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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA
DIVISÃO DE AGRICULTURA
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
Modulo: Trabalho Independente
Plano de uso e aproveitamento de terra
Discente: Docentes:
Cipriano Afiado Eng. José Luís Pires
Márcia Franceline Ferro E
Osvaldo Venâncio C. Veremos Albasini Caniço
Paulo Jone Muchanga
Chimoio , Abril de 2013
Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013
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Índice
Lista de tabelas, figuras e gráficos .............................................................................................. 4
Resumo........................................................................................................................................ 4
1. Introdução ............................................................................................................................ 6
1.1. Objectivos......................................................................................................................... 6
1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................. 6
1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................. 6
1.1.3. Justificação ................................................................................................................... 7
2. Materiais e métodos ............................................................................................................. 8
3. Produção da cultura.............................................................................................................. 9
3.1. Descrição da cultura......................................................................................................... 9
3.1.1. Cevada .......................................................................................................................... 9
3.1.2. Girassol........................................................................................................................... 10
3.1.3. Batata-doce..................................................................................................................... 10
3.1.4. Feijão bóer...................................................................................................................... 11
3.2. Descrição das actividades a realizar .................................................................................. 12
3.2.1. Trabalho de preparo do solo........................................................................................... 12
3.2.2. Processo produtivo......................................................................................................... 13
3.2.2.1. Adubação de fundo e Sementeira ............................................................................... 13
3.2.2.2. Adubação de cobertura ............................................................................................... 13
3.2.2.3. Controlo de infestantes ............................................................................................... 13
3.2.2.4. Controlo de pregas e doenças ..................................................................................... 15
3.2.2.5. Dimensionamento do sistema de rega ........................................................................ 16
4. Plano de uso de terra e conservação do solo ......................................................................... 17
5. Cronograma de actividades ................................................................................................... 19
Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013
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6. Referências bibliográficas ..................................................................................................... 20
Anexos .......................................................................................................................................... 22
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Lista de tabelas, figuras e gráficos
Tabela 1:Controlo de infestantes
Tabela 2: Controlo de pragas e doenças
Tabela 3: Cronograma de actividades
Figura 1: Layout do sistema de regadio
Gráfico 1: Planos de uso de terra no primeiro ano
Gráfico 2: Planos de uso de terra no segundo ano
Gráfico 3: Planos de uso de terra no terceiro ano
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Resumo
O presente projecto pretende usar uma área de 5ha durante 3 anos, nos quais 4ha para o cultivo e
1ha para infrastuturas, no posto administrativo de Rotanda, distrito de sussundenga, na província
de Manica, de forma sustentável fazendo uso da rotação de culturas, e consociação, realizando
no primeiro ano o cultivo do girassol em 2ha, batata-doce em 2ha, no ano seguinte cultivar-se-á o
feijão bóer nos 4ha anteriormente ocupados. No terceiro ano realizar-se-á o cultivo da cevada
que é a cultura principal nos 4ha. Desta forma irá ser fornecida uma vasta gama de productos
alimentares ao mercado regional, diminuindo o risco de insegurança alimentar.
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1. Introdução
O projecto a seguir apresentado surge principalmente de grande necessidade de matéria-prima
para a indústria de cervejeira Nacional, que tem incorrido a importação para se alimentar, mas
também justifica-se devido as altas taxas de má nutrição verificada no nosso país.
Por conseguinte realizar-se-á cultivo de Cevada ( Hordeum distichum), para a produção do malte
na indústria cervejeira, diminuindo a necessidade de importação deste cereal.
Para tal, serão realizadas uma rotação entre Girassol (Hellinatus annus), e Feijão bóer (Cajanus
cajan), este último, além de fornecer o feijão propriamente dito, melhora a fertilidade do solo,
visto ter a capacidade de fixar o oxigénio atmosférico, com sistema radicular profundo realiza o
chamado “efeito bomba” através de absorção dos nutrientes lixiviados para as camadas
profundas do solo e disponibilizando-os nas camadas superficiais, para culturas com sistema
radicular pouco profundo, como a cevada, através da deposição de material vegetal (folhas,
ramos, etc).
O girassol será consociado com batata-doce (Ipomea batatas) de polpa alaranjada.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Cultivar cevada e algumas outras culturas secundárias de forma sustentável, no distrito de
sussundenga, posto administrativo de Rotanda, numa área de 4 hectares em 3 anos.
1.1.2. Objectivos específicos
Identificar principais constrangimentos no cultivo de cevada
Descrever métodos de controlo as pragas, doenças e infestantes de cevada
Maximizar os benefícios da interacção entre as culturas propostas com a cevada
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1.1.3. Justificação
Tendo em conta a maior procura dos produto assim como da gestão integrada do solo achou-se
necessário produzir Girassol, batata-doce, feijão bóer, e a Cevada, nessas condições porque trata-
se da agricultura de conservação e o principal objectivo é fazer um maneio do solo no sentido de
mater a fertilidade no solo e a sua gestão.
Visto que no primeiro ano ira se cultivar batata-doce e Girassol que desgastam o solo, no
segundo ano cultivar-se-á o feijão bóer que tem efeito recicladora do solo captando o nitrogénio
da atmosfera depositando do solo e no último ano fazendo o cultivo da cevada como a cultura
principal no solo já reciclado com o feijão bóer de modo a garantir altos rendimentos,
minimizando os custos de adubação.
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2. Materiais e métodos
Para alcançar os resultados esperados, irá ser realizado um maneio integrado (controlo cultural e
químico), para controlo de pragas, doenças e infestantes, sendo feito com base no nível
económico de dano.
Visto que cultivo convencional, poucos lucros são obtidos na produção de grão de girassol, irá
ser realizado o cultivo conservacionista, com vista a diminuir os inputs, e melhorar a estrutura e
fertilidade de solo.
