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ALFABETIZAÇÃO CRÍTICA DOS MECANISMOS
DA CULTURA DIGITAL
Alexandre Odainai. Mestrando em Comunicacão e Semiótica na Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Email: alexandre.odainai@gmail.com
Quais são as condições que devem ser seguidas para um vínculo
efetivo entre educação e novas tecnologias de comunicação nas
escolas?




        PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
Objeto de análise o paper “Confronting
the Challenges of Participatory Culture”
de Henry Jenkins, diretor do programa
de Estudos de Mídia Comparada da
MIT
COMO CHEGUEI A QUESTÃO?

                                                     A lentidão da incorporação das mídias digitais por
                                                     instituições de Ensino, segundo Castells (2001), causa uma
                                                     grande disparidade de conhecimento que toca os sistemas
                                                     educativos em quatro níveis diferentes:

                                                     - na dotação tecnológica das escolas;
                                                     - na distribuição da qualidade dos professores por escola;
                                                     - nos sistemas e estilos pedagógicos entre escolas;
                                                     - na deficiente ou inadequada formação dos professores
                                                     ao nível da tecnologia educativa e a assunção das famílias
                                                     na educação.
 CASTELLS, Manuel: A Galáxia Internet Reflexões
 sobre Internet, Negócios e Sociedade, Rio de
 Janeiro. Zahar, 2001.




                      PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
E NO BRASIL? – O COMEÇO



                                            Tema só começa a ser incorporado pelas escolas
                                            brasileiras a partir de 2007, com a reformulação
                                            do Programa Nacional de Informática na Educação
                                            – Proinfo, um programa educacional com o
                                            objetivo de promover o uso pedagógico da
                                            informática na rede pública de educação.




                                         Livro Verde do Programa Sociedade de
                                         Informação no Brasil, lançado em 2000.




           PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
E NO BRASIL? - PRESENTE E FUTURO




            PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
E NO BRASIL? - PRESENTE E FUTURO




            PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
PERSPECTIVA INSTRUMENTAL X VIVÊNCIA PLENA DA CULTURA
DIGITAL




                                                    Atividades coordenadas por responsáveis pelos laboratórios
                                                    e não pelos professores de sala de aula:
                                                    - cursos básicos de software
                                                    - fazer pesquisa na internet
                                                    - não está associado ao conteúdo aprendido em sala de aula




           PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
PERSPECTIVA INSTRUMENTAL X VIVÊNCIA PLENA DA CULTURA
DIGITAL




Na busca por usar a tecnologia a seu favor, a professora de ciências e matemática, Elayne Stelmastchuk, de Nova
Fátima, Paraná, propôs aos seus alunos da escola estadual Dr. Aloysio de Barros Tostes a criação de blogs
temáticos de ciências. O sucesso foi tanto que outros alunos também resolveram criar blogs voltados para o
estudo.



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A CULTURA PARTICIPATIVA

                                 - A cultura participativa (JENKINS, 2006, p. 7), caracteriza-se
                                 por acolher a expressão artística e o engajamento cívico de
                                 seus membros, oferecendo forte suporte para a criação e
                                 compartilhamento de ideias, produtos e artefatos culturais.

                                 - Propicia uma mentoria informal, onde o que é conhecido
                                 pelos mais experientes é passado aos novatos.

                                 - Seus membros acreditam no valor da própria contribuição e
                                 se sentem conectados socialmente uns com os outros,
                                 importando-se com o que estes pensam           sobre suas
                                 manifestações e criações.




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PREOCUPAÇÕES QUE SUGEREM UMA INTERVENÇÃO
PEDAGÓGICA

1) O gap da partipação: Acesso desigual às oportunidades, experiências, habilidades
   e conhecimento que preparará o jovem para uma participação completa no
   mundo de amanhã.

2) O problema da transparência: Ainda que os jovens estejam cada vez mais à
   vontade na utilização das novas mídias, não possuem capacidade de analisar a
   forma como estas mídias digitais moldam a sua percepção do mundo. Jovens são
   incapazes de avaliar o verdadeiro valor de determinada informação.

