho não é visível à vista desarmada e provenientes da dispersão mecânica de líquidos; • Neblinas e Névoas – suspensão no ar de gotículas líquidas visíveis produzidas por condensação de vapor e produzidas por partículas líquidas que sofreram rutura e dispersaram, respetivamente. • c) No estado gasoso, sob a forma de: • Gases – estado físico de certas substâncias a 25ºC e 760 mm Hg;
  • 32. • • Vapores – fase gasosa de substâncias que nas condições – padrão (25ºC e 760 mm Hg) se encontram no estado sólido ou líquido. • Formas dos agentes químicos • As medidas ou avaliações dos agentes químicos em suspensão no ar são obtidas por meio de aparelhos especiais que medem a concentração, ou seja, a percentagem existente em relação ao ar atmosférico de um determinado poluente químico. • A partir dessas medições estabelecem-se os Valores Limites de Exposição (VLE), que não são mais do que as concentrações máximas, permitidas por lei, de diferentes substâncias existentes no ar dos locais de trabalho, acima dos quais a saúde dos trabalhadores pode ser afetada. Abaixo destes valores a exposição contínua do trabalhador não representa qualquer risco para o mesmo. • Os limites máximos de concentração de cada um dos produtos diferem de acordo com o seu grau de perigosidade para a saúde, sendo que na legislação ambiental portuguesa constam os valores limite de exposição de diferentes substâncias (NP – 1796:2004). • Mediante os valores obtidos há que tomar medidas, devendo recorrer-se a equipamento de proteção individual sempre que possível, bem como a alterações no processo produtivo que permitam a redução das emissões de poluentes. Estas alterações podem ser ao nível do equipamento ou de matérias-primas, mas também medidas mais gerais, nomeadamente: • • Formação e informação dos trabalhadores; • Organização da vigilância física e médica; • Organização e manutenção de processos e registos adequados; • Sinalização de segurança;
  • 33. • • Limitação da duração e da intensidade de exposição; • Planificação da eliminação e armazenamento dos resíduos radioativos, etc. • Principais doenças • O organismo tem vários mecanismos para eliminar as partículas aspiradas. Nas vias respiratórias, o muco cobre as partículas de modo que seja fácil expulsá-las através da tosse. Nos pulmões, existem células purificadoras especiais que "engolem” a maioria das partículas e as tornam inofensivas. No entanto, quando as substâncias químicas são absorvidas pelo organismo em doses elevadas e quando ultrapassam os VLE, provocam lesões nos trabalhadores. • As lesões ou doenças que mais vulgarmente se aplicam a este tipo de agentes e que apresentam problemas para a saúde do trabalhador são: • Anemias; • Queimaduras; • Encefalopatias; • Ulcerações cutâneas; • Perturbações cutâneas, etc. • No âmbito dos riscos associados a agentes químicos existem quatro tipos de agentes, que pelo seu elevado grau de perigosidade para o ser humano, devem ser referenciados e são: • Os cancerígenos; • O cloreto de vinilo monómero; • O amianto; • O chumbo; • Estes agentes químicos específicos, embora se enquadrem no âmbito dos riscos associados a agentes químicos gerais, têm legislação (comunitária e nacional) específica que regulamenta os VLE, definição do tipo de agentes e medidas de prevenção a implementar. • As doenças provocadas por este tipo de agentes passam por: • Asbestose (exposição ao amianto); • Cancro pulmonar; • Mesoteliama; • Lesões pleurais; • Fibroses do fígado e do baço; • Perturbações circulatórias das mãos e dos pés, etc. • Rótulo e fichas de dados de segurança • A informação sobre os riscos que as substâncias ou preparações perigosas apresentam para o homem e para o ambiente é transmitida pelos fabricantes ao consumidor no rótulo e/ou nas fichas de dados de
  • 34. • segurança. Estas últimas assumem particular importância na indústria e construção atendendo à grande diversidade e quantidade de produtos químicos perigosos utilizados. • O rótulo; • Informa o tipo de produto que se encontra na embalagem; • Permite evitar confusões e erros de manipulação; • Ajuda a organizar a prevenção; • É um auxiliar no armazenamento de produtos; • É precioso em caso de acidente; • Alerta para a gestão de resíduos e a proteção do ambiente. • No rótulo a informação sobre a perigosidade é transmitida através de símbolos, frases de risco (R) e frases de segurança (S) e símbolos de perigo que são pictogramas que identificam, de forma universal, as características e perigos associados aos produtos químicos perigosos. • Frases de Risco • Estas frases descrevem os efeitos concretos do produto sobre a saúde humana, sobre o meio ambiente ou as características perigosas para a segurança. Apresentamos de seguida uma listagem com as Frases de Risco mais utilizadas e que podem ser encontradas em rótulos de vários produtos. • R 1 Explosivo no estado seco. • R 2 Risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição. • R 3 Grande risco de explosão por choque, fricção, fogo ou outras fontes de ignição. • R 4 Forma compostos metálicos explosivos muito sensíveis.
