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DOCUMENTOS
CNPMF NO 4
EMBRAPA
Centro Nacional de Pesquisa de ~andioca
e Fruticultura
Cruz da Almas, Bahia
Femanda Wicã'Laç Ezeta
~ a s 6
da Silva Souza
Pedra Luiz Pires de Wttos
CRUZ M S ALMAS - EAKM
EDITOR: comité de ~ublica~ões
da EE~BRAPA/CNPMP
ENDEREÇO: Rua Dr. Lauro Passos s/np
Caixa Postal 607
44,380 - Cruz das Almas - Bahia
Ezeta, Fernando Nikalas
A mandioca como matéria prima na produsão de á1coo1.
por Fernando Nicolas Ezeta, ~ o s é
da Silva Souza e Pe-
dro Luiz Pires de Mattos. Cruz das Almas,BA, EMBWA/
ICNPMF, 1981,
36p. (CNPMF. Documentas, 4 )
L
1. Mandioca-Alcool . I. Souza, .José da Silva., colab
11. Mattos. Pedro Luiz Pires de., colab. III. Empresa
Brasileira de Pesquisa ~ ~ r o p e c u á r i a .
Centro Nacional de
Pesquisa de Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas,BA.
IY. ~ í t u k o . V, ~ g r i c .
b J
@ EMBRAPA
.
I . Introduçao 1 . . 4 a . m m . * . . . w . . * m e 4 1 . . I a * . m a * * * . * *
..................
2 . situação d a Cultura no Brasil
3.A Mandioca no P R o ~ C O O L .......................
4 .Aspectos ~ e c n a l 6 ~ i c o s
do Processo Produtivo....
...........
4.1. Vantagens ~ ~ r í c o l a s
da Mandioca
4.2. Principais Cul tivareç ....................
4 . 3 . Tamanho da Maniva ........................
..............................
4 . 4 . Espaçamento
..
4.5. Sistemas de Plantio ...............*....
- ...................
4.6. Aspectos de Mecanizaçao
CI
4.7. Adubaçao ................................ . a
4.8. Doenças e Pragas ..............*..........
C
4.9. Consorcio ..............l.....I.i....e....E.
4.10. A m e n a m n t o .........l.........l...... rn
...........................
5 . Sistemas de ~raduqão
A mandioca iuma espécie originária do Continente ame-
ricano. sendo o Brasil. &rica Central e d x i c o os mais
prwáveis centros de origem. Atualmente é cultivada desde
a ~ l ó r i d a
até o Norte da Argent;na no Continente awrica
no. No d o , a mandioca encontra-se difundida nos trÕp7
-
tos sendo a espécie tuberosa mais amplamente cultivada. A
produfão mundial ascende atualmente a 100 milh6es de.tofie
ladas por ano, sendo que 70X vem do Brasil, ~ndon&ia,~ay
-
re, ~ailâadia.~ i ~ é r i a
e India (Tabela 11, onde a maior
parte 8 utilizada diretamente na alimentaç& humana. Uma
das prindipais razões para esta ampla difusão da mandioca
no mundo, 6 que trata-se de uma cultura de grande rusticí
-
dade capaz de tolerar condiçóes anbientais adversas em
áreas que geriam consideradas pouco apropriadas para cul
-
turas tais c- cereais e outras plantas alimentícias.
A utilização de mandioca como fonte de amido ou como ra
animal, t e m sido de interesse industrial hã muito tem
-
po, mas ri prwisão de que o mundo poderã enfrentar uma
crise energtica muito antes que o suprimento de alimen
tos venha a ser critico, levou alguns países a considerar
a mandioca dentro de uma nova visão. O amido contida na
raiz de mandioca pode, pelo processo de fermentação, ser
comertido em etanol, um pmduto que além de seu valor
calórico, pode
- ser utilizado diretamente como codustível
líquido.
Os motores de combustão interna sernmodificaçóes fun
cionam com misturas de até 20% de etanol anidro na gaso~T
a8 e com certas mr>dificasóes já se utilizam 10mde álcooi
hidratado
no Sudeste e Sul,
Ao serem confrontados esses dados, poderão ser inqui
ridas as razões por que a produtividade geralmente colhi
da pelos agricultores tem s i d o muito i n f e r i o r áquelas crn
seguidas em milhares de parcelas experimentais, no rã
-
si1 e em muitas partes do Mundo.
Entre as causas que concorrem para a baixa produti
vidade da mandioca, em nosso país, podem ser enumeradas:
1. ~nsuficíênciade estímlo de preços reais, remunerati
vos e estáveis aos produtores e da efetiva
da absorção da producão.
2. N ~ O
seleção de manivas-semente, quanto idade, sani
dade. diâmetro e tamanho.
3. Plantios realizados em áreas marginais e/ou com ina-
dequado preparo do ssEo.
4. Plantios feitos fora das épocas recomendadas pela peç
-
quisa ou pela tradisão dos bons agricultores.
5. Controle insuficiente das ervas daninhas, principal -
mente nos três primeiros meses após o plantio.
6 . ~ ã o
emprego sequer de pequenas doses de festilizantes
e corretivos na maioria das lavouras de mandioca.
7. N ~ O
adogão de tecnologias já disponíveis pata o con
-
trole de doen~ase pragas.
Em 1979, a nacional de mandioca foi de 24,9
milhões de toneladas. O rendimento da cultura, nesse ano,
foi de 11,8 t lha. A regiao Nordeste foi a maior produto-
ra com a participaqáo de 54% do total do p a í s , seguindo-
se a Sul com L&%, Sudeste com 13%, Norte com IIX e Cei;
-
t r o Oeste com 4% (Tabela 3).
são Paulo (19,9 t /h),
paranã (18.9 t /ha), Santa Ca
--
tarina (16,8 tlha), ~ a h i a(16,O t/ha), finas Gerais, E:-
piríto Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (15.0 t/
ho) t e m apresentado os melhores rendimentos médios. Ba
-
hia, Maranhão, Rio Grande do S u l , Pemaahuco, finas Ge
rais, par;, Ceará e Santa Catarina destacarse pelo volÜ
-
nr da produsão (Tabelas 4 e 5).
Ro ~ r a a i l ,as condiçóeç de clima e solo, a as& de agen
tes patogênicos e a utilização de técnicas culturais d l
5 -
versas, as vezes impostas pelo tamanho da propriedade ,
são causas da grande variabilidade dos rendimntos. Por
outro lado, as limitações da expansão das produções re
-
gionais parecem estar ligadas a problemaç de mercado
quer no aspecto d e capacidade de abçorç~odas quantida
des produzidas, quer no aspecto de instabilidade dos pre
-
ÇOS pagos aos produtores, que não encorajam investimen -
tos em Eertilizantes e corretivos ou em processo de meca
- -
nizaçao, a f i m de elevar os níveis de produtividade.
A mandioca é cultura de subsistência, constituindo -se
na base alimentar energética de grande parte do povo bra
sileiro. Assume destaque na dieta alimentar do nordestr
no, representando cerca de 50% do seu consumo de ca1Õ
rias (alimentar). É cultura tipicamente de exploração &
nifundiária, o que pode ser comprovado pelo fato de
no Nbrdeste, cerca de 67% das propriedades que a culti
vam possuem menos de 50 ha, enquanto que apenas 4.2% pos
-
suem área maior de 500 ha,
Existe preocupaqão por parte de entidades e pessoas no
Brasil de que a inclusão da mandioca no PROALCOOL, venha
tomá-la c u l t u r a semelhante da cana-de-&ar, de r í p i
ca expl~r'~ão l a t i £undiária . Assim, a mandioca passaria-
de cultura de subsistência a cultura "industrial". o que
iria agravar o d e s e q u i l í b r i o social existente, através
da migração do homem no aampo para a s cidades,dificultan
-
do ainda a oferta de produtos alimentares, inclusive a
farinha de mandioca.