Desta feita, será realizada apenas uma gradagem para incorporar os restolhos procedida de
aplicação de um herbicida não selectivo para a eliminação de plantas infestantes antes da
sementeira manual do girassol.
O cultivo do girassol e do feijão bóer será efectuado em sequeiro, já a cevada e a batata-doce
serão cultivados em regadio através do sistema por aspersão, em linhas móveis respectivamente.
Após o cultivo da batata-doce e do feijão bóer, será efectuada a siderção dos mesmos com
objectivo de incorporar os nutrientes no solo, melhorando a sua fertilidade, reduzindo os custos
em adubação e melhorando a capacidade do solo reter a água.
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3. Produção da cultura
3.1. Descrição da cultura
3.1.1. Cevada
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Liliopsida
Ordem: Poales
Família: Poaceae
Género: Hordeum
Espécies cultivadas: Hordeum vulgare, (n=14)
A cevada, Hordeum vulgare (variedade forrageira) ou Hordeum distichum (variedade cervejeira),
é a quinta gramínea cerealífera mais importante, na área actualmente ocupada por Israel, Síria,
Irão e Turquia, chegando ao Egipto e a Mesopotâmia, já em regime irrigado (Minella, 2009).
A inflorescência é uma espiga, em cada um dos nós inserem-se três espiguetas ( se apenas a
espigueta central for fértil então a cevada diz-se dística: Hordeum vulgare ssp. Disticum) com
ma flor cada ( espiguetas unifloras), dando origem a cariopse amarelo-acastanhado (grão).
(Pereira, 2010).
Esta é uma cultura anual tipicamente do inverno, apresenta sistema radicular superficial, com um
ciclo de 130 á 60 dias, não tolera o alagamento, sendo resistente a seca quando comparada ao
trigo, mas exigente em relação a fertilidade do solo e mais sensível ao acamamento. (Minella,
2009).
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Será utilizada a variedade Pawter, devido a sua resistência a doenças, aliada a sua baixa estatura
que diminui o risco a acama e a torna adequada aos sistemas de regadio. (Carvalho, 2009).
3.1.2.Girassol
Classificação botânica
• Familia : Compositae
• Subfamilia: Tubuliflorarae
• Tribo: Helinathaceae
• Especie: Helinathus annus (n=17)
• Especies cultivadas: H. annus, H. tuberosus
O girassol, Helianathus annus (produtor de óleo) é uma planta originária da América central e
foi responsável por cerca de 8% de todo o óleo alimentar no mundo, durante os anos 80.
As sementes, produtoras de óleo rico em gordura, proteínas, glicidios e sais minerais, encontram-
se num receptáculo, apresentam cor branca ou preta com estrias brancas ou cinzentas. O seu
ciclo é de 120-170 dias.
A variedade Black record, desenvolvida pelo instituto de investigação agrária de Moçambique-
IIAM, será utilizada, pois é bastante rica em óleo.
3.1.3.Batata-doce
Classificação Botânica
• Reino: Plantae
• Familia : Convulvolaceae
• Divisão: magnoliophyta
• Ordem: Solanales
• Gênero: Ipomea
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• Especie: L. batatas (n=17)
• Nome binominal:Ipomea batatas
A batata-doce, Ipomea batatas L, pertence a família das convulvuláceas, ao género ipomoea,
planta de constitução herbácea, rastejante verde ou aroxada, chega a alcançar de 3 a 5m de
comprimento. (Benoni da Silva; e tal, 2010).
A origem da batata-doce permanece até os dias de hoje indefinida apesar de que muitas
evidências indicam o sul do México e o Nordeste da América do Sul como o seu berço natural.
Por ser uma planta natural de regiões quentes, essa cultura requer temperaturas elevadas durante
todo o ciclo vegetativo. A batata-doce é boa fonte de energia, minerais e vitamina C e do
complexo B, algumas cultivares são ricas em vitamina A (as polpa alaranjada), podendo ser
consumida assada, cozida ou frita.
A maior parte das raízes se desenvolvem nos primeiros 10cm de profundidade do solo, havendo
uma raiz pivotante que atinge a profundidade de 1,30m. É uma planta rústica de ampla
adaptação, fácil cultivo, alta tolerância a seca e de baixo custo de produção. É detentora de caule
tenro, impedindo a erosão e o crescimento de plantas daninhas. (Benonil da Silva; e tal, 2010)
Suas raízes são tuberosas e variam de forma, tamanho e coloração, conforme a cultivar e o meio
ambiente em que se produza.
Será utilizada a variedade Cecíla, testada pelo IIAM, que tem recebido muita procura, por
apresentar polpa alaranjada, rica em beta-caroteno, principal componente da vitamina A,.
(Benonil da Silva; e tal, 2010).
3.1.4.Feijão bóer
O feijão bóer, Cajanus cajan é uma leguminosa originária da África e tornou-se largamente
distribuída e semi-naturalizada na região tropical, onde assumiu importância como fonte de
alimento humano, forragem e também como cultura para adubação verde. (Ribeiro, 2009).
Dependendo da variedade, o feijão bóer pode ser uma planta anual ou perene de vida curta,
apresentando caule lenhoso e uma raiz principal pivotante que pode penetrar um ou mais metros
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no solo. Numerosas raízes finas secundárias, até 30cm da superfície, apresenta nódulos que
contém bactérias do género Rhizobium, que fixa simbioticamente nitrogénio atmosférico e que é
cedido á planta para a formação de seus aminoácidos e proteínas. (Ribeiro, 2009)
As folhas apresentam-se trifolioladas, com folíolos lanceolados ou elípticos, com 4-10 cm de
comprimento e 3 cm de largura.
As flores apresentam-se rácemos terminais com 1,5-1,8 cm de comprimento, de cor amarela,
podendo apresentar estandartes salpicados ou totalmente púrpura ou avermelhadas. (Ribeiro,
2009).