  • 35. • R 5 Perigo de explosão sob a acção do calor. • R 6 Perigo de explosão com ou sem contacto com o ar. • R 7 Pode provocar incêndio. • R 8 Favorece a inflamação de matérias combustíveis. • R 9 Pode explodir quando misturado com matérias combustíveis. • R 10 Inflamável. • R 11 Facilmente inflamável. • R 12 Extremamente inflamável. • R 14 Reage violentamente em contacto com a água. • R 15 Em contacto com a água liberta gases extremamente inflamáveis. • R 16 Explosivo quando misturado com substâncias comburentes. • R 17 Espontaneamente inflamável ao ar. • R 18 Pode formar mistura vapor-ar explosiva/inflamável durante a utilização. • R 19 Pode formar peróxidos explosivos. • R 20 Nocivo por inalação. • R 21 Nocivo em contacto com a pele. • R 22 Nocivo por ingestão. • R 23 Tóxico por inalação. • R 24 Tóxico em contacto com a pele. • R 25 Tóxico por ingestão. • R 26 Muito tóxico por inalação. • R 27 Muito tóxico em contacto com a pele.
  • 36. • Frases de Segurança • Estas frases constituem conselhos de prudência a ter em conta no manuseamento e utilização do produto. Apresentamos de seguida uma listagem com as Frases de Segurança mais utilizadas e que podem ser encontradas em rótulos de vários produtos. • S 1 Guardar fechado à chave. • S 2 Manter fora do alcance das crianças. • S 3 Guardar em lugar fresco. • S 4 Manter fora de qualquer zona de habitação. • S 7 Manter o recipiente bem fechado. • S 8 Manter o recipiente ao abrigo da humidade. • S 9 Manter o recipiente num local bem ventilado. • S 12 Não fechar o recipiente hermeticamente. • S 13 Manter afastado de alimentos e bebidas, incluindo os dos animais. • S 15 Manter afastado do calor. • S 16 Manter afastado de qualquer chama ou fonte de ignição - Não fumar. • S 17 Manter afastado de matérias combustíveis. • S 18 Manipular e abrir o recipiente com prudência. • S 20 Não comer nem beber durante a utilização.
  • 37. • Fichas de dados de segurança • As fichas de dados de segurança constituem o principal instrumento para assegurar que os fabricantes e os importadores comuniquem informações suficientes em toda a cadeia de abastecimento para permitir uma utilização segura das suas substâncias e misturas. • As fichas de dados de segurança incluem informações sobre as propriedades da substância e os seus perigos, instruções de manuseamento, eliminação e transporte e medidas relativas aos primeiros socorros, ao combate a incêndios e ao controlo da exposição. As fichas de dados de segurança devem estar em local acessível e ser do conhecimento de todos os colaboradores. São constituídas por 16 campos obrigatórios: • 1- Identificação da substância/preparação e da sociedade /empresa; • 2. Identificação dos perigos; • 3. Composição/informação sobre os componentes; • 4. Primeiros socorros; • 5. Medidas de combate a incêndio; • 6. Medidas a tomar em caso de fugas acidentais; • 7. Manuseamento e armazenagem; • 8. Controlo da exposição/proteção pessoal; • 9. Propriedades físicas e químicas; • 10. Estabilidade e reatividade;