T A B U 4 - P ~ ~ U Ç ~ O
de mandioca nas Unidades da F'ederaçzo
em 1979
rn
Quantidade xrea Colhida Rendimcnto
Produzida a d i o
ít1 @a1 (kgha)
~und%a
Acre
Amazonas
Roraima
para
h p á
~ a r a n h k
PiauZ
Ceará
Rio Grande da Norte
Paraíba
Pernambucl,
Alagoas
Sergipe
Bahia
Minas Gerais
~ s p í r i t o
Santo
Rio de Janeiro-
são Paulo
Paraná
Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
k i g s
aist rit o Federal
TABEU 5 - ~ a r t i c i ~ a ~ z o
da mandioca, em nas uni
-
dades da ~ederaçãoem 1979
Pasticipaçao da Participaçao da
IINIDADe DA FEDERAÇÃO Unidade na Re
- Unidade no ~ á i s
gião. Em ( X ) Em ( X )
~oodoaia
Acre
~ O ~ S
Roraima
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Rio Grande do Norte
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Sergipe
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Minas Gerais
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Santo
Rio de Janeiro
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Paulo
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Santa Catarina
Rio Grande do Sul
Mato Grosso do Sul
Mato Grosso
Guias *
Distrito Federal 093
-
BWIL E REGFAO 100% 100%
(REGIÃO) (BRASIL)
FONTE: ~nuário~ s t a t i s t i c o
- IBGE. 1980, dados adaptados
por SOUZA, J . da S.
No entanto, m caso da mandioca, os fenomenos de subs-
t i t u i ~ &de culturas e mudanças na estrutura da pradir
Ç ~ O ,c w todas as suas implicaçÕes e impactos na estrutu
ra econ6mica-social, 60deverão provocar desqquilíbrios
maiores, desde que se impiplemente e execute um programa
bem orientado. Esta previsão baseia-se em:

1 . As terras aptas para ol cultivo da mandioca no Bta
-
si1 são, em função de condições climáticas e edzficas ,
abundantes, não havendo praticamente limitações de f row
teira ag-ricola, exceto em casos peculiares e restritos
como algumas áreas do Nordeste ~ d - A r i d oe da Itegiaa
Sul do país;
C
2. O potencial ainda não explorado em termos de areas
aptas para o cultivo da mandioca é muito grande, princi-
palmente, quando consideradas as regiões dos Cerrados ,
Nardeste e ~mazonia;
3 . O mercado da farinha de mandioca no Nordeste, maior
produtor deste alimento, 6 estável, não se verificando
defasagem entre a sua demanda e oferta. A s s i m , com a
mandioca é cultivada na macoria das propriedades rurais
do Nordeste, e, mesm cultivando-a, os produtores d i s
-
p&m ainda de áreas MO ocupadas por outras culturas, ob
serva-se que existe uma grande disponibilidade de terras
nos próprios estabelecimentos que são hoje responsáveis
pela grosso da de mandioca no Brasil. A não u t i
lização d e s s a s terras deve-se talvez, ao fato de não h ã
-
ver uma ampliação da demanda suficiente para absamer I
&
?
or quantidade da produto. Estima-se que, somente no NO^
deste, existam 18.744.992 ha de terras <iue hoje se encon
-
tram em descanso e inexplaradas, r
a
a
s que são e x p l a r á v e i ~
4 . M
e
s
m considerando que os agricultores MO ampliem
suas &as c u l t i v a d 4 , em funsão da instalasão de d e s t i
larias, o que parece POUCO p r ~ ~ á ~ e l ~
resta ainda o fatÕ
de que, c o m a tecnologia atualmente utilizada 6 baixis-
sima, gerando produtividade média de 12 toneladas porhec
-
tare, toma-se viável o aumento da produtividade através
da incorpcrafão de novas tecnologias agrícolas, o que se
constituiria em aumento da produção, sem aumento da área
cultivada. Para que isto ocorra, é suficiente que o preço
do produto reminere a utilizaq& de determinados insum~s
e que os resultados de pesquisa sejam disseminados entre
os agricultores;
Analisando os itens abordados, podemos inferir que :
a) Somente no Nordeste, existem cerca de 18,7 milhoes
de hectares aptos para serem cultivados com mandioca, Con
-
siderando-se a pmdutividade atual, seria necessário O
cultivo de 5.000.000 de hectares, para que fosse alcança
da a meta do P R O ~ C O O Lde produzir 10,7 bilhóes de ly
tros de álcool em 1985, Como a pesquisa considera prfe7
tamente viável a obten~ãode 20 t halano apenas com a a&
-
ção das técnicas hoje recomendadas, a área necessária p+
ra produzir a quantidade acima sef erida seria de
3.147.059 ha, o que representa menos de 20X da área dis-
poníve1 para exploração no Nordeste.
-
Considerando-se o aumento da produtividade e o m o
incremento da área plantada, se os 1.273.114 ha cultiva
dos com mandioca no Nordeste tivessem sua produtividade me
h
dia aumentada das atuais 12 t/ha para as 20 t/ha preconi-
zadas p e l a pesquisa, haveria um acréscimo de 10.184.912t,
que, produzindo 170 litros de álcool por tonelada. propor
cionaria cerca de 1.7 b í l h k s d e litros de álcool, ou ter
ca de 10% de todo o consum atual de gasolina no ~rasiT
ou de 161: da produção brasileira de álcool esperada para
1985 (10.7 bilhões de litros).
b) Considerando agora o impacto de emolvimento da
mandioca %o PROÁLCOOL sobre a estrutura social do Brasil,
vê-se que, ao imés de ocorrerem maiores defasagens en
-
tre a situação de distribuição de renda esperada c aque-
la observada, as perspectivas são de que esta d i s t r i b u i
-
melhore. pela criação de empregos diretos e indire-
tos. A estrutura de cultivo familiar, verif icada no casa
da mandioca, talvez s i r v a para fixar o homem w campo. em
face dar perspectivas de maior demanda de um produto jg
coakcido. Isto permitiria maior renda u> agricultor, pto
porcionando aquisiçso de bens de consumo e gzneros alime;
tícios e contribuindo para a melhoria do seu n h e l de vr
C
-
da.
4. ASPECTOS TECML&ICOS DO PROCESSO PRODUTIVO
A mandioca é cultivada entre latitudes de 3
O
Ç
W e 300s
e altitude de até2;000m, sent'.~
que o maior volumc da cul
tura encontra-se entre os pa:-alelos 150N e 150% No rã
sil, o seu cultivo é em todo o território naci&
nal, desde o extremo Norte até o extrem Sul, sendo o Nor
deste a regi& que contribui com o maior volumc de produ-
.
1
çao.
Tem as seguintes características que a tornam u
m
a plan
taeleita por várias instituisÕes internacionais de psqui-
-
sa que operam nos trópicos, fazedo, do mesmo modo. que
sua participaçgo nereça destaque nos projetos de utiliza
-
çáo de grande área do Brasil:
- planta de fácil propagação;
- apresenta elevada tolerância iperíodos de estiagem
-
' relativamente longos, depois de estabelecida no cam
-
PQ;
- pode produzir rendimentos satisfatõrios, nsw em
codiçbes de mlo com baixa fertilidade:
- tem diversidade de germoplasmi em que são encontra
das resistência e /ou tolerância a pragas e doençasi
- necessita pequenas quantidades de insumos mademos;
- possui elwado teor de amido nas raízes;
- utiliza a mecanizacão do plantio colheita;
-
- possibilita as raizes ficarem no solo sem serem co
-
lhidas. por consider&el espaço de tempo, sem gran
-
des perdas em matéria seca;
- permite ser consorciada com i-ras plantas alimo
-
tícias e industriais;
- a l h do valor energétíco das raízes, as folhas de
iandioca encerram altos teores de proteína e de
vítaminas A e B, ubilízadas na alimentação animal
e himiana.
Cam base em l w a n t ~ t o s
efetuados pelo Centro nacio
aar de Pesquisa & W i o c a e Fnitículbira e bntro ~aciõ
-
na1 de Recursos ~enéticos,adms da EMBRAPA, o & ~ r ode
ailtivares conhecidas, no Brasil, ultrapassa a casa das
1.200. Trabalhos de pesquisa cúnduzidos em diferentes ecos
-
sistemas têm revelado o elevado potencial produtivo da
mandioca. Rendimnto obtidos em parcelas experimentais em
Cruz das Almas, Bahia, são apresentados pas Tabelas 6 e
7.