As vagens são indeiscentes, de cor verde-castanho ou púrpura, ou mesmo verde-salpicadas de
castanho, de forma oblonga, com 8 cm de comprimento e 1,4 cm de largura.
As sementes, entre 2-9 por vagem, redondas, com 4-8mm de diâmetro, de cor verde ou púrpura
quando imaturas, quando maduras apresentam cor branca, amarelo, castanho a preto. As
sementes são bastante duras quando secas e número de sementes por kg varia de 1.150-3,630
unidades. (Ribeiro, 2009).
Será usada a variedade ICEAP 00040 de ciclo longo libertado pela IIAM.
3.2. Descrição das actividades a realizar
3.2.1.Trabalho de preparo do solo
Para alcançar a estrutura física adequada do terreno para poder semear e preparar as melhores
condições ao desenvolvimento radicular das plantas será realizada duas lavouras, uma lavoura
em Dezembro e a outra em Março, com charrua de discos, já que a charrua alcança uma grande
profundidade, utilizar-se-á esta para a incorporação de restolhos, a profundidade de 20-25cm.
Será feita também uma gradagem com objectivo principal de atingir uma estrutura igual na
camada superficial do solo para que a semente germine de igual modo, também esta preparação
Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013
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terá como outro objectivo controlar ervas daninhas, a gradagem terá uma profundidade de 10-
15cm, será feita 45 dias antes da sementeira.
3.2.2.Processo produtivo
3.2.2.1. Adubação de fundo e Sementeira
Far-se-á a adubação de fundo no mês de Março, e a sementeira nos princípios de Abril, utilizar-
se-á uma quantidade de 140 kg de semente por há, e para os 4ha deve ser usada uma quantidade
de 560kg, a densidade de sementeira óptima é aquela que tende a estabelecer uma população de
250-300 plantas por m2
. Assim, o espaçamento entre as linhas será de 18cm, com uma
profundidade de 4cm.
Para a adubação de fundo serão aplicados 166,6 kg/ha N-P-K (12-24-12) localizados, visto que a
cultura necessita de 100 kg de Nitrogénio, 40kg de Pentóxido de Fósforo e 60 kg de óxido de
Potássio. A diferença em falta para completar as necessidades da cultura ira ser aplicada na
adubação de cobertura.
3.2.2.2. Adubação de cobertura
Irá se fazer a adubação de cobertura no mês de Maio, para a variedade Pawter a quantidade de
nitrogénio a ser aplicada na cobertura é de 20kgN e 40kgK/há sendo, 10kg de N e 20kgK/há na
fase de afilhamento e, 10kgN e 20kgK no início do alongamento.
3.2.2.3. Controlo de infestantes
Controlo cultural
Consiste em usar características ecológicas da cultura e da planta infestante de tal forma que a
primeira leve vantagens na competição. O emprego deste método, além de auxiliar outro tipo de
controlo, não aumenta os custos de produção.
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Controlo químico
Quando o grau de infestação não permitir o controlo mecânico de infestantes em tempo
oportuno, fará-se o uso de controlo químico, no mês de Abril.
Para o efeito usar-se-á um herbicida pós emergente.
Producto Dose (Kg ou Lt/ha) Altura de aplicação
Tribunil 70% 5.0 Pós-emergéncia
Tabela 1.
Controlo Manual
Para controlar as infestantes também far-se-á um controlo manual com exadas, contratara-se
pessoal sazonal, de modo a manter o campo livre de infestantes que contribuem para o baixo
rendimento da cultura, irá se fazer no mês Maio.
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3.2.2.4. Controlo de pregas e doenças
Tabela 2.
Será feita nos meses de Março e Maio
Pragas Danos causados Controlo Pesticida S.activ
a
Quant Dose
/ha
Observação
Pulgões
(Metopolophim
dirhodum)
Iinjetam toxinas
causando
o vírus do nanismo
amarelo da cevada,
reduz rendimento
Químico Ripcord
25% EC
Ciper
metrin
a
0,6l 0,15l Controlar quando
a infestação atingir
110% das plantas
Roscas
(Col.Melolonthi
dae,
Diloboderus
abderus
Roem raízes e cortam
caule das plantas,
provocando a morte
das plantas.
Químico Ripcord
25% EC
Ciper
metrin
a
0,6l 0,15l Pulverizar o solo
a volta das
plantas quando
húmido
Lagartas
(Pseudaletia
sequax)
Desfolham as plantas Quimico Carbaril
50% WP
Carbar
il
4,8 kg 1,2 kg Aplicar quando
começar a
aparecer as
lagartas
Doenças
Ferrugem (
Puccinia spp)
folhas e
caule
Cultural Sera feita rotação
da cultura
Quimico Dithane
M-45
80%WP
Macon
zeb
4,8 kg 1,2 kg Pulverizar 7 dias
antes da floração
e depois repetir
com intervalo de
10 dias
Oidium ( Erixi
Graminy)
Atacam as folhas Quimico Moncoze
be
80%
200g/h 2kg/há Aplicar quando o
ataque tenha
possibilidade de
aumentar;
Cultural Rotação de cultur
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3.2.2.5. Dimensionamento do sistema de rega
A cevada necessita de aproximadamente 500mm de água durante o seu ciclo de vida
As necessidades hídricas da cevada serão supridas pelo sistema de rega por aspersão, com uso de
aspersores médios, com um caudal de 6m3
/h. Na fase de germinação ao início do alongamento
(40 dias) para um óptimo desenvolvimento serão necessários 80mm, aplicando 20mm/década.
Durante o alongamento do caule até a floração (70 dias), serão necessários para um óptimo
desenvolvimento 200mm, far-se-á a aplicação de 20mm, 20mm, 30mm, 30mm, 35mm e 40mm
por década, de modo a distribuir a água uniformemente ao ciclo da cultura. Na fase de
espigamento até ao grão leitoso (20 dias) serão aplicados 80 mm, 16 mm a cada 5 dias. A rega
será feita desde a sementeira até o ciclo de maturação.