3) O desafio/ vazio ético: Ainda estão por definir as normas éticas de ação no
   ciberespaço. Que mecanismo de defesa tem as crianças e os jovens?




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O QUE DEVE SER ENSINADO NA CULTURA PARTICIPATIVA


forma de solucionar problemas          seguir o fluxo de histórias e informação através
                                                  de múltiplas modalidades;


                                                                                                 interpretar e construir modelos
                                    criar amostras plenas de sentido, misturando             dinâmicos de processos do mundo-real;
  adotar identidades alternativas          e remixando conteúdos da mídia;
 para o propósito de improvisação
           e descoberta;                                        interagir significativamente com ferramentas
                                                                    que expandem capacidades mentais;


                     reunir e comparar notas com outros,                                                captar ambientes e mudar o
                      tendo em vista uma meta comum;                                                  foco quando se fizer necessário
                                                                                                          por detalhes salientes;
                                                                      percorrer/viajar por diversas
                                                                      comunidades, percebendo e
                                                                         respeitando múltiplas
                                            buscar, sintetizar e      perspectivas, aproveitando e      avaliar a confiabilidade e
                                         disseminar informação;      seguindo normas alternativas.    credibilidade de recursos de
                                                                                                               informação;
Sem dúvida o letramento das novas mídias nos distancia da
perspectiva instrumental e traz algum tipo de inovação a velha
 dinâmica instituída pelas escolas, tão criticada atualmente.




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Porém, o conceito de Cultura Participativa carece de uma reflexão sobre
como o poder do saber e o poder econômico se constitui na sociedade-
rede.




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O gap da partipação: Acesso desigual às oportunidades, experiências, habilidades e
       conhecimento que preparará o jovem para uma participação completa no mundo
       de amanhã.


                            Paradoxo: como combater o gap da participação com exatamente aquilo que produz a
                            desigualdade atualmente?

Trivinho: o novo capitalismo virtual demanda senhas infotécnicas que obrigam a uma eterna reciclagem para
saber operar novos softwares e esse tipo de conhecimento pressupõe dinheiro para bancar essas atualizações
(2008).




                      PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
O problema da transparência: Jovens são incapazes de avaliar o verdadeiro valor de
 determinada informação.


 Increasingly, content comes to us already branded, already shaped through an economics of sponsorship, if
 not overt advertising. We do not know how much these commercial interests influence what we see and
 what we don’t see. Commercial interests even shape the order of listings on search engines in ways that
 are often invisible to those who use them. (2006, pg. 16)



  Jenkins apenas questiona o valor da informação em si e não as plataformas
  que proporcionam o acesso as informações.




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Ugarte: o participacionismo é o que move a Web 2.0, formando tipos de regulação
que produzem artificialmente escassez gerando assim oligarquias participativas
compostas pelos que mais participam, pelos que são mais votados ou preferidos de
alguma forma, os quais acabam adquirindo mais privilégios ou autorizações
regulatórias do que os outros. (2007)




Franco : critica a conceito participação em si, dizendo que designa uma noção
construída por fora da interação. Para ele, participar é se tornar “parte ou partícipe
de algo que não foi reinventado no instante mesmo em que uma configuração
coletiva de interações se estabeleceu, mas algo que foi (já estava) dado ex ante”.
(2010)




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A IDEOLOGIA DA PARTICIPAÇÃO

   - Para uma vivência plena da cultura digital é necessário acompanhar as
   atualizações, e muitas escolas não conseguem e provavelmente nunca conseguirão
   acompanhar as constantes mudanças de dotação tecnológica e de formação dos
   professores ao nível da tecnologia educativa.


   - A internet é ainda apenas uma esfera privada que tolera o discurso público,
   dominada por empresas e seus interesses econômicos e ideológicos.


   - Como falar de cultura participativa em um ambiente onde a fiscalização, controle ou
   perseguição é prioridade do poder político e que, por sua vez, exerce pressão sobre as
   empresas que nos proporcionam a vivência plena da cultura digital?




               PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
Não basta somente o acesso restrito a uma vivência plena da
      cultura digital sob a ideologia da participação.




          PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
-Experiências online são moldadas por
                                                       diversos fatores sociais, incluindo classe social,
                                                       idade, gênero, raça, nacionalidade e ponto de
                                                       acesso.

                                                       -Jovens de classe média estão mais propensos
                                                       a terem recursos e assistência de colegas e
                                                       familiares em suas casas, e assim se tornarem
                                                       mais autônomos na escola

                                                       -Jovens de classes mais baixas que, por sua
                                                       vez, dependem mais dos professores e colegas
                                                       por não possuírem esse tipo de experiência
                                                       em casa.




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Buscando diminuir essa desigualdade, foi realizado um projeto ao sul da Índia onde crianças
com acesso a um computador instalado em muros aprenderam sozinhas conhecimentos
básicos de biotecnologia na língua inglesa em apenas dois meses, alcançando uma pontuação
de 30% em um teste.

O educador Sugata Mitra pediu a uma jovem contadora para ensinar essas crianças e
melhorar suas notas. Ela perguntou como poderia ensiná-los, e Mitra sugeriu "o método avó"
- esteja sempre presente, admire, fique fascinada e elogie. Dois meses depois, a pontuação da
classe subiu para 50%.
TECNOLOGIAS E SISTEMAS PSICOSSOCIAIS

   Uma melhor relação com a tecnologia virá através das condições
   determinadas pelo psiquismo e as condições “externas”sociais (Vieira, 2007,
   p.108) a qual vive o aluno e não apenas por uma vivência plena da cultura
   digital.

   Vieira: O fato de um aprendiz viver dentro de um sistema acolhedor possibilita um
   melhor aprendizado quando comparado a estudantes “que vivem em sistemas
   agônicos, sendo dominado e desvalorizado por um líder egoísta e agressivo, vaidoso e
   orgulhoso, com dificuldades de elaboração da afetividade e limitada sensibilidade”
   (2007, p.111).




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ALGUMAS HIPÓTESES

  Quais são as condições que devem ser seguidas para um vínculo efetivo
  entre educação e novas tecnologias de comunicação nas escolas?


  - Não basta somente o acesso restrito a uma vivência plena da cultura digital sob a
  ideologia da participação.

  -A relação aluno e mídias digitais acontecem dentro de um sistema psicossocial que
  não pode ser ignorado.

  - É necessária uma dimensão axiológica que envolva valores e afetividade, levando em
  consideração uma série de fatores ambientais e internos ao sistema psicossocial.