E um fator de grande iiportãncia para o cultivo da
mandioca e que influí sensivelmente no rendimento da cul
-
tura. Os resultados apresentados nas Tabelas 8 e 9 , úrigi
nados de pesquisas realizadas na Bahia e são ~ a i l o , r e s ~ e ~
-
t ivamente, comprovam essa importância.
A utilizaçáo de espaçamentos adequddos, associados a
uutras de cultivo, contribui para a obtenção de
rendimentos elevados na cultura da mardioca. Os resulta
dos experimentais relacionados nas Tabelas 10 e 11, rei le
-
tem a influência do espaçamento sobre a produtividade.
T
& sido bastante promissores os resultados obtidos
utilizando-se espaçamento em fíleíras duplas, çonform
mostra a Tabela 12. Podem ser ap~ntadas~dentre
outras, as
seguintes vantagens do sistema de plantio em fileiras du
-
pias, quando camparado ao sistema convencional:
'SABEIA 7 - Rendimento (t/ha) de 20 cultivares de mandio
ca em Cruz das Almas - Bahia, durante osanos
de 1977 e 1978. Ciclo de 12 m s e s
Cu1t ivar 1977 1978 6 d i a
BGH 005
BGM 152
BGM 069
BGM 001
BGM 118
BGM 104
BGM 0 3 3
BGM 155
BEM 007
BGX 187
BGM 157
BGM. 159
BGM 236
BGM 198
BGM 086
BGM 141
Clone 325
FONTE: ~ e l a t 6 r i o
~ é c n i c o
Anual do Centro Nacional de Pes
-
quisa de Handíoca e Fruticultura, 1979
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I
0 0 0 0 0 6 O 0 0
' X X X X X X X X X
I
- facilidade de de cultivo ~ c & ~ c o ;
- dimimiçao de custos de produção pela reduGão de
&<rde-~bra ;
- possibilidade de utilizaçao sucessiva da mesma área
pela a l t e e c i a das fileiras ;
- possibilidade de utilizasão de cons6rcio;
- facilidade de inspeção do cultivo;
- aumento de produtividade devido ao efeito de bor
-
dadura;
- facilidade de aplicação de defensivos para cmtro
-
le de pragas e doenças;
- cobertura $egetal nos espaços livres para incorpa
-
ra$o e enriquecimento da matéria orgânica;
- reduqão da quantidade de fertilizantes; e
- uso mais racional da terra.
4,s. SISTEMA DE PLANTIO
são diversos os sistemas de plantio utilizados parad
a
cultura da mandioca. No caso espec'rfico do Nordeste e
ewum o plantio em covas. uimalhÕes. leirks, sulcos, bu
racos ou isatumbos. A escolha de un destes &todos estz
diretamente relacionada com a tradição da região, possi
bilidades fiaanceiras do plpautor c, aida, o tipo d z
solo.
Wanto à posiso d a maniva, sáo três as país comuns:
horizontal, vertiaal e inclinada. A horizontal -
é
a mais utilizada,
- principalmente por ser adaptável a
~canizaçao
. Resultados de pesquisa comparando os três
sistemas são mostrados na-Tabela 13.
4 - 6 . ASPeCTQS DA M E C A N ' I Z A ~
*
Em termos de preparo do solo,a eficiência da técnica
denominada de cultivo mínimo (aração de toda a área d e
plantio ou arasão apenas da faixa correspondente 1i
nha de plantio), tem sido relatada para muitas cultut&y
quando comparada com o sist- comrencioml ( araçáo,go
dageme nivelamento de toda a área). A pesquisa t e m de
wmtrado as seguintes vantagens do c u l t i v o mhim d õ
solo sobre o segundo sistema: '
I
- manutenção de uma desejzvel estrutura do solo. MO
destruída pelo excesso de cultivo;
- menores perdas de solo por erosão e maior disponi
bilidade de água para a s plantas, motivada pel
Õ
incremento de inf iltra~ãoe consequente reduçáo do
escortimento superficial;
- menores possibilidades de compactação da solo, pe-
la redução do número de operaçóes de cultivo;
- redução dos custos operacionais.
Pesquisas em desenvolvimento no Centro Nacional de
Pesquisa de Mandioca e F m t icultura, testando diferentes
técnicas de preparo do solo para a cultura da mndioca
evidenciam maior eficiência do cultivo mínimo proporcio
nando aumento no rendimento da cultura. A redução do s
custos operacionais foi da ordem de 75%.
O plantio manual da mandioca é uma operaqao bastante
árdua e cansativa, absorvendo bastante mão-de-obra. Em
se tratando de grandes áreas, o uso do processo manual
de plantio, fatalmente se constituirá e m u m dos p r i n c i
pais entraves, face grande demanda de pessoal treina
do, tempo gasto na operação e custas aperacianais. c a i
a criasdo da PROALCOOL, a mandioca juntamente com a cana
de açucar foram selecionadas como as duas principais es
-
pecíes de plantas fornecedoras de matéria prima para a
de etanol no Brasil. Isso despertou a atengão
de empresas nacionais para o deçenvol~imentode máqui
.-
nas plantadeiras de mandioca. Dentre as plantadeiras * -
desemolvidas no país existem tipos capazes de -plant:.
até 06 hèctares por d i a , necessitando, na operaçao, J
apenas 04 homens.
Com referência 2 colheita da mandioca, o proce ç c ,
tradicional é tambzm manual e considerado mais prob'le --
tico do que o plantio, em termos de demanda de G a d e
obra, tempo e custos de operaçáo. ~rotÕtipos
de colhei&i
d
ras já foram desenvolvidos e estão rendo ajustados com
relação ao tipo do solo, variedade de mandioca, etc. Em
testes recentes (novembro de 1979) realizados na área ex
perimental do CNPMF com um desses modelos. pode ser cons-
tatado, de ~ ú b l i c o ,a eficiência do mesmo. A opiaizo gc
ral dos técnicos de todo o que presenciaram a ~táti-
ca, foi a que a colheideira testada já tem condiç&s " 1 de
ser utilizada por agriculrores interessados .
Dados de pesquisa com mandioca sgo escassos. O Cen
-
tro ~nternacionalde Agricultura Tropical (CIAT) fez es
t a comparação e os resultados são apresentados na ~ a b e
-
la 14.
N ~ O
obstante a boa adaptação da mandioca a solos de
baixa fertilidade, resultados de trabalhos de pesquisa
tem evidenciado que o atingimonto do potencial d x i m
d
de produgão, na mioria dos solos onde esta planta e
cultivada, é dependente de adubação adequada. Dentre os
macrunutrientes as respostas mais acentuadas tem sido ob
-
servadas em relação ao f6sfor0, possivelrnnte em razao
da baixo teor de P disponível nos solos cultivados com
mandioca, kntre os dcronutrientes destacaarse as res
postas ao zinco, notadaniente quando se faz calagem dos
solos. Respostas às adubasÕes nitrogeruidas e potássica
tem ocorrido com menos intensidade e frequência. Na Tabe
la 15, são apresentados resultados de experimentos d e
adubapão de mandioca, em solos de baixa fertilidade, em
alguns Estados do Brasil.
4 . 8 . DOENÇAS E PRAGAS
A principal doença da mandioca no Brasil 6 a Bacte
I
riose (XdaXh0m0na4 trn&.u&). Ocorre de maneira eenera
Y
lizada no Centro Sul do país, gerando ,mitas ~ e z e s , ~ r F
juízos relevantes face a não adoção, por parte dos agriz
T A B E M 1s - Efti tos da aduba5ão &
I m a r i d l ~t m d i v i e - Estada
O ~ D D iaooa 24000 jnoan 40000
PARA 3 I 19041. ll1!1!18959 a
cultores, de medidas preventivas recomendadas pe l ã pes-
quisa, capazes de reduzir as perdas a um ncvel economi-
camente aceitável. Um dos fatores que tem contribuído pa
ra a disseminação da doensa e manutenção dos prejuízo^
por ela gerados a níveis considerados altos, tem sido
o uso iadiscriminado de material de plantio contaminado.