Layout:
Figura 1.
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4. Plano de uso de terra e conservação do solo
A área total será de 4ha. No primeiro ano será feito o cultivo de girassol em 2ha e da batata-doce
também em 2ha.
O cultivo do girassol será de conservação, em vista de reduzir os custos de produção sendo
realizada apenas uma gradagem e aplicação de herbicida antes da sementeira.
Gráfico 1.
No segundo ano: far-se-á o cultivo do feijão bóer em todos 4ha, visto que esta é recicladora,
fixando nitrogénio no solo, efeito bomba e as suas folhas como M.O.
Gráfico 2.
4ha feijao boer
2ha Girassol
2ha batata-doce
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No terceiro ano terceiro ano far-se-á o cultivo da cevada em 4ha.
Antes da sementeira da cevada far-se-á a sideração do feijão bóer e das ramas da batata-doce.
Gráfico 3.
4ha cevada
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5. Cronograma de actividades
Actividades
Meses
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago
Lavoura
Gradagem
Adubação de fundo
Sementeira
Resementeira
Rega
Controlo de
infestantes
Adubação de
cobertura
Pulverizações
Colheita
Comercialização
Tabela 3.
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6. Referências bibliográficas
 GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo,
2002. 920p;
 PICANÇO 2000. Apostila Didática. UFV- Viçosa, 308p;
 BENONI DA SILVA, Belquior, Mendes, Flávio Bertin Gandara, KAGEAMA, Paulo
Yoshio. (2010). Batata-doce. São Paulo: Universidade de são Paulo;
 CALEGARI, Ademir. TAIMO, José Paulo Cristiano.(s.d). Guia prático de Agricultura
de conservação: promoção económica de camponeses-Sofala. (s.n): Viena;
 CARVALHO, Rui da Costa. (2009). Manual de boas práticas agrícolas: Cultura da
Cevada distica para malte. Lisboa: Maltibérica;
 MINELA, Euclyde. (2009). Indicações técnicas para a produção da cevada cervejeira
nas Safras 2009 e 2010. 1a
ed. Passo fundo Empresa brasileira de Pesquisa
Agropecuária;
 PEREIRA, Gonçalves. (2010). Cevada adp fertilizantes S.A: São Paulo.
 WEIS, N (Ed). 1981, Rodent pests ond their control, GTZ Berlang Gmbh, Rossdort,
RFA.147pp.
 RIBEIRO, Jorge Carlos (2009). Guandu (Cajanus cajan). Secção: Gado de corte
Legumineira- Cultura forrageira para produção de Proteina. Santa Catarina: Embrapa;
 CRAWFORD, Gary W.; Gyoung-Ah Lee. (2003). "Agricultural Origins in the Korean
Peninsula". Antiquity 77 (295): 87–95. ISSN 0003-598X. (em inglês) ;
 UDA, 1982. Normas técnicas Agrícolas. Ministério Da Agricultura. Maputo, 208pp.
 AGRITEX, 1982. Farm Managment handbook, Government Publications, Harare.
 ALLCOCK, S. e LEECE,.V,. Handbook of registered pesticides in Zimbabwe, Plant
protection Research Institute, Dept. of Research and specialist Services. Harare
 PELLECHIA, Thomas. Wine : the 8,000-year-old story of the wine trade.
Philadelphia: Running Press, 2006. p. 10. ISBN 1560258713 (em inglês);
 McGee, Harold (1986). On Food and Cooking: The Science and Lore of the Kitchen.
Unwin. ISBN 0-04-440277-5.(em inglês) ;
 RODEN, Claudia. The Book of Jewish Food. [S.l.]: Knopf, 1997. p. 135.
 A cevada cervejeira em São Paulo. Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes.
CATI.
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 FAOSTAT.fao.org (em inglês) ;
 AMABILE, Renato Fernando. A evolução das pesquisas com a cevada no Brasil.
 VITAL, Nicholas. Os donos da cerveja. Istoé Dinheiro, Fevereiro/2008.
 Cultura da cevada dística para malte, Manual de Boas Práticas Agrícolas, Novembro
2009.
 Novas variedades de cevada malteira são testadas no Cerrado, EMBRAPA, (25/11/2004).
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Anexos
Anexo 1: Cálculo de adubo
Dados
Adubo: N: P: K
Formulação: 12:24:12
Necessidades da cultura: N= 100kg
P= 40kg
K=60 kg
Resolução
24 Kg P
x 40kg
x= 166,6 kg NPK/ha
100kgNPK 12kgN
166,6NP X
X=20kgN/ha
40-20=20kgN para adubação de cobertura
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100kgNPK 12kgN
166, 6 X
X=20kgN
60kg-20 = 40kgK para adubação de cobertura
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Anexo 2: Cálculo de sementes
Dados
Quantidade de semente/há= 140 kg
Área=4ha
Resolução
1ha 140kg
4ha x
x= 560kg/há
serão necessários 560kg/há de sementes para 4 hectares.