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OBRIGADO


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  • 1. ALFABETIZAÇÃO CRÍTICA DOS MECANISMOS DA CULTURA DIGITAL Alexandre Odainai. Mestrando em Comunicacão e Semiótica na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Email: alexandre.odainai@gmail.com
  • 2. Quais são as condições que devem ser seguidas para um vínculo efetivo entre educação e novas tecnologias de comunicação nas escolas? PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 3. Objeto de análise o paper “Confronting the Challenges of Participatory Culture” de Henry Jenkins, diretor do programa de Estudos de Mídia Comparada da MIT
  • 4. COMO CHEGUEI A QUESTÃO? A lentidão da incorporação das mídias digitais por instituições de Ensino, segundo Castells (2001), causa uma grande disparidade de conhecimento que toca os sistemas educativos em quatro níveis diferentes: - na dotação tecnológica das escolas; - na distribuição da qualidade dos professores por escola; - nos sistemas e estilos pedagógicos entre escolas; - na deficiente ou inadequada formação dos professores ao nível da tecnologia educativa e a assunção das famílias na educação. CASTELLS, Manuel: A Galáxia Internet Reflexões sobre Internet, Negócios e Sociedade, Rio de Janeiro. Zahar, 2001. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 5. E NO BRASIL? – O COMEÇO Tema só começa a ser incorporado pelas escolas brasileiras a partir de 2007, com a reformulação do Programa Nacional de Informática na Educação – Proinfo, um programa educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede pública de educação. Livro Verde do Programa Sociedade de Informação no Brasil, lançado em 2000. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 6. E NO BRASIL? - PRESENTE E FUTURO PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 7. E NO BRASIL? - PRESENTE E FUTURO PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 8. PERSPECTIVA INSTRUMENTAL X VIVÊNCIA PLENA DA CULTURA DIGITAL Atividades coordenadas por responsáveis pelos laboratórios e não pelos professores de sala de aula: - cursos básicos de software - fazer pesquisa na internet - não está associado ao conteúdo aprendido em sala de aula PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 9. PERSPECTIVA INSTRUMENTAL X VIVÊNCIA PLENA DA CULTURA DIGITAL Na busca por usar a tecnologia a seu favor, a professora de ciências e matemática, Elayne Stelmastchuk, de Nova Fátima, Paraná, propôs aos seus alunos da escola estadual Dr. Aloysio de Barros Tostes a criação de blogs temáticos de ciências. O sucesso foi tanto que outros alunos também resolveram criar blogs voltados para o estudo. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 10. A CULTURA PARTICIPATIVA - A cultura participativa (JENKINS, 2006, p. 7), caracteriza-se por acolher a expressão artística e o engajamento cívico de seus membros, oferecendo forte suporte para a criação e compartilhamento de ideias, produtos e artefatos culturais. - Propicia uma mentoria informal, onde o que é conhecido pelos mais experientes é passado aos novatos. - Seus membros acreditam no valor da própria contribuição e se sentem conectados socialmente uns com os outros, importando-se com o que estes pensam sobre suas manifestações e criações. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 11. PREOCUPAÇÕES QUE SUGEREM UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA 1) O gap da partipação: Acesso desigual às oportunidades, experiências, habilidades e conhecimento que preparará o jovem para uma participação completa no mundo de amanhã. 2) O problema da transparência: Ainda que os jovens estejam cada vez mais à vontade na utilização das novas mídias, não possuem capacidade de analisar a forma como estas mídias digitais moldam a sua percepção do mundo. Jovens são incapazes de avaliar o verdadeiro valor de determinada informação. 3) O desafio/ vazio ético: Ainda estão por definir as normas éticas de ação no ciberespaço. Que mecanismo de defesa tem as crianças e os jovens? PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 12.
  • 13. O QUE DEVE SER ENSINADO NA CULTURA PARTICIPATIVA forma de solucionar problemas seguir o fluxo de histórias e informação através de múltiplas modalidades; interpretar e construir modelos criar amostras plenas de sentido, misturando dinâmicos de processos do mundo-real; adotar identidades alternativas e remixando conteúdos da mídia; para o propósito de improvisação e descoberta; interagir significativamente com ferramentas que expandem capacidades mentais; reunir e comparar notas com outros, captar ambientes e mudar o tendo em vista uma meta comum; foco quando se fizer necessário por detalhes salientes; percorrer/viajar por diversas comunidades, percebendo e respeitando múltiplas buscar, sintetizar e perspectivas, aproveitando e avaliar a confiabilidade e disseminar informação; seguindo normas alternativas. credibilidade de recursos de informação;