Outra alternativa promissora para o controle da do
eriça é o USO de cultivares resistentes. A variabilidade
genética do gemoplasma de mandioca, no que se refere
a sua reação ao agente causal, constitui motivo de preo
cupaçáo de algumas instituições de pesquisa c os Y ~ S U ~
tados já alcançados são bastante animadores. O centro
Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura e a
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, .em
trabalhos cooperativos, realizados em ~clixlândia- MG,
detectaram variedades resistentes ao ~ató~eno.
Esse m
a
teria1 está sendo avaliado quanto às suas característir
cas agronÔmicas , para posterior distribuiçáo a agricul-
tores &/ou utilização em outras etapas d e pesquisa, vi-
sando transferir os fatores de resistência para varie
-
dades cul tivadas .
Acaros e mandarmá são as pragas que maiores danos
causam à cultura. Para ambos os casos, o controle quí-
mico tem se mostrado eficiente. Atualmente as institui-
q%s de pesquisa estão empenhadas em d e f i n i r tecnologias
para o controle integrado das duas pragas, alternativa
que além da vantagem de reduzir a aplicação de defensi
-
vos químicos, apresenta-se com bem mais econÕmica.
E bastante comirm e bem difundida a prática de con
Z
sorciaçao da mandioca com outras culturas. No ~ordeF
-
te, região responsável por 53% da produção nacional de
mandioca, seu cultivo é f e i t o geralmente associado a
outras culturas, principalmente devido a predominância
das pequenas propriedades que requerem um uso mais in
- .
tençíva dos recursos escassos, representados pela ma0
de obra e capital, além da diniensão da proprie-
dade. A í , os sistemas de consórcio mais COMUT~S utilizam
a mandioca, o feijão ( V k g ~
WI~LL~C&&Z) e o milho, em
-
hora existam ainda a s s o c i a ç ~ sque envolvem várias ou
-
tras cultura, como o algodão, o arroz,
' e o f b o .
..- No
Centro Sul do país, milho, feijao, arroz, soja,amendoim
e sorgo são culturas normalmente encontradas em consor-
ciaÇao com a mandioca. As Tabelas 16 e 17 contém resul-
tados de pesquisa de mandioca consorciada cam outras cul
-
turas .
A mandioca imia vez colhida deverá ser processada no
término de 48 horas ou as perdas por deterioração serão
substanciais. O caminho mais d i r e t o para o produto é o
transporte do campo à unidade de processamento, para be
neficiamento dentro das próximas horas. Assim, o abaste
cimento constante de raizes de boa qualidade para a usy
na dependerã da coordenação entre as atividades de pro=
dutores e processadores .A f armação de estoques poderia
evitar casos de descontinuidade no abastecimento das
usinas, porém as técnicas para armazenamento de raízes
f sescas de mandioca estão ainda pouco desenvolvidas. O
- I
arnazenamenma baixa temperatura é passível, porem ira
dentro do contexto atual. A alternativa m
a
i
z
interessante parece ser a produçao de raspas de mandio-
ca secas ao s a l . O conteúdo de umidade deverá decrescer
até 12%. sendo o limite Gxim fixado em 1%. Assim, a s
raspas podem ser estocadas em sacos ou silos por aproxi
i
madamente 3 meses, a temperatura ambiente. Para anaaze
nanienta par -períodos mais prolongados seria necessário-
nova secagem, devido que a s raspas tendem a absonrer umi
dade atmosférica. A fumigação dos silos é tadern neces-
sária para controle de pragas de armazém. A secagemquan
-
do f e i t a dentro da unidade de produção, além de permi -
tir a armazenamento, reduziria grandemente os custos de
transporte, u
m
a vez que as raízes frescas contém aproxi
-
madamente 70% de umidade,
Os sistemas de produqão vigentes, elaborados em reu
niÕes entre técnicos dos diferentes Órgãos de pesquisã
e difusão de tecnologia e agricultores da região do Rc
c~ncavo
da Bahia, são apresentados nas Tabelas 18 e 197
O sistema 1 é para produtores que cultivam além de 05
hectares de mandioca, utilizam insumos, tais com adu-
bos e insetkidas, e tração mecânica ou animal no prepa
ro do solo. O sistema 2 é para agricultores que cultT
-
varri menos de 05 hectares, não utilizam adubos ou corre
tiws e efetuam as operaçoes de preparo do solo e cultr
-
vo manualmente.
TMEU 18 - Siiteni 1 de p r o d u ~ kde mandioca paro A bgiõo do ~ e ô n c a v oda
a
BPhia, Coeficientes t E c n i c o r h
.Ibnivracsenta
.Urgia
siiparfosf#a iiaplei
.Clartto &e potírsio
.Calcária daldtica
. laraicida
.fnieticidaa
. l o p g e i
.Zmoivar-nto e queima
. Destoca
. Aração mto~canizada
, Cradagem initacanieada
.Aração a tração animal (opcionsl)
. Gradagem a tração animal lopcional)
. Sulcamenro m t o ~ c a a i z a d a
Sulcaawato a tração animal foptioael)
.Cweaoicnta em solo arado(opciona1)
hP3icafb de crl&rio
.~~lica~;o
de fertilizantes
, Capinas aseomccanizada~-(2) blet
Capiaas da tração ani-1- (2) ( o p c i o ~ l ) d /A
. Qepeasei mamais D/H
Capinan Manuais - (33 D/H
~ ~ l i c ~ ã i i
de fordcidan D/s
.~ ~ l i c a ç ã o
de inaericidaa P/H
TABELA 19 - Sistema 2 de produção de mandioca para a re-
gião do RecÕncavo da Bahia. Coeficientes tec
-
nicõslha
Especif icagão Unidade Quantidade
2
. PREPARO m SQm
Limpeza da área
Cweamento
3, P'LANTIO
Transporte de mnivas
~eleqãoe preparo de manivas
Plantio em covas
4, TRATOS CULTURAIS E FITOSSANIT~IOS
Capinas manuais (5) D h 65
~ ~ l i c a ~ ã o
de formicida D/H O3
5 , COLHEITA D/H 15
1. ANUARIO ESTAT~STICODO BRASIL - 1979. fio de Janeiro.
s
v. 40, 1979.
2
. CONCEIÇÃO, A.J. 1nvent;ri.o de Tecnalogia em culturas
básicas alimentares ~ e g i a o
Nordeste - mandioca. Cruz
das Almas, Escola d e ~gronomia,19 76. 1979 . 179p.
3. CORREA, H. & ROCHA, B.V. da, Manejo da cultura da aian
7 - -
dioca. Informativo ~ ~ r o ~ e c u á r i o ,
Belo Horizonte, -
5
(59160): 16-30, 1979.
4 . EMBRAPA/CNPMF", Projeto Mandioca, resultados de pesqui
-
sa (arquivos).
5. EMRWAJCNPMF. Relatório ~ é c n i c o
Anual 1979
6 . MATTOS, P.L.P.de., GOMES, J. d a C. & MATTOS, A.P. de,
Cultura da Mandioca, Cruz das Almas, IPEAL, 1973.
' 1 3 ~ . (IPEAL. Circular, 27).
7, MATTOS, P.L,P. de., SOUZA, L. da S , CALDAS, R.c*
Double r
a
w planting systems for cassava in Brazil.
In: WEBER, E.J.; TORO, 3.C. & G W , M, CASSAVA
CULTURAI, PRACTICES WORKSHOP, Salvador, Bahia, 1980.
Proceesings ... Ottawa, Canada, IDRC, 1980. p.54-8.
8. NORMANHA, E,S. & P E E I M , § . S . Aspectos agron;micos da
cultura da mandioca ( h b d ~ o z
m b i m d Pahl) Bra-
-
gantia, Campinas, -
10(7): 197-202, 1950.
9. ÇINTHùTRAMA, S. Cassava and cassava based intercroping
sistems inThailand, Inz WEBER, E.J.; ESTEL, B, &
CAMPBELL, M. Intercropping with cassava ; proceedings
of an international workshop, Trivandrum, India, 1978.