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Anexo 3: Dimensionamento de sistema de rega
Cultura: Cevada
Precipitações: 800mm
Espaçamento:
Kc=0,25
Tturno de trebalho=16h/dia
ETo= 7,28mm/dia
Profun.sistema radicular= 100cm
VIB=10mm/h
Ep= 85%
Classificação do aspersor: médio
Espaçamento= 12-36m
Caudal= 6m3
/h
ETC=Kc*ETo
ETC=0,25*7,28
ETc=1,82
NAR=ETc-Pe
NAR=80,5
Ig=
Ig=94,8
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Intensidade de aplicação
Tempo de irrigação por posição
Tempo de mudança de linha
Número de posições irrigadas por dia
Número total de posições na área
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No
de posições que devem ser irrigadas por dia
Número de linhas laterais
No
de aspersores na linha lateral
Caudal da linha lateral

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Cevada

  • 1. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE MANICA DIVISÃO DE AGRICULTURA CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA Modulo: Trabalho Independente Plano de uso e aproveitamento de terra Discente: Docentes: Cipriano Afiado Eng. José Luís Pires Márcia Franceline Ferro E Osvaldo Venâncio C. Veremos Albasini Caniço Paulo Jone Muchanga Chimoio , Abril de 2013
  • 2. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 2 Índice Lista de tabelas, figuras e gráficos .............................................................................................. 4 Resumo........................................................................................................................................ 4 1. Introdução ............................................................................................................................ 6 1.1. Objectivos......................................................................................................................... 6 1.1.1. Objectivo geral ............................................................................................................. 6 1.1.2. Objectivos específicos .................................................................................................. 6 1.1.3. Justificação ................................................................................................................... 7 2. Materiais e métodos ............................................................................................................. 8 3. Produção da cultura.............................................................................................................. 9 3.1. Descrição da cultura......................................................................................................... 9 3.1.1. Cevada .......................................................................................................................... 9 3.1.2. Girassol........................................................................................................................... 10 3.1.3. Batata-doce..................................................................................................................... 10 3.1.4. Feijão bóer...................................................................................................................... 11 3.2. Descrição das actividades a realizar .................................................................................. 12 3.2.1. Trabalho de preparo do solo........................................................................................... 12 3.2.2. Processo produtivo......................................................................................................... 13 3.2.2.1. Adubação de fundo e Sementeira ............................................................................... 13 3.2.2.2. Adubação de cobertura ............................................................................................... 13 3.2.2.3. Controlo de infestantes ............................................................................................... 13 3.2.2.4. Controlo de pregas e doenças ..................................................................................... 15 3.2.2.5. Dimensionamento do sistema de rega ........................................................................ 16 4. Plano de uso de terra e conservação do solo ......................................................................... 17 5. Cronograma de actividades ................................................................................................... 19
  • 3. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 3 6. Referências bibliográficas ..................................................................................................... 20 Anexos .......................................................................................................................................... 22
  • 4. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 4 Lista de tabelas, figuras e gráficos Tabela 1:Controlo de infestantes Tabela 2: Controlo de pragas e doenças Tabela 3: Cronograma de actividades Figura 1: Layout do sistema de regadio Gráfico 1: Planos de uso de terra no primeiro ano Gráfico 2: Planos de uso de terra no segundo ano Gráfico 3: Planos de uso de terra no terceiro ano
  • 5. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 5 Resumo O presente projecto pretende usar uma área de 5ha durante 3 anos, nos quais 4ha para o cultivo e 1ha para infrastuturas, no posto administrativo de Rotanda, distrito de sussundenga, na província de Manica, de forma sustentável fazendo uso da rotação de culturas, e consociação, realizando no primeiro ano o cultivo do girassol em 2ha, batata-doce em 2ha, no ano seguinte cultivar-se-á o feijão bóer nos 4ha anteriormente ocupados. No terceiro ano realizar-se-á o cultivo da cevada que é a cultura principal nos 4ha. Desta forma irá ser fornecida uma vasta gama de productos alimentares ao mercado regional, diminuindo o risco de insegurança alimentar.
  • 6. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 6 1. Introdução O projecto a seguir apresentado surge principalmente de grande necessidade de matéria-prima para a indústria de cervejeira Nacional, que tem incorrido a importação para se alimentar, mas também justifica-se devido as altas taxas de má nutrição verificada no nosso país. Por conseguinte realizar-se-á cultivo de Cevada ( Hordeum distichum), para a produção do malte na indústria cervejeira, diminuindo a necessidade de importação deste cereal. Para tal, serão realizadas uma rotação entre Girassol (Hellinatus annus), e Feijão bóer (Cajanus cajan), este último, além de fornecer o feijão propriamente dito, melhora a fertilidade do solo, visto ter a capacidade de fixar o oxigénio atmosférico, com sistema radicular profundo realiza o chamado “efeito bomba” através de absorção dos nutrientes lixiviados para as camadas profundas do solo e disponibilizando-os nas camadas superficiais, para culturas com sistema radicular pouco profundo, como a cevada, através da deposição de material vegetal (folhas, ramos, etc). O girassol será consociado com batata-doce (Ipomea batatas) de polpa alaranjada. 1.1. Objectivos 1.1.1. Objectivo geral Cultivar cevada e algumas outras culturas secundárias de forma sustentável, no distrito de sussundenga, posto administrativo de Rotanda, numa área de 4 hectares em 3 anos. 1.1.2. Objectivos específicos Identificar principais constrangimentos no cultivo de cevada Descrever métodos de controlo as pragas, doenças e infestantes de cevada Maximizar os benefícios da interacção entre as culturas propostas com a cevada
  • 7. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 7 1.1.3. Justificação Tendo em conta a maior procura dos produto assim como da gestão integrada do solo achou-se necessário produzir Girassol, batata-doce, feijão bóer, e a Cevada, nessas condições porque trata- se da agricultura de conservação e o principal objectivo é fazer um maneio do solo no sentido de mater a fertilidade no solo e a sua gestão. Visto que no primeiro ano ira se cultivar batata-doce e Girassol que desgastam o solo, no segundo ano cultivar-se-á o feijão bóer que tem efeito recicladora do solo captando o nitrogénio da atmosfera depositando do solo e no último ano fazendo o cultivo da cevada como a cultura principal no solo já reciclado com o feijão bóer de modo a garantir altos rendimentos, minimizando os custos de adubação.