  • 14. Sem dúvida o letramento das novas mídias nos distancia da perspectiva instrumental e traz algum tipo de inovação a velha dinâmica instituída pelas escolas, tão criticada atualmente. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 15. Porém, o conceito de Cultura Participativa carece de uma reflexão sobre como o poder do saber e o poder econômico se constitui na sociedade- rede. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 16. O gap da partipação: Acesso desigual às oportunidades, experiências, habilidades e conhecimento que preparará o jovem para uma participação completa no mundo de amanhã. Paradoxo: como combater o gap da participação com exatamente aquilo que produz a desigualdade atualmente? Trivinho: o novo capitalismo virtual demanda senhas infotécnicas que obrigam a uma eterna reciclagem para saber operar novos softwares e esse tipo de conhecimento pressupõe dinheiro para bancar essas atualizações (2008). PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 17. O problema da transparência: Jovens são incapazes de avaliar o verdadeiro valor de determinada informação. Increasingly, content comes to us already branded, already shaped through an economics of sponsorship, if not overt advertising. We do not know how much these commercial interests influence what we see and what we don’t see. Commercial interests even shape the order of listings on search engines in ways that are often invisible to those who use them. (2006, pg. 16) Jenkins apenas questiona o valor da informação em si e não as plataformas que proporcionam o acesso as informações. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 18. Ugarte: o participacionismo é o que move a Web 2.0, formando tipos de regulação que produzem artificialmente escassez gerando assim oligarquias participativas compostas pelos que mais participam, pelos que são mais votados ou preferidos de alguma forma, os quais acabam adquirindo mais privilégios ou autorizações regulatórias do que os outros. (2007) Franco : critica a conceito participação em si, dizendo que designa uma noção construída por fora da interação. Para ele, participar é se tornar “parte ou partícipe de algo que não foi reinventado no instante mesmo em que uma configuração coletiva de interações se estabeleceu, mas algo que foi (já estava) dado ex ante”. (2010) PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 19. A IDEOLOGIA DA PARTICIPAÇÃO - Para uma vivência plena da cultura digital é necessário acompanhar as atualizações, e muitas escolas não conseguem e provavelmente nunca conseguirão acompanhar as constantes mudanças de dotação tecnológica e de formação dos professores ao nível da tecnologia educativa. - A internet é ainda apenas uma esfera privada que tolera o discurso público, dominada por empresas e seus interesses econômicos e ideológicos. - Como falar de cultura participativa em um ambiente onde a fiscalização, controle ou perseguição é prioridade do poder político e que, por sua vez, exerce pressão sobre as empresas que nos proporcionam a vivência plena da cultura digital? PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 20. Não basta somente o acesso restrito a uma vivência plena da cultura digital sob a ideologia da participação. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 21. -Experiências online são moldadas por diversos fatores sociais, incluindo classe social, idade, gênero, raça, nacionalidade e ponto de acesso. -Jovens de classe média estão mais propensos a terem recursos e assistência de colegas e familiares em suas casas, e assim se tornarem mais autônomos na escola -Jovens de classes mais baixas que, por sua vez, dependem mais dos professores e colegas por não possuírem esse tipo de experiência em casa. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 22. Buscando diminuir essa desigualdade, foi realizado um projeto ao sul da Índia onde crianças com acesso a um computador instalado em muros aprenderam sozinhas conhecimentos básicos de biotecnologia na língua inglesa em apenas dois meses, alcançando uma pontuação de 30% em um teste. O educador Sugata Mitra pediu a uma jovem contadora para ensinar essas crianças e melhorar suas notas. Ela perguntou como poderia ensiná-los, e Mitra sugeriu "o método avó" - esteja sempre presente, admire, fique fascinada e elogie. Dois meses depois, a pontuação da classe subiu para 50%.
  • 23. TECNOLOGIAS E SISTEMAS PSICOSSOCIAIS Uma melhor relação com a tecnologia virá através das condições determinadas pelo psiquismo e as condições “externas”sociais (Vieira, 2007, p.108) a qual vive o aluno e não apenas por uma vivência plena da cultura digital. Vieira: O fato de um aprendiz viver dentro de um sistema acolhedor possibilita um melhor aprendizado quando comparado a estudantes “que vivem em sistemas agônicos, sendo dominado e desvalorizado por um líder egoísta e agressivo, vaidoso e orgulhoso, com dificuldades de elaboração da afetividade e limitada sensibilidade” (2007, p.111). PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 24. ALGUMAS HIPÓTESES Quais são as condições que devem ser seguidas para um vínculo efetivo entre educação e novas tecnologias de comunicação nas escolas? - Não basta somente o acesso restrito a uma vivência plena da cultura digital sob a ideologia da participação. -A relação aluno e mídias digitais acontecem dentro de um sistema psicossocial que não pode ser ignorado. - É necessária uma dimensão axiológica que envolva valores e afetividade, levando em consideração uma série de fatores ambientais e internos ao sistema psicossocial. PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011
  • 25. OBRIGADO PPGCOM ESPM – ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING – SÃO PAULO – 10 E 11 OUTUBRO DE 2011