Ottawa, Canada, IDRC, 1979. p. 57-65,

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Mandioca como matéria-prima para produção de álcool

  • 1. DOCUMENTOS CNPMF NO 4 EMBRAPA Centro Nacional de Pesquisa de ~andioca e Fruticultura Cruz da Almas, Bahia
  • 2. Femanda Wicã'Laç Ezeta ~ a s 6 da Silva Souza Pedra Luiz Pires de Wttos CRUZ M S ALMAS - EAKM
  • 3. EDITOR: comité de ~ublica~ões da EE~BRAPA/CNPMP ENDEREÇO: Rua Dr. Lauro Passos s/np Caixa Postal 607 44,380 - Cruz das Almas - Bahia Ezeta, Fernando Nikalas A mandioca como matéria prima na produsão de á1coo1. por Fernando Nicolas Ezeta, ~ o s é da Silva Souza e Pe- dro Luiz Pires de Mattos. Cruz das Almas,BA, EMBWA/ ICNPMF, 1981, 36p. (CNPMF. Documentas, 4 ) L 1. Mandioca-Alcool . I. Souza, .José da Silva., colab 11. Mattos. Pedro Luiz Pires de., colab. III. Empresa Brasileira de Pesquisa ~ ~ r o p e c u á r i a . Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura, Cruz das Almas,BA. IY. ~ í t u k o . V, ~ g r i c . b J @ EMBRAPA
  • 4. . I . Introduçao 1 . . 4 a . m m . * . . . w . . * m e 4 1 . . I a * . m a * * * . * * .................. 2 . situação d a Cultura no Brasil 3.A Mandioca no P R o ~ C O O L ....................... 4 .Aspectos ~ e c n a l 6 ~ i c o s do Processo Produtivo.... ........... 4.1. Vantagens ~ ~ r í c o l a s da Mandioca 4.2. Principais Cul tivareç .................... 4 . 3 . Tamanho da Maniva ........................ .............................. 4 . 4 . Espaçamento .. 4.5. Sistemas de Plantio ...............*.... - ................... 4.6. Aspectos de Mecanizaçao CI 4.7. Adubaçao ................................ . a 4.8. Doenças e Pragas ..............*.......... C 4.9. Consorcio ..............l.....I.i....e....E. 4.10. A m e n a m n t o .........l.........l...... rn ........................... 5 . Sistemas de ~raduqão
  • 5. A mandioca iuma espécie originária do Continente ame- ricano. sendo o Brasil. &rica Central e d x i c o os mais prwáveis centros de origem. Atualmente é cultivada desde a ~ l ó r i d a até o Norte da Argent;na no Continente awrica no. No d o , a mandioca encontra-se difundida nos trÕp7 - tos sendo a espécie tuberosa mais amplamente cultivada. A produfão mundial ascende atualmente a 100 milh6es de.tofie ladas por ano, sendo que 70X vem do Brasil, ~ndon&ia,~ay - re, ~ailâadia.~ i ~ é r i a e India (Tabela 11, onde a maior parte 8 utilizada diretamente na alimentaç& humana. Uma das prindipais razões para esta ampla difusão da mandioca no mundo, 6 que trata-se de uma cultura de grande rusticí - dade capaz de tolerar condiçóes anbientais adversas em áreas que geriam consideradas pouco apropriadas para cul - turas tais c- cereais e outras plantas alimentícias. A utilização de mandioca como fonte de amido ou como ra animal, t e m sido de interesse industrial hã muito tem - po, mas ri prwisão de que o mundo poderã enfrentar uma crise energtica muito antes que o suprimento de alimen tos venha a ser critico, levou alguns países a considerar a mandioca dentro de uma nova visão. O amido contida na raiz de mandioca pode, pelo processo de fermentação, ser comertido em etanol, um pmduto que além de seu valor calórico, pode - ser utilizado diretamente como codustível líquido. Os motores de combustão interna sernmodificaçóes fun cionam com misturas de até 20% de etanol anidro na gaso~T a8 e com certas mr>dificasóes já se utilizam 10mde álcooi hidratado
  • 6.
  • 7.
  • 8.
  • 9. no Sudeste e Sul, Ao serem confrontados esses dados, poderão ser inqui ridas as razões por que a produtividade geralmente colhi da pelos agricultores tem s i d o muito i n f e r i o r áquelas crn seguidas em milhares de parcelas experimentais, no rã - si1 e em muitas partes do Mundo. Entre as causas que concorrem para a baixa produti vidade da mandioca, em nosso país, podem ser enumeradas: 1. ~nsuficíênciade estímlo de preços reais, remunerati vos e estáveis aos produtores e da efetiva da absorção da producão. 2. N ~ O seleção de manivas-semente, quanto idade, sani dade. diâmetro e tamanho. 3. Plantios realizados em áreas marginais e/ou com ina- dequado preparo do ssEo. 4. Plantios feitos fora das épocas recomendadas pela peç - quisa ou pela tradisão dos bons agricultores. 5. Controle insuficiente das ervas daninhas, principal - mente nos três primeiros meses após o plantio. 6 . ~ ã o emprego sequer de pequenas doses de festilizantes e corretivos na maioria das lavouras de mandioca. 7. N ~ O adogão de tecnologias já disponíveis pata o con - trole de doen~ase pragas. Em 1979, a nacional de mandioca foi de 24,9 milhões de toneladas. O rendimento da cultura, nesse ano, foi de 11,8 t lha. A regiao Nordeste foi a maior produto- ra com a participaqáo de 54% do total do p a í s , seguindo- se a Sul com L&%, Sudeste com 13%, Norte com IIX e Cei; - t r o Oeste com 4% (Tabela 3). são Paulo (19,9 t /h), paranã (18.9 t /ha), Santa Ca -- tarina (16,8 tlha), ~ a h i a(16,O t/ha), finas Gerais, E:-
  • 10.
  • 11. piríto Santo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul (15.0 t/ ho) t e m apresentado os melhores rendimentos médios. Ba - hia, Maranhão, Rio Grande do S u l , Pemaahuco, finas Ge rais, par;, Ceará e Santa Catarina destacarse pelo volÜ - nr da produsão (Tabelas 4 e 5). Ro ~ r a a i l ,as condiçóeç de clima e solo, a as& de agen tes patogênicos e a utilização de técnicas culturais d l 5 - versas, as vezes impostas pelo tamanho da propriedade , são causas da grande variabilidade dos rendimntos. Por outro lado, as limitações da expansão das produções re - gionais parecem estar ligadas a problemaç de mercado quer no aspecto d e capacidade de abçorç~odas quantida des produzidas, quer no aspecto de instabilidade dos pre - ÇOS pagos aos produtores, que não encorajam investimen - tos em Eertilizantes e corretivos ou em processo de meca - - nizaçao, a f i m de elevar os níveis de produtividade. A mandioca é cultura de subsistência, constituindo -se na base alimentar energética de grande parte do povo bra sileiro. Assume destaque na dieta alimentar do nordestr no, representando cerca de 50% do seu consumo de ca1Õ rias (alimentar). É cultura tipicamente de exploração & nifundiária, o que pode ser comprovado pelo fato de no Nbrdeste, cerca de 67% das propriedades que a culti vam possuem menos de 50 ha, enquanto que apenas 4.2% pos - suem área maior de 500 ha, Existe preocupaqão por parte de entidades e pessoas no Brasil de que a inclusão da mandioca no PROALCOOL, venha tomá-la c u l t u r a semelhante da cana-de-&ar, de r í p i ca expl~r'~ão l a t i £undiária . Assim, a mandioca passaria- de cultura de subsistência a cultura "industrial". o que iria agravar o d e s e q u i l í b r i o social existente, através da migração do homem no aampo para a s cidades,dificultan - do ainda a oferta de produtos alimentares, inclusive a farinha de mandioca.
  • 12. T A B U 4 - P ~ ~ U Ç ~ O de mandioca nas Unidades da F'ederaçzo em 1979 rn Quantidade xrea Colhida Rendimcnto Produzida a d i o ít1 @a1 (kgha) ~und%a Acre Amazonas Roraima para h p á ~ a r a n h k PiauZ Ceará Rio Grande da Norte Paraíba Pernambucl, Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais ~ s p í r i t o Santo Rio de Janeiro- são Paulo Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Mato Grosso do Sul Mato Grosso k i g s aist rit o Federal
  • 13. TABEU 5 - ~ a r t i c i ~ a ~ z o da mandioca, em nas uni - dades da ~ederaçãoem 1979 Pasticipaçao da Participaçao da IINIDADe DA FEDERAÇÃO Unidade na Re - Unidade no ~ á i s gião. Em ( X ) Em ( X ) ~oodoaia Acre ~ O ~ S Roraima pari h p á kranhãa ~ i a u í ceara Rio Grande do Norte ~araiba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Minas Gerais ~ s ~ í r i t o Santo Rio de Janeiro S ~ O Paulo para& Santa Catarina Rio Grande do Sul Mato Grosso do Sul Mato Grosso Guias * Distrito Federal 093 - BWIL E REGFAO 100% 100% (REGIÃO) (BRASIL) FONTE: ~nuário~ s t a t i s t i c o - IBGE. 1980, dados adaptados por SOUZA, J . da S.