  • 8. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 8 2. Materiais e métodos Para alcançar os resultados esperados, irá ser realizado um maneio integrado (controlo cultural e químico), para controlo de pragas, doenças e infestantes, sendo feito com base no nível económico de dano. Visto que cultivo convencional, poucos lucros são obtidos na produção de grão de girassol, irá ser realizado o cultivo conservacionista, com vista a diminuir os inputs, e melhorar a estrutura e fertilidade de solo. Desta feita, será realizada apenas uma gradagem para incorporar os restolhos procedida de aplicação de um herbicida não selectivo para a eliminação de plantas infestantes antes da sementeira manual do girassol. O cultivo do girassol e do feijão bóer será efectuado em sequeiro, já a cevada e a batata-doce serão cultivados em regadio através do sistema por aspersão, em linhas móveis respectivamente. Após o cultivo da batata-doce e do feijão bóer, será efectuada a siderção dos mesmos com objectivo de incorporar os nutrientes no solo, melhorando a sua fertilidade, reduzindo os custos em adubação e melhorando a capacidade do solo reter a água.
  • 9. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 9 3. Produção da cultura 3.1. Descrição da cultura 3.1.1. Cevada Classificação científica Reino: Plantae Divisão: Magnoliophyta Classe: Liliopsida Ordem: Poales Família: Poaceae Género: Hordeum Espécies cultivadas: Hordeum vulgare, (n=14) A cevada, Hordeum vulgare (variedade forrageira) ou Hordeum distichum (variedade cervejeira), é a quinta gramínea cerealífera mais importante, na área actualmente ocupada por Israel, Síria, Irão e Turquia, chegando ao Egipto e a Mesopotâmia, já em regime irrigado (Minella, 2009). A inflorescência é uma espiga, em cada um dos nós inserem-se três espiguetas ( se apenas a espigueta central for fértil então a cevada diz-se dística: Hordeum vulgare ssp. Disticum) com ma flor cada ( espiguetas unifloras), dando origem a cariopse amarelo-acastanhado (grão). (Pereira, 2010). Esta é uma cultura anual tipicamente do inverno, apresenta sistema radicular superficial, com um ciclo de 130 á 60 dias, não tolera o alagamento, sendo resistente a seca quando comparada ao trigo, mas exigente em relação a fertilidade do solo e mais sensível ao acamamento. (Minella, 2009).
  • 10. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 10 Será utilizada a variedade Pawter, devido a sua resistência a doenças, aliada a sua baixa estatura que diminui o risco a acama e a torna adequada aos sistemas de regadio. (Carvalho, 2009). 3.1.2.Girassol Classificação botânica • Familia : Compositae • Subfamilia: Tubuliflorarae • Tribo: Helinathaceae • Especie: Helinathus annus (n=17) • Especies cultivadas: H. annus, H. tuberosus O girassol, Helianathus annus (produtor de óleo) é uma planta originária da América central e foi responsável por cerca de 8% de todo o óleo alimentar no mundo, durante os anos 80. As sementes, produtoras de óleo rico em gordura, proteínas, glicidios e sais minerais, encontram- se num receptáculo, apresentam cor branca ou preta com estrias brancas ou cinzentas. O seu ciclo é de 120-170 dias. A variedade Black record, desenvolvida pelo instituto de investigação agrária de Moçambique- IIAM, será utilizada, pois é bastante rica em óleo. 3.1.3.Batata-doce Classificação Botânica • Reino: Plantae • Familia : Convulvolaceae • Divisão: magnoliophyta • Ordem: Solanales • Gênero: Ipomea
  • 11. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 11 • Especie: L. batatas (n=17) • Nome binominal:Ipomea batatas A batata-doce, Ipomea batatas L, pertence a família das convulvuláceas, ao género ipomoea, planta de constitução herbácea, rastejante verde ou aroxada, chega a alcançar de 3 a 5m de comprimento. (Benoni da Silva; e tal, 2010). A origem da batata-doce permanece até os dias de hoje indefinida apesar de que muitas evidências indicam o sul do México e o Nordeste da América do Sul como o seu berço natural. Por ser uma planta natural de regiões quentes, essa cultura requer temperaturas elevadas durante todo o ciclo vegetativo. A batata-doce é boa fonte de energia, minerais e vitamina C e do complexo B, algumas cultivares são ricas em vitamina A (as polpa alaranjada), podendo ser consumida assada, cozida ou frita. A maior parte das raízes se desenvolvem nos primeiros 10cm de profundidade do solo, havendo uma raiz pivotante que atinge a profundidade de 1,30m. É uma planta rústica de ampla adaptação, fácil cultivo, alta tolerância a seca e de baixo custo de produção. É detentora de caule tenro, impedindo a erosão e o crescimento de plantas daninhas. (Benonil da Silva; e tal, 2010) Suas raízes são tuberosas e variam de forma, tamanho e coloração, conforme a cultivar e o meio ambiente em que se produza. Será utilizada a variedade Cecíla, testada pelo IIAM, que tem recebido muita procura, por apresentar polpa alaranjada, rica em beta-caroteno, principal componente da vitamina A,. (Benonil da Silva; e tal, 2010). 3.1.4.Feijão bóer O feijão bóer, Cajanus cajan é uma leguminosa originária da África e tornou-se largamente distribuída e semi-naturalizada na região tropical, onde assumiu importância como fonte de alimento humano, forragem e também como cultura para adubação verde. (Ribeiro, 2009). Dependendo da variedade, o feijão bóer pode ser uma planta anual ou perene de vida curta, apresentando caule lenhoso e uma raiz principal pivotante que pode penetrar um ou mais metros