  • 38. • 11. Informação toxicológica; • 12. Informação ecológica; • 13. Considerações relativas à eliminação; • 14. Informações relativas ao transporte; • 15. Informação sobre regulamentação; • 16. Outras informações. • Regras e cuidados a ter na manipulação e armazenamento de substâncias perigosas • Afastar o mais possível, substâncias explosivas, substâncias comburentes e substâncias inflamáveis; • Assegurar que todos os recipientes de substâncias químicas perigosas têm rótulo; • Conceber vias de acesso adequadas à zona de armazenagem; • Não utilizar recipientes vazios para colocação de outras substâncias; • Eliminar corretamente as embalagens e recipientes; • Não fumar no local de armazenagem; • Nunca comer nem beber durante o manuseamento de substâncias químicas perigosas; • Deve-se ter em atenção que, todas as pequenas lesões na pele são vias de penetração privilegiadas para as substâncias perigosas; • No manuseamento de substâncias corrosivas, irritantes, tóxicas e nocivas, é obrigatório o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado nomeadamente, óculos, máscara, luvas e avental com perneiras; • Em caso de acidente provocado pela ingestão ou inalação de substâncias tóxicas e nocivas deve-se: • Ler cuidadosamente as informações contidas na embalagem ou, preferencialmente, a ficha de segurança do produto; • Prestar, quando possível, os primeiros socorros; • Entregar aos técnicos de saúde, o rótulo do produto que provocou o acidente. • Em caso de acidente (irritação ou queimadura) provocado pelo contacto com substâncias irritantes e corrosivas, deve-se: • Proceder de igual forma, mencionado no ponto anterior; • Utilizar imediatamente o chuveiro de emergência sobre a zona afetada.
  • 39. • RISCOS BIOLÓGICOS • Os agentes biológicos são microrganismos capazes de originar qualquer tipo de infeção, alergia ou toxicidade no corpo humano. Da sua presença nos locais de trabalho podem advir situações de risco para os trabalhadores. • Com frequência, os meios de comunicação social noticiam a existência de alergias e sintomas diversos relacionados, em geral, com a qualidade do ar dos edifícios modernos. Tradicionalmente, os maiores riscos encontram-se nas explorações agrícolas, matadouros, hospitais, laboratórios e determinados locais de trabalho relacionados com o tratamento de águas e saneamento. • Nos últimos tempos a ameaça da gripe das aves coloca esta questão na ordem do dia! • Para prevenir estas ameaças é necessário aplicar a legislação comunitária e nacional (1) e organizar as atividades de segurança e saúde no trabalho nos setores profissionais de risco. • Por microrganismo entende-se qualquer entidade microbiológica, celular ou não, dotada de capacidade de reprodução ou de transferência do material genético. • Assim, os agentes biológicos são seres vivos de dimensões microscópicas, bem como todas as substâncias derivadas dos mesmos, presentes no trabalho, que podem provocar efeitos negativos na saúde dos trabalhadores. • A grande diferença entre os agentes biológicos e as demais substâncias perigosas é a respetiva capacidade de reprodução. Em condições favoráveis, uma pequena quantidade de um microrganismo pode desenvolver-se consideravelmente num curto período de tempo. • Os agentes biológicos estão omnipresentes em todo o meio que nos rodeia e coabitam com todos os seres vivos. Todavia, apenas uma pequena porção destes microrganismos que abundam na natureza, provoca doença nas pessoas. • São os microrganismos patogénicos que, englobando as bactérias, vírus, parasitas e fungos, conseguem vencer as defesas do organismo humano e infetar os tecidos da pessoa saudável. • Para a prevenção e identificação das doenças infeciosas é muito importante reconhecer as fontes e os meios de transmissão dos agentes biológicos patogénicos nomeadamente na água, no ar, nas instalações do ar condicionado, no solo, com os animais domésticos ou selvagens e em algumas matérias-primas como o algodão, a lã e a carne.
  • 40. • Transmissão por contacto direto • O conceito de doença contagiosa abrange apenas a transmissão por contacto direto, isto é, as situações em que o microrganismo causal passa diretamente do indivíduo doente para o indivíduo são. Exemplos: através de um espirro ou da tosse, relações sexuais desprotegidas, ou outros fluídos corporais. • Transmissão por contacto indireto • O contacto pode ser indireto quando a transmissão se realiza através de objetos contaminados. Este tipo de contacto realiza-se frequentemente na cadeia chamada mão-boca. Também se costuma incluir na transmissão por contacto indireto, a emissão de gotículas de saliva através da tosse ou espirro, entre dois indivíduos relativamente próximos, a transmissão através da ingestão de água e alimentos contaminados que estabelecem a ligação entre o agente contaminante e o hospedeiro, a transmissão através do contacto com artrópodes (ex: moscas, mosquitos, pulgas, carraças, etc), que transmitem o germe infecioso através das mucosas ou da pele, em consequência de uma picada ou por depósito do material infetado. Outra via de contágio é a via respiratória, e neste caso a transmissão é feita pelo ar, no caso de inalação de pequenas gotículas (poeiras ou aerossóis), em locais infetados. • Por último temos a via de transmissão pelo sangue através de objetos cortantes contaminados (ex; agulhas de seringas, bisturis, etc), ou de transfusões sanguíneas de sangue infetado. • Principais agentes biológicos patogénicos • Os principais agentes biológicos patogénicos ao homem são; • -As bactérias; • - Os vírus; • - Os fungos; • - Os parasitas (protozoários e helmintas) • - Os priões. • Todos estes agentes conseguem vencer as defesas do organismo humano e infetar os tecidos da pessoa saudável. A patogenia é a capacidade de desencadear uma doença
  • 41. Atividade profissionais que apresentam risco biológico Para que se possa ter uma ideia da importância do risco biológico apresentamos algumas atividades onde existe uma maior exposição: Atividades agrícolas e em unidades de produção alimentar: O leite não tratado, por exemplo, pode ser veículo de infeções bacterianas e a manipulação de azeites vegetais pode ocasionar doenças cutâneas. Atividades ligadas à pecuária: Contacto com animais ou produtos de origem animal. O sector profissional ligado à criação e abate de aves é agora um sector que exige cuidados especiais! Atividades ligadas à saúde e a laboratórios: Os riscos biológicos a que os trabalhadores se expõem derivam do contacto direto ou indireto com doentes ou cadáveres infetados. Nos laboratórios o risco será devido ao manuseamento de microrganismos, patogénicos ou desconhecidos, ou do contacto com animais para experimentação, por exemplo. Atividades em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos: Os detritos são um meio ideal para a proliferação de microrganismos
  • 42. • Trabalho em instalações de tratamento de águas residuais: As águas residuais podem veicular diversas doenças. • Trabalho em lares da 3.ª idade e creches/jardins escola: Os riscos biológicos a que os trabalhadores se expõem derivam do contacto direto ou indireto com utentes infetados, bem como a uma má qualidade do ar (sistemas de ventilação deficientes) e à falta de cuidados de higienização dos utensílios e instalações. • Classificação dos agentes biológicos patogénicos • Segundo o DL n.º 84/97, de 16 de Abril, os agentes biológicos são classificados quanto à natureza do grau de risco para a saúde humana. Assim temos: •  Grupo 1- Agente biológico cuja probabilidade de causar doença no ser humano é baixa; •  Grupo 2- Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um perigo para os trabalhadores; •  Grupo 3- Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e constituir um risco grave para os trabalhadores; •  Grupo 4- Agente biológico que causa doenças graves no ser humano e constitui um risco grave para os trabalhadores.
  • 43. • Avaliação dos riscos e medidas de proteção e prevenção • Por força da legislação comunitária e nacional (2) as empresas devem avaliar os riscos inerentes aos agentes biológicos e reduzir os mesmos através de medidas de: • Eliminação ou substituição; • Prevenção e controlo da exposição (uso de equipamentos de proteção coletiva e individual - epc´s e epi´s), alteração de procedimentos e processos, medidas de engenharia, etc); • Informação e formação dos trabalhadores; • Controlo médico adequado. • As medidas necessárias à eliminação ou redução dos riscos para os trabalhadores dependem de cada risco biológico em concreto, existindo, todavia, um número de ações comuns possíveis de implementar, nomeadamente: • Evitar a formação de aerossóis e de poeiras, inclusive durante as atividades de limpeza ou manutenção. Muitos agentes são transmitidos através do ar; • Manter uma boa higiene doméstica, procedimentos de trabalho higiénicos e utilização de sinais de aviso pertinentes são condições indispensáveis e seguras de trabalho; • Adotar medidas de descontaminação de resíduos, equipamento e vestuário, bem como medidas de higiene dirigidas aos trabalhadores, pois muitos organismos desenvolvem mecanismos de sobrevivência ou resistência ao calor, à desidratação ou à radiação através, por exemplo, da produção de esporos; • Dar instruções sobre a eliminação com segurança de resíduos, procedimentos de emergência e primeiros socorros; • Em alguns casos, entre as medidas de prevenção, pode incluir-se a vacinação colocada à disposição dos trabalhadores.
  • 44. • PREVENÇÃO • Como foi anteriormente referido, os agentes biológicos podem ser absorvidos por inalação, ingestão, cortes, lesões na pele ou transmissão sexual. Podem ser transmitidos por contacto pessoal, chamado de direto, ou indireto, através de insetos ou animais que funcionam como vetores, pelo contacto com fezes contaminadas ou outros fluídos corporais (por exemplo, sangue, saliva, secreções sexuais, objetos contaminados, terra, aerossóis, alimentos e água). Algumas atividades facilitam o contacto dos trabalhadores com esse tipo de agentes como atividades em hospitais, lares de 3.ª idade, jardins escola e creches, a recolha do lixo, as indústrias de alimentação, laboratórios, indústrias de tratamento de águas residuais, entre outros. Esses agentes podem causar doenças como tuberculose, intoxicação alimentar (gastroenterites), brucelose, malária, febre-amarela, tétano, etc. O grande problema reside na diferença do nível de compreensão do público sobre a exposição aos microrganismos (bactérias, fungos, vírus, protozoários, etc.) na vida quotidiana, e o nível de compreensão sobre a exposição aos agentes biológicos no local de trabalho. As medidas preventivas mais comuns para esse tipo de agentes são o controlo médico permanente, o uso de equipamentos de proteção individual (máscara, luvas, toucas, batas, entre outros), a higiene rigorosa nos locais de trabalho, os hábitos de higiene pessoal, o uso de roupas adequadas, a vacinação e a informação/formação dos trabalhadores. Os empregadores devem ainda avaliar os riscos para a saúde a que os trabalhadores estão expostos, a aplicar controlos proporcionais e adequados, e a certificarem-se que os controlos aplicados estão a funcionar. • Em suma, a saúde biológica e mental do trabalhador deve SEMPRE ser preservada através de ações preventivas. É mais lucrativo ter custos com os EPI’s e EPC’s e com a vigilância da saúde do que gastos
  • 45. • RISCOS ERGONÓMICOS • A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho - OIT como "A aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem-estar no trabalho". • Os riscos ergonómicos são os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. • São considerados riscos ergonômicos: • Esforço físico; • Levantamento de pesos; • Postura inadequadas; • Controlo rígido de produtividade; • Situações de stress geradas pelo ambiente de trabalho; • Trabalhos em período noturno; • Jornadas de trabalho prolongadas; • Monotonia e repetitividade; • Imposição de rotinas intensas. • Os riscos ergonómicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como: LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e as DORT (Distúrbios Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna, etc. • Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspetos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de: melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, entre outros. • Principais fatores de risco ergonómico • Podemos dizer que os principais fatores de risco relacionados com as Lesões Músculo Esqueléticas (LME´S) são: • Relacionados com as atividades de trabalho; • Individuais (Sexo, Idade, Obesidade, Patologias na coluna); • Organizacionais/Psicossociais (Organização dos postos de trabalho e dos turnos de trabalho, Iluminação. Máquinas e ferramentas de trabalho/ Relação entre chefias-colaborador, colaborador-colaborador)
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  • 48. • CONCLUSÃO • As condições de trabalho e as regras de Segurança e Higiene correspondentes constituem um fator da maior importância para a melhoria de desempenho das Empresas, através do aumento da sua produtividade obtida em condições de menor absentismo e sinistralidade. • Por parte dos trabalhadores de uma Empresa, o Emprego não deve representar somente o trabalho que se realiza num dado local para auferir um ordenado, mas também uma oportunidade para a sua valorização pessoal e profissional, para o que contribuem em mito as boas condições do seu posto de trabalho. Querendo evitar a curto prazo um desperdício de recursos humanos e monetários e a longo prazo garantir a competitividade da Empresa, deverá prestar-se maior atenção às condições de trabalho e ao grau de satisfação dos seus colaboradores, reconhecendo-se que, uma Empresa desempenha não só uma função técnica e económica mas também um importante papel social.