  • 14. No entanto, m caso da mandioca, os fenomenos de subs- t i t u i ~ &de culturas e mudanças na estrutura da pradir Ç ~ O ,c w todas as suas implicaçÕes e impactos na estrutu ra econ6mica-social, 60deverão provocar desqquilíbrios maiores, desde que se impiplemente e execute um programa bem orientado. Esta previsão baseia-se em: 1 . As terras aptas para ol cultivo da mandioca no Bta - si1 são, em função de condições climáticas e edzficas , abundantes, não havendo praticamente limitações de f row teira ag-ricola, exceto em casos peculiares e restritos como algumas áreas do Nordeste ~ d - A r i d oe da Itegiaa Sul do país; C 2. O potencial ainda não explorado em termos de areas aptas para o cultivo da mandioca é muito grande, princi- palmente, quando consideradas as regiões dos Cerrados , Nardeste e ~mazonia; 3 . O mercado da farinha de mandioca no Nordeste, maior produtor deste alimento, 6 estável, não se verificando defasagem entre a sua demanda e oferta. A s s i m , com a mandioca é cultivada na macoria das propriedades rurais do Nordeste, e, mesm cultivando-a, os produtores d i s - p&m ainda de áreas MO ocupadas por outras culturas, ob serva-se que existe uma grande disponibilidade de terras nos próprios estabelecimentos que são hoje responsáveis pela grosso da de mandioca no Brasil. A não u t i lização d e s s a s terras deve-se talvez, ao fato de não h ã - ver uma ampliação da demanda suficiente para absamer I & ? or quantidade da produto. Estima-se que, somente no NO^ deste, existam 18.744.992 ha de terras <iue hoje se encon - tram em descanso e inexplaradas, r a a s que são e x p l a r á v e i ~ 4 . M e s m considerando que os agricultores MO ampliem suas &as c u l t i v a d 4 , em funsão da instalasão de d e s t i larias, o que parece POUCO p r ~ ~ á ~ e l ~ resta ainda o fatÕ de que, c o m a tecnologia atualmente utilizada 6 baixis- sima, gerando produtividade média de 12 toneladas porhec -
  • 15. tare, toma-se viável o aumento da produtividade através da incorpcrafão de novas tecnologias agrícolas, o que se constituiria em aumento da produção, sem aumento da área cultivada. Para que isto ocorra, é suficiente que o preço do produto reminere a utilizaq& de determinados insum~s e que os resultados de pesquisa sejam disseminados entre os agricultores; Analisando os itens abordados, podemos inferir que : a) Somente no Nordeste, existem cerca de 18,7 milhoes de hectares aptos para serem cultivados com mandioca, Con - siderando-se a pmdutividade atual, seria necessário O cultivo de 5.000.000 de hectares, para que fosse alcança da a meta do P R O ~ C O O Lde produzir 10,7 bilhóes de ly tros de álcool em 1985, Como a pesquisa considera prfe7 tamente viável a obten~ãode 20 t halano apenas com a a& - ção das técnicas hoje recomendadas, a área necessária p+ ra produzir a quantidade acima sef erida seria de 3.147.059 ha, o que representa menos de 20X da área dis- poníve1 para exploração no Nordeste. - Considerando-se o aumento da produtividade e o m o incremento da área plantada, se os 1.273.114 ha cultiva dos com mandioca no Nordeste tivessem sua produtividade me h dia aumentada das atuais 12 t/ha para as 20 t/ha preconi- zadas p e l a pesquisa, haveria um acréscimo de 10.184.912t, que, produzindo 170 litros de álcool por tonelada. propor cionaria cerca de 1.7 b í l h k s d e litros de álcool, ou ter ca de 10% de todo o consum atual de gasolina no ~rasiT ou de 161: da produção brasileira de álcool esperada para 1985 (10.7 bilhões de litros). b) Considerando agora o impacto de emolvimento da mandioca %o PROÁLCOOL sobre a estrutura social do Brasil, vê-se que, ao imés de ocorrerem maiores defasagens en - tre a situação de distribuição de renda esperada c aque- la observada, as perspectivas são de que esta d i s t r i b u i - melhore. pela criação de empregos diretos e indire- tos. A estrutura de cultivo familiar, verif icada no casa
  • 16. da mandioca, talvez s i r v a para fixar o homem w campo. em face dar perspectivas de maior demanda de um produto jg coakcido. Isto permitiria maior renda u> agricultor, pto porcionando aquisiçso de bens de consumo e gzneros alime; tícios e contribuindo para a melhoria do seu n h e l de vr C - da. 4. ASPECTOS TECML&ICOS DO PROCESSO PRODUTIVO A mandioca é cultivada entre latitudes de 3 O Ç W e 300s e altitude de até2;000m, sent'.~ que o maior volumc da cul tura encontra-se entre os pa:-alelos 150N e 150% No rã sil, o seu cultivo é em todo o território naci& nal, desde o extremo Norte até o extrem Sul, sendo o Nor deste a regi& que contribui com o maior volumc de produ- . 1 çao. Tem as seguintes características que a tornam u m a plan taeleita por várias instituisÕes internacionais de psqui- - sa que operam nos trópicos, fazedo, do mesmo modo. que sua participaçgo nereça destaque nos projetos de utiliza - çáo de grande área do Brasil: - planta de fácil propagação; - apresenta elevada tolerância iperíodos de estiagem - ' relativamente longos, depois de estabelecida no cam - PQ; - pode produzir rendimentos satisfatõrios, nsw em codiçbes de mlo com baixa fertilidade: - tem diversidade de germoplasmi em que são encontra das resistência e /ou tolerância a pragas e doençasi - necessita pequenas quantidades de insumos mademos; - possui elwado teor de amido nas raízes; - utiliza a mecanizacão do plantio colheita; - - possibilita as raizes ficarem no solo sem serem co - lhidas. por consider&el espaço de tempo, sem gran - des perdas em matéria seca; - permite ser consorciada com i-ras plantas alimo - tícias e industriais;
  • 17. - a l h do valor energétíco das raízes, as folhas de iandioca encerram altos teores de proteína e de vítaminas A e B, ubilízadas na alimentação animal e himiana. Cam base em l w a n t ~ t o s efetuados pelo Centro nacio aar de Pesquisa & W i o c a e Fnitículbira e bntro ~aciõ - na1 de Recursos ~enéticos,adms da EMBRAPA, o & ~ r ode ailtivares conhecidas, no Brasil, ultrapassa a casa das 1.200. Trabalhos de pesquisa cúnduzidos em diferentes ecos - sistemas têm revelado o elevado potencial produtivo da mandioca. Rendimnto obtidos em parcelas experimentais em Cruz das Almas, Bahia, são apresentados pas Tabelas 6 e 7. E um fator de grande iiportãncia para o cultivo da mandioca e que influí sensivelmente no rendimento da cul - tura. Os resultados apresentados nas Tabelas 8 e 9 , úrigi nados de pesquisas realizadas na Bahia e são ~ a i l o , r e s ~ e ~ - t ivamente, comprovam essa importância. A utilizaçáo de espaçamentos adequddos, associados a uutras de cultivo, contribui para a obtenção de rendimentos elevados na cultura da mardioca. Os resulta dos experimentais relacionados nas Tabelas 10 e 11, rei le - tem a influência do espaçamento sobre a produtividade. T & sido bastante promissores os resultados obtidos utilizando-se espaçamento em fíleíras duplas, çonform mostra a Tabela 12. Podem ser ap~ntadas~dentre outras, as seguintes vantagens do sistema de plantio em fileiras du - pias, quando camparado ao sistema convencional:
  • 18.