  • 12. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 12 no solo. Numerosas raízes finas secundárias, até 30cm da superfície, apresenta nódulos que contém bactérias do género Rhizobium, que fixa simbioticamente nitrogénio atmosférico e que é cedido á planta para a formação de seus aminoácidos e proteínas. (Ribeiro, 2009) As folhas apresentam-se trifolioladas, com folíolos lanceolados ou elípticos, com 4-10 cm de comprimento e 3 cm de largura. As flores apresentam-se rácemos terminais com 1,5-1,8 cm de comprimento, de cor amarela, podendo apresentar estandartes salpicados ou totalmente púrpura ou avermelhadas. (Ribeiro, 2009). As vagens são indeiscentes, de cor verde-castanho ou púrpura, ou mesmo verde-salpicadas de castanho, de forma oblonga, com 8 cm de comprimento e 1,4 cm de largura. As sementes, entre 2-9 por vagem, redondas, com 4-8mm de diâmetro, de cor verde ou púrpura quando imaturas, quando maduras apresentam cor branca, amarelo, castanho a preto. As sementes são bastante duras quando secas e número de sementes por kg varia de 1.150-3,630 unidades. (Ribeiro, 2009). Será usada a variedade ICEAP 00040 de ciclo longo libertado pela IIAM. 3.2. Descrição das actividades a realizar 3.2.1.Trabalho de preparo do solo Para alcançar a estrutura física adequada do terreno para poder semear e preparar as melhores condições ao desenvolvimento radicular das plantas será realizada duas lavouras, uma lavoura em Dezembro e a outra em Março, com charrua de discos, já que a charrua alcança uma grande profundidade, utilizar-se-á esta para a incorporação de restolhos, a profundidade de 20-25cm. Será feita também uma gradagem com objectivo principal de atingir uma estrutura igual na camada superficial do solo para que a semente germine de igual modo, também esta preparação
  • 13. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 13 terá como outro objectivo controlar ervas daninhas, a gradagem terá uma profundidade de 10- 15cm, será feita 45 dias antes da sementeira. 3.2.2.Processo produtivo 3.2.2.1. Adubação de fundo e Sementeira Far-se-á a adubação de fundo no mês de Março, e a sementeira nos princípios de Abril, utilizar- se-á uma quantidade de 140 kg de semente por há, e para os 4ha deve ser usada uma quantidade de 560kg, a densidade de sementeira óptima é aquela que tende a estabelecer uma população de 250-300 plantas por m2 . Assim, o espaçamento entre as linhas será de 18cm, com uma profundidade de 4cm. Para a adubação de fundo serão aplicados 166,6 kg/ha N-P-K (12-24-12) localizados, visto que a cultura necessita de 100 kg de Nitrogénio, 40kg de Pentóxido de Fósforo e 60 kg de óxido de Potássio. A diferença em falta para completar as necessidades da cultura ira ser aplicada na adubação de cobertura. 3.2.2.2. Adubação de cobertura Irá se fazer a adubação de cobertura no mês de Maio, para a variedade Pawter a quantidade de nitrogénio a ser aplicada na cobertura é de 20kgN e 40kgK/há sendo, 10kg de N e 20kgK/há na fase de afilhamento e, 10kgN e 20kgK no início do alongamento. 3.2.2.3. Controlo de infestantes Controlo cultural Consiste em usar características ecológicas da cultura e da planta infestante de tal forma que a primeira leve vantagens na competição. O emprego deste método, além de auxiliar outro tipo de controlo, não aumenta os custos de produção.
  • 14. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 14 Controlo químico Quando o grau de infestação não permitir o controlo mecânico de infestantes em tempo oportuno, fará-se o uso de controlo químico, no mês de Abril. Para o efeito usar-se-á um herbicida pós emergente. Producto Dose (Kg ou Lt/ha) Altura de aplicação Tribunil 70% 5.0 Pós-emergéncia Tabela 1. Controlo Manual Para controlar as infestantes também far-se-á um controlo manual com exadas, contratara-se pessoal sazonal, de modo a manter o campo livre de infestantes que contribuem para o baixo rendimento da cultura, irá se fazer no mês Maio.
  • 15. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 15 3.2.2.4. Controlo de pregas e doenças Tabela 2. Será feita nos meses de Março e Maio Pragas Danos causados Controlo Pesticida S.activ a Quant Dose /ha Observação Pulgões (Metopolophim dirhodum) Iinjetam toxinas causando o vírus do nanismo amarelo da cevada, reduz rendimento Químico Ripcord 25% EC Ciper metrin a 0,6l 0,15l Controlar quando a infestação atingir 110% das plantas Roscas (Col.Melolonthi dae, Diloboderus abderus Roem raízes e cortam caule das plantas, provocando a morte das plantas. Químico Ripcord 25% EC Ciper metrin a 0,6l 0,15l Pulverizar o solo a volta das plantas quando húmido Lagartas (Pseudaletia sequax) Desfolham as plantas Quimico Carbaril 50% WP Carbar il 4,8 kg 1,2 kg Aplicar quando começar a aparecer as lagartas Doenças Ferrugem ( Puccinia spp) folhas e caule Cultural Sera feita rotação da cultura Quimico Dithane M-45 80%WP Macon zeb 4,8 kg 1,2 kg Pulverizar 7 dias antes da floração e depois repetir com intervalo de 10 dias Oidium ( Erixi Graminy) Atacam as folhas Quimico Moncoze be 80% 200g/h 2kg/há Aplicar quando o ataque tenha possibilidade de aumentar; Cultural Rotação de cultur
  • 16. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 16 3.2.2.5. Dimensionamento do sistema de rega A cevada necessita de aproximadamente 500mm de água durante o seu ciclo de vida As necessidades hídricas da cevada serão supridas pelo sistema de rega por aspersão, com uso de aspersores médios, com um caudal de 6m3 /h. Na fase de germinação ao início do alongamento (40 dias) para um óptimo desenvolvimento serão necessários 80mm, aplicando 20mm/década. Durante o alongamento do caule até a floração (70 dias), serão necessários para um óptimo desenvolvimento 200mm, far-se-á a aplicação de 20mm, 20mm, 30mm, 30mm, 35mm e 40mm por década, de modo a distribuir a água uniformemente ao ciclo da cultura. Na fase de espigamento até ao grão leitoso (20 dias) serão aplicados 80 mm, 16 mm a cada 5 dias. A rega será feita desde a sementeira até o ciclo de maturação. Layout: Figura 1.