  • 19. 'SABEIA 7 - Rendimento (t/ha) de 20 cultivares de mandio ca em Cruz das Almas - Bahia, durante osanos de 1977 e 1978. Ciclo de 12 m s e s Cu1t ivar 1977 1978 6 d i a BGH 005 BGM 152 BGM 069 BGM 001 BGM 118 BGM 104 BGM 0 3 3 BGM 155 BEM 007 BGX 187 BGM 157 BGM. 159 BGM 236 BGM 198 BGM 086 BGM 141 Clone 325 FONTE: ~ e l a t 6 r i o ~ é c n i c o Anual do Centro Nacional de Pes - quisa de Handíoca e Fruticultura, 1979
  • 20.
  • 21. i", d -d 3 t u 6 d t) Ef *ri o d ? id a
  • 22.
  • 23. * 80 O U m a H fto k 0 0 0 0 0 m 0 O N m 0 0 z m a C i C i e i . a m a o c o e e r r i m rn a o m w d r i ; d d b QI a 1 d a 8 r- 2 z m 4 e d $ 8 m a QI k ui o 4 4 3 U c0 pc; 4 B * w 3 O 4 P k a 4 60 O a 4: .,O 'r! ' O a 0 g 0 a 4 0 0 ca .a a ;4 m * c m - r r i n rd D r D ~ a e m e *rl Q1 N N N N N W W k QE m ca w O U Cr 8 IR k o Ci N 191 aJ M 1%1 V3 rd k a P Q) 0 W .d w O a d U O Z d 0 *A e O B G - Çi 4 3 i W rtJ E m d fi R o m & C & E E E * 0 0 0 B = E L 3 0 0 3 u I v i G h # ) r n O m a m . c m . i m d o 0 0 Q U 0 0 + H rl G X X X X X X X 3 I* 0 E ' b 0 8 d o o w 8 H 4 0 0 0 0 0 0 0 I L A I . . I . I C Z w ~ r l d 4 r l d l - l
  • 24. f - W I i n ade U N I , h - 4 * m o m a - a ) . * a * c y m w m 6 t n romm mmÇ3 ÇVmN N N N O N O m m m m h N m b m r J r b Q P a a a - L . . - C . * m 4 0 malã1 *D*d d C Y W r i d d r i s 4 4 E E E E E E ~ B E , 0 0 0 0 0 0 a w o I v l i r D h m a - m a - I * a - C C C c e m I 0 0 0 0 0 6 O 0 0 ' X X X X X X X X X I
  • 25. - facilidade de de cultivo ~ c & ~ c o ; - dimimiçao de custos de produção pela reduGão de &<rde-~bra ; - possibilidade de utilizaçao sucessiva da mesma área pela a l t e e c i a das fileiras ; - possibilidade de utilizasão de cons6rcio; - facilidade de inspeção do cultivo; - aumento de produtividade devido ao efeito de bor - dadura; - facilidade de aplicação de defensivos para cmtro - le de pragas e doenças; - cobertura $egetal nos espaços livres para incorpa - ra$o e enriquecimento da matéria orgânica; - reduqão da quantidade de fertilizantes; e - uso mais racional da terra. 4,s. SISTEMA DE PLANTIO são diversos os sistemas de plantio utilizados parad a cultura da mandioca. No caso espec'rfico do Nordeste e ewum o plantio em covas. uimalhÕes. leirks, sulcos, bu racos ou isatumbos. A escolha de un destes &todos estz diretamente relacionada com a tradição da região, possi bilidades fiaanceiras do plpautor c, aida, o tipo d z solo. Wanto à posiso d a maniva, sáo três as país comuns: horizontal, vertiaal e inclinada. A horizontal - é a mais utilizada, - principalmente por ser adaptável a ~canizaçao . Resultados de pesquisa comparando os três sistemas são mostrados na-Tabela 13. 4 - 6 . ASPeCTQS DA M E C A N ' I Z A ~ * Em termos de preparo do solo,a eficiência da técnica denominada de cultivo mínimo (aração de toda a área d e plantio ou arasão apenas da faixa correspondente 1i nha de plantio), tem sido relatada para muitas cultut&y quando comparada com o sist- comrencioml ( araçáo,go
  • 26.
  • 27. dageme nivelamento de toda a área). A pesquisa t e m de wmtrado as seguintes vantagens do c u l t i v o mhim d õ solo sobre o segundo sistema: ' I - manutenção de uma desejzvel estrutura do solo. MO destruída pelo excesso de cultivo; - menores perdas de solo por erosão e maior disponi bilidade de água para a s plantas, motivada pel Õ incremento de inf iltra~ãoe consequente reduçáo do escortimento superficial; - menores possibilidades de compactação da solo, pe- la redução do número de operaçóes de cultivo; - redução dos custos operacionais. Pesquisas em desenvolvimento no Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e F m t icultura, testando diferentes técnicas de preparo do solo para a cultura da mndioca evidenciam maior eficiência do cultivo mínimo proporcio nando aumento no rendimento da cultura. A redução do s custos operacionais foi da ordem de 75%. O plantio manual da mandioca é uma operaqao bastante árdua e cansativa, absorvendo bastante mão-de-obra. Em se tratando de grandes áreas, o uso do processo manual de plantio, fatalmente se constituirá e m u m dos p r i n c i pais entraves, face grande demanda de pessoal treina do, tempo gasto na operação e custas aperacianais. c a i a criasdo da PROALCOOL, a mandioca juntamente com a cana de açucar foram selecionadas como as duas principais es - pecíes de plantas fornecedoras de matéria prima para a de etanol no Brasil. Isso despertou a atengão de empresas nacionais para o deçenvol~imentode máqui .- nas plantadeiras de mandioca. Dentre as plantadeiras * - desemolvidas no país existem tipos capazes de -plant:. até 06 hèctares por d i a , necessitando, na operaçao, J apenas 04 homens. Com referência 2 colheita da mandioca, o proce ç c , tradicional é tambzm manual e considerado mais prob'le -- tico do que o plantio, em termos de demanda de G a d e
  • 28. obra, tempo e custos de operaçáo. ~rotÕtipos de colhei&i d ras já foram desenvolvidos e estão rendo ajustados com relação ao tipo do solo, variedade de mandioca, etc. Em testes recentes (novembro de 1979) realizados na área ex perimental do CNPMF com um desses modelos. pode ser cons- tatado, de ~ ú b l i c o ,a eficiência do mesmo. A opiaizo gc ral dos técnicos de todo o que presenciaram a ~táti- ca, foi a que a colheideira testada já tem condiç&s " 1 de ser utilizada por agriculrores interessados . Dados de pesquisa com mandioca sgo escassos. O Cen - tro ~nternacionalde Agricultura Tropical (CIAT) fez es t a comparação e os resultados são apresentados na ~ a b e - la 14. N ~ O obstante a boa adaptação da mandioca a solos de baixa fertilidade, resultados de trabalhos de pesquisa tem evidenciado que o atingimonto do potencial d x i m d de produgão, na mioria dos solos onde esta planta e cultivada, é dependente de adubação adequada. Dentre os macrunutrientes as respostas mais acentuadas tem sido ob - servadas em relação ao f6sfor0, possivelrnnte em razao da baixo teor de P disponível nos solos cultivados com mandioca, kntre os dcronutrientes destacaarse as res postas ao zinco, notadaniente quando se faz calagem dos solos. Respostas às adubasÕes nitrogeruidas e potássica tem ocorrido com menos intensidade e frequência. Na Tabe la 15, são apresentados resultados de experimentos d e adubapão de mandioca, em solos de baixa fertilidade, em alguns Estados do Brasil. 4 . 8 . DOENÇAS E PRAGAS A principal doença da mandioca no Brasil 6 a Bacte I riose (XdaXh0m0na4 trn&.u&). Ocorre de maneira eenera Y lizada no Centro Sul do país, gerando ,mitas ~ e z e s , ~ r F juízos relevantes face a não adoção, por parte dos agriz
  • 29.
  • 30. T A B E M 1s - Efti tos da aduba5ão & I m a r i d l ~t m d i v i e - Estada O ~ D D iaooa 24000 jnoan 40000 PARA 3 I 19041. ll1!1!18959 a
  • 31. cultores, de medidas preventivas recomendadas pe l ã pes- quisa, capazes de reduzir as perdas a um ncvel economi- camente aceitável. Um dos fatores que tem contribuído pa ra a disseminação da doensa e manutenção dos prejuízo^ por ela gerados a níveis considerados altos, tem sido o uso iadiscriminado de material de plantio contaminado. Outra alternativa promissora para o controle da do eriça é o USO de cultivares resistentes. A variabilidade genética do gemoplasma de mandioca, no que se refere a sua reação ao agente causal, constitui motivo de preo cupaçáo de algumas instituições de pesquisa c os Y ~ S U ~ tados já alcançados são bastante animadores. O centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, .em trabalhos cooperativos, realizados em ~clixlândia- MG, detectaram variedades resistentes ao ~ató~eno. Esse m a teria1 está sendo avaliado quanto às suas característir cas agronÔmicas , para posterior distribuiçáo a agricul- tores &/ou utilização em outras etapas d e pesquisa, vi- sando transferir os fatores de resistência para varie - dades cul tivadas . Acaros e mandarmá são as pragas que maiores danos causam à cultura. Para ambos os casos, o controle quí- mico tem se mostrado eficiente. Atualmente as institui- q%s de pesquisa estão empenhadas em d e f i n i r tecnologias para o controle integrado das duas pragas, alternativa que além da vantagem de reduzir a aplicação de defensi - vos químicos, apresenta-se com bem mais econÕmica. E bastante comirm e bem difundida a prática de con Z sorciaçao da mandioca com outras culturas. No ~ordeF - te, região responsável por 53% da produção nacional de mandioca, seu cultivo é f e i t o geralmente associado a outras culturas, principalmente devido a predominância das pequenas propriedades que requerem um uso mais in - . tençíva dos recursos escassos, representados pela ma0
  • 32. de obra e capital, além da diniensão da proprie- dade. A í , os sistemas de consórcio mais COMUT~S utilizam a mandioca, o feijão ( V k g ~ WI~LL~C&&Z) e o milho, em - hora existam ainda a s s o c i a ç ~ sque envolvem várias ou - tras cultura, como o algodão, o arroz, ' e o f b o . ..- No Centro Sul do país, milho, feijao, arroz, soja,amendoim e sorgo são culturas normalmente encontradas em consor- ciaÇao com a mandioca. As Tabelas 16 e 17 contém resul- tados de pesquisa de mandioca consorciada cam outras cul - turas . A mandioca imia vez colhida deverá ser processada no término de 48 horas ou as perdas por deterioração serão substanciais. O caminho mais d i r e t o para o produto é o transporte do campo à unidade de processamento, para be neficiamento dentro das próximas horas. Assim, o abaste cimento constante de raizes de boa qualidade para a usy na dependerã da coordenação entre as atividades de pro= dutores e processadores .A f armação de estoques poderia evitar casos de descontinuidade no abastecimento das usinas, porém as técnicas para armazenamento de raízes f sescas de mandioca estão ainda pouco desenvolvidas. O - I arnazenamenma baixa temperatura é passível, porem ira dentro do contexto atual. A alternativa m a i z interessante parece ser a produçao de raspas de mandio- ca secas ao s a l . O conteúdo de umidade deverá decrescer até 12%. sendo o limite Gxim fixado em 1%. Assim, a s raspas podem ser estocadas em sacos ou silos por aproxi i madamente 3 meses, a temperatura ambiente. Para anaaze nanienta par -períodos mais prolongados seria necessário- nova secagem, devido que a s raspas tendem a absonrer umi dade atmosférica. A fumigação dos silos é tadern neces- sária para controle de pragas de armazém. A secagemquan - do f e i t a dentro da unidade de produção, além de permi - tir a armazenamento, reduziria grandemente os custos de transporte, u m a vez que as raízes frescas contém aproxi - madamente 70% de umidade,
  • 33.
  • 34.
  • 35. Os sistemas de produqão vigentes, elaborados em reu niÕes entre técnicos dos diferentes Órgãos de pesquisã e difusão de tecnologia e agricultores da região do Rc c~ncavo da Bahia, são apresentados nas Tabelas 18 e 197 O sistema 1 é para produtores que cultivam além de 05 hectares de mandioca, utilizam insumos, tais com adu- bos e insetkidas, e tração mecânica ou animal no prepa ro do solo. O sistema 2 é para agricultores que cultT - varri menos de 05 hectares, não utilizam adubos ou corre tiws e efetuam as operaçoes de preparo do solo e cultr - vo manualmente.
  • 36. TMEU 18 - Siiteni 1 de p r o d u ~ kde mandioca paro A bgiõo do ~ e ô n c a v oda a BPhia, Coeficientes t E c n i c o r h .Ibnivracsenta .Urgia siiparfosf#a iiaplei .Clartto &e potírsio .Calcária daldtica . laraicida .fnieticidaa . l o p g e i .Zmoivar-nto e queima . Destoca . Aração mto~canizada , Cradagem initacanieada .Aração a tração animal (opcionsl) . Gradagem a tração animal lopcional) . Sulcamenro m t o ~ c a a i z a d a Sulcaawato a tração animal foptioael) .Cweaoicnta em solo arado(opciona1) hP3icafb de crl&rio .~~lica~;o de fertilizantes , Capinas aseomccanizada~-(2) blet Capiaas da tração ani-1- (2) ( o p c i o ~ l ) d /A . Qepeasei mamais D/H Capinan Manuais - (33 D/H ~ ~ l i c ~ ã i i de fordcidan D/s .~ ~ l i c a ç ã o de inaericidaa P/H
  • 37. TABELA 19 - Sistema 2 de produção de mandioca para a re- gião do RecÕncavo da Bahia. Coeficientes tec - nicõslha Especif icagão Unidade Quantidade 2 . PREPARO m SQm Limpeza da área Cweamento 3, P'LANTIO Transporte de mnivas ~eleqãoe preparo de manivas Plantio em covas 4, TRATOS CULTURAIS E FITOSSANIT~IOS Capinas manuais (5) D h 65 ~ ~ l i c a ~ ã o de formicida D/H O3 5 , COLHEITA D/H 15
  • 38. 1. ANUARIO ESTAT~STICODO BRASIL - 1979. fio de Janeiro. s v. 40, 1979. 2 . CONCEIÇÃO, A.J. 1nvent;ri.o de Tecnalogia em culturas básicas alimentares ~ e g i a o Nordeste - mandioca. Cruz das Almas, Escola d e ~gronomia,19 76. 1979 . 179p. 3. CORREA, H. & ROCHA, B.V. da, Manejo da cultura da aian 7 - - dioca. Informativo ~ ~ r o ~ e c u á r i o , Belo Horizonte, - 5 (59160): 16-30, 1979. 4 . EMBRAPA/CNPMF", Projeto Mandioca, resultados de pesqui - sa (arquivos). 5. EMRWAJCNPMF. Relatório ~ é c n i c o Anual 1979 6 . MATTOS, P.L.P.de., GOMES, J. d a C. & MATTOS, A.P. de, Cultura da Mandioca, Cruz das Almas, IPEAL, 1973. ' 1 3 ~ . (IPEAL. Circular, 27). 7, MATTOS, P.L,P. de., SOUZA, L. da S , CALDAS, R.c* Double r a w planting systems for cassava in Brazil. In: WEBER, E.J.; TORO, 3.C. & G W , M, CASSAVA CULTURAI, PRACTICES WORKSHOP, Salvador, Bahia, 1980. Proceesings ... Ottawa, Canada, IDRC, 1980. p.54-8. 8. NORMANHA, E,S. & P E E I M , § . S . Aspectos agron;micos da cultura da mandioca ( h b d ~ o z m b i m d Pahl) Bra- - gantia, Campinas, - 10(7): 197-202, 1950. 9. ÇINTHùTRAMA, S. Cassava and cassava based intercroping sistems inThailand, Inz WEBER, E.J.; ESTEL, B, & CAMPBELL, M. Intercropping with cassava ; proceedings of an international workshop, Trivandrum, India, 1978. Ottawa, Canada, IDRC, 1979. p. 57-65,