  • 17. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 17 4. Plano de uso de terra e conservação do solo A área total será de 4ha. No primeiro ano será feito o cultivo de girassol em 2ha e da batata-doce também em 2ha. O cultivo do girassol será de conservação, em vista de reduzir os custos de produção sendo realizada apenas uma gradagem e aplicação de herbicida antes da sementeira. Gráfico 1. No segundo ano: far-se-á o cultivo do feijão bóer em todos 4ha, visto que esta é recicladora, fixando nitrogénio no solo, efeito bomba e as suas folhas como M.O. Gráfico 2. 4ha feijao boer 2ha Girassol 2ha batata-doce
  • 18. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 18 No terceiro ano terceiro ano far-se-á o cultivo da cevada em 4ha. Antes da sementeira da cevada far-se-á a sideração do feijão bóer e das ramas da batata-doce. Gráfico 3. 4ha cevada
  • 19. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 19 5. Cronograma de actividades Actividades Meses Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Lavoura Gradagem Adubação de fundo Sementeira Resementeira Rega Controlo de infestantes Adubação de cobertura Pulverizações Colheita Comercialização Tabela 3.
  • 20. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 20 6. Referências bibliográficas  GALLO, D. et al. Manual de Entomologia Agrícola. Ed. Agronômica Ceres. São Paulo, 2002. 920p;  PICANÇO 2000. Apostila Didática. UFV- Viçosa, 308p;  BENONI DA SILVA, Belquior, Mendes, Flávio Bertin Gandara, KAGEAMA, Paulo Yoshio. (2010). Batata-doce. São Paulo: Universidade de são Paulo;  CALEGARI, Ademir. TAIMO, José Paulo Cristiano.(s.d). Guia prático de Agricultura de conservação: promoção económica de camponeses-Sofala. (s.n): Viena;  CARVALHO, Rui da Costa. (2009). Manual de boas práticas agrícolas: Cultura da Cevada distica para malte. Lisboa: Maltibérica;  MINELA, Euclyde. (2009). Indicações técnicas para a produção da cevada cervejeira nas Safras 2009 e 2010. 1a ed. Passo fundo Empresa brasileira de Pesquisa Agropecuária;  PEREIRA, Gonçalves. (2010). Cevada adp fertilizantes S.A: São Paulo.  WEIS, N (Ed). 1981, Rodent pests ond their control, GTZ Berlang Gmbh, Rossdort, RFA.147pp.  RIBEIRO, Jorge Carlos (2009). Guandu (Cajanus cajan). Secção: Gado de corte Legumineira- Cultura forrageira para produção de Proteina. Santa Catarina: Embrapa;  CRAWFORD, Gary W.; Gyoung-Ah Lee. (2003). "Agricultural Origins in the Korean Peninsula". Antiquity 77 (295): 87–95. ISSN 0003-598X. (em inglês) ;  UDA, 1982. Normas técnicas Agrícolas. Ministério Da Agricultura. Maputo, 208pp.  AGRITEX, 1982. Farm Managment handbook, Government Publications, Harare.  ALLCOCK, S. e LEECE,.V,. Handbook of registered pesticides in Zimbabwe, Plant protection Research Institute, Dept. of Research and specialist Services. Harare  PELLECHIA, Thomas. Wine : the 8,000-year-old story of the wine trade. Philadelphia: Running Press, 2006. p. 10. ISBN 1560258713 (em inglês);  McGee, Harold (1986). On Food and Cooking: The Science and Lore of the Kitchen. Unwin. ISBN 0-04-440277-5.(em inglês) ;  RODEN, Claudia. The Book of Jewish Food. [S.l.]: Knopf, 1997. p. 135.  A cevada cervejeira em São Paulo. Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes. CATI.
  • 21. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 21  FAOSTAT.fao.org (em inglês) ;  AMABILE, Renato Fernando. A evolução das pesquisas com a cevada no Brasil.  VITAL, Nicholas. Os donos da cerveja. Istoé Dinheiro, Fevereiro/2008.  Cultura da cevada dística para malte, Manual de Boas Práticas Agrícolas, Novembro 2009.  Novas variedades de cevada malteira são testadas no Cerrado, EMBRAPA, (25/11/2004).
  • 22. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 22 Anexos Anexo 1: Cálculo de adubo Dados Adubo: N: P: K Formulação: 12:24:12 Necessidades da cultura: N= 100kg P= 40kg K=60 kg Resolução 24 Kg P x 40kg x= 166,6 kg NPK/ha 100kgNPK 12kgN 166,6NP X X=20kgN/ha 40-20=20kgN para adubação de cobertura
  • 23. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 23 100kgNPK 12kgN 166, 6 X X=20kgN 60kg-20 = 40kgK para adubação de cobertura
  • 24. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 24 Anexo 2: Cálculo de sementes Dados Quantidade de semente/há= 140 kg Área=4ha Resolução 1ha 140kg 4ha x x= 560kg/há serão necessários 560kg/há de sementes para 4 hectares.
  • 25. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 25 Anexo 3: Dimensionamento de sistema de rega Cultura: Cevada Precipitações: 800mm Espaçamento: Kc=0,25 Tturno de trebalho=16h/dia ETo= 7,28mm/dia Profun.sistema radicular= 100cm VIB=10mm/h Ep= 85% Classificação do aspersor: médio Espaçamento= 12-36m Caudal= 6m3 /h ETC=Kc*ETo ETC=0,25*7,28 ETc=1,82 NAR=ETc-Pe NAR=80,5 Ig= Ig=94,8
  • 26. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 26 Intensidade de aplicação Tempo de irrigação por posição Tempo de mudança de linha Número de posições irrigadas por dia Número total de posições na área
  • 27. Plano de uso e aproveitamento de terra ISPM/2013 Editado e compilado por: Afiado, Ferro, Muchanga, Veremos Page 27 No de posições que devem ser irrigadas por dia Número de linhas laterais No de aspersores na linha lateral Caudal da linha